SlideShare uma empresa Scribd logo
8aurinegra 218 | 05AGO2011
reportagem
FUNERÁRIA
Catarino & Carvalheiro, Lda.
Telf.:231 461 105 - Telm.: 96 705 92 01
Rua Dr. Carlos de Oliveira, 16 - 3060-318 FEBRES
Tel./Fax 231 461618
Praça Florindo José Frota, 41 - 3060-318 FEBRES
Propriedade e Direcção Técnica de
Dr. Luís Filipe Frota Viegas de Carvalho
Farmácia Castanheira
�������������������������������
Anuncie neste espaço. Mostre-se, faça-se notar.
De:
José da Silva
Febres
3060 Cantanhede
Telf.: 231 461 559
FUNERÁRIA
Catarino & Carvalheiro, Lda.
Telf.:231 461 105 - Telm.: 96 705 92 01
Rua Dr. Carlos de Oliveira, 16 - 3060-318 FEBRES
Tel./Fax 231 461618
Praça Florindo José Frota, 41 - 3060-318 FEBRES
Propriedade e Direcção Técnica de
Dr. Luís Filipe Frota Viegas de Carvalho
Farmácia Castanheira
Comércio Tradicional de Febres
Casar em tempo de crise
Despesa avultada ajuda a explicar quebra
Desde 1997 que o número
de casamentos tem vindo
a diminuir ano após ano.
Aos constrangimentos
financeiros juntam-se,nos
últimos tempos,um novo
paradigma no conceito de
família e projectos de vida que
já não passam pelos valores
tradicionais de contrair
matrimónio e investir em
habitação própria.Ainda
assim,o negócio das quintas
e espaços para acolher esse
tipo de evento parece passar
ao lado da crise económica (e
matrimonial) instalada.
Quem casa já não quer“ape-
nas” casa (e, já agora, uns “tro-
cos” num envelope). Quem de-
cide contrair matrimónio quer,
por norma, uma festa e um dia
memoráveis. Se em tempos os
salões de alguns restaurantes ou
o quintal da vivenda dos pais da
noiva eram opções válidas para
acolher o “copo de água”, hoje
esses espaços estão ultrapas-
sados e só são escolhidos por
quem não tem possibilidades
financeiras para outros voos.
De há uns anos a esta parte, ca-
samento que é casamento tem
que ser realizado numa quinta.
Não importa se o local é recôn-
dito, se os acessos proporcio-
nam uma viagem divertida para
quem vai de jipe ou se nem os
gps’s mais actualizados con-
seguem dar com o sítio. O que
importa é que, no convite, es-
teja bem visível o nome do idí-
lico espaço que vai acolher o dia
mais feliz dos noivos, e que esse
nome inclua a palavra“quinta”.
Aliás, basta uma rápida
pesquisa no sítio das páginas
amarelas na internet para se
obterem dezenas de resulta-
dos. O fenómeno das quintas e
espaços para eventos, sobretu-
do para casamentos, tem flores-
cido nos últimos anos, e nem a
crise económica e, sobretudo, a
matrimonial,têmafectadoone-
gócio. Maria José Simão, gestora
de eventos da Quinta do Mou-
rão, na bonita vila de Tentúgal,
concelho de Montemor-o-Ve-
lho, confirma isso mesmo: “É
um negócio que ainda continua
próspero,apesardeasestatísticas
nos indicarem que todos os anos
há perto de menos dez por cento
de casamentos. Nós ainda não
notamos decréscimo, a agenda
continua preenchida”.
Julho, Agosto e Setembro
continuam a ser os meses elei-
tos pelos casais, que começam a
preparar o grande dia cada vez
mais cedo: “Já temos pré-reser-
vas para 2013, porque há muita
afluência às Quintas e as pessoas
querem garantir o espaço, mas
também por causa das marca-
ções na Igreja. O normal é mar-
carem pelo menos com oito ou
nove meses de antecedência,mas
também já tivemos quem tratas-
se de tudo em um mês e conse-
guimos tratar de tudo”. O espaço
e o serviço de catering são esco-
lhas que devem ser feitas com
tempo e ponderação, já que de-
las depende, em grande parte, o
sucesso da festa e a garantia de
que o dia será memorável pela
positiva.
CONQUISTAR OS NOIVOS
Na Quinta do Mourão, à se-
melhança doque acontecenou-
tros espaços do género, existe
uma equipa preparada para aju-
dar os noivos mais indecisos, e
não serão poupados esforços no
sentido de concretizar os dese-
josdoscasaisquetêmumaideia
precisa daquilo que pretendem.
Da decoração da sala à ementa,
passando pelo“pôr-do-sol” (ou-
tra modernice) e pela animação
musical, tudo será acautelado
por profissionais para que os
noivos só tenham que se preo-
cuparemsorrireemestarfelizes
e radiantes. “Tratamos de tudo,
incluindo da parte gráfica, dos
convites,e até da documentação,
já que temos uma área jurídica”,
confirma a gestora. Num mer-
cado muito competitivo, esta
Quinta distingue-se “pela área,
de sete hectares e meio, por um
edifício antigo que está a ser re-
estruturado para turismo rural,
por um edifício moderno com
dois salões com capacidade para
mil e muitas pessoas,e depois te-
mos os nossos jardins a perder de
vista, com lagos e animais, que
dão uma ambiência muito bo-
nita à Quinta”.
Quanto a valores para a fes-
ta, Maria José Simões vai avisan-
do que é sempre “muito relativo,
depende de muitos factores e
pormenores”, mas por menos de
70 euros por convidado é pouco
provável que consiga casar na
Quinta do Mourão. A “brinca-
deira” pode sair um pouco mais
em conta na Quinta dos Três
Pinheiros, na Mealhada, outro
espaço conhecido pela organi-
zação de eventos, em concreto
casamentos, e procurado por
muitos na Região. Almerinda
Rodrigues, responsável de servi-
ços, confirma que a partir de 45
euros é possível casar no com-
plexoqueenglobauma discote-
ca, 53 quartos, restaurante, sala
para banquetes e conferências
e uma piscina. “Notamos uma
certa quebra nos serviços, não
jornal
notícias com gente dentro
FILIPA DO CARMO
filipadocarmo@aurinegra.com
9 aurinegra 218 | 05AGO2011
tanto no número de cerimónias,
mas mais na quantidade de pes-
soas convidadas. Temos feito ca-
samentos muito mais familiares,
para 50 ou 60 pessoas”, reconhe-
ce.“Temosbonitosespaçosverdes,
salas muito agradáveis,um hotel
que foi remodelado há dois anos,
piscina, uma orquestra própria e
ementas diversificadas”.
CONTRARIAR A ESTATÍTICA
Das festas para centenas,
em que até os primos em déci-
mo grau eram convidados, às
reuniões mais íntimas, que dei-
xam de fora todos aqueles que
se limitem a enviar um postal
de Natal e uma mensagem em
dia de aniversário, o casamen-
to, em Portugal, está a mudar.
Mudam as regras da cerimónia
e muda mesmo a sua importân-
cia e peso no projecto de vida de
muitos jovens. O “decréscimo de
casamentos tem a ver com todas
as transformações a que assisti-
mos,quer ao nível do conceito da
vivência da família,quer ao nível
dosprópriosprojectosdevidadas
pessoas”,explicavaEmíliaAraújo,
directora do Departamento de
Sociologia da Universidade do
Minho à Agência Lusa, há pouco
maisdeduassemanas.“Aspesso-
as procuram muito mais a auto-
realização pessoal, que pode não
passar pelo casamento”.
Dizem as estatísticas que,
