O documento apresenta o percurso intelectual do filósofo Michel Foucault. Abrange desde seus primeiros textos na década de 1950 até seus últimos trabalhos antes de falecer em 1984. Destaca três momentos em sua obra: arqueologia do saber, genealogia do poder e ética do sujeito. Também discute conceitos-chave como saber/poder, biopolítica e governamentalidade.
1) O documento discute a palestra "A Ordem do Discurso" de Michel Foucault em sua aula inaugural no Collège de France em 1970. 2) Foucault analisa os mecanismos de controle e exclusão que regulam a produção de discursos nas sociedades, incluindo sistemas externos e internos de exclusão e regras impostas aos sujeitos. 3) Seu objetivo era questionar a "ordem do discurso" e mostrar como ela pode ser subvertida.
O saber e o poder a contribuição de Michel Foucault.pdfLilianeBA
O documento resume a visão de Michel Foucault sobre a relação entre saber e poder. Foucault argumenta que o conhecimento é produzido pelas relações de poder em uma sociedade, e não existe de forma intrínseca. Ele também discute como o discurso é uma forma de poder que legitima ideologias e como cada época produz suas próprias verdades com base em seus discursos dominantes.
História, poder e resist~encia em foulcalt e deluzeDany Pereira
O documento discute como Michel Foucault e Gilles Deleuze entendem a relação entre história e resistência. Ambos os filósofos viram as resistências ao poder como fundamentais para definir o "fazer histórico" e compreender as estruturas sociais. Para Foucault, as resistências contra os dispositivos de poder desempenham um papel central na concepção de história, pois só é possível entender o poder estudando o que se coloca contra ele.
Este documento discute as ideias do filósofo Michel Foucault sobre poder e sujeito. Foucault acreditava que o poder não é centralizado, mas acontece em redes de dispositivos e mecanismos que produzem saberes, normas e subjetividades. Ele estudou como as formas de poder mudaram ao longo da história, do sistema de punição corporal para a vigilância e o confinamento na era moderna. Foucault também analisou como o poder atua de forma sutil e produtiva nas instituições por meio de técnic
O documento discute como Michel Foucault entende o poder não como algo que uns têm e outros não, mas como uma rede de relações que se exerce em toda a sociedade através de micropoderes. Foucault analisa como esses poderes disciplinam os corpos e como movimentos de resistência locais surgiram em resposta a eles.
1) O poder para Foucault não pode ser compreendido como uma teoria global ou algo que pode ser delimitado, mas sim como algo que se transforma e se espalha por toda a sociedade através de relações complexas.
2) Foucault questiona os mitos de que o poder está totalmente ligado ao Estado e de que é apenas repressivo, mostrando que ele pode ter efeitos construtivos e existe em diversos níveis da sociedade.
3) A história da sexualidade para Foucault é na verdade o estudo das relações entre poder e discurso
O documento discute o curso "Sujeito, Poder e Verdade" que analisa como esses conceitos se articulam na cultura ocidental segundo o pensamento de Foucault. Aborda a definição de cultura, investigação de culturas e como Foucault analisou sistemas de pensamento, envolvendo mentalidades, representações e produção de verdade.
O documento descreve a vida e obra do filósofo francês Michel Foucault. Ele dividiu os modos de objetivação do ser humano em três: a arqueologia do saber, a genealogia do poder e a ética. Foucault criticou a noção de que o poder é detido pelo Estado e propôs em vez disso a noção de micropoderes que disciplinam os corpos e biopoder, que disciplina a população por meio de discursos científicos.
1) O documento discute a palestra "A Ordem do Discurso" de Michel Foucault em sua aula inaugural no Collège de France em 1970. 2) Foucault analisa os mecanismos de controle e exclusão que regulam a produção de discursos nas sociedades, incluindo sistemas externos e internos de exclusão e regras impostas aos sujeitos. 3) Seu objetivo era questionar a "ordem do discurso" e mostrar como ela pode ser subvertida.
O saber e o poder a contribuição de Michel Foucault.pdfLilianeBA
O documento resume a visão de Michel Foucault sobre a relação entre saber e poder. Foucault argumenta que o conhecimento é produzido pelas relações de poder em uma sociedade, e não existe de forma intrínseca. Ele também discute como o discurso é uma forma de poder que legitima ideologias e como cada época produz suas próprias verdades com base em seus discursos dominantes.
História, poder e resist~encia em foulcalt e deluzeDany Pereira
O documento discute como Michel Foucault e Gilles Deleuze entendem a relação entre história e resistência. Ambos os filósofos viram as resistências ao poder como fundamentais para definir o "fazer histórico" e compreender as estruturas sociais. Para Foucault, as resistências contra os dispositivos de poder desempenham um papel central na concepção de história, pois só é possível entender o poder estudando o que se coloca contra ele.
Este documento discute as ideias do filósofo Michel Foucault sobre poder e sujeito. Foucault acreditava que o poder não é centralizado, mas acontece em redes de dispositivos e mecanismos que produzem saberes, normas e subjetividades. Ele estudou como as formas de poder mudaram ao longo da história, do sistema de punição corporal para a vigilância e o confinamento na era moderna. Foucault também analisou como o poder atua de forma sutil e produtiva nas instituições por meio de técnic
O documento discute como Michel Foucault entende o poder não como algo que uns têm e outros não, mas como uma rede de relações que se exerce em toda a sociedade através de micropoderes. Foucault analisa como esses poderes disciplinam os corpos e como movimentos de resistência locais surgiram em resposta a eles.
