Charles Darwin nasceu na Inglaterra em 1809 e não teve uma educação formal significativa. Sua viagem no HMS Beagle entre 1831-1836 foi fundamental para o desenvolvimento de suas ideias sobre a evolução das espécies através da seleção natural, publicadas em 1859 em "A Origem das Espécies". Suas teorias revolucionaram a compreensão da biologia.

1. Charles Darwin Professor Bruce Colombi Maria Luiza de melo - 2011/4

2. Charles Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809, em Shrewsbury, Inglaterra. O período escolar não foi muito contribuinte para a sua formação. Darwin relatou que a vivência com seu irmão em um laboratório de química, que ficava no jardim, foi a parte relevante de sua educação, pois mostrou-lhe em termos a significação de ciência experimental. Uma circunstância ressaltada como influente em sua carreira, foi a amizade com o Prof. Henslow, figura que dominava conhecimentos sobre todos os segmentos da ciência. Outro fato marcante na sua história foi a viagem do Beagle, este definido como o mais marcante em sua carreira. Biografia de Charles Darwin

3. Biografia de Charles Darwin Darwin casou-se em 29 de janeiro de 1839, com Emma Wedgwood, sua prima, mudou-se para Londres, onde ficaram três anos e oito meses e produziu pouco trabalho científico em decorrência de “mal-estares freqüentes e uma longa e grave doença”. Sua principal obra foi publicada sob o título “TheOrigin of Species”, em novembro de 1859. Darwin faleceu na tarde de 19 de abril de 1882. A família queria enterrá-lo num pequeno cemitério em Down, ao lado de seu irmão e filhos, mas as opiniões públicas e científicas sugeriram que fosse sepultado na abadia de Westminster.

4. Charles Darwin embarcou no navio H.M.S. Beagle, com apenas 22 anos de idade, recém-formado pela Universidade de Cambridge. Como viajante, estava em uma expedição de aventura, podemos dizer, exótica, entretanto denotava por suas anotações, interesse pelas diferenças culturais, políticas e aspectos ligados aos temas científicos. Frente ao espaço geográfico, nas relações entre os seres vivos e a natureza, observara os processos de apropriação do espaço ecológico, onde mais tarde percebera que no mundo da natureza tudo está de algum modo conectado a todo resto. Quando de minha viagem a bordodo H.M.S. Beagle, na condição de naturalista, fiquei deveras impressionado com certos fatos relativos à distribuição dos seres vivos existentes na América do Sul e as relações geológicas entre a fauna e a flora atual e extinta desse continente. (DARWIN, 1859). Sua viagem ao redor do mundo

5. Em 1844, Darwin escreveu um longo trabalho sobre origem das espécies e a seleção natural. Entretanto, não o publicou por receio de que suas idéias não fossem bem aceitas por serem um tanto revolucionárias, porém, em 1859, publicou sua obra mais famosa. Evolução biológica e seleção natural são os princípios básicos do livro “A Origem das Espécies”. Primeiro, Darwin cita que todas as espécies de animais ou plantas, independente de quais forem, são descendentes de formas mais primitivas, esse é o princípio da evolução biológica. Segundo, ele afirma que esta evolução da forma mais primitiva, para a que existe no dia de hoje, chama-se “seleção natural”. “A Origem das Espécies”

6. Após sua viagem no navio Beagle, Darwin começou a pensar que suas idéias sobre a imutabilidade das espécies podiam estar erradas. Essas idéias amadureceram em sua mente ao longo de 25 anos. Nesse período, ele realizou inúmeras outras observações e pesquisas que o levaram a ficar cada vez mais convencido de que a evolução era um fato. Ele explicou que organismos com certas características favoráveis tinham mais chances de sobreviver do que outras (sem esses mesmos traços) e assim passar essas heranças para gerações seguintes. Com o tempo, essas características positivas de um mesmo grupo de organismos, resultariam na formação de uma nova espécie melhor adaptada a seu ambiente. Teoria da evolução de Charles Darwin

7. Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, idênticos entre si. Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns descendentes chegam à idade adulta. O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações. Assim, há grande “luta” pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie. Princípios básicos da teoria:

8. Darwin chamou de seleção artificial, esta feita pelo homem, pois o homem manipula a espécie que irá gerar descendentes, onde a tendência de nascer com as características desejadas é maior. Ele concluiu que a seleção artificial podia ser comparada à seleção que a natureza exerce sobre as espécies selvagens. Da mesma forma que os criadores selecionam reprodutores de uma determinada variedade ou raça, permitindo que se reproduzam apenas os que têm as características desejadas, a natureza seleciona, nas espécies selvagens, os indivíduos mais adaptados às condições reinantes. Seleção Natural e Artificial

9. Referências: CASTRO, Haroldo. Gálapagos – A destruição das espécies no arquipélago de Darwin. Revista Planeta, edição 412, p18. São Paulo, 2007. CLARET, Martin. O Pensamento Vivo de Darwin. Martin Claret Editores. São Paulo, 1986. DARWIN, Charles. On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life. 1859. DARWIN, Francis. Life and Letters of Charles Darwin.1887. DOMINGUES, Heloisa Maria Bertol, ROMERO, Magali e GLICK Thomas. A RECEPÇÃO DO DARWINISMO NO BRASIL. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. FERREIRA, Dóli Castro. DARWIN e a paisagem. Revista Geografia, edição 25, p15. São Paulo, 2009.

10. Referências: HAGEN, Stefano. FONTES, Luiz Roberto. Para Darwin (Für Darwin). Editora da UFSC. Florianópolis, 2009. PAPAVERO, Nelson. 'Fritz Müller E a Comprovação Da Teoria De Darwin', A Recepção Do Darwinismo No Brasil. Editora Fiocruz, Rio de Janeiro 2003. PINTO, E. R. SAWAYA, P. FRIESEN, G. K, N. NASCIMENTO, P. A. M. Fritz Muller: reflexões biográficas. Ed. Cultura em movimento. Blumenau, SC. 2000. SPERLICH, Diether. A Evolução das Espécies. Salvat Editora do Brasil, S.A. Rio de Janeiro, 1979. ZILIG, Cézar. A Intimidade da Correspondência entre Fritz Müller e Charles Darwin. Editora Sky/Anima Comunicação e Design, 1997. ZILLIG, Cezar. Fritz Müller, meu irmão. Blumenau: Editora Cultura em Movimento, 2004. 247 pp.