2. Assédio Moral
• O assédio moral nas organizações não é algo novo, os
maus tratos e humilhações existem desde o início das
relações trabalhistas, porém, nas ultimas décadas vêm
ganhando novas formas e características, em função do
novo modelo organizacional das empresas que acaba por
induzir a pressão sobre os colaboradores diante das
metas e objetivos estratégicos traçados pela empresa.
3. Definição
• O assédio moral organizacional, também conhecido como
mobbing ou terror psicológico, é caracterizado por
condutas abusivas de qualquer natureza exercidas de
maneira sistemática em uma relação de trabalho que
resultem em humilhação, exposição negativa, ofensa,
constrangimento de uma ou mais vítimas sem qualquer
motivo concreto.
4. O que se verifica no assédio é a repetição do
ato que viola intencionalmente os direitos do
outro, atingindo sua integridade biológica e
causando transtornos a saúde psíquica e
física
5. • Compreende um conjunto de sinais em
que se estabelece um cerco ao outro sem
lhe dar tréguas.
• Sua intencionalidade é exercer o domínio,
quebrar a vontade do outro, impondo
término ao conflito quer pela via da
demissão ou sujeição.
6. • É um processo, mediado por palavras,
símbolos e sinais, que estabelecidos, impõem
ao outro a obediência cega sem
questionamentos ou explicações.
• Deve “aceitar” provocações, gozações,
desqualificações e ridicularizações de formas
constantes e repetitivas sem reclamar ou
questionar. (BARRETO, 2005, p. 49-50)
7. • Na maioria das vezes são pequenas
agressões e ofensas que isoladamente são
de pouca gravidade, mas quando adotadas
de maneira sistemática tornam-se
situações destrutivas que ofendem a
dignidade e integridade psíquica dos
trabalhadores.
• Geralmente são atitudes que são
propagadas através de condutas sem
conotação sexual, relacionadas ao abuso
de poder com o objetivo de humilhar e
intimidar o assediado.
8. • O assédio moral pode acontecer de
diversas formas:
• vertical ascendente;
• vertical descendente ou horizontal;
• líderes contra subordinados;
• colegas contra colega em mesmo nível
hierárquico;
• subordinados contra lideres;
• colaborador com mais tempo de casa
contra os novatos e vice-versa, entre
outros.
9. • As atitudes são variadas, todas com o
objetivo de agredir a vitima sem um motivo
concreto e plausível.
• O motivo se faz na mente do agressor e
insiste na sua agressão com base nesse
motivo, e a vitima se vê muitas vezes sem
saída por medo, por não saber como agir e
por falta de apoio.
10. • Quanto às ações, elas são as mais
variadas possíveis:
• gritos, gestos grosseiros e obscenos,
comportamento hostil, intolerância,
perseguição sistemática e até violência
física.
• Objetivo é desestabilizar emocionalmente
a vítima, destratá-la, ridicularizá-la
publicamente.
11. • As ameaças de desemprego, por sua vez,
levam muitos a tolerarem o assédio, as
acusações e a atribuição de apelidos
depreciativos ou constrangedores, prática
muitas vezes justificada pela imagem que o
brasileiro tem de ser brincalhão. A
insinuação de roubo é a facada final que se
pode dar num assediado. Uma acusação
injustificada é capaz de desestruturar
qualquer pessoa. (BARRETO, 2008)
12. • As condutas do agressor contra o assediado
podem ser as mais variadas, dentre as mais
praticadas estão:
a) Dificultar o trabalho;
b) Atribuir erros imaginários;
c) Exigir sem necessidade trabalhos urgentes;
d) Sobrecarregar de tarefas;
e) Estabelecer metas abusivas;
f) Restringir as pausas para refeição e/ou
necessidades fisiológicas;
g) Fazer críticas ou brincadeiras de mau gosto
em público;
h) Ameaçar e/ou insultar;
13. • Geralmente o assédio moral começa em
casos de discriminação por gênero, raça,
sexualidade, ou outros motivos. Onde
qualquer pessoa pode ser vitima, já que o
assedio ocorre independente do sexo, nível
hierárquico, idade, etc
14. Papel da vitima
Geralmente os profissionais mais questionadores e
os mais solitários são os alvos preferidos para o
assedio moral nas organizações, outro alvo
potencial é também o profissional portador de
doença causada pelo próprio trabalho.
15. • As vitimas muitas vezes não são pessoas
que podem se denominar frágeis, muitas
das vezes elas acabam sendo as que
reagem as ordens e que se recusam a se
submeter a elas, causando assim no
agressor uma certa ira sobre ela.
16. • Os profissionais ligados a área da saúde,
educação, comunicação e serviços são os
mais expostos ao abuso de poder por parte
do empregador.
17. • São vários fatores que influenciam para um
individuo se tornar vitima ou ate mesmo
assediador. Há envolvido neste contexto
questões comportamentais, culturais e de
ambiente, tanto da empresa quanto do
profissional.
18. Perfil do assediador
• “As pesquisas mostram que cerca de 90%
dos assediadores são superiores
hierarquicamente aos assediados, mas há
casos em que o assedio é praticado pelo
conjunto de colegas, e até mesmo, por um
subordinado.” (BARRETO, 2008)
19. • O agressor apresenta um perfil agressivo,
com gestos e condutas abusivas. Tem por
objetivo ridicularizar, amedrontar e
humilhar a vitima.
20. • O assediador normalmente se vê melhor
que os outros indivíduos e não suporta se
sentir menos importante, muitas vezes por
inveja ele acaba colocando o assediado
em situações humilhantes e
constrangedoras para que ele possa se
sentir superior.
21. • Apresentam total falta de interesse e de
empatia para com os outros, mas desejam
que os outros se interessem por eles. Tudo
lhes é devido.
• Criticam todo mundo, mas não admitem o
menor questionamento ou a menor
censura.
22. Causas e Consequências
• Os motivos pelos quais são concretizados
o assedio moral são numerosos e variados.
Uma das razões mais comum pela qual o
agressor persegue sua vitima é o desejo
de que o mesmo se demita por não mais
sustentar a pressão da situação em que se
encontra.
23. • Outra razão bastante recorrente no cenário
atual é a busca das empresas por
resultados em tempo cada vez menor, isso
acaba por incitar os lideres a pressionar de
maneira exagerada seus subordinados.