A primeira geração de modernistas brasileiros desenvolveu uma arte experimental que combinava elementos de vanguarda europeia com temas nativistas e culturais brasileiros, conforme definido por Mário de Andrade na Semana de Arte Moderna de 1922.
1. * Caracterizada por uma oposição entre o projeto formal
inovador e a proposta de resgatar elementos da cultura
tradicional, a primeira geração de modernistas desenvolve
uma arte experimental, de acordo com o projeto fixado por
Mário de Andrade na Semana de Arte Moderna de 22. A
produção destes iniciadores da arte moderna no Brasil
concilia uma linguagem importada das vanguardas
modernistas europeias, com um conteúdo nativista que
resgata as raízes culturais brasileiras .
O quadro Operários foi pintado em
um momento em que Tarsila esteve
ligada politicamente ao comunismo.
2. A Semana da Arte Moderna 1922.
Um dos principais eventos da história da arte no Brasil.
3. Mário de Andrade,
Oswald de Andrade,
Manuel Bandeira,
Antônio de Alcântara Machado,
Menotti del Picchia,
Cassiano Ricardo,
Tarsila do Amaral,
Guilherme de Almeida
Plínio Salgado.
4. Mário de Andrade, autor do romance
“Macunaíma”: o poeta e prosador foi o
intelectual que sedimentou as ideias
revolucionárias da Semana de Arte Moderna
de 1922 e contribuiu para mudar a linguagem
da literatura brasileira.
5. Há exatamente 122 anos, chegava ao
mundo Oswald de Andrade, uma das
maiores celebridades literárias do Brasil.
Nascido em 11 de janeiro de 1890, em
uma família rica paulista, Oswald sempre
conviveu nas grandes rodas artísticas e
sempre teve apreço pela boêmia. De vida
pessoal movimentada, tendo se casado
oito vezes, Oswald de Andrade viajou
muitas vezes ao Velho Mundo para
conhecer tendências artísticas na pintura,
na música, na literatura e na estética.
Seu espírito aventureiro e sua personalidade marcante caracterizaram toda a sua
obra e influenciaram toda a produção de sua geração. As ideias de Oswald foram
cruciais para o desenvolvimento de movimentos artísticos famosos, como a tropicália
(música), o concretismo (poesia) e a criação do Teatro Oficia e Cia Antropofágica
(teatro), por exemplo.
6. “Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E nestes
versos de angústia rouca, Assim dos lábios a vida corre, Deixando um
acre sabor na boca. Eu faço versos como quem morre”. Desencanto,
Manuel Bandeira.
8. NOITE
As casas fecham as pálpebras das janelas e
dormem.
Todos os rumores são postos em surdina,
todas as luzes se apagam.
Há um grande aparato de câmara funerária
na paisagem do mundo.
Os homens ficam rígidos,
tomam a posição horizontal
e ensaiam o próprio cadáver.
Cada leito é a maquete de um túmulo.
Cada sono em ensaio de morte.
No cemitério da treva
tudo morre provisoriamente.
9. Depois de tudo
Mas tudo passou tão depressa
Não consigo dormir agora.
Nunca o silêncio gritou tanto
Nas ruas da minha memória.
Como agarrar líquido o tempo
Que pelos vãos dos dedos flui?
Meu coração é hoje um pássaro
Pousado na árvore que eu fui.
10.
11. A Ação Integralista Brasileira
(AIB) foi um partido político
brasileiro fundado em 7 de
outubro de 1932 por Plínio
Salgado.
12. Tarsila do Amaral (Capivari, 1 de setembro de 1886 - São Paulo, 17 de janeiro de 1973) foi uma pintora
brasileira. A artista plástica paulista é a pintora mais representativa da primeira fase do movimento
modernista brasileiro. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o Movimento Antropofágico nas artes
plásticas. Começou a aprender pintura em 1917.
Na França, de 1922, desenvolve técnicas influenciadas pelo cubismo.
De volta ao Brasil, em 1922, une-se a Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e Oswald
de Andrade, formando o chamado Grupo dos Cinco, que defende as ideias da Semana de Arte
Moderna e toma a frente do movimento modernista no país.
Casa-se com Oswald de Andrade em 1926 e, no mesmo ano, realiza sua primeira exposição individual,
na Galeria Percier, em Paris.
A partir de então, suas obras adquirem fortes características primitivistas e nativistas e passam a ser
associadas aos Movimentos Pau-Brasil e Antropofágico, idealizados pelo marido.
Em 1933, passa a desenvolver uma pintura mais ligada a temas sociais, da qual são exemplos as telas
Operários e Segunda Classe.
13. Este é o quadro mais importante já produzido
no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar
de presente para o escritor Oswald de
Andrade, seu marido na época.