1) O poder para Foucault não pode ser compreendido como uma teoria global ou algo que pode ser delimitado, mas sim como algo que se transforma e se espalha por toda a sociedade através de relações complexas.
2) Foucault questiona os mitos de que o poder está totalmente ligado ao Estado e de que é apenas repressivo, mostrando que ele pode ter efeitos construtivos e existe em diversos níveis da sociedade.
3) A história da sexualidade para Foucault é na verdade o estudo das relações entre poder e discurso
O documento discute o curso "Sujeito, Poder e Verdade" que analisa como esses conceitos se articulam na cultura ocidental segundo o pensamento de Foucault. Aborda a definição de cultura, investigação de culturas e como Foucault analisou sistemas de pensamento, envolvendo mentalidades, representações e produção de verdade.
O documento descreve a vida e obra do filósofo francês Michel Foucault. Ele dividiu os modos de objetivação do ser humano em três: a arqueologia do saber, a genealogia do poder e a ética. Foucault criticou a noção de que o poder é detido pelo Estado e propôs em vez disso a noção de micropoderes que disciplinam os corpos e biopoder, que disciplina a população por meio de discursos científicos.
O documento discute os principais conceitos do empirismo, como a ideia de John Locke de "tábula rasa", na qual a mente humana é inicialmente vazia e é preenchida pelas experiências sensíveis. Também aborda as limitações do empirismo apontadas por David Hume e como ele levou o ceticismo a um nível mais radical ao duvidar da capacidade humana de alcançar conhecimento verdadeiro.
1) O documento discute a evolução da Psicologia Social e como ela passou de uma abordagem positivista para uma perspectiva materialista-histórica.
2) Inicialmente, a Psicologia Social focava em descrever comportamentos de forma isolada, sem considerar fatores sociais e históricos, o que levava a reproduzir a ideologia dominante.
3) Posteriormente, passou-se a entender que o ser humano deve ser visto como produto e produtor da história da sociedade, e não apenas de estímulos individuais,
Os chistes e sua relação com o inconscienteJoão Filho
Este documento discute as teorias de Michel Foucault sobre o poder. Ele mapeia a evolução do pensamento de Foucault sobre o poder disciplinar e o biopoder, e explica os conceitos de genealogia e microfísica do poder desenvolvidos por Foucault para analisar como o poder permeia as relações sociais.
Michel Foucault nasceu em 1926 na França e decidiu ser professor de história. Ele enfrentou problemas por ser homossexual e tentou suicídio várias vezes. Seus estudos de filósofos como Hegel, Heidegger e Nietzsche o levaram a desenvolver uma teoria sobre como o poder e o saber moldam a história e a sociedade. Ele se tornou um importante filósofo conhecido por suas análises sobre como instituições como prisões, hospitais e escolas exercem controle social.
Michel Foucault foi um importante filósofo francês do século XX. Nasceu em 1926 na França e estudou filosofia e psicologia, lecionando em diversas universidades. Seus principais trabalhos analisaram como o poder é exercido através de mecanismos disciplinares em instituições como prisões, hospitais e escolas. Foucault também questionou formas tradicionais de conhecimento e poder.
Este documento é um livro de Michel Foucault intitulado "Microfísica do Poder" que discute como o poder circula e opera em nível microscópico na sociedade através de mecanismos como a vigilância, a normalização e o controle. O livro explora como essas dinâmicas de poder funcionam em diferentes instituições como hospitais, prisões, escolas e fábricas.
Este documento resume o seminário sobre a obra "Vigiar e Punir" de Michel Foucault. Foucault analisa como as prisões e outras instituições modernas produzem "corpos dóceis" através de técnicas disciplinares como a vigilância. O poder é exercido através da normalização do comportamento e da coerção. A obra teve grande influência ao questionar como o poder é exercido de forma sutil na sociedade moderna.
Este documento discute a evolução da ciência política como disciplina, desde suas origens na Grécia Antiga até os dias atuais. Primeiro, aborda como Maquiavel e Hobbes ajudaram a definir seu objeto de estudo como a ação humana intencional na história. Em seguida, contrasta as visões racionalistas de Hobbes versus a visão baseada em costumes de Hume. Por fim, discute como a ciência política passou a se envolver com engenharia institucional ao estudar formas de governo representativo.
O documento discute quatro tipos de conhecimento - religioso, filosófico, popular e científico - e suas características. Também contrasta o senso comum com a atitude científica, descrevendo como a ciência se distingue do conhecimento comum por buscar o conhecimento de forma sistemática, verificável e objetiva.
O documento discute como a educação serve como um aparelho ideológico do Estado para manter as classes dominantes no poder, de acordo com Althusser. A escola substituiu a Igreja como o principal aparelho ideológico e usa métodos sutis de controle e formação de cidadãos obedientes ao sistema capitalista. Foucault também analisa como o poder atua de forma produtiva através do discurso e do conhecimento para garantir a obediência.
1) O professor Patrick Charaudeau discute como a análise do discurso é uma área interdisciplinar que estuda a linguagem humana em sociedade e as relações de poder.
2) Três principais objetos de estudo da análise do discurso são o discurso midiático, o discurso político e o discurso científico.
