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Instituto de Tecnologia em Fármacos
2014
Relatório de Gestão
Prêmio
Qualidade Rio
A caminho da Excelência Organizacional
Farmanguinhos:
Relatório de Gestão | Ciclo 2014
Perfil ................................................................................................................................................ 	
Histórico ..........................................................................................................................................	
Organograma .................................................................................................................................	
1 - Liderança ...................................................................................................................................	
2 - Estratégias e Planos ...............................................................................................................	
3 - Clientes .....................................................................................................................................	
4 - Sociedade .................................................................................................................................
5 - Informação e Conhecimento .......................................................................................................
6 - Pessoas .....................................................................................................................................
7 - Processos ..................................................................................................................................
8 - Resultados ................................................................................................................................
Glossário .........................................................................................................................................
I
VII
VIII
1
8
15
21
29
33
40
47
50
Perfil
“Não considerem as boas práticas como um obstáculo e sim uma
ponte que liga a confiança ao consumidor. Assim, não construa
sobre essa ponte atalhos...
Atravesse-a somente, respeitando
os seus princípios.”
(Paulo Cesar - NAF)
Relatório de Gestão | I
P1.A. Instituição, Propósito e Porte da Organização.
P1.A. Instituição, Propósito e Porte da Organi-
zação. (1)(2) Denominação, forma de atuação e
Instituição: O Instituto de Tecnologia em Fármacos-
Farmanguinhos é uma organização Pública de admi-
nistração indireta. Unidade Técnico-científica da Fun-
dação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério
da Saúde (MS). Sua missão e Atuar com responsabi-
lidade socioambiental na promoção da saúde pública
por meio da produção de medicamentos, pesquisa,
desenvolvimento tecnológico, geração e difusão de
conhecimento.
	 (3) Histórico: Farmanguinhos teve sua origem
em 1956 no Instituto de Maralogia. Em 1970, passa a
integrar a Fiocruz, sob a denominação de Instituto de
Produção de Medicamentos (IPROMED). Em 1971 o
IPROMED passou a ser um dos laboratórios do Siste-
ma Oficial. Em 1976 - através do Decreto Presidencial
de nº 77.481 o IPROMED deu lugar a duas Unidades
Técnicas, uma delas denominada Laboratório de Tec-
nologia em Fármacos – Farmanguinhos. Em setem-
bro de 1988- através do Ato nº 152/88 da presidência
da Fiocruz - Farmanguinhos passa a ser uma Uni-
dade Técnico-Científica, cuja escopo está relacionado
diretamente à áreas finalísticas da Fiocruz. No ano de
2004 o MS adquiriu para a Fiocruz/Farmanguinhos
uma nova fábrica no campus de Jacarepaguá, chama-
do Complexo Tecnológico em Medicamentos (CTM).
	 (4) Descrição do negócio: Originado no âm-
bito da política do governo brasileiro, Farmanguinhos
exerce papel de destaque na pesquisa e desenvolvi-
mento de medicamentos essenciais. É o maior labora-
tório farmacêutico oficial vinculado ao MS. Produz me-
dicamentos para atender aos programas estratégicos
do Governo federal, que são distribuídos à população
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de atender
também as demandas dos programas de assistência
básica provenientes dos Estados e municípios.
	 À partir dos anos 90 a unidade apresentou
um período de expansão expressiva decorrente da
implantação da Política de Antirretrovirais. Com o
lançamento do Programa Mais Saúde, explicita-se a
articulação entre a dimensão tecnológica e produtiva
e a dimensão assistencial, colocando-se a necessida-
de de articular os dois eixos da Política Nacional de
Saúde relacionada à produção de bens e serviços: A
Atenção à Saúde e o Complexo Industrial da Saúde.
O Instituto tem ampla articulação entre as estratégias
de Farmanguinhos/Fiocruz e as políticas, decisões e
ações concretas do Ministério da Saúde.
	 O Instituto também mantém parcerias com
o setor público e privado nacionais, tem acordos de
transferência de tecnologia com a Índia, EUA e paí-
ses da Europa e da África. Também se destaca o
lançamento do medicamento Artesunato+Mefloquina
(ASMQ), utilizado por pacientes com malária, em
2008, através da parceria com o DNDi (iniciativa de
Medicamentos para Doenças Negligenciadas – Drugs
for Neglected Diseases initiative).
	 (5) Porte: Farmanguinhos é uma Unidade
não orçamentária, e sem fins lucrativos, pertencente
à FIOCRUZ, possui 1.121 colaboradores entre Servi-
dores, terceirizados e bolsistas, representando 9% da
força de trabalho da Fiocruz. Farmanguinhos pode ser
considerada uma organização de grande porte.
	 O Instituto realiza suas atividades principais
no campus Complexo Tecnológico de Medicamentos-
-CTM, localizado na Av. Comandante Guaranys, 447
no Bairro de Jacarepaguá - RJ, com uma área de
construção de 40.000 m2 que se divide em: Plantas
industriais: o prédio 70 onde abriga a produção de me-
dicamentos comuns e antirretrovirais e o prédio 40 que
abriga a área de penicilínicos; e o prédio 10 que abriga
as área administrativas e laboratórios. Sua capacida-
de instalada de 6,5 bilhões de unidades farmacêuti-
cas/ ano.
	 Dentre os produtos fabricados por Farmangui-
nhos estão antibióticos, antiinflamatórios, anti-infeccio-
sos, antiulcerosos, analgésicos, medicamentos para
doenças endêmicas, como malária e tuberculose, anti-
retrovirais para tratamento da Aids, medicamentos para
o sistema cardiovascular e o sistema nervoso central e
para os programas de diabetes e hipertensão.
	 Os recursos necessários ao desenvolvimento
das atividades do Instituto provêm de receitas repas-
sadas por meio de portarias e convênios com o MS,
recursos da dotação orçamentária na Lei Orçamentá-
ria Anual (LOA), receitas provenientes das vendas re-
alizadas diretamente para as Secretarias Estaduais de
Saúde (SES) e Secretaria Municipais de Saúde (SMS)
e captação junto às agencias de fomento. Em 2013 a
receita do Instituto foi de R$476 milhões, o que corres-
ponde a 13% da receita bruta global da Fiocruz.
P1.B. Produtos e Processos
	 (1) Principais produtos: Farmanguinhos de-
senvolve e projeta seus produtos e processos em aten-
dimento as Boas Práticas de Fabricação. A Unidade
possui uma linha de 41 produtos registrados na Agen-
cia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Entre
os produtos constantes do portfólio do Instituto estão
antibióticos, antiinflamatórios, antiinfecciosos, antiul-
cerosos, analgésicos, anti-maláricos e tuberculostáti-
co, antirretrovirais, medicamentos para o sistema car-
diovascular e par ao sistema nervoso central, diabetes
e hipertensão. Em 2012 o Instituto incorporou aos eu
portfólio os medicamentos Tracolimos e Pramiprexol,
fruto das primeiras Parcerias para o Desenvolvimen-
to Produtivo (PDPs). O Instituto também desenvolve
atividade de pesquisa e desenvolvimento tecnológico
(P&D) e oferecem cursos de Pós-graduação e mestra-
do Profissional.
	 (2) Processos: A definição dos principais pro-
cessos principais e de apoio de Farmanguinhos estão
descritos no Quadro I. Ressaltamos que os mesmos
estão alinhados com a Missão, Visão e suas estraté-
gias.
	 (3) Principais equipamentos, tecnologia e
Instalações: Os principais equipamentos e instala-
ções de Farmanguinhos estão distribuídos de acordo
com o Quadro II, destacando que as principais instala-
ções estão mencionadas em P1.
		
P1.C Sócios, Mantenedores
	 (1) Composição da Sociedade: Farmangui-
nhos por ser uma Unidade da Fiocruz pertence 100%
ao Governo Federal. Trata-se de uma unidade pública
e não privada, não possuindo sócios e sim parceiros.
	 (2) Instância Controladora: A Unidade é
Pertencente à esfera do Poder Executivo do Governo
Federal, atua como Unidade Técnico-Científica (UTC)
da Fiocruz, subordina-se às suas diretrizes e orienta-
ções. O Diretor do Instituto presta conta ao Conselho
Deliberativo (CD) da Fiocruz, que acompanha e avalia
o desempenho das UTCs.
	 (3) Principais necessidades e expectativas
dos mantenedores: A Fiocruz tem como missão ge-
rar, absorver e difundir conhecimento científico e tec-
nológico multidisciplinares em saúde, integrando nas
suas atividades: a pesquisa, desenvolvimento, inova-
ção tecnológica; o ensino médio e pós-graduação; a
produção de medicamentos e vacinas; prestação de
serviços de referência e informação. A instituição tem
por finalidade proporcionar apoio estratégico ao Siste-
ma Único de Saúde – SUS, contribuir com a melhoria
da saúde da população no Brasil, cumprindo o seu pa-
pel no exercício pleno da cidadania.
P1.D Força de Trabalho
(1) Denominação: A força de trabalho do Instituto é
Relatório de Gestão | II
Quadro I - Processos Principais e de Apoio
ProcessosPrincipais
Descrição
Produzir medicamentos
e Insumos Farmacêuticos
Aumentar a eficiência dos processos produtivos, tendo foco no Planejamento, controle,
processos, tecnologia e métodos de produção, capacitação em tecnologia e gestão da
produção e suprimentos, automação da produção e gestão da manutenção.
Realizar Pesquisa e
Desenvolvimento Tecnológico
Aumentar a capacidade de inovação tendo foco nos processos de pesquisa, gestão de
portfolios de projetos de pesquisa, tecnologia Roadmap tecnológico e prospecção de
tecnologias.
Garantir Formação e Ensino
Aumentar a capacidade de conhecimento através de processos de desenvolvimento e
educação, gestão do conhecimento e propriedade intelectual.
ProcessosdeApoio
Garantir Suprimentos Busca garantir a eficiência da gestão na expedição de medicamentos.
Administrar a Infraestrutura Busca garantir a eficiência da gestão na expedição de medicamentos.
Garantir a Qualidade de
produtos e serviços
Promove a busca permanente da excelência organizacional por meio das melhores práti-
cas de Gestão, seguindo as diretrizes do Programa de excelência em Gestão de Farman-
guinhos - PEGFAR.
Atua para garantir a implementação de normas e diretrizes que atestam a precisão, segu-
rança, normatização, controle e agilidade dos serviços por meio do Sistema da Qualidade
e cumprir com as legislações vigentes para o Sistema de Qualidade.
Administrar pessoas e
Desenvolver capital humano
Atua gestão de pessoas, incluindo seleção, contratação, capacitação, desenvolvimento e
valorização da Força de Trabalho.
Administrar Tecnologia
da Informação
Atua na disponibilização das melhores soluções de sistemas e tecnologias da informação
visando acessibilidade, segurança, confiabilidade e agilidade dos processos.
Administrar finanças e
Planejamento Orçamentário
denominada de colaborador e conta com três tipos de
vínculos: servidores, terceirizados e bolsistas.
(2) Composição: Farmanguinhos conta hoje com um
quadro de 1.121 colaboradores, distribuídos conforme
Quadro III.
(3) Estagiários: Os estagiários não são preparados
para compor a força de trabalho, uma vez que o in-
gresso no Instituto é através de concurso público.
(4) Necessidades e Expectativas: As principais ne-
cessidades e expectativas da Força de Trabalho estão
descritas no Quadro IV.
(5) Empregados de terceiros: Os terceirizados que
compõem a força de trabalho atuam nas atividades
acessórias de produção, qualidade, desenvolvimento
tecnológico e apoio administrativo conforme especifi-
cado no contrato de prestação de serviços.
(6) Nível de escolaridade e chefia: Vide Quadro V e VI
P1.E Clientes e Mercados
(1)(2) Principais mercados e clientes: Farmangui-
nhos atua nos prioritariamente no mercado público de
saúde. Os principais clientes e clientes-alvo e segmen-
tação estão descrito no item 3.1.a-critério Clientes.
(3) Organização atuando entre o Instituto e seus
clientes: A unidade não possui distribuidores ou reven-
dedores pois trata-se de uma instituição pública.
(4) Necessidades e expectativas dos clientes: As
principais necessidades e expectativas dos clientes es-
Relatório de Gestão | III
Quadro II - Principais Tecnologias e Equipamentos
Quadro III - Distribuição colaboradores por vínculo
Quadro IV- Principais Necessidades e Expectativas
Tecnologia de Produção Equipamentos
Pesagem Cabines de pesagem; balanças de precisão
Granulação Úmida e Seca
Granulador Niro; leito fluidizado Glatt; Ganuladores Oscilantes; Roto Cube 600l;
Compactador Alexanderwerk e Fitz Mill; Moinho de Facas e Martelos Eurovent.
Mistura
Misturador em “V”; misturador de Bin; Moinhos de afcas e martelo Eurovent; Granulador
Oscilante Lawes, Peneiradeiras Vibratórias Russel.
Compressão Compressoras FETTE
Encapsulamento Encapsuladora Zanasi 40F e Bosch
Revestimento Drageador GS 300 e Eurovent e Accelacota
Semissólidos Reator Frimakoruma; sistema de transferência Muller
Embalagens
Emblistadora Noack, IMA TR e PG 230T e Fabrima; Envelopadoras Siebler; sopradoras
Macofar TB e Libra; Enchedora de Líquidos Macofar LVI; Encartuchadoras Promatic; en-
vasadora Comadis; Contadora Swiftpack e Cremer; Enchedora de pós Perry. Rotuladoras
Libra, Bauch Campos e Macofar; tampadoras Pró-máquina e LAwes; Posicionadoras de
copo Pró-máquina e Ozaf/MAcofar; Impressoras Willet e vídeo jet.
Tipo
de Vínculo
2013
Quant.
%
2014
Quant.
%
Terceirizados 746 66 750 67
Servidores 236 21 224 20
Bolsistas +
Estagiários
140 13 144 13
Total 1.122 100 1.121 100
Necessidades Expectativas
Ambiente de trabalho seguro
Atendimento a requisitos
voltados a segurança do
trabalhador e do meio
ambiente
Desenvolvimento
Profissional Plena implementação do
Plano de Cargos de Carreiras
e SalárioRemuneração compatível
com cargo
Melhoria na qualidade de vida
Ampliação do transporte
solidário e novas linhas de
ônibus
tão relacionados a Qualidade assegurada dos produtos
e serviços, Eficácia e segurança, preços competitivos,
baixos custos, cumprimento de prazos, prestar serviço
de atendimento ao cidadão com padrão de qualidade,
ter competência comprovada na transferência e absor-
ção de tecnologia
P1.F Fornecedores e Insumos
(1) Principais Fornecedores: Os principais Forne-
cedores de Farmanguinhos estão apresentados no
Quadro VII.
(2) Eventuais Particularidades: A contratação dos
Fornecedores é feita através de licitação pública, se-
guindo determinações da Lei nº 8.666/93, em outras
legislações e instruções normativas específicas apli-
cáveis, bem como nas normas internas e da Fiocruz,
objetivando as melhores condições de preço, prazo e
qualidade.
(3) Necessidades e Expectativas dos fornecedores:
As principais necessidades e expectativa dos fornece-
dores são: transparência e igualdade de tratamento,
acesso ágil a informações, cumprimento dos contratos,
especificações adequadas, atendimento do cronogra-
ma de desembolso e previsões de entrega e prazos
definidos.
Escolaridade
2013 2014
Quantidade % Quantidade %
Pós-doutorado 1 0,1 1 0,1
Doutorado 53 6 58 6
Mestrado 80 9 82 9
Pós-graduação 133 15 154 17
Superior 202 23 209 23
Médio 403 23 414 45
Total 872 100 918 100
Relatório de Gestão | IV
Quadro V- % da Força de Trabalho por Escolaridade
Quadro VI- Gestores
Quadro VII- Principais Fornecedores
Funções
Quantidade
de Gestores
Diretor 1
Vice-diretores 4
Coordenadores 2
Gerentes (departamentos/
núcleos/serviços/seção e
outros
146
Segmento Fornecedor Produtos / Serviços
Fornecimento de matéria-prima
1. BR Mac Comercial / 2. Cristália Produtos
Químicos Farmacêuticos / 3. Nortec química S/A /
4. Colorcon do Brasil / 5. Globe Química
Fornecimento de insumo ativo farmacêutico e
excipientes
Fornecimento de material de
embalagem
1.Klockner Pentaplast do Brasil
2. Glasspack embalagens ltda
Fornecimento de material de embalagem para
medicamentos
Fornecimento de material de
laboratórios
1. Sigma Aldrich Brasil ltda
2. Tedia Brazil Produtos para laboratório
Fornecimento de material para laboratórios
Manutenção de equipamentos
1. Jam Engenharia Ltda
2. Mec-q metrologia, engenharia e consultoria
Prestação de serviços de manutenção de equipa-
mentos;
Prestação de serviços de calibração de equipamen-
tos e instrumentos
Fornecimento de energia LIGHT- Serviço de Eletricidade S.A.
Prestação de serviço para fornecimento de energia
elétrica.
Fornecimento de água CEDAE – Companhia de água e esgoto
Prestação de serviço para fornecimento de agua po-
tável e tratamento de esgoto
Telefonia Empresa OI Prestação de serviços de telefonia
P1.G Sociedade
	 (1) Principais Comunidades: Os serviços e produ-
tos de Farmanguinhos atingem potencialmente grande
parte da sociedade, representada principalmente pelos
gestores e profissionais do SUS e de países com os
quais formaliza transferência de tecnologia, dos usu-
ários do ensino e instituições de C&T. Farmanguinhos
também se relaciona com as comunidades do entorno,
com destaque para as comunidade da Cidade de Deus,
Curicica, entre outras. As principais necessidades dos
moradores dessas regiões estão relacionadas à carên-
cia de espaços e/ou motivação para que a população
exerça controle social, potencializando os espaços de
debates em que todos os gestores, parceiros e popu-
lação, participem nos processos de monitoramento e
avaliação.
	 (2) Principais impactos negativos: Grande parte
das práticas ambientais desenvolvidas na Instituição
é baseada ou assegurada pelas legislações vigentes
nas esferas federal, estadual e municipal e na ausência
destas e, quando necessário, buscam-se legislações
internacionais. Assim, a identificação dos impactos so-
ciais e ambientais é realizada por meio de mecanismos
que permitem de forma sistêmica, identificar os aspec-
tos e avaliar os impactos gerando ações que promovem
à eliminação, prevenção ou máxima redução de seus
efeitos.
	 (3) Passivos ambientais: Os passivos ambientais
da organização oriundos dos processos institucionais
e sobre os quais tem responsabilidades são divididos
em: Resíduos químicos, resíduos recicláveis e resíduos
comum. Farmanguinhos adota ações para que os resí-
duos gerados na Unidade sejam enviados até a Central
de Resíduos, áreas responsável a dar o destino correto
aos resíduos, o mesmo ocorrendo para a questão dos
efluentes líquidos gerados, sendo que a Instituição atua
visando o atendimento aos requisitos legais aplicáveis,
onde estão definidos os parâmetros necessários para
tratamento e lançamento dos efluentes líquidos em cor-
pos d’água.
	 (4) Necessidades e expectativas da Sociedade:
As principais necessidades e expectativas das partes
interessadas estão descritas nos itens P1.E(4).
P1.H Outras Partes Interessadas
	 (1)(2) Denominação das Partes Interessadas e
suas necessidades e expectativas: Farmanguinhos
tem ainda como outras partes interessadas na sua
atuação, empresas produtoras de medicamentos, Fi-
nanciadora de Estudos e Projetos (FINEP), Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq). Suas necessidades e expectativas estão rela-
cionados com o baixo custo e no portfólio de produtos
ofertados, assim como na capacidade de desenvolvi-
mento tecnológico. Outro importante segmento são os
órgãos reguladores como a ANVISA, TCU e CGU, Or-
ganização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-
-Americana de Saúde (OPAS), Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente (IBAMA), Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), e outros órgãos
que representam os interesses da sociedade civil e das
demais partes interessadas contempladas neste Perfil.
Suas necessidades e expectativas são relacionadas ao
atendimento dos requisitos da norma de Boas Práticas
de Fabricação (BPF), à transparência e probidade dos
atos administrativos.
P2 Concorrência e Ambiente Competitivo
P2.A Ambiente Competitivo
	 (1) Concorrência direta: Farmanguinhos tem con-
corrência direta de produtos fornecidos por laboratórios
oficiais, privados nacionais e estrangeiros por meio da
aquisição por parte dos clientes para alcançar os mes-
mos benefícios.
	 (2) Parcela do mercado: A parcela de mercado
atendida por Farmanguinhos para o MS foi em torno
de 55%. A complementação das demandas totais do
mercado (45%) é atendida por outros fornecedores na-
cionais e internacionais.
	 (3) Fatores Diferenciais: O Instituto é um laborató-
rio público de produção de medicamentos que possui
uma posição diferenciada no conjunto de produtores
brasileiros por duas características fundamentais:
•	 Pertence a uma Instituição federal reconhecidamen-
te destacada no campo da ciência e tecnologia em saú-
de, o que impõe a necessidade de ser um centro gera-
dor de conhecimentos e de tecnologias para o País.
•	 Pelo vínculo da Fiocruz com o Ministério da Saúde,
tendo, portanto, uma inserção inerente na Política Na-
cional de Saúde, indo muito além de seu papel de “for-
necedor” ou de prestador de serviços competitivos.
•	 Qualidade assegura dos medicamentos produzidos.
	 (4) Principais mudanças no ambiente competi-
tivo: A indústria farmacêutica vem passando por uma
intensa transformação tanto no contexto internacional
quanto no nacional. Em termos internacionais, observa-
-se uma intensificação da busca por novas fontes de
inovação frente a crescente dificuldades de lançamento
de novos produtos com altas vendas que sustentaram
a lucratividade das empresas lideres nas últimas déca-
das.
	 Os nichos que eram relegados para as empresas e
países desenvolvidos –como os medicamentos genéri-
cos- passaram a ser de grande interesse para recupe-
rar o espaço perdido pelas empresas lideres da indús-
tria. A entrada dos mercados emergentes no espaço
Relatório de Gestão | V
competitivo, havendo um processo de monitoramento
onde os mercados que começam a se desenvolver são
contestados pela entrada de empresas de grande por-
te, adquirindo as empresas locais, trazendo o risco de
abortar estratégias de inovação.
P2.B. Desafios Estratégicos
	 (1) Principais desafios e barreiras: O grande de-
safio da Fiocruz é o de consolidar o seu papel como
instituição pública e Estratégica de Estado para a Saú-
de. Em decorrência da inserção de Farmanguinhos na
Fiocruz, a unidade tem papel primordial para atender o
desafio da Fiocruz, nesse caso as seguintes dimensões
estratégias que a unidade deve perseguir mediante arti-
culação com a Fiocruz e o MS, são:
•	 Desenvolver tecnologias de produção eficiente de
medicamentos e insumos farmacêuticos requeridos
aos Programas Nacionais do Ministério da Saúde, sen-
do referencia nacional;
•	 Produção eficiente de medicamentos e insumos
para saúde;
•	 Capacidade tecnológica e em conhecimentos es-
senciais capaz de interagir com a rede produtiva na-
cional, com especial destaque para a rede de labora-
tórios oficiais e sua articulação com o setor privado, o
que diferencia a missão da unidade frentes às demais
unidades públicas;
•	 Subsidiar a Fiocruz e o Ministério da Saúde na for-
mulação de políticas, programas e ações na regulação
do mercado, suprindo as assimetrias de informação re-
conhecidamente fortes no mercado farmacêutico.
