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A Idade Média (adj. medieval) é um período da história da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com
a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a Idade Moderna. A Idade
Média é o período intermédio da divisão clássica da História ocidental em três períodos: a Antiguidade,
Idade Média e Idade Moderna, sendo frequentemente dividido em Alta e Baixa Idade Média.
Durante a Alta Idade Média verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, regressão
urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade tardia. Os ocupantes bárbaros formam
novos reinos, apoiando-se na estrutura doImpério Romano do Ocidente. No século VII, o Norte de
África e o Médio Oriente, que tinham sido parte do Império Romano do Oriente tornam-se
territórios islâmicos depois da sua conquista pelos sucessores de Maomé. O Império Bizantinosobrevive
e torna-se uma grande potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas
estruturas políticas e sociais, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos novos
reinos incorporaram o maior número possível de instituições romanas pré-existentes.
O cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental e assistiu-se a um surto de edificação de novos
espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os Francos, governados pela dinastia carolíngia,
estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa ocidental até ao século IX, quando se
desmoronaria perante as investidas de Vikings do norte, Magiares de leste e Sarracenos do sul.
Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento
demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e
agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam
e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até aoRenascimento: o senhorialismo –
a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e
o feudalismo — uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam
serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial o direito a
cobrar impostos em determinado território. As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095,
representam a tentativa da cristandade em recuperar dosmuçulmanos o domínio sobre a Terra Santa,
tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada
pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à razão, e pela fundação das
primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante e Chaucer,
as viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais
destacadas façanhas artísticas deste período.
Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e
catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes; só a peste negra foi responsável
pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350. O Grande Cisma do Ocidente no seio
da Igreja teve consequências profundas na sociedade e foi um dos fatores que esteve na origem de
inúmeras guerras entre estados. Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro
dos próprios reinos. O progresso cultural e tecnológico transformou por completo a sociedade europeia,
concluindo a Idade Média e dando início à Idade Moderna.
Alta Idade Média[editar]
Novas sociedades[editar]
Ver artigos principais: Migrações dos povos bárbaros e Queda do Império Romano do Ocidente

Moeda de Teodorico, o Grande
A estrutura política da Europa Ocidental alterou-se significativamente com o fim da união do Império
Romano. Embora as atividades dos povos bárbaros sejam frequentemente descritas como "invasões",
não se trataram de meras campanhas militares, mas sim migrações de populações inteiras para o
território do império. A migração foi facilitada pela recusa das elites romanas em financiar o seu
35
exército. Os imperadores do século V eram na maior parte dos casos controlados por militares
influentes como Estilicão, Ricimero, Gundebaldo ou Aspar, quase sempre estrangeiros ou de
ascendência estrangeira. Após a interrupção da linha de sucessão, muitos dos reis que os substituíram
provinham igualmente de forças militares. Era também comum o casamento entre os novos reis e as
36
elites romanas locais. Isto deu origem a uma incorporação gradual dos hábitos das tribos invasoras na
cultura romana, incluindo assembleias populares que permitiram aos líderes tribais ter uma voz activa
37
em matérias políticas. Os artefactos deixados por Romanos ou pelos invasores são na sua maioria
38
similares, sendo nítida a inspiração dos objectos tribais nos modelos romanos. De igual modo, a maior
parte da cultura intelectual dos novos reinos baseava-se directamente nas tradições intelectuais
39
romanas. No entanto, uma diferença substancial foi a perda gradual de rendimento tributário em
função das novas políticas. Muitas das novas instituições governativas já não financiavam os seus
exércitos com o dinheiro proveniente de impostos, mas com a atribuição de terras ou senhorios. Isto
levou ao desaparecimento do sistema de colecta de impostos, uma vez que deixou de haver
40
necessidade para cobranças ou cálculos de grande envergadura. O belicismo era comum entre reinos e
dentro dos próprios reinos. A escravatura entrou também em declínio, à medida que a oferta se reduzia
41
e a sociedade se tornava cada vez mais rural.

57

Baixa Idade Média[editar]
Sociedade e economia[editar]
Ver artigos principais: Feudalismo, Senhorialismo e Mulheres na Idade Média

Iluminura representando três classes sociais da sociedade medieval: o cleroreligioso,
um cavaleiro da nobreza e oscamponeses. As relações entre estas classes regia-se
pelo feudalismo esenhorialismo.
Durante toda a Baixa Idade média, e até ao surto epidémico do século XIV, a população Europeia
cresceu a um ritmo sem precedentes. As estimativas apontam para um crescimento de 35 para 80
milhões entre os anos 1000 e 1347. Têm sido identificadas como causas prováveis a melhoria nas
técnicas agrícolas, a relativa paz e ausência de invasões, o declínio da escravatura e um extenso período
131
de clima moderado e aumento da temperatura média. Apesar deste crescimento, cerca de 90% da
população era ainda eminentemente rural embora, de forma progressiva, as quintas isoladas tenham
dado lugar a pequenas comunidades como aldeias ou vilas, e tenha sido comum a agregação em volta
132
de propriedades senhoriais. A população urbana, ainda muito escassa durante a Alta Idade Média,
cresce assinalavelmente durante os séculos XII e XIII, a par da expansão urbana e da fundação de
133
imensos centros populacionais, embora ao longo de todo o período seja provável que nunca tenha
134
excedido os 10% da população total.
A estrutura social e económica tinha por base as relações feudais. Embora não fosse proprietária,
a nobreza detinha os direitos de exploração e tributação de grande parte dos terrenos agrícolas. Os
servos obtinham o direito a cultivar e habitar as terras de determinada família nobre mediante o
pagamento de uma renda na forma de trabalho, géneros ou moeda. Em troca, recebiam protecção
135
económica e militar. Ao longo dos séculos XI e XII, estas terras, ou feudos, tornam-se hereditárias. Em
muitas regiões, ao contrário do que acontecia na Alta Idade Média, a dificuldade em dividi-las pelos
136
herdeiros faz com que passem a ser herdadas apenas pelo primogénito. Dentro da própria nobreza,
verifica-se a existência de uma hierarquia de vassalagem através da suserania, onde são concedidas
terras ou estruturas de importância económica para exploração a um nobre menor, em troca da sua
vassalagem e fidelidade. Durante os séculos XI e XII, a posse destas terras, ou feudos, viria a ser
considerada hereditária. No entanto, ao contrário do que sucedia na Alta Idade Média, a maioria dos
feudos deixou de ser dividida entre todos os herdeiros para passar a ser herdada em exclusivo pelo filho
137
varão. O domínio da nobreza durante este período deve-se em grande parte ao controlo das terras
agrícolas e dos castelos, ao serviço militar na cavalaria pesada e às várias isenções de impostos ou
obrigações de que desfrutavam. A introdução da cavalaria pesada na Europa teve origem
noscatafractários persas dos séculos V e VI, mas será a introdução do estribo no século VII que virá
permitir fazer uso de todo o potencial de combate destas unidades. Em resposta aos vários tumultos
dos séculos IX e X, assiste-se a um surto construtivo de castelos, local de refúgio da população em
138
tempos de ataque.