3) Charaudeau argumenta que conceber o sujeito como mero portador de ideias da sociedade é limitado e que é importante estudar a agência e identidades plurais do sujeito contemporâneo
O documento discute o conceito de ideologia e sua evolução histórica. Aponta que inicialmente a ideologia era vista como produto da subjetividade individual, mas que posteriormente passou a ser entendida como tendo funções sociais objetivas, ligadas às condições históricas e divisão social do trabalho. Também mostra como o Iluminismo passou a ver os preconceitos como sendo funcionalmente mantidos pelos poderosos, ainda que os Encyclopedistas não tivessem uma visão unânime sobre a origem objetiva da ideologia.
Este documento resume conceitos-chave de Michel Foucault sobre poder, como: (1) o poder é localizado e circula em múltiplos lugares, não estando nas mãos de ninguém; (2) existem diferentes modalidades históricas de poder como o soberano, disciplinar e biopoder; (3) o corpo é um espaço no qual o poder age através de dispositivos como a vigilância e a normatização.
O documento discute a concepção de Michel Foucault sobre os intelectuais e seu relacionamento com o poder. Foucault propõe a figura do "intelectual específico", ligado a uma área de conhecimento específica, em oposição ao "intelectual universal". Ele argumenta que a verdade está ligada ao poder e que o papel do intelectual não é criticar ideologias, mas sim questionar o regime de produção da verdade.
- Louis Althusser aplicou o estruturalismo à teoria marxista, enfatizando as "estruturas inconscientes" que moldam a sociedade em vez das ações conscientes dos indivíduos.
- Ele argumentou que o indivíduo é "subjugado pelos aparelhos ideológicos" na sociedade.
- Nos últimos anos de sua vida, Althusser sofreu de problemas de saúde mental graves e matou sua esposa antes de ser internado em um hospital psiquiátrico.
O documento apresenta uma atividade de sociologia sobre os temas de poder político, econômico e ideológico. O objetivo é despertar o olhar crítico dos alunos sobre as principais teorias de poder e identificar mecanismos de produção e desinformação. Inclui textos sobre formas de exercício do poder e teorias do poder de autores como Weber, Marx, Bourdieu e Foucault.
1. O documento discute como diferentes pensadores ao longo da história, como Aristóteles e Thomas Hobbes, tiveram visões divergentes sobre a natureza humana, influenciadas por seus respectivos contextos históricos.
2. Marx e Engels posteriormente criticaram essas visões, propondo que sob o capitalismo a "condição humana" é de alienação, onde os indivíduos são regidos por ideologias em vez de pensarem por si mesmos.
3. Atualmente, a filosofia é importante para combater a imposição de ideolog
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluidoEwerton Gindri
1. O documento discute conceitos da Análise do Discurso como sujeito, forma-sujeito e posição-sujeito e sua relação com a linguagem e história.
2. Aborda também como história e historicidade se inscrevem no discurso e são compreendidas pela AD.
3. Apresenta citações que refletem sobre a produção do conhecimento e sua relação com a luta de classes.
O documento discute a necessidade de renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. Aborda temas como: (1) a tensão entre regulação e emancipação na sociedade moderna; (2) a proposta de uma "nova cultura política emancipatória" baseada em uma ecologia de saberes; (3) os desafios de se construir uma democracia de alta intensidade que promova a redistribuição social.
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
O documento discute os principais métodos de pesquisa em sociologia, incluindo o Censo Demográfico realizado pelo IBGE, e contrasta o método científico com o senso comum. Também apresenta os principais pensadores da sociologia clássica - Comte, Durkheim, Marx e Weber - e resume brevemente suas ideias e contribuições.
Conferência Goiás I Prevenção à fraude em negócios B2B e B2C: boas práticas e...E-Commerce Brasil
Pedro Lamim
Head de Prevenção à Fraude
Pagar.me
Prevenção à fraude em negócios B2B e B2C: boas práticas e as principais tendências emergentes.
Saiba mais em: https://eventos2.ecommercebrasil.com.br/conferencia-goias/
Conferência Goiás I Os impactos da digitalização do Atacarejo no Brasil.E-Commerce Brasil
Tiago Campos
Diretor de Novos Negócios
Uappi
Os impactos da digitalização do Atacarejo no Brasil.
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O documento discute os principais conceitos do empirismo, como a ideia de John Locke de "tábula rasa", na qual a mente humana é inicialmente vazia e é preenchida pelas experiências sensíveis. Também aborda as limitações do empirismo apontadas por David Hume e como ele levou o ceticismo a um nível mais radical ao duvidar da capacidade humana de alcançar conhecimento verdadeiro.
1) O documento discute a evolução da Psicologia Social e como ela passou de uma abordagem positivista para uma perspectiva materialista-histórica.
2) Inicialmente, a Psicologia Social focava em descrever comportamentos de forma isolada, sem considerar fatores sociais e históricos, o que levava a reproduzir a ideologia dominante.
3) Posteriormente, passou-se a entender que o ser humano deve ser visto como produto e produtor da história da sociedade, e não apenas de estímulos individuais,
Os chistes e sua relação com o inconscienteJoão Filho
Este documento discute as teorias de Michel Foucault sobre o poder. Ele mapeia a evolução do pensamento de Foucault sobre o poder disciplinar e o biopoder, e explica os conceitos de genealogia e microfísica do poder desenvolvidos por Foucault para analisar como o poder permeia as relações sociais.
Michel Foucault nasceu em 1926 na França e decidiu ser professor de história. Ele enfrentou problemas por ser homossexual e tentou suicídio várias vezes. Seus estudos de filósofos como Hegel, Heidegger e Nietzsche o levaram a desenvolver uma teoria sobre como o poder e o saber moldam a história e a sociedade. Ele se tornou um importante filósofo conhecido por suas análises sobre como instituições como prisões, hospitais e escolas exercem controle social.
