O poema descreve uma menina que queria ser livre como um pássaro, mas aprendeu que a verdadeira liberdade vem de dentro, fechando os olhos e adormecendo. Após muitos anos tentando voar de árvores e lendo livros, ela percebeu que a liberdade interior é encontrada no sono.
1. Aprender a ser livre
Uma menina pôs-se a pensar
Que um dia queria ser
Livre como um pássaro
Mas precisava de aprender.
Perguntou à sua mãe,
Se um dia conseguiria voar
A mãe disse que não,
Mas, mesmo assim, ela quis tentar.
Andou pela floresta,
Pelo meio do pinhal
Atirou-se de uma árvore
E foi parar ao hospital.
Procurou em muitos livros
Para a solução encontrar
Mas só encontrou livros
Sobre a Terra e o mar.
Após muitos, muitos anos
Conseguiu finalmente perceber
Que para se ser totalmente livre
É só fechar os olhos e adormecer.
Sónia Branquim - Escalão C
2. “A verdade sobre o medo”
Escrevi a palavra medo,
E a coragem acobardou-se.
Refugiei-me no Passado,
Mas o Futuro amotinou-se.
E o Presente?
Esse não passava de uma ilusão!
Tudo o que se via,
Era fruto da imaginação.
A fantasia existia,
Mas a realidade não!
Pássaros eram vistos como dragões,
E as estrelas como vulcões em erupção…
Será a coragem responsável pelo medo,
Ou o medo responsável pela coragem?
Ninguém reagia,
Nem expressava o seu medo,
E a ausência da coragem prevalecia!
Euterpe - Escalão D
3. A Vida
A vida é fogo e água
É vento e pó
É quente e fria
Áspera e macia
É plena e vazia
A vida é um começo,
Uma passagem sem endereço
Uma viagem longa e sem rumo
Comboio à solta e sem Destino
Toque de Fada, dobrar do sino
Momento breve, na palma da mão
Esculpida de sins e bordada de nãos
Mais que sonho, ilusão, quimera
É dia de chuva, é Primavera
É sentimento, consumido pelo tempo
Obra infinita e inacabada
A vida é tudo… a vida é nada.
Lusitanos - ESCALÃO H