SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
QUEROGÊNIO TIPO II
Alunos: Elieltom Silva & Ezequias Guimarães.
Tipo I – Matéria orgânica algal lacustre e matéria orgânica enriquecida em lipídios por ação
bacteriana (amorfa).
Tipo II – Matéria orgânica depositada em ambientes redutores (mais esporos, grãos de pólen,
cutículas de vegetais superiores).
Tipo III – Matéria orgânica lenhosa de vegetais terrestres superiores
O querogênio do tipo II contém uma maior proporção de núcleos aromáticos, anéis naftênicos e
grupos funcionais oxigenados. Consequentemente, é mais pobre em hidrogênio e mais rico em
oxigênio do que o querogênio do tipo I. Geralmente derivado de matéria orgânica de origem
marinha. A composição do petróleo gerado a partir de cada querogênio reflete sua composição.
Assim, um óleo derivado de um querogênio do tipo I apresenta uma elevada abundância relativa de
compostos alifáticos, enquanto um óleo proveniente de um querogênio do tipo II possui em geral
um maior conteúdo de enxofre.
Já a matéria orgânica do Tipo II ( leptinítica) apresentam valores de IH entre 400 e 700
mgHc/gCOT e baixo valor de IO (<100 mgCO2/ COT), valores estes válidos para rochas geradoras
imaturas.
Apresenta um predomínio do querogênio tipo II (matéria orgânica algal marinha + continental
(Fitoclasto, esporos e grãos de pólen) comprovado pelo estudo de palinofácies segundo Neves et al.
(2008) e pela interpretação do resultado do gráfico tipo Van Krevelen, indicando uma excelente
qualidade de matéria orgânica para geração de Hidrocarbonetos
Este tipo de querogênio é uma mistura complexa, com considerável variação de acordo com sua
origem orgânica. Ele tem proporção inicial relativamente alta de hidrogênio por carbono (H/C) e
baixa proporção inicial de oxigênio por carbono (O/C), mas um pouco mais de oxigênio do que o
Tipo I. O querogênio tipo II pode ser considerado intermediário entre os tipos I e III, porém não é
uma mistura deles. Este tipo é encontrado comumente em bacias marinhas:
“[...] onde uma mistura de fitoplâncton, zooplâncton e outros organismos marinhos foi depositada
sob condições de redução” (Bjørlykke 1989, p. 277). Além disso, este tipo de querogênio é o mais
comum em rochas sedimentares que dão origem ao óleo.
(b) o querogênio do tipo II contém uma maior proporção de núcleos aromáticos, anéis naftênicos e
grupos funcionais oxigenados. Consequentemente, é mais pobre em hidrogênio e mais rico em
oxigênio do que o querogênio do tipo I. Geralmente derivado de matéria orgânica de origem
marinha.
A composição do petróleo gerado a partir de cada querogênio reflete sua composição. Assim, um
óleo derivado de um querogênio do tipo I apresenta um elevada abundância relativa de compostos
alifáticos, enquanto um óleo proveniente de um querogênio do tipo II possui em geral um maior
conteúdo de enxofre.
O querogênio do tipo I possui o maior potencial para geração de petróleo, seguido pelo tipo II, com
um potencial moderado para a geração de óleo e gás, e pelo tipo III, que possui um baixo potencial
para a geração de óleo. Nas rochas sedimentares, além dos mencionados acima, também pode
ocorrer um tipo denominado de querogênio residual, derivado de matéria orgânica intensamente
retrabalhada e oxidada. Com baixíssimo conteúdo de hidrogênio e abundância de oxigênio, o
querogênio residual (ou inerte) não apresenta potencial para a geração de hidrocarbonetos.
