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GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013
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Projecto de Desenvolvimento do Mundo Rural
Dinamização da Aldeia do Colmeal
Introdução:
No âmbito da disciplina de Geografia A, foi proposto à turma, que se realizasse, em grupo,
um projecto de dinamização rural, mais pormenorizadamente, de uma aldeia do Interior que
estivesse praticamente desabitada. Este projecto integra-se o tema 3.1.3, da Unidade 3.1 – “As
novas oportunidades para o espaço rural”, do Módulo 3, do livro de Geografia do 11º ano.
O Professor José Fidalgo contextualizou os alunos, apresentou-lhes um guião bastante
explícito daquilo que pretendia que estes apresentassem e cedeu, ainda, três fichas que os alunos
deveriam realizar previamente, para a seguir estarem aptos a elaborar o dito projecto.
Este projecto tem como principal objectivo sintetizar e aprofundar os temas apresentados e
discutidos nas aulas, e para a sua realização são necessários dois requisitos importantes:
conhecimento dos conteúdos leccionados e criatividade.
O Professor da disciplina informou a turma de que a apresentação do projecto ficaria a
critério do grupo, sendo que esta se dividiria em duas partes: a) Apresentação escrita e oral da
caracterização do concelho; b) Apresentação das estratégias a desenvolver, recorrendo a diferentes
materiais e formas de apresentação.
Após alguma reflexão sobre o assunto, o nosso grupo de trabalho mostrou-se bastante
entusiasmado e efectuou uma pesquisa com o intuito de encontrar uma aldeia com a qual se
viessem a “familiarizar”. Assim, o nosso grupo de trabalho considerou uma proposta bastante
interessante realizar um projecto de dinamização para a Aldeia do Colmeal. Na nossa opinião, esta é
a aldeia ideal, uma vez que para além de todo o seu contexto histórico-cultural, é rica em recursos
endógenos. No entanto, tem pouquíssimos habitantes (1h/km) e é de difícil acesso, estando
subaproveitada constituindo, deste modo, um enorme desafio.
Através da realização deste trabalho, imaginar-nos-emos no papel de um presidente de
câmara, num gestor, ou num empresário. Deste modo, apresentaremos propostas que visem a
melhoria da qualidade de vida da população, na capacidade de polarizar a região envolvente e na
fixação e atracção demográficas.
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Desenvolvimento
1. Escolher a modalidade/tema que vai ser objecto de trabalho
Desenvolver-se-á para a aldeia do Colmeal, um projecto de desenvolvimento de turismo
rural que pretende compreender a importância do conjunto de ruínas que se aglomeram no sopé da
colina como ícone identitário, definindo um modelo sustentável de desenvolvimento turístico com
base na preservação do património histórico-cultural, que agregado às condições naturais da aldeia
e ao proveito que se poderá retirar dos recursos endógenos, os requalifique e promova.
As regiões rurais, devido às suas fragilidades, deixaram de ser vistas somente sob a forma
produtiva/agrícola, para ganharem diversidade funcional com carácter sustentável, dando lugar a
uma diferente imagem dos territórios rurais. O património é, nos dias de hoje, tido como um bem a
preservar, na imagem e identidade desse território, contribuindo para a afirmação dos valores
culturais e ambientais, contribuindo estrategicamente para a sustentabilidade e para o
desenvolvimento dos territórios e das populações que lhes estão agregadas.
2. Caracterizar a área ou concelho, referindo os seguintes
aspectos:
o Localização geográfica
A aldeia do Colmeal pertence ao concelho de
Figueira de Castelo Rodrigo, que por sua vez pertence
ao distrito da Guarda, Região Centro e sub-região da
Beira Interior Norte. A aldeia é delimitada a Leste, por
Espanha e a Noroeste, por Vila Nova de Foz Côa. É
comumente designada como sendo um “ bucólico
vale encaixado no sopé da Serra da Marofa” ou
“conjunto de ruínas que se aglomeram no sopé da
colina”.