	 (2) Parcerias: Diversas parcerias são estabelecidas
principalmente com Departamento de Assistência Far-
macêutica (DAF), com a Secretaria de Ciência, Tecno-
logia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da
Saúde. Outras importantes parcerias também são fir-
madas com os organismos internacionais como Organi-
zação Pan-americana de Saúde (OPAS), Organização
Mundial de Saúde (OMS), Laboratório Farmacêuticos
públicos e privados, entre outros.
	 (3) Novas Tecnologias: Importantes inovações são
constantemente desenvolvidas em Farmanguinhos na
área de desenvolvimento tecnológico, pesquisa e en-
sino, produção de novos produtos para saúde como,
por exemplo, novos medicamentos fruto das PDPs. No
campo da gestão podemos destacar a disseminação de
modelagem de processos com a aquisição em 2013 do
ARPO (soft de modelagem) e em 2014 a aquisição do
novo sistema integrado de gestão (ERP).
P3 Aspectos Relevantes
	 (1)Requisitos legais e regulamentares: Os Re-
quisitos Legais e Regulamentares no ambiente da or-
ganização, incluindo os relativos à saúde ocupacional,
segurança, proteção ambiental, e os que interferem ou
restringem a gestão econômico-financeira e dos pro-
cessos organizacionais são: Autorização de Funciona-
mento, Comum e Especial; Registro Sanitário, Legali-
zação de Produtos pela ANVISA, Certificado de Boas
Práticas (RDC 17/2010), Licença de Operação pela
FEEMA - RJ, Certificado de Aprovação do Corpo de
Bombeiros, INEA, Licenças Sanitárias Municipais, Cer-
tificado de Inspeção Sanitária (CIS-B), Termo de Licen-
ça de Funcionamento Sanitário Resolução Municipal
SMG 693/04 (Ambulatório), Certificado de Registro Ca-
dastral pela Policia Federal, Certificado de Licença Fun-
cionamento, Lei nº. 10357/01, Certificado de Registro,
Regulamento R-105 do Exército Decreto nº. 3665/00 e
Licença da Polícia Civil, PCMSO. Lei 6514/77, Portaria
3214/78 – Norma Regulamentar (NR) Nº 7, Laudo de
Riscos Ambientais Mapa de Riscos/CIPA,PPRA,Lei
6514/77, Portaria 3214/78 – NR Nº 9 e Gerenciamen-
to de Resíduos, Licença de Operação. Resolução RDC
306/04, NBR 10.004/04, CONAMA 258/05.
	 (2) Sanções e conflitos: A Unidade desenvolve
suas ações sempre baseada nas Leis e Normas Es-
taduais e Federais que regem a prestação de serviço
público. Essa postura garante não só a legalidade de
suas ações como garante a segurança da população
e do meio ambiente contra prováveis riscos advindos
de seus processos, declarando inexistentes sanções ou
conflitos de qualquer natureza.
	 (3) Requisitos de menor importância: A Unidade
não identificou nenhum requisito de menor importância.
	 (4) Outros aspectos: O Instituto segue os princípios
da administração pública quanto à supremacia do inte-
resse público ao interesse particular, e de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Relatório de Gestão | VI
P4 Histórico da Busca da Excelência
	 Farmanguinhos tem buscado constantemente a me-
lhoria do seu sistema de gestão da qualidade. Nessa
busca constante no ano de 2009 a qualidade passa de
estado de gerencia da qualidade subordinada a vice di-
retoria de operações para ser uma Coordenação ligada
diretamente a Direção, tornando-a independe e permi-
tindo o crescimento e a implantação total do Sistema de
Gestão da Qualidade. Hoje a Gestão da Qualidade tem
buscado o alinhamento com o SGQ da Fiocruz e tem
consolidado a sua participação estratégica na unidade.
Em 2012 a unidade retoma o Programa de Excelência
em Gestão, iniciando assim um novo ciclo na busca
pela excelência. (Quadro VIII)
Relatório de Gestão | VII
Quadro VIII- Histórico da busca pela Excelência
Ano Histórico da Qualidade
1993 Modernização do Parque Industrial
1998
Criação da Assessoria de Garantia da Qualidade
Definição da 1º Missão e Visão da Unidade
Salto tecnológico com a produção, pesquisa e desenvolvimento de Anti-retrovirais
1999 Primeiro depósito de pedido de patente (substancia com atividades farmacológicas)
2000 Criação do Serviço de Atendimento ao Cidadão
2002
1ª Certificação BPF – Boas Práticas de Fabricação
1ª Certificação REBLAS do EQFAR – Laboratório de Equivalência Farmacêutica
Destaque como indutor de políticas e conhecimentos tecnológicos para quebra de patentes de Anti-retrovirais.
2004
Aquisição do Site CTM – Complexo Tecnológico de Medicamentos.
Aquisição do Software Isosystem para gerenciamento dos desvios
2005
Melhoria contínua no processo produtivo de fabricação por meio da aquisição de novas Tecnologias de compressão (FET-
TE), proporcionando aumento da capacidade produtiva.
Modelagem e Melhoria de processos (COPPE)
2007
Transferências de tecnologias com o mercado Internacional na produção de Insulina e Antirretrovirais.
Criação do Programa de Excelência em Gestão – PEG-Far
2008 Implantação do Programa de Qualificação de Fornecedores
2009 Reestruturação da Assessoria da Qualidade para Coordenação de Gestão da Qualidade
2011
1º Certificação BPF do Prédio 40
Início da implantação da ISO 14.001
2012
1º Certificação BPF do Prédio 70
Assinatura do 1º acordo de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo
Retomada do Programa de Excelência em Gestão
Cursos de Capacitação para elaboração e avaliação do Relatório de Gestão
Criação da Cartilha de Boas Práticas de Fabricação
2013
Palestras de Sensibilização para Qualidade patrocinadas pela gestão da qualidade
Participação do curso de Seleção e Qualificação de fornecedores
I Semana da Qualidade na Unidade
Participação em treinamentos ofertados pela Fiocruz no campo da Gestão da Qualidade e qualidade na gestão.
Elaboração do Relatório de Gestão baseado no MEG - PQRio
Conquista do Prêmio categoria Prata do PQRio
2014
I Ciclo de autoavaliação da gestão
Participação em treinamentos ofertados pela Fiocruz no campo da Gestão da Qualidade e qualidade na gestão
Patrocínio de treinamento interno em Ferramentas da Qualidade e MASP
Treinamento em BPF para Gestores e multiplicadores
Implantação da ISO 9001 na área do CDT
Início do processo de implantação e integração da ISO 9001 na CGQ
Iniciativa de implantação da ISO 17025 nos laboratórios da Pesquisa
Criação do Escritório de Processos e da Câmera Técnica de Gestão
P.5 - ORGANOGRAMA
Relatório de Gestão | VIII
Diretoria Executiva
Hayne
Conselho Deliberativo
de Farmanguinhos
Ministério da Saúde
Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz)
Instituto de Tecnologia em
Fármacos (Farmanguinhos)
Assembleia Geral
Coordenação de Gestão
da Qualidade
Shirley Trajano
Coordenação de Desen-
volvimento Tecnológico
Tereza Santos
Gabinete
Lícia Oliveira
Núcleo de
Cooperação
Internacional
Rawlinson Dias
Núcleo de
Projetos
Externos
Maria Amália
NAF
Antônio Morais
NIT
Wanise Barbosa
NGBS
Glauco Kruse
ASCOM
Edmilson Silva
NCI
Maria
das Graças
Vice Diretoria de
GestãoInstitucional
Jorge Mendonça
Vice Diretoria de Ensino
Pesquisa e Inovação
Márcia Coronha
Vice Diretoria de
Gestão do Trabalho
Lucimar Júnior
Vice Diretoria
de Operações
Saíde Queiroz
Liderança
1
Posso dizer que qualidade não é somente um conceito, mas
também uma atitude. (Julio Bento - Produção)
1.1. GOVERNANÇA CORPORATIVA
	
1.1.a. Atualização dos Valores e Princípios Orga-
nizacionais
	 Os valores e princípios organizacionais são
componentes da estratégia de Farmanguinhos e se
alinham às políticas do Ministério da Saúde (MS), aos
princípios da administração pública e ao Plano Qua-
drienal da Fiocruz. Em 1998 foi definida a primeira
missão e visão de Farmanguinhos. A atualização da
missão, visão, princípios, valores e diretrizes da
Unidade acontece durante o processo de elaboração
do Plano Anual e Plano Quadrienal da Unidade. Esse
ciclo de construção, implementação e avaliação dos
credos (missão, valores e diretrizes) da Unidade ocor-
re por ocasião do rito de planejamento, anual e pluria-
nual, pois são amadurecidos anualmente, mas revis-
tos e alinhados de quatro em quatro anos. Na ocasião
da atualização destes componentes são envolvidos no
processo todos os níveis da Organização, sendo cons-
tituídos grupos de trabalhos formados pelas vices-di-
retorias, coordenações e colaboradores. Os valores e
princípios organizacionais vigentes estão descritos
no quadro 1.1.a.1.
	 Sendo Farmanguinhos uma unidade da Fio-
cruz, o processo de elaboração do Plano Quadrienal
e Plano Anual da Unidade seguem metodologia se-
melhante aos Planos da Fiocruz e tem alinhamento
com as diretrizes da Instituição. Para elaboração do
Plano Quadrienal da Unidade a organização segue
as seguintes etapas: Análise Situacional, Revisão de
Princípios e Valores Organizacionais e Definição/Ali-
nhamento dos Objetivos Estratégicos e Projetos Es-
tratégicas. Conforme detalhamento da metodologia
apresentada no critério Estratégias e Planos.
	 A última revisão dos componentes missão, vi-
são, princípios, valores e diretrizes da Unidade ocorreu
em 2011 e a próxima está prevista para o final de 2014.
1.1.b. Questões éticas
	 Os procedimentos para o tratamento das ques-
tões éticas nos relacionamentos internos e externos
são realizados através de análises baseadas na admi-
nistração pública, conforme preconizado no Código
de Ética Profissional do Servidor Público (Decreto
nº 1.171, de 22/06/1994) e no Decreto nº 6.029/2007,
que institui o Sistema de Gestão da Ética do Poder
Executivo Federal e Códigos de conduta das di-
versas categorias profissionais determinado pelo
respectivos conselhos. Além do estabelecido em lei,
a Fiocruz constituiu através da Portaria nº 164/2008 a
Comissão de Ética da Fiocruz, cuja função é elaborar
as normas internas a serem seguidas por todas as Uni-
dades, incluindo Farmanguinhos.
	 Um dos principais canais de comunicação
utilizados para receber denúncias de todas as partes
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 1
Valores e princípios organizacionais de Farmanguinhos
Missão
Atuar com responsabilidade socioambiental na promoção da saúde pública por meio da produção de medicamentos, pesquisa, desenvol-
vimento tecnológico, geração e difusão de conhecimento.
Visão
Ser reconhecido, até 2022, por organismos nacionais e internacionais como centro estratégico na produção pública de medicamentos,
pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
Valores
Compromisso com o acesso da população brasileira a insumos e serviços estratégicos de saúde, com as políticas públicas, socioam-
biental, Inovação, Ética e transparência, Gestão participativa, Compromisso com a qualidade e excelência, Uso responsável dos recursos
públicos, Integração institucional, Compromisso institucional com o caráter público e estatal, Valorização da qualidade de vida, Valorização
pessoal e profissional.
Política da qualidade
Fornecer medicamentos de qualidade adotando a melhoria contínua como estratégia para o desenvolvimento de produtos seguros e efi-
cazes, sempre com o compromisso no atendimento as legislações sanitárias vigentes e na ampliação do acesso a população.
Política ambiental
Farmanguinhos se comprometes com a melhoria continua e com a prevenção à poluição, trabalhando dentro de padrões elevados de
monitoramento e medição, garantindo o efetivo controle das atividades.
Farmanguinhos se compromete em atender os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos aos seus aspectos ambientais,
fornecendo uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e metas ambientais;Farmanguinhos documenta e controla a sua
Política Ambiental, através de sistema informatizado de controle de documentos, garantindo assim, sua comunicação e divulgação a todos
que trabalhem na organização ou que atuem em seu nome.
Quadro 1.1.a.1 – Valores e Princípios Organizacionais de Farmanguinhos
interessadas é o canal de ouvidoria da Fiocruz. Desde
2005 a Ouvidoria atua promovendo a interlocução e o
diálogo entre a Instituição e a sociedade em geral, a for-
ça de trabalho e demais partes interessadas. Dentre as
demandas de manifestações recebidas por este órgão
estão as denúncias de irregularidades ou indício de irre-
gularidade na administração, descumprimento de obri-
gações ou deveres da instituição, desvios de conduta
ética ou moral, que por contrariar dispositivos legais,
merecem apuração. O tratamento das manifestações é
realizado através da inclusão dos dados no sistema in-
formatizado da Ouvidoria e, após resposta da unidade
demandada, e dado o retorno para as partes interessa-
das pertinentes.
	 Como melhoria, para prevenção de possíveis
questões éticas na Unidade de Farmanguinhos, está
sendo discutido um manual de conduta ética aplicável
a todos os funcionários de Farmanguinhos, a ser divul-
gado na intranet local e nos encontros denominados de
Integração, para os quais todos os novos funcionários
que ingressam na Unidade são convidados a participar.
1.1.c. identificação, classificação e tratamento de
riscos
	A identificação dos principais riscos é reali-
zada durante a construção do PQU, na etapa que cor-
responde a analise situacional conforme detalhamento
no critério Estratégia e Planos. Os riscos identificados
são classificados como Estratégicos, Operacionais,
Financeiros.
	 Desde 2009 que Farmanguinhos vem buscan-
do mecanismos de identificação e tratamento de ris-
cos com potencial impacto em seu negócio. No quadro
1.1.c.1 estão descritas as principais iniciativas de ge-
renciamento de riscos já realizadas na Unidade:
	 Como ação de melhoria, este ano está sendo
formado um Grupo de Trabalho (GT) para elaboração
do Plano de Gerenciamento de Risco, no qual serão
abordados outros riscos empresariais, alinhado às
práticas de gestão de risco da Fiocruz e atendendo às
novas diretrizes governamentais (Gestão de Riscos –
GesPublica). (Plano de Ação-1-A/2013)
1.1.d. Tomada de decisões
	 O processo de tomada de decisão na Unidade
segue a estrutura e dinâmica do Sistema de Gover-
nança Institucional da Fiocruz. Desde 2003 as princi-
pais decisões são tomadas em espaços colegiados,
tais como: Conselho Deliberativo(CD), Assembleia
Geral, Congresso Interno da Fiocruz.
	 As decisões da Fiocruz, tem seu desdobra-
mento na Unidade por meio de um conjunto sistemá-
tico de reuniões, passando pela Diretoria Executiva,
sendo desdobrado para todos os níveis da unidade.
No quadro 1.1.d.1 é descrita a sistemática das reuni-
ões que fazem parte da cadeia de decisão interna:
	 As tomadas de decisões e ações definidas
são comunicadas a todos os funcionários e demais
partes interessadas através dos canais de comunica-
ção, descritos no Quadro 1.1.d.2
	 Uma vez terem sidos traçados os diversos pla-
nos de ação nos diferentes níveis da Instituição, as de-
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 2
Quadro 1.1.C.1 – iniciativas de identificação e tratamento de riscos
Principais Riscos Identificados
Riscos Formas de tratamento
Áreas
envolvidas
ESTRATÉGICOS
Mudança de Governo
(descontinuidade dos
projetos)
Metodologia de Trabalho em Discussão Toda a Unidade
OPERACIONAIS
Riscos à qualidade
dos produtos
Análise de sistemas computadorizados com impacto BPF, análise de Produtos e
dos processos de fabricação dos medicamentos para identificação e tratamento
dos riscos potenciais à qualidade dos produtos fabricados por Farmanguinhos.
A metodologia utilizada que identifica, classifica e trata os riscos podem ser a
GAMP, FMEA ou IN04 e encontra-se descrita no procedimento operacional padrão
CTM.11.NVQ.009. Treinamento e envolvimento de várias áreas
Coordenação da
Qualidade (CGQ)
SOCIAIS E AMBIENTAIS
Análise e identificação dos impactos sociais e ambientais dos processos e instala-
ções de Farmanguinhos. A metodologia de identificação dos riscos envolve visitas
e entrevistas in loco em cada área da Unidade, seguido de tratamento conforme
classificação dos riscos identificados. Vide item 4.1.a.
Departamento de
Segurança e Meio
Ambiente
FINANCEIROS
Recursos deficitários para o
desenvolvimento das ativida-
des da Unidade
Metodologia de Tratamento em discussão
Planejamento,
Diretoria
cisões são implementadas pelas áreas especificas,
sendo monitoradas pelas estruturas responsáveis,
acompanhadas e avaliadas pelos vices-diretores.
	 Como melhoria, foi instituída em 2014 a Câ-
mara Técnica de Gestão, com representação de diver-
sas áreas da VDGI, com o objetivo de acompanhar
de forma mais efetiva a implementação das decisões
tomadas na Unidade, assim como a possibilidade de
aquisição de um sistema informatizado com objetivo
de instrumentalizar tal acompanhamento, como já vem
sendo feita pela Fiocruz.
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 3
Reunião Objetivos
Periodicidade
e Controle
Participação
Conselho
Deliberativo
Órgão colegiado superior de normatização e deliberação
dos assuntos de caráter estratégico de Farmanguinhos,
atuando ainda como instância superior de recursos. Hie-
rarquicamente, o Conselho Deliberativo está situado abai-
xo da Assembleia Geral e acima da Direção da Unidade.
ATA
Ordinariamente
a cada 6 meses
Diretor Executivo/servidor eleito
por área /servidores representan-
tes de todo o colegiado de servi-
dores/representantes eleitos dos
trabalhadores terceirizados
Assembléia
Geral
Órgão máximo de representação dos funcionários quanto
a mudanças regimentais, assuntos institucionais rela-
cionados ao Congresso Interno da Fiocruz, ao Conselho
Deliberativo da Fiocruz e questões eleitorais dos órgãos de
representação.
Ordinariamente
uma vez por
ano/ ATA
Todos os Funcionários
Mesa de Ne-
gociação
Realizar reuniões com os representantes dos Servidores,
terceirizados e representantes de áreas do Conselho Deli-
berativo de Farmanguinhos, para tratar de
demandas decorrentes das relações funcionais e de traba-
lho buscando alcançar soluções para os interesses mani-
festados por cada uma das partes, constituindo
assim um fórum de negociação permanente.
Mensal / Ata
Representantes da Força de Tra-
balho
Reuniões de
Diretoria
- Comunicação, para o nível gerencial, das discussões
e decisões abordadas em reuniões com a Presidência e
Vices-presidências da FIOCRUZ.
- Discussão das estratégias para implementação das ações
tomadas;
- Acompanhamento, com base nas atas anteriores, da
implementação das ações anteriormente definidas;
- Acompanhamento do desempenho de cada área e da
unidade, através da apresentação de resultados setoriais;
- Discussão de temas trazidos pelas vices-diretorias
Semanal/ ATA
Diretor de Farmanguinhos
Vice-diretores
Coordenadores
Reuniões De-
partamentais/
Setoriais
- Comunicação das tomadas de decisões da diretoria/ge-
renciais ao nível operacional;
- Discussão/estabelecimento de estratégia operacional
para implementação das decisões tomadas.
Mensal / Ata
Vice-diretores / coordenadores/
líderes/ funcionários
Meios de
comunicacao
Descricao
Parte
interessada
Intranet
Ambiente virtual colaborativo, voltado às ações de gestão do conhecimen-
to e comunicação interna.
Força de Trabalho
Portarias Internas
Instrumento utilizado para formalizar questões institucionais referentes as
decisões do sistema liderança.
Força de Trabalho
E-mail e Cartas
Meio de comunicação para comunicar as decisões inerentes aos forne-
cedores
Fornecedores
Reuniões Departamentais/
Setoriais
Meio de comunicação para os gerentes Gerentes
Quadro 1.1.d.1 – Reuniões da cadeia de decisões interna
Quadro 1.1.d.2 – Principais Canais de Comunicação
1.1.e. Prestação de contas
	 Desde 2010, a prestação de contas é feita
pela Direção do Instituto ao Conselho Deliberativo
da Fiocruz, que tem como uma das suas funções acom-
panhar e avaliar o desempenho das Unidades Técni-
co-Científicas, Técnico-Administrativas e Técnicas de
Apoio e dos programas desenvolvidos pela Fiocruz.
	 Como melhoria, além do espaço colegiado,
desde 2012, em atendimento a Lei de acesso a Infor-
mação, Farmanguinhos também presta contas atra-
vés de instrumentos que consolidam os resultados e
práticas da organização, sendo os principais deles o
Relatório de Atividades e Relatório de Gestão da
Fiocruz. A unidade repassa todas as informações per-
tinentes aos seus processos para a Diretoria de Pla-
nejamento (DIPLAN), que analisa e consolida as in-
formações e disponibiliza nos canais de comunicação
disponíveis para Força de Trabalho, órgão de controle
e outras partes interessadas.
	 A prestação de contas para o Ministério da
Saúde é feita através de relatórios de entregas dos
seus produtos físico e financeiro.
	 Cabe destacar que Farmanguinhos utiliza-se
do Sistema de Apoio a Gestão Estratégica (SAGE)
para realizar sua prestação de contas. O SAGE é
acompanhado pela DIPLAN, que acompanha a exe-
cução física e orçamentária.
1.2. Exercício da Liderança e Promoção da Cultura
da Excelência
1.2.a. Exercício da Liderança
	 Desde 2003 a Diretoria de Farmanguinhos
atua em colegiados que permite reunir as diversas
expertises institucionais e partes interessadas, propi-
ciando trocas e aprendizado para negociação, es-
tabelecimentos de acordo e pactuacão de ações
e metas. Dentre os participantes destes encontros
estão incluídos os dirigentes da Fiocruz, que mantêm
uma agenda de discussões com a Alta Administração
do Ministério da Saúde e de outros Ministérios sem-
pre que necessário; agências Reguladoras da área de
saúde; Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde;
organismos nacionais e institucionais de cooperação
técnico-cientificas e financeira e dirigentes de outras
Organizações.
	 Outras práticas que caracterizam a interação
da Liderança com as partes interessadas são: (I)
a realização de oficinas temáticas, coordenadas pela
Direção Executiva que ocorrem de acordo com as de-
mandas da Unidade, Fiocruz, Ministério da Saúde e
outras partes interessadas; (II) as reuniões com repre-
sentantes da comunidade do entorno, realizadas men-
salmente desde 2005; (III) a prática denominada “fale
com o Diretor”, que é um canal relevante de interação
da direção da Unidade com a Força de Trabalho.
	 Em relação ao envolvimento e mobilização
da força de trabalho para o êxito das ações, podem
ser destacadas as reuniões semanais da Direção exe-
cutiva com as lideranças, o CD/Far e a elaboração do
Plano Anual. As reuniões semanais têm como objetivo
definir planos e desdobramentos dos mesmos pelas
áreas e tem como padrão de trabalho pautas, atas e
listas de presença. O CD/Far foi constituído em 2010
e é um importante instrumento de liderança, visto que
tem por prerrogativa discutir com os representantes da
Força de Trabalho e deliberar sobre assuntos de inte-
resse estratégico da Unidade. Já o Plano Anual instru-
mentaliza o alinhamento e a mobilização da Força de
Trabalho para o êxito das estratégias da Unidade.
