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PLAN
PROJETO DE LEI Nº _______ de ____ de ________________ de 2015.
Aprova o Plano Municipal de Educação de
Penha/SC e dá outras providências
Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação de Penha, constante no
documento anexo, com duração de dez anos a partir da data da publicação desta lei,
com vistas ao cumprimento do disposto no inciso I do artigo 11 da Lei Federal nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996 e no artigo 2º da Lei Federal nº 13.005, de 25 de
junho de 2014.
§ 1º As metas previstas no Anexo Único integrante desta lei deverão ser cumpridas
no prazo de vigência do Plano Municipal de Educação de Penha/2015-2025, desde
que não haja prazo inferior definido para metas específicas.
§ 2º As metas previstas no Anexo Único integrante desta lei referenciaram-se na
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, no censo demográfico e nos
censos nacionais da educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na
data da publicação desta Lei.
§ 3º As estratégias definidas no Anexo Único integrante desta lei não excluem a
adoção de medidas visando formalizar a cooperação entre os entes federados.
Art. 2º São diretrizes do Plano Municipal de Educação de Penha/2015-2025:
I. erradicação do analfabetismo;
II. universalização do atendimento escolar;
III. superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da
cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV. melhoria da qualidade da educação;
V. formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e
éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI. promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII. promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII. estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação, que
assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de
qualidade e equidade;
IX. valorização dos profissionais da educação;
X. promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à
sustentabilidade socioambiental.
Art. 3º O Município de Penha, em articulação com a sociedade civil, procederá as
avaliações periódicas da implementação do Plano Municipal de Educação.
§ 1º O Poder Legislativo, por intermédio da Comissão de Educação, acompanhará a
execução do Plano Municipal de Educação.
§ 2º A primeira avaliação realizar-se-á no terceiro ano de vigência desta Lei, por
meio do Conselho Municipal de Educação de Penha em parceira com a Secretaria
Municipal de Educação, cabendo à Câmara de Vereadores aprovar as medidas
legais decorrentes, com vistas à correção de deficiências e distorções.
§ 3º As alterações decorrentes dos processos de monitoramento e avaliação do
Plano Municipal de Educação de Penha, deverão estar alinhadas com as
determinações das metas e estratégias nacionais definidas no Plano Nacional de
Educação em vigor.
§ 4º O Município de Penha deverá promover, em colaboração com o Estado de
Santa Catarina e a União, a realização de, pelo menos, 2 (duas) Conferências de
Educação da Cidade até o final da década, com intervalo de até 4 (quatro) anos
entre elas, com o objetivo de avaliar e monitorar a execução do Plano Municipal de
Educação e subsidiar a elaboração do próximo Plano Municipal de Educação de
Penha (2025-2035).
Art. 4º Os planos plurianuais e orçamentários anuais do Município serão elaborados
de modo a dar suporte às metas constantes do Plano Municipal de Educação.
Art. 5º Os Poderes Municipais, Executivo e Legislativo, empenhar-se-ão na
divulgação deste Plano e da progressiva realização de seus objetivos e metas, para
que a sociedade o conheça amplamente e acompanhe sua implementação.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
ANEXO ÚNICO
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PENHA
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS..........................................................................................
LISTADE GRÁFICOS.......................................................................................
LISTA DE TABELAS..........................................................................................
APRESENTAÇÃO..............................................................................................
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................
MONITORAMENTO DO PME – Lei nº 2209/2008.............................................
2. O MUNICÍPIO DE PENHA.........................................................................................
2.1 PERFIL HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE PENHA......................................
2.2 PERFIL POPULACIONAL DO MUNICÍPIO DE PENHA...............................
2.3 PERFIL SOCIOECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE PENHA.........................
2.4 PERFILEDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE PENHA..................................
META 1...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 1...............................................................................
META 2...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 2...............................................................................
META 3...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 3...............................................................................
META 4...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 4...............................................................................
META 5...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 5...............................................................................
META 6...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 6...............................................................................
META 7...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 7...............................................................................
META 8...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 8...............................................................................
META 9...............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 9...............................................................................
META 10.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 10.............................................................................
META 11.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 11.............................................................................
META 12.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 12.............................................................................
META 13.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 13.............................................................................
META 14.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 14.............................................................................
META 15.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 15.............................................................................
META 16.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 16.............................................................................
META 17.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 17.............................................................................
META 18.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 18.............................................................................
META 19.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 19.............................................................................
META 20.............................................................................................................
ESTRATÉGIAS DA META 20.............................................................................
REFERENCIAS.................................................................................................
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – PIB a preços correntes de Penha, com posição regional e estadual - 2002
a 2009. Fonte: IBGE ............................................................................................................. 17
Tabela 2 – Indicadores da Educação Básica em Penha. Fonte: Inep ......................... 20
Tabela 3 – Docentes da Educação Infantil , por formação em Penha. Fonte: Inep . 22
Tabela 4 – Porcentagem de matrículas em tempo integral na Educação Infantil .
Fonte: Inep ............................................................................................................................. 22
Tabela 5 – Matrícula do Ensino Fundamental em 2014, por dependência
administrativa. Fonte: Inep .................................................................................................. 30
Tabela 6 – Distribuição dos estudantes do Ensino Médio por período. Fonte: Inep . 38
Tabela 7 – Distribuição da oferta de Educação Especial/Penha. Fonte: MEC/Inep.. 41
Tabela 8 – Escolas com salas de recursos multifuncionais em uso. Fonte: Inep ...... 41
Tabela 9 – Deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas
habilidades/superdotação em Penha. Fonte: MEC......................................................... 41
Tabela 10 – Alunos matriculados na Educação Especial: Fonte: Inep/2014 .............. 42
Tabela 11 – Resultados da ANA/2013. Fonte: SIMEC................................................... 49
Tabela 12 – Quadro comparativo/IDEB/dependência administrativa. Fonte: Inep. ... 54
Tabela 13 – Pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil – 5º
ano. Fonte: Inep .................................................................................................................... 55
Tabela 14 – Pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil – 9º
ano. Fonte: Inep .................................................................................................................... 55
Tabela 15 – Estudantes EJA de Penha segundo a localização. Fonte: MEC/Inep ... 64
Tabela 16 – Matrículas de EJA em Penha por cor/raça. Fonte: MEC/Inep ................ 64
Tabela 17 – Matrículas da EJA na Rede Pública de Ensino de Penha. Fonte: Inep. 66
Tabela 18 – matrículas da Educação Profissional em Santa Catarina em 2013.
Fonte: Inep ............................................................................................................................. 73
Tabela 19 – % total de mestres e doutores/Ensino Superior/SC/2013. Fonte: Inep . 82
Tabela 20 – % total de mestres e doutores por organização acadêmica no Ensino
Superior/SC/2013. Fonte: Inep ........................................................................................... 82
Tabela 21 – Licenciatura Ensino Fundamental/área de ensino/2013. Fonte: Inep.... 90
Tabela 22 – Licenciatura Ensino Médio por área de ensino/2013. Fonte: MEC/Inep 91
Tabela 23 – Total de Professores efetivos em Penha. Fonte: MEC/Inep ................... 98
Tabela 24 – Funções docentes com curso superior por etapa/modalidade de ensino.
Fonte: Inep/2014 ................................................................................................................... 98
Tabela 25 – Demonstrativo de despesas da educação por subfunção – Rede
Estadual – SC. Fonte: SEF-SC/Sistema Integrado de Gestão Fiscal........................105
Tabela 26 – Demonstrativos das receitas destinadas diretamente à Educação –
Rede Estadual/SC. Fonte: SEF-SC/Sistema Integrado de Gestão Fiscal ................106
Tabela 27 – Demonstrativo das Receitas com Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino - MDE - Santa Catarina. Fonte: ftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope .....................106
Tabela 28 – Demonstrativo das Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino/SC. Fonte: ftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope .........................................................106
Tabela 29 – Pagamento dos Professores Ativos da Educação Básica – Rede
Estadual – SC. Fonte: SEF-SC/Sistema Integrado de Gestão Fiscal........................107
Tabela 30 – Projeção do FUNDEF/FUNDEB de Penha. Fonte: Tesouro Nacional.107
Tabela 31 – Repasse Salário Educação de Penha. Fonte: FNDE .............................108
Tabela 32 – Transporte Escolar por Escola/2014. Fonte: Inep...................................109
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Evolução Populacional de Penha. Fonte: IBGE.......................................... 16
Gráfico 2 – Comparativo da evolução do IDHM de Penha. Fonte: Atlas Brasil ......... 18
Gráfico 3 – Taxa de Aprovação Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep . 28
Gráfico 4 – Taxa de Reprovação Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep29
Gráfico 5 – Taxa de Abandono Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep .. 29
Gráfico 6 – Taxa de distorção idade/série - Ensino Fundamental/dependência
administrativa/2014. Fonte: Inep ........................................................................................ 30
Gráfico 7 – Localização das Escolas de Ensino Médio em Penha. Fonte: Inep ........ 35
Gráfico 8 – Taxa total de abandono no Ensino Médio em Penha. Fonte: Inep.......... 36
Gráfico 9 – Taxa Distorção Idade-Série Ensino Médio em Penha/2014. Fonte: Inep36
Gráfico 10 – Taxas Distorção idade/série/dependência administrativa. Fonte: Inep. 37
Gráfico 11 – Evolução Distorção idade/série/Ensino Médio de Penha. Fonte: Inep . 37
Gráfico 12 – % dos níveis de Proficiência em Penha – ANA/2013. Fonte: Simec..... 48
Gráfico 13 – Educação em Tempo Integral por dep. administrativa. Fonte: Inep ...... 51
Gráfico 14 – Comparativo por rede de ensino das notas do Ideb. Fonte: Inep .......... 55
Gráfico 15 – Matrículas na EJA de alunos de 18 a 29 anos. Fonte: MEC/Inep ......... 63
Gráfico 16 – % de redução das matrículas de EJA em Penha. Fonte: Inep ............... 67
Gráfico 17 – Oferta de EJA em Penha por turno em 2013. Fonte: Inep...................... 67
Gráfico 18 – Matrículas Educação Profissional de Ensino Médio/2013. Fonte: Inep 73
Gráfico 19 – Organização Acadêmica Ensino Superior/SC/2012. Fonte: INEP......... 76
Gráfico 20 – Matrículas Ensino Superior por dep. Administrativa/SC. Fonte: Inep. .. 76
Gráfico 21 – Matrículas por Cursos no Ensino Superior SC. Fonte: Inep ................... 77
Gráfico 22 – Procedência das matrículas do Ensino Superior/SC. Fonte: Inep......... 77
Gráfico 23 – Matrículas por período no Ensino Superior/SC. Fonte: Inep .................. 78
Gráfico 24 – Taxa de conclusão - Instituições de Ensino Superior/SC. Fonte: Inep. 83
Gráfico 25 – Habilitação dos Professores Ensino Superior SC/2013. Fonte: Inep .... 85
Gráfico 26 – Formação dos professores da Educação Básica. Fonte: Inep ............... 89
Gráfico 27 – Formação dos professores por nível de ensino. Fonte: MEC/Inep ....... 90
Gráfico 28 – % de professores com pós-graduação em Penha. Fonte: MEC/Inep ... 94
Gráfico 29 – Investimento do FUNDEB em Penha. Fonte: FNDE/Siope .................... 97
LISTA DE FIGURAS
Figura 3 – Meta nacional 1 – Parte 1. Fonte: MEC ......................................................... 21
Figura 4 – Meta nacional 1 – Parte 2. Fonte: MEC ......................................................... 22
Figura 5 – Meta Nacional 2. Parte 1. Fonte: MEC........................................................... 27
Figura 6 – Meta Nacional 2. Parte 2. Fonte: MEC........................................................... 28
Figura 7 – Indicador da Meta 4. Fonte: MEC ................................................................... 40
Figura 8 – Taxa de Escolarização do Ensino Superior - População entre 18 e 24
anos/SC/2013........................................................................................................................ 78
Figura 9 – Escolarização Líquida do Ensino Superior entre a População entre 18 e
24 anos - SC/2013................................................................................................................ 79
Figura 10 – Títulos de Mestrado concedidos ao ano no Brasil e no Estado. Fonte:
Capes...................................................................................................................................... 85
Figura 11 – Títulos de Doutorado concedidos ao ano no Brasil e no Estado. Fonte:
Capes...................................................................................................................................... 86
1. INTRODUÇÃO
Conforme a Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que estabelece o Plano
Nacional de Educação (PNE), que destaca no artigo 2º, determinação para que os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios elaborem em consonância com o
nacional, os planos decenais correspondentes.