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Circuitos Turísticos Prováveis Distância
Rio Côa – Aldeia 33,7 km (38mins, de carro)
Figueira de Castelo Rodrigo - Aldeia 28,2 km (39mins, de carro)
Vila Nova de Foz Côa – Aldeia 34,1 km (41mins, de carro)
Ciudad Rodrigo, Salamanca – Aldeia 74,9 km (1h12min, de carro)
Freguesia do Bizarril – Aldeia 4,9 km (9 min, de carro)
Figueira de Castelo Rodrigo - Colmeal
Rio Côa – Aldeia do Colmeal
Vila Nova
de Foz
Côa –
Aldeia do
Colmeal
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Ciudad Rodrigo – Aldeia do Colmeal
Bizarril – Aldeia do Colmeal
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o Recursos Endógenos
Os principais recursos endógenos existentes nesta aldeia, são:
◦ Centeio, trigo;
◦ Produção hortícola;
◦ Pastorícia de ovinos e caprinos;
◦ As amendoeiras e oliveiras (hoje cada vez mais substituídas pelo eucalipto);
◦ Mel, pimentos, rolas e cebolas.
Curiosidade: O nome dado à aldeia - “Colmeal”, advém do facto da predominância
de colmeias, daí o mel como importante recurso endógeno na área. Antigamente,
era chamado de Colmeal das Rolas ou Colmeal das Cebolas, também pela
abundância destes dois recursos endógenos.
o Serviços Predominantes
Na aldeia do Colmeal não existem serviços, tendo os (poucos) locais que se deslocar
à Freguesia do Bizarril (Freguesia mais próxima da aldeia) para obter os serviços
mínimos. Os habitantes têm água em casa.
o Infra-estruturas e equipamentos existentes
Hoje, o Colmeal não passa de uma grande quinta agrícola que engloba a arruinada
aldeia fantasma, coberta de vegetação, e na qual se destaca a velha igreja medieval,
dedicada a S. Miguel, que vem sendo objecto de contínuos e profundos atentados
ao longo dos anos tendo-se transformando, também ela, numa triste ruína.
A igreja, belíssimo imóvel que terá tido a sua provável origem no século XV e denota
uma clara inspiração românico-gótica, não obstante a ruína, a falta de cobertura e a
invasão da vegetação, brinda-nos ainda com alguns dos frescos que decoravam
originalmente as suas paredes, como é o caso de uma cena de Adão e Eva no
paraíso.
Esta é também uma terra de pergaminhos fidalgos já que aqui terá vivido Pedro
Álvares Cabral, o famoso descobridor do Brasil. O “solar” brasonado da família, não
obstante a ruína, ainda é visível em lugar de destaque na aldeia.
O “solar” dos Cabrais é, depois da igreja, o edifício que mais se destaca no
conjunto da povoação. É uma das raras construções que apresenta dois
pisos e a única provida de um lanço de escadas exterior. Sobre a porta
sobressai uma pedra de armas, talhada num material avermelhado, com o
brasão dos Cabrais.
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Igreja em ruínas
Aldeia
Casa dos Cabrais
Brazão dos Cabrais
Interior da Igreja
Casa dos Cabrais
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3. Inventariar as principais vantagens e desvantagens que se apresentam ao
desenvolvimento do projecto em estudo.
4. Apresentar várias estratégias que considerem viáveis para o desenvolvimento do mundo
rural, tendo em conta as características definidas anteriormente.
 Integrar a aldeia nas aldeias históricas
Visto que esta aldeia possui um grande contexto histórico-cultural, pretende-se repensar o
valor patrimonial da igreja dedicada a S. Miguel e do “solar” dos, a sua autenticidade que
lhes está subjacente e as dinâmicas territoriais que se encontram alicerçadas na cultura e
identidade rural. Neste contexto, pretende-se que o turista percepcione a existência destes
legados históricos, caracterizadores de uma época e os entenda como úteis para fruição de
momentos de lazer e bem-estar em contacto com a natureza. Relembra-se a importância
que estas infra-estruturas, agora reduzidas a ruínas já tiveram para a região e do que ainda
poderemos fazer por elas, mesmo que não no sentido da rentabilização comercial, ao menos
enquanto testemunho do passado, elemento de interesse cultural, histórico-museológico e
pedagógico, conservando-os e/ou renovando-os.