	 O incentivo e comprometimento de todos na
busca pela cultura da excelência, é caracterizado pelas
boas práticas de gestão que evoluem na instituição e
é reforçado pela adesão formal aos critérios de exce-
lência. Esse incentivo se dá através da implantação do
Programa de Excelência de Farmanguinhos, instituído
em 2008 e reestruturado em 2012, com o objetivo de
promover a melhoria do desempenho de Farmangui-
nhos, visando alcançar a excelência em sua gestão.
Se dá também através das várias ações para atendi-
mento aos requisitos das Boas Práticas de Fabricação,
que objetiva assegurar que os produtos sejam produzi-
dos com a padrões de qualidade apropriados ao uso.
Para o maior envolvimento e mobilização da força de
trabalho, a Gestão da Qualidade está realizando diver-
sos cursos, palestras com a finalidade de disseminar a
cultura da Excelência em Farmanguinhos e qualificar os
profissionais como multiplicadores para implantação,
manutenção e avaliação da Gestão da Qualidade de
Farmanguinhos, alinhado ao Programa de Gestão da
Qualidade da Fiocruz e ao Plano Quadrienal da Unida-
de (PQU). Como melhoria, em novembro de 2013, foi
realizada a I Semana da Qualidade com envolvimento
de toda força de trabalho, trazendo temas relacionados
com gestão da qualidade e qualidade na gestão.
1.2.b. Comunicação dos valores e os princípios or-
ganizacionais
Os Valores e Princípios Organizacionais são co-
municados a toda a força de trabalho, cidadãos/
clientes e a outras partes interessadas, quando
pertinente, por meio de diferentes mecanismos e prá-
ticas, conforme descritos no quadro 1.2.b.1, que per-
mitem assegurar a comunicação e conhecimento dos
Valores e Princípios Organizacionais para toda força
de trabalho e partes interessadas. Ao ingressar na
unidade, o colaborador passa por um processo inte-
gração onde as principais informações da Unidade,
incluindo os valores e princípios organizacionais, con-
forme prática apresentada no critério 6
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 4
Desde 2011 o entendimento pela Força de
Trabalho dos valores e princípios organizacionais
é assegurado a partir do processo coletivo de planeja-
mento e execução no PQ e PA.
1.2.c. Avaliação e desenvolvimento da liderança
	 O processo de avaliação das lideranças é uma
prática coorporativa adotada por Farmanguinhos, des-
de sua criação, sendo coordenada pela Diretoria de Re-
cursos Humanos (Direh) em alinhamento com a Dire-
toria de Planejamento (Diplan) da Fiocruz. Esta prática
compreende a avaliação anual de desempenho institu-
cional e das pessoas, incluindo as lideranças, através
de uma análise de competências e perfil convergentes
com a visão de futuro da Unidade. Na Unidade de Far-
manguinhos, além da avaliação de desempenho coor-
porativa aplicável aos funcionários servidores, desde
abril de 2013, os funcionários terceirizados em cargos
de liderança têm suas competências analisadas atra-
vés do Programa de Avaliação de Prestação de Ser-
viços, conforme PGI CTM.11.DDRH.001. A Prática é
apresentada no critério 6. Como resultado de ambas
as avaliações, tanto de funcionários servidores quanto
terceirizados, poderão ser identificadas necessidades
para o desenvolvimento, dos líderes, das competên-
cias para o exercício da liderança. As competências
relacionadas às ações de liderança estão estabeleci-
das no Estatuto da Fiocruz (Decreto Nº4725 de junho
de 2003), no Regimento Interno da instituição (Porta-
ria 2376-GM) e nas normas orientadoras do Sistema
de Gestão de Desempenho de Recursos Humanos da
Fiocruz. As principais competências de liderança
consideradas pela Instituição são: comprometimento
institucional, iniciativa e criatividade, relacionamento,
trabalho em equipe e autodesenvolvimento.
	 Como uma das ações para o desenvolvimen-
to de lideranças na Fiocruz, a Direção, juntamente
com suas Unidades, desenvolveu um programa que
inclui iniciativas tais como cursos de especialização,
mestrado profissional, eventos técnicos e fóruns de
trabalho de forma a suprir as necessidades de todas
as Unidades da Fiocruz na formação de seus líderes.
	A identificação de novos líderes na Unidade
ocorre principalmente pelos líderes existentes nas áre-
as, os quais encaminham o novo potencial líder à área
de Recursos Humanos para avaliação das competên-
cias e, caso necessário, definição de plano de desen-
volvimento. Para o desenvolvimento dos atuais e
potenciais líderes, anualmente, Farmanguinhos ela-
bora um programa de treinamento de lideranças que
abrange treinamentos especializados, externos ou in
company, ministrados pelos próprios profissionais do
RH local ou por consultores especializados.
1.2.d. Estabelecimento dos padrões de trabalho
	Os principais padrões de trabalho são
estabelecidos considerando os aspectos legais e
regulatórios ao setor de atuação de Farmanguinhos,
considerando os aspectos gerais dos instrumen-
tos normativos que se aplicam a gestão pública, por
exemplo Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO, Lei
8666, documentos emanados do Conselho Delibera-
tivo, Portarias emitidas pela Presidência da Fiocruz,
Carta de Serviços aos Cidadãos entre outros.
	 A principal prática que norteia o estabeleci-
mento dos padrões consiste no Manual da Qualida-
de (MQ), que é o documento onde constam todas as
políticas, diretrizes, compromissos e premissas para a
implantação do Sistema da Qualidade.
	 Os padrões de trabalho são estabelecidos ain-
da de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde,
Fiocruz, PQU, PA, seguindo sempre a integração ne-
cessária com os valores e princípios organizacionais,
requisitos normativos do Sistema Integrado de Gestão
(SIG), requisitos de BPF e princípios do Programa de
Qualidade (PQ) através da adoção do Modelo de Exce-
lência em Gestão (MEG).
	 Os padrões de trabalho são descritos nos
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 5
PRINCIPAIS CANAIS DE COMUNICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS E VALORES
Mecanismo Descrição Periodicidade
Totens e Quadro de Aviso
São utilizados como ferramentas de comuni-
cação visual. Utilizado desde 2007
Atualização Mensal e sempre
que necessário
Site da Organização
São disseminados as informações, atividades
e novos processos da Instituição.
Diário
Informativo – FARCOMUNICA
Utilizado para divulgação dos Valores Organi-
zacionais, assim os serviços da Unidade
Bimestral
Intranet
São disseminados as informações, atividades
e novos processos da Instituição.
Sempre que se fizer necessário
Apresentação institucional
Apresentações feitas em reuniões internas
e externas para as diversas partes interes-
sadas
Contínuo, de acordo com as demandas.
Quadro 1.2.b.1 – Principais Canais de Comunicação dos Princípios Organizacionais
Manuais de Normas e Procedimentos que são cons-
truídos de forma a adequar ao Sistema de Gestão da
Qualidade, as diversas áreas elaboram seus Procedi-
mentos Operacionais Padrões (POP’S) que demons-
tram o passo-a-passo de cada atividade.
	 Os padrões e práticas de gestão são definidos
de acordo com as esferas institucionais, demonstra-
dos no quadro 1.2.d.2.
	 O cumprimento dos padrões de trabalho é ve-
rificado através dos programas anuais de auditorias in-
ternas realizadas, sobretudo, para avaliação do aten-
dimento aos requisitos exigidos pelas certificações
e normas técnicas, como por exemplo, Norma ISO
14001 e BPF. Uma vez detectadas não conformidades
no cumprimento dos padrões de trabalho nas audito-
rias internas, obrigatoriamente, são gerados planos de
ação, com definição de responsáveis e prazos, para
correção das não conformidades e eliminação das
causas. Todos os planos de ação são acompanhados
pelo grupo de auditorias e pelas áreas responsáveis
quanto sua implementação e avaliação da eficácia.
	 Como iniciativa de melhoria do acompanha-
mento e controle dos padrões de trabalho estabeleci-
dos, em 2014 foi iniciada a implementação do sistema
de gestão integrada - SAP. Esta implementação con-
duzirá Farmanguinhos a um novo patamar de planeja-
mento, acompanhamento e controle das operações.
1.2.e. Avaliação e Melhoria (Aprendizado)
	 A avaliação e melhoria dos processos geren-
ciais por meio da aprendizagem é obtida em Farman-
guinhos, principalmente, através das práticas descri-
tas no quadro 1.2.e.1.
	 Como suporte ao processo de aprendizagem
organizacional, Farmanguinhos utiliza, dentre ou-
tras iniciativas, as Parcerias para o Desenvolvimento
Produtivo (PDPs), o Benchmarking e as auditorias de
terceiros (clientes, órgãos regulatórios, órgãos inter-
nacionais certificadores etc.). As empresas selecio-
nadas como referenciais no Benchmarking são, em
geral, aquelas que apresentam destaque no mercado
que atuam e possuem as mesmas características que
Farmanguinhos quanto à propriedade de seu capital e
atividade no mercado e, de preferência, que já tenha
uma relação de parceria com a Unidade. As informa-
ções vindas destas Organizações são obtidas dire-
tamente através de visitas agendadas ou através de
informações públicas como os dados disponibilizados
pelas Organizações na internet. As demais informa-
ções oriundas de auditorias e das PDPs são obtidas
através de relatórios, reuniões, documentos técnicos,
treinamentos etc. Tanto as informações coletadas no
processo de Benchmarking, quanto nos projetos de
PDPs e auditorias são utilizadas pela Unidade para
compor os planos de ação de melhoria, como referen-
cial para definição de metas, indicadores e padrões de
trabalho.
1.3. Análise do Desempenho da Organização
1.3.a. Necessidades de informações comparativas
A identificação das necessidades de informação
comparativas para avaliar o desempenho são anali-
sadas e definidas com a revisão do Plano Quadrienal,
Auditorias externas, grupos de trabalho da Qualidade
Fiocruz com envolvimento de outras unidades e acom-
panhamento dos Planos e Metas da Unidade com
apoio da Diretoria de Planejamento (DIPLAN).
	 Em 2014, Farmanguinhos reestruturou seus
indicadores estratégicos (Avaliação Desempenho
Institucional-ADI) com objetivo de melhorar o monito-
ramento e sistematicamente, o nível de alcance dos
objetivos traçados. Foi instituído um modelo de Ficha
de Indicador contendo todas as informações necessá-
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 6
Quadro 1.2.d. 2– Padrões e práticas de trabalho
Padrões e Práticas de Trabalho
Responsável Padrões Atuação / Indicador
Direção Geral Regimento Interno Normatização que rege as diretrizes da Instituição
CGQ / Garantia da
Qualidaded
Normas, procedimentos operacionais, instrumen-
to de trabalho
Cumprimento e atualização dos Manuais Normativos e índi-
ces de conformidades
Direção Geral e Coor-
denação da Gestão da
Qualidade e VDGI
Programas de Excelência em Gestão, participa-
ção em premiações e garantia da disseminação
da qualidade nos serviços
Conformidades e não conformidades na execução dos crité-
rios e padrões de excelência
CGQ / SAC Pesquisas: satisfação de cliente Aferição do grau de satisfação dos clientes
Direções
Código de ética e conduta das diversas catego-
rias profissionais
Cumprimento das normas e leis regulamentadas de conduta
rias, possibilitando além da revisão, a reflexão sobre
os referenciais comparativos.
	 Como critério para determinar os resultados
mais significativos da Unidade para efeito de compa-
ração das metas estabelecidas desses Indicadores,
foram analisados resultados de outras Unidades
da Fiocruz como INCQS, Biomanguinhos, entre ou-
tras, através da Portaria da Presidência da Fiocruz
(474/2014-PR, de 27/03/2014) que tornou público os re-
sultados, nos níveis global e intermediário, da Avaliação
de Desempenho Institucional das unidades da Funda-
ção Oswaldo Cruz referente ao período 2013/2014.
	 Em 2014 iniciou-se o processo formal de
Benchmarking na unidade, e ainda, em 2014, será
realizada a primeira reunião para alinhamento da
metodologia que consiste nas seguintes fases: plane-
jamento, analise, integração, ação e maturidade.
1.3.b. Avaliação do desempenho organizacional
	 O desempenho do Instituto é analisado por
meio do Relatório de Atividades, Relatório de Ges-
tão da Fiocruz e de reuniões do sistema de lideran-
ça como: reunião de CD; de Produção e da Direção.
A partir de 2014, os Vice-diretores e Coordenadores
devem apresentar resultados parciais (quadrimestral-
mente) em formato de relatório à Direção para acom-
panhamento das metas e estratégias de cada área.
Estes resultados são integrados ao processo de ava-
liação continua da gestão que já contempla o moni-
toramento do atendimento das metas anuais previstas
pelo Planejamento.
	 A Fiocruz, através da DIPLAN, avalia cada
Unidade conforme seu eixo/macroprocessos, sendo
os resultados de Farmanguinhos divulgados anual-
mente no Relatório de Gestão Fiocruz (RG) e discuti-
dos em reuniões especificas como CD Fiocruz e Câ-
mara Técnica de Gestão.
1.3.c. Comunicação das decisões
	 As decisões decorrentes da análise do desem-
penho são comunicadas pela Direção aos gestores
nas reuniões de direção, nas reuniões de produção e
no CD da Unidade. Para os colaboradores, as decisões
são comunicadas através dos gestores e também pelos
diversos meios de comunicação como Intranet, Far Co-
munica (jornal interno), Portal Farmanguinhos, e-mails,
Portarias e Assembleias.
	 Como melhoria, em 2014, foi realizada Assem-
bleia para Prestação de Contas, onde foi apresentada
a avaliação de desempenho do ano anterior e as medi-
das corretivas adotadas para melhoria da pratica como
adoção da ficha do indicador com nomeação e res-
ponsabilização do gestor da área envolvida, a quem
compete o acompanhamento e a adoção de medidas
que viabilizem o cumprimento da meta, a periodicidade
da divulgação das informações, entre outros.. Quanto
às demais partes interessadas, a comunicação ocorre
através de contato direto, mensagens eletrônicas, Re-
latório de Atividades da Unidade e Carta de Serviço ao
cidadão Fiocruz (Farmanguinhos).
1.3.d. Acompanhamento da implementação das de-
cisões
	 O acompanhamento e a implementação das
decisões estratégicas são realizados pela Direção
com apoio dos Vice-diretores e Coordenadores. Os
indicadores e informações relevantes da Unidade são
disponibilizados no relatório de Gestão Fiocruz e no
Relatório de Atividades, além de estarem inseridos no
SAGE, onde são registradas as metas previstas e exe-
cutadas dos projetos e ações das diversas áreas de
Farmanguinhos.
	 O acompanhamento das decisões no nível
tático/operacional, acontece em reuniões de comitês,
comissões, setoriais e BPF, entre outras.
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 7
Quadro 1.2.e. 1– Práticas de Avaliação dos Processos
Práticas de avaliação dos
processos
Objetivos Participantes Frequência
Planejamento anual das áreas
Analise crítica das oportunidades de melhoria iden-
tificadas, possibilitando o aprendizado na implemen-
tação dos planos
Vice-diretores, coordena-
dores e gestores das áreas
Anual
Gestão dos processos de negócio
Iniciado em 2011 com o mapeamento dos processos
da Unidade, busca otimizar os resultados de Far-
manguinhos através da melhoria de seus processos
Gestores e colaboradores
atuantes nos processos
Contínuo
Relatório de Gestão
Identificar não conformidades por meio da elabora-
ção deste relatório
Diretoria e vice-diretores e
coordenadores
Anual
Revisão Periódica de Produtos
Desde 2010 foi estabelecido este método estrutura-
do para análise de todos os processos de fabricação
de medicamentos, buscando avaliar a capacidade
destes processos em produzir produtos conforme
especificação. Busca, sobretudo, identificar opor-
tunidades de melhorias nos processos avaliados. A
prática é descrita no documento CTM-11.NVQ.015
Todas as áreas envolvidas
no processo de fabricação
Anual
Estratégias e Planos
2
A qualidade é o fruto da semente regada pela Gestão.
(Rita de Cássia de Azevedo – Setor de Embalagem)
2.1 - FORMULAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS
	 O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Far-
manguinhos), no seu processo de Formulação e Im-
plementação das Estratégias toma por base o Pla-
nejamento da Fiocruz que consiste num modelo de
planejamento participativo e ascendente, que traz em
sua estrutura uma série de desafios, sendo um destes
desafios a coordenação entre os processos de plane-
jamento das diversas unidades de forma a constituir
um processo de planejamento corporativo.
	 O processo se inicia na realização do Con-
gresso Interno que é a instância máxima de delibe-
ração da fundação, composta por representantes de
todas as Unidades da Fiocruz. Esta prática possui pe-
riodicidade quadrienal, sendo realizada sempre no pri-
meiro ano de cada nova gestão da Presidência da Fio-
cruz, desde 1998. A realização do Congresso Interno
gera como produto principal um relatório que reúne os
instrumentos fundamentais do planejamento de médio
e longo prazo da organização.
	 O planejamento estratégico de médio prazo
da Fiocruz é complementado pelo Plano Quadrienal
das Unidades (PQU) e pelo Plano Anual (PA), com-
preendido como um recorte temporal (curto prazo) de
um processo global e contínuo de planejamento. Por
outro lado, o alinhamento da Fiocruz ao planejamento
governamental (quadro 2.1), se dá através do Plano
Plurianual (PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA),
conforme pode ser observado no quadro abaixo.
	 Plano de Longo Prazo (PLP) – é composto
por Objetivos Estratégicos distribuídos por seis Eixos
temáticos (Desafios do Sistema Único de Saúde; Ci-
ência e Tecnologia, Saúde e Sociedade; Complexo
Produtivo e de Inovação em Saúde; Saúde, Ambien-
te e Sustentabilidade; Saúde, Estado e Cooperação
Internacional e Inovação na Gestão), que refletem os
focos centrais de atuação da organização.
	 Plano Quadrienal Fiocruz (PQF) – elabo-
rado a partir dos Objetivos Estratégicos definidos no
PLP composto por Macroprojetos que buscam opera-
cionalizar os Objetivos Estratégicos definidos na Es-
tratégia de Longo Prazo, igualmente distribuídos pelos
seis Eixos temáticos.
	 Plano Quadrienal da Unidade (PQU) – ali-
nhamento temático entre os Projetos Estratégicos das
unidades aos Macroprojetos do PQF.
	 Plano Anual (PA) – é o recorte temporal (anu-
al) do planejamento quadrienal da unidade (PQU) que
está alinhado ao Planejamento de Médio e Longo Pra-
zo da Fiocruz (PLP).
	 Plano Plurianual (PPA) e Lei Orçamentária
Anual (LOA) – instrumentos de planejamento gover-
namental.São alinhados aos instrumentos de planeja-
mento da Fiocruz através do alinhamento dos Projetos
aos Objetivos e Iniciativas do PPA e Ações da LOA.
	 Farmanguinhos, após a realização do Con-
gresso Interno e a posterior publicação dos PLP e do
PQ da Fiocruz, inicia o seu processo de planejamento
à luz dos documentos citados e da metodologia pro-
posta para o processo de planejamento institucional.
	 Conforme apresentado no fluxo anterior, Far-
manguinhos, elaborou em 2011, o PQU. Para a elabo-
ração do mesmo foi criada uma metodologia que teve
como objetivo geral o alinhamento dos projetos estra-
tégicos da Unidade aos eixos, macroprojetos e obje-
tivos da Fiocruz, objetivos esses, parte integrante do
PLP e decorrentes estudos de prospecção de tendên-
cias e análise situacional, expressos no relatório final
do VI congresso interno, elaborado por representantes
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 8
Quadro 2.1 – Fluxo de Alinhamento dos instrumentos de Planejamento Fiocruz.
de todas as Unidades da Fiocruz. Esse alinhamento
caracteriza a primeira prática de análise situacional na
elaboração do PQU de Farmanguinhos.
	 O processo de elaboração do PQU inicia-se
com a realização de uma assembléia geral cujo obje-
tivo é a formação de uma comissão responsável pela
elaboração de uma proposta.
	 Na 1ª reunião da comissão são formados três
grupos de trabalho: gestão institucional, produção e
qualidade, pesquisa e desenvolvimento. São convida-
dos representantes estratégicos de todas as áreas da
instituição, conhecedores das tendências atuais nas
suas áreas afins, aptos a proporem projetos estratégi-
cos. Essas reuniões são realizadas semanalmente.
	 A partir da proposta construída por esses gru-
pos, é realizada uma Oficina PQFAR com intuito de
consolidação e validação de uma única proposta a ser
aprovada em Assembléia Geral. Essa Oficina é reali-
zada em parceria com a DIPLAN – Diretoria de Plane-
jamento da Fiocruz, que tem por missão coordenar o
processo de formulação e implementação da estraté-
gia institucional, apóiar diretamente a Presidência, o
Conselho Deliberativo e outros órgãos da Fiocruz na
tomada de decisões estratégicas.
2.1.a. Análise do Ambiente Externo
	 A análise do ambiente externo é uma prática
recorrente no processo de formulação das estratégias
da Fiocruz. O processo é parte integrante do PLP e,
consequentemente, do PQF, decorrente de análise de
conjuntura, análise setorial da saúde e análise situa-
cional institucional.
	 Desde 2011, quadrienalmente, na ocasião da
elaboração do PQU, como prática de reafirmação da
análise do ambiente institucional (Fiocruz) e aprofun-
damento desta análise nas áreas de atuação de Far-
manguinhos, é realizada a Oficina PQFAR, com o en-
volvimento do grupo de expertise da Unidade, onde
são levantadas formalmente as ameaças e oportuni-
dades que podem favorecer ou prejudicar o bom de-
sempenho da Instituição, dando base à construção da
Matriz SWOT (relacionados no quadro 2.1.a.1), sendo
o vigente elaborado em 2011, PQU 2011-2014.
2.1.b. Análise do Ambiente Interno
	 A análise do ambiente interno é realizada por
meio da mesma metodologia apresentada no item an-
terior, seguindo o mesmo fluxo de desenvolvimento, po-
rém para a realização desta análise são levantadas e
analisadas as fraquezas e forças, procurando manter o
equilíbrio dessas razões para o pleno desenvolvimento
de suas ações e atendimento ao Ministério da Saúde, e
demais partes interessadas, estabelecendo políticas de
gestão de pessoas e de divulgação de seus produtos.
	 O processo de análise do ambiente interno
está contemplado na fase inicial da elaboração da pro-
posta do PQ da Unidade até a validação do instrumen-
to na Oficina PQFAR. Nessa etapa são considerados
os processos relacionados à força de trabalho, ativi-
dades gerenciais, estruturais, ou seja, as ações que
envolvem as atividades internas da Organização.
	 A representação de profissionais das diversas
áreas, através da comissão de elaboração do PQU
tem grande importância neste processo, pois possibi-
litam que as ações sejam repassadas às demais par-
tes da força de trabalho. Esses representantes trazem
as informações pertinentes aos setores e serviços da
Instituição, facilitando a obtenção de informações in-
ternas como capacidade produtiva, grau tecnológico
instalado no nosso parque fabril.
	 São considerados na análise os resultados e
informações obtidas por meio dos canais de comunica-
ção citados no item 2.2.c. e ainda aspectos e práticas
considerados (análise institucional) no quadro 2.1.b.1.
2.1.c. Definição das Estratégias
	 Desde 2011, a avaliação das alternativas de-
correntes das análises dos ambientes, assim como, a
definição das estratégias da Instituição são validadas
na ocasião da Oficina do PQU, na qual participam to-
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 9
Quadro 2.1.a.1 - Aspectos considerados na análise do ambiente externo.