O Plano Municipal de Educação (PME) caracteriza-se por ser um plano
global da educação, por isso necessita de articulação dos diversos setores da
administração pública e da sociedade na sua discussão e elaboração a fim de se
alcançar o ideal de educação para todos, incluindo crianças, jovens e adultos do
município.
O plano não é um documento declarativo, nem tampouco uma carta de
intenções elaborada pelos responsáveis políticos do município com fins
explicitamente temporais. Trata-se da construção de um projeto que visa à
integração de dinâmicas relacionadas com as iniciativas de todos os membros da
comunidade educativa, tendo por finalidade principal dotar os estabelecimentos de
ensino, em diferentes níveis e modalidades, de um recurso que favoreça a relação
da Secretaria Municipal da Educação e a comunidade.
Somente com a colaboração de todos, foi garantida a transparência da
tomada de decisões sobre o plano, cuja intencionalidade é constantemente
redefinida pela relação de reciprocidade. Com efeito, trata-se de um plano que se
fez pela participação efetiva de todos os segmentos da sociedade civil, comunitários,
professores, sindicatos, poder público, executivo, legislativo e judiciário, em
consonância com o Plano Nacional de Educação.
Diante destes pressupostos o município de Penha buscou sua adaptação,
estabelecendo a necessidade do Plano Municipal de Educação e sendo sua
elaboração atribuição da Comissão de Elaboração e Sistematização do Plano
Municipal de Educação, instituída por meio do decreto municipal nº 2.276 de 23 de
março de 2015, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação.
Essa elaboração coletiva, com a participação de diferentes setores da
sociedade e mediante posições diversificadas, garantiu que esse Plano Municipal de
Educação resultasse em um documento síntese de posições consensuais da
Comissão de Elaboração e Sistematização do Plano Municipal de Educação em
parceria com a comunidade escolar por meio das reuniões técnicas para promoção
das discussões das várias etapas da elaboração do documento. Essa forma de
elaboração contém uma possibilidade maior não só de representar as variadas
concepções dos participantes como também um maior compromisso com sua
execução.
A adequação do Plano Municipal de Educação representa um grande
avanço, não só pelo seu processo de elaboração como também pelo tempo previsto
para sua implantação, que é de dez anos. Um plano decenal de educação
representa grande conquista da área educacional e tem como prioridades:
 Elevar a escolaridade da população;
 A melhoria da qualidade de ensino em todos os níveis;
 A redução das desigualdades sociais;
 A democratização da gestão do ensino público;
 A garantia do acesso e a permanência, com sucesso dos alunos na escola;
 A garantia da Educação Básica obrigatória a todas as crianças de 4 a 17 anos,
assegurando sua conclusão;
 A garantia da educação de jovens e adultos aos que não tiveram acesso à escola
na idade própria e que não concluíram o Ensino Fundamental e Médio, incluindo a
erradicação do analfabetismo através da alfabetização de jovens e adultos;
 A ampliação do atendimento na Educação Infantil;
 A valorização dos profissionais de educação;
 Favorecer o desenvolvimento integral da pessoa com deficiência.
Sendo assim, para sua execução é imprescindível o regime de colaboração
entre a União, o Estado de Santa Catarina e o Município de Penha. Para culminar o
envolvimento dos diferentes setores sociais na elaboração e adequação do Plano
Municipal de Educação, o documento será encaminhado para a Câmara Municipal
de Vereadores para aprovação legal e partirá para a sanção do Poder Executivo,
selando assim também o compromisso com a sua implantação.
2. O MUNICÍPIO DE PENHA
2.1. PERFIL HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE PENHA
Penha está localizada no Litoral Norte do Estado de Santa Catarina
distante aproximadamente 120 km da capital Florianópolis. A maior parte de sua
área territorial de 62.08 km2 são planícies dispostas numa média de 20 metros acima
do nível do mar pontuadas de morros que quase circundam sua área limítrofe.
Os sambaquis e oficinas líticas são testemunhas de uma longa história da
presença humana na região. Há pelo menos 1.500 anos datam registros do homem
do sambaqui e guaranis que mostram provas dum adensamento populacional
indígena entre a barra do Rio Itajaí-açu a São Francisco do Sul.
A tribo carijó que ocupava o território de onde hoje é Cananéia – São Paulo
até a lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul foi quem testemunhou a chegada dos
colonizadores europeus no século XVII, e foram os europeus que os eliminam,
escravizam ou afugentaram. Sendo que, já no século XVIII, os carijós tinham a sua
extinção anunciada.
Sinais de colonização europeia na região de Itapocorói datam em torno dos
idos de 1700. O marco histórico foi a petição feita a Cúria do Rio de Janeiro, por
autoria de Bento da Silva Veloso e Tomé da Silva, referente a construção de uma
capela em honra a São João Batista, documento este datado de 27 de abril do ano
1759.
A capela foi centro de um povoado que crescia lentamente dedicando-se
basicamente a pesca e agricultura, quando em 1.777, uma esquadra espanhola
invade e toma a Vila de Desterro pondo em fuga o governo português, na pessoa do
coronel Pedro Antônio da Gama Freitas e sua guarda. Sob a tutela dos espanhóis e
a favor de seus próprios interesses ficam as armações destinadas à pesca da baleia
e seu beneficiamento. Os portugueses para não perder negócio tão lucrativo se
puseram a procurar outro local na costa catarinense que servisse para tal
empreendimento. O local escolhido por ser seguro e bem abrigado do vento sul foi a
Enseada do Itapocorói para onde se dirigiram homens livres e escravos das
armações ocupadas pelos espanhóis.
Em torno da capela de São João Batista, surgiram grandes edificações e o
desenvolvimento da Armação do Itapocorói chamou a atenção dos núcleos de
povoamento vizinhos: São Francisco e Desterro, tornando-se ponto atrativo para
trabalho bem como ponto de comercialização para barcos que faziam o comércio
entre os dois centros que viram nos colonos da região uma nova clientela.
O Arraial de Itapocorói e mais tarde em 1815, Curato, tornou-se centro
comercial e religioso da vasta orla que abrangia a área entre o Rio Itapocu e a
Enseada das Garoupas, chegando a exercer influência para além destes limites.
Com a diminuição da pesca, causada pela pesca predatória, já observada
por Saint’Hilaire em 1820, e a dificuldade política de administrar as armações
começa a se apregoar a extinção das mesmas pondo fim a mais um ciclo econômico
do Brasil Colônia.
Em 1.825, a construção da Capela de Nossa Senhora da Penha, evidencia
o surgimento de outra comunidade emergente esta localizada na extrema norte da
Praia de Itapocorói próxima a foz do Rio Iriri e Rio Piçarras. Esse novo núcleo
urbano se estendia esporadicamente pelas margens dos rios e seus afluentes assim
também pelo Rio Gravatá até a Praia de Itajaí, e ao norte ao largo da Praia de
Piçarras e Itajuba. Formando-se aí um arraial cuja atividade central era a lavoura.
As duas comunidades tornavam-se cada vez mais díspares: a de Nossa
Senhora da Penha crescia abrigando pessoas financeiramente mais estáveis
baseando-se mais sobre a agricultura do que a pesca adequando-se a um trabalho
metódico e produtivo enquanto a Armação decaia com a dependência da pesca
periódica e incerta.
Os de que dela dependiam foram se dispersando para o interior e os que
ali ficaram passaram a trabalhar nas terras de Luís Rodrigues Pereira que comprou
as terras da armação baleeira dedicando-se principalmente no cultivo da mandioca,
cana-de-açúcar e café, engenho de farinha, de açúcar e alambique de aguardente
bem como casa de secos e molhados, assim, de certa forma, recaindo também em
bases agrícolas, o que faz com que o fim da Armação baleeira tenha tido pouca
influência sobre o desenvolvimento do Distrito de Itapocorói, já que em 1839, o
distrito foi considerado suficientemente povoado para ser elevado a categoria de
Freguesia de Nossa Senhora da Penha do Itapocoróy, com sede as margens da foz
do rio Iriri visto que a Armação núcleo mais antigo se afigurava como uma empresa
o que hoje se entenderia por fazenda marinha e não um núcleo urbano.
Os limites da Freguesia se estendiam do Rio Itapocu ao Norte, do Rio
Gravatá ao Sul e Oceano Atlântico a leste e a Serra Geral a Oeste.
Em 21 de junho de 1958, Penha é elevada a categoria de Município
desmembrando-se de Itajaí com efetiva instalação em 19 de julho do mesmo ano.