desde 1997, o número de ca-
samentos que se realizam por
ano em Portugal tem vindo a
descer sempre. Mas a quebra
mais acentuada verificou-se em
1977, quando de um ano para o
outro se realizaram menos dez
por cento dos matrimónios. Dos
101.885 de 1976, aos 91.403 de
1977, uma descida abrupta que
revelalogoaíalgunsefeitosdo25
de Abril de 1974 na mentalidade
e no estilo de vida da população
portuguesa, que decidiu romper
com muitas das tradições e dos
hábitosvigentesnoEstadoNovo.
A tendência de descida tem-se
mantidodesdeentão,salvoraras
excepções, com o número de ca-
samentos em 2009 a ficar-se por
pouco mais de 40 mil.Tendência
inversa têm revelado os divór-
cios, com aumentos sucessivos
desde 1974.
Estes números não chegaram
para assustar Inês Oliveira e Car-
los Azevedo, de Coimbra, jovens
com casamento marcado para
Junho do próximo ano. A pre-
paração da cerimónia começou
com dois anos de antecedência:
“Obviamente que nos tempos que
vivemos é difícil casar, mas já na-
moramosháquaseoitoanoseesta
éumacoisaquequeremosmuito”,
revelaInês.Oespaçojáestáesco-
lhido há algum tempo, falta deci-
dir a decoração e alguns detalhes
da ementa. “Vamos ter cerca de
250 convidados, é um casamen-
to de dimensão razoável. Como
ainda não está tudo decidido,não
sabemos ao certo quanto vamos
pagar,mas penso que o valor ron-
dará os 78 euros por convidado”.
Quanto ao vestido de noiva, há
muito que está definido: “Ainda
antes de ter anel de noivado já sa-
bia como ia ser o vestido que que-
ria. Vai levar algumas alterações
no modelo original”.
Personalizações feitas para
um casamento à medida, num
dia que se espera único e irre-
petível e o início de uma cami-
nhada que se pretende que dure
para toda a vida. Por mais que as
estatísticas teimem em desmen-
tir o “até que a morte nos separe”,
e que a situação económica con-
firme que gastar largos milhares
de euros numa festa de um dia
seja, cada vez mais, um luxo ao
alcance de poucos.
reportagem
Para mais tarde recordar
Jorge Figueiral é fotógrafo de profissão há mais de duas décadas. Tem estúdio em Mon-
temor-o-Velho e em Cantanhede e são vários os trabalhos que realiza: “Faço casamentos,
baptizados, fotografia de estúdio... é aquilo que mais gosto de fazer”. Os 20 anos que leva
de máquina em riste dão-lhe uma perspectiva privilegiada sobre o “negócio” da fotografia
de casamento: “Os estudos nacionais apontam para que o número de casamentos esteja
a decrescer, mas no meu caso a coisa funciona ao contrário. Apesar de haver menos casa-
mentos, tenho fotografado mais”.
Assume que o registo daquele que pretende ser um dos dias mais especiais da vida de
duas pessoas é uma das suas paixões, um trabalho exigente que requer do fotógrafo uma
elevada dose de empatia e sensibilidade: “É uma grande responsabilidade, registar esse
dia. Além disso requer muita sensibilidade, e eu gosto de partilhar o momento, que é um
momento especial, para os noivos o momento mais importante”. Com alguns casais, Jorge
Figueiral conseguiu mesmo criar uma relação de amizade: “É bom viver essa alegria e esse
amor. Gosto de sair do casamento com vontade de lá continuar, de ficar amigo das pessoas.
Há casamentos em que isso se consegue, outros nem por isso, mas são muitos os que me
marcaram. Há casamentos em que sei perfeitamente onde tirei as fotos, qual a história da
imagem, ainda que tenha sido há dez anos”. Por isso recorda vivamente o primeiro casa-
mento que fotografou: em Pombal, já lá vão 20 vinte anos. “É como no amor, o primeiro
marca sempre muito”.
É certo que o fotógrafo é um elemento importante para eternizar o enlace, mas são muitos
os convidados que vão brindando os profissionais com alguns olhares fulminantes, sobre-
tudo quando a fome aperta e a espera para que termine a sessão fotográfica e se possa,
finalmente, passar ao que interessa, se prolonga: “O fotógrafo é um artista e o convidado,
por norma, vai para o casamento a pensar em comida. Mas a vida é mais que comida, e nós
temos que captar aque-
le momento porque não
vamos ter outra oportuni-
dade para o fazer. Temos
que dar o máximo de nós
para termos um bom tra-
balho”.
Quanto aos preços a pa-
gar para que o dia do ca-
samento fique registado
em mais do que a memó-
ria dos presentes, variam
consoante as exigências
do casal: “Com fotografia
e filme, a partir de 1.490 euros, mas pode ir até três ou cinco mil euros”. A internet tem
vindo a ditar o fim das provas fotográficas penduradas em extensões imensas de parede
ou de vidro, mas nem todos os convidados aderem à moda. Há ainda quem insista em ver
em papel antes de comprar: “Não gosto de fazer provas, dou a possibilidade às pessoas de
encomendarem a partir do site. Outra possibilidade é projectá-las no casamento, a partir
do meu computador. As pessoas ainda gostam das provas, de comparar as imagens, e as
pessoas mais velhas não prescindem disso”. As fotografias de álbum de casamento podem
parecer repetitivas, com as alianças ao lado do bouquet e a noiva em frente ao espelho a se-
rem praticamente incontornáveis, mas não deixam de ser arte: “No fundo é pintar com luz,
é isso que procuramos. O pintor usa a tela e a tinta, nós usamos a máquina fotográfica”.
Festa do Emigrante
A Gira Sol – Associação de Desenvol-
vimento de Febres promove, no próximo
dia 14 de Agosto, domingo, junto à Lagoa
dos Coadiçais, uma tarde de convívio sa-
lutar e de confraternização. A Festa do
Emigrante pretende prestar homenagem
a todos os “filhos de terra” que, na busca
por melhores condições de vida, se viram
forçados a deixar Febres para trás. Os que
partiram para o estrangeiro, ou mesmo
para outros pontos de Portugal, são con-
vidados de honra do convívio, aberto à
população em geral. Esta é uma excelen-
te oportunidade para rever velhos ami-
gos e conhecidos, para recordar histórias
e momentos de outros tempos e para re-
forçaroslaçosqueligamaspessoasumas
às outras e à sua terra.
A música ao vivo e o karaoke anima-
rão os presentes, com os comes e bebes
a serem assegurados, gratuitamente, pela
Gira Sol. Água, sumos, vinho, cerveja e
grelhada mista estarão ao dispor de to-
dos. Traga a sua família e amigos e des-
frute de uma tarde de domingo diferente
e especial.
Inês e Carlos preparam o casamento há dois anos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fase Nacional do Cup Of Excellence - Natural 2017
Fase Nacional do Cup Of Excellence - Natural 2017Fase Nacional do Cup Of Excellence - Natural 2017
Fase Nacional do Cup Of Excellence - Natural 2017
Luiz Valeriano
 
