Este documento descreve a vida e carreira do Professor Joaquim Peixoto, um professor primário que viveu na Vila de Prado de 1936 a 1974. Ele dedicou sua vida a ensinar crianças e adultos, além de liderar vários movimentos de juventude e servir como presidente da Junta de Freguesia. Ele era muito respeitado por sua energia, valores e dedicação à comunidade.

1. Professor Joaquim Peixoto
Joaquim Peixoto da Costa, mais conhecido por Professor Peixoto, devido à atividade
profissional que desenvolveu, na Vila de Prado, praticamente desde que se formou na
Escola do Magistério Primário de Braga, no fim da década de 50 do século passado.
Era o mais velho de 7 irmãos, filhos de uma humilde família de agricultores caseiros.
Chamá-lo e, sobretudo, recordá-lo como “professor primário”, é dizer muito pouco
deste personagem pelo importante papel que desempenhou nesta terra que adotou como
sua, desde muito cedo e enquanto lho permitiu a vida, pois saiu da nossa presença muito
cedo, tragicamente, quando contava 38 anos de idade.
Nasceu na vizinha freguesia de Palmeira – Braga, em 1936 e faleceu na Vila de
Prado, em 1974. Quando jovem, frequentou durante vários anos o Seminário Diocesano
de Braga, antes de concluir o Magistério. Foi por essa altura que se interessou pelos
movimentos e organismos da terra, com claro destaque para aqueles mais direcionados
para a juventude, dado seu natural dom para lidar com os grupos jovens, aproveitando o
seu espírito de iniciativa, empatia, solidariedade e entusiasmo na ação.
A sua preparação inicial foi aproveitada para dinamizar movimentos da paróquia,
principalmente à volta do organismo evangelizador da Legião de Maria e da versão
local dos Cursos de Cristandade, criando aqui um centro de formação.
Mas, neste âmbito, onde mais luziu a sua obra foi no apoio e impulso que deu ao
movimento escutista (CNE) desta Vila, numa altura em que o Agrupamento 16
necessitava de sangue novo, tornando-se, durante anos, uma boa referência na área de
Braga. Foi dele e de sua esposa, professora D. Rosa Lemos, a fundação de um grupo de
Guias de Portugal, em Prado.
Este espírito dinâmico e solidário na área social não passava despercebido às
autoridades políticas da altura, tendo sido nomeado presidente da Junta de Freguesia,
cargo que desempenhou até ao fim da vida; profundo conhecedor da realidade da terra,
contribuiu, com os colegas da Junta, para que a sua missão fosse ainda mais persistente
e transversal a todos os moradores, sem distinção de classes ou grupos, atento
especialmente aos mais necessitados e desenquadrados do relacionamento social.
Figura consensual, simpática e popular, projetou nos alunos que frequentaram a sua
sala da Escola do Bom Sucesso de Prado, toda a sua energia, e os melhores valores de
companheiro mais velho e de guia, sendo sempre recordado com saudade por colegas e
alunos do ensino regular, também dos sucessivos grupos de adultos que frequentavam à
noite as suas aulas, ministradas em ambiente de sã camaradagem e sem qualquer
retribuição oficial, numa altura em que a escolaridade obrigatória era cada vez mais
requerida e exigida pela sociedade em profunda mudança.