Rochas geradoras e óleos deste grupo ocorrem nas bacias do Ceará, Potiguar, Sergipe/ Alagoas,
Bahia Sul e Espírito Santo, nas áreas equatorial, central e oriental da margem continental. Estas
rochas geradoras (matéria orgânica mista de amorfos, herbáceos e lenhosa) foram depositadas
durante o Aptiano (Mello et al., 1988) e geralmente contém moderado a alto COT superior a 14% e
elevado potencial gerador original (superior a 97 kg 61 Hc/ton de rochas ), normalmente
relacionado a querogênio do tipo II (índice de hidrogênio superior a 300 mg Hc/g carbono orgânico)
(Mello et al., 1988).
Os querogênios do tipo II, derivados predominantemente de biomassa marinha, apresentam valores
de IH entre 400-700 mgHC/gCOT, enquanto que querogênio do tipo I, derivados de matéria
orgânica de origem lacustre, possuem valores mais altos de IH (>600-700 mgHC/gCOT). Ambos
(tipos I e II) apresentam baixos valores de IO.
Segundo Bordenave & Espitalié (1993), o teor de carbono orgânico no querogênio Tipo I é por
volta de 80%, no querogênio Tipo II é cerca de 64-70% e já no querogênio Tipo III imaturo lenhoso
tem aproximadamente 56% de carbono.
O Índice de hidrogênio (IH) corresponde à razão (S2/%COT)x100 e é expresso em mg Hc/g COT.
Esta razão é utilizada para determinar o tipo, origem e estado de preservação do querogênio. A
partir dos valores obtidos pelo IH, o querogênio pode ser classificado como: querogênio tipo I
variando entre 600 900 mg Hc/g COT, querogênio tipo II variando entre 300 600 mg Hc/g COT e o
querogênio tipo III variando entre 0 300 mg Hc/g COT (Espitalié et al., 1985). Segundo Peters &
Cassa (1994) o querogênio pode ser classificado de acordo com IH pela tabela 3.6.
O Índice de Oxigênio (IO) corresponde à razão (S3/COT) e seu valor é expresso em mg CO2/g
COT. Este índice indica a quantidade de dióxido de carbono presente no querogênio e no betume.
O querogênio tipo II apresenta razões H/C mais baixas (1,0-1,4) e razões O/C mais altas (<0,2) do
que as do tipo I. Como no querogênio tipo I há também muitas cadeias alifáticas, porém nesse
querogênio há uma maior concentração de anéis naftênicos e aromáticos. Além disso, o querogênio
tipo II também concentra uma quantidade maior de grupos heteroatômicos como cetonas, ácido
carboxílico e ésteres. Neste querogênio é possível ter a presença de enxofre com valores
expressivos, geralmente localizados nos heterociclos e ligações sulfeto devido principalmente as
condições paleoambientais de deposição dos sedimentos e não pela natureza da biomassa
sedimentada. O paleoambiente característico desse querogênio é o marinho depositado em ambiente
redutor, com uma contribuição de matéria orgânica terrestre como esporomorfos e cutículas de
vegetais superiores. Sulfatos, nitratos e outros compostos são também observados no querogênio
tipo II causados não pela natureza orgânica do querogênio e sim pela presença de íons livres
presentes no ambiente de deposição dos sedimentos que reagem com a matéria orgânica formando
esses compostos (Tissot & Welte, 1984).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula Prática - Granulometria e Morfoscópia dos Sedimentos
Aula Prática - Granulometria  e Morfoscópia dos SedimentosAula Prática - Granulometria  e Morfoscópia dos Sedimentos
Aula Prática - Granulometria e Morfoscópia dos SedimentosYago Matos
 