Idade Moderna

A Idade Moderna é um período específico da História doOcidente. Destaca-se das demais por ter sido
um período de transição por excelência. Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido pelos
historiadores franceses, em 29 de maio de1453 quando ocorreu a tomada de
Constantinopla pelosturcos otomanos, e o término com a Revolução Francesa, em14 de julho de 1789.
Entretanto, apesar de a queda de Constantinopla ser o evento mais aceito, não é o único. Tem sido
propostas outras datas para o início deste período, como a Conquista de
Ceuta pelosportugueses em 1415, a viagem de Cristóvão Colombo aocontinente americano em 1492 ou
a viagem à Índia de Vasco da Gama em 1498.
Algumas correntes historiográficas anglo-saxónicas preferem trabalhar com o conceito de "Tempos
Modernos", entendido como um período não acabado, introduzindo nele subdivisões entre Early
Modern Times (mais antiga) e Later Modern Times(mais recente), ou então procedem a uma divisão
entre sociedades pré-industriais e sociedades industriais. A noção de "Idade Moderna" tende a ser
desvalorizada pela historiografia marxista, que prolonga a Idade Média até ao advento das Revoluções
Liberais e ao fim do regime senhorialna Europa, devido a ampla ação das Cruzadas, que expandiram o
comércio na Europa.
A dificuldade da delimitação cronológica do período se deve, principalmente, às divergências de
interpretação quanto à origem e evolução do sistema capitalista. Contudo, o período histórico que vai
do século XV ao XVIII é, genericamente percebido com um "período de transição".
A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de "revolução social" cuja base
consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista".
O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a baixa Idade Média (séculos XI, XII e XIII),
apresentava o seguinte quadro:
no Mediterrâneo: fazia-se a ligação entre a Europa e Oriente envolvendo as cidades italianas e os
árabes.
no Norte da Europa: ligando o mar do Norte ao mar Báltico, predominavam os comerciantes
alemães.
no Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de cabotagem, ligava-se o mar do Norte ao
Mediterrâneo.
no Interior do Continente Europeu: predominam antigas rotas terrestres.
As feiras, as Cruzadas e o surgimento dos Burgos, ao longo da Idade Média, eram sinais, também, de
que o comércio renascia.
A partir do século XV o comércio cresceu extraordinariamente, fruto, naturalmente, de modificações
ocorridas no interior das sociedades feudais européias (aumento da população, crescimento das
cidades, desenvolvimento das manufaturas, etc).
Esta época pode-se caracterizar por um desanuviamento da "trilogia negra" - fomes, pestes eguerras criando condições propícias às descobertas marítimas e ao encontro de povos.
Índice
Grandes Navegações[editar]
No período de transição da Baixa Idade Média para a Idade Moderna, o Mar Mediterrâneocontinuou a
principal ligação entre os países conhecidos. Esse intercâmbio se fazia através dasrotas das especiarias,
que eram monopólio das grandes cidades italianas, como Gênova eVeneza. As mercadorias orientais
(sedas, porcelanas e principalmente condimentos, como apimenta e a canela, indispensáveis para a
conservação dos alimentos), depois de passarem por muitos portos e intermediários, eram vendidas a
preços altíssimos para as nações europeias, obrigando-as a uma situação de dependência
dos comerciantes italianos.
A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, dificultou ainda mais o tráfico de mercadorias.
Dominando a maioria dos portos mediterrâneos, os turcos exigiam elevadas taxas das caravanas
comerciais, forçando assim novo aumento nos preços dos produtos.
Era necessário descobrir novas rotas que livrassem a Europa da supremacia turca e italiana. Os reinos
ibéricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a reunir condições técnicas e financeiras para explorar
as novas terras.
Uma carta náutica de Fernão Vaz Dourado, da África ocidental extraída do atlas náutico de 1571,
pertencente aoArquivo Nacional da Torre do Tombo, emLisboa.
Portugal foi a primeira nação a financiar expedições marítimas. Vários fatores contribuíram para esse
pioneirismo: a existência de bons portos; a familiaridade portuguesa com o mar, devido à grande
atividade pesqueira desenvolvida na região; umaburguesia enriquecida e disposta a investir para
aumentar seus lucros; a paz interna e a centralização do poder. Portugal foi o primeiro reino a se
unificar, formando um estado nacional.
A Escola de Sagres também contribuiu grandemente, fornecendo condições tecno-científicas para a
navegação num oceano ate então desconhecido: oAtlântico.
Bússolas e astrolábios trazidos da China, sextantes, mapas feitos pelos melhores cartógrafos da época e,
principalmente, a caravela com suas velas triangulares possibilitaram aos navegantes resistir e
atravessar o bravio "Mar Tenebroso".
A expansão portuguesa iniciou-se pelo norte da África, com a tomada de Ceuta, em 1415(importante
centro de especiarias). Seguiram-se as ilhas da Madeira e Açores. Gradativamente, em expedições
sucessivas, sempre contornando o continente africano, em 1487, Bartolomeu Diascontornou o Cabo da
Boa Esperança no sul da África. Em 1498, Vasco da Gama chega ao porto de Calicute, na costa ocidental
da Índia.
A descoberta desse novo caminho trouxe lucros fabulosos para os mercadores portugueses e, ao
mesmo tempo, estabelecia concorrência com os produtos trazidos através das rotas italiana

A descoberta da América por Colombo provocou disputa entre os reinos ibéricos, interessados na posse
de terras.Portugal preocupou-se em firmar um tratado que lhe assegurasse o domínio das terras
existentes a leste dooceano Atlântico.
O acordo entre os dois países foi julgado pelo papa Alexandre VI, que confirmou um novo tratado.
Partindo-se de uma linha imaginária traçada a partir do pólo (37°), oTratado de Tordesilhas estabeleceu
que as terras encontradas a oeste dessa linha pertenceriam à Espanhae aquelas situadas a leste seriam
de Portugal.
Por esse motivo, a esquadra de Pedro Álvares Cabral, que se dirigia às Índias, fez um desvio
proposital para oeste para garantir ao rei português a posse das terras do Brasil.
Os outros países europeus desconsideraram esse tratado, que os excluía, e procuraram se estabelecer e
explorar o novo continente.
Renascimento[editar]
Ver artigo principal: Renascimento
Os homens da Idade Média consideravam os aspectos e fatos da vida e da história de acordo com os
ideais religiosos. Para eles, a vida terrena e os acontecimentos históricos se explicavam pela vontade
de Deus, um ser superior. Toda a ciência, a literatura e a arte daquela época dependiam do pensamento
religioso.
Todavia, no decorrer do século XIII, a Itália e o resto da Europa começaram a modificar seu modo de
pensar, voltando suas atenções para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter
importância como o grande protagonista de acontecimentos e determinando, ele mesmo, a sua
vontade.
No Renascimento, o mundo aparece como cenário das ações humanas, e não como expressão da
vontade divina. A natureza também atrai as atenções e se torna objeto de observações e estudos por
parte dos renascentistas.