 Facilitar os acessos, alcatroando as vias de circulação desta aldeia para Espanha, para Vila
Nova de Foz Côa e para Figueira de Castelo Rodrigo
 Melhoramento de Infra-estruturas, criação de estabelecimentos comerciais básicos e
incremento de serviços:
Deverão ser garantidos alguns tipos de equipamentos e serviços, tais como mercearias, café,
barbeiro, cabeleireira, zonas de lazer, centro de saúde, escolas, centros de apoio
domiciliário; postos de água, electricidade, etc. geram empregos e promovem uma melhor
qualidade de vida porque oferecem outro tipo de condições aos locais/turistas da área rural
em questão.
Vantagens Desvantagens
 Local pacífico;
 Contexto histórico-cultural;
 Paisagens paradisíacas;
 Solos produtivos;
 Fronteira com Espanha;
 Proximidade de Vila Nova de Foz
Côa;
 Proximidade do Rio Côa.
 Dificuldades de acesso;
 Pouca população;
 Todas as infra-estruras com
contexto histórico-cultural estão
reduzidas a ruínas.
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 Recorrer à Agricultura biológica (s/ recurso a fertilizantes):
Utilizar-se-ia como base de financiamento do projecto, os lucros de uma agricultura
biológica (s/ recurso a fertilizantes), que seria praticada pelos locais, pelos antigos
habitantes da aldeia que entretanto se mudaram para a Freguesia do Bizarril, mas que ainda
ali possuem terreno. Esta talvez fosse uma forma de estes se envolverem e familiarizarem
com o projecto de dinamização, contribuindo assim para o importante desenvolvimento da
sua aldeia.
Seriam, ainda, colocados à venda terrenos abandonados, que seriam comprados com
destino ao desenvolvimento do sector agrícola.
 Desenvolvimento do Turismo de Aldeia / Agroturismo
O turismo de aldeia desenvolve-se em empreendimentos que incluem, no mínimo, 5 casas
particulares inseridas em aldeias que mantêm, no seu conjunto, as características
arquitectónicas e paisagísticas tradicionais da região. No agro-turismo, os visitantes podem
observar e participar nas actividades agrícolas, Ex: fabrico de mel.
Actualmente, aumenta cada vez mais a procura, pelos turistas, de destinos em que se possa
interagir com a natureza. Isto ocorre em grande parte devido à urbanização e o stress típico
dos grandes centros urbanos, sendo este um factor essencial de procura por actividades
desenvolvidas no espaço rural.
 Verificar a possibilidade de formação de associações cooperativistas dispostas a utilizar para
diversos fins os produtos endógenas (multifuncionalidade)
A PAC, valoriza o papel do agricultor como agente de conservação ambiental, incentivando,
desta forma, a criação de novos serviços na área do ambiente, que também fazem parte da
multifuncionalidade dos espaços rurais, proporcionando rendimentos aos seus habitantes.
 Possibilidade de elevar a aldeia à condição de “Aldeia Lar”
O que são “aldeias lar”? O conceito de aldeia lar reside e centra-se em aproveitar
aldeias/vilas do interior do País em processo de despovoamento e desertificação. As aldeias
e vilas destinadas a “aldeias lar” deverão ser aquelas cuja população se encontra
envelhecida, onde a oferta de emprego é diminuta, motivo que leva à existência de
inúmeras casas devolutas, fruto da perda de população.
Para o efeito, nesta aldeia, seriam adquiridas casas devolutas, as quais seriam reconvertidas
em apartamentos pares a instalação dos idosos, oriundos do país ou de outros países.
Seriam, ainda, constituídas unidades centrais de apoio, onde seriam servidas as refeições, se
prestariam cuidados e assistência médica. A população idosa residente integraria e
participaria nos serviços existentes, não tendo desta forma que sair das suas habitações
próprias (factor esse sempre complexo e de ruptura para qualquer idoso).
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Na aldeia deveria ainda ficar disponível um conjunto de habitações para turismo de aldeia,
ou turismo social, onde por exemplo os filhos, familiares destes idosos ficariam.
Quanto às questões de segurança, dever-se-ia proceder à monitorização dos espaços onde
ficariam os idosos, recorrendo às novas tecnologias, de forma a dar garantias de segurança
aos utentes. Um casal de idosos poderia beneficiar de uma casa só para si, enquanto
pessoas sós partilhariam casas em conjunto pelo mesmo sexo (cerca de 6 pessoas por casa).