Caragua Verão 01/1º de dezembro de 2011
Caragua Verão 01/1º de dezembro de 2011 Caragua Verão 01/1º de dezembro de 2011
Caragua Verão 01/1º de dezembro de 2011
Comunicação Caraguá
 
Ventos na Tempestade
Ventos na TempestadeVentos na Tempestade
Ventos na Tempestade
Agricultura Sao Paulo
 
Jornal dos moto clubes 05
Jornal dos moto clubes 05Jornal dos moto clubes 05
Jornal dos moto clubes 05
Ely Pereira
 
Jornal A Cidade Edição Digital Completa. Edição n. 1107 que circula no dia 26...
Jornal A Cidade Edição Digital Completa. Edição n. 1107 que circula no dia 26...Jornal A Cidade Edição Digital Completa. Edição n. 1107 que circula no dia 26...
Jornal A Cidade Edição Digital Completa. Edição n. 1107 que circula no dia 26...
JornalACidade
 
Roteiro gastronômico natal-rn
Roteiro gastronômico natal-rnRoteiro gastronômico natal-rn
Roteiro gastronômico natal-rn
Yuri Max
 

Mais procurados (6)

Fase Nacional do Cup Of Excellence - Natural 2017
Fase Nacional do Cup Of Excellence - Natural 2017Fase Nacional do Cup Of Excellence - Natural 2017
Fase Nacional do Cup Of Excellence - Natural 2017
 
Caragua Verão 01/1º de dezembro de 2011
Caragua Verão 01/1º de dezembro de 2011 Caragua Verão 01/1º de dezembro de 2011
Caragua Verão 01/1º de dezembro de 2011
 
Ventos na Tempestade
Ventos na TempestadeVentos na Tempestade
Ventos na Tempestade
 
Jornal dos moto clubes 05
Jornal dos moto clubes 05Jornal dos moto clubes 05
Jornal dos moto clubes 05
 
Jornal A Cidade Edição Digital Completa. Edição n. 1107 que circula no dia 26...
Jornal A Cidade Edição Digital Completa. Edição n. 1107 que circula no dia 26...Jornal A Cidade Edição Digital Completa. Edição n. 1107 que circula no dia 26...
Jornal A Cidade Edição Digital Completa. Edição n. 1107 que circula no dia 26...
 