Classificação de rochas carbonáticas aplicável às bacias sedimentares brasile...
Classificação de rochas carbonáticas aplicável às bacias sedimentares brasile...Classificação de rochas carbonáticas aplicável às bacias sedimentares brasile...
Classificação de rochas carbonáticas aplicável às bacias sedimentares brasile...Alesson Guirra
 
Industria Do Petr4óLeo
Industria Do Petr4óLeoIndustria Do Petr4óLeo
Industria Do Petr4óLeoBruno Silva
 
Facies Analysis.pptx
Facies Analysis.pptxFacies Analysis.pptx
Facies Analysis.pptxSaadTaman
 
Sequence Stratigraphy.pptx
Sequence Stratigraphy.pptxSequence Stratigraphy.pptx
Sequence Stratigraphy.pptxSaadTaman
 
10 - Petrophysical applications.ppt
10 - Petrophysical applications.ppt10 - Petrophysical applications.ppt
10 - Petrophysical applications.pptSaadTaman
 
11 cartografia geologica
11 cartografia geologica11 cartografia geologica
11 cartografia geologicarailano
 
Geologia estrutural uso da bússola
Geologia estrutural   uso da bússolaGeologia estrutural   uso da bússola
Geologia estrutural uso da bússolamarciotecsoma
 
Playtypes, Presentation made in London-2008
Playtypes, Presentation made in London-2008Playtypes, Presentation made in London-2008
Playtypes, Presentation made in London-2008Stig-Arne Kristoffersen
 
A Terra Sobre Oceanos - Capítulo 17
A Terra Sobre Oceanos - Capítulo 17A Terra Sobre Oceanos - Capítulo 17
A Terra Sobre Oceanos - Capítulo 17Yago Matos
 
Tectonics and Sedimentation of Foreland Basin
Tectonics and Sedimentation of Foreland BasinTectonics and Sedimentation of Foreland Basin
Tectonics and Sedimentation of Foreland BasinZiaulHaque95
 
Sedimentary Facies.ppt
Sedimentary Facies.pptSedimentary Facies.ppt
Sedimentary Facies.pptSaadTaman
 
Petroleum play of upper indus basin ppt
Petroleum play of upper indus basin  pptPetroleum play of upper indus basin  ppt
Petroleum play of upper indus basin pptRizwan Sarwar Awan
 
Classification of Marine Depositional Environment
Classification of Marine Depositional Environment Classification of Marine Depositional Environment
Classification of Marine Depositional Environment Saad Raja
 
Geologia estrutural lineações em rocha
Geologia estrutural   lineações em rochaGeologia estrutural   lineações em rocha
Geologia estrutural lineações em rochamarciotecsoma
 
Basin margin
Basin marginBasin margin
Basin marginWajid09
 
Sequence stratigraphy and its applications
Sequence stratigraphy and its applicationsSequence stratigraphy and its applications
Sequence stratigraphy and its applicationsPramoda Raj
 
Bacia de santos: extração de petróleo e gás
Bacia de santos: extração de petróleo e gásBacia de santos: extração de petróleo e gás
Bacia de santos: extração de petróleo e gásFernando Ribeiro de Souza
 

Mais procurados (20)

Aula Prática - Granulometria e Morfoscópia dos Sedimentos
Aula Prática - Granulometria  e Morfoscópia dos SedimentosAula Prática - Granulometria  e Morfoscópia dos Sedimentos
Aula Prática - Granulometria e Morfoscópia dos Sedimentos
 
Classificação de rochas carbonáticas aplicável às bacias sedimentares brasile...
Classificação de rochas carbonáticas aplicável às bacias sedimentares brasile...Classificação de rochas carbonáticas aplicável às bacias sedimentares brasile...
Classificação de rochas carbonáticas aplicável às bacias sedimentares brasile...
 
Industria Do Petr4óLeo
Industria Do Petr4óLeoIndustria Do Petr4óLeo
Industria Do Petr4óLeo
 
Facies Analysis.pptx
Facies Analysis.pptxFacies Analysis.pptx
Facies Analysis.pptx
 
Sequence Stratigraphy.pptx
Sequence Stratigraphy.pptxSequence Stratigraphy.pptx
Sequence Stratigraphy.pptx
 
10 - Petrophysical applications.ppt
10 - Petrophysical applications.ppt10 - Petrophysical applications.ppt
10 - Petrophysical applications.ppt
 
11 cartografia geologica
11 cartografia geologica11 cartografia geologica
11 cartografia geologica
 
Geologia estrutural uso da bússola
Geologia estrutural   uso da bússolaGeologia estrutural   uso da bússola
Geologia estrutural uso da bússola
 
Playtypes, Presentation made in London-2008
Playtypes, Presentation made in London-2008Playtypes, Presentation made in London-2008
Playtypes, Presentation made in London-2008
 