Análise do Ambiente Externo (PLP)
Análise do
Ambiente Externo
Aspectos considerados
Análise de
Conjuntura
Macroeconomia para o desenvolvimento e o pleno emprego; redução das desigualdades e iniquidades
sociais, Desenvolvimento Regional: infraestrutura urbana e logística de base; Proteção social e geração
de oportunidades; estruturas tecnológicas e produtivas avançadas e regionalmente articuladas; Inserção
internacional soberana pautada pela sociedade e geração de oportunidades; Estruturas tecnológicas e pro-
dutivas avançadas e regionalmente articuladas; Inserção internacional soberana pautada pela solidariedade
entre povos; Fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia; Sustentabilidade ambiental; Edu-
cação em Saúde. Legislações vigentes
Análise
Setorial
O desafio demográfico-epidemiológico; O desafio dos modelos de organização da atenção a saúde no Sis-
tema único de Saúde (SUS); Pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde; Desenvolvimento da base
produtiva e de inovação em saúde; Seminários.
Análise
Situacional
Levantamento de Ameaças/desafios a serem enfrentados e Oportunidades para o
desenvolvimento estratégico.
das as lideranças das áreas e representantes de ou-
tras partes interessadas, como já citado no item 2.1.a,
tendo como sistemática o desdobramento do fluxo
apresentado no item 2.1.
	 O desenvolvimento desse processo ocorre de
4 em 4 anos, de acordo com etapas apresentadas no
quadro 2.1.c.1.
	 O PA é compreendido como um recorte tempo-
ral (e econômico) de um processo global e contínuo de
planejamento, que é realizado de forma sistemática nas
unidades. Representa uma etapa, um componente de-
talhado do plano de médio e longo prazo, cujos limites
são definidos pelo período de tempo (anual) e pela dis-
ponibilidade de recursos orçamentários e capacidade
de mobilização de recursos não orçamentários. O PA é
um instrumento que auxilia o atendimento das metas.
	 Com o objetivo de fortalecer a concepção de
um processo contínuo de planejamento, foi criado o
SAGE - sistema informatizado de planejamento da Fio-
cruz, desenvolvido pela própria Fiocruz por meio da
equipe de desenvolvedores da Escola Politécnica de
Saúde Joaquim Venâncio - EPSJV, em parceria com
a DIPLAN. O SAGE foi lançado em 2012 e em 2013
diversas melhorias em suas funcionalidades foram in-
troduzidas para atender as necessidades em relação
à análise do Plano Anual e Estratégico das Unidades.
O SAGE gerencia os objetivos, metas e os projetos
alinhados aos projetos estratégicos.
	 Na ocasião da análise para desdobramento
é feito ainda a definição dos principais indicadores
que farão parte do sistema de indicadores da insti-
tuição e o alinhamento das ações com a programa-
ção orçamentária, sendo este o norte para análise do
desempenho e atuação corretiva ou preventiva sobre
ações estabelecidas. Neste contexto o planejamento
é traduzido e apresentado anualmente sob a forma de
PA. Esse relatório possibilita a visualização das ações
programadas e realizadas ao longo do ano, sendo um
mecanismo fundamental para acompanhamento das
medidas a serem adequadas, continuadas ou substi-
tuídas. Abaixo, no quadro 2.1.c.2, estão descritas as
principais estratégias e áreas envolvidas.
	 Cabe destacar que os riscos, as partes inte-
ressadas e a sustentabilidade são consideradas na
definição das estratégias, as quais dão direcionamen-
to para as ações do Instituto.
	 Cabe destacar, ainda, que a participação de
Farmanguinhos no Plano Plurianual do Governo se dá
através do alinhamento dos Projetos e Operações do
PA aos Objetivos e Iniciativas do PPA e Ações da LOA
2.2–Implementação das Estratégias
2.2.a. Definição de Indicadores na Avaliação e
Implementação das Estratégias
	 No PQU são definidas as metas de longo pra-
zo, para 04 anos, e através do PA são pactuados os
indicadores e o estabelecimento das metas de curto
prazo necessários à avaliação da implementação das
estratégias, onde os requisitos das partes interessa-
das são consideradas.
	 Cabe destacar ainda a realização da Oficina
de Indicadores Institucionais na Dimensão Macropro-
cessos Finalísticos e de Apoio, realizada pela Diretoria
de Planejamento Estratégico – DIPLAN em parceria
com representantes das unidades da FIOCRUZ, onde
foram definidos os indicadores institucionais.
	 A oficina é um instrumento para alavancar o
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 10
Quadro 2.1.c. 1– Etapas do Plano Quadrienal da Unidade
Quadro 2.1.b. 1 – aspectos considerados na análise do ambiente interno
Etapas do Plano Quadrienal da Unidade
Análise Situacional Identificação de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças.
Revisão de Princípios e
Valores Organizacionais
Analise da Missão, Visão e Valores da Organização.
Projetos Estratégicos
Elaboração e Alinhamento temático entre os Projetos Estratégicos das Unidades aos Macroprojetos do
Plano Quadrienal da Fiocruz - PQF.
Análise do Ambiente Interno
Analise
Situacional
Análise das Forças e Fraquezas relacionadas internas a organização coerentes com os processos
assistenciais finalísticos; CD (Conselho deliberativo, Assembleias e outras práticas).
Informações
Institucionais
Consubstanciada em relatórios de gestão, auto-avaliações, resultados do Congresso Interno, avalia-
ções dos planos, resultados de pesquisas, desenvolvimento de projetos, reuniões técnicas, seminá-
rios internos entre outros.
Análise da capacidade
institucional
Tecnologias, capacitação da força de trabalho, ensino, pesquisa e desenvolvimento, publicações
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 11
Quadro 2.1.c.2 – Principais Estratégias e áreas envolvidas
Principais Estratégias e Áreas Envolvidas
Projetos da Unidade Estratégias da Unidade
Áreas
Envolvidas
Eixo: Ciência & Tecnologia, Saúde e Sociedade Eixo: Ciência & Tecnologia, Saúde e Sociedade
Incorporação de Novas Tecnologias para o Desenvolvimento
Tecnológico
Incorporar novas tecnologias para o Desenvolvimento de
novos medicamentos
CDT
Aperfeiçoamento dos cursos de Pós-
graduação Lato e Stricto sensu
Fortalecer a pós-graduação e sua interação com a produção
científica e tecnológica e a inovação em saúde
VDEPI
Articulação com o centro pesquisa clínica de Rondônia (IPE-
PATRO) para condução de ensaios clínicos em produtos de
Farmanguinhos
Gerar dados para fins de registro sanitário e
Políticas Públicas
CDT
Eixo: Complexo Produtivo e de Inovação em Saúde
Transferência de Tecnologia para produção de medicamen-
tos prioritários para o SUS
Transferência de tecnologia de produção de medicamentos
prioritários
CDT
Absorção de Tecnologia para a produção de medicamentos
prioritários para o SUS
Absorção de tecnologia de produção de
medicamentos prioritários
CDT
Certificação dos Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimen-
to Tecnológico
CDT CDT
Eixo: Desafios do SUS
Ensino à Distância: Inovação de fitomedicamentos a partir
da biodiversidade brasileira
Qualificar profissionais na cadeia produtiva de
medicamentos de origem vegetal dos principais
biomas brasileiros
NGBS e
VDEPI
Portal da Inovação em “Fitomedicamentos”
da Biodiversidade Brasileira
Criar um sistema de informação para subsidiar a inovação
em fitoterápicos a partir da biodiversidade brasileira
NGBS
Identificação de alvos de judicialização
Identificação de Patentes de medicamentos como alvos
de judicialização
NIT
Avaliação e consolidação do Portfólio de medicamentos de
Farmanguinhos para Gestão Estratégica do SUS
Apoiar a sustentabilidade dos Programas do SUS
NAF e
CGQ
Eixo: Inovação na Gestão
Implementação da Governança Institucional baseadono
aprimoramento do modelo de gestão democrática, com a
ampliação e consolidação de sistemas de transparência, to-
mada de decisões e prestação de contas interna e externa
Alinhar os planos institucionais transversais ao da Fiocruz.
Alinhar os planos Quadrienal e anual da Unidade com o
plano Quadrienal da Fiocruz
VDGI
Aprimoramento do Sistema de Gestão da Qualidade
Promover as condições necessárias para a certificação de
laboratórios, áreas produtivas, serviços afins e outros, em
conformidade com normas e legislações nacionais e inter-
nacionais vigentes.
CGQ
Programa de Excelência em Gestão de Farmanguinhos
Promover a melhoria do desempenho de Farmanguinhos,
visando alcançar a excelência em sua gestão, conforme o
modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) do GES-
PUBLICA
CGQ
Eixo: Saúde, Ambiente e Sustentabilidade
Agroecologia e Saúde Promovendo o
Desenvolvimento de base territorial
Promover a implantação de Modelos Sócioprodutivos agro-
ecológicos de plantas medicinais com Gestão Participativa,
que apoie a inserção de agricultores familiares em arranjos
produtivos locais atendendo ao SUS.
NGBS
Eixo: Saúde, Estado e Cooperação Internacional
Desenvolvimento de abordagens multidisciplinares de po-
líticas públicas em saúde e consolidação de competências
para inovação em saúde, através de dispositivos de coope-
ração internacional
Consolidar Farmanguinhos como instituição componente
da rede de observatórios
COOP.
INTERNA-
CIONAL
Consolidação de Acordos de Cooperação técnico-científica
internacional com ênfase no desenvolvimento de ensino,
da tecnologia, do intercâmbio científico e transferência de
tecnologia no âmbito da UNASUL
Consolidar Farmanguinhos como instituição pública estra-
tégica no Desenvolvimento de agendas de saúde para a
UNASUL
COOP.
INTERNA-
CIONAL
Identificação e gerenciamento das iniciativas de coope-
ração implementadas em Farmanguinhos/Fiocruz para o
aprimoramento institucional
Consolidar o papel de Farmanguinhos como agente de
cooperação técnico-científica
COOP.
INTERNA-
CIONAL
processo de medição do desempenho da Fiocruz, sen-
do estratégico para implantação do Modelo de Monito-
ramento, Avaliação e Aprendizagem Organizacional.
	 Como resultado da oficina obtiveram-se 216
indicadores, dos quais 146 foram apontados como re-
levantes para compor os Relatórios de Gestão e/ou do
Gespública, 95 para a Avaliação de Desempenho Glo-
bal e 150 para a Avaliação de Desempenho Intermedi-
ária. Apurou-se ainda que dos 216 indicadores propos-
tos, 153 já seriam viáveis para subsidiar a elaboração
do ciclo de planejamento de 2013. Como resultado de
Farmanguinhos, houve contribuição de 7 indicadores
intermediários, conforme quadro 2.2.a.1. 	
	 No quadro 2.2.a.2 estão relacionados os prin-
cipais indicadores internos da Unidade.
	 O acompanhamento das metas estabelecidas
em Farmanguinhos são realizados nas reuniões de
Diretoria e reuniões técnicas, por área. Estes acompa-
nhamentos e ações necessárias são registrados nas
atas de reuniões de Diretoria.
	 Como melhoria em andamento, merece ser
destacada uma iniciativa que vem ocorrendo desde
2011 tendo como objetivo gerar resultados cada vez
mais satisfatórios para esta Unidade. Assim, dá-se
destaque especial ao Projeto de elaboração de Indica-
dores de Desempenho, que está sendo desenvolvido
em parceria com a COPPE (Coordenação dos Progra-
mas de Pós Graduação em Engenharia). São realiza-
das oficinas com as áreas para mapeamentos dos in-
dicadores e elaboração dos painéis de bordo. Para as
áreas da Produção e Qualidade os painéis de bordo já
encontram-se em implementação e acompanhamento
dos indicadores.
	 Quanto a utilização de referenciais comparati-
vos para estabelecimento das metas, o processo ainda
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 12
Quadro 2.2.a.1 - Indicadores Intermediários
Quadro 2.2.a.2 - Principais Indicadores
Indicadores Estratégicos
Nome do Indicador Macroprocesso
Meta
2013
8.1.1 - Índice de Execução
Orçamentária
Planejamento e
Orçamento
95%
8.5.3 - Índice Geral de
publicação científica
Pesquisa e De-
senvolvimento
Tecnológivo
90%
8.1.2 - Atendimento à demanda
de Antirretrovirais do Programa
Aids/MS
Produção e Aná-
lise da Qualidade
95%
8.4.2 - Percentual de
Profissionais Capacitados
Gestão de Pes-
soas
60%
8.5.4 - Evolução do Número de
Novos Produtos e/ou apresen-
tações
Pesquisa e De-
senvolvimento
Tecnológico
2
8.4.7 - Percentual de
Egressos no ano
Ensino 80%
8.5.6 Lead Time (Tempo de
Atravessamento de produtos
na produção)
Produção e Qua-
lidade
20
DIAS
Principais Indicadores Operacionais
Nome do Indicador Unidade Meta
8.1.2 - Atendimento a demanda de
antirretrovirais
% 95
8.1.4 - Perda de Produto sobre gasto
total a se produzir
% 3,0
8.2.1 - % de reclamações procedentes
de produtos em relação ao total de
reclamações de produto
% 82
8.2.2 - % de ocorrências de suspeita
de eventos adversos (EA) / total de
atendimentos
% 12
8.2.3 - % de reclamações relaciona-
das à distribuição / total de reclama-
ções
% 28
8.3.1 - Quantidade de residuos quími-
cos tratados
Kg 200.000
8.3.2 - Quantidade de resíduos orgâni-
cos tratados
Nº 3.606
8.3.3 - Quantidade de residuos reci-
cláveis tratados
Nº 17.990
8.3.4 - Campanha de Vacinação - Fio-
cruz para Você
Nº 837
8.3.6 - Apoio pontual às iniciativas
sociais desenvolvidas na Cidade de
Deus e demais localidades do entorno
Nº 1.150
8.3.7 - Feira do talento Nº 15
8.3.8 - Programa de gerenciamento de
voluntários
Nº 550
8.4.3 - % de colaboradores sensibili-
zados no tema Qualidade de Vida no
Trabalho
% 30
8.4.4 - % funcionários afastados por
acidente de trabalho
% 0
8.5.4 - Evolução do numero de Novos
Produtos e/ou apresentações
Nº 2
8.5.5 - Rendimento da Produção
entregue ao estoque frente ao Rendi-
mento Teórico/ Produto
% 97,8
8.5.7 - Unidades Farmacêuticas (UF)
Produzidas
milhão 868
8.5.8 - Unidades Farmacêuticas (UF)
Produzidas de ARV
milhão 228
8.5.9 - Quantidade de desvios detec-
tados / quantidade de lotes produzidos
% 0
8.5.10 - % de fichas técnicas com
desvio
(certo da primeira vez)
% 0
8.5.12 - % de Ordens de Serviços
cumpridas – Manutenção Farmangui-
nhos*
% 100
8.6.4 – Tempo médio de atraso nas
entregas
Dias 3
No Sistema de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE)
são lançados os dados da proposta orçamentária anu-
al de Farmanguinhos conforme programas, ações e
objetivos do PPA.
	 Após a análise de receitas e despesas corren-
tes e de investimento, a Diretoria aprova e encaminha
a proposta orçamentária à DIPLAN/FIOCRUZ (Direto-
ria de Planejamento da FIOCRUZ) para aprovação fi-
nal. Durante esse processo, em função das restrições
quanto aos recursos de capital, é realizada uma prio-
rização dos investimentos para aquisição de material
permanente, equipamentos e obras para atender as
operações e os projetos estratégicos em função da ne-
cessidade de modernização, ampliação da capacidade
de atendimento à demanda e substituição por desgaste
ou obsolescência. Esse processo permite definir a par-
cela da LOA para Farmanguinhos, assegurando uma
boa e regular aplicação dos recursos.
2.2.c. Comunicação das Estratégias, Metas e
Planos de Ação
	 As estratégias, metas e planos são comunica-
das à força de trabalho através das oficinas do PA,
dos grupos de trabalho e oficinas do PQ, do fórum de
Planejamento da FIOCRUZ, do grupo de trabalho de
Indicadores e de meios de comunicação interno, con-
está em fase de amadurecimento com a formação do
grupo de benchmarking mencionado no critério 1.
2.2.b. Alocação de Recursos para Assegurar a
Implementação dos Planos de Ação
	 A alocação dos recursos para a implementa-
ção dos planos de ação constituídos na Unidade é re-
alizada de acordo com a Programação Orçamentária,
realizada anualmente desde 2003 em processo par-
ticipativo conduzido inicialmente pela Fiocruz através
da realização de reuniões estratégicas onde se discu-
tem juntamente com a Diplan a alocação dos recursos
para assegurar a implementação do PA.
	 Dessa forma, os recursos são alocados con-
forme previsão de receitas, despesas correntes e de
investimentos, através das necessidades estabeleci-
das no PA, administrado pelo Núcleo de Planejamento,
Orçamento e Monitoramento. O PA é analisado duran-
te o ciclo de planejamento orçamentário em oficinas
com cada Vice-Diretoria e Coordenação e é aprovado
nas reuniões de Diretoria. Nessas reuniões são ava-
liadas as fontes de recursos orçamentárias e disponi-
bilidades financeiras em contrapartida com a previsão
orçamentária de despesas das Unidades Organizacio-
nais, considerando as priorizações estabelecidas no
âmbito da Diretoria, Vice-Diretorias e Coordenações.
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 13
Quadro 2.2.C.1 - Instrumentos de Comunicação das Estratégias, Metas e Planos de Ação
Instrumento Objetivo Parte Interessada
Sistema SAGE Registrar o processo de planejamento da FIOCRUZ e de suas unidades
Farmanguinhos /
Fiocruz
Intranet
Disponibilizar o Plano Quadrienal, documentos de apoio ao processo, formulários para
abertura de chamados entre as áreas, avisos e alertas diversos, comunicação integrada,
divulgação e gestão de tarefas, trabalhos em equipe e pessoas
Farmanguinhos
Site da Fiocruz Disponibilizar os Planos Quadrienais e Relatórios de Atividade da Instituição.
Público interno e
externo
Sistema EURISKO Iintegrar todos os dados e processos da unidade Farmanguinhos
SIAFI
Realizar todo o processamento, controle e execução financeira, patrimonial e
contábil do governo federal brasileiro
Farmanguinhos /
Fiocruz / Governo
Federal
Portarias
Instruir acerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral,
normas de execução de serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra
determinação da sua competência, inclusive para tornar público o conjunto de indicadores
intermediários e globais
Público interno e
externo
Site de
Farmanguinhos
Disponibilizar artigos relevantes sobre a unidade, suas ações, projetos, produtos e eventos
Público interno e
externo
Tótens e Murais
Disponibilizar os artigos relevantes sobre a unidade, suas ações, projetos,
produtos e eventos
Farmanguinhos
E-mails
Disponibilizar boletins eletrônicos, campanhas, artigos relevantes, ações, projetos,
produtos e eventos de interesse da Unidade
Farmanguinhos
WebTV
Atualizações e destaques sobre o que é relevante informar em drops de notícias a
todos da Fiocruz
Farmanguinhos /
Fiocruz
forme Quadro 2.2.c.1. Nela, apresenta-se o que é vin-
culado em cada instrumento de comunicação, visando
à difusão das informações a todas as partes envolvi-
das/ interessadas.
2.2.d. Monitoramento da Implementação dos
Planos de Ação
	 O monitoramento da implementação dos pla-
nos de ação ocorre nas unidades através do Plano
anual (PA) com seus projetos e operações, coordena-
dos pelo Núcleo de Planejamento, Orçamento e Mo-
nitoramento e são acompanhados em nível corporati-
vo pela DIPLAN, tendo como ferramenta o SAGE. As
metas institucionais de médio prazo são vinculadas ao
PPA e ao PQ da Fiocruz. As metas de curto prazo vin-
culadas ao PA constituem compromissos anuais que
vão compor as metas de médio e longo prazo e são
estabelecidas pela composição das unidades. Ade-
mais, outra forma de definição e avaliação de metas
de curto prazo é o sistema de Gestão do Desempenho
Institucional.
	 O relatório de acompanhamento da realização
de metas físicas e da execução orçamentária é atuali-
zado mensalmente, porém o Núcleo de Planejamento,
a DIPLAN e os órgãos externos realizam essa ava-
liação semestralmente. Em paralelo os resultados do
monitoramento e do desenvolvimento do PA também
são apreciados semanalmente nas reuniões de direto-
ria, nas reuniões técnicas das áreas e no CD Far, con-
forme sua força estratégica. O alcance das metas anu-
ais é avaliado nos processos de prestação de contas,
na avaliação de desempenho institucional, de forma
continuada. Estas avaliações consolidadas também
são resumidas anualmente no relatório de gestão da
Fiocruz e apresentadas aos órgãos externos através
da DIPLAN.
	 Proativamente à partir de 2014, as metas e
sua implementação passaram a ser monitoradas men-
salmente através do SAGE, o que fornece subsidio
para a revisão do PA que acontece a cada semestre.
	
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 14
Clientes
3
“ A qualidade total e a excelência são princípios que promovem a
criação de valor e o encantamento dos clientes.”
Hilbert P. Ferreira- VDEPI)
3.1. IMAGEM E CONHECIMENTO DE MERCADO
3.1.a. Segmentação de Mercado e Definição de
Clientes-Alvo
	 Farmanguinhos é uma unidade técnico-cientí-
fica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sendo atual-
mente o maior laboratório farmacêutico oficial vincula-
do ao Ministério da Saúde (MS) e tem sua importância
estratégica na luta pela redução de custos dos medi-
camentos, o que colabora para que mais brasileiros
tenham acesso aos programas de saúde pública. O
Instituto atende prioritariamente ao mercado público
brasileiro representado pelo Departamento de Assis-
tência Farmacêutica (DAF), subordinado à Secretaria
de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SC-
TIE) do Ministério da Saúde.
	 A Instituição produz mais de um bilhão de me-
dicamentos por ano para atender aos programas es-
tratégicos do Governo Federal, que são distribuídos à
população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além
de atender demandas emergenciais no Brasil e no
exterior. Dentre os produtos fabricados por Farman-
guinhos podemos citar os antibióticos, antiinflamató-
rios, anti-infecciosos, antiulcerosos, analgésicos, me-
dicamentos para doenças endêmicas, como malária
e tuberculose, antiretrovirais para tratamento da Aids,
medicamentos para o sistema cardiovascular, sistema
nervoso central, diabetes e hipertensão.
	 O mercado de Farmanguinhos é segmentado,
de acordo com a sua missão, em: Produção de Medi-
camentos, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
e Ensino. Os critérios adotados incluem uma análise
cuidadosa identificando a área geográfica de atuação
da Instituição, o tipo de mercado e as características
dos principais clientes. Os clientes alvo e potenciais
são definidos a partir das análises e desdobramentos
das práticas oriundas da definição do mercado de atu-
ação e seus respectivos produtos e serviços gerados,
conforme quadro 3.1.a.1.
3.1.b. Necessidades e expectativas dos
Clientes-Alvo
	 As necessidades e expectativas dos clientes
são identificadas, analisadas, compreendidas e utiliza-
das para definição e melhoria dos produtos e serviços
por meio de diversas práticas alinhadas com a seg-
mentação do mercado e definição dos clientes-alvo.