Roteiro gastronômico natal-rn
Roteiro gastronômico natal-rnRoteiro gastronômico natal-rn
Roteiro gastronômico natal-rn
 

Destaque

A vida só pode ser compreendida
A vida só pode ser compreendidaA vida só pode ser compreendida
A vida só pode ser compreendida
tacaratu
 
Qualquer coisa porque é mesmo só para ver
Qualquer coisa porque é mesmo só para verQualquer coisa porque é mesmo só para ver
Qualquer coisa porque é mesmo só para ver
morgadoni
 
Ap boletim de dezembro 2012 v2
Ap boletim de dezembro 2012 v2Ap boletim de dezembro 2012 v2
Ap boletim de dezembro 2012 v2
Ângela Calção
 
Química separação de misturas
Química   separação de misturasQuímica   separação de misturas
Química separação de misturas
Marcella Rocha
 
Esteja chuva, gelo lama ou neve, a Bridgestone ajuda a conduzir no Inverno.
Esteja chuva, gelo lama ou neve, a Bridgestone ajuda a conduzir no Inverno.Esteja chuva, gelo lama ou neve, a Bridgestone ajuda a conduzir no Inverno.
Esteja chuva, gelo lama ou neve, a Bridgestone ajuda a conduzir no Inverno.
Point Portugal
 
Boletim 188 (09 12-2012)
Boletim 188 (09 12-2012)Boletim 188 (09 12-2012)
Boletim 188 (09 12-2012)
Lucas Guimarães
 
Infantil b
Infantil bInfantil b
Infantil b
fbcat
 
Infantil a
Infantil aInfantil a
Infantil a
fbcat
 
Gld o brasil nasceu por engano
Gld   o brasil nasceu por enganoGld   o brasil nasceu por engano
Gld o brasil nasceu por engano
Carlos Goldani
 
Ai como é bom escrever pra dizer que não existe
Ai como é bom escrever pra dizer que não existeAi como é bom escrever pra dizer que não existe
Ai como é bom escrever pra dizer que não existe
Cintia Cruz
 
Trabalhando com notícia
Trabalhando com notíciaTrabalhando com notícia
Trabalhando com notícia
Aureliano Santos
 
Horario 1ª fase formativa
Horario   1ª fase formativaHorario   1ª fase formativa
Horario 1ª fase formativa
Elizeu Won Ancken
 
Boletim 09.12
Boletim 09.12Boletim 09.12
Boletim 09.12
Joao Ricardo Santos
 
Apresentação de proposta ao sinpol
Apresentação de proposta ao sinpolApresentação de proposta ao sinpol
Apresentação de proposta ao sinpolTenente Poliglota
 
Minha Mensagem Boas Festas
Minha Mensagem Boas FestasMinha Mensagem Boas Festas
Minha Mensagem Boas Festas
Vera Lessa
 
A água 7ºC
A água  7ºCA água  7ºC
A água 7ºC
ecoescolasebsdla
 
Aviso(3) 5columnas x345 mm
Aviso(3) 5columnas x345 mmAviso(3) 5columnas x345 mm
Aviso(3) 5columnas x345 mm
Vanesa Pozo Celis
 
CONSTANCIA PASANTIAS NABISCO0001
CONSTANCIA PASANTIAS NABISCO0001CONSTANCIA PASANTIAS NABISCO0001
CONSTANCIA PASANTIAS NABISCO0001Lymmar Rivero Silva
 
Gestao de Riscos PP.pdf
Gestao de Riscos PP.pdfGestao de Riscos PP.pdf
Gestao de Riscos PP.pdfEvaristo Costa
 

Destaque (20)

A vida só pode ser compreendida
A vida só pode ser compreendidaA vida só pode ser compreendida
A vida só pode ser compreendida
 
Qualquer coisa porque é mesmo só para ver
Qualquer coisa porque é mesmo só para verQualquer coisa porque é mesmo só para ver
Qualquer coisa porque é mesmo só para ver
 
Ap boletim de dezembro 2012 v2
Ap boletim de dezembro 2012 v2Ap boletim de dezembro 2012 v2
Ap boletim de dezembro 2012 v2
 
Química separação de misturas
Química   separação de misturasQuímica   separação de misturas
Química separação de misturas
 
Esteja chuva, gelo lama ou neve, a Bridgestone ajuda a conduzir no Inverno.
Esteja chuva, gelo lama ou neve, a Bridgestone ajuda a conduzir no Inverno.Esteja chuva, gelo lama ou neve, a Bridgestone ajuda a conduzir no Inverno.
Esteja chuva, gelo lama ou neve, a Bridgestone ajuda a conduzir no Inverno.
 
Boletim 188 (09 12-2012)
Boletim 188 (09 12-2012)Boletim 188 (09 12-2012)
Boletim 188 (09 12-2012)
 
Infantil b
Infantil bInfantil b
Infantil b
 
Infantil a
Infantil aInfantil a
Infantil a
 
Gld o brasil nasceu por engano
Gld   o brasil nasceu por enganoGld   o brasil nasceu por engano
Gld o brasil nasceu por engano
 
Ai como é bom escrever pra dizer que não existe
Ai como é bom escrever pra dizer que não existeAi como é bom escrever pra dizer que não existe
Ai como é bom escrever pra dizer que não existe
 
Trabalhando com notícia
Trabalhando com notíciaTrabalhando com notícia
Trabalhando com notícia
 
Horario 1ª fase formativa
Horario   1ª fase formativaHorario   1ª fase formativa
Horario 1ª fase formativa
 
Boletim 09.12
Boletim 09.12Boletim 09.12
Boletim 09.12
 
Apresentação de proposta ao sinpol
Apresentação de proposta ao sinpolApresentação de proposta ao sinpol
Apresentação de proposta ao sinpol
 