A Terra Sobre Oceanos - Capítulo 17
A Terra Sobre Oceanos - Capítulo 17A Terra Sobre Oceanos - Capítulo 17
A Terra Sobre Oceanos - Capítulo 17
 
Tectonics and Sedimentation of Foreland Basin
Tectonics and Sedimentation of Foreland BasinTectonics and Sedimentation of Foreland Basin
Tectonics and Sedimentation of Foreland Basin
 
Bacia Potiguar
Bacia PotiguarBacia Potiguar
Bacia Potiguar
 
Sedimentary Facies.ppt
Sedimentary Facies.pptSedimentary Facies.ppt
Sedimentary Facies.ppt
 
Petroleum play of upper indus basin ppt
Petroleum play of upper indus basin  pptPetroleum play of upper indus basin  ppt
Petroleum play of upper indus basin ppt
 
Classification of Marine Depositional Environment
Classification of Marine Depositional Environment Classification of Marine Depositional Environment
Classification of Marine Depositional Environment
 
Geologia estrutural lineações em rocha
Geologia estrutural   lineações em rochaGeologia estrutural   lineações em rocha
Geologia estrutural lineações em rocha
 
Basin margin
Basin marginBasin margin
Basin margin
 
Sequence stratigraphy and its applications
Sequence stratigraphy and its applicationsSequence stratigraphy and its applications
Sequence stratigraphy and its applications
 
Bacia de santos: extração de petróleo e gás
Bacia de santos: extração de petróleo e gásBacia de santos: extração de petróleo e gás
Bacia de santos: extração de petróleo e gás
 
Bacia do Amazonas
Bacia do AmazonasBacia do Amazonas
Bacia do Amazonas
 

Mais de Ezequias Guimaraes

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...Ezequias Guimaraes
 
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSMAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSEzequias Guimaraes
 
Geologia de Roraima - Bacia do Tacutu
Geologia de Roraima - Bacia do TacutuGeologia de Roraima - Bacia do Tacutu
Geologia de Roraima - Bacia do TacutuEzequias Guimaraes
 
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasA Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasEzequias Guimaraes
 
TV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishTV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishEzequias Guimaraes
 
Movie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleMovie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleEzequias Guimaraes
 
Proyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoProyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoEzequias Guimaraes
 
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAPLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAEzequias Guimaraes
 
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA Ezequias Guimaraes
 
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037Ezequias Guimaraes
 
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALMETODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALEzequias Guimaraes
 
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSCONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSEzequias Guimaraes
 
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNFundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNEzequias Guimaraes
 

Mais de Ezequias Guimaraes (20)

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DOS AQUÍFEROS DA SUB-BACIA DO RIO SIRI...
 
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUSMAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
MAPEAMENTO DE AQUÍFEROS NA CIDADE DE MANAUS
 
Geologia de Roraima
Geologia de RoraimaGeologia de Roraima
Geologia de Roraima
 
Geologia de Roraima - Bacia do Tacutu
Geologia de Roraima - Bacia do TacutuGeologia de Roraima - Bacia do Tacutu
Geologia de Roraima - Bacia do Tacutu
 
Interface homem-maquina
Interface  homem-maquinaInterface  homem-maquina
Interface homem-maquina
 
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - TermoelétricasA Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
A Eletricidade e suas Aplicações - Termoelétricas
 
TV Series to improve your English
TV Series to improve your EnglishTV Series to improve your English
TV Series to improve your English
 
Movie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color PurpleMovie and Book - The Color Purple
Movie and Book - The Color Purple
 
Political system of the USA
Political system of the USAPolitical system of the USA
Political system of the USA
 
TV Series Outlander
TV Series OutlanderTV Series Outlander
TV Series Outlander
 
Proyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudoProyecto para extracción de crudo
Proyecto para extracción de crudo
 
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
BOOK - THE FOUR AGREEMENTS
 
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERAPLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
PLAN DE NEGOCIO - PLATAFORMA PETROLERA
 