Michel Foucault foi um importante filósofo francês do século XX. Nasceu em 1926 na França e estudou filosofia e psicologia, lecionando em diversas universidades. Seus principais trabalhos analisaram como o poder é exercido através de mecanismos disciplinares em instituições como prisões, hospitais e escolas. Foucault também questionou formas tradicionais de conhecimento e poder.
Este documento é um livro de Michel Foucault intitulado "Microfísica do Poder" que discute como o poder circula e opera em nível microscópico na sociedade através de mecanismos como a vigilância, a normalização e o controle. O livro explora como essas dinâmicas de poder funcionam em diferentes instituições como hospitais, prisões, escolas e fábricas.
Este documento resume o seminário sobre a obra "Vigiar e Punir" de Michel Foucault. Foucault analisa como as prisões e outras instituições modernas produzem "corpos dóceis" através de técnicas disciplinares como a vigilância. O poder é exercido através da normalização do comportamento e da coerção. A obra teve grande influência ao questionar como o poder é exercido de forma sutil na sociedade moderna.
Este documento discute a evolução da ciência política como disciplina, desde suas origens na Grécia Antiga até os dias atuais. Primeiro, aborda como Maquiavel e Hobbes ajudaram a definir seu objeto de estudo como a ação humana intencional na história. Em seguida, contrasta as visões racionalistas de Hobbes versus a visão baseada em costumes de Hume. Por fim, discute como a ciência política passou a se envolver com engenharia institucional ao estudar formas de governo representativo.
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O documento discute como a educação serve como um aparelho ideológico do Estado para manter as classes dominantes no poder, de acordo com Althusser. A escola substituiu a Igreja como o principal aparelho ideológico e usa métodos sutis de controle e formação de cidadãos obedientes ao sistema capitalista. Foucault também analisa como o poder atua de forma produtiva através do discurso e do conhecimento para garantir a obediência.
1) O professor Patrick Charaudeau discute como a análise do discurso é uma área interdisciplinar que estuda a linguagem humana em sociedade e as relações de poder.
2) Três principais objetos de estudo da análise do discurso são o discurso midiático, o discurso político e o discurso científico.
3) Charaudeau argumenta que conceber o sujeito como mero portador de ideias da sociedade é limitado e que é importante estudar a agência e identidades plurais do sujeito contemporâneo
O documento discute o conceito de ideologia e sua evolução histórica. Aponta que inicialmente a ideologia era vista como produto da subjetividade individual, mas que posteriormente passou a ser entendida como tendo funções sociais objetivas, ligadas às condições históricas e divisão social do trabalho. Também mostra como o Iluminismo passou a ver os preconceitos como sendo funcionalmente mantidos pelos poderosos, ainda que os Encyclopedistas não tivessem uma visão unânime sobre a origem objetiva da ideologia.
Este documento resume conceitos-chave de Michel Foucault sobre poder, como: (1) o poder é localizado e circula em múltiplos lugares, não estando nas mãos de ninguém; (2) existem diferentes modalidades históricas de poder como o soberano, disciplinar e biopoder; (3) o corpo é um espaço no qual o poder age através de dispositivos como a vigilância e a normatização.
O documento discute a concepção de Michel Foucault sobre os intelectuais e seu relacionamento com o poder. Foucault propõe a figura do "intelectual específico", ligado a uma área de conhecimento específica, em oposição ao "intelectual universal". Ele argumenta que a verdade está ligada ao poder e que o papel do intelectual não é criticar ideologias, mas sim questionar o regime de produção da verdade.
- Louis Althusser aplicou o estruturalismo à teoria marxista, enfatizando as "estruturas inconscientes" que moldam a sociedade em vez das ações conscientes dos indivíduos.
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1. O documento discute como diferentes pensadores ao longo da história, como Aristóteles e Thomas Hobbes, tiveram visões divergentes sobre a natureza humana, influenciadas por seus respectivos contextos históricos.
2. Marx e Engels posteriormente criticaram essas visões, propondo que sob o capitalismo a "condição humana" é de alienação, onde os indivíduos são regidos por ideologias em vez de pensarem por si mesmos.
3. Atualmente, a filosofia é importante para combater a imposição de ideolog
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3. Apresenta citações que refletem sobre a produção do conhecimento e sua relação com a luta de classes.
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Gerente de Conteúdo
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Conteúdo que vende: Estratégias para o aumento de conversão para marketplace.
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8. O percurso intelectual de Michel
Foucault
As categorias de filósofo ou historiador são, ao mesmo
tempo, bastante imprecisas e por demais limitadas para
caracterizar os trabalhos realizados por Michel Foucault ao
longo de sua vida. Ao percorrer, com suas análises, campos
de conhecimento diversos, ele rompe com as divisões
disciplinares tradicionais, o que faz com que seus trabalhos
tenham ressonância em muitas regiões do conhecimento,
sobretudo nas assim chamadas Ciências Humanas.
Apresentar os contornos mais amplos do percurso
intelectual de Foucault é, conseqüentemente, tarefa árdua,
dada a multiplicidade de áreas e de objetos englobados por
suas pesquisas.