Minha Mensagem Boas Festas
Minha Mensagem Boas FestasMinha Mensagem Boas Festas
Minha Mensagem Boas Festas
 
A água 7ºC
A água  7ºCA água  7ºC
A água 7ºC
 
Aviso(3) 5columnas x345 mm
Aviso(3) 5columnas x345 mmAviso(3) 5columnas x345 mm
Aviso(3) 5columnas x345 mm
 
CONSTANCIA PASANTIAS NABISCO0001
CONSTANCIA PASANTIAS NABISCO0001CONSTANCIA PASANTIAS NABISCO0001
CONSTANCIA PASANTIAS NABISCO0001
 
Gestao de Riscos PP.pdf
Gestao de Riscos PP.pdfGestao de Riscos PP.pdf
Gestao de Riscos PP.pdf
 
Certificado Pós IBMEC
Certificado Pós IBMECCertificado Pós IBMEC
Certificado Pós IBMEC
 

Semelhante a report_casamento_crise

Recurso
RecursoRecurso
Casar Ainda Está na Moda
Casar Ainda Está na ModaCasar Ainda Está na Moda
Casar Ainda Está na Moda
maxmilliano
 
Por que casar
Por que casarPor que casar
Por que casar?
Por que casar?Por que casar?
Por que casar?
Por que casar?Por que casar?
Estrelas do Norte-Evasões Jan 2015
Estrelas do Norte-Evasões Jan 2015Estrelas do Norte-Evasões Jan 2015
Estrelas do Norte-Evasões Jan 2015
João Miguel Simões
 
Como se tornar prestador de serviços de Mini-Wedding
Como se tornar prestador de serviços de Mini-WeddingComo se tornar prestador de serviços de Mini-Wedding
Como se tornar prestador de serviços de Mini-Wedding
Garden Marketing Digital
 
Perfil do mercado de casamentos
Perfil do mercado de casamentos Perfil do mercado de casamentos
Perfil do mercado de casamentos
Maíra Tamberlini
 
HV7 Cerimonial - 2011
HV7 Cerimonial  - 2011HV7 Cerimonial  - 2011
HV7 Cerimonial - 2011
HV7 Cerimonial
 
Icsp11 evento rosa rosarum 4pgs_c_arlos
Icsp11 evento rosa rosarum 4pgs_c_arlosIcsp11 evento rosa rosarum 4pgs_c_arlos
Icsp11 evento rosa rosarum 4pgs_c_arlos
cinthiagn
 

Semelhante a report_casamento_crise (10)

Recurso
RecursoRecurso
Recurso
 
Casar Ainda Está na Moda
Casar Ainda Está na ModaCasar Ainda Está na Moda
Casar Ainda Está na Moda
 
Por que casar
Por que casarPor que casar
Por que casar
 
Por que casar?
Por que casar?Por que casar?
Por que casar?
 
Por que casar?
Por que casar?Por que casar?
Por que casar?
 
Estrelas do Norte-Evasões Jan 2015
Estrelas do Norte-Evasões Jan 2015Estrelas do Norte-Evasões Jan 2015
Estrelas do Norte-Evasões Jan 2015
 
Como se tornar prestador de serviços de Mini-Wedding
Como se tornar prestador de serviços de Mini-WeddingComo se tornar prestador de serviços de Mini-Wedding
Como se tornar prestador de serviços de Mini-Wedding
 
Perfil do mercado de casamentos
Perfil do mercado de casamentos Perfil do mercado de casamentos
Perfil do mercado de casamentos
 
HV7 Cerimonial - 2011
HV7 Cerimonial  - 2011HV7 Cerimonial  - 2011
HV7 Cerimonial - 2011
 
Icsp11 evento rosa rosarum 4pgs_c_arlos
Icsp11 evento rosa rosarum 4pgs_c_arlosIcsp11 evento rosa rosarum 4pgs_c_arlos
Icsp11 evento rosa rosarum 4pgs_c_arlos
 

Mais de Maria_Papoila

perfil_pde_pedro_miranda
perfil_pde_pedro_mirandaperfil_pde_pedro_miranda
perfil_pde_pedro_miranda
Maria_Papoila
 
perfil_general_freire
perfil_general_freireperfil_general_freire
perfil_general_freireMaria_Papoila
 
perfil_jose_cid
perfil_jose_cidperfil_jose_cid
perfil_jose_cid
Maria_Papoila
 
perfil_carlos_migueis
perfil_carlos_migueisperfil_carlos_migueis
perfil_carlos_migueis
Maria_Papoila
 
entrevista_picado_santos
entrevista_picado_santosentrevista_picado_santos
entrevista_picado_santos
Maria_Papoila
 
entrevista_xavier_viegas
entrevista_xavier_viegasentrevista_xavier_viegas
entrevista_xavier_viegas
Maria_Papoila
 
um_dia_com_florbela
um_dia_com_florbelaum_dia_com_florbela
um_dia_com_florbela
Maria_Papoila
 
futebol_no_feminino
futebol_no_femininofutebol_no_feminino
futebol_no_feminino
Maria_Papoila
 
futebol_febres_trofense
futebol_febres_trofensefutebol_febres_trofense
futebol_febres_trofense
Maria_Papoila
 
futebol_febres_2elm_taca_pt
futebol_febres_2elm_taca_ptfutebol_febres_2elm_taca_pt
futebol_febres_2elm_taca_pt
Maria_Papoila
 
futebol_balanco_1volta
futebol_balanco_1voltafutebol_balanco_1volta
futebol_balanco_1volta
Maria_Papoila
 
report_revivalismo_no_supermercado
report_revivalismo_no_supermercadoreport_revivalismo_no_supermercado
report_revivalismo_no_supermercado
Maria_Papoila
 