A palavra Renascimento indica, em todos os seus aspectos, o prosseguimento da vida econômica, social
e cultural que aconteceu na Itália e depois no resto da Europa.
O termo Renascimento vem de renascer da Idade Média, isto é, renascer ou reviver os valores
daAntiguidade clássica greco-romana.
Origens[editar]
O Renascimento começou na Itália, com o desenvolvimento das cidades e do comércio.
As cidades italianas abrigavam nobres senhores, como os Lourenço de Médici, da cidade deFirenze;
os Gonzaga, da cidade de Mantova; os Sforza, da cidade de Milão, e tantos outros nobres senhores que,
gozando de prosperidade econômica, resolveram financiar e proteger artistas, cientistas e literatos.
Esses protetores de artistas eram chamados mecenas.
Causas[editar]
A descoberta do Novo Mundo (Américas): As Grandes Navegações trouxeram novas experiências
culturais e cientificas.
O humanismo: Durante toda a Idade Média, o homem foi uma criatura frágil e submissa à vontade
de Deus. Com o humanismo, ele acaba por se tornar responsável por si mesmo e não mais
subordinado à vontade divina.
A queda de Constantinopla, a importante capital do Império Romano do Oriente, grande centro
comercial e cultural medieval. Muitos intelectuais de Constantinopla se dirigiram à Itáliaapós a sua
queda.
O apoio dos mecenas, ricos senhores que patrocinavam artistas e literatos.
A invenção da imprensa: Os livros não seriam mais manuscritos, o que facilitaria a divulgação da
cultura.
Abertura das universidades: Os humanistas fizeram reviver e renascer valores
daAntiguidade clássica greco-romana.
Características: O Renascimento tem como características: criação, originalidade, novos ideais,
renovação artística e intelectual.
Retorno à cultura greco-romana: Antigos valores são reaproveitados.
Racionalismo: O uso da razão, mais do que dos sentimentos.
Hedonismo: Os prazeres de viver a vida no dia-a-dia foram valorizados.
Neoplatonismo: Alguns valores da Igreja foram criticados e abandonados.
Chamamos de humanismo o movimento literário e cultural que fez reviver os estudos
da literaturaclássica grega e romana, indispensáveis para a formação do homem e para levá-lo a viver
com sabedoria e harmonia em sociedade.
O interesse dos humanistas era fazer reviver e valorizar diferentes culturas, enfatizando o homem, a
ponto desse movimento ser chamado de antropocentrismo, colocando o homem como centro dos
interesses e atenções.
Os humanistas desprezaram alguns valores cristãos, embora fossem cristãos, e apenas desejavam dar
uma nova interpretação às mensagens do Evangelho.
Os humanistas queriam a todo custo criar uma nova cultura: introduziram métodos críticos na leitura e
interpretação de fontes, reconstruindo textos originais, eliminando deformações e omissões dos
copistas medievais.
Muitas universidades foram fundadas, porém o ensino era ainda medíocre. Muitos príncipes, nobres e
humanistas reuniram importantes obras manuscritas da Antiguidade, a preço de ouro, e juntos
começam a formar grandes bibliotecas. Surgiram, também, associações culturais chamadas academias.
Reforma e Contra-Reforma
A Reforma foi um movimento que surgiu dentro da Igreja Católica como resposta às dúvidas dos fiéis e
às discussões religiosas. As ideias renascentistas valorizaram o homem e suas realizações, a expansão
comercial permitiu o confronto de valores e culturas diversas e provocou um "repensar" crítico
do mundo, até então dominado pelo clero romano. As alterações político-econômicas da época exigiam
uma reformulação na estrutura social, mas a Igreja retardou sua ação, permitindo o aparecimento da
crise nas ideias católicas.
No plano político, a autoridade papal (supranacional) interferia no poder do rei. A obrigatoriedade do
consentimento do papa na administração dos soberanos ia enfraquecendo o poder deles sobre
o Estado. A teoria do Estado independente de Maquiavel começava a frutificar.
No plano econômico, a Igreja continuava proibindo a usura (juros altos) e pregando a venda das
mercadorias por um preço justo. Essa teoria era incompatível com o enriquecimento e a ascensão
da burguesia comercial. Os negociantes queriam liberdade de preços para garantir a expansão de seus
negócios e aumentar seus lucros.
Os camponeses, sem esperanças dentro de suas vidas miseráveis, queriam livrar-se das taxasimpostas
pelos grandes senhores e também do dízimo obrigatório cobrado pela Igreja.
Essa insatisfação era alimentada pela corrupção que se verificava nas ordens clericais. Como
representantes de Deus, investidos de poder supremo sobre os homens, suas preocupações se
restringiam à política, à guerra e às artes, ignorando a necessidade das almas que lhes cabia conduzir. A
riqueza e o conforto em que viviam desagradava aos fiéis, que desejavam uma religião mais próxima dos
ensinamentos e exemplos de Cristo.

Breve cronologia da Idade Moderna[editar]
1453 - tomada de Constantinopla.
1453 - Fim da Guerra dos Cem Anos.
1455-1460 - Preparação e impressão do primeiro livro impresso em uma prensa de tipos
móveis reutilizáveis: a Bíblia de Gutenberg.
1492 - Viagem de Cristóvão Colombo à América.
1494-1526 - Guerras da Itália.
1496 - expulsão dos Judeus e dos Mouros de Portugal.
1497 - Vasco da Gama parte para a Índia.
1500 - Descoberta oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral.
1517 - Martinho Lutero publicou as "Noventa e Cinco Teses". Início da Reforma Protestante.
1519-1522 - Volta ao mundo de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano.
1534 - "Acto de Supremacia" em Inglaterra. O rei Henrique VIII rompeu com Roma e declarou-se
chefe da Igreja Anglicana.
1545 - Primeira sessão do Concílio de Trento. A última sessão decorreu em 1563.
1562-1598 - Guerras de Religião em França.
1618 - Início da Guerra dos Trinta Anos.
1642-1660 -Revolução Inglesa.
1688-1689 - Revolução Gloriosa em Inglaterra.
1776-1783 - Revolução Americana.
1789 - Início da Revolução Francesa.

História Contemporânea
Por Antonio Gasparetto Junior
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A História Contemporânea é a fase atual que estamos vivendo da história da humanidade. Sucede
a História Moderna.
A historiografia tradicional divide a história da humanidade em períodos: História Antiga, História
Medieval, História Moderna e História Contemporânea. Segundo esta concepção, a humanidade tem
sua história dividida em períodos que correspondem a eventos ocorridos no continente europeu ou em
decorrência das ações de seu povo. Isto denota a forma tradicional de periodizar a história como
fortemente eurocêntrica. Essa forma de encarar a história da humanidade está sendo amplamente
revista atualmente, pois é preciso se levar em consideração a existência de grandes civilizações com
grandes culturas ao longo da história também fora do continente europeu.