	 Uma das práticas para identificação das ne-
cessidades e expectativas dos clientes-alvo no seg-
mento de produção de medicamentos é a realização
de reuniões trimestrais do Núcleo de Assistência Far-
macêutica (NAF) de Farmanguinhos com o Departa-
mento de Assistência Farmacêutica do Ministério da
Saúde – MS, onde é definido o elenco de medicamen-
tos necessários, de acordo com a Política Nacional de
Saúde e as demais exigências.
	 Outra prática importante no levantamento
das necessidades e expectativas dos clientes-alvo da
Instituição é a pesquisa realizada pela área de pro-
gramas descentralizados do NAF (vendas diretas) jun-
to às Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais.
Essa pesquisa realizada anualmente inclui a análise
do banco de dados do MS que contém informações
dos processos de aquisições de medicamentos pelos
órgãos do SUS, a análise do histórico dos contratos de
fornecimento de medicamentos celebrados entre Far-
manguinhos e Estados e Municípios e a análise das
informações (tais como estoque atual, programação
anual de compra de medicamentos, prazos de aten-
dimentos e necessidades pontuais) obtidas em visitas
aos clientes, contatos telefônicos e e-mails.
	 Com base nessa pesquisa, o NAF elabora
uma estimativa anual de vendas de medicamentos
para os diversos clientes.
	 Proativamente, a área de programas descen-
tralizados do NAF de Farmanguinhos participa anual-
mente do Congresso do Conselho Nacional das Secre-
tarias Estaduais e Municipais de Saúde (CONASEMS)
e do Congresso do Conselho de Secretarias Munici-
pais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (COSE-
MS RJ). Durante estes eventos são realizados vários
contatos para divulgação da marca Farmanguinhos
buscando novos clientes, identificando necessidades
e expectativas e esclarecendo os procedimentos de
venda da Instituição para órgãos públicos buscando
assim o aperfeiçoamento das relações entre os clien-
tes e Farmanguinhos.
	 O Instituto disponibiliza ainda o Serviço de
Atendimento ao Cidadão (SAC) criado em 2000, atra-
vés do qual os cidadãos podem expressar suas ne-
cessidades e expectativas que são registradas em um
sistema eletrônico, conforme descrito no item 3.2.b.
	 Na Área de Pesquisa e Desenvolvimento, os
pesquisadores de Farmanguinhos buscam soluções
para tratamento de doenças de grande relevância su-
prindo as necessidades e expectativas da população
brasileira, dando prioridade aos projetos comprome-
tidos com a missão institucional, tais como: doenças
negligenciadas, de alto custo e de alta incidência, e
ainda, através da análise de dados estatísticos do qua-
dro epidemiológico, permitindo o direcionamento das
ações neste campo.
	 Na Área de Ensino, desde 2008, as neces-
sidades e expectativas dos alunos são identificadas
através de pesquisa realizada ao final de cada disci-
plina e curso. Os dados obtidos nessa pesquisa são
tabulados e analisados pela coordenação dos cursos
e os resultados são direcionados aos professores res-
ponsáveis pelas respectivas disciplinas para que, em
conjunto, sejam implantadas as ações de melhorias.
Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 15
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  • 1. Instituto de Tecnologia em Fármacos 2014 Relatório de Gestão Prêmio Qualidade Rio A caminho da Excelência Organizacional Farmanguinhos:
  • 2. Relatório de Gestão | Ciclo 2014 Perfil ................................................................................................................................................ Histórico .......................................................................................................................................... Organograma ................................................................................................................................. 1 - Liderança ................................................................................................................................... 2 - Estratégias e Planos ............................................................................................................... 3 - Clientes ..................................................................................................................................... 4 - Sociedade ................................................................................................................................. 5 - Informação e Conhecimento ....................................................................................................... 6 - Pessoas ..................................................................................................................................... 7 - Processos .................................................................................................................................. 8 - Resultados ................................................................................................................................ Glossário ......................................................................................................................................... I VII VIII 1 8 15 21 29 33 40 47 50
  • 3. Perfil “Não considerem as boas práticas como um obstáculo e sim uma ponte que liga a confiança ao consumidor. Assim, não construa sobre essa ponte atalhos... Atravesse-a somente, respeitando os seus princípios.” (Paulo Cesar - NAF)
  • 4. Relatório de Gestão | I P1.A. Instituição, Propósito e Porte da Organização. P1.A. Instituição, Propósito e Porte da Organi- zação. (1)(2) Denominação, forma de atuação e Instituição: O Instituto de Tecnologia em Fármacos- Farmanguinhos é uma organização Pública de admi- nistração indireta. Unidade Técnico-científica da Fun- dação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde (MS). Sua missão e Atuar com responsabi- lidade socioambiental na promoção da saúde pública por meio da produção de medicamentos, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, geração e difusão de conhecimento. (3) Histórico: Farmanguinhos teve sua origem em 1956 no Instituto de Maralogia. Em 1970, passa a integrar a Fiocruz, sob a denominação de Instituto de Produção de Medicamentos (IPROMED). Em 1971 o IPROMED passou a ser um dos laboratórios do Siste- ma Oficial. Em 1976 - através do Decreto Presidencial de nº 77.481 o IPROMED deu lugar a duas Unidades Técnicas, uma delas denominada Laboratório de Tec- nologia em Fármacos – Farmanguinhos. Em setem- bro de 1988- através do Ato nº 152/88 da presidência da Fiocruz - Farmanguinhos passa a ser uma Uni- dade Técnico-Científica, cuja escopo está relacionado diretamente à áreas finalísticas da Fiocruz. No ano de 2004 o MS adquiriu para a Fiocruz/Farmanguinhos uma nova fábrica no campus de Jacarepaguá, chama- do Complexo Tecnológico em Medicamentos (CTM). (4) Descrição do negócio: Originado no âm- bito da política do governo brasileiro, Farmanguinhos exerce papel de destaque na pesquisa e desenvolvi- mento de medicamentos essenciais. É o maior labora- tório farmacêutico oficial vinculado ao MS. Produz me- dicamentos para atender aos programas estratégicos do Governo federal, que são distribuídos à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de atender também as demandas dos programas de assistência básica provenientes dos Estados e municípios. À partir dos anos 90 a unidade apresentou um período de expansão expressiva decorrente da implantação da Política de Antirretrovirais. Com o lançamento do Programa Mais Saúde, explicita-se a articulação entre a dimensão tecnológica e produtiva e a dimensão assistencial, colocando-se a necessida- de de articular os dois eixos da Política Nacional de Saúde relacionada à produção de bens e serviços: A Atenção à Saúde e o Complexo Industrial da Saúde. O Instituto tem ampla articulação entre as estratégias de Farmanguinhos/Fiocruz e as políticas, decisões e ações concretas do Ministério da Saúde. O Instituto também mantém parcerias com o setor público e privado nacionais, tem acordos de transferência de tecnologia com a Índia, EUA e paí- ses da Europa e da África. Também se destaca o lançamento do medicamento Artesunato+Mefloquina (ASMQ), utilizado por pacientes com malária, em 2008, através da parceria com o DNDi (iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas – Drugs for Neglected Diseases initiative). (5) Porte: Farmanguinhos é uma Unidade não orçamentária, e sem fins lucrativos, pertencente à FIOCRUZ, possui 1.121 colaboradores entre Servi- dores, terceirizados e bolsistas, representando 9% da força de trabalho da Fiocruz. Farmanguinhos pode ser considerada uma organização de grande porte. O Instituto realiza suas atividades principais no campus Complexo Tecnológico de Medicamentos- -CTM, localizado na Av. Comandante Guaranys, 447 no Bairro de Jacarepaguá - RJ, com uma área de construção de 40.000 m2 que se divide em: Plantas industriais: o prédio 70 onde abriga a produção de me- dicamentos comuns e antirretrovirais e o prédio 40 que abriga a área de penicilínicos; e o prédio 10 que abriga as área administrativas e laboratórios. Sua capacida- de instalada de 6,5 bilhões de unidades farmacêuti- cas/ ano. Dentre os produtos fabricados por Farmangui- nhos estão antibióticos, antiinflamatórios, anti-infeccio- sos, antiulcerosos, analgésicos, medicamentos para doenças endêmicas, como malária e tuberculose, anti- retrovirais para tratamento da Aids, medicamentos para o sistema cardiovascular e o sistema nervoso central e para os programas de diabetes e hipertensão. Os recursos necessários ao desenvolvimento das atividades do Instituto provêm de receitas repas- sadas por meio de portarias e convênios com o MS, recursos da dotação orçamentária na Lei Orçamentá- ria Anual (LOA), receitas provenientes das vendas re- alizadas diretamente para as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e Secretaria Municipais de Saúde (SMS) e captação junto às agencias de fomento. Em 2013 a receita do Instituto foi de R$476 milhões, o que corres- ponde a 13% da receita bruta global da Fiocruz. P1.B. Produtos e Processos (1) Principais produtos: Farmanguinhos de- senvolve e projeta seus produtos e processos em aten- dimento as Boas Práticas de Fabricação. A Unidade possui uma linha de 41 produtos registrados na Agen- cia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Entre os produtos constantes do portfólio do Instituto estão antibióticos, antiinflamatórios, antiinfecciosos, antiul- cerosos, analgésicos, anti-maláricos e tuberculostáti- co, antirretrovirais, medicamentos para o sistema car- diovascular e par ao sistema nervoso central, diabetes e hipertensão. Em 2012 o Instituto incorporou aos eu portfólio os medicamentos Tracolimos e Pramiprexol, fruto das primeiras Parcerias para o Desenvolvimen-
  • 5. to Produtivo (PDPs). O Instituto também desenvolve atividade de pesquisa e desenvolvimento tecnológico (P&D) e oferecem cursos de Pós-graduação e mestra- do Profissional. (2) Processos: A definição dos principais pro- cessos principais e de apoio de Farmanguinhos estão descritos no Quadro I. Ressaltamos que os mesmos estão alinhados com a Missão, Visão e suas estraté- gias. (3) Principais equipamentos, tecnologia e Instalações: Os principais equipamentos e instala- ções de Farmanguinhos estão distribuídos de acordo com o Quadro II, destacando que as principais instala- ções estão mencionadas em P1. P1.C Sócios, Mantenedores (1) Composição da Sociedade: Farmangui- nhos por ser uma Unidade da Fiocruz pertence 100% ao Governo Federal. Trata-se de uma unidade pública e não privada, não possuindo sócios e sim parceiros. (2) Instância Controladora: A Unidade é Pertencente à esfera do Poder Executivo do Governo Federal, atua como Unidade Técnico-Científica (UTC) da Fiocruz, subordina-se às suas diretrizes e orienta- ções. O Diretor do Instituto presta conta ao Conselho Deliberativo (CD) da Fiocruz, que acompanha e avalia o desempenho das UTCs. (3) Principais necessidades e expectativas dos mantenedores: A Fiocruz tem como missão ge- rar, absorver e difundir conhecimento científico e tec- nológico multidisciplinares em saúde, integrando nas suas atividades: a pesquisa, desenvolvimento, inova- ção tecnológica; o ensino médio e pós-graduação; a produção de medicamentos e vacinas; prestação de serviços de referência e informação. A instituição tem por finalidade proporcionar apoio estratégico ao Siste- ma Único de Saúde – SUS, contribuir com a melhoria da saúde da população no Brasil, cumprindo o seu pa- pel no exercício pleno da cidadania. P1.D Força de Trabalho (1) Denominação: A força de trabalho do Instituto é Relatório de Gestão | II Quadro I - Processos Principais e de Apoio ProcessosPrincipais Descrição Produzir medicamentos e Insumos Farmacêuticos Aumentar a eficiência dos processos produtivos, tendo foco no Planejamento, controle, processos, tecnologia e métodos de produção, capacitação em tecnologia e gestão da produção e suprimentos, automação da produção e gestão da manutenção. Realizar Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Aumentar a capacidade de inovação tendo foco nos processos de pesquisa, gestão de portfolios de projetos de pesquisa, tecnologia Roadmap tecnológico e prospecção de tecnologias. Garantir Formação e Ensino Aumentar a capacidade de conhecimento através de processos de desenvolvimento e educação, gestão do conhecimento e propriedade intelectual. ProcessosdeApoio Garantir Suprimentos Busca garantir a eficiência da gestão na expedição de medicamentos. Administrar a Infraestrutura Busca garantir a eficiência da gestão na expedição de medicamentos. Garantir a Qualidade de produtos e serviços Promove a busca permanente da excelência organizacional por meio das melhores práti- cas de Gestão, seguindo as diretrizes do Programa de excelência em Gestão de Farman- guinhos - PEGFAR. Atua para garantir a implementação de normas e diretrizes que atestam a precisão, segu- rança, normatização, controle e agilidade dos serviços por meio do Sistema da Qualidade e cumprir com as legislações vigentes para o Sistema de Qualidade. Administrar pessoas e Desenvolver capital humano Atua gestão de pessoas, incluindo seleção, contratação, capacitação, desenvolvimento e valorização da Força de Trabalho. Administrar Tecnologia da Informação Atua na disponibilização das melhores soluções de sistemas e tecnologias da informação visando acessibilidade, segurança, confiabilidade e agilidade dos processos. Administrar finanças e Planejamento Orçamentário
  • 6. denominada de colaborador e conta com três tipos de vínculos: servidores, terceirizados e bolsistas. (2) Composição: Farmanguinhos conta hoje com um quadro de 1.121 colaboradores, distribuídos conforme Quadro III. (3) Estagiários: Os estagiários não são preparados para compor a força de trabalho, uma vez que o in- gresso no Instituto é através de concurso público. (4) Necessidades e Expectativas: As principais ne- cessidades e expectativas da Força de Trabalho estão descritas no Quadro IV. (5) Empregados de terceiros: Os terceirizados que compõem a força de trabalho atuam nas atividades acessórias de produção, qualidade, desenvolvimento tecnológico e apoio administrativo conforme especifi- cado no contrato de prestação de serviços. (6) Nível de escolaridade e chefia: Vide Quadro V e VI P1.E Clientes e Mercados (1)(2) Principais mercados e clientes: Farmangui- nhos atua nos prioritariamente no mercado público de saúde. Os principais clientes e clientes-alvo e segmen- tação estão descrito no item 3.1.a-critério Clientes. (3) Organização atuando entre o Instituto e seus clientes: A unidade não possui distribuidores ou reven- dedores pois trata-se de uma instituição pública. (4) Necessidades e expectativas dos clientes: As principais necessidades e expectativas dos clientes es- Relatório de Gestão | III Quadro II - Principais Tecnologias e Equipamentos Quadro III - Distribuição colaboradores por vínculo Quadro IV- Principais Necessidades e Expectativas Tecnologia de Produção Equipamentos Pesagem Cabines de pesagem; balanças de precisão Granulação Úmida e Seca Granulador Niro; leito fluidizado Glatt; Ganuladores Oscilantes; Roto Cube 600l; Compactador Alexanderwerk e Fitz Mill; Moinho de Facas e Martelos Eurovent. Mistura Misturador em “V”; misturador de Bin; Moinhos de afcas e martelo Eurovent; Granulador Oscilante Lawes, Peneiradeiras Vibratórias Russel. Compressão Compressoras FETTE Encapsulamento Encapsuladora Zanasi 40F e Bosch Revestimento Drageador GS 300 e Eurovent e Accelacota Semissólidos Reator Frimakoruma; sistema de transferência Muller Embalagens Emblistadora Noack, IMA TR e PG 230T e Fabrima; Envelopadoras Siebler; sopradoras Macofar TB e Libra; Enchedora de Líquidos Macofar LVI; Encartuchadoras Promatic; en- vasadora Comadis; Contadora Swiftpack e Cremer; Enchedora de pós Perry. Rotuladoras Libra, Bauch Campos e Macofar; tampadoras Pró-máquina e LAwes; Posicionadoras de copo Pró-máquina e Ozaf/MAcofar; Impressoras Willet e vídeo jet. Tipo de Vínculo 2013 Quant. % 2014 Quant. % Terceirizados 746 66 750 67 Servidores 236 21 224 20 Bolsistas + Estagiários 140 13 144 13 Total 1.122 100 1.121 100 Necessidades Expectativas Ambiente de trabalho seguro Atendimento a requisitos voltados a segurança do trabalhador e do meio ambiente Desenvolvimento Profissional Plena implementação do Plano de Cargos de Carreiras e SalárioRemuneração compatível com cargo Melhoria na qualidade de vida Ampliação do transporte solidário e novas linhas de ônibus
  • 7. tão relacionados a Qualidade assegurada dos produtos e serviços, Eficácia e segurança, preços competitivos, baixos custos, cumprimento de prazos, prestar serviço de atendimento ao cidadão com padrão de qualidade, ter competência comprovada na transferência e absor- ção de tecnologia P1.F Fornecedores e Insumos (1) Principais Fornecedores: Os principais Forne- cedores de Farmanguinhos estão apresentados no Quadro VII. (2) Eventuais Particularidades: A contratação dos Fornecedores é feita através de licitação pública, se- guindo determinações da Lei nº 8.666/93, em outras legislações e instruções normativas específicas apli- cáveis, bem como nas normas internas e da Fiocruz, objetivando as melhores condições de preço, prazo e qualidade. (3) Necessidades e Expectativas dos fornecedores: As principais necessidades e expectativa dos fornece- dores são: transparência e igualdade de tratamento, acesso ágil a informações, cumprimento dos contratos, especificações adequadas, atendimento do cronogra- ma de desembolso e previsões de entrega e prazos definidos. Escolaridade 2013 2014 Quantidade % Quantidade % Pós-doutorado 1 0,1 1 0,1 Doutorado 53 6 58 6 Mestrado 80 9 82 9 Pós-graduação 133 15 154 17 Superior 202 23 209 23 Médio 403 23 414 45 Total 872 100 918 100 Relatório de Gestão | IV Quadro V- % da Força de Trabalho por Escolaridade Quadro VI- Gestores Quadro VII- Principais Fornecedores Funções Quantidade de Gestores Diretor 1 Vice-diretores 4 Coordenadores 2 Gerentes (departamentos/ núcleos/serviços/seção e outros 146 Segmento Fornecedor Produtos / Serviços Fornecimento de matéria-prima 1. BR Mac Comercial / 2. Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos / 3. Nortec química S/A / 4. Colorcon do Brasil / 5. Globe Química Fornecimento de insumo ativo farmacêutico e excipientes Fornecimento de material de embalagem 1.Klockner Pentaplast do Brasil 2. Glasspack embalagens ltda Fornecimento de material de embalagem para medicamentos Fornecimento de material de laboratórios 1. Sigma Aldrich Brasil ltda 2. Tedia Brazil Produtos para laboratório Fornecimento de material para laboratórios Manutenção de equipamentos 1. Jam Engenharia Ltda 2. Mec-q metrologia, engenharia e consultoria Prestação de serviços de manutenção de equipa- mentos; Prestação de serviços de calibração de equipamen- tos e instrumentos Fornecimento de energia LIGHT- Serviço de Eletricidade S.A. Prestação de serviço para fornecimento de energia elétrica. Fornecimento de água CEDAE – Companhia de água e esgoto Prestação de serviço para fornecimento de agua po- tável e tratamento de esgoto Telefonia Empresa OI Prestação de serviços de telefonia
  • 8. P1.G Sociedade (1) Principais Comunidades: Os serviços e produ- tos de Farmanguinhos atingem potencialmente grande parte da sociedade, representada principalmente pelos gestores e profissionais do SUS e de países com os quais formaliza transferência de tecnologia, dos usu- ários do ensino e instituições de C&T. Farmanguinhos também se relaciona com as comunidades do entorno, com destaque para as comunidade da Cidade de Deus, Curicica, entre outras. As principais necessidades dos moradores dessas regiões estão relacionadas à carên- cia de espaços e/ou motivação para que a população exerça controle social, potencializando os espaços de debates em que todos os gestores, parceiros e popu- lação, participem nos processos de monitoramento e avaliação. (2) Principais impactos negativos: Grande parte das práticas ambientais desenvolvidas na Instituição é baseada ou assegurada pelas legislações vigentes nas esferas federal, estadual e municipal e na ausência destas e, quando necessário, buscam-se legislações internacionais. Assim, a identificação dos impactos so- ciais e ambientais é realizada por meio de mecanismos que permitem de forma sistêmica, identificar os aspec- tos e avaliar os impactos gerando ações que promovem à eliminação, prevenção ou máxima redução de seus efeitos. (3) Passivos ambientais: Os passivos ambientais da organização oriundos dos processos institucionais e sobre os quais tem responsabilidades são divididos em: Resíduos químicos, resíduos recicláveis e resíduos comum. Farmanguinhos adota ações para que os resí- duos gerados na Unidade sejam enviados até a Central de Resíduos, áreas responsável a dar o destino correto aos resíduos, o mesmo ocorrendo para a questão dos efluentes líquidos gerados, sendo que a Instituição atua visando o atendimento aos requisitos legais aplicáveis, onde estão definidos os parâmetros necessários para tratamento e lançamento dos efluentes líquidos em cor- pos d’água. (4) Necessidades e expectativas da Sociedade: As principais necessidades e expectativas das partes interessadas estão descritas nos itens P1.E(4). P1.H Outras Partes Interessadas (1)(2) Denominação das Partes Interessadas e suas necessidades e expectativas: Farmanguinhos tem ainda como outras partes interessadas na sua atuação, empresas produtoras de medicamentos, Fi- nanciadora de Estudos e Projetos (FINEP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Suas necessidades e expectativas estão rela- cionados com o baixo custo e no portfólio de produtos ofertados, assim como na capacidade de desenvolvi- mento tecnológico. Outro importante segmento são os órgãos reguladores como a ANVISA, TCU e CGU, Or- ganização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan- -Americana de Saúde (OPAS), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), e outros órgãos que representam os interesses da sociedade civil e das demais partes interessadas contempladas neste Perfil. Suas necessidades e expectativas são relacionadas ao atendimento dos requisitos da norma de Boas Práticas de Fabricação (BPF), à transparência e probidade dos atos administrativos. P2 Concorrência e Ambiente Competitivo P2.A Ambiente Competitivo (1) Concorrência direta: Farmanguinhos tem con- corrência direta de produtos fornecidos por laboratórios oficiais, privados nacionais e estrangeiros por meio da aquisição por parte dos clientes para alcançar os mes- mos benefícios. (2) Parcela do mercado: A parcela de mercado atendida por Farmanguinhos para o MS foi em torno de 55%. A complementação das demandas totais do mercado (45%) é atendida por outros fornecedores na- cionais e internacionais. (3) Fatores Diferenciais: O Instituto é um laborató- rio público de produção de medicamentos que possui uma posição diferenciada no conjunto de produtores brasileiros por duas características fundamentais: • Pertence a uma Instituição federal reconhecidamen- te destacada no campo da ciência e tecnologia em saú- de, o que impõe a necessidade de ser um centro gera- dor de conhecimentos e de tecnologias para o País. • Pelo vínculo da Fiocruz com o Ministério da Saúde, tendo, portanto, uma inserção inerente na Política Na- cional de Saúde, indo muito além de seu papel de “for- necedor” ou de prestador de serviços competitivos. • Qualidade assegura dos medicamentos produzidos. (4) Principais mudanças no ambiente competi- tivo: A indústria farmacêutica vem passando por uma intensa transformação tanto no contexto internacional quanto no nacional. Em termos internacionais, observa- -se uma intensificação da busca por novas fontes de inovação frente a crescente dificuldades de lançamento de novos produtos com altas vendas que sustentaram a lucratividade das empresas lideres nas últimas déca- das. Os nichos que eram relegados para as empresas e países desenvolvidos –como os medicamentos genéri- cos- passaram a ser de grande interesse para recupe- rar o espaço perdido pelas empresas lideres da indús- tria. A entrada dos mercados emergentes no espaço Relatório de Gestão | V