9. Cronologia dos principais textos
• Doença Mental e Personalidade (1954)
• História da Loucura (1961)
• Nascimento da Clínica (1963)
• As Palavras e as Coisas (1966)
• A Arqueologia do Saber (1969)
• A Ordem do Discurso (1970)
• Teorias e Instituições Penais (1971-1972)
• A Verdade e as Formas Jurídicas (1973)
• A Sociedade Punitiva (1972-1973)
• O Poder Psiquiátrico (1973-1974)
• Os Anormais (1974-1975)
• Vigiar e Punir (1975)
• Em Defesa da Sociedade (1975-1976)
• História da Sexualidade I (1976)
• Segurança, Território, População (1977-1978)
• Nascimento da Biopolítica (1978-1979)
• Do Governo dos Vivos (1979-1980)
• Subjetividade e Verdade (1980-1981)
• A Hermenêutica do Sujeito (1981-1982)
• O Governo de Si e dos Outros (1983)
• A Coragem da Verdade (1984)
• História da Sexualidade II e III (1984)
10. Arqueologia, Genealogia e Ética
Geralmente os escritos de Foucault são divididos em
três domínios distintos de análise, a cada um dos quais
se associa um determinado tipo de abordagem. O
primeiro domínio seria o dos sistemas de
conhecimento, abordado a partir de uma arqueologia
do saber. O segundo domínio seria aquele das
modalidades de poder, estudado a partir de uma
genealogia do poder. E o terceiro domínio seria o das
relações do sujeito consigo mesmo, analisado a partir
de uma ética.
11. Roberto Machado – Por uma
genealogia do poder
Questão do poder não é o mais velho desafio
formulado pelas análises de Foucault;
Homogeneidade dos instrumentos metodológicos:
saber, descontinuidades, articulação saberes/espaços
institucionais/estrutura social, crítica da ideia de
progresso em história das ciências etc.;
Arqueologia: como os saberes apareciam e se
transformavam;
Genealogia: questão do porquê das transformações;
12. Não há uma teoria geral do poder;
Romper com a relação exclusiva Estado/poder;
Microfísica do poder: os poderes se exercem em níveis
variados, em pontos diferentes da rede social,
integrados ou não ao Estado;
Estado não é o órgão central e único do poder;
Poderes funcionam como redes de dispositivos a que
nada ou ninguém escapa, a que não existe exterior
possível, limites ou fronteiras;
13. Rigorosamente, o poder não existe; existem sim
práticas ou relações de poder;
Qualquer luta é sempre resistência dentro da própria
rede do poder; onde há poder, há resistência;
Busca de uma concepção não-jurídica do poder;
Relações de poder não se passam nem ao nível do
direito, nem da violência; nem contratuais, nem
repressivas;
Concepção positiva do poder;
Questão específica: os poderes disciplinares;
14. Disciplina como método que permite o controle
minucioso das operações do corpo, docilidade-
utilidade;
“Fabrica” o tipo de homem necessário ao
funcionamento e manutenção da sociedade capitalista;
Poder é produtor de individualidade; o indivíduo é
uma produção do poder e do saber;
Não considerar pertinente para a análise a distinção
ciência e ideologia;
15. Verdade e Poder
• Quando fiz meus estudos, por volta dos anos 50-55, um dos problemas que se
colocava era o do estatuto político da Ciência e as funções ideológicas que podia
veicular. Não era exatamente o problema Lyssenko que dominava, mas creio
que em torno deste caso escandaloso, que durante tanto tempo foi dissimulado
e cuidadosamente escondido, apareceu uma série de questões interessantes.
Duas palavras podem resumi-las: poder e saber. Creio haver escrito História da
loucura dentro deste contexto. Para mim tratava-se de dizer o seguinte: se
perguntamos a uma Ciência como a física teórica, a química orgânica quais
suas relações com as estruturas políticas e econômicas da sociedade, não
estaremos colocando um problema muito complicado? Não será muito grande
a exigência para uma explicação possível? Se, em contrapartida, tomarmos um
saber como a psiquiatria, não será a questão muito mais fácil de ser resolvida
porque o perfil epistemológico da psiquiatria é pouco definido, e porque a
prática psiquiátrica está ligada a uma série de instituições, de exigências
econômicas imediatas e de urgências políticas e de regulamentações sociais?
(Foucault, 1981b, p.1)
16. Evitar a noção de Ideologia
• A noção de ideologia me parece dificilmente utilizável por três
razões. A primeira é que, queira-se ou não, ela está sempre em
oposição virtual a alguma coisa que seria a verdade. Ora, creio
que o problema não é de se fazer a partilha entre o que num
discurso releva da cientificidade e da verdade e o que relevaria de
outra coisa; mas de ver historicamente como se produzem efeitos
no interior de discursos que não são em si nem verdadeiros nem
falsos. Segundo inconveniente: refere-se necessariamente a
alguma coisa como o sujeito. Enfim, a ideologia está em posição
secundária em relação a alguma coisa que deve funcionar para ela
como infra-estrutura ou determinação econômica, material, etc.
Por estas três razões creio que é uma noção que não deve ser
utilizada sem precauções” (Foucault, 1981b, p.7).