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Conclusão
Através deste trabalho, podemos concluir que as potencialidades existentes nos meios rurais
para a prática de actividades de lazer e turismo podem transformar-se em factores de
desenvolvimento das comunidades que nelas vivem e factor de atracção a outras comunidades, uma
vez que constituem actividades geradoras de rendimentos e de emprego. Em associação com as
actividades turísticas, podem ser dinamizadas muitas outras actividades económicas.
O turismo rural, quando bem praticado pode ser uma alternativa de renda para os pequenos
proprietários e uma forma de inclusão social. No entanto, pensamos que não deve ser mantido
como a principal actividade económica das propriedades rurais envolvidas, pois assim perde-se o
foco do desenvolvimento sustentável no qual se procura proporcionar condições aos moradores
para continuarem com suas actividades rurais tradicionais, além, de que diminuiria a atractividade
do local, sendo que este já não mais exercerá as suas características tradicionais com tanto afinco, se
as pessoas começarem a ver o turismo como principal actividade económica. Concluímos, ainda, que
a participação da comunidade no processo de organização e planeamento do projecto de
dinamização é fundamental para a promoção e o desenvolvimento da actividade turística no espaço
rural, já que o modelo proposto de organização social e de sistematização da oferta prioriza e
valoriza aspectos locais e culturais.
Reconhecemos que o trabalho que aqui se apresenta não correspondeu a todas as nossas
expectativas, visto que tínhamos grandes expectativas relativamente a este projecto. No entanto, a
realização do mesmo incutiu-nos grande responsabilidade e respeito pelo meio rural. E ficámos com
vontade de ir visitar a histórica Aldeia do Colmeal. Mais uma vez, na disciplina de Geografia,
promovemos a construção colectiva de conhecimento, treinámos a capacidade de ouvir e respeitar
opiniões diferentes; e aprendemos a escolher, a avaliar e a decidir.
Aquando da apresentação do trabalho à turma, iremos melhorar alguns aspectos, mostrar
mais imagens, desvendar alguns mistérios do Colmeal e tentar explicitar o que desejaríamos que
fosse realmente a Aldeia do Colmeal, fazendo o melhor uso da criatividade de cada elemento do
grupo.

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  • 1. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 1 Projecto de Desenvolvimento do Mundo Rural Dinamização da Aldeia do Colmeal Introdução: No âmbito da disciplina de Geografia A, foi proposto à turma, que se realizasse, em grupo, um projecto de dinamização rural, mais pormenorizadamente, de uma aldeia do Interior que estivesse praticamente desabitada. Este projecto integra-se o tema 3.1.3, da Unidade 3.1 – “As novas oportunidades para o espaço rural”, do Módulo 3, do livro de Geografia do 11º ano. O Professor José Fidalgo contextualizou os alunos, apresentou-lhes um guião bastante explícito daquilo que pretendia que estes apresentassem e cedeu, ainda, três fichas que os alunos deveriam realizar previamente, para a seguir estarem aptos a elaborar o dito projecto. Este projecto tem como principal objectivo sintetizar e aprofundar os temas apresentados e discutidos nas aulas, e para a sua realização são necessários dois requisitos importantes: conhecimento dos conteúdos leccionados e criatividade. O Professor da disciplina informou a turma de que a apresentação do projecto ficaria a critério do grupo, sendo que esta se dividiria em duas partes: a) Apresentação escrita e oral da caracterização do concelho; b) Apresentação das estratégias a desenvolver, recorrendo a diferentes materiais e formas de apresentação. Após alguma reflexão sobre o assunto, o nosso grupo de trabalho mostrou-se bastante entusiasmado e efectuou uma pesquisa com o intuito de encontrar uma aldeia com a qual se viessem a “familiarizar”. Assim, o nosso grupo de trabalho considerou uma proposta bastante interessante realizar um projecto de dinamização para a Aldeia do Colmeal. Na nossa opinião, esta é a aldeia ideal, uma vez que para além de todo o seu contexto histórico-cultural, é rica em recursos endógenos. No entanto, tem pouquíssimos habitantes (1h/km) e é de difícil acesso, estando subaproveitada constituindo, deste modo, um enorme desafio. Através da realização deste trabalho, imaginar-nos-emos no papel de um presidente de câmara, num gestor, ou num empresário. Deste modo, apresentaremos propostas que visem a melhoria da qualidade de vida da população, na capacidade de polarizar a região envolvente e na fixação e atracção demográficas.