  • 9. competitivo, havendo um processo de monitoramento onde os mercados que começam a se desenvolver são contestados pela entrada de empresas de grande por- te, adquirindo as empresas locais, trazendo o risco de abortar estratégias de inovação. P2.B. Desafios Estratégicos (1) Principais desafios e barreiras: O grande de- safio da Fiocruz é o de consolidar o seu papel como instituição pública e Estratégica de Estado para a Saú- de. Em decorrência da inserção de Farmanguinhos na Fiocruz, a unidade tem papel primordial para atender o desafio da Fiocruz, nesse caso as seguintes dimensões estratégias que a unidade deve perseguir mediante arti- culação com a Fiocruz e o MS, são: • Desenvolver tecnologias de produção eficiente de medicamentos e insumos farmacêuticos requeridos aos Programas Nacionais do Ministério da Saúde, sen- do referencia nacional; • Produção eficiente de medicamentos e insumos para saúde; • Capacidade tecnológica e em conhecimentos es- senciais capaz de interagir com a rede produtiva na- cional, com especial destaque para a rede de labora- tórios oficiais e sua articulação com o setor privado, o que diferencia a missão da unidade frentes às demais unidades públicas; • Subsidiar a Fiocruz e o Ministério da Saúde na for- mulação de políticas, programas e ações na regulação do mercado, suprindo as assimetrias de informação re- conhecidamente fortes no mercado farmacêutico. (2) Parcerias: Diversas parcerias são estabelecidas principalmente com Departamento de Assistência Far- macêutica (DAF), com a Secretaria de Ciência, Tecno- logia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde. Outras importantes parcerias também são fir- madas com os organismos internacionais como Organi- zação Pan-americana de Saúde (OPAS), Organização Mundial de Saúde (OMS), Laboratório Farmacêuticos públicos e privados, entre outros. (3) Novas Tecnologias: Importantes inovações são constantemente desenvolvidas em Farmanguinhos na área de desenvolvimento tecnológico, pesquisa e en- sino, produção de novos produtos para saúde como, por exemplo, novos medicamentos fruto das PDPs. No campo da gestão podemos destacar a disseminação de modelagem de processos com a aquisição em 2013 do ARPO (soft de modelagem) e em 2014 a aquisição do novo sistema integrado de gestão (ERP). P3 Aspectos Relevantes (1)Requisitos legais e regulamentares: Os Re- quisitos Legais e Regulamentares no ambiente da or- ganização, incluindo os relativos à saúde ocupacional, segurança, proteção ambiental, e os que interferem ou restringem a gestão econômico-financeira e dos pro- cessos organizacionais são: Autorização de Funciona- mento, Comum e Especial; Registro Sanitário, Legali- zação de Produtos pela ANVISA, Certificado de Boas Práticas (RDC 17/2010), Licença de Operação pela FEEMA - RJ, Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros, INEA, Licenças Sanitárias Municipais, Cer- tificado de Inspeção Sanitária (CIS-B), Termo de Licen- ça de Funcionamento Sanitário Resolução Municipal SMG 693/04 (Ambulatório), Certificado de Registro Ca- dastral pela Policia Federal, Certificado de Licença Fun- cionamento, Lei nº. 10357/01, Certificado de Registro, Regulamento R-105 do Exército Decreto nº. 3665/00 e Licença da Polícia Civil, PCMSO. Lei 6514/77, Portaria 3214/78 – Norma Regulamentar (NR) Nº 7, Laudo de Riscos Ambientais Mapa de Riscos/CIPA,PPRA,Lei 6514/77, Portaria 3214/78 – NR Nº 9 e Gerenciamen- to de Resíduos, Licença de Operação. Resolução RDC 306/04, NBR 10.004/04, CONAMA 258/05. (2) Sanções e conflitos: A Unidade desenvolve suas ações sempre baseada nas Leis e Normas Es- taduais e Federais que regem a prestação de serviço público. Essa postura garante não só a legalidade de suas ações como garante a segurança da população e do meio ambiente contra prováveis riscos advindos de seus processos, declarando inexistentes sanções ou conflitos de qualquer natureza. (3) Requisitos de menor importância: A Unidade não identificou nenhum requisito de menor importância. (4) Outros aspectos: O Instituto segue os princípios da administração pública quanto à supremacia do inte- resse público ao interesse particular, e de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Relatório de Gestão | VI
  • 10. P4 Histórico da Busca da Excelência Farmanguinhos tem buscado constantemente a me- lhoria do seu sistema de gestão da qualidade. Nessa busca constante no ano de 2009 a qualidade passa de estado de gerencia da qualidade subordinada a vice di- retoria de operações para ser uma Coordenação ligada diretamente a Direção, tornando-a independe e permi- tindo o crescimento e a implantação total do Sistema de Gestão da Qualidade. Hoje a Gestão da Qualidade tem buscado o alinhamento com o SGQ da Fiocruz e tem consolidado a sua participação estratégica na unidade. Em 2012 a unidade retoma o Programa de Excelência em Gestão, iniciando assim um novo ciclo na busca pela excelência. (Quadro VIII) Relatório de Gestão | VII Quadro VIII- Histórico da busca pela Excelência Ano Histórico da Qualidade 1993 Modernização do Parque Industrial 1998 Criação da Assessoria de Garantia da Qualidade Definição da 1º Missão e Visão da Unidade Salto tecnológico com a produção, pesquisa e desenvolvimento de Anti-retrovirais 1999 Primeiro depósito de pedido de patente (substancia com atividades farmacológicas) 2000 Criação do Serviço de Atendimento ao Cidadão 2002 1ª Certificação BPF – Boas Práticas de Fabricação 1ª Certificação REBLAS do EQFAR – Laboratório de Equivalência Farmacêutica Destaque como indutor de políticas e conhecimentos tecnológicos para quebra de patentes de Anti-retrovirais. 2004 Aquisição do Site CTM – Complexo Tecnológico de Medicamentos. Aquisição do Software Isosystem para gerenciamento dos desvios 2005 Melhoria contínua no processo produtivo de fabricação por meio da aquisição de novas Tecnologias de compressão (FET- TE), proporcionando aumento da capacidade produtiva. Modelagem e Melhoria de processos (COPPE) 2007 Transferências de tecnologias com o mercado Internacional na produção de Insulina e Antirretrovirais. Criação do Programa de Excelência em Gestão – PEG-Far 2008 Implantação do Programa de Qualificação de Fornecedores 2009 Reestruturação da Assessoria da Qualidade para Coordenação de Gestão da Qualidade 2011 1º Certificação BPF do Prédio 40 Início da implantação da ISO 14.001 2012 1º Certificação BPF do Prédio 70 Assinatura do 1º acordo de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo Retomada do Programa de Excelência em Gestão Cursos de Capacitação para elaboração e avaliação do Relatório de Gestão Criação da Cartilha de Boas Práticas de Fabricação 2013 Palestras de Sensibilização para Qualidade patrocinadas pela gestão da qualidade Participação do curso de Seleção e Qualificação de fornecedores I Semana da Qualidade na Unidade Participação em treinamentos ofertados pela Fiocruz no campo da Gestão da Qualidade e qualidade na gestão. Elaboração do Relatório de Gestão baseado no MEG - PQRio Conquista do Prêmio categoria Prata do PQRio 2014 I Ciclo de autoavaliação da gestão Participação em treinamentos ofertados pela Fiocruz no campo da Gestão da Qualidade e qualidade na gestão Patrocínio de treinamento interno em Ferramentas da Qualidade e MASP Treinamento em BPF para Gestores e multiplicadores Implantação da ISO 9001 na área do CDT Início do processo de implantação e integração da ISO 9001 na CGQ Iniciativa de implantação da ISO 17025 nos laboratórios da Pesquisa Criação do Escritório de Processos e da Câmera Técnica de Gestão
  • 11. P.5 - ORGANOGRAMA Relatório de Gestão | VIII Diretoria Executiva Hayne Conselho Deliberativo de Farmanguinhos Ministério da Saúde Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) Assembleia Geral Coordenação de Gestão da Qualidade Shirley Trajano Coordenação de Desen- volvimento Tecnológico Tereza Santos Gabinete Lícia Oliveira Núcleo de Cooperação Internacional Rawlinson Dias Núcleo de Projetos Externos Maria Amália NAF Antônio Morais NIT Wanise Barbosa NGBS Glauco Kruse ASCOM Edmilson Silva NCI Maria das Graças Vice Diretoria de GestãoInstitucional Jorge Mendonça Vice Diretoria de Ensino Pesquisa e Inovação Márcia Coronha Vice Diretoria de Gestão do Trabalho Lucimar Júnior Vice Diretoria de Operações Saíde Queiroz
  • 12. Liderança 1 Posso dizer que qualidade não é somente um conceito, mas também uma atitude. (Julio Bento - Produção)
  • 13. 1.1. GOVERNANÇA CORPORATIVA 1.1.a. Atualização dos Valores e Princípios Orga- nizacionais Os valores e princípios organizacionais são componentes da estratégia de Farmanguinhos e se alinham às políticas do Ministério da Saúde (MS), aos princípios da administração pública e ao Plano Qua- drienal da Fiocruz. Em 1998 foi definida a primeira missão e visão de Farmanguinhos. A atualização da missão, visão, princípios, valores e diretrizes da Unidade acontece durante o processo de elaboração do Plano Anual e Plano Quadrienal da Unidade. Esse ciclo de construção, implementação e avaliação dos credos (missão, valores e diretrizes) da Unidade ocor- re por ocasião do rito de planejamento, anual e pluria- nual, pois são amadurecidos anualmente, mas revis- tos e alinhados de quatro em quatro anos. Na ocasião da atualização destes componentes são envolvidos no processo todos os níveis da Organização, sendo cons- tituídos grupos de trabalhos formados pelas vices-di- retorias, coordenações e colaboradores. Os valores e princípios organizacionais vigentes estão descritos no quadro 1.1.a.1. Sendo Farmanguinhos uma unidade da Fio- cruz, o processo de elaboração do Plano Quadrienal e Plano Anual da Unidade seguem metodologia se- melhante aos Planos da Fiocruz e tem alinhamento com as diretrizes da Instituição. Para elaboração do Plano Quadrienal da Unidade a organização segue as seguintes etapas: Análise Situacional, Revisão de Princípios e Valores Organizacionais e Definição/Ali- nhamento dos Objetivos Estratégicos e Projetos Es- tratégicas. Conforme detalhamento da metodologia apresentada no critério Estratégias e Planos. A última revisão dos componentes missão, vi- são, princípios, valores e diretrizes da Unidade ocorreu em 2011 e a próxima está prevista para o final de 2014. 1.1.b. Questões éticas Os procedimentos para o tratamento das ques- tões éticas nos relacionamentos internos e externos são realizados através de análises baseadas na admi- nistração pública, conforme preconizado no Código de Ética Profissional do Servidor Público (Decreto nº 1.171, de 22/06/1994) e no Decreto nº 6.029/2007, que institui o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal e Códigos de conduta das di- versas categorias profissionais determinado pelo respectivos conselhos. Além do estabelecido em lei, a Fiocruz constituiu através da Portaria nº 164/2008 a Comissão de Ética da Fiocruz, cuja função é elaborar as normas internas a serem seguidas por todas as Uni- dades, incluindo Farmanguinhos. Um dos principais canais de comunicação utilizados para receber denúncias de todas as partes Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 1 Valores e princípios organizacionais de Farmanguinhos Missão Atuar com responsabilidade socioambiental na promoção da saúde pública por meio da produção de medicamentos, pesquisa, desenvol- vimento tecnológico, geração e difusão de conhecimento. Visão Ser reconhecido, até 2022, por organismos nacionais e internacionais como centro estratégico na produção pública de medicamentos, pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Valores Compromisso com o acesso da população brasileira a insumos e serviços estratégicos de saúde, com as políticas públicas, socioam- biental, Inovação, Ética e transparência, Gestão participativa, Compromisso com a qualidade e excelência, Uso responsável dos recursos públicos, Integração institucional, Compromisso institucional com o caráter público e estatal, Valorização da qualidade de vida, Valorização pessoal e profissional. Política da qualidade Fornecer medicamentos de qualidade adotando a melhoria contínua como estratégia para o desenvolvimento de produtos seguros e efi- cazes, sempre com o compromisso no atendimento as legislações sanitárias vigentes e na ampliação do acesso a população. Política ambiental Farmanguinhos se comprometes com a melhoria continua e com a prevenção à poluição, trabalhando dentro de padrões elevados de monitoramento e medição, garantindo o efetivo controle das atividades. Farmanguinhos se compromete em atender os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos aos seus aspectos ambientais, fornecendo uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e metas ambientais;Farmanguinhos documenta e controla a sua Política Ambiental, através de sistema informatizado de controle de documentos, garantindo assim, sua comunicação e divulgação a todos que trabalhem na organização ou que atuem em seu nome. Quadro 1.1.a.1 – Valores e Princípios Organizacionais de Farmanguinhos
  • 14. interessadas é o canal de ouvidoria da Fiocruz. Desde 2005 a Ouvidoria atua promovendo a interlocução e o diálogo entre a Instituição e a sociedade em geral, a for- ça de trabalho e demais partes interessadas. Dentre as demandas de manifestações recebidas por este órgão estão as denúncias de irregularidades ou indício de irre- gularidade na administração, descumprimento de obri- gações ou deveres da instituição, desvios de conduta ética ou moral, que por contrariar dispositivos legais, merecem apuração. O tratamento das manifestações é realizado através da inclusão dos dados no sistema in- formatizado da Ouvidoria e, após resposta da unidade demandada, e dado o retorno para as partes interessa- das pertinentes. Como melhoria, para prevenção de possíveis questões éticas na Unidade de Farmanguinhos, está sendo discutido um manual de conduta ética aplicável a todos os funcionários de Farmanguinhos, a ser divul- gado na intranet local e nos encontros denominados de Integração, para os quais todos os novos funcionários que ingressam na Unidade são convidados a participar. 1.1.c. identificação, classificação e tratamento de riscos A identificação dos principais riscos é reali- zada durante a construção do PQU, na etapa que cor- responde a analise situacional conforme detalhamento no critério Estratégia e Planos. Os riscos identificados são classificados como Estratégicos, Operacionais, Financeiros. Desde 2009 que Farmanguinhos vem buscan- do mecanismos de identificação e tratamento de ris- cos com potencial impacto em seu negócio. No quadro 1.1.c.1 estão descritas as principais iniciativas de ge- renciamento de riscos já realizadas na Unidade: Como ação de melhoria, este ano está sendo formado um Grupo de Trabalho (GT) para elaboração do Plano de Gerenciamento de Risco, no qual serão abordados outros riscos empresariais, alinhado às práticas de gestão de risco da Fiocruz e atendendo às novas diretrizes governamentais (Gestão de Riscos – GesPublica). (Plano de Ação-1-A/2013) 1.1.d. Tomada de decisões O processo de tomada de decisão na Unidade segue a estrutura e dinâmica do Sistema de Gover- nança Institucional da Fiocruz. Desde 2003 as princi- pais decisões são tomadas em espaços colegiados, tais como: Conselho Deliberativo(CD), Assembleia Geral, Congresso Interno da Fiocruz. As decisões da Fiocruz, tem seu desdobra- mento na Unidade por meio de um conjunto sistemá- tico de reuniões, passando pela Diretoria Executiva, sendo desdobrado para todos os níveis da unidade. No quadro 1.1.d.1 é descrita a sistemática das reuni- ões que fazem parte da cadeia de decisão interna: As tomadas de decisões e ações definidas são comunicadas a todos os funcionários e demais partes interessadas através dos canais de comunica- ção, descritos no Quadro 1.1.d.2 Uma vez terem sidos traçados os diversos pla- nos de ação nos diferentes níveis da Instituição, as de- Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 2 Quadro 1.1.C.1 – iniciativas de identificação e tratamento de riscos Principais Riscos Identificados Riscos Formas de tratamento Áreas envolvidas ESTRATÉGICOS Mudança de Governo (descontinuidade dos projetos) Metodologia de Trabalho em Discussão Toda a Unidade OPERACIONAIS Riscos à qualidade dos produtos Análise de sistemas computadorizados com impacto BPF, análise de Produtos e dos processos de fabricação dos medicamentos para identificação e tratamento dos riscos potenciais à qualidade dos produtos fabricados por Farmanguinhos. A metodologia utilizada que identifica, classifica e trata os riscos podem ser a GAMP, FMEA ou IN04 e encontra-se descrita no procedimento operacional padrão CTM.11.NVQ.009. Treinamento e envolvimento de várias áreas Coordenação da Qualidade (CGQ) SOCIAIS E AMBIENTAIS Análise e identificação dos impactos sociais e ambientais dos processos e instala- ções de Farmanguinhos. A metodologia de identificação dos riscos envolve visitas e entrevistas in loco em cada área da Unidade, seguido de tratamento conforme classificação dos riscos identificados. Vide item 4.1.a. Departamento de Segurança e Meio Ambiente FINANCEIROS Recursos deficitários para o desenvolvimento das ativida- des da Unidade Metodologia de Tratamento em discussão Planejamento, Diretoria
  • 15. cisões são implementadas pelas áreas especificas, sendo monitoradas pelas estruturas responsáveis, acompanhadas e avaliadas pelos vices-diretores. Como melhoria, foi instituída em 2014 a Câ- mara Técnica de Gestão, com representação de diver- sas áreas da VDGI, com o objetivo de acompanhar de forma mais efetiva a implementação das decisões tomadas na Unidade, assim como a possibilidade de aquisição de um sistema informatizado com objetivo de instrumentalizar tal acompanhamento, como já vem sendo feita pela Fiocruz. Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 3 Reunião Objetivos Periodicidade e Controle Participação Conselho Deliberativo Órgão colegiado superior de normatização e deliberação dos assuntos de caráter estratégico de Farmanguinhos, atuando ainda como instância superior de recursos. Hie- rarquicamente, o Conselho Deliberativo está situado abai- xo da Assembleia Geral e acima da Direção da Unidade. ATA Ordinariamente a cada 6 meses Diretor Executivo/servidor eleito por área /servidores representan- tes de todo o colegiado de servi- dores/representantes eleitos dos trabalhadores terceirizados Assembléia Geral Órgão máximo de representação dos funcionários quanto a mudanças regimentais, assuntos institucionais rela- cionados ao Congresso Interno da Fiocruz, ao Conselho Deliberativo da Fiocruz e questões eleitorais dos órgãos de representação. Ordinariamente uma vez por ano/ ATA Todos os Funcionários Mesa de Ne- gociação Realizar reuniões com os representantes dos Servidores, terceirizados e representantes de áreas do Conselho Deli- berativo de Farmanguinhos, para tratar de demandas decorrentes das relações funcionais e de traba- lho buscando alcançar soluções para os interesses mani- festados por cada uma das partes, constituindo assim um fórum de negociação permanente. Mensal / Ata Representantes da Força de Tra- balho Reuniões de Diretoria - Comunicação, para o nível gerencial, das discussões e decisões abordadas em reuniões com a Presidência e Vices-presidências da FIOCRUZ. - Discussão das estratégias para implementação das ações tomadas; - Acompanhamento, com base nas atas anteriores, da implementação das ações anteriormente definidas; - Acompanhamento do desempenho de cada área e da unidade, através da apresentação de resultados setoriais; - Discussão de temas trazidos pelas vices-diretorias Semanal/ ATA Diretor de Farmanguinhos Vice-diretores Coordenadores Reuniões De- partamentais/ Setoriais - Comunicação das tomadas de decisões da diretoria/ge- renciais ao nível operacional; - Discussão/estabelecimento de estratégia operacional para implementação das decisões tomadas. Mensal / Ata Vice-diretores / coordenadores/ líderes/ funcionários Meios de comunicacao Descricao Parte interessada Intranet Ambiente virtual colaborativo, voltado às ações de gestão do conhecimen- to e comunicação interna. Força de Trabalho Portarias Internas Instrumento utilizado para formalizar questões institucionais referentes as decisões do sistema liderança. Força de Trabalho E-mail e Cartas Meio de comunicação para comunicar as decisões inerentes aos forne- cedores Fornecedores Reuniões Departamentais/ Setoriais Meio de comunicação para os gerentes Gerentes Quadro 1.1.d.1 – Reuniões da cadeia de decisões interna Quadro 1.1.d.2 – Principais Canais de Comunicação
  • 16. 1.1.e. Prestação de contas Desde 2010, a prestação de contas é feita pela Direção do Instituto ao Conselho Deliberativo da Fiocruz, que tem como uma das suas funções acom- panhar e avaliar o desempenho das Unidades Técni- co-Científicas, Técnico-Administrativas e Técnicas de Apoio e dos programas desenvolvidos pela Fiocruz. Como melhoria, além do espaço colegiado, desde 2012, em atendimento a Lei de acesso a Infor- mação, Farmanguinhos também presta contas atra- vés de instrumentos que consolidam os resultados e práticas da organização, sendo os principais deles o Relatório de Atividades e Relatório de Gestão da Fiocruz. A unidade repassa todas as informações per- tinentes aos seus processos para a Diretoria de Pla- nejamento (DIPLAN), que analisa e consolida as in- formações e disponibiliza nos canais de comunicação disponíveis para Força de Trabalho, órgão de controle e outras partes interessadas. A prestação de contas para o Ministério da Saúde é feita através de relatórios de entregas dos seus produtos físico e financeiro. Cabe destacar que Farmanguinhos utiliza-se do Sistema de Apoio a Gestão Estratégica (SAGE) para realizar sua prestação de contas. O SAGE é acompanhado pela DIPLAN, que acompanha a exe- cução física e orçamentária. 1.2. Exercício da Liderança e Promoção da Cultura da Excelência 1.2.a. Exercício da Liderança Desde 2003 a Diretoria de Farmanguinhos atua em colegiados que permite reunir as diversas expertises institucionais e partes interessadas, propi- ciando trocas e aprendizado para negociação, es- tabelecimentos de acordo e pactuacão de ações e metas. Dentre os participantes destes encontros estão incluídos os dirigentes da Fiocruz, que mantêm uma agenda de discussões com a Alta Administração do Ministério da Saúde e de outros Ministérios sem- pre que necessário; agências Reguladoras da área de saúde; Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde; organismos nacionais e institucionais de cooperação técnico-cientificas e financeira e dirigentes de outras Organizações. Outras práticas que caracterizam a interação da Liderança com as partes interessadas são: (I) a realização de oficinas temáticas, coordenadas pela Direção Executiva que ocorrem de acordo com as de- mandas da Unidade, Fiocruz, Ministério da Saúde e outras partes interessadas; (II) as reuniões com repre- sentantes da comunidade do entorno, realizadas men- salmente desde 2005; (III) a prática denominada “fale com o Diretor”, que é um canal relevante de interação da direção da Unidade com a Força de Trabalho. Em relação ao envolvimento e mobilização da força de trabalho para o êxito das ações, podem ser destacadas as reuniões semanais da Direção exe- cutiva com as lideranças, o CD/Far e a elaboração do Plano Anual. As reuniões semanais têm como objetivo definir planos e desdobramentos dos mesmos pelas áreas e tem como padrão de trabalho pautas, atas e listas de presença. O CD/Far foi constituído em 2010 e é um importante instrumento de liderança, visto que tem por prerrogativa discutir com os representantes da Força de Trabalho e deliberar sobre assuntos de inte- resse estratégico da Unidade. Já o Plano Anual instru- mentaliza o alinhamento e a mobilização da Força de Trabalho para o êxito das estratégias da Unidade. O incentivo e comprometimento de todos na busca pela cultura da excelência, é caracterizado pelas boas práticas de gestão que evoluem na instituição e é reforçado pela adesão formal aos critérios de exce- lência. Esse incentivo se dá através da implantação do Programa de Excelência de Farmanguinhos, instituído em 2008 e reestruturado em 2012, com o objetivo de promover a melhoria do desempenho de Farmangui- nhos, visando alcançar a excelência em sua gestão. Se dá também através das várias ações para atendi- mento aos requisitos das Boas Práticas de Fabricação, que objetiva assegurar que os produtos sejam produzi- dos com a padrões de qualidade apropriados ao uso. Para o maior envolvimento e mobilização da força de trabalho, a Gestão da Qualidade está realizando diver- sos cursos, palestras com a finalidade de disseminar a cultura da Excelência em Farmanguinhos e qualificar os profissionais como multiplicadores para implantação, manutenção e avaliação da Gestão da Qualidade de Farmanguinhos, alinhado ao Programa de Gestão da Qualidade da Fiocruz e ao Plano Quadrienal da Unida- de (PQU). Como melhoria, em novembro de 2013, foi realizada a I Semana da Qualidade com envolvimento de toda força de trabalho, trazendo temas relacionados com gestão da qualidade e qualidade na gestão. 1.2.b. Comunicação dos valores e os princípios or- ganizacionais Os Valores e Princípios Organizacionais são co- municados a toda a força de trabalho, cidadãos/ clientes e a outras partes interessadas, quando pertinente, por meio de diferentes mecanismos e prá- ticas, conforme descritos no quadro 1.2.b.1, que per- mitem assegurar a comunicação e conhecimento dos Valores e Princípios Organizacionais para toda força de trabalho e partes interessadas. Ao ingressar na unidade, o colaborador passa por um processo inte- gração onde as principais informações da Unidade, incluindo os valores e princípios organizacionais, con- forme prática apresentada no critério 6 Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 4