report_deficiencia
report_deficienciareport_deficiencia
report_deficiencia
Maria_Papoila
 
social_renato_seabra
social_renato_seabrasocial_renato_seabra
social_renato_seabra
Maria_Papoila
 
lei_animais_companhia
lei_animais_companhialei_animais_companhia
lei_animais_companhia
Maria_Papoila
 
impasse_centro_congressos_coimbra
impasse_centro_congressos_coimbraimpasse_centro_congressos_coimbra
impasse_centro_congressos_coimbra
Maria_Papoila
 
hotel_tocha_leilao
hotel_tocha_leilaohotel_tocha_leilao
hotel_tocha_leilao
Maria_Papoila
 
evento_religiao
evento_religiaoevento_religiao
evento_religiao
Maria_Papoila
 
evento_manif_freguesias
evento_manif_freguesiasevento_manif_freguesias
evento_manif_freguesias
Maria_Papoila
 
report_idosos_sos
report_idosos_sosreport_idosos_sos
report_idosos_sos
Maria_Papoila
 

Mais de Maria_Papoila (20)

perfil_pde_pedro_miranda
perfil_pde_pedro_mirandaperfil_pde_pedro_miranda
perfil_pde_pedro_miranda
 
perfil_general_freire
perfil_general_freireperfil_general_freire
perfil_general_freire
 
perfil_jose_cid
perfil_jose_cidperfil_jose_cid
perfil_jose_cid
 
perfil_carlos_migueis
perfil_carlos_migueisperfil_carlos_migueis
perfil_carlos_migueis
 
entrevista_picado_santos
entrevista_picado_santosentrevista_picado_santos
entrevista_picado_santos
 
entrevista_xavier_viegas
entrevista_xavier_viegasentrevista_xavier_viegas
entrevista_xavier_viegas
 
um_dia_com_florbela
um_dia_com_florbelaum_dia_com_florbela
um_dia_com_florbela
 
futebol_no_feminino
futebol_no_femininofutebol_no_feminino
futebol_no_feminino
 
futebol_febres_trofense
futebol_febres_trofensefutebol_febres_trofense
futebol_febres_trofense
 
futebol_febres_2elm_taca_pt
futebol_febres_2elm_taca_ptfutebol_febres_2elm_taca_pt
futebol_febres_2elm_taca_pt
 
futebol_balanco_1volta
futebol_balanco_1voltafutebol_balanco_1volta
futebol_balanco_1volta
 
report_revivalismo_no_supermercado
report_revivalismo_no_supermercadoreport_revivalismo_no_supermercado
report_revivalismo_no_supermercado
 
report_deficiencia
report_deficienciareport_deficiencia
report_deficiencia
 
social_renato_seabra
social_renato_seabrasocial_renato_seabra
social_renato_seabra
 
lei_animais_companhia
lei_animais_companhialei_animais_companhia
lei_animais_companhia
 
impasse_centro_congressos_coimbra
impasse_centro_congressos_coimbraimpasse_centro_congressos_coimbra
impasse_centro_congressos_coimbra
 
hotel_tocha_leilao
hotel_tocha_leilaohotel_tocha_leilao
hotel_tocha_leilao
 
evento_religiao
evento_religiaoevento_religiao
evento_religiao
 
evento_manif_freguesias
evento_manif_freguesiasevento_manif_freguesias
evento_manif_freguesias
 