Economicamente o município recém-formado experimenta um forte impulso
econômico na atividade pesqueira refletida pelas fábricas de beneficiamento
pesqueiro a Krause, a Weg, Hemmer e que logo encontram sua decadência nas
décadas seguintes.
Nos idos da década de 1970, vê surgir paulatinamente outra função
econômica – o turismo – motivada por sua bela paisagem litorânea, famílias
tradicionais vendem suas terras a beira mar cedendo a crescente especulação
imobiliária e dá espaço a crescente faixa de casas de veraneio que começam a
ocupar a orla.
2.2. PERFIL POPULACIONAL DO MUNICÍPIO DE PENHA
Os dados do Censo 2010 apontam o município de Penha com 25.141
habitantes. Os dados do censo produzido pelo IBGE, ainda mostram que 50,13%
são mulheres e 49,87% são homens, 91,74% residem na área urbana e 8,26%
residem na área rural do município.
O município vem recebendo um grande contingente de migrantes que faz
sua população disparar. Constata-se pelos números das estimativas populacionais
do IBGE que, na última década registrou-se um crescimento populacional na ordem
de 36,38%, o que significa, em números absolutos que, entre os anos de 2006 e
2014, 7.662 novos moradores, vieram para o município, significando um crescimento
anual de 957 pessoas.
Atualmente, registra-se 28.718 moradores no município de Penha. O
gráfico identifica a evolução populacional nos últimos anos e permite registrar o
desafio que educação tem de se adequar anualmente para atender a crescente
demanda em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, uma vez que, a
grande maioria desses novos moradores, depende dos serviços públicos para ter
acesso a muitos dos direitos fundamentais do cidadão.
Gráfico 1– Evolução Populacional de Penha. Fonte: IBGE
2.3.PERFIL SOCIOECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE PENHA
Sua função econômica gira em torno do turismo de veraneio cuja atração
são suas belíssimas praias unido ao turismo de entretenimento cujo foque é o
Parque Beto Carrero World, maior parque de diversões da América Latina e o sexto
maior do mundo.
Junto a isto, na área do setor extrativista pesqueiro surge a maricultura,
mais especificamente a miticultura1, com apoio de estudos e pesquisas do Centro de
Pesquisa Experimental da UNIVALI2instalado no município.
Segundo dados do IBGE e da Secretaria de Estado do Planejamento de
Santa Catarina, em 2009 o PIB catarinense atingiu o montante de R$ 129,8 bilhões,
assegurando ao Estado a manutenção da 8ª posição relativa no ranking nacional.
No mesmo ano, Penha aparece na 86ª posição do ranking estadual,
respondendo por 0,19% da composição do PIB catarinense.
No comparativo da evolução do PIB ao longo do período de 2002 a 2009, o
município apresentou um crescimento acumulado de 160,13%, contra um aumento
1
Cultivo de mariscos
2
Universidade do Vale do Itajaí.
estadual de 132,91%. Os dados referentes à evolução do PIB no município estão
apresentados na figura a seguir.
Tabela 1– PIB a preços correntes de Penha, com posição regional e estadual - 2002 a 2009. Fonte: IBGE
O município de Penha, em 2009, possuía um PIB per capita da ordem de
R$ 11.331,55, colocando-o na 249ª posição do ranking estadual. No período de
2002 a 2009, o PIB per capita do município apresentou evolução de 117,75% contra
110,42% da média catarinense.
Segundo os dados do Censo 2010, o município de Penha possuía a
incidência de 0,5% da população com renda familiar per capita de até R$ 70,00,
3,3% com renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo e 15,8% da população
com renda familiar per capita de até 1/4 salário mínimo.
O Atlas Brasil 20133, do PNUD4, mostra que o Índice de Desenvolvimento
Humano do município é de 0,743, considerado alto. Este índice pontua o
desempenho dos municípios com relação a renda, longevidade e educação, com
base no Censo 2010. Segundo o Atlas Brasil 2013,
Penha teve um crescimento no seu IDHM de 50,71% nas últimas duas
décadas, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da
média de crescimento estadual (42,54%). O hiato de desenvolvimento
humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo
do índice, que é 1, foi reduzido em 49,31% entre 1991 e 2010.
A análise do IDH de Penha ainda mostra que o município recebeu nota
0,640 no quesito educação, que é considerada média.
3
PNUD; FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, IPEA, 2013.
4
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
No ranking nacional o município figura na posição nº 695. Entre os
municípios catarinenses em 115º lugar impulsionado, especialmente, pelo critério da
longevidade seguido do critério de renda.
A figura a seguir permite constatar que o município apresenta índices
superiores ao do país, porém, precisa melhorar para se equiparar aos números do
Estado de Santa Catarina que figura no ranking nacional como o segundo melhor
IDH do Brasil.
Gráfico 2– Comparativo da evolução do IDHM de Penha. Fonte: Atlas Brasil
Através do Censo 2010 (IBGE, 2010) identifica-se que 3,54% da população
ainda é analfabeta.
2.5. PERFIL EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE PENHA
A educação no município de Penha desenvolveu-se, em consonância com
a história brasileira, tendo passado por várias formas de organização social, política,
econômica e cultural.
Nesse movimento histórico, como todas as esferas municipais, em muitas
situações, Penha foi espectador de programas educacionais, implementando as
orientações federais sem autonomia para mudá-las.
Atualmente, com as determinações legais vigentes, o município conquistou
o espaço de gerir a educação, optando por estabelecer esse trabalho sobre quatro
pilares básicos:
I- Democratização do acesso e da permanência do aluno na escola;
II- Democratização da gestão escolar;
III- Qualidade social da educação
IV- Valorização dos profissionais e trabalhadores da educação
Esses aspectos possibilitam o acompanhamento sistemático do processo
de ensino e de aprendizagem, da relação aluno – professor, da (co)participação
escola/comunidade e da gestão escolar.
A Secretaria Municipal de Educação ao acreditar que o desenvolvimento do
potencial que o município possui tem como alicerce a educação, busca efetivar
ações substanciais nessa área, e pretende, com o Plano Municipal de Educação,
viabilizar que isso ocorra no próximo decênio.
A educação no Município é atendida em 29 Unidades Escolares públicas,
privadas e filantrópicas, localizadas nas áreas urbanas, assim distribuídas:
 03 Grupos Escolares (dois Grupos Escolares ocupam o mesmo espaço físico
temporariamente devido a um sinistro);
 07 Escolas Básicas;
 07 Escolas Municipais;
 01 Escola de Educação de Jovens e Adultos;
 06 Centros Municipais de Educação Infantil;
 01 Centro de Educação Privado;
 01 Associação de Pais e Amigos Excepcionais;
 01 Creche Municipal;
 01 Creche Filantrópica;
 01 Centro Municipal de Educação Infantil Filantrópico conveniado.
A tabela abaixo destaca a evolução das matrículas da Educação Básica em
Penha. Constata-se que há regularidade nas matrículas, porém, o quantitativo de
docentes tem registro crescente de 2007 até o ano de 2014.
ANO ESTABELECIMENTOS MATRÍCULAS DOCENTES TURMAS
2007 27 6.477 259 302
2008 26 6.331 253 298
2009 25 6.656 242 304
2010 27 6.931 286 293
2011 27 7.171 314 297
2012 29 7.267 322 327
2013 29 7.033 365 318
2014 29 6.857 390 323
Tabela 2 – Indicadores da Educação Básica em Penha. Fonte: Inep
O município de Penha tem como prioridade atender as exigências de
educação, garantindo o acesso, o regresso e a permanência nas unidades
escolares, procurando de forma eficiente reduzir a exposição dos alunos às
situações de risco, de desigualdade, de discriminação e de outras vulnerabilidades
sociais e procurando a redução de índices de evasão e de não acesso escolar.
Para tanto, tem por subsídio os marcos legais Sistema Municipal de
Educação e Estatuto do Magistério e Plano de Carreira, bem como os Conselhos
Municipais vinculados à educação.
META 1
Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4
(quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de Educação Infantil em
creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de
até 3 (três) anos até o final da vigência deste Plano Municipal de Educação.
O município de Penha precisa ainda ampliar o atendimento junto às
crianças de 4 e 5 anos para um percentual de mais 22,1%. Levando-se em
consideração o atendimento registrado no município em 2014, verifica-se que será
necessário ainda ampliar a oferta para mais 160 vagas até o ano de 2016.
Figura 1– Meta nacional 1 – Parte 1. Fonte: MEC
Analisando os dados municipais de matrícula das crianças nessa faixa
etária, no ano de 2015 até o mês de maio, segundo fontes da Secretaria Municipal
de Educação de Penha, a oferta de matrículas registra 770 crianças. Ou seja, o
município de Penha já alcançou em um ano mais 6,5%, ficando como desafio ainda,
a ampliação da rede escolar para a faixa de 4 e 5 anos no percentual de 15,6%.
No que se refere ao atendimento de crianças de 0 a 3 anos, identifica-se
que a taxa atual de atendimento dessa faixa etária nas redes pública e privada de
ensino no município de Penha, alcança o percentual de 32,5%, ou seja, precisa-se
garantir a abertura anual de 10 novas vagas para chegar a meta nacional que
pressupõe o atendimento de, ao menos, 50% da população nessa faixa etária.
Figura 2– Meta nacional 1 – Parte 2. Fonte: MEC
No que se refere a formação docente dos profissionais que atuam junto a
Educação Infantil no município de Penha, é possível observar na tabela abaixo, que
há um percentual considerável de profissionais que tem somente o Ensino Médio.
Ano Ensino
Fundamental
Ensino Médio -
Normal / Magistério
Ensino
Médio
Ensino
Superior
2007 1% 1 18,6% 18 16,5% 16 63,9% 62
2008 0% 0 14% 15 22,4% 24 63,6% 68
2009 0% 0 19,8% 20 18,8% 19 61,4% 62
2010 0,7% 1 19,7% 27 33,6% 46 46% 63
2011 0,7% 1 16,4% 22 29,1% 39 53,7% 72
2012 0% 0 3,4% 5 26,7% 39 69,9% 102
2013 0,6% 1 8,1% 13 31,3% 50 60% 96
Tabela 3– Docentes da Educação Infantil, por formação em Penha. Fonte: Inep
São profissionais contratados em caráter temporário, em formação de
curso superior e, que determinam a necessidade de abertura de concurso público
para essa faixa etária.
Um dado relevante no que se refere a oferta de Educação Infantil é que
Penha oferece educação em tempo integral na ordem de 73,4% para esse nível de
ensino segundo o Inep. Vale ainda ressaltar que todo esse atendimento se dá na
rede pública municipal de ensino. 100% da oferta acontece na área urbana do
município.