  • 17. Desde 2011 o entendimento pela Força de Trabalho dos valores e princípios organizacionais é assegurado a partir do processo coletivo de planeja- mento e execução no PQ e PA. 1.2.c. Avaliação e desenvolvimento da liderança O processo de avaliação das lideranças é uma prática coorporativa adotada por Farmanguinhos, des- de sua criação, sendo coordenada pela Diretoria de Re- cursos Humanos (Direh) em alinhamento com a Dire- toria de Planejamento (Diplan) da Fiocruz. Esta prática compreende a avaliação anual de desempenho institu- cional e das pessoas, incluindo as lideranças, através de uma análise de competências e perfil convergentes com a visão de futuro da Unidade. Na Unidade de Far- manguinhos, além da avaliação de desempenho coor- porativa aplicável aos funcionários servidores, desde abril de 2013, os funcionários terceirizados em cargos de liderança têm suas competências analisadas atra- vés do Programa de Avaliação de Prestação de Ser- viços, conforme PGI CTM.11.DDRH.001. A Prática é apresentada no critério 6. Como resultado de ambas as avaliações, tanto de funcionários servidores quanto terceirizados, poderão ser identificadas necessidades para o desenvolvimento, dos líderes, das competên- cias para o exercício da liderança. As competências relacionadas às ações de liderança estão estabeleci- das no Estatuto da Fiocruz (Decreto Nº4725 de junho de 2003), no Regimento Interno da instituição (Porta- ria 2376-GM) e nas normas orientadoras do Sistema de Gestão de Desempenho de Recursos Humanos da Fiocruz. As principais competências de liderança consideradas pela Instituição são: comprometimento institucional, iniciativa e criatividade, relacionamento, trabalho em equipe e autodesenvolvimento. Como uma das ações para o desenvolvimen- to de lideranças na Fiocruz, a Direção, juntamente com suas Unidades, desenvolveu um programa que inclui iniciativas tais como cursos de especialização, mestrado profissional, eventos técnicos e fóruns de trabalho de forma a suprir as necessidades de todas as Unidades da Fiocruz na formação de seus líderes. A identificação de novos líderes na Unidade ocorre principalmente pelos líderes existentes nas áre- as, os quais encaminham o novo potencial líder à área de Recursos Humanos para avaliação das competên- cias e, caso necessário, definição de plano de desen- volvimento. Para o desenvolvimento dos atuais e potenciais líderes, anualmente, Farmanguinhos ela- bora um programa de treinamento de lideranças que abrange treinamentos especializados, externos ou in company, ministrados pelos próprios profissionais do RH local ou por consultores especializados. 1.2.d. Estabelecimento dos padrões de trabalho Os principais padrões de trabalho são estabelecidos considerando os aspectos legais e regulatórios ao setor de atuação de Farmanguinhos, considerando os aspectos gerais dos instrumen- tos normativos que se aplicam a gestão pública, por exemplo Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO, Lei 8666, documentos emanados do Conselho Delibera- tivo, Portarias emitidas pela Presidência da Fiocruz, Carta de Serviços aos Cidadãos entre outros. A principal prática que norteia o estabeleci- mento dos padrões consiste no Manual da Qualida- de (MQ), que é o documento onde constam todas as políticas, diretrizes, compromissos e premissas para a implantação do Sistema da Qualidade. Os padrões de trabalho são estabelecidos ain- da de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, Fiocruz, PQU, PA, seguindo sempre a integração ne- cessária com os valores e princípios organizacionais, requisitos normativos do Sistema Integrado de Gestão (SIG), requisitos de BPF e princípios do Programa de Qualidade (PQ) através da adoção do Modelo de Exce- lência em Gestão (MEG). Os padrões de trabalho são descritos nos Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 5 PRINCIPAIS CANAIS DE COMUNICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS E VALORES Mecanismo Descrição Periodicidade Totens e Quadro de Aviso São utilizados como ferramentas de comuni- cação visual. Utilizado desde 2007 Atualização Mensal e sempre que necessário Site da Organização São disseminados as informações, atividades e novos processos da Instituição. Diário Informativo – FARCOMUNICA Utilizado para divulgação dos Valores Organi- zacionais, assim os serviços da Unidade Bimestral Intranet São disseminados as informações, atividades e novos processos da Instituição. Sempre que se fizer necessário Apresentação institucional Apresentações feitas em reuniões internas e externas para as diversas partes interes- sadas Contínuo, de acordo com as demandas. Quadro 1.2.b.1 – Principais Canais de Comunicação dos Princípios Organizacionais
  • 18. Manuais de Normas e Procedimentos que são cons- truídos de forma a adequar ao Sistema de Gestão da Qualidade, as diversas áreas elaboram seus Procedi- mentos Operacionais Padrões (POP’S) que demons- tram o passo-a-passo de cada atividade. Os padrões e práticas de gestão são definidos de acordo com as esferas institucionais, demonstra- dos no quadro 1.2.d.2. O cumprimento dos padrões de trabalho é ve- rificado através dos programas anuais de auditorias in- ternas realizadas, sobretudo, para avaliação do aten- dimento aos requisitos exigidos pelas certificações e normas técnicas, como por exemplo, Norma ISO 14001 e BPF. Uma vez detectadas não conformidades no cumprimento dos padrões de trabalho nas audito- rias internas, obrigatoriamente, são gerados planos de ação, com definição de responsáveis e prazos, para correção das não conformidades e eliminação das causas. Todos os planos de ação são acompanhados pelo grupo de auditorias e pelas áreas responsáveis quanto sua implementação e avaliação da eficácia. Como iniciativa de melhoria do acompanha- mento e controle dos padrões de trabalho estabeleci- dos, em 2014 foi iniciada a implementação do sistema de gestão integrada - SAP. Esta implementação con- duzirá Farmanguinhos a um novo patamar de planeja- mento, acompanhamento e controle das operações. 1.2.e. Avaliação e Melhoria (Aprendizado) A avaliação e melhoria dos processos geren- ciais por meio da aprendizagem é obtida em Farman- guinhos, principalmente, através das práticas descri- tas no quadro 1.2.e.1. Como suporte ao processo de aprendizagem organizacional, Farmanguinhos utiliza, dentre ou- tras iniciativas, as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), o Benchmarking e as auditorias de terceiros (clientes, órgãos regulatórios, órgãos inter- nacionais certificadores etc.). As empresas selecio- nadas como referenciais no Benchmarking são, em geral, aquelas que apresentam destaque no mercado que atuam e possuem as mesmas características que Farmanguinhos quanto à propriedade de seu capital e atividade no mercado e, de preferência, que já tenha uma relação de parceria com a Unidade. As informa- ções vindas destas Organizações são obtidas dire- tamente através de visitas agendadas ou através de informações públicas como os dados disponibilizados pelas Organizações na internet. As demais informa- ções oriundas de auditorias e das PDPs são obtidas através de relatórios, reuniões, documentos técnicos, treinamentos etc. Tanto as informações coletadas no processo de Benchmarking, quanto nos projetos de PDPs e auditorias são utilizadas pela Unidade para compor os planos de ação de melhoria, como referen- cial para definição de metas, indicadores e padrões de trabalho. 1.3. Análise do Desempenho da Organização 1.3.a. Necessidades de informações comparativas A identificação das necessidades de informação comparativas para avaliar o desempenho são anali- sadas e definidas com a revisão do Plano Quadrienal, Auditorias externas, grupos de trabalho da Qualidade Fiocruz com envolvimento de outras unidades e acom- panhamento dos Planos e Metas da Unidade com apoio da Diretoria de Planejamento (DIPLAN). Em 2014, Farmanguinhos reestruturou seus indicadores estratégicos (Avaliação Desempenho Institucional-ADI) com objetivo de melhorar o monito- ramento e sistematicamente, o nível de alcance dos objetivos traçados. Foi instituído um modelo de Ficha de Indicador contendo todas as informações necessá- Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 6 Quadro 1.2.d. 2– Padrões e práticas de trabalho Padrões e Práticas de Trabalho Responsável Padrões Atuação / Indicador Direção Geral Regimento Interno Normatização que rege as diretrizes da Instituição CGQ / Garantia da Qualidaded Normas, procedimentos operacionais, instrumen- to de trabalho Cumprimento e atualização dos Manuais Normativos e índi- ces de conformidades Direção Geral e Coor- denação da Gestão da Qualidade e VDGI Programas de Excelência em Gestão, participa- ção em premiações e garantia da disseminação da qualidade nos serviços Conformidades e não conformidades na execução dos crité- rios e padrões de excelência CGQ / SAC Pesquisas: satisfação de cliente Aferição do grau de satisfação dos clientes Direções Código de ética e conduta das diversas catego- rias profissionais Cumprimento das normas e leis regulamentadas de conduta
  • 19. rias, possibilitando além da revisão, a reflexão sobre os referenciais comparativos. Como critério para determinar os resultados mais significativos da Unidade para efeito de compa- ração das metas estabelecidas desses Indicadores, foram analisados resultados de outras Unidades da Fiocruz como INCQS, Biomanguinhos, entre ou- tras, através da Portaria da Presidência da Fiocruz (474/2014-PR, de 27/03/2014) que tornou público os re- sultados, nos níveis global e intermediário, da Avaliação de Desempenho Institucional das unidades da Funda- ção Oswaldo Cruz referente ao período 2013/2014. Em 2014 iniciou-se o processo formal de Benchmarking na unidade, e ainda, em 2014, será realizada a primeira reunião para alinhamento da metodologia que consiste nas seguintes fases: plane- jamento, analise, integração, ação e maturidade. 1.3.b. Avaliação do desempenho organizacional O desempenho do Instituto é analisado por meio do Relatório de Atividades, Relatório de Ges- tão da Fiocruz e de reuniões do sistema de lideran- ça como: reunião de CD; de Produção e da Direção. A partir de 2014, os Vice-diretores e Coordenadores devem apresentar resultados parciais (quadrimestral- mente) em formato de relatório à Direção para acom- panhamento das metas e estratégias de cada área. Estes resultados são integrados ao processo de ava- liação continua da gestão que já contempla o moni- toramento do atendimento das metas anuais previstas pelo Planejamento. A Fiocruz, através da DIPLAN, avalia cada Unidade conforme seu eixo/macroprocessos, sendo os resultados de Farmanguinhos divulgados anual- mente no Relatório de Gestão Fiocruz (RG) e discuti- dos em reuniões especificas como CD Fiocruz e Câ- mara Técnica de Gestão. 1.3.c. Comunicação das decisões As decisões decorrentes da análise do desem- penho são comunicadas pela Direção aos gestores nas reuniões de direção, nas reuniões de produção e no CD da Unidade. Para os colaboradores, as decisões são comunicadas através dos gestores e também pelos diversos meios de comunicação como Intranet, Far Co- munica (jornal interno), Portal Farmanguinhos, e-mails, Portarias e Assembleias. Como melhoria, em 2014, foi realizada Assem- bleia para Prestação de Contas, onde foi apresentada a avaliação de desempenho do ano anterior e as medi- das corretivas adotadas para melhoria da pratica como adoção da ficha do indicador com nomeação e res- ponsabilização do gestor da área envolvida, a quem compete o acompanhamento e a adoção de medidas que viabilizem o cumprimento da meta, a periodicidade da divulgação das informações, entre outros.. Quanto às demais partes interessadas, a comunicação ocorre através de contato direto, mensagens eletrônicas, Re- latório de Atividades da Unidade e Carta de Serviço ao cidadão Fiocruz (Farmanguinhos). 1.3.d. Acompanhamento da implementação das de- cisões O acompanhamento e a implementação das decisões estratégicas são realizados pela Direção com apoio dos Vice-diretores e Coordenadores. Os indicadores e informações relevantes da Unidade são disponibilizados no relatório de Gestão Fiocruz e no Relatório de Atividades, além de estarem inseridos no SAGE, onde são registradas as metas previstas e exe- cutadas dos projetos e ações das diversas áreas de Farmanguinhos. O acompanhamento das decisões no nível tático/operacional, acontece em reuniões de comitês, comissões, setoriais e BPF, entre outras. Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 7 Quadro 1.2.e. 1– Práticas de Avaliação dos Processos Práticas de avaliação dos processos Objetivos Participantes Frequência Planejamento anual das áreas Analise crítica das oportunidades de melhoria iden- tificadas, possibilitando o aprendizado na implemen- tação dos planos Vice-diretores, coordena- dores e gestores das áreas Anual Gestão dos processos de negócio Iniciado em 2011 com o mapeamento dos processos da Unidade, busca otimizar os resultados de Far- manguinhos através da melhoria de seus processos Gestores e colaboradores atuantes nos processos Contínuo Relatório de Gestão Identificar não conformidades por meio da elabora- ção deste relatório Diretoria e vice-diretores e coordenadores Anual Revisão Periódica de Produtos Desde 2010 foi estabelecido este método estrutura- do para análise de todos os processos de fabricação de medicamentos, buscando avaliar a capacidade destes processos em produzir produtos conforme especificação. Busca, sobretudo, identificar opor- tunidades de melhorias nos processos avaliados. A prática é descrita no documento CTM-11.NVQ.015 Todas as áreas envolvidas no processo de fabricação Anual
  • 20. Estratégias e Planos 2 A qualidade é o fruto da semente regada pela Gestão. (Rita de Cássia de Azevedo – Setor de Embalagem)
  • 21. 2.1 - FORMULAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Far- manguinhos), no seu processo de Formulação e Im- plementação das Estratégias toma por base o Pla- nejamento da Fiocruz que consiste num modelo de planejamento participativo e ascendente, que traz em sua estrutura uma série de desafios, sendo um destes desafios a coordenação entre os processos de plane- jamento das diversas unidades de forma a constituir um processo de planejamento corporativo. O processo se inicia na realização do Con- gresso Interno que é a instância máxima de delibe- ração da fundação, composta por representantes de todas as Unidades da Fiocruz. Esta prática possui pe- riodicidade quadrienal, sendo realizada sempre no pri- meiro ano de cada nova gestão da Presidência da Fio- cruz, desde 1998. A realização do Congresso Interno gera como produto principal um relatório que reúne os instrumentos fundamentais do planejamento de médio e longo prazo da organização. O planejamento estratégico de médio prazo da Fiocruz é complementado pelo Plano Quadrienal das Unidades (PQU) e pelo Plano Anual (PA), com- preendido como um recorte temporal (curto prazo) de um processo global e contínuo de planejamento. Por outro lado, o alinhamento da Fiocruz ao planejamento governamental (quadro 2.1), se dá através do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA), conforme pode ser observado no quadro abaixo. Plano de Longo Prazo (PLP) – é composto por Objetivos Estratégicos distribuídos por seis Eixos temáticos (Desafios do Sistema Único de Saúde; Ci- ência e Tecnologia, Saúde e Sociedade; Complexo Produtivo e de Inovação em Saúde; Saúde, Ambien- te e Sustentabilidade; Saúde, Estado e Cooperação Internacional e Inovação na Gestão), que refletem os focos centrais de atuação da organização. Plano Quadrienal Fiocruz (PQF) – elabo- rado a partir dos Objetivos Estratégicos definidos no PLP composto por Macroprojetos que buscam opera- cionalizar os Objetivos Estratégicos definidos na Es- tratégia de Longo Prazo, igualmente distribuídos pelos seis Eixos temáticos. Plano Quadrienal da Unidade (PQU) – ali- nhamento temático entre os Projetos Estratégicos das unidades aos Macroprojetos do PQF. Plano Anual (PA) – é o recorte temporal (anu- al) do planejamento quadrienal da unidade (PQU) que está alinhado ao Planejamento de Médio e Longo Pra- zo da Fiocruz (PLP). Plano Plurianual (PPA) e Lei Orçamentária Anual (LOA) – instrumentos de planejamento gover- namental.São alinhados aos instrumentos de planeja- mento da Fiocruz através do alinhamento dos Projetos aos Objetivos e Iniciativas do PPA e Ações da LOA. Farmanguinhos, após a realização do Con- gresso Interno e a posterior publicação dos PLP e do PQ da Fiocruz, inicia o seu processo de planejamento à luz dos documentos citados e da metodologia pro- posta para o processo de planejamento institucional. Conforme apresentado no fluxo anterior, Far- manguinhos, elaborou em 2011, o PQU. Para a elabo- ração do mesmo foi criada uma metodologia que teve como objetivo geral o alinhamento dos projetos estra- tégicos da Unidade aos eixos, macroprojetos e obje- tivos da Fiocruz, objetivos esses, parte integrante do PLP e decorrentes estudos de prospecção de tendên- cias e análise situacional, expressos no relatório final do VI congresso interno, elaborado por representantes Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 8 Quadro 2.1 – Fluxo de Alinhamento dos instrumentos de Planejamento Fiocruz.
  • 22. de todas as Unidades da Fiocruz. Esse alinhamento caracteriza a primeira prática de análise situacional na elaboração do PQU de Farmanguinhos. O processo de elaboração do PQU inicia-se com a realização de uma assembléia geral cujo obje- tivo é a formação de uma comissão responsável pela elaboração de uma proposta. Na 1ª reunião da comissão são formados três grupos de trabalho: gestão institucional, produção e qualidade, pesquisa e desenvolvimento. São convida- dos representantes estratégicos de todas as áreas da instituição, conhecedores das tendências atuais nas suas áreas afins, aptos a proporem projetos estratégi- cos. Essas reuniões são realizadas semanalmente. A partir da proposta construída por esses gru- pos, é realizada uma Oficina PQFAR com intuito de consolidação e validação de uma única proposta a ser aprovada em Assembléia Geral. Essa Oficina é reali- zada em parceria com a DIPLAN – Diretoria de Plane- jamento da Fiocruz, que tem por missão coordenar o processo de formulação e implementação da estraté- gia institucional, apóiar diretamente a Presidência, o Conselho Deliberativo e outros órgãos da Fiocruz na tomada de decisões estratégicas. 2.1.a. Análise do Ambiente Externo A análise do ambiente externo é uma prática recorrente no processo de formulação das estratégias da Fiocruz. O processo é parte integrante do PLP e, consequentemente, do PQF, decorrente de análise de conjuntura, análise setorial da saúde e análise situa- cional institucional. Desde 2011, quadrienalmente, na ocasião da elaboração do PQU, como prática de reafirmação da análise do ambiente institucional (Fiocruz) e aprofun- damento desta análise nas áreas de atuação de Far- manguinhos, é realizada a Oficina PQFAR, com o en- volvimento do grupo de expertise da Unidade, onde são levantadas formalmente as ameaças e oportuni- dades que podem favorecer ou prejudicar o bom de- sempenho da Instituição, dando base à construção da Matriz SWOT (relacionados no quadro 2.1.a.1), sendo o vigente elaborado em 2011, PQU 2011-2014. 2.1.b. Análise do Ambiente Interno A análise do ambiente interno é realizada por meio da mesma metodologia apresentada no item an- terior, seguindo o mesmo fluxo de desenvolvimento, po- rém para a realização desta análise são levantadas e analisadas as fraquezas e forças, procurando manter o equilíbrio dessas razões para o pleno desenvolvimento de suas ações e atendimento ao Ministério da Saúde, e demais partes interessadas, estabelecendo políticas de gestão de pessoas e de divulgação de seus produtos. O processo de análise do ambiente interno está contemplado na fase inicial da elaboração da pro- posta do PQ da Unidade até a validação do instrumen- to na Oficina PQFAR. Nessa etapa são considerados os processos relacionados à força de trabalho, ativi- dades gerenciais, estruturais, ou seja, as ações que envolvem as atividades internas da Organização. A representação de profissionais das diversas áreas, através da comissão de elaboração do PQU tem grande importância neste processo, pois possibi- litam que as ações sejam repassadas às demais par- tes da força de trabalho. Esses representantes trazem as informações pertinentes aos setores e serviços da Instituição, facilitando a obtenção de informações in- ternas como capacidade produtiva, grau tecnológico instalado no nosso parque fabril. São considerados na análise os resultados e informações obtidas por meio dos canais de comunica- ção citados no item 2.2.c. e ainda aspectos e práticas considerados (análise institucional) no quadro 2.1.b.1. 2.1.c. Definição das Estratégias Desde 2011, a avaliação das alternativas de- correntes das análises dos ambientes, assim como, a definição das estratégias da Instituição são validadas na ocasião da Oficina do PQU, na qual participam to- Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 9 Quadro 2.1.a.1 - Aspectos considerados na análise do ambiente externo. Análise do Ambiente Externo (PLP) Análise do Ambiente Externo Aspectos considerados Análise de Conjuntura Macroeconomia para o desenvolvimento e o pleno emprego; redução das desigualdades e iniquidades sociais, Desenvolvimento Regional: infraestrutura urbana e logística de base; Proteção social e geração de oportunidades; estruturas tecnológicas e produtivas avançadas e regionalmente articuladas; Inserção internacional soberana pautada pela sociedade e geração de oportunidades; Estruturas tecnológicas e pro- dutivas avançadas e regionalmente articuladas; Inserção internacional soberana pautada pela solidariedade entre povos; Fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia; Sustentabilidade ambiental; Edu- cação em Saúde. Legislações vigentes Análise Setorial O desafio demográfico-epidemiológico; O desafio dos modelos de organização da atenção a saúde no Sis- tema único de Saúde (SUS); Pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde; Desenvolvimento da base produtiva e de inovação em saúde; Seminários. Análise Situacional Levantamento de Ameaças/desafios a serem enfrentados e Oportunidades para o desenvolvimento estratégico.