17. Foucault e a “natureza” humana
• Foucault vê o homem como um “animal de
experiência”, pois “no curso de sua história, o homem
não cessou de se construir a si mesmo, ou seja, de
trasladar continuamente o nível de sua subjetividade,
de se constituir numa série infinita e múltipla de
subjetividades diferentes que nunca alcançam um final
nem nos colocam na presença de algo que pudesse ser
o homem. (citado por Ortega, 1999)
18. História da Loucura
• Encontrar as próprias condições históricas que tornaram
possível um conhecimento acerca da loucura como doença
mental;
• Não mais apenas contextualizar historicamente o saber
sobre a enfermidade mental mas procurar as condições
históricas que permitiram que a experiência da loucura
pudesse ser tratada como doença mental;
• Não fazer uma história da linguagem da razão sobre a
loucura (como seria uma simples história da Psiquiatria),
mas uma arqueologia do silêncio da loucura, silêncio este
que permitiu o monólogo da razão;
19. As Palavras e as Coisas
• Estuda-se a passagem da epistéme clássica para a
moderna e o surgimento das Ciências Humanas;
• A epistéme aparece como o solo comum, espaço de
identidades, similitudes e analogias no qual se
distribuem as coisas diferentes e parecidas numa
cultura, limitando seu horizonte de pensamento,
podendo sofrer rupturas e transformações;
20. Vigiar e Punir
• Dos suplícios de criminosos no século XVIII ao grande
complexo carcerário do século XX, Foucault analisa as
transformações das práticas penais e com elas as
transformações das práticas de poder no interior das
sociedades modernas. E dentro destas transformações,
um problema principal: a emergência da prisão como
instituição central, à qual vem se articular um novo
conjunto de práticas de poder disciplinares, suporte
também de novas relações de conhecimento;
21. Três Momentos da Trajetória
Arqueologia do Saber: domínio dos sistemas de
conhecimento;
Genealogia o Saber: domínio das modalidades de
poder;
Ética: domínio das relações do sujeito consigo mesmo;
Tripla ontologia: saber-poder-sujeito;
22. Relação Saber/Poder
• Seria talvez preciso também renunciar a toda uma
tradição que deixa imaginar que só pode haver saber
onde as relações de poder estão suspensas e que o
saber só pode desenvolver-se fora de suas injunções,
suas exigências e seus interesses. (...) Temos antes que
admitir que o poder produz saber (e não simplesmente
favorecendo-o porque o serve ou aplicando-o porque é
útil); que poder e saber estão diretamente implicados;
que não há relações de poder sem constituição
correlata de um campo de saber, nem saber que não
suponha e não constitua ao mesmo tempo relações de
poder. (...)” (Foucault, 1977, p. 29-30)
23. Poder (I)
• Deve-se conceber o poder não como posse mas sim como
um conjunto de relações estratégicas imanentes às relações
sociais; deve-se enfatizar que o poder produz
comportamentos e individualidades, não se limitando
assim à interdição e à proibição; também as relações entre
poder e saber não se resumem a relações de exterioridade
mas poder e saber devem ser vistos como intimamente
relacionados, sendo o próprio sujeito do conhecimento
muito mais um “efeito” das relações poder-saber;
finalmente, as práticas de resistência necessitam ser
concebidas como correlativas ao poder, como virtualmente
presentes em todos os pontos de sua aplicação. (resumo)
24. Poder (II)
• É um conjunto de ações sobre ações possíveis: ele
opera sobre o campo de possibilidades aonde se vêm
inscrever o comportamento dos sujeitos atuantes: ele
incita, ele induz, ele contorna, ele facilita ou torna
mais difícil, ele alarga ou limita, ele torna mais ou
menos provável; no limite ele constrange ou impede
completamente; mas ele é sempre uma maneira de agir
sobre um ou sobre sujeitos atuantes, enquanto eles
agem ou são susceptíveis de agir. Uma ação sobre
ações. (Foucault, O Sujeito e o Poder)
25. O eixo do poder
História da Loucura: questão da exclusão e da
objetivação;
Vigiar e Punir: os poderes disciplinares;
Panoptismo;
Cursos e a noção de governamentalidade;
26.
27.
28. Crítica da Cultura;
Ofício de sociólogo;
Contexto francês;
Sistemas simbólicos: consenso ou conflito e poder?
Conceitos de habitus e de campo;
Capital econômico, cultural, social, simbólico;
29. Afastamento teórico do Estruturalismo e reflexão
sobre a mediação entre o agente social e a sociedade;
Superar falsas oposições na Sociologia;
Relações entre estruturas objetivas e disposições
duráveis dos agentes;
Habitus: sistema de disposições duráveis, resultado de
um longo processos de aprendizagem;
História incorporada pelo ator social;
História objetivada nas instituições sociais;
30. Conceitos principais
Campo
Problema da diferenciação social das atividades nas
sociedades modernas;
Microcosmos sociais relativamente autônomos;
Cada campo possui regras do jogo e desafios
específicos;
Espaço estruturados de posições ocupadas pelos
diferentes agentes do campo;
Luta pela apropriação específica do capital do campo;
31. A cada campo corresponde um habitus próprio do
campo;
Campo artístico;
Campo científico;
Campo econômico;
Campo jurídico;
Campo literário;
Campo religioso;
32. Capital
Estoque de recursos que podem ser possuídos ou
mobilizados por indivíduos ou grupos;
Capital cultural: conjunto multidimensional de
competências institucionalizadas ou não;
Capital social: relações pessoais ou coletivas como
recursos disponíveis;
Capital simbólico: estatuto simbólico de indivíduos ou
grupos, reconhecimento e valorização;
33. Habitus
Reintroduzir na antropologia estruturalista a
capacidade inventiva dos agentes;
Prática como produto da relação dialética entre uma
situação e o habitus;
Sistema de disposições duráveis e transponíveis que
funciona em cada momento como uma matriz de
percepções, apreciações e ações;
Competência prática, espécie de gramática gerativa;
34. Violência simbólica
Como compreender a perpetuação da ordem e da
dominação;
Problema da adesão ou da contribuição dos dominados
para sua própria submissão;
Violência simbólica como a coerção que se institui por
intermédio da adesão que o dominado não pode deixar
de dar ao dominante;
Cf. Vocabulário Bourdieu, Autêntica.