report_idosos_sos
report_idosos_sosreport_idosos_sos
report_idosos_sos
 

report_casamento_crise

  • 1. 8aurinegra 218 | 05AGO2011 reportagem FUNERÁRIA Catarino & Carvalheiro, Lda. Telf.:231 461 105 - Telm.: 96 705 92 01 Rua Dr. Carlos de Oliveira, 16 - 3060-318 FEBRES Tel./Fax 231 461618 Praça Florindo José Frota, 41 - 3060-318 FEBRES Propriedade e Direcção Técnica de Dr. Luís Filipe Frota Viegas de Carvalho Farmácia Castanheira ������������������������������� Anuncie neste espaço. Mostre-se, faça-se notar. De: José da Silva Febres 3060 Cantanhede Telf.: 231 461 559 FUNERÁRIA Catarino & Carvalheiro, Lda. Telf.:231 461 105 - Telm.: 96 705 92 01 Rua Dr. Carlos de Oliveira, 16 - 3060-318 FEBRES Tel./Fax 231 461618 Praça Florindo José Frota, 41 - 3060-318 FEBRES Propriedade e Direcção Técnica de Dr. Luís Filipe Frota Viegas de Carvalho Farmácia Castanheira Comércio Tradicional de Febres Casar em tempo de crise Despesa avultada ajuda a explicar quebra Desde 1997 que o número de casamentos tem vindo a diminuir ano após ano. Aos constrangimentos financeiros juntam-se,nos últimos tempos,um novo paradigma no conceito de família e projectos de vida que já não passam pelos valores tradicionais de contrair matrimónio e investir em habitação própria.Ainda assim,o negócio das quintas e espaços para acolher esse tipo de evento parece passar ao lado da crise económica (e matrimonial) instalada. Quem casa já não quer“ape- nas” casa (e, já agora, uns “tro- cos” num envelope). Quem de- cide contrair matrimónio quer, por norma, uma festa e um dia memoráveis. Se em tempos os salões de alguns restaurantes ou o quintal da vivenda dos pais da noiva eram opções válidas para acolher o “copo de água”, hoje esses espaços estão ultrapas- sados e só são escolhidos por quem não tem possibilidades financeiras para outros voos. De há uns anos a esta parte, ca- samento que é casamento tem que ser realizado numa quinta. Não importa se o local é recôn- dito, se os acessos proporcio- nam uma viagem divertida para quem vai de jipe ou se nem os gps’s mais actualizados con- seguem dar com o sítio. O que importa é que, no convite, es- teja bem visível o nome do idí- lico espaço que vai acolher o dia mais feliz dos noivos, e que esse nome inclua a palavra“quinta”. Aliás, basta uma rápida pesquisa no sítio das páginas amarelas na internet para se obterem dezenas de resulta- dos. O fenómeno das quintas e espaços para eventos, sobretu- do para casamentos, tem flores- cido nos últimos anos, e nem a crise económica e, sobretudo, a matrimonial,têmafectadoone- gócio. Maria José Simão, gestora de eventos da Quinta do Mou- rão, na bonita vila de Tentúgal, concelho de Montemor-o-Ve- lho, confirma isso mesmo: “É um negócio que ainda continua próspero,apesardeasestatísticas nos indicarem que todos os anos há perto de menos dez por cento de casamentos. Nós ainda não notamos decréscimo, a agenda continua preenchida”. Julho, Agosto e Setembro continuam a ser os meses elei- tos pelos casais, que começam a preparar o grande dia cada vez mais cedo: “Já temos pré-reser- vas para 2013, porque há muita afluência às Quintas e as pessoas querem garantir o espaço, mas também por causa das marca- ções na Igreja. O normal é mar- carem pelo menos com oito ou nove meses de antecedência,mas também já tivemos quem tratas- se de tudo em um mês e conse- guimos tratar de tudo”. O espaço e o serviço de catering são esco- lhas que devem ser feitas com tempo e ponderação, já que de- las depende, em grande parte, o sucesso da festa e a garantia de que o dia será memorável pela positiva. CONQUISTAR OS NOIVOS Na Quinta do Mourão, à se- melhança doque acontecenou- tros espaços do género, existe uma equipa preparada para aju- dar os noivos mais indecisos, e não serão poupados esforços no sentido de concretizar os dese- josdoscasaisquetêmumaideia precisa daquilo que pretendem. Da decoração da sala à ementa, passando pelo“pôr-do-sol” (ou- tra modernice) e pela animação musical, tudo será acautelado por profissionais para que os noivos só tenham que se preo- cuparemsorrireemestarfelizes e radiantes. “Tratamos de tudo, incluindo da parte gráfica, dos convites,e até da documentação, já que temos uma área jurídica”, confirma a gestora. Num mer- cado muito competitivo, esta Quinta distingue-se “pela área, de sete hectares e meio, por um edifício antigo que está a ser re- estruturado para turismo rural, por um edifício moderno com dois salões com capacidade para mil e muitas pessoas,e depois te- mos os nossos jardins a perder de vista, com lagos e animais, que dão uma ambiência muito bo- nita à Quinta”. Quanto a valores para a fes- ta, Maria José Simões vai avisan- do que é sempre “muito relativo, depende de muitos factores e pormenores”, mas por menos de 70 euros por convidado é pouco provável que consiga casar na Quinta do Mourão. A “brinca- deira” pode sair um pouco mais em conta na Quinta dos Três Pinheiros, na Mealhada, outro espaço conhecido pela organi- zação de eventos, em concreto casamentos, e procurado por muitos na Região. Almerinda Rodrigues, responsável de servi- ços, confirma que a partir de 45 euros é possível casar no com- plexoqueenglobauma discote- ca, 53 quartos, restaurante, sala para banquetes e conferências e uma piscina. “Notamos uma certa quebra nos serviços, não jornal notícias com gente dentro FILIPA DO CARMO filipadocarmo@aurinegra.com
  • 2. 9 aurinegra 218 | 05AGO2011 tanto no número de cerimónias, mas mais na quantidade de pes- soas convidadas. Temos feito ca- samentos muito mais familiares, para 50 ou 60 pessoas”, reconhe- ce.“Temosbonitosespaçosverdes, salas muito agradáveis,um hotel que foi remodelado há dois anos, piscina, uma orquestra própria e ementas diversificadas”. CONTRARIAR A ESTATÍTICA Das festas para centenas, em que até os primos em déci- mo grau eram convidados, às reuniões mais íntimas, que dei- xam de fora todos aqueles que se limitem a enviar um postal de Natal e uma mensagem em dia de aniversário, o casamen- to, em Portugal, está a mudar. Mudam as regras da cerimónia e muda mesmo a sua importân- cia e peso no projecto de vida de muitos jovens. O “decréscimo de casamentos tem a ver com todas as transformações a que assisti- mos,quer ao nível do conceito da vivência da família,quer ao nível dosprópriosprojectosdevidadas pessoas”,explicavaEmíliaAraújo, directora do Departamento de Sociologia da Universidade do Minho à Agência Lusa, há pouco maisdeduassemanas.