A História Contemporânea, segundo os historiadores, tem seu início marcado pela Revolução Francesa,
em 1789. De acordo com essa idéia, modificações nas estruturas sociais ocorreram para caracterizar
uma nova fase. O evento ocorrido na França derrubou as marcas do Antigo Regime que dividiam a
sociedade em escalas dentro de uma pirâmide, na qual o rei e a nobreza ocupavam a posição mais alta,
seguidos pelo clero e depois todo o resto da sociedade, incluindo camponeses e burguesia. O fato é que
a classe burguesa já representava um importante grupo na ordem social e não recebia a devida
consideração em troca, o que os levou a derrubar uma organização social já arcaica.
O Iluminismo teve grande influência na confecção de um novo período da humanidade, levantando a
bandeira da razão e propaganda que as ciências seriam capazes de propiciar um progresso da civilização
humana. O advento da nova fase colocou o indivíduo em destaque na história, capaz de definir seu
próprio futuro. Ao contrário do que existia antes, quando o indivíduo era ligado a certa condição
determinada pelo seu nascimento.
A História Contemporânea concretizou a presença determinante do capitalismo no cotidiano da
humanidade. Exatamente por isso, surgiram novas teorias da vida humana em realidade alheia ao
capitalismo. A consolidação de várias potências capitalistas desencadeou uma forte corrida por domínio
de regiões fornecedoras de matéria-prima e consumidoras dos produtos industrializados. As tensões
resultantes da corrida capitalista resultaram em esmagadoras guerras no século XX, colocando em
questão a evolução da civilização.
Outros eventos também caracterizam fortemente a História Contemporânea. O novo período marcou as
independências das antigas colônias européias, embora o imperialismo tenha gerado um novo tipo de
dependência, a econômica. No século XIX há de se destacar as unificações tardias de Itália e Alemanha,
as quais desencadearam a instabilidade na Europa com a entrada de novos países na corrida
imperialista.
No século XX, as Guerras Mundiais, a Revolução Russa, a Crise de 1929, a Descolonização da África e
a Guerra Friaderam as marcas do novo período. No século XXI, dois eventos foram importantes, até o
momento: o Atentado Terrorista de 11 de Setembro e a Crise Econômica de 2008-2009. Entretanto, o
questionamento sobre o caráter eurocêntrico de se dividir a história e o evento terrorista de 2001 está
predizendo uma nova fase da história da humanidade. Alguns historiadores já arriscam a dizer que
estamos vivendo a História Pós-Contemporânea. Embora o termo não seja dos melhores, essa nova
concepção se baseia no fato de que a soberania dos Estados Unidos, a grande potência mundial da era
Contemporânea, tenha sido abalada com o atentado. Daí novas relações mundiais se desencadeariam.

No Brasil, ocorre também um numeroso estudo sobre os contextos bi /multilíngües, embora haja
diversos contextos em que mais de uma língua é falada. Cavalcanti (1999) comenta que existe um forte
mito de monolinguismo no país, onde comunidades indígenas, imigrantes e até comunidades surdas
estão sendo excluídas. A autora alerta que o país tem cerca de 203 línguas: 170 línguas indígenas, 30
línguas de imigrantes, 1 língua de sinais brasileira (Libras) e 1 Língua de Sinais Kaapor Brasileira (LSKB) e,
é claro, língua portuguesa. Nota-se que o Brasil não é um país monolíngüe, visto que estes povos
existem e mantêm suas línguas vivas, uma pluralidade lingüística e heterogeneidade cultural. Os índios
Urubu-Kaapor utilizam a LSKB que não apresenta relação estrutural ou lexical com a LIBRAS, devido à
inexistência de contato entre ambas.
Por ser uma língua, tal qual o inglês, francês, ASL, entre tantas outras línguas faladas ou
sinalizadas, as línguas de sinais possuem suas especificidades lingüísticas, isto é, fonologia, morfologia,
sintaxe, semântica, pragmática.
Quadros e Karnopp (2004, p 31-37) descrevem mais alguns mitos, por exemplo:
1) “A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar
conceitos abstratos”. Isso é outro erro cometido pelas pessoas, elas pensam que os sinais são concretos,
que são apenas gestos, mas os sinais são palavras na relação entre o significado arbitrárias na relação
entre o significado e o significante, de modo visual. Os sinais expressam sentimentos, emoções, inclusive
idéias abstratas.
2) “Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais que seria derivada das línguas de
2
sinais, sendo um pidgin sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais”. Isto não é
verdade, pois a língua de sinais é uma língua de fato, e também independe de língua oral. As línguas de
sinais são autônomas e apresentam o mesmo estatuto lingüístico identificado nas línguas faladas, ou
seja, dispõe dos mesmos níveis lingüísticos de análise e é tão complexa quanto às línguas faladas.
3) “As línguas de sinais derivariam da comunicação gestual espontânea dos ouvintes”. Está errado, as
línguas de sinais são tão complexas quanto outras línguas orais, muitas vezes as pessoas acham que
sabem a língua de sinais porque sinalizam alguns gestos e sinais.
É possível perceber que estes mitos
passaram muitos anos no pensamento das
pessoas, e o que hoje se tem feito é provar
que a língua de sinais é uma língua natural.
Quadros reforça o pensamento de Chomsky

Intérprete de Língua de Sinais: Pessoa ouvinte que interpreta para os surdos uma comunicação falada
usando a língua de sinais e vice-versa.
1) Atuação do intérprete de Libras em sala de aula
2) Atuação de intérpretes em eventos
3) Intérprete na televisão (telinha)
4) Intérprete fazendo a tradução de sinais para a fala

Estrutura Gramatical
A Língua Brasileira de Sinais

- LIBRAS é uma língua de modalidade gestual - visual: possui uma estrutura lingüística semelhante as das
diversas línguas de modalidade oral auditiva;
Segundo Coneglian (2005), todas as línguas orais - auditivas possui uma gramática própria, definida
pelos sistemas:
Anúncios Google
=> Fonológico (línguas orais - auditivas) ou quirológico (língua de sinais - arte de conversar por meio de
sinais feitos com as mãos);
=> Morfológico: palavra/ sinal ou item lexical;
=> Sintático: frase;
=> Semântico: significado;
=> Pragmático: uso do significado - sentido.
2.2 Aspectos Estruturais
A LIBRAS têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns parâmetros que estruturam sua
formação nos diferentes níveis lingüísticos. Três são seus parâmetros principais ou maiores: a
Configuração das mãos-(CM) é caracterizado como a forma que a mão assume durante a realização de
um sinal; o Movimento - (M) é o deslocamento da mão no espaço, durante a realização do sinal, e o
Ponto de Articulação - (PA) é caracterizado pelo lugar do corpo onde será realizado o sinal; e outros três
constituem seus parâmetros menores: Região de Contato, Orientação das mãos e Disposição das mãos
(STROBEL & FERNANDES,1998).
2.3 Línguas Portuguesa X LIBRAS
A Língua Portuguesa tem por principal característica a linearidade, ou seja, os ouvintes produzem os
fonemas (oraliza) um de cada vez. Por outro lado, a Língua de Sinais tem como característica a
simultaneidade, os parâmetros primários realizados ao mesmo tempo, com expressões faciais
(CONEGLIAN, 2005).