Ano Total
2011 70,1% 812
2012 75,5% 966
2013 73,4% 948
Tabela 4 – Porcentagem de matrículas em tempo integral na Educação Infantil. Fonte: Inep
ESTRATÉGIAS DA META 1
1.1 Definir, em regime de colaboração entre a União, o Estado de Santa Catarina e
o Município de Penha, metas de expansão das respectivas redes públicas de
Educação Infantil segundo padrão nacional de qualidade, considerando as
peculiaridades locais.
1.2 Garantir que, ao final da vigência deste Plano Municipal de Educação, seja
inferior a 10% (dez por cento) a diferença entre as taxas de frequência à
Educação Infantil das crianças de até 3 (três) anos oriundas do quinto de renda
familiar per capita mais elevado e as do quinto de renda familiar per capita mais
baixa.
1.3 Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda
por creche para a população de até 3 (três) anos de idade, como forma de
planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta no município.
1.3.1 Assegurar o atendimento para crianças de pais que trabalham no período
de recesso escolar com a colônia de férias.
1.3.2 Planejar a colônia de férias com estrutura e recursos necessários ao
atendimento.
1.3.3 Assegurar o direito da criança ao convívio familiar no período de férias dos
pais.
1.4 Estabelecer, no primeiro ano de vigência do Plano Municipal de Educação,
normas, procedimentos e prazos para definição de mecanismos de consulta
pública da demanda das famílias por creches.
1.4.1 Mapear demanda das famílias através de questionários, enquetes
populares, comunicados internos, assembleias e Fórum.
1.4.2 Estabelecer parcerias com outros órgãos públicos: Promotoria Pública,
Conselho Tutelar, Assistência Social, COMED, Secretaria Municipal de
Saúde, Secretaria de Educação, APPs e outros.
1.5 Manter e ampliar, em regime de colaboração, programa de construção e
reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos em
parceria coma União e o Estado de Santa Catarina, visando à expansão e à
melhoria da rede física de escolas públicas de Educação Infantil, respeitando,
inclusive, as normas de acessibilidade.
1.5.1 Garantir a construção e ampliação de novas instituições de Educação
Infantil em parceria com a União e o Estado de Santa Catarina conforme o
crescimento populacional anual.
1.5.2 Assegurar recursos financeiros para a manutenção bimestrais conforme a
necessidades de cada instituição de ensino.
1.5.2.1 Criar equipe de manutenção de serviços gerais (pedreiro,
eletricista, encanador, pintor e outros),para manutenção periódica
das instituições de Ensino.
1.6 Implantar, até o segundo ano de vigência do Plano Municipal de Educação,
avaliação da Educação Infantil articulada entre os setores da educação e
COMED5, a ser realizada anualmente, com base em parâmetros nacionais e
indicadores de qualidade, a fim de aferir e melhorara infraestrutura física, o
quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a
situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes.
1.7 Articular a oferta de matrículas gratuitas em creches certificadas como entidades
beneficentes de assistência social na área de educação com a expansão da
oferta na rede escolar pública;
1.7.1 Articular parcerias para ofertas de matriculas através de convênios com
instituições beneficentes certificados pelo COMED e setores da educação.
1.8 Promover a formação inicial e continuada dos profissionais da Educação
Infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por profissionais com
formação superior;
1.9 Estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de
formação para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de
currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas
ligadas ao processo de ensino e aprendizagem e às teorias educacionais no
atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos.
1.10 Fomentar o atendimento às populações do campo, pescadores artesanais e
comunidades itinerantes, na Educação Infantil nas respectivas comunidades,
por meio do redimensionamento da distribuição territorial da oferta, limitando
a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às
especificidades dessas comunidades, garantido consulta prévia e informada.
5
Conselho Municipal de Educação
1.11 Priorizar o acesso à Educação Infantil e fomentar a oferta do atendimento
educacional especializado complementar e suplementar aos estudantes com
deficiência, transtornos do espectro do autismo, transtorno do déficit de
atenção com hiperatividade e altas habilidades/superdotação, assegurando a
educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação
especial nessa etapa da educação básica.
1.11.1 Implantar, para atendimento no âmbito de cada sistema de ensino
que oferta educação básica em Penha, um centro especializado para
atendimento educacional para alunos com necessidades
educacionais especiais.
1.11.2 Promover o atendimento especializado nas instituições de ensino, no
âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em
Penha.
1.11.3 Criar o atendimento especializado nas instituições de ensino nas
áreas de: psicologia, fonoaudiologia e nutricionista, no âmbito de cada
sistema de ensino que oferta educação básica em Penha.
1.12 Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às
famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência
social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 5 (cinco)
anos de idade por meio de regime de colaboração visando ao atendimento
das crianças matriculadas no âmbito de cada sistema de ensino que oferta
educação básica em Penha.
1.13 Preservar as especificidades da Educação Infantil na organização das redes
escolares, garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos
em estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade, e a
articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso dos estudantes
de 6 (seis) anos de idade no ensino fundamental;
1.14 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da
permanência das crianças na Educação Infantil, em especial dos beneficiários
de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e
com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância.
1.14.1 Garantir que as unidades de Educação Infantil recebam os relatórios
atualizados das famílias beneficiadas desses programas.
1.15 O Município de Penha, com a colaboração da União e o Estado de Santa
Catarina, realizarão e publicarão, a cada ano, levantamento da demanda
manifesta por Educação Infantil em creches e pré-escolas, como forma de
planejar e verificar o atendimento.
1.15.1 Assegurar após o levantamento da demanda que seja efetuado a
matricula conforme o numero de alunos por turma.
1.16 Viabilizar o acesso à Educação Infantil em tempo integral e ou parcial, para
todas as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, conforme estabelecido nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil .
1.17 Implementar espaços lúdicos de interatividade considerando a diversidade
étnica, de gênero e sociocultural, tais como: brinquedoteca, ludoteca,
biblioteca infantil e parque infantil.
1.17.1 Garantir áreas de atividades físicas e espaços de esportes nas
unidades de Educação Infantil.
1.17.2 Implantar o atendimento na área tecnológica nas unidades de
Educação Infantil.
1.18 Garantir que todas as unidades tenham atendimento especializado nas áreas
de: gestão, administração, supervisão e orientação educacional.
META 2
Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6
(seis) a 14 (quatorze) anos de idade e garantir que pelo menos 95% (noventa e
cinco por cento) dos estudantes concluam essa etapa na idade recomendada, até o
último ano de vigência deste Plano Municipal de Educação.
Para o atendimento a primeira parte da meta 2 que solicita a
universalização do atendimento a faixa etária de 6 a 14 anos, constata-se que o
município de Penha, com o percentual de 97,6% está próximo do atendimento da
meta, necessitando ainda ampliar a oferta para mais 2,4% da população nessa faixa
etária, ou seja, abrir mais 82 vagas segundo o número total de matrículas
identificadas no censo escolar de 2014.
Figura 3– Meta Nacional 2. Parte 1. Fonte: MEC
Analisando os dados municipais de matrícula das crianças nessa faixa
etária, no ano de 2015 até o mês de maio, segundo fontes da Secretaria Municipal
de Educação de Penha e Gerência Regional de Educação, além das escolas
particulares, a oferta de matrículas registra 4.280 estudantes matriculados nas duas
etapas do Ensino Fundamental.
No que se refere a segunda parte da meta nacional, observa-se que o
município de Penha tem o desafio de ampliar o atendimento nessa faixa etária da
população, ou seja, pessoas com 16 anos com pelo menos o ensino fundamental
concluído, na ordem de 21,2%.
Figura 4– Meta Nacional 2. Parte 2. Fonte: MEC
Verificando as taxas de aprovação do ensino fundamental, observa-se uma
taxa total de 91,1%. É maior nos anos iniciais com taxa total de 96,8%; nos anos
finais essa taxa baixa para 83,3%.
As escolas das redes púbicas têm taxa menor de aprovação. E, dentre as
escolas públicas, as da rede estadual apresentam menor taxa de aprovação, porém,
a taxa de aprovação dos anos finais do ensino fundamental na rede municipal de
ensino é menor com taxa total de 78,8%. É no 8º ano, que só a rede municipal de
ensino oferta, que tem a menor taxa atingindo somente 66,7%.
Gráfico 3– Taxa total de aprovação no Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep
Em Penha verifica-se, segundo dados do Inep, que a taxa total de
reprovação do Ensino Fundamental é de 8,7%. É cinco vezes maior a taxa de
reprovação dos anos finais em relação aos anos iniciais, sendo 16,2% junto aos
estudantes de 6º ao 9º anos e 3,1%, junto aos estudantes de 1º ao 5º anos.
Constata-se ainda que não há reprovação nas escolas particulares, e que
os anos finais da rede municipal de ensino é maior em relação as turmas da rede
estadual, excetuando-se o 9º ano, cuja taxa de reprovação é de 10,6%, enquanto na
rede municipal de ensino é de 5,9%.
Gráfico 4– Taxa total de reprovação no Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep
As taxas de abandono são menores em relação às taxas de reprovação,
porém, há que se destacar uma taxa total de 0,2%. Essa taxa é de 0,5% nos anos
finais do Ensino Fundamental, cujo índice é mais acentuado no 8º ano dos anos
finais da rede municipal de ensino que atinge o índice de 3,7%.
Gráfico 5– Taxa total de abandono no Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep
Verifica-se que taxa total de distorção idade-série no Ensino Fundamental
de Penha é de 14,4%. Quando se analisa a taxa por etapa do Ensino Fundamental,
constata-se que a taxa dos anos finais é preocupante e chega ao índice de 24,3%;
superior três vezes a taxa dos anos iniciais que é de 7,8%.
Ao observar as taxas por ano/série é possível constatar que a turma com
maior taxa de distorção idade/série é 6º ano da Rede Municipal de Ensino que atinge
assustadora taxa de 40,7%.
Gráfico 6– Taxa de distorção idade/série - Ensino Fundamental/dependência administrativa de Penha/2014. Fonte: Inep
Entre as redes de ensino, observa-se que as maiores taxas estão na Rede
Municipal, excetuando-se o 9º ano dos anos finais, cuja taxa é maior na Rede
Estadual de Ensino.
As análises de dados registrados nesse documento dão conta que o maior
desafio de Penha junto ao atendimento ao Ensino Fundamental, é a reprovação,
especialmente, na Rede Municipal de Ensino, aonde se pode constatar que há um
índice de reprovação de 5,9% nos anos iniciais e 10,6% nos anos finais.