“Aspesso- as procuram muito mais a auto- realização pessoal, que pode não passar pelo casamento”. Dizem as estatísticas que, desde 1997, o número de ca- samentos que se realizam por ano em Portugal tem vindo a descer sempre. Mas a quebra mais acentuada verificou-se em 1977, quando de um ano para o outro se realizaram menos dez por cento dos matrimónios. Dos 101.885 de 1976, aos 91.403 de 1977, uma descida abrupta que revelalogoaíalgunsefeitosdo25 de Abril de 1974 na mentalidade e no estilo de vida da população portuguesa, que decidiu romper com muitas das tradições e dos hábitosvigentesnoEstadoNovo. A tendência de descida tem-se mantidodesdeentão,salvoraras excepções, com o número de ca- samentos em 2009 a ficar-se por pouco mais de 40 mil.Tendência inversa têm revelado os divór- cios, com aumentos sucessivos desde 1974. Estes números não chegaram para assustar Inês Oliveira e Car- los Azevedo, de Coimbra, jovens com casamento marcado para Junho do próximo ano. A pre- paração da cerimónia começou com dois anos de antecedência: “Obviamente que nos tempos que vivemos é difícil casar, mas já na- moramosháquaseoitoanoseesta éumacoisaquequeremosmuito”, revelaInês.Oespaçojáestáesco- lhido há algum tempo, falta deci- dir a decoração e alguns detalhes da ementa. “Vamos ter cerca de 250 convidados, é um casamen- to de dimensão razoável. Como ainda não está tudo decidido,não sabemos ao certo quanto vamos pagar,mas penso que o valor ron- dará os 78 euros por convidado”. Quanto ao vestido de noiva, há muito que está definido: “Ainda antes de ter anel de noivado já sa- bia como ia ser o vestido que que- ria. Vai levar algumas alterações no modelo original”. Personalizações feitas para um casamento à medida, num dia que se espera único e irre- petível e o início de uma cami- nhada que se pretende que dure para toda a vida. Por mais que as estatísticas teimem em desmen- tir o “até que a morte nos separe”, e que a situação económica con- firme que gastar largos milhares de euros numa festa de um dia seja, cada vez mais, um luxo ao alcance de poucos. reportagem Para mais tarde recordar Jorge Figueiral é fotógrafo de profissão há mais de duas décadas. Tem estúdio em Mon- temor-o-Velho e em Cantanhede e são vários os trabalhos que realiza: “Faço casamentos, baptizados, fotografia de estúdio... é aquilo que mais gosto de fazer”. Os 20 anos que leva de máquina em riste dão-lhe uma perspectiva privilegiada sobre o “negócio” da fotografia de casamento: “Os estudos nacionais apontam para que o número de casamentos esteja a decrescer, mas no meu caso a coisa funciona ao contrário. Apesar de haver menos casa- mentos, tenho fotografado mais”. Assume que o registo daquele que pretende ser um dos dias mais especiais da vida de duas pessoas é uma das suas paixões, um trabalho exigente que requer do fotógrafo uma elevada dose de empatia e sensibilidade: “É uma grande responsabilidade, registar esse dia. Além disso requer muita sensibilidade, e eu gosto de partilhar o momento, que é um momento especial, para os noivos o momento mais importante”. Com alguns casais, Jorge Figueiral conseguiu mesmo criar uma relação de amizade: “É bom viver essa alegria e esse amor. Gosto de sair do casamento com vontade de lá continuar, de ficar amigo das pessoas. Há casamentos em que isso se consegue, outros nem por isso, mas são muitos os que me marcaram. Há casamentos em que sei perfeitamente onde tirei as fotos, qual a história da imagem, ainda que tenha sido há dez anos”. Por isso recorda vivamente o primeiro casa- mento que fotografou: em Pombal, já lá vão 20 vinte anos. “É como no amor, o primeiro marca sempre muito”. É certo que o fotógrafo é um elemento importante para eternizar o enlace, mas são muitos os convidados que vão brindando os profissionais com alguns olhares fulminantes, sobre- tudo quando a fome aperta e a espera para que termine a sessão fotográfica e se possa, finalmente, passar ao que interessa, se prolonga: “O fotógrafo é um artista e o convidado, por norma, vai para o casamento a pensar em comida. Mas a vida é mais que comida, e nós temos que captar aque- le momento porque não vamos ter outra oportuni- dade para o fazer. Temos que dar o máximo de nós para termos um bom tra- balho”. Quanto aos preços a pa- gar para que o dia do ca- samento fique registado em mais do que a memó- ria dos presentes, variam consoante as exigências do casal: “Com fotografia e filme, a partir de 1.490 euros, mas pode ir até três ou cinco mil euros”. A internet tem vindo a ditar o fim das provas fotográficas penduradas em extensões imensas de parede ou de vidro, mas nem todos os convidados aderem à moda. Há ainda quem insista em ver em papel antes de comprar: “Não gosto de fazer provas, dou a possibilidade às pessoas de encomendarem a partir do site. Outra possibilidade é projectá-las no casamento, a partir do meu computador. As pessoas ainda gostam das provas, de comparar as imagens, e as pessoas mais velhas não prescindem disso”. As fotografias de álbum de casamento podem parecer repetitivas, com as alianças ao lado do bouquet e a noiva em frente ao espelho a se- rem praticamente incontornáveis, mas não deixam de ser arte: “No fundo é pintar com luz, é isso que procuramos. O pintor usa a tela e a tinta, nós usamos a máquina fotográfica”. Festa do Emigrante A Gira Sol – Associação de Desenvol- vimento de Febres promove, no próximo dia 14 de Agosto, domingo, junto à Lagoa dos Coadiçais, uma tarde de convívio sa- lutar e de confraternização. A Festa do Emigrante pretende prestar homenagem a todos os “filhos de terra” que, na busca por melhores condições de vida, se viram forçados a deixar Febres para trás. Os que partiram para o estrangeiro, ou mesmo para outros pontos de Portugal, são con- vidados de honra do convívio, aberto à população em geral. Esta é uma excelen- te oportunidade para rever velhos ami- gos e conhecidos, para recordar histórias e momentos de outros tempos e para re- forçaroslaçosqueligamaspessoasumas às outras e à sua terra. A música ao vivo e o karaoke anima- rão os presentes, com os comes e bebes a serem assegurados, gratuitamente, pela Gira Sol. Água, sumos, vinho, cerveja e grelhada mista estarão ao dispor de to- dos. Traga a sua família e amigos e des- frute de uma tarde de domingo diferente e especial. Inês e Carlos preparam o casamento há dois anos