CONCLUSÃO
A LIBRAS veio para tonar-se a principal lingua de diálogo entre surdos - surdos, e surdos - ouvintes,
evidente que para uma compreensão rápida tem-se que estudar e aprimorar os conhecimentos, não
somente da estrutura gramatical, como de tudo ao que diz respeito a LIBRAS. Após a criação da lingua
gestual, também é assim que chama-se LIBRAS, a assimilação, conversação e comunicação entre os
individuos foi muito beneficiada.
Assim, concluí-se que a LIBRAS é uma língua e não simplesmente uma linguagem. A LIBRAS tem uma
estrutura, uma gramática, como as outras línguas.

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  • 1. A Idade Média (adj. medieval) é um período da história da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a Idade Moderna. A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da História ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna, sendo frequentemente dividido em Alta e Baixa Idade Média. Durante a Alta Idade Média verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade tardia. Os ocupantes bárbaros formam novos reinos, apoiando-se na estrutura doImpério Romano do Ocidente. No século VII, o Norte de África e o Médio Oriente, que tinham sido parte do Império Romano do Oriente tornam-se territórios islâmicos depois da sua conquista pelos sucessores de Maomé. O Império Bizantinosobrevive e torna-se uma grande potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas políticas e sociais, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos novos reinos incorporaram o maior número possível de instituições romanas pré-existentes. O cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental e assistiu-se a um surto de edificação de novos espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os Francos, governados pela dinastia carolíngia, estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa ocidental até ao século IX, quando se desmoronaria perante as investidas de Vikings do norte, Magiares de leste e Sarracenos do sul. Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até aoRenascimento: o senhorialismo – a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o feudalismo — uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial o direito a cobrar impostos em determinado território. As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dosmuçulmanos o domínio sobre a Terra Santa, tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à razão, e pela fundação das primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante e Chaucer, as viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas artísticas deste período. Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes; só a peste negra foi responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350. O Grande Cisma do Ocidente no seio da Igreja teve consequências profundas na sociedade e foi um dos fatores que esteve na origem de inúmeras guerras entre estados. Assistiu-se também a diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos. O progresso cultural e tecnológico transformou por completo a sociedade europeia, concluindo a Idade Média e dando início à Idade Moderna. Alta Idade Média[editar] Novas sociedades[editar] Ver artigos principais: Migrações dos povos bárbaros e Queda do Império Romano do Ocidente Moeda de Teodorico, o Grande
  • 2. A estrutura política da Europa Ocidental alterou-se significativamente com o fim da união do Império Romano. Embora as atividades dos povos bárbaros sejam frequentemente descritas como "invasões", não se trataram de meras campanhas militares, mas sim migrações de populações inteiras para o território do império. A migração foi facilitada pela recusa das elites romanas em financiar o seu 35 exército. Os imperadores do século V eram na maior parte dos casos controlados por militares influentes como Estilicão, Ricimero, Gundebaldo ou Aspar, quase sempre estrangeiros ou de ascendência estrangeira. Após a interrupção da linha de sucessão, muitos dos reis que os substituíram provinham igualmente de forças militares. Era também comum o casamento entre os novos reis e as 36 elites romanas locais. Isto deu origem a uma incorporação gradual dos hábitos das tribos invasoras na cultura romana, incluindo assembleias populares que permitiram aos líderes tribais ter uma voz activa 37 em matérias políticas. Os artefactos deixados por Romanos ou pelos invasores são na sua maioria 38 similares, sendo nítida a inspiração dos objectos tribais nos modelos romanos. De igual modo, a maior parte da cultura intelectual dos novos reinos baseava-se directamente nas tradições intelectuais 39 romanas. No entanto, uma diferença substancial foi a perda gradual de rendimento tributário em função das novas políticas. Muitas das novas instituições governativas já não financiavam os seus exércitos com o dinheiro proveniente de impostos, mas com a atribuição de terras ou senhorios. Isto levou ao desaparecimento do sistema de colecta de impostos, uma vez que deixou de haver 40 necessidade para cobranças ou cálculos de grande envergadura. O belicismo era comum entre reinos e dentro dos próprios reinos. A escravatura entrou também em declínio, à medida que a oferta se reduzia 41 e a sociedade se tornava cada vez mais rural. 57 Baixa Idade Média[editar] Sociedade e economia[editar] Ver artigos principais: Feudalismo, Senhorialismo e Mulheres na Idade Média Iluminura representando três classes sociais da sociedade medieval: o cleroreligioso, um cavaleiro da nobreza e oscamponeses. As relações entre estas classes regia-se pelo feudalismo esenhorialismo. Durante toda a Baixa Idade média, e até ao surto epidémico do século XIV, a população Europeia cresceu a um ritmo sem precedentes. As estimativas apontam para um crescimento de 35 para 80 milhões entre os anos 1000 e 1347. Têm sido identificadas como causas prováveis a melhoria nas técnicas agrícolas, a relativa paz e ausência de invasões, o declínio da escravatura e um extenso período 131 de clima moderado e aumento da temperatura média. Apesar deste crescimento, cerca de 90% da população era ainda eminentemente rural embora, de forma progressiva, as quintas isoladas tenham dado lugar a pequenas comunidades como aldeias ou vilas, e tenha sido comum a agregação em volta 132 de propriedades senhoriais. A população urbana, ainda muito escassa durante a Alta Idade Média, cresce assinalavelmente durante os séculos XII e XIII, a par da expansão urbana e da fundação de 133 imensos centros populacionais, embora ao longo de todo o período seja provável que nunca tenha 134 excedido os 10% da população total. A estrutura social e económica tinha por base as relações feudais. Embora não fosse proprietária, a nobreza detinha os direitos de exploração e tributação de grande parte dos terrenos agrícolas. Os servos obtinham o direito a cultivar e habitar as terras de determinada família nobre mediante o pagamento de uma renda na forma de trabalho, géneros ou moeda. Em troca, recebiam protecção 135 económica e militar. Ao longo dos séculos XI e XII, estas terras, ou feudos, tornam-se hereditárias. Em muitas regiões, ao contrário do que acontecia na Alta Idade Média, a dificuldade em dividi-las pelos 136 herdeiros faz com que passem a ser herdadas apenas pelo primogénito. Dentro da própria nobreza, verifica-se a existência de uma hierarquia de vassalagem através da suserania, onde são concedidas