No que e refere ao total de estudantes do Ensino Fundamental no âmbito
do município, verifica-se que os anos iniciais atendem a 60,04% de todas as
matrículas desse nível de ensino. Constata-se na tabela abaixo que a Rede
Municipal de Ensino atende 74,96% desses estudantes.
Dependência
Matrícula Inicial do Ensino
Fundamental– 2014
AnosIniciais AnosFinais
Estadual 463 826
Municipal 1533 529
Privada 49 6
Total 2045 1361
Tabela 5– Matrícula do Ensino Fundamental em 2014,por dependência administrativa.Fonte: Inep
ESTRATÉGIAS DA META 2
2.1 Providenciar estudos no sentido de quantificar a demanda de estudantes no
Ensino Fundamental a fim de ampliar o atendimento às crianças de 6 a 14
anos, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em
Penha.
2.1.1Regularizar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação
básica em Penha, até o final da vigência deste plano, em 90%, o fluxo
escolar, implementando políticas que garantam o direito ao Ensino
Fundamental, reduzindo a reprovação, enfrentando os fatores que
provocam a evasão e garantindo, enfim, efetiva aprendizagem e
desenvolvimento humano;
2.2 Pactuar entre a União, o Estado de Santa Catarina e os Municípios que
compõem a região da AMFRI, no âmbito da instância permanente de que trata
o §5º do Art. 7º, da Lei nº 13.005/2014, a implantação dos direitos e objetivos
de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum
curricular do ensino fundamental.
2.3 Providenciar estudos para quantificar a necessidade de reforço escolar e
atendimento educacional especializado (AEE) para estudantes do Ensino
Fundamental com a finalidade de implantar projetos que atendam estas
especificidades.
2.3.1 Garantir, no prazo de vigência deste Plano Municipal de Educação, as
necessidades previstas no item anterior, com profissionais habilitados
para tal,no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação
básica em Penha.
2.3.2 Assegurar a recuperação contínua e concomitante de aprendizagem de
estudantes com déficit de rendimento escolar a ser previsto no Projeto
Político Pedagógico das escolas pertencentes a cada sistema de ensino
que oferta educação básica em Penha, através do apoio pedagógico e o
atendimento de AEE.
2.4 Fortalecer, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica
em Penha, o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência
e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência
de renda, bem como o controle das situações de discriminação, preconceito e
violência na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para
o sucesso escolar dos estudantes, em colaboração com as famílias e com os
órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância,
adolescência e juventude.
2.5 Promover, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica
em Penha, a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, o
acompanhamento e o monitoramento de acesso e permanência na escola, em
parceria com as áreas de saúde e assistência social.
2.6 Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, à
organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente
comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das
escolas do campo e das comunidades com vulnerabilidade social.
2.7 Disciplinar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica
em Penha, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação
do calendário escolar de acordo com a realidade local, a identidade cultural e
as condições climáticas da região.
2.8 Promover o relacionamento das escolas com instituições e movimentos
culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre
fruição dos estudantes dentro e fora dos espaços escolares, assegurando,
ainda, que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural.
2.9 Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das
atividades escolares dos filhos.
2.9.1 Assegurar a participação efetiva da comunidade na gestão das escolas,
por intermédio de conselhos escolares ou órgãos equivalentes, no
âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em
Penha.
2.9.2 Incentivar momentos de integração por meio do estreitamento das
relações entre as escolas e as famílias.
2.10 Garantir o atendimento específico às populações do campo, povos nômades e
das comunidades tradicionais garantindo o acesso, permanência, conclusão,
bem como a formação de profissionais para atuação junto a essas populações.
2.11 Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantindo a
qualidade, para atender aos filhos de profissionais que se dedicam a atividades
de caráter itinerante.
2.12 Oferecer atividades extracurriculares aos estudantes de incentivo e de estímulo
a habilidades, promovendo, inclusive, certames e concursos de âmbito
municipal, estadual e nacional, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta
educação básica em Penha.
2.13 Promover atividades de desenvolvimento e estímulo às habilidades esportivas
nas escolas, interligando-as a um plano de disseminação do desporto
educacional.
2.13.1 Garantir a previsão no calendário escolar anual das atividades
esportivas e desportivas que fazem parte do calendário do município.
2.14 Efetivar, com as áreas de saúde, ação social e cidadania, rede de apoio ao
sistema municipal e estadual de ensino para atender o público da educação
especial.
2.14.1 Implementar, através da Coordenação do Ensino Fundamental da
Secretaria Municipal de Educação, a partir da vigência desse Plano
Municipal de Educação, projetos em parceria com a Secretaria Municipal
de Saúde, com ênfase nas questões de higiene, educação sexual,
gravidez na adolescência, drogas, saúde bucal entre outros.
2.15 Garantir o acesso e permanência dos estudantes na educação pública,
viabilizando transporte escolar acessível com segurança, material escolar,
laboratórios didáticos e biblioteca informatizada com acervo atualizado, visando
a inclusão das diferentes etnias, no âmbito de cada sistema de ensino que
oferta educação básica em Penha.
2.15.1 Desenvolver parcerias com órgãos públicos e privados para
disponibilizar aos educandos o transporte escolar gratuito, inclusive no
atendimento de aulas extraclasse.
2.16 Assegurar a oferta da alimentação escolar, com segurança alimentar e
nutricional, preferencialmente com produtos da agricultura familiar e ou da
região da AMFRI.
2.17 Viabilizar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em
Penha, tecnologias educacionais inovadoras das práticas pedagógicas que
assegurem a alfabetização, a partir de realidades linguísticas diferenciadas em
comunidades bilíngues, favorecendo a melhoria do fluxo escolar e a
aprendizagem dos estudantes, segundo as diversas abordagens
metodológicas.
2.18 Implementar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica
em Penha, em todas as unidades escolares, bibliotecas, biblioteca virtual, com
equipamentos, espaços adequados, acervos bibliográficos, bem como
profissionais especializados, como condição para a melhoria do processo de
ensino e de aprendizagem.
2.19 Oferecer, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em
Penha, mecanismos que garantam a organização pedagógica, o currículo e as
práticas pedagógicas, evitando o transporte de crianças dos anos iniciais do
ensino fundamental do campo, para escolas nucleadas ou para a cidade.
2.20 Otimizar, em regime de colaboração com todas as esferas do poder público,
programas educacionais que, efetivamente, promovam a correção das
distorções idade/série com qualidade, promovendo ao educando condições de
inserção e acompanhamento nos anos posteriores.
2.21 Garantir padrões de qualidade, em regime de colaboração com os sistemas de
ensino, dando igualdade de condições para acesso e permanência no Ensino
Fundamental.
2.22 Garantir a implementação de proposta pedagógica no âmbito de cada sistema
de ensino que oferta educação básica em Penha, de maneira a assegurar a
formação básica comum respeitando os valores culturais e artísticos nas
diferentes etapas e modalidades da educação.
2.23 Garantir, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em
Penha, a inclusão de pessoas com deficiência nas instituições escolares do
ensino regular, com adaptação dos meios físicos e capacitação dos recursos
humanos, assegurando o desenvolvimento de seu potencial cognitivo,
emocional e social.
2.23.1 Estabelecer critérios de avaliação a fim de verificar a possibilidade da
inclusão de determinadas síndromes severas que precisam de um
acompanhamento adequado e que atendam as necessidades especificas.
2.24 Definir até o 2º (segundo) ano de vigência desse Plano Municipal de Educação,
dispositivo que trata do número de estudantes por turma, no âmbito de cada
sistema de ensino que oferta educação básica em Penha.
META 3
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze)
a 17 (dezessete) anos de idade e elevar, até o final do período de vigência deste
Plano Municipal de Educação, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para
90% (noventa por cento).
Para o atendimento da primeira parte da meta 3 do Plano Nacional de
Educação, observa-se que o município de Penha ainda precisa atender 19,4% da
população de 15 a 17 anos no Ensino Médioaté 2016; atualmente, observa-se um
índice de 80,6%. Para se alcançar a segunda parte da meta que pressupõe elevara
taxa líquida de matrículas no Ensino Médiopara 90% será necessário um
crescimento anual de 4,7% nas taxas de matriculas, perfazendo um total de 9,4%
até o final da vigência do Plano de Educação de Penha.
Segundo o Censo de 2010, a população de 15 a 17 anos em Penha
registra 1.266 pessoas. Constata-se total desequilíbrio entre os moradores das
áreas urbana e rural do município e são distribuídas segundo a localização da
seguinte forma:
Gráfico 7– Localização das Escolas de Ensino Médio em Penha. Fonte: Inep
Quando se observa a matrícula dos estudantes, constata-se que a oferta
de Ensino Médio é exclusivamente na área urbana de Penha.
A taxa total de aprovação no Ensino Médio é 78,8%. Ao analisar as taxas
por turma nesse nível de ensino constata-se que a menor taxa de aprovação ocorre
no 1º ano (72,7%), seguido do 2º ano (80,6%) e a maior taxa de aprovação ocorre
no 3º ano com taxa de aprovação de 88,1%.
Inversamente às taxas de aprovação no Ensino Médio, a reprovação tem
maior incidência no 1º ano atingindo a taxa de 22%enquanto no 2º ano é de 12,2%,
e no 3º ano a taxa de reprovação é de 10,3%. Chama a atenção a taxa de
reprovação no 1º ano uma vez resulta na soma das turmas de 2º e 3º anos. São
índices altos que somam a taxa total de 16,3%.
As taxas de abandono totalizam 4,9% no Ensino Médio de Penha. O
abandono acontece em todas as turmas do Ensino Médio e o maior índice registra-
se no 2º ano, conforme apresenta o gráfico a seguir:
Gráfico 8– Taxa total de abandono no Ensino Médio em Penha. Fonte: Inep
A taxa total de distorção idade/série no Ensino Médio de Penha é de
17,7%. O gráfico a seguir apresenta as taxas por série.
Gráfico 9– Taxa Distorção Idade-Série Ensino Médio em Penha/2014. Fonte: Inep
Em 2013, o País registrou 29,5% dos estudantes matriculados no Ensino
Médio com distorção idade-série. Na Região Sul esse percentual cai para 22,6% e
em Santa Catarina é igual a 16,4%, portanto as taxas apresentadas no município de
Penha chamam a atenção e preocupam uma vez que só o 1º ano apresenta taxa
equivalente de todo o sul do país como se pode verificar no gráfico a seguir.