  • 2. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 2 Desenvolvimento 1. Escolher a modalidade/tema que vai ser objecto de trabalho Desenvolver-se-á para a aldeia do Colmeal, um projecto de desenvolvimento de turismo rural que pretende compreender a importância do conjunto de ruínas que se aglomeram no sopé da colina como ícone identitário, definindo um modelo sustentável de desenvolvimento turístico com base na preservação do património histórico-cultural, que agregado às condições naturais da aldeia e ao proveito que se poderá retirar dos recursos endógenos, os requalifique e promova. As regiões rurais, devido às suas fragilidades, deixaram de ser vistas somente sob a forma produtiva/agrícola, para ganharem diversidade funcional com carácter sustentável, dando lugar a uma diferente imagem dos territórios rurais. O património é, nos dias de hoje, tido como um bem a preservar, na imagem e identidade desse território, contribuindo para a afirmação dos valores culturais e ambientais, contribuindo estrategicamente para a sustentabilidade e para o desenvolvimento dos territórios e das populações que lhes estão agregadas. 2. Caracterizar a área ou concelho, referindo os seguintes aspectos: o Localização geográfica A aldeia do Colmeal pertence ao concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, que por sua vez pertence ao distrito da Guarda, Região Centro e sub-região da Beira Interior Norte. A aldeia é delimitada a Leste, por Espanha e a Noroeste, por Vila Nova de Foz Côa. É comumente designada como sendo um “ bucólico vale encaixado no sopé da Serra da Marofa” ou “conjunto de ruínas que se aglomeram no sopé da colina”.
  • 3. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 3 Circuitos Turísticos Prováveis Distância Rio Côa – Aldeia 33,7 km (38mins, de carro) Figueira de Castelo Rodrigo - Aldeia 28,2 km (39mins, de carro) Vila Nova de Foz Côa – Aldeia 34,1 km (41mins, de carro) Ciudad Rodrigo, Salamanca – Aldeia 74,9 km (1h12min, de carro) Freguesia do Bizarril – Aldeia 4,9 km (9 min, de carro) Figueira de Castelo Rodrigo - Colmeal Rio Côa – Aldeia do Colmeal Vila Nova de Foz Côa – Aldeia do Colmeal
  • 4. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 4 Ciudad Rodrigo – Aldeia do Colmeal Bizarril – Aldeia do Colmeal
  • 5. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 5 o Recursos Endógenos Os principais recursos endógenos existentes nesta aldeia, são: ◦ Centeio, trigo; ◦ Produção hortícola; ◦ Pastorícia de ovinos e caprinos; ◦ As amendoeiras e oliveiras (hoje cada vez mais substituídas pelo eucalipto); ◦ Mel, pimentos, rolas e cebolas. Curiosidade: O nome dado à aldeia - “Colmeal”, advém do facto da predominância de colmeias, daí o mel como importante recurso endógeno na área. Antigamente, era chamado de Colmeal das Rolas ou Colmeal das Cebolas, também pela abundância destes dois recursos endógenos. o Serviços Predominantes Na aldeia do Colmeal não existem serviços, tendo os (poucos) locais que se deslocar à Freguesia do Bizarril (Freguesia mais próxima da aldeia) para obter os serviços mínimos. Os habitantes têm água em casa. o Infra-estruturas e equipamentos existentes Hoje, o Colmeal não passa de uma grande quinta agrícola que engloba a arruinada aldeia fantasma, coberta de vegetação, e na qual se destaca a velha igreja medieval, dedicada a S. Miguel, que vem sendo objecto de contínuos e profundos atentados ao longo dos anos tendo-se transformando, também ela, numa triste ruína. A igreja, belíssimo imóvel que terá tido a sua provável origem no século XV e denota uma clara inspiração românico-gótica, não obstante a ruína, a falta de cobertura e a invasão da vegetação, brinda-nos ainda com alguns dos frescos que decoravam originalmente as suas paredes, como é o caso de uma cena de Adão e Eva no paraíso. Esta é também uma terra de pergaminhos fidalgos já que aqui terá vivido Pedro Álvares Cabral, o famoso descobridor do Brasil. O “solar” brasonado da família, não obstante a ruína, ainda é visível em lugar de destaque na aldeia. O “solar” dos Cabrais é, depois da igreja, o edifício que mais se destaca no conjunto da povoação. É uma das raras construções que apresenta dois pisos e a única provida de um lanço de escadas exterior. Sobre a porta sobressai uma pedra de armas, talhada num material avermelhado, com o brasão dos Cabrais.