36. SELL. C.E.; MARTINS, C.B. (2017) Teoria sociológica
contemporânea. São Paulo: Annablume.
37. Miceli – A força do sentido
Importância dos estudos sobre ideologia e cultura nas
Ciências Humanas no século XX;
Sociologia dos sistemas simbólicos de Pierre Bourdieu;
Duas posturas para lidar com a cultura:
Sistemas simbólicos como instrumentos de
comunicação e conhecimento x sistemas simbólicos
como instrumentos de poder;
Durkheim e Lévi-Strauss x Marx e Weber;
Insuficiência dessa alternativa;
38. Crítica de Bourdieu tanto ao simbólico como puro
conhecimento quanto ao simbólico como puro poder,
perdendo a realidade própria dos sistemas simbólicos;
Compatibilizar Marx, Weber e Durkheim;
Não há relações de sentido que não estejam referidas e
determinadas por sistemas de dominação: p. XIII
Durkheim: classificação das coisas reproduz a
classificação dos homens;
Representações possuem existência material;
39. Prática não é a execução de uma norma social coletiva
e onipotente;
Habitus como sistema de disposições duráveis,
princípio gerador flexível que possibilita
improvisações reguladas; interiorização de estruturas
exteriores;
Conjunto de esquemas implantados desde a primeira
educação familiar e repostos e reatualizados ao longo
da trajetória social restante;
40. As estruturas produzem os habitus tendentes a
reproduzi-las;
Processo de simbolização legitima e justifica a unidade
do sistema de poder;
41. Bourdieu – Fieldwork in philosophy
Estudante nos anos 50;
Stalinismo;
Canguilhem, Althusser, Foucault;
Recusa do existencialismo e do humanismo;
Sociologia empírica e medíocre na época;
Estruturalismo e Lévi-Strauss;
Pesquisa etnológica;
Ruptura com o estruturalismo;
Reintroduzir os agentes;
42. Coerência das construções práticas;
Escapar da alternativa do estruturalismo sem sujeito e
da filosofia do sujeito;
Análise nem intelectualista nem mecanicista da
relação entre o agente e o mundo;
Condições para o cálculo racional praticamente nunca
são dadas nas prática;
Disposições socialmente construídas;
Primado da razão prática;
43. Estruturalismo genético;
Sociologia descobre o arbitrário e a contingência, ali
onde as pessoas gostam de ver a necessidade ou a
natureza;
Ao historicizar, a sociologia desnaturaliza, desfataliza;
Liberdade em relação ao determinismo;
Marxismo acaba sendo um pensamento protegido
contra a crítica histórica;
Estruturas simbólicas;
44. Recusar a ambição totalizante;
Relação ambivalente com a Escola de Frankfurt;
Crítica social da cultura; sistema escolar etc.
Formas de classificação são formas de dominação;
Diversidade do trabalho sociológico;
Lógica do rótulo classificatório e estigmatização;
Relação pragmática com os autores;
Colocar o problema da razão e das normas de maneira
historicista;
45. A verdade é um jogo de lutas em todos os campos;
Autoanálise do cientista;
46. Bourdieu – Crítica da Razão Escolástica
Participar da ilusão científica, literária, filosófica etc.
Disposição escolástica e pensamento “puro”;
Neutralização das urgências e dos fins práticos;
Prolongar a análise durkheimiana da gênese social das
“formas de pensamento” por uma análise das variações
das disposições cognitivas em relação ao mundo
conforme as condições sociais e as situações históricas;
p.27
47. Recalque das determinações materiais das práticas
simbólicas;
Olhar escolástico: olhar distante e altivo;
Esquecer as condições históricas e sociais de
possibilidade da razão escolástica;
Nobreza escolar e maio de 1968; p.47
Rejeitar o intelectual total; p. 50-51
Descortinar a lógica da prática;
48. Não projetar na prática o raciocínio escolástico;
Noção de estratégia x estrutura;
A Distinção: gosto é socialmente construído;
Nem Habermas nem Foucault;
49. A força do Direito: elementos para uma
Sociologia do campo jurídico
Tomar a “ciência jurídica” como objeto;
Formalismo x instrumentalismo;
Kelsen: “teoria pura do Direito” como ideologia
profissional;
Direito como aparelho ideológico de Estado;
Não ignorar a estrutura dos sistemas simbólicos;
Universo social relativamente independente dos
constrangimentos externos;
50. Autoridade jurídica como forma por excelência da
violência simbólica legítima, monopolizada pelo
Estado e combinada com o uso da força física;
Campo jurídico como lugar de concorrência pelo
monopólio do direito de dizer o direito;
Cisão entre os profanos e os profissionais;
Corpo hierarquizado que põe em prática
procedimentos codificados de resolução de conflitos;
51. Retórica da autonomia, da neutralidade e da
universalidade;
Dois polos extremos: professores x magistrados;
Tradição romano-germânica x tradição anglo-
americana;
Doutrina x jurisprudência;
O conteúdo prático da lei que se revela no veredicto é o
resultado de uma luta simbólica entre profissionais
dotados de competências técnicas e sociais desiguais;
52. Entrar no jogo implica em aceitar a adoção de um
modo de expressão e de discussão que implica a
renúncia à violência física e às formas elementares de
violência simbólica;
Habitus jurídicos: atitudes comuns, formadas por