Gráfico 10– Taxas totais de distorção idade/série por dependência administrativa. Fonte: Inep
Um fato que reforça a preocupação com o Ensino Médio é que analisando
a trajetória das taxas de distorção idade/série, constata-se que há uma constância
nas taxas o que leva a concluir que pouco se fez efetivamente até o momento para
dirimir a situação que desqualifica as aprendizagens e distancia o município de
elevar as taxas de escolarização para essa faixa da população.
Gráfico 11– Evolução da taxa de distorção idade/série no Ensino Médio de Penha. Fonte: Inep
As taxas de abandono e reprovação permitem constatar que os dois são
fatores que contribuem para a elevação das taxas de distorção idade/série, porém,
no 1º ano o índice mais impactante é a reprovação e o no 2º ano, o fator de maior
impacto é o abandono.
Outro fator importante a ser destacado nesse diagnóstico é que o
percentual de estudantes do Ensino Médio que estudam no período diurno em
Penha é maior que o período noturno, porém, há que se destacar que os estudantes
que tem saído do período vespertino nos últimos anos parecem ter migrado para o
ensino noturno tem aumentado o percentual de estudantes nesse período como se
comprova na tabela que segue.
ANO MATUTINO VESPERTINO NOTURNO
2007 33% 290 11,7% 103 55,3% 486
2008 35,8% 318 10,7% 95 53,5% 476
2009 37,5% 353 11% 104 51,5% 485
2010 49,5% 498 9,6% 97 40,9% 412
2011 53% 581 10,4% 114 36,6% 401
2012 58,2% 678 6,4% 74 35,5% 413
2013 54,6% 704 3,2% 41 42,2% 544
Tabela 6– Distribuição dos estudantes do Ensino Médio por período. Fonte: Inep
ESTRATÉGIAS DA META 3
3.1 Cumprir as diretrizes elaboradas pelas instâncias Federal e Estadual,
respectivamente.
3.2 Seguir acompanhando as determinações dos pactos realizados entre União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância permanente de
que trata o §5º do art. 7º da Lei Nacional nº 13.005/2014, a implantação dos
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a
base nacional comum curricular do Ensino Médio.
3.3 Estimular a “Escola Aberta” como espaço de divulgação de conhecimento,
cultura e prática desportiva junto aos estudantes do Ensino Médio em Penha.
3.4 Apoiar e estimular programas em busca da diminuição dos índices de distorção
idade/série junto as todas as turmas de Ensino Médio.
3.5 Dentro da esfera municipal, promover a universalização do Ensino Médio,
conforme determinado pelas diretrizes emitidas pelo Governo Federal.
3.6 Estimular a promoção da expansão de matrículas gratuitas de Ensino Médio
integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades regionais e
com especial atenção às minorias sociais e populações em situação de
vulnerabilidade social.
3.7 Acompanhar e colaborar com o monitoramento para garantia do acesso e
permanência escolar em instituições da rede oficial de ensino dos beneficiários
de programas sociais do Governo Federal e pessoas em situação de
vulnerabilidade social.
3.8 Apoiar o fomento para a promoção da busca ativa da população de 15 (quinze)
a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços de
assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude em
conformidade com o determinado pelo Governo Federal.
3.9 Promover e estimular a participação em programas de educação e de cultura
para a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze)
a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação social e profissional para
aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar, dentro
do âmbito municipal, em conformidade com as diretrizes do Governo Federal.
3.10 À medida que se diagnostique a necessidade, incentivar a promoção do
redimensionamento da oferta de vagas para o Ensino Médio diurno e noturno,
bem como a oferta de escolas de Ensino Médio, de forma a atender a toda a
demanda.
3.11 Apoiar a promoção da busca de alternativas de oferta do Ensino Médio,
garantindo a qualidade do ensino, aos jovens oriundos de famílias que se
dedicam a atividades de caráter itinerante.
3.12 Estabelecer parcerias para a realização de ações que promovam a igualdade,
com vistas a minimizar situações de exclusão social e consequentemente de
evasão escolar.
3.13 Estimular no ambiente escolar a participação de crianças e adolescentes em
Olimpíadas e Cursos de áreas científicas e tecnológicas.
META 4
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o
acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional
inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados.
Em 2013, o Estado de Santa Catarina registrou 22.398 matrículas de
pessoas com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas
habilidades/superdotação, na Educação Básica: 1.554 matrículas na zona rural e
20.844 na zona urbana.
Destas matrículas, 94,1% estão em classes comuns do ensino regular e/ou
da EJA, representando um avanço significativo na garantia dos direitos dessa
população. Além disso, a rede pública de ensino é majoritária na oferta.
O município de Penha precisa ampliar o atendimento da modalidade da
Educação Especial em 11,7%.
Figura 5– Indicador da Meta 4. Fonte: MEC
Registram-se em 2013, 86 matrículas de pessoas com deficiência, altas
habilidades e superdotação incluídas na Educação Básica em Penha. A distribuição
das matrículas se dá em todos os níveis e modalidades de ensino.
A tabela abaixo indica que nos quatro últimos anos analisados houve o
maior percentual de atendimento junto as classes comuns do ensino regular em
todas as redes de ensino.
Ano
Classes Especiais Escolas Exclusivas Classes Comuns
% Matrícula % Matrícula % Matrícula
2007 0% 0 79,2% 61 20,8% 16
2008 0% 0 63,5% 54 36,5% 31
2009 0% 0 0% 0 100% 30
2010 0% 0 4,7% 2 95,3% 41
2011 0% 0 5,3% 4 94,7% 71
2012 0% 0 4,3% 4 95,7% 90
2013 0% 0 3,5% 3 96,5% 83
Tabela 7 – Distribuição da oferta de Educação Especial em Penha. Fonte: MEC/Inep
No que se refere a oferta alunos constata-se que o maior número de oferta se
dá na rede municipal de ensino que tem o maior número de matrículas na Ensino
Fundamental, especialmente nos anos iniciais.
Observa-se que 100% das salas de recursos multifuncionais estão na área
urbana do município e, a situação das salas de recursos multifuncionais em Penha
se apresenta da seguinte forma:
Ano
Escolas com salas de
recursos multifuncionais
Escolas com salas de recursos
multifuncionais em uso
Escolas com salas de recursos
multifuncionais sem uso
% Total % Total % Total
2009 0% 0 0% 0 0% 0
2010 0% 0 0% 0 0% 0
2011 7,4% 2 3,7% 1 3,7% 1
2012 10,3% 3 6,9% 2 3,4% 1
2013 6,9% 2 6,9% 2 0% 0
Tabela 8– Escolas com salas de recursos multifuncionais em uso em Penha. Fonte: MEC/Inep
Também constata-se que há variedade de deficiências atendidas na
Educação Especial de Penha. O destaque é para a deficiência intelectual que
mantém constância nos últimos anos, como se pode verificar na tabela a seguir.
Ano
Cegueira
Baixavisão
Surdez
Deficiência
auditiva
Surdo
cegueira
Deficiência
intelectual
Deficiênciafísica
Deficiência
múltipla
Transtornoglobal
do
desenvolvimento
Altashabilidades/
superdotação
2009 0% 0 0% 0 50% 1 0% 0 0% 0 65,2% 15 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0
2010 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 40,9% 9 0% 0 0% 0 50% 2 0% 0
2011 50% 1 50% 4 0% 0 33,3% 1 0% 0 42,6% 20 27,8% 5 60% 6 33,3% 2 0% 0
2012 50% 1 28,6% 2 33,3% 1 33,3% 1 0% 0 46,4% 26 29,4% 5 55,6% 5 57,1% 4 0% 0
2013 0% 0 50% 2 0% 0 25% 1 0% 0 45,5% 25 6,3% 1 0% 0 71,4% 5 0% 0
Tabela 9– Deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação em Penha. Fonte: MEC
Analisando os dados municipais de matrícula da Educação Especial
(alunos de Escolas Especiais, classes especiais e incluídos), no ano de 2014 até o
mês de maio, segundo fontes do Inep, a oferta de matrículas registra 100 crianças.
Educação Especial (alunos de Escolas Especiais, classes especiais e incluídos)
Dependência
Administrativa
Creche Pré-
Escola
Anos
Iniciais
Anos
Finais
Médio Educação
Profissional
Nível Técnico
EJA
Fundamental
EJA
Médio
Estadual 0 0 11 10 10 0 0 1
Municipal 0 8 25 23 0 0 6 0
Privada 0 4 2 0 0 0 0 0
Tabela 10– Número de alunos matriculados na Educação Especial: Fonte: Inep/2014
Ou seja, o município de Penha já alcançou o percentual de 95,46%, ficando
como desafio ainda, a ampliação da rede escolar no percentual de 4,54%.
Analisando os dados municipais de matrícula dos alunos com deficiência
no ano de 2015 até o mês de maio, segundo fontes da Secretaria Municipal de
Educação, Escolas Estaduais e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, a
oferta de matrículas registra ______alunos. Ou seja, o município de Penha já
alcançou em um ano mais _______%, ficando como desafio do atendimento no,
percentual de ______%.
ESTRATÉGIAS DA META 4
4.1 Contribuir na contabilização, para fins do repasse do FUNDEB6, as matrículas
dos estudantes da educação regular da rede pública que recebam
atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem
prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as
matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na
educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público e com
atuação exclusiva na modalidade de Atendimento Educacional Especializado,
nos termos da Lei n° 11.494/2007.
6
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação.
4.2 Promover, no prazo de vigência deste Plano Municipal de Educação, a
universalização do atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias
de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade com deficiência, doenças
raras, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, observado
o que dispõe a Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional.
4.3 Assegurar ao longo deste Plano Municipal de Educação, o funcionamento,
manutenção e implantação de salas de recursos multifuncionais e fomentar a
formação continuada de professores para o ensino regular e para o
atendimento educacional especializado nas escolas regulares e nas
instituições especializadas públicas e conveniadas.
4.4 Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos
multifuncionais, preferencialmente em escolas da rede regular de ensino ou
em instituições especializadas, públicas ou conveniadas, nas formas
complementar ou suplementar, a todos os estudantes com deficiência,
Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
matriculados em escolas de educação básica, conforme necessidade
identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o estudante.
4.4.1 Proporcionar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa
modalidade de educação em Penha, formação especializada aos
profissionais que atuam na educação especial.
4.5 Criar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de
educação em Penha, um polo com equipe multifuncional especializada para
atender aos educandos e orientar o trabalho nas salas de recursos
multifuncionais, bem como, desenvolver pesquisas e prestar assessoria aos
professores e a comunidade.