  • 23. das as lideranças das áreas e representantes de ou- tras partes interessadas, como já citado no item 2.1.a, tendo como sistemática o desdobramento do fluxo apresentado no item 2.1. O desenvolvimento desse processo ocorre de 4 em 4 anos, de acordo com etapas apresentadas no quadro 2.1.c.1. O PA é compreendido como um recorte tempo- ral (e econômico) de um processo global e contínuo de planejamento, que é realizado de forma sistemática nas unidades. Representa uma etapa, um componente de- talhado do plano de médio e longo prazo, cujos limites são definidos pelo período de tempo (anual) e pela dis- ponibilidade de recursos orçamentários e capacidade de mobilização de recursos não orçamentários. O PA é um instrumento que auxilia o atendimento das metas. Com o objetivo de fortalecer a concepção de um processo contínuo de planejamento, foi criado o SAGE - sistema informatizado de planejamento da Fio- cruz, desenvolvido pela própria Fiocruz por meio da equipe de desenvolvedores da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio - EPSJV, em parceria com a DIPLAN. O SAGE foi lançado em 2012 e em 2013 diversas melhorias em suas funcionalidades foram in- troduzidas para atender as necessidades em relação à análise do Plano Anual e Estratégico das Unidades. O SAGE gerencia os objetivos, metas e os projetos alinhados aos projetos estratégicos. Na ocasião da análise para desdobramento é feito ainda a definição dos principais indicadores que farão parte do sistema de indicadores da insti- tuição e o alinhamento das ações com a programa- ção orçamentária, sendo este o norte para análise do desempenho e atuação corretiva ou preventiva sobre ações estabelecidas. Neste contexto o planejamento é traduzido e apresentado anualmente sob a forma de PA. Esse relatório possibilita a visualização das ações programadas e realizadas ao longo do ano, sendo um mecanismo fundamental para acompanhamento das medidas a serem adequadas, continuadas ou substi- tuídas. Abaixo, no quadro 2.1.c.2, estão descritas as principais estratégias e áreas envolvidas. Cabe destacar que os riscos, as partes inte- ressadas e a sustentabilidade são consideradas na definição das estratégias, as quais dão direcionamen- to para as ações do Instituto. Cabe destacar, ainda, que a participação de Farmanguinhos no Plano Plurianual do Governo se dá através do alinhamento dos Projetos e Operações do PA aos Objetivos e Iniciativas do PPA e Ações da LOA 2.2–Implementação das Estratégias 2.2.a. Definição de Indicadores na Avaliação e Implementação das Estratégias No PQU são definidas as metas de longo pra- zo, para 04 anos, e através do PA são pactuados os indicadores e o estabelecimento das metas de curto prazo necessários à avaliação da implementação das estratégias, onde os requisitos das partes interessa- das são consideradas. Cabe destacar ainda a realização da Oficina de Indicadores Institucionais na Dimensão Macropro- cessos Finalísticos e de Apoio, realizada pela Diretoria de Planejamento Estratégico – DIPLAN em parceria com representantes das unidades da FIOCRUZ, onde foram definidos os indicadores institucionais. A oficina é um instrumento para alavancar o Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 10 Quadro 2.1.c. 1– Etapas do Plano Quadrienal da Unidade Quadro 2.1.b. 1 – aspectos considerados na análise do ambiente interno Etapas do Plano Quadrienal da Unidade Análise Situacional Identificação de forças e fraquezas, oportunidades e ameaças. Revisão de Princípios e Valores Organizacionais Analise da Missão, Visão e Valores da Organização. Projetos Estratégicos Elaboração e Alinhamento temático entre os Projetos Estratégicos das Unidades aos Macroprojetos do Plano Quadrienal da Fiocruz - PQF. Análise do Ambiente Interno Analise Situacional Análise das Forças e Fraquezas relacionadas internas a organização coerentes com os processos assistenciais finalísticos; CD (Conselho deliberativo, Assembleias e outras práticas). Informações Institucionais Consubstanciada em relatórios de gestão, auto-avaliações, resultados do Congresso Interno, avalia- ções dos planos, resultados de pesquisas, desenvolvimento de projetos, reuniões técnicas, seminá- rios internos entre outros. Análise da capacidade institucional Tecnologias, capacitação da força de trabalho, ensino, pesquisa e desenvolvimento, publicações
  • 24. Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 11 Quadro 2.1.c.2 – Principais Estratégias e áreas envolvidas Principais Estratégias e Áreas Envolvidas Projetos da Unidade Estratégias da Unidade Áreas Envolvidas Eixo: Ciência & Tecnologia, Saúde e Sociedade Eixo: Ciência & Tecnologia, Saúde e Sociedade Incorporação de Novas Tecnologias para o Desenvolvimento Tecnológico Incorporar novas tecnologias para o Desenvolvimento de novos medicamentos CDT Aperfeiçoamento dos cursos de Pós- graduação Lato e Stricto sensu Fortalecer a pós-graduação e sua interação com a produção científica e tecnológica e a inovação em saúde VDEPI Articulação com o centro pesquisa clínica de Rondônia (IPE- PATRO) para condução de ensaios clínicos em produtos de Farmanguinhos Gerar dados para fins de registro sanitário e Políticas Públicas CDT Eixo: Complexo Produtivo e de Inovação em Saúde Transferência de Tecnologia para produção de medicamen- tos prioritários para o SUS Transferência de tecnologia de produção de medicamentos prioritários CDT Absorção de Tecnologia para a produção de medicamentos prioritários para o SUS Absorção de tecnologia de produção de medicamentos prioritários CDT Certificação dos Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimen- to Tecnológico CDT CDT Eixo: Desafios do SUS Ensino à Distância: Inovação de fitomedicamentos a partir da biodiversidade brasileira Qualificar profissionais na cadeia produtiva de medicamentos de origem vegetal dos principais biomas brasileiros NGBS e VDEPI Portal da Inovação em “Fitomedicamentos” da Biodiversidade Brasileira Criar um sistema de informação para subsidiar a inovação em fitoterápicos a partir da biodiversidade brasileira NGBS Identificação de alvos de judicialização Identificação de Patentes de medicamentos como alvos de judicialização NIT Avaliação e consolidação do Portfólio de medicamentos de Farmanguinhos para Gestão Estratégica do SUS Apoiar a sustentabilidade dos Programas do SUS NAF e CGQ Eixo: Inovação na Gestão Implementação da Governança Institucional baseadono aprimoramento do modelo de gestão democrática, com a ampliação e consolidação de sistemas de transparência, to- mada de decisões e prestação de contas interna e externa Alinhar os planos institucionais transversais ao da Fiocruz. Alinhar os planos Quadrienal e anual da Unidade com o plano Quadrienal da Fiocruz VDGI Aprimoramento do Sistema de Gestão da Qualidade Promover as condições necessárias para a certificação de laboratórios, áreas produtivas, serviços afins e outros, em conformidade com normas e legislações nacionais e inter- nacionais vigentes. CGQ Programa de Excelência em Gestão de Farmanguinhos Promover a melhoria do desempenho de Farmanguinhos, visando alcançar a excelência em sua gestão, conforme o modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) do GES- PUBLICA CGQ Eixo: Saúde, Ambiente e Sustentabilidade Agroecologia e Saúde Promovendo o Desenvolvimento de base territorial Promover a implantação de Modelos Sócioprodutivos agro- ecológicos de plantas medicinais com Gestão Participativa, que apoie a inserção de agricultores familiares em arranjos produtivos locais atendendo ao SUS. NGBS Eixo: Saúde, Estado e Cooperação Internacional Desenvolvimento de abordagens multidisciplinares de po- líticas públicas em saúde e consolidação de competências para inovação em saúde, através de dispositivos de coope- ração internacional Consolidar Farmanguinhos como instituição componente da rede de observatórios COOP. INTERNA- CIONAL Consolidação de Acordos de Cooperação técnico-científica internacional com ênfase no desenvolvimento de ensino, da tecnologia, do intercâmbio científico e transferência de tecnologia no âmbito da UNASUL Consolidar Farmanguinhos como instituição pública estra- tégica no Desenvolvimento de agendas de saúde para a UNASUL COOP. INTERNA- CIONAL Identificação e gerenciamento das iniciativas de coope- ração implementadas em Farmanguinhos/Fiocruz para o aprimoramento institucional Consolidar o papel de Farmanguinhos como agente de cooperação técnico-científica COOP. INTERNA- CIONAL
  • 25. processo de medição do desempenho da Fiocruz, sen- do estratégico para implantação do Modelo de Monito- ramento, Avaliação e Aprendizagem Organizacional. Como resultado da oficina obtiveram-se 216 indicadores, dos quais 146 foram apontados como re- levantes para compor os Relatórios de Gestão e/ou do Gespública, 95 para a Avaliação de Desempenho Glo- bal e 150 para a Avaliação de Desempenho Intermedi- ária. Apurou-se ainda que dos 216 indicadores propos- tos, 153 já seriam viáveis para subsidiar a elaboração do ciclo de planejamento de 2013. Como resultado de Farmanguinhos, houve contribuição de 7 indicadores intermediários, conforme quadro 2.2.a.1. No quadro 2.2.a.2 estão relacionados os prin- cipais indicadores internos da Unidade. O acompanhamento das metas estabelecidas em Farmanguinhos são realizados nas reuniões de Diretoria e reuniões técnicas, por área. Estes acompa- nhamentos e ações necessárias são registrados nas atas de reuniões de Diretoria. Como melhoria em andamento, merece ser destacada uma iniciativa que vem ocorrendo desde 2011 tendo como objetivo gerar resultados cada vez mais satisfatórios para esta Unidade. Assim, dá-se destaque especial ao Projeto de elaboração de Indica- dores de Desempenho, que está sendo desenvolvido em parceria com a COPPE (Coordenação dos Progra- mas de Pós Graduação em Engenharia). São realiza- das oficinas com as áreas para mapeamentos dos in- dicadores e elaboração dos painéis de bordo. Para as áreas da Produção e Qualidade os painéis de bordo já encontram-se em implementação e acompanhamento dos indicadores. Quanto a utilização de referenciais comparati- vos para estabelecimento das metas, o processo ainda Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 12 Quadro 2.2.a.1 - Indicadores Intermediários Quadro 2.2.a.2 - Principais Indicadores Indicadores Estratégicos Nome do Indicador Macroprocesso Meta 2013 8.1.1 - Índice de Execução Orçamentária Planejamento e Orçamento 95% 8.5.3 - Índice Geral de publicação científica Pesquisa e De- senvolvimento Tecnológivo 90% 8.1.2 - Atendimento à demanda de Antirretrovirais do Programa Aids/MS Produção e Aná- lise da Qualidade 95% 8.4.2 - Percentual de Profissionais Capacitados Gestão de Pes- soas 60% 8.5.4 - Evolução do Número de Novos Produtos e/ou apresen- tações Pesquisa e De- senvolvimento Tecnológico 2 8.4.7 - Percentual de Egressos no ano Ensino 80% 8.5.6 Lead Time (Tempo de Atravessamento de produtos na produção) Produção e Qua- lidade 20 DIAS Principais Indicadores Operacionais Nome do Indicador Unidade Meta 8.1.2 - Atendimento a demanda de antirretrovirais % 95 8.1.4 - Perda de Produto sobre gasto total a se produzir % 3,0 8.2.1 - % de reclamações procedentes de produtos em relação ao total de reclamações de produto % 82 8.2.2 - % de ocorrências de suspeita de eventos adversos (EA) / total de atendimentos % 12 8.2.3 - % de reclamações relaciona- das à distribuição / total de reclama- ções % 28 8.3.1 - Quantidade de residuos quími- cos tratados Kg 200.000 8.3.2 - Quantidade de resíduos orgâni- cos tratados Nº 3.606 8.3.3 - Quantidade de residuos reci- cláveis tratados Nº 17.990 8.3.4 - Campanha de Vacinação - Fio- cruz para Você Nº 837 8.3.6 - Apoio pontual às iniciativas sociais desenvolvidas na Cidade de Deus e demais localidades do entorno Nº 1.150 8.3.7 - Feira do talento Nº 15 8.3.8 - Programa de gerenciamento de voluntários Nº 550 8.4.3 - % de colaboradores sensibili- zados no tema Qualidade de Vida no Trabalho % 30 8.4.4 - % funcionários afastados por acidente de trabalho % 0 8.5.4 - Evolução do numero de Novos Produtos e/ou apresentações Nº 2 8.5.5 - Rendimento da Produção entregue ao estoque frente ao Rendi- mento Teórico/ Produto % 97,8 8.5.7 - Unidades Farmacêuticas (UF) Produzidas milhão 868 8.5.8 - Unidades Farmacêuticas (UF) Produzidas de ARV milhão 228 8.5.9 - Quantidade de desvios detec- tados / quantidade de lotes produzidos % 0 8.5.10 - % de fichas técnicas com desvio (certo da primeira vez) % 0 8.5.12 - % de Ordens de Serviços cumpridas – Manutenção Farmangui- nhos* % 100 8.6.4 – Tempo médio de atraso nas entregas Dias 3
  • 26. No Sistema de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE) são lançados os dados da proposta orçamentária anu- al de Farmanguinhos conforme programas, ações e objetivos do PPA. Após a análise de receitas e despesas corren- tes e de investimento, a Diretoria aprova e encaminha a proposta orçamentária à DIPLAN/FIOCRUZ (Direto- ria de Planejamento da FIOCRUZ) para aprovação fi- nal. Durante esse processo, em função das restrições quanto aos recursos de capital, é realizada uma prio- rização dos investimentos para aquisição de material permanente, equipamentos e obras para atender as operações e os projetos estratégicos em função da ne- cessidade de modernização, ampliação da capacidade de atendimento à demanda e substituição por desgaste ou obsolescência. Esse processo permite definir a par- cela da LOA para Farmanguinhos, assegurando uma boa e regular aplicação dos recursos. 2.2.c. Comunicação das Estratégias, Metas e Planos de Ação As estratégias, metas e planos são comunica- das à força de trabalho através das oficinas do PA, dos grupos de trabalho e oficinas do PQ, do fórum de Planejamento da FIOCRUZ, do grupo de trabalho de Indicadores e de meios de comunicação interno, con- está em fase de amadurecimento com a formação do grupo de benchmarking mencionado no critério 1. 2.2.b. Alocação de Recursos para Assegurar a Implementação dos Planos de Ação A alocação dos recursos para a implementa- ção dos planos de ação constituídos na Unidade é re- alizada de acordo com a Programação Orçamentária, realizada anualmente desde 2003 em processo par- ticipativo conduzido inicialmente pela Fiocruz através da realização de reuniões estratégicas onde se discu- tem juntamente com a Diplan a alocação dos recursos para assegurar a implementação do PA. Dessa forma, os recursos são alocados con- forme previsão de receitas, despesas correntes e de investimentos, através das necessidades estabeleci- das no PA, administrado pelo Núcleo de Planejamento, Orçamento e Monitoramento. O PA é analisado duran- te o ciclo de planejamento orçamentário em oficinas com cada Vice-Diretoria e Coordenação e é aprovado nas reuniões de Diretoria. Nessas reuniões são ava- liadas as fontes de recursos orçamentárias e disponi- bilidades financeiras em contrapartida com a previsão orçamentária de despesas das Unidades Organizacio- nais, considerando as priorizações estabelecidas no âmbito da Diretoria, Vice-Diretorias e Coordenações. Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 13 Quadro 2.2.C.1 - Instrumentos de Comunicação das Estratégias, Metas e Planos de Ação Instrumento Objetivo Parte Interessada Sistema SAGE Registrar o processo de planejamento da FIOCRUZ e de suas unidades Farmanguinhos / Fiocruz Intranet Disponibilizar o Plano Quadrienal, documentos de apoio ao processo, formulários para abertura de chamados entre as áreas, avisos e alertas diversos, comunicação integrada, divulgação e gestão de tarefas, trabalhos em equipe e pessoas Farmanguinhos Site da Fiocruz Disponibilizar os Planos Quadrienais e Relatórios de Atividade da Instituição. Público interno e externo Sistema EURISKO Iintegrar todos os dados e processos da unidade Farmanguinhos SIAFI Realizar todo o processamento, controle e execução financeira, patrimonial e contábil do governo federal brasileiro Farmanguinhos / Fiocruz / Governo Federal Portarias Instruir acerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de execução de serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra determinação da sua competência, inclusive para tornar público o conjunto de indicadores intermediários e globais Público interno e externo Site de Farmanguinhos Disponibilizar artigos relevantes sobre a unidade, suas ações, projetos, produtos e eventos Público interno e externo Tótens e Murais Disponibilizar os artigos relevantes sobre a unidade, suas ações, projetos, produtos e eventos Farmanguinhos E-mails Disponibilizar boletins eletrônicos, campanhas, artigos relevantes, ações, projetos, produtos e eventos de interesse da Unidade Farmanguinhos WebTV Atualizações e destaques sobre o que é relevante informar em drops de notícias a todos da Fiocruz Farmanguinhos / Fiocruz
  • 27. forme Quadro 2.2.c.1. Nela, apresenta-se o que é vin- culado em cada instrumento de comunicação, visando à difusão das informações a todas as partes envolvi- das/ interessadas. 2.2.d. Monitoramento da Implementação dos Planos de Ação O monitoramento da implementação dos pla- nos de ação ocorre nas unidades através do Plano anual (PA) com seus projetos e operações, coordena- dos pelo Núcleo de Planejamento, Orçamento e Mo- nitoramento e são acompanhados em nível corporati- vo pela DIPLAN, tendo como ferramenta o SAGE. As metas institucionais de médio prazo são vinculadas ao PPA e ao PQ da Fiocruz. As metas de curto prazo vin- culadas ao PA constituem compromissos anuais que vão compor as metas de médio e longo prazo e são estabelecidas pela composição das unidades. Ade- mais, outra forma de definição e avaliação de metas de curto prazo é o sistema de Gestão do Desempenho Institucional. O relatório de acompanhamento da realização de metas físicas e da execução orçamentária é atuali- zado mensalmente, porém o Núcleo de Planejamento, a DIPLAN e os órgãos externos realizam essa ava- liação semestralmente. Em paralelo os resultados do monitoramento e do desenvolvimento do PA também são apreciados semanalmente nas reuniões de direto- ria, nas reuniões técnicas das áreas e no CD Far, con- forme sua força estratégica. O alcance das metas anu- ais é avaliado nos processos de prestação de contas, na avaliação de desempenho institucional, de forma continuada. Estas avaliações consolidadas também são resumidas anualmente no relatório de gestão da Fiocruz e apresentadas aos órgãos externos através da DIPLAN. Proativamente à partir de 2014, as metas e sua implementação passaram a ser monitoradas men- salmente através do SAGE, o que fornece subsidio para a revisão do PA que acontece a cada semestre. Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 14
  • 28. Clientes 3 “ A qualidade total e a excelência são princípios que promovem a criação de valor e o encantamento dos clientes.” Hilbert P. Ferreira- VDEPI)
  • 29. 3.1. IMAGEM E CONHECIMENTO DE MERCADO 3.1.a. Segmentação de Mercado e Definição de Clientes-Alvo Farmanguinhos é uma unidade técnico-cientí- fica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sendo atual- mente o maior laboratório farmacêutico oficial vincula- do ao Ministério da Saúde (MS) e tem sua importância estratégica na luta pela redução de custos dos medi- camentos, o que colabora para que mais brasileiros tenham acesso aos programas de saúde pública. O Instituto atende prioritariamente ao mercado público brasileiro representado pelo Departamento de Assis- tência Farmacêutica (DAF), subordinado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SC- TIE) do Ministério da Saúde. A Instituição produz mais de um bilhão de me- dicamentos por ano para atender aos programas es- tratégicos do Governo Federal, que são distribuídos à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de atender demandas emergenciais no Brasil e no exterior. Dentre os produtos fabricados por Farman- guinhos podemos citar os antibióticos, antiinflamató- rios, anti-infecciosos, antiulcerosos, analgésicos, me- dicamentos para doenças endêmicas, como malária e tuberculose, antiretrovirais para tratamento da Aids, medicamentos para o sistema cardiovascular, sistema nervoso central, diabetes e hipertensão. O mercado de Farmanguinhos é segmentado, de acordo com a sua missão, em: Produção de Medi- camentos, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Ensino. Os critérios adotados incluem uma análise cuidadosa identificando a área geográfica de atuação da Instituição, o tipo de mercado e as características dos principais clientes. Os clientes alvo e potenciais são definidos a partir das análises e desdobramentos das práticas oriundas da definição do mercado de atu- ação e seus respectivos produtos e serviços gerados, conforme quadro 3.1.a.1. 3.1.b. Necessidades e expectativas dos Clientes-Alvo As necessidades e expectativas dos clientes são identificadas, analisadas, compreendidas e utiliza- das para definição e melhoria dos produtos e serviços por meio de diversas práticas alinhadas com a seg- mentação do mercado e definição dos clientes-alvo. Uma das práticas para identificação das ne- cessidades e expectativas dos clientes-alvo no seg- mento de produção de medicamentos é a realização de reuniões trimestrais do Núcleo de Assistência Far- macêutica (NAF) de Farmanguinhos com o Departa- mento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde – MS, onde é definido o elenco de medicamen- tos necessários, de acordo com a Política Nacional de Saúde e as demais exigências. Outra prática importante no levantamento das necessidades e expectativas dos clientes-alvo da Instituição é a pesquisa realizada pela área de pro- gramas descentralizados do NAF (vendas diretas) jun- to às Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais. Essa pesquisa realizada anualmente inclui a análise do banco de dados do MS que contém informações dos processos de aquisições de medicamentos pelos órgãos do SUS, a análise do histórico dos contratos de fornecimento de medicamentos celebrados entre Far- manguinhos e Estados e Municípios e a análise das informações (tais como estoque atual, programação anual de compra de medicamentos, prazos de aten- dimentos e necessidades pontuais) obtidas em visitas aos clientes, contatos telefônicos e e-mails. Com base nessa pesquisa, o NAF elabora uma estimativa anual de vendas de medicamentos para os diversos clientes. Proativamente, a área de programas descen- tralizados do NAF de Farmanguinhos participa anual- mente do Congresso do Conselho Nacional das Secre- tarias Estaduais e Municipais de Saúde (CONASEMS) e do Congresso do Conselho de Secretarias Munici- pais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (COSE- MS RJ). Durante estes eventos são realizados vários contatos para divulgação da marca Farmanguinhos buscando novos clientes, identificando necessidades e expectativas e esclarecendo os procedimentos de venda da Instituição para órgãos públicos buscando assim o aperfeiçoamento das relações entre os clien- tes e Farmanguinhos. O Instituto disponibiliza ainda o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) criado em 2000, atra- vés do qual os cidadãos podem expressar suas ne- cessidades e expectativas que são registradas em um sistema eletrônico, conforme descrito no item 3.2.b. Na Área de Pesquisa e Desenvolvimento, os pesquisadores de Farmanguinhos buscam soluções para tratamento de doenças de grande relevância su- prindo as necessidades e expectativas da população brasileira, dando prioridade aos projetos comprome- tidos com a missão institucional, tais como: doenças negligenciadas, de alto custo e de alta incidência, e ainda, através da análise de dados estatísticos do qua- dro epidemiológico, permitindo o direcionamento das ações neste campo. Na Área de Ensino, desde 2008, as neces- sidades e expectativas dos alunos são identificadas através de pesquisa realizada ao final de cada disci- plina e curso. Os dados obtidos nessa pesquisa são tabulados e analisados pela coordenação dos cursos e os resultados são direcionados aos professores res- ponsáveis pelas respectivas disciplinas para que, em conjunto, sejam implantadas as ações de melhorias. Relatório de Gestão | Ciclo 2014 | 15