  • 6. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 6 Igreja em ruínas Aldeia Casa dos Cabrais Brazão dos Cabrais Interior da Igreja Casa dos Cabrais
  • 7. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 7 3. Inventariar as principais vantagens e desvantagens que se apresentam ao desenvolvimento do projecto em estudo. 4. Apresentar várias estratégias que considerem viáveis para o desenvolvimento do mundo rural, tendo em conta as características definidas anteriormente.  Integrar a aldeia nas aldeias históricas Visto que esta aldeia possui um grande contexto histórico-cultural, pretende-se repensar o valor patrimonial da igreja dedicada a S. Miguel e do “solar” dos, a sua autenticidade que lhes está subjacente e as dinâmicas territoriais que se encontram alicerçadas na cultura e identidade rural. Neste contexto, pretende-se que o turista percepcione a existência destes legados históricos, caracterizadores de uma época e os entenda como úteis para fruição de momentos de lazer e bem-estar em contacto com a natureza. Relembra-se a importância que estas infra-estruturas, agora reduzidas a ruínas já tiveram para a região e do que ainda poderemos fazer por elas, mesmo que não no sentido da rentabilização comercial, ao menos enquanto testemunho do passado, elemento de interesse cultural, histórico-museológico e pedagógico, conservando-os e/ou renovando-os.  Facilitar os acessos, alcatroando as vias de circulação desta aldeia para Espanha, para Vila Nova de Foz Côa e para Figueira de Castelo Rodrigo  Melhoramento de Infra-estruturas, criação de estabelecimentos comerciais básicos e incremento de serviços: Deverão ser garantidos alguns tipos de equipamentos e serviços, tais como mercearias, café, barbeiro, cabeleireira, zonas de lazer, centro de saúde, escolas, centros de apoio domiciliário; postos de água, electricidade, etc. geram empregos e promovem uma melhor qualidade de vida porque oferecem outro tipo de condições aos locais/turistas da área rural em questão. Vantagens Desvantagens  Local pacífico;  Contexto histórico-cultural;  Paisagens paradisíacas;  Solos produtivos;  Fronteira com Espanha;  Proximidade de Vila Nova de Foz Côa;  Proximidade do Rio Côa.  Dificuldades de acesso;  Pouca população;  Todas as infra-estruras com contexto histórico-cultural estão reduzidas a ruínas.
  • 8. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 8  Recorrer à Agricultura biológica (s/ recurso a fertilizantes): Utilizar-se-ia como base de financiamento do projecto, os lucros de uma agricultura biológica (s/ recurso a fertilizantes), que seria praticada pelos locais, pelos antigos habitantes da aldeia que entretanto se mudaram para a Freguesia do Bizarril, mas que ainda ali possuem terreno. Esta talvez fosse uma forma de estes se envolverem e familiarizarem com o projecto de dinamização, contribuindo assim para o importante desenvolvimento da sua aldeia. Seriam, ainda, colocados à venda terrenos abandonados, que seriam comprados com destino ao desenvolvimento do sector agrícola.  Desenvolvimento do Turismo de Aldeia / Agroturismo O turismo de aldeia desenvolve-se em empreendimentos que incluem, no mínimo, 5 casas particulares inseridas em aldeias que mantêm, no seu conjunto, as características arquitectónicas e paisagísticas tradicionais da região. No agro-turismo, os visitantes podem observar e participar nas actividades agrícolas, Ex: fabrico de mel. Actualmente, aumenta cada vez mais a procura, pelos turistas, de destinos em que se possa interagir com a natureza. Isto ocorre em grande parte devido à urbanização e o stress típico dos grandes centros urbanos, sendo este um factor essencial de procura por actividades desenvolvidas no espaço rural.  Verificar a possibilidade de formação de associações cooperativistas dispostas a utilizar para diversos fins os produtos endógenas (multifuncionalidade) A PAC, valoriza o papel do agricultor como agente de conservação ambiental, incentivando, desta forma, a criação de novos serviços na área do ambiente, que também fazem parte da multifuncionalidade dos espaços rurais, proporcionando rendimentos aos seus habitantes.  