4.6 Manter e ampliar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa
modalidade de educação em Penha, programas suplementares que
promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e
a permanência dos estudantes com deficiência, Transtorno Global de
Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, por meio da
adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível, da
disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia
assistiva, da alimentação escolar adequada a necessidade do estudante,
garantindo a segurança alimentar e nutricional, assegurando, ainda, no
contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a
identificação dos estudantes com altas habilidades ou superdotação.
4.7 Garantir, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de
educação em Penha, a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de
Sinais (Libras) como primeira língua e na modalidade escrita da Língua
Portuguesa como segunda língua, aos estudantes surdos e com deficiência
auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas inclusivas, nos termos
do Art. 22 do Decreto nº 5.626/2005, e dos Arts. 24 e 30, da Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema
Braille para cegos e surdo-cegos.
4.8 Garantir, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de
educação em Penha, a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do
ensino regular sob alegação de deficiência e promovida a articulação
pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional
especializado.
4.9 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento, no âmbito de cada sistema
de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, do acesso à
escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da
permanência e do desenvolvimento escolar dos estudantes com deficiência,
Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
beneficiários de programas de transferência de renda, juntamente com o
combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas
ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em
colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social,
saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude.
4.10 Estabelecer parcerias para incentivar pesquisas voltadas para o
desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e
recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do ensino e da
aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade dos estudantes
com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação.
4.11 Apoiar o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a
formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades
educacionais de estudantes com deficiência, Transtorno Global de
Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que requeiram medidas
de atendimento especializado.
4.12 Promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de
saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias,
com o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade
do atendimento escolar na educação de jovens, adultos e APAEs das
pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista, Transtorno Global de
Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação com idade superior à
faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção
integral ao longo da vida.
4.13 Oferecer, no âmbito de cada sistema de ensino, atendimento educacional
especializado, identificado por meio de procedimento educacional específico
de cada rede de ensino, aos alunos com deficiências físicas, intelectuais e
sensoriais, alunos com transtornos globais do desenvolvimento, aqueles que
apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias
motoras. Incluem-se nessa definição, ainda, alunos com autismo clássico,
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da
infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
4.14 Estabelecer ações intergovernamentais para definir indicadores de qualidade
e política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições
públicas e privadas que prestam atendimento educacional a estudantes com
deficiência,Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação.
4.15 Promover, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade
de educação em Penha, junto aos órgãos de pesquisa, demografia e
estatística competentes, a obtenção de informação detalhada sobre o perfil
das pessoas com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação.
4.16 Incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de
formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-
graduação e Mestrado, observado o disposto no caput do art. 207 da
Constituição Federal, dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem
e dos processos de ensino-aprendizagem relacionados ao atendimento
educacional de alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
4.17 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a
ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino;
4.18 Promover parcerias com instituições especializadas, conveniadas com o
poder público, visando à ampliação da oferta de formação continuada e a
produção de material didático acessível, assim como os serviços de
acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos
estudantes com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino.
4.19 Garantir que as escolas de Educação Básica, no âmbito de cada sistema de
ensino que atua em Penha, promovam espaços para participação das
famílias na elaboração do projeto político pedagógico na perspectiva da
educação inclusiva.
4.20 Desenvolver e consolidar,no âmbito de cada sistema de ensino que oferta
essa modalidade de educação em Penha, políticas de produção e
disseminação de materiais pedagógicos adaptados à educação inclusiva para
as bibliotecas da educação básica.
4.21 Ampliar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de
educação em Penha, a oferta do atendimento educacional especializado
complementar e suplementar à escolarização de estudantes da educação
especial, matriculados na rede pública de ensino, a oferta da educação
bilíngue libras/língua portuguesa em contextos educacionais inclusivos e
garantia da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, informações, nos
materiais didáticos e nos transportes.
4.22 Disponibilizar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa
modalidade de educação em Penha, recursos de tecnologia assistiva,
serviços de acessibilidade e formação continuada de professores, para o
atendimento educacional especializado complementar nas escolas.
META 5
Alfabetizartodas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino
fundamental.
Penha já atingiu a meta referente a alfabetização até os 08 de anos de
idade, ou seja, já atingiu 44,5% de taxa de alfabetização em leitura, 30,1% na escrita
e 33,3% em matemática, entre as crianças que concluem o 3º ano do Ensino
Fundamental, segundo os dados de 2012 do MEC.
A avaliação do gráfico constata que a maior média de notas em Penha, se
dá na proficiência de leitura com média total de 48,6% no nível 3. A menor média de
notas também está na proficiência de escrita no nível 4.
Gráfico 12– % dos níveis de Proficiência em Penha – ANA/2013. Fonte: MEC/Simec
Observa-se no gráfico acima que a Rede Municipal de Ensino tem melhor
desempenho em leitura e escrita. Em Matemática há leve vantagem para a Rede
Estadual de Ensino. Constata-se ainda que em leitura os melhores percentuais
estão no nível 3.
Os resultados por unidade escolar estão especificados nas tabelas abaixo:
Tabela 11– Resultados da ANA/2013. Fonte: SIMEC
ESTRATÉGIAS DA META 5
5.1 Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na
Educação Infantil, com qualificação e valorização dos professores
alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a
alfabetização plena de todas as crianças, no âmbito de cada sistema de ensino
que atua em Penha;
5.2 Criar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, política de
alfabetização que garanta a permanência dos professores alfabetizadores para
os três primeiros anos do ensino fundamental.
5.3 Instituir instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir
a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como estimular os
sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos instrumentos de
avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para
alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino
fundamental;
5.4 Selecionar, certificar e divulgar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua
em Penha, tecnologias educacionais para a alfabetização de crianças,
asseguradas a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o
acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem
aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, com recursos
educacionais abertos.
5.5 Propiciar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, o
desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas
inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo
escolar e a aprendizagem dos educandos, consideradas as diversas
abordagens metodológicas e sua efetividade.
5.6 Apoiar a alfabetização de crianças do campo e de populações itinerantes, com
a produção de materiais didáticos específicos, e desenvolver instrumentos de
acompanhamento, de acordo com a identidade cultural de cada comunidade.
5.7 Promover, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, a
formação inicial e continuada de professores para a alfabetização de crianças,
com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas
pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre Instituições de Ensino
Superior e ações de formação continuada de professores para a alfabetização.
5.8 Criar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, políticas para
a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas
especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem
estabelecimento de terminalidade temporal.
5.9 Promover, em consonância com as Diretrizes do Plano Nacional do Livro e da
Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores, bibliotecários e
agentes da comunidade para atuarem como mediadores da leitura, no âmbito
de cada sistema de ensino que atua em Penha.
5.10 Efetivar, no primeiro ano de vigência do Plano Municipal de Educação,
programas de incentivo à leitura, em parceria com os sistemas de ensino que
atuam em Penha.
META 6
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 85% (oitenta e cinco por
cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 30% (trinta por cento)
dos alunos da educação básica.
Os dados de Penha sobre a meta 6 que se refere a oferta de educação em
tempo integral são bem favoráveis. Os percentuais municipais são superiores aos
sugeridos no Plano Nacional de Educação, uma vez que o município oferta
educação em tempo integral em 79,2% das unidades escolares, segundo dados do
Censo Escolar de 2013.
O município está 29,2% acima da meta nacional no que se refere a
quantidade de escolas com matrícula de estudantes com, pelo menos, 7 horas em
atividades escolares.
Porém, quando a meta determina que haja 25% de estudantes com jornada
mínima de 7 horas de atividades escolares ao dia, Penha indica um percentual de
20,9%; ou seja, precisa-se ainda, alcançar o percentual de 4,1% de estudantes em
tempo integral até o final da vigência do Plano Municipal de Educação.
Ao observar o percentual de oferta da educação em tempo integral por
dependência administrativa, constata-se que as escolas das redes públicas
apresentam uma tímida evolução e, as escolas particulares reduziram a oferta de
educação em tempo integral em mais de 50% em três anos.
Gráfico 13– Educação em Tempo Integral por dependência administrativa. Fonte: Inep
Dados do Inep indicam que as escolas que ofertam atividades em tempo
integral estão distribuídas entre os níveis da Educação Infantil– com mais evidencia
para a etapa de creche e, Ensino Fundamental tanto nos anos iniciais como finais,
com equilíbrio de oferta entre essas etapas. Não há oferta de tempo integral para os
estudantes do Ensino Médio o que determina ser esse nível de ensino o grande
desafio da meta 6 na próxima década.
ESTRATÉGIAS DA META 6
6.1 Promover, com o apoio da União, a oferta de Educação Básica pública em
tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e
multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de
permanência dos estudantes na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a
ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a
ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola,no
âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha.
6.2 Instituir, em regime de colaboração com a União, programa de construção de
escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento
em tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças
em situação de vulnerabilidade social.
6.3 Aderir em regime de colaboração com a União, elaborando no prazo de
validade deste Plano Municipal de Educação, padrões mínimos de
infraestrutura, necessários à melhoria da qualidade da Educação Básica que
abranjam espaço, iluminação, insolação, ventilação, água potável, rede
elétrica, segurança, temperatura ambiente, instalações sanitárias e para
higiene, espaços para a prática da cultura corporal (danças, esportes e outros),
biblioteca e merenda escolar; adaptação dos edifícios escolares para o
atendimento aos alunos com deficiência, atualização e ampliação do acervo
das bibliotecas, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos, serviço de
reprodução de textos, laboratórios, salas ambientes, telefone, informática e
equipamento multimídia para o ensino.
6.4 Articular, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha,as
unidades de ensino com os diferentes espaços educativos, culturais e
esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários,
bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas, planetários e
zoológico.
6.5 Promover, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, a oferta
de atividades para a ampliação da jornada escolar dos estudantes matriculados
nas escolas de educação básica da rede pública, por parte das entidades
privadas de serviço social, vinculadas ao sistema sindical, de forma
concomitante e em articulação com a rede pública de ensino.
6.6 Orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art. 13 da Lei nº 12.101, de
27 de novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de
estudantes das escolas da rede pública de educação básica em cada sistema
de ensino, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de
ensino.
6.7 Atender às escolas do campo, dos povos nômades e de comunidades
tradicionais, com oferta gradativa de educação em tempo integral baseada em
consulta prévia, considerando-se as peculiaridades locais.
6.8 Garantir, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha,
gradativamente a educação em tempo integral para pessoas com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na
faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos idade, assegurando
atendimento educacional especializado complementar e suplementar ofertado
em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições
especializadas, bem como profissionais habilitados.