  • 3. terras ou estruturas de importância económica para exploração a um nobre menor, em troca da sua vassalagem e fidelidade. Durante os séculos XI e XII, a posse destas terras, ou feudos, viria a ser considerada hereditária. No entanto, ao contrário do que sucedia na Alta Idade Média, a maioria dos feudos deixou de ser dividida entre todos os herdeiros para passar a ser herdada em exclusivo pelo filho 137 varão. O domínio da nobreza durante este período deve-se em grande parte ao controlo das terras agrícolas e dos castelos, ao serviço militar na cavalaria pesada e às várias isenções de impostos ou obrigações de que desfrutavam. A introdução da cavalaria pesada na Europa teve origem noscatafractários persas dos séculos V e VI, mas será a introdução do estribo no século VII que virá permitir fazer uso de todo o potencial de combate destas unidades. Em resposta aos vários tumultos dos séculos IX e X, assiste-se a um surto construtivo de castelos, local de refúgio da população em 138 tempos de ataque. Idade Moderna A Idade Moderna é um período específico da História doOcidente. Destaca-se das demais por ter sido um período de transição por excelência. Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido pelos historiadores franceses, em 29 de maio de1453 quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelosturcos otomanos, e o término com a Revolução Francesa, em14 de julho de 1789. Entretanto, apesar de a queda de Constantinopla ser o evento mais aceito, não é o único. Tem sido propostas outras datas para o início deste período, como a Conquista de Ceuta pelosportugueses em 1415, a viagem de Cristóvão Colombo aocontinente americano em 1492 ou a viagem à Índia de Vasco da Gama em 1498. Algumas correntes historiográficas anglo-saxónicas preferem trabalhar com o conceito de "Tempos Modernos", entendido como um período não acabado, introduzindo nele subdivisões entre Early Modern Times (mais antiga) e Later Modern Times(mais recente), ou então procedem a uma divisão entre sociedades pré-industriais e sociedades industriais. A noção de "Idade Moderna" tende a ser desvalorizada pela historiografia marxista, que prolonga a Idade Média até ao advento das Revoluções Liberais e ao fim do regime senhorialna Europa, devido a ampla ação das Cruzadas, que expandiram o comércio na Europa. A dificuldade da delimitação cronológica do período se deve, principalmente, às divergências de interpretação quanto à origem e evolução do sistema capitalista. Contudo, o período histórico que vai do século XV ao XVIII é, genericamente percebido com um "período de transição". A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de "revolução social" cuja base consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista". O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a baixa Idade Média (séculos XI, XII e XIII), apresentava o seguinte quadro:
  • 4. no Mediterrâneo: fazia-se a ligação entre a Europa e Oriente envolvendo as cidades italianas e os árabes. no Norte da Europa: ligando o mar do Norte ao mar Báltico, predominavam os comerciantes alemães. no Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de cabotagem, ligava-se o mar do Norte ao Mediterrâneo. no Interior do Continente Europeu: predominam antigas rotas terrestres. As feiras, as Cruzadas e o surgimento dos Burgos, ao longo da Idade Média, eram sinais, também, de que o comércio renascia. A partir do século XV o comércio cresceu extraordinariamente, fruto, naturalmente, de modificações ocorridas no interior das sociedades feudais européias (aumento da população, crescimento das cidades, desenvolvimento das manufaturas, etc). Esta época pode-se caracterizar por um desanuviamento da "trilogia negra" - fomes, pestes eguerras criando condições propícias às descobertas marítimas e ao encontro de povos. Índice Grandes Navegações[editar] No período de transição da Baixa Idade Média para a Idade Moderna, o Mar Mediterrâneocontinuou a principal ligação entre os países conhecidos. Esse intercâmbio se fazia através dasrotas das especiarias, que eram monopólio das grandes cidades italianas, como Gênova eVeneza. As mercadorias orientais (sedas, porcelanas e principalmente condimentos, como apimenta e a canela, indispensáveis para a conservação dos alimentos), depois de passarem por muitos portos e intermediários, eram vendidas a preços altíssimos para as nações europeias, obrigando-as a uma situação de dependência dos comerciantes italianos. A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, dificultou ainda mais o tráfico de mercadorias. Dominando a maioria dos portos mediterrâneos, os turcos exigiam elevadas taxas das caravanas comerciais, forçando assim novo aumento nos preços dos produtos. Era necessário descobrir novas rotas que livrassem a Europa da supremacia turca e italiana. Os reinos ibéricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a reunir condições técnicas e financeiras para explorar as novas terras. Uma carta náutica de Fernão Vaz Dourado, da África ocidental extraída do atlas náutico de 1571, pertencente aoArquivo Nacional da Torre do Tombo, emLisboa. Portugal foi a primeira nação a financiar expedições marítimas. Vários fatores contribuíram para esse pioneirismo: a existência de bons portos; a familiaridade portuguesa com o mar, devido à grande atividade pesqueira desenvolvida na região; umaburguesia enriquecida e disposta a investir para
  • 5. aumentar seus lucros; a paz interna e a centralização do poder. Portugal foi o primeiro reino a se unificar, formando um estado nacional. A Escola de Sagres também contribuiu grandemente, fornecendo condições tecno-científicas para a navegação num oceano ate então desconhecido: oAtlântico. Bússolas e astrolábios trazidos da China, sextantes, mapas feitos pelos melhores cartógrafos da época e, principalmente, a caravela com suas velas triangulares possibilitaram aos navegantes resistir e atravessar o bravio "Mar Tenebroso". A expansão portuguesa iniciou-se pelo norte da África, com a tomada de Ceuta, em 1415(importante centro de especiarias). Seguiram-se as ilhas da Madeira e Açores. Gradativamente, em expedições sucessivas, sempre contornando o continente africano, em 1487, Bartolomeu Diascontornou o Cabo da Boa Esperança no sul da África. Em 1498, Vasco da Gama chega ao porto de Calicute, na costa ocidental da Índia. A descoberta desse novo caminho trouxe lucros fabulosos para os mercadores portugueses e, ao mesmo tempo, estabelecia concorrência com os produtos trazidos através das rotas italiana A descoberta da América por Colombo provocou disputa entre os reinos ibéricos, interessados na posse de terras.Portugal preocupou-se em firmar um tratado que lhe assegurasse o domínio das terras existentes a leste dooceano Atlântico. O acordo entre os dois países foi julgado pelo papa Alexandre VI, que confirmou um novo tratado. Partindo-se de uma linha imaginária traçada a partir do pólo (37°), oTratado de Tordesilhas estabeleceu que as terras encontradas a oeste dessa linha pertenceriam à Espanhae aquelas situadas a leste seriam de Portugal. Por esse motivo, a esquadra de Pedro Álvares Cabral, que se dirigia às Índias, fez um desvio proposital para oeste para garantir ao rei português a posse das terras do Brasil. Os outros países europeus desconsideraram esse tratado, que os excluía, e procuraram se estabelecer e explorar o novo continente. Renascimento[editar] Ver artigo principal: Renascimento Os homens da Idade Média consideravam os aspectos e fatos da vida e da história de acordo com os ideais religiosos. Para eles, a vida terrena e os acontecimentos históricos se explicavam pela vontade de Deus, um ser superior. Toda a ciência, a literatura e a arte daquela época dependiam do pensamento religioso.