Possibilidade de elevar a aldeia à condição de “Aldeia Lar” O que são “aldeias lar”? O conceito de aldeia lar reside e centra-se em aproveitar aldeias/vilas do interior do País em processo de despovoamento e desertificação. As aldeias e vilas destinadas a “aldeias lar” deverão ser aquelas cuja população se encontra envelhecida, onde a oferta de emprego é diminuta, motivo que leva à existência de inúmeras casas devolutas, fruto da perda de população. Para o efeito, nesta aldeia, seriam adquiridas casas devolutas, as quais seriam reconvertidas em apartamentos pares a instalação dos idosos, oriundos do país ou de outros países. Seriam, ainda, constituídas unidades centrais de apoio, onde seriam servidas as refeições, se prestariam cuidados e assistência médica. A população idosa residente integraria e participaria nos serviços existentes, não tendo desta forma que sair das suas habitações próprias (factor esse sempre complexo e de ruptura para qualquer idoso).
  • 9. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 9 Na aldeia deveria ainda ficar disponível um conjunto de habitações para turismo de aldeia, ou turismo social, onde por exemplo os filhos, familiares destes idosos ficariam. Quanto às questões de segurança, dever-se-ia proceder à monitorização dos espaços onde ficariam os idosos, recorrendo às novas tecnologias, de forma a dar garantias de segurança aos utentes. Um casal de idosos poderia beneficiar de uma casa só para si, enquanto pessoas sós partilhariam casas em conjunto pelo mesmo sexo (cerca de 6 pessoas por casa).
  • 10. [ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES – ÍLHAVO GEOGRAFIA A – 11º D 4 de Março de 2013 Carmen Coimbra; Cristiana Loura; Lícia Ribeiro; Mara Godinho Página 10 Conclusão Através deste trabalho, podemos concluir que as potencialidades existentes nos meios rurais para a prática de actividades de lazer e turismo podem transformar-se em factores de desenvolvimento das comunidades que nelas vivem e factor de atracção a outras comunidades, uma vez que constituem actividades geradoras de rendimentos e de emprego. Em associação com as actividades turísticas, podem ser dinamizadas muitas outras actividades económicas. O turismo rural, quando bem praticado pode ser uma alternativa de renda para os pequenos proprietários e uma forma de inclusão social. No entanto, pensamos que não deve ser mantido como a principal actividade económica das propriedades rurais envolvidas, pois assim perde-se o foco do desenvolvimento sustentável no qual se procura proporcionar condições aos moradores para continuarem com suas actividades rurais tradicionais, além, de que diminuiria a atractividade do local, sendo que este já não mais exercerá as suas características tradicionais com tanto afinco, se as pessoas começarem a ver o turismo como principal actividade económica. Concluímos, ainda, que a participação da comunidade no processo de organização e planeamento do projecto de dinamização é fundamental para a promoção e o desenvolvimento da actividade turística no espaço rural, já que o modelo proposto de organização social e de sistematização da oferta prioriza e valoriza aspectos locais e culturais. Reconhecemos que o trabalho que aqui se apresenta não correspondeu a todas as nossas expectativas, visto que tínhamos grandes expectativas relativamente a este projecto. No entanto, a realização do mesmo incutiu-nos grande responsabilidade e respeito pelo meio rural. E ficámos com vontade de ir visitar a histórica Aldeia do Colmeal. Mais uma vez, na disciplina de Geografia, promovemos a construção colectiva de conhecimento, treinámos a capacidade de ouvir e respeitar opiniões diferentes; e aprendemos a escolher, a avaliar e a decidir. Aquando da apresentação do trabalho à turma, iremos melhorar alguns aspectos, mostrar mais imagens, desvendar alguns mistérios do Colmeal e tentar explicitar o que desejaríamos que fosse realmente a Aldeia do Colmeal, fazendo o melhor uso da criatividade de cada elemento do grupo.