experiências familiares, estudos de Direito e da prática
das profissões jurídicas que funcionam como
categorias de percepção e de apreciação;
53. Clientes dos profissionais: renunciar a gerir
tacitamente, por si próprios, os conflitos;
O Direito consagra a ordem estabelecida, ao consagrar
a visão desta ordem, que é uma visão do Estado;
O Direito é a forma por excelência do poder simbólico
de nomeação que cria as coisas nomeadas;
O Direito é a forma por excelência do discurso atuante,
capaz de produzir efeitos;
Faz o mundo social, mas também é feito por este;
54. Efeito mágico de nomeação, ato de força simbólica que
só é bem sucedido porque está fundado na realidade;
Efeito de naturalização, doxa, adesão imediata ao que é
evidente, normal;
55. A Dominação Masculina
Paradoxo da doxa: o fato de que a ordem no mundo
seja grosso modo respeitada;
Perpetuação da ordem estabelecida;
Dominação masculina como exemplo de violência
simbólica;
Restituir à doxa seu caráter paradoxal; demonstrar os
processos que são responsáveis pela transformação da
história em natureza, do arbitrário cultural em natural;
56. Devolver à diferença entre o masculino e o feminino
seu caráter arbitrário, contingente;
Apreender a dimensão propriamente simbólica da
dominação masculina;
Não apenas dominação na unidade doméstica, mas
também por meio de instituições com a Escola e o
Estado;
57. Incorporação, sob a forma de esquemas inconscientes
de percepção e de apreciação, das estruturas históricas
da ordem masculina;
Análise etnográfica das estruturas objetivas e das
formas cognitivas de uma sociedade histórica
específica, a dos berberes da Cabília;
Forma paradigmática da visão “falo-narcísica” e da
cosmologia androcêntrica;
Crítica à Foucault;
58. Sociedade Cabila: ordem da sexualidade não se
constitui como tal, as diferenças sexuais permanecem
imersas no conjunto das oposições que organizam todo
o cosmo;
Sistema de diferenças naturais em aparência;
A divisão entre os sexos parece estar “na ordem das
coisas”;
Incorporada no corpo e no habitus dos agentes;
59. Concordância entre as estruturas objetivas e as
estruturas cognitivas: “atitude natural” ou “experiência
dóxica”;
Ordem masculina dispensa justificação; visão
androcêntrica se impõe como neutra;
Princípios de visão e de divisão sexualizantes; aplica-se
a todas as coisas do mundo;
Visão mítica do mundo enraizada na relação arbitrária
da dominação masculina;
60. Questões: A força do Direito
Como Bourdieu caracteriza o campo jurídico? Por que
ele afirma que é preciso evitar tanto o formalismo
quanto o instrumentalismo para analisá-lo? O que ele
entende como “poder de nomeação”?
61. Prova Sociologia IV - 2018
Prova individual;
Escolha 2 questões para responder;
Utilizar no máximo 5 páginas para cada resposta (times 12, espaço duplo);
Usar para consulta a bibliografia obrigatória e complementar da disciplina;
Não fazer citações ou transcrição de textos na resposta;
A prova será anulada em caso de plágio ou de provas iguais (partes ou
completa);
Colocar nome completo e período (também na linha de assunto do email);
Enviar por email a prova até 20/21 de dezembro;
Endereço: mcalvarez@usp.br
62. Questão 1
A partir de seu texto intitulado “Teoria Tradicional e Teoria
Crítica”, Max Horkheimer acabou consagrando o termo “teoria
crítica” como forma de designar a perspectiva do conjunto dos
autores da assim chamada “Escola de Frankfurt”. Como o autor
caracteriza essas diferentes concepções e práticas de
conhecimento? Tendo em vista tal discussão, como poderiam
ser situadas as posteriores trajetórias intelectuais de Michel
Foucault e de Pierre Bourdieu? Exemplifique, quando possível,
a argumentação.
63. Questão 2
Em entrevista de 1977, Michel Foucault afirmava: “A noção de ideologia
me parece dificilmente utilizável por três razões. A primeira é que (...) ela
está sempre em oposição virtual a alguma coisa que seria a verdade. (...)
Segundo inconveniente: refere-se necessariamente a alguma coisa como o
sujeito. Enfim, a ideologia está em posição secundária em relação a alguma
coisa que deve funcionar para ela como infra-estrutura ou determinação
econômica, material, etc. Por estas três razões creio que é uma noção que
não deve ser utilizada sem precauções” (Foucault, 1981b, p.7).
Tendo em vista essa afirmação, como Foucault desenvolve suas análises
em Vigiar e em História da Sexualidade I? É possível afirmar que a noção
de ideologia está ausente nesses textos? Neste aspecto, sua perspectiva se
aproxima ou se afasta da análise de Adorno e de Horkheimer sobre a
“indústria cultura”? Justifique.
64. Questão 3
Em Vigiar e Punir, Michel Foucault defende a
perspectiva de uma “microfísica do poder”. Tendo em
vista também o volume I de sua História da
Sexualidade, como o autor caracteriza essa expressão?
Quais os efeitos dessa proposta em termos das suas
investigações sobre a prisão e sobre a sexualidade?
Compare, em linhas gerais, a análise de Foucault sobre
a punição e a de Pierre Bourdieu sobre o campo
jurídico.