  • 6. Todavia, no decorrer do século XIII, a Itália e o resto da Europa começaram a modificar seu modo de pensar, voltando suas atenções para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter importância como o grande protagonista de acontecimentos e determinando, ele mesmo, a sua vontade. No Renascimento, o mundo aparece como cenário das ações humanas, e não como expressão da vontade divina. A natureza também atrai as atenções e se torna objeto de observações e estudos por parte dos renascentistas. A palavra Renascimento indica, em todos os seus aspectos, o prosseguimento da vida econômica, social e cultural que aconteceu na Itália e depois no resto da Europa. O termo Renascimento vem de renascer da Idade Média, isto é, renascer ou reviver os valores daAntiguidade clássica greco-romana. Origens[editar] O Renascimento começou na Itália, com o desenvolvimento das cidades e do comércio. As cidades italianas abrigavam nobres senhores, como os Lourenço de Médici, da cidade deFirenze; os Gonzaga, da cidade de Mantova; os Sforza, da cidade de Milão, e tantos outros nobres senhores que, gozando de prosperidade econômica, resolveram financiar e proteger artistas, cientistas e literatos. Esses protetores de artistas eram chamados mecenas. Causas[editar] A descoberta do Novo Mundo (Américas): As Grandes Navegações trouxeram novas experiências culturais e cientificas. O humanismo: Durante toda a Idade Média, o homem foi uma criatura frágil e submissa à vontade de Deus. Com o humanismo, ele acaba por se tornar responsável por si mesmo e não mais subordinado à vontade divina. A queda de Constantinopla, a importante capital do Império Romano do Oriente, grande centro comercial e cultural medieval. Muitos intelectuais de Constantinopla se dirigiram à Itáliaapós a sua queda. O apoio dos mecenas, ricos senhores que patrocinavam artistas e literatos. A invenção da imprensa: Os livros não seriam mais manuscritos, o que facilitaria a divulgação da cultura. Abertura das universidades: Os humanistas fizeram reviver e renascer valores daAntiguidade clássica greco-romana. Características: O Renascimento tem como características: criação, originalidade, novos ideais, renovação artística e intelectual. Retorno à cultura greco-romana: Antigos valores são reaproveitados.
  • 7. Racionalismo: O uso da razão, mais do que dos sentimentos. Hedonismo: Os prazeres de viver a vida no dia-a-dia foram valorizados. Neoplatonismo: Alguns valores da Igreja foram criticados e abandonados. Chamamos de humanismo o movimento literário e cultural que fez reviver os estudos da literaturaclássica grega e romana, indispensáveis para a formação do homem e para levá-lo a viver com sabedoria e harmonia em sociedade. O interesse dos humanistas era fazer reviver e valorizar diferentes culturas, enfatizando o homem, a ponto desse movimento ser chamado de antropocentrismo, colocando o homem como centro dos interesses e atenções. Os humanistas desprezaram alguns valores cristãos, embora fossem cristãos, e apenas desejavam dar uma nova interpretação às mensagens do Evangelho. Os humanistas queriam a todo custo criar uma nova cultura: introduziram métodos críticos na leitura e interpretação de fontes, reconstruindo textos originais, eliminando deformações e omissões dos copistas medievais. Muitas universidades foram fundadas, porém o ensino era ainda medíocre. Muitos príncipes, nobres e humanistas reuniram importantes obras manuscritas da Antiguidade, a preço de ouro, e juntos começam a formar grandes bibliotecas. Surgiram, também, associações culturais chamadas academias. Reforma e Contra-Reforma A Reforma foi um movimento que surgiu dentro da Igreja Católica como resposta às dúvidas dos fiéis e às discussões religiosas. As ideias renascentistas valorizaram o homem e suas realizações, a expansão comercial permitiu o confronto de valores e culturas diversas e provocou um "repensar" crítico do mundo, até então dominado pelo clero romano. As alterações político-econômicas da época exigiam uma reformulação na estrutura social, mas a Igreja retardou sua ação, permitindo o aparecimento da crise nas ideias católicas. No plano político, a autoridade papal (supranacional) interferia no poder do rei. A obrigatoriedade do consentimento do papa na administração dos soberanos ia enfraquecendo o poder deles sobre o Estado. A teoria do Estado independente de Maquiavel começava a frutificar. No plano econômico, a Igreja continuava proibindo a usura (juros altos) e pregando a venda das mercadorias por um preço justo. Essa teoria era incompatível com o enriquecimento e a ascensão da burguesia comercial. Os negociantes queriam liberdade de preços para garantir a expansão de seus negócios e aumentar seus lucros. Os camponeses, sem esperanças dentro de suas vidas miseráveis, queriam livrar-se das taxasimpostas pelos grandes senhores e também do dízimo obrigatório cobrado pela Igreja.
  • 8. Essa insatisfação era alimentada pela corrupção que se verificava nas ordens clericais. Como representantes de Deus, investidos de poder supremo sobre os homens, suas preocupações se restringiam à política, à guerra e às artes, ignorando a necessidade das almas que lhes cabia conduzir. A riqueza e o conforto em que viviam desagradava aos fiéis, que desejavam uma religião mais próxima dos ensinamentos e exemplos de Cristo. Breve cronologia da Idade Moderna[editar] 1453 - tomada de Constantinopla. 1453 - Fim da Guerra dos Cem Anos. 1455-1460 - Preparação e impressão do primeiro livro impresso em uma prensa de tipos móveis reutilizáveis: a Bíblia de Gutenberg. 1492 - Viagem de Cristóvão Colombo à América. 1494-1526 - Guerras da Itália. 1496 - expulsão dos Judeus e dos Mouros de Portugal. 1497 - Vasco da Gama parte para a Índia. 1500 - Descoberta oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral. 1517 - Martinho Lutero publicou as "Noventa e Cinco Teses". Início da Reforma Protestante. 1519-1522 - Volta ao mundo de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano. 1534 - "Acto de Supremacia" em Inglaterra. O rei Henrique VIII rompeu com Roma e declarou-se chefe da Igreja Anglicana. 1545 - Primeira sessão do Concílio de Trento. A última sessão decorreu em 1563. 1562-1598 - Guerras de Religião em França. 1618 - Início da Guerra dos Trinta Anos. 1642-1660 -Revolução Inglesa. 1688-1689 - Revolução Gloriosa em Inglaterra. 1776-1783 - Revolução Americana. 1789 - Início da Revolução Francesa. História Contemporânea Por Antonio Gasparetto Junior Tweetar A História Contemporânea é a fase atual que estamos vivendo da história da humanidade. Sucede a História Moderna.