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
PROYECTO DE UNA PLATAFORMA PETROLERA
 
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
PLAN MUNICIPAL DE DESARROLLO CELAYA 2012-2037
 
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINALMETODO DE REDES - IMPACTO FINAL
METODO DE REDES - IMPACTO FINAL
 
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOSCONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
CONTAMINANTES DEL SUELO - METALES PESADOS
 
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTOLICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
LICENCIA DE FUNCIONAMIENTO
 
Vertederos Trapezoidales
Vertederos TrapezoidalesVertederos Trapezoidales
Vertederos Trapezoidales
 
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓNFundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
Fundamentos de aguas residuales - ABSORCIÓN
 

Último

ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsxST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsxmarketing18485
 
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptxSEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptxavaseg
 
treinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plásticatreinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plásticaleilannygaldino
 
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADECONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADEssusercc9a5f
 
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptxProposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptxWiliamArmandoHarisso
 
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdfATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdftatebib346
 

Último (6)

ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsxST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
 
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptxSEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
 
treinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plásticatreinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plástica
 
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADECONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
 
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptxProposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
 
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdfATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
 

QUEROGÊNIO TIPO II

  • 1. QUEROGÊNIO TIPO II Alunos: Elieltom Silva & Ezequias Guimarães. Tipo I – Matéria orgânica algal lacustre e matéria orgânica enriquecida em lipídios por ação bacteriana (amorfa). Tipo II – Matéria orgânica depositada em ambientes redutores (mais esporos, grãos de pólen, cutículas de vegetais superiores). Tipo III – Matéria orgânica lenhosa de vegetais terrestres superiores O querogênio do tipo II contém uma maior proporção de núcleos aromáticos, anéis naftênicos e grupos funcionais oxigenados. Consequentemente, é mais pobre em hidrogênio e mais rico em oxigênio do que o querogênio do tipo I. Geralmente derivado de matéria orgânica de origem marinha. A composição do petróleo gerado a partir de cada querogênio reflete sua composição. Assim, um óleo derivado de um querogênio do tipo I apresenta uma elevada abundância relativa de compostos alifáticos, enquanto um óleo proveniente de um querogênio do tipo II possui em geral um maior conteúdo de enxofre. Já a matéria orgânica do Tipo II ( leptinítica) apresentam valores de IH entre 400 e 700 mgHc/gCOT e baixo valor de IO (<100 mgCO2/ COT), valores estes válidos para rochas geradoras imaturas. Apresenta um predomínio do querogênio tipo II (matéria orgânica algal marinha + continental (Fitoclasto, esporos e grãos de pólen) comprovado pelo estudo de palinofácies segundo Neves et al. (2008) e pela interpretação do resultado do gráfico tipo Van Krevelen, indicando uma excelente qualidade de matéria orgânica para geração de Hidrocarbonetos Este tipo de querogênio é uma mistura complexa, com considerável variação de acordo com sua origem orgânica. Ele tem proporção inicial relativamente alta de hidrogênio por carbono (H/C) e baixa proporção inicial de oxigênio por carbono (O/C), mas um pouco mais de oxigênio do que o Tipo I. O querogênio tipo II pode ser considerado intermediário entre os tipos I e III, porém não é uma mistura deles. Este tipo é encontrado comumente em bacias marinhas: “[...] onde uma mistura de fitoplâncton, zooplâncton e outros organismos marinhos foi depositada sob condições de redução” (Bjørlykke 1989, p. 277). Além disso, este tipo de querogênio é o mais comum em rochas sedimentares que dão origem ao óleo.