  • 9. A historiografia tradicional divide a história da humanidade em períodos: História Antiga, História Medieval, História Moderna e História Contemporânea. Segundo esta concepção, a humanidade tem sua história dividida em períodos que correspondem a eventos ocorridos no continente europeu ou em decorrência das ações de seu povo. Isto denota a forma tradicional de periodizar a história como fortemente eurocêntrica. Essa forma de encarar a história da humanidade está sendo amplamente revista atualmente, pois é preciso se levar em consideração a existência de grandes civilizações com grandes culturas ao longo da história também fora do continente europeu. A História Contemporânea, segundo os historiadores, tem seu início marcado pela Revolução Francesa, em 1789. De acordo com essa idéia, modificações nas estruturas sociais ocorreram para caracterizar uma nova fase. O evento ocorrido na França derrubou as marcas do Antigo Regime que dividiam a sociedade em escalas dentro de uma pirâmide, na qual o rei e a nobreza ocupavam a posição mais alta, seguidos pelo clero e depois todo o resto da sociedade, incluindo camponeses e burguesia. O fato é que a classe burguesa já representava um importante grupo na ordem social e não recebia a devida consideração em troca, o que os levou a derrubar uma organização social já arcaica. O Iluminismo teve grande influência na confecção de um novo período da humanidade, levantando a bandeira da razão e propaganda que as ciências seriam capazes de propiciar um progresso da civilização humana. O advento da nova fase colocou o indivíduo em destaque na história, capaz de definir seu próprio futuro. Ao contrário do que existia antes, quando o indivíduo era ligado a certa condição determinada pelo seu nascimento. A História Contemporânea concretizou a presença determinante do capitalismo no cotidiano da humanidade. Exatamente por isso, surgiram novas teorias da vida humana em realidade alheia ao capitalismo. A consolidação de várias potências capitalistas desencadeou uma forte corrida por domínio de regiões fornecedoras de matéria-prima e consumidoras dos produtos industrializados. As tensões resultantes da corrida capitalista resultaram em esmagadoras guerras no século XX, colocando em questão a evolução da civilização. Outros eventos também caracterizam fortemente a História Contemporânea. O novo período marcou as independências das antigas colônias européias, embora o imperialismo tenha gerado um novo tipo de dependência, a econômica. No século XIX há de se destacar as unificações tardias de Itália e Alemanha, as quais desencadearam a instabilidade na Europa com a entrada de novos países na corrida imperialista. No século XX, as Guerras Mundiais, a Revolução Russa, a Crise de 1929, a Descolonização da África e a Guerra Friaderam as marcas do novo período. No século XXI, dois eventos foram importantes, até o momento: o Atentado Terrorista de 11 de Setembro e a Crise Econômica de 2008-2009. Entretanto, o questionamento sobre o caráter eurocêntrico de se dividir a história e o evento terrorista de 2001 está predizendo uma nova fase da história da humanidade. Alguns historiadores já arriscam a dizer que estamos vivendo a História Pós-Contemporânea. Embora o termo não seja dos melhores, essa nova
  • 10. concepção se baseia no fato de que a soberania dos Estados Unidos, a grande potência mundial da era Contemporânea, tenha sido abalada com o atentado. Daí novas relações mundiais se desencadeariam. No Brasil, ocorre também um numeroso estudo sobre os contextos bi /multilíngües, embora haja diversos contextos em que mais de uma língua é falada. Cavalcanti (1999) comenta que existe um forte mito de monolinguismo no país, onde comunidades indígenas, imigrantes e até comunidades surdas estão sendo excluídas. A autora alerta que o país tem cerca de 203 línguas: 170 línguas indígenas, 30 línguas de imigrantes, 1 língua de sinais brasileira (Libras) e 1 Língua de Sinais Kaapor Brasileira (LSKB) e, é claro, língua portuguesa. Nota-se que o Brasil não é um país monolíngüe, visto que estes povos existem e mantêm suas línguas vivas, uma pluralidade lingüística e heterogeneidade cultural. Os índios Urubu-Kaapor utilizam a LSKB que não apresenta relação estrutural ou lexical com a LIBRAS, devido à inexistência de contato entre ambas. Por ser uma língua, tal qual o inglês, francês, ASL, entre tantas outras línguas faladas ou sinalizadas, as línguas de sinais possuem suas especificidades lingüísticas, isto é, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica, pragmática. Quadros e Karnopp (2004, p 31-37) descrevem mais alguns mitos, por exemplo: 1) “A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos”. Isso é outro erro cometido pelas pessoas, elas pensam que os sinais são concretos, que são apenas gestos, mas os sinais são palavras na relação entre o significado arbitrárias na relação entre o significado e o significante, de modo visual. Os sinais expressam sentimentos, emoções, inclusive idéias abstratas. 2) “Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais que seria derivada das línguas de 2 sinais, sendo um pidgin sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais”. Isto não é verdade, pois a língua de sinais é uma língua de fato, e também independe de língua oral. As línguas de sinais são autônomas e apresentam o mesmo estatuto lingüístico identificado nas línguas faladas, ou seja, dispõe dos mesmos níveis lingüísticos de análise e é tão complexa quanto às línguas faladas. 3) “As línguas de sinais derivariam da comunicação gestual espontânea dos ouvintes”. Está errado, as línguas de sinais são tão complexas quanto outras línguas orais, muitas vezes as pessoas acham que sabem a língua de sinais porque sinalizam alguns gestos e sinais.
  • 11. É possível perceber que estes mitos passaram muitos anos no pensamento das pessoas, e o que hoje se tem feito é provar que a língua de sinais é uma língua natural. Quadros reforça o pensamento de Chomsky Intérprete de Língua de Sinais: Pessoa ouvinte que interpreta para os surdos uma comunicação falada usando a língua de sinais e vice-versa. 1) Atuação do intérprete de Libras em sala de aula 2) Atuação de intérpretes em eventos 3) Intérprete na televisão (telinha) 4) Intérprete fazendo a tradução de sinais para a fala Estrutura Gramatical A Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS é uma língua de modalidade gestual - visual: possui uma estrutura lingüística semelhante as das diversas línguas de modalidade oral auditiva; Segundo Coneglian (2005), todas as línguas orais - auditivas possui uma gramática própria, definida pelos sistemas: Anúncios Google => Fonológico (línguas orais - auditivas) ou quirológico (língua de sinais - arte de conversar por meio de sinais feitos com as mãos); => Morfológico: palavra/ sinal ou item lexical; => Sintático: frase; => Semântico: significado; => Pragmático: uso do significado - sentido.
  • 12. 2.2 Aspectos Estruturais A LIBRAS têm sua estrutura gramatical organizada a partir de alguns parâmetros que estruturam sua formação nos diferentes níveis lingüísticos. Três são seus parâmetros principais ou maiores: a Configuração das mãos-(CM) é caracterizado como a forma que a mão assume durante a realização de um sinal; o Movimento - (M) é o deslocamento da mão no espaço, durante a realização do sinal, e o Ponto de Articulação - (PA) é caracterizado pelo lugar do corpo onde será realizado o sinal; e outros três constituem seus parâmetros menores: Região de Contato, Orientação das mãos e Disposição das mãos (STROBEL & FERNANDES,1998). 2.3 Línguas Portuguesa X LIBRAS A Língua Portuguesa tem por principal característica a linearidade, ou seja, os ouvintes produzem os fonemas (oraliza) um de cada vez. Por outro lado, a Língua de Sinais tem como característica a simultaneidade, os parâmetros primários realizados ao mesmo tempo, com expressões faciais (CONEGLIAN, 2005). CONCLUSÃO A LIBRAS veio para tonar-se a principal lingua de diálogo entre surdos - surdos, e surdos - ouvintes, evidente que para uma compreensão rápida tem-se que estudar e aprimorar os conhecimentos, não somente da estrutura gramatical, como de tudo ao que diz respeito a LIBRAS. Após a criação da lingua gestual, também é assim que chama-se LIBRAS, a assimilação, conversação e comunicação entre os individuos foi muito beneficiada. Assim, concluí-se que a LIBRAS é uma língua e não simplesmente uma linguagem. A LIBRAS tem uma estrutura, uma gramática, como as outras línguas. Frases em libras