  • 2. (b) o querogênio do tipo II contém uma maior proporção de núcleos aromáticos, anéis naftênicos e grupos funcionais oxigenados. Consequentemente, é mais pobre em hidrogênio e mais rico em oxigênio do que o querogênio do tipo I. Geralmente derivado de matéria orgânica de origem marinha. A composição do petróleo gerado a partir de cada querogênio reflete sua composição. Assim, um óleo derivado de um querogênio do tipo I apresenta um elevada abundância relativa de compostos alifáticos, enquanto um óleo proveniente de um querogênio do tipo II possui em geral um maior conteúdo de enxofre. O querogênio do tipo I possui o maior potencial para geração de petróleo, seguido pelo tipo II, com um potencial moderado para a geração de óleo e gás, e pelo tipo III, que possui um baixo potencial para a geração de óleo. Nas rochas sedimentares, além dos mencionados acima, também pode ocorrer um tipo denominado de querogênio residual, derivado de matéria orgânica intensamente retrabalhada e oxidada. Com baixíssimo conteúdo de hidrogênio e abundância de oxigênio, o querogênio residual (ou inerte) não apresenta potencial para a geração de hidrocarbonetos. Rochas geradoras e óleos deste grupo ocorrem nas bacias do Ceará, Potiguar, Sergipe/ Alagoas, Bahia Sul e Espírito Santo, nas áreas equatorial, central e oriental da margem continental. Estas rochas geradoras (matéria orgânica mista de amorfos, herbáceos e lenhosa) foram depositadas durante o Aptiano (Mello et al., 1988) e geralmente contém moderado a alto COT superior a 14% e elevado potencial gerador original (superior a 97 kg 61 Hc/ton de rochas ), normalmente relacionado a querogênio do tipo II (índice de hidrogênio superior a 300 mg Hc/g carbono orgânico) (Mello et al., 1988). Os querogênios do tipo II, derivados predominantemente de biomassa marinha, apresentam valores de IH entre 400-700 mgHC/gCOT, enquanto que querogênio do tipo I, derivados de matéria orgânica de origem lacustre, possuem valores mais altos de IH (>600-700 mgHC/gCOT). Ambos (tipos I e II) apresentam baixos valores de IO. Segundo Bordenave & Espitalié (1993), o teor de carbono orgânico no querogênio Tipo I é por volta de 80%, no querogênio Tipo II é cerca de 64-70% e já no querogênio Tipo III imaturo lenhoso tem aproximadamente 56% de carbono.
  • 3. O Índice de hidrogênio (IH) corresponde à razão (S2/%COT)x100 e é expresso em mg Hc/g COT. Esta razão é utilizada para determinar o tipo, origem e estado de preservação do querogênio. A partir dos valores obtidos pelo IH, o querogênio pode ser classificado como: querogênio tipo I variando entre 600 900 mg Hc/g COT, querogênio tipo II variando entre 300 600 mg Hc/g COT e o querogênio tipo III variando entre 0 300 mg Hc/g COT (Espitalié et al., 1985). Segundo Peters & Cassa (1994) o querogênio pode ser classificado de acordo com IH pela tabela 3.6. O Índice de Oxigênio (IO) corresponde à razão (S3/COT) e seu valor é expresso em mg CO2/g COT. Este índice indica a quantidade de dióxido de carbono presente no querogênio e no betume. O querogênio tipo II apresenta razões H/C mais baixas (1,0-1,4) e razões O/C mais altas (<0,2) do que as do tipo I. Como no querogênio tipo I há também muitas cadeias alifáticas, porém nesse querogênio há uma maior concentração de anéis naftênicos e aromáticos. Além disso, o querogênio tipo II também concentra uma quantidade maior de grupos heteroatômicos como cetonas, ácido carboxílico e ésteres. Neste querogênio é possível ter a presença de enxofre com valores expressivos, geralmente localizados nos heterociclos e ligações sulfeto devido principalmente as condições paleoambientais de deposição dos sedimentos e não pela natureza da biomassa sedimentada. O paleoambiente característico desse querogênio é o marinho depositado em ambiente redutor, com uma contribuição de matéria orgânica terrestre como esporomorfos e cutículas de vegetais superiores. Sulfatos, nitratos e outros compostos são também observados no querogênio tipo II causados não pela natureza orgânica do querogênio e sim pela presença de íons livres presentes no ambiente de deposição dos sedimentos que reagem com a matéria orgânica formando esses compostos (Tissot & Welte, 1984).