6.9 Adotar medidas gradativas, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em
Penha, para otimizar o tempo de permanência dos estudantes nas unidades de
ensino, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar,
combinado com atividades recreativas, esportivas, culturais e ações de
educação nutricional.
6.10 Assegurar alimentação escolar que contemple a necessidade nutricional diária
dos estudantes que permanecem na escola em tempo integral, conforme
legislação específica.
META 7
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias
nacionais para o Ideb:
IDEB 2015 2017 2019 2021
Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0
Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5
Ensino Médio 4,3 4,7 5,0 5,2
Observa-se que, com relação ao Ideb no Brasil, os anos iniciais tiveram
superação das metas, com menor índice de melhora nas escolas particulares.
No que se refere aos anos finais, nenhuma das redes de ensino alcançou
as metas estabelecidas para serem alcançadas em 2013.
Tabela 12– Quadro comparativo do Ideb por dependência administrativa. Fonte: Inep.
Ao verificar a meta nacional e cruzar os dados com os índices de Penha,
constata-se que a nota do Ideb, apresenta melhor resultado nos anos iniciais nas
duas redes de ensino.
Porém, ao analisar os resultados do Ideb dos anos finais constata-se que a
Rede Estadual de Ensino junto tem melhor desempenho. Vale ainda ressaltar que o
resultado dos anos finais do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Ensino
decaiu em 2013.
Gráfico 14– Comparativo por rede de ensino das notas do Ideb. Fonte: Inep
No que se refere a porcentagem de alunos do 5º ano do Ensino
Fundamental com pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil,
Penha apresenta um quadro evolutivo dos percentuais, chegando a quase 60% em
Português, porém em Matemática, registra-se queda de percentual no ano de 2013
como se observa na tabela a seguir:
ANO PORTUGUÊS MATEMÁTICA
2005 19% 10,2%
2007 32% 25,8%
2009 33,1% 32,9%
2011 57,1% 51,3%
2013 56,2% 46,7%
Tabela 13– Pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil – 5º ano. Fonte: Inep
No que se refere a porcentagem de alunos do 9º ano do Ensino
Fundamental com pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil
Penha apresenta um quadro que evolui, porém, apresenta discrepâncias entre as
disciplina de Português que evolui gradativamente mesmo sem ter atingido anda
50% dos estudantes.
O grande desafio é a disciplina de Matemática que apresenta percentuais
que oscilam negativamente nos resultados das avaliações e ainda não conseguiram
voltar aos 10%, alcançados em 2009 indicando que Penha necessita empreender
esforços pedagógicos para melhor atender a essa etapa da escolarização.
ANO PORTUGUÊS MATEMÁTICA
2005 12,6% 5,6%
2007 16,0% 9,8%
2009 22,1% 10,3%
2011 24,0% 8,7%
2013 26,7% 7,9%
Tabela 14– Pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil – 9º ano. Fonte: Inep
ESTRATÉGIAS DA META 7
7.1 Estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes
pedagógicas para a Educação Básica e a base nacional comum dos currículos,
com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes
para cada ano da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e Médio,
respeitando-se a diversidade estadual, regional e local.
7.2 Assegurar que:
7.2.1) No quinto ano de vigência deste Plano Municipal de Educação, pelo
menos, 70% (setenta por cento) dos estudantes da Educação Infantil, do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio tenham alcançado nível
suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50%
(cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável.
7.2.2) No último ano de vigência deste Plano Municipal de Educação, todos os
estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de
estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável.
7.3 Instituir, no prazo de 3 anos, em colaboração entre a União, o Estado de Santa
Catarina e os Municípios da AMFRI, um conjunto Municipal de indicadores de
avaliação institucional com base no perfil dos estudantes e dos profissionais da
educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos
pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões
relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino.
7.4 Assegurar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, o
processo contínuo de autoavaliação das Unidades de Ensino, por meio da
constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem
fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a
melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos
profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática.
7.5 Formalizar e executar, durante todo o prazo de vigência desse Plano Municipal
de Educação, Planos de Ações Articuladas (PAA) dando cumprimento às
metas de qualidade estabelecidas para a Educação Básica pública e às
estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão
educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio
escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à
melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar, no âmbito de cada
sistema de ensino que atua em Penha.
7.6 Utilizar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do Ensino
Fundamental e Médio e os resultados das avaliações nacionais nas escolas e
redes de ensino que ofertam Educação Básica em Penha, para a melhoria de
seus processos e práticas pedagógicas.
7.7 Colaborar no desenvolvimento de indicadores específicos de avaliação da
qualidade da educação especial, bem como da qualidade da educação bilíngue
para surdos, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha.
7.8 Articular as políticas das redes e sistemas de ensino, de forma a buscar atingir
as metas do Ideb, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores
índices e a média nacional, garantindo equidade da aprendizagem e reduzindo
pela metade, até o último ano de vigência deste Plano Municipal de Educação,
as diferenças entre as médias dos índices das Unidades Escolares do
Município.
7.9 Divulgar os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional de
avaliação da Educação Básica e do Ideb, relativos às escolas, às redes
públicas de Educação Básica e aos sistemas de ensino do Município,
assegurando a contextualização desses resultados, com relação a indicadores
sociais relevantes, como os de nível socioeconômico das famílias dos
estudantes, e a transparência e o acesso público às informações.
7.10 Contribuir para a melhoria do desempenho dos estudantes da Educação
Básica nas avaliações da aprendizagem no Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes – PISA, no âmbito de cada sistema de ensino que
atua em Penha.
7.11 Incentivar o desenvolvimento, a seleção, a certificação e a divulgação de
tecnologias educacionais para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o
Ensino Médio e incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, assegurada a diversidade de
métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e
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Plano Municipal de Educação de Penha

  • 2. PROJETO DE LEI Nº _______ de ____ de ________________ de 2015. Aprova o Plano Municipal de Educação de Penha/SC e dá outras providências Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação de Penha, constante no documento anexo, com duração de dez anos a partir da data da publicação desta lei, com vistas ao cumprimento do disposto no inciso I do artigo 11 da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e no artigo 2º da Lei Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014. § 1º As metas previstas no Anexo Único integrante desta lei deverão ser cumpridas no prazo de vigência do Plano Municipal de Educação de Penha/2015-2025, desde que não haja prazo inferior definido para metas específicas. § 2º As metas previstas no Anexo Único integrante desta lei referenciaram-se na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, no censo demográfico e nos censos nacionais da educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na data da publicação desta Lei. § 3º As estratégias definidas no Anexo Único integrante desta lei não excluem a adoção de medidas visando formalizar a cooperação entre os entes federados. Art. 2º São diretrizes do Plano Municipal de Educação de Penha/2015-2025: I. erradicação do analfabetismo; II. universalização do atendimento escolar; III. superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV. melhoria da qualidade da educação; V. formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI. promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII. promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII. estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
  • 3. IX. valorização dos profissionais da educação; X. promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. Art. 3º O Município de Penha, em articulação com a sociedade civil, procederá as avaliações periódicas da implementação do Plano Municipal de Educação. § 1º O Poder Legislativo, por intermédio da Comissão de Educação, acompanhará a execução do Plano Municipal de Educação. § 2º A primeira avaliação realizar-se-á no terceiro ano de vigência desta Lei, por meio do Conselho Municipal de Educação de Penha em parceira com a Secretaria Municipal de Educação, cabendo à Câmara de Vereadores aprovar as medidas legais decorrentes, com vistas à correção de deficiências e distorções. § 3º As alterações decorrentes dos processos de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação de Penha, deverão estar alinhadas com as determinações das metas e estratégias nacionais definidas no Plano Nacional de Educação em vigor. § 4º O Município de Penha deverá promover, em colaboração com o Estado de Santa Catarina e a União, a realização de, pelo menos, 2 (duas) Conferências de Educação da Cidade até o final da década, com intervalo de até 4 (quatro) anos entre elas, com o objetivo de avaliar e monitorar a execução do Plano Municipal de Educação e subsidiar a elaboração do próximo Plano Municipal de Educação de Penha (2025-2035). Art. 4º Os planos plurianuais e orçamentários anuais do Município serão elaborados de modo a dar suporte às metas constantes do Plano Municipal de Educação. Art. 5º Os Poderes Municipais, Executivo e Legislativo, empenhar-se-ão na divulgação deste Plano e da progressiva realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade o conheça amplamente e acompanhe sua implementação. Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
  • 4. ANEXO ÚNICO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PENHA
  • 5. SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS.......................................................................................... LISTADE GRÁFICOS....................................................................................... LISTA DE TABELAS.......................................................................................... APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 1. INTRODUÇÃO............................................................................................... MONITORAMENTO DO PME – Lei nº 2209/2008............................................. 2. O MUNICÍPIO DE PENHA......................................................................................... 2.1 PERFIL HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE PENHA...................................... 2.2 PERFIL POPULACIONAL DO MUNICÍPIO DE PENHA............................... 2.3 PERFIL SOCIOECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE PENHA......................... 2.4 PERFILEDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE PENHA.................................. META 1............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 1............................................................................... META 2............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 2............................................................................... META 3............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 3............................................................................... META 4............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 4............................................................................... META 5............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 5............................................................................... META 6............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 6............................................................................... META 7............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 7............................................................................... META 8............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 8............................................................................... META 9............................................................................................................... ESTRATÉGIAS DA META 9............................................................................... META 10.............................................................................................................
  • 6. ESTRATÉGIAS DA META 10............................................................................. META 11............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 11............................................................................. META 12............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 12............................................................................. META 13............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 13............................................................................. META 14............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 14............................................................................. META 15............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 15............................................................................. META 16............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 16............................................................................. META 17............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 17............................................................................. META 18............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 18............................................................................. META 19............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 19............................................................................. META 20............................................................................................................. ESTRATÉGIAS DA META 20............................................................................. REFERENCIAS.................................................................................................
  • 7. LISTA DE TABELAS Tabela 1 – PIB a preços correntes de Penha, com posição regional e estadual - 2002 a 2009. Fonte: IBGE ............................................................................................................. 17 Tabela 2 – Indicadores da Educação Básica em Penha. Fonte: Inep ......................... 20 Tabela 3 – Docentes da Educação Infantil , por formação em Penha. Fonte: Inep . 22 Tabela 4 – Porcentagem de matrículas em tempo integral na Educação Infantil . Fonte: Inep ............................................................................................................................. 22 Tabela 5 – Matrícula do Ensino Fundamental em 2014, por dependência administrativa. Fonte: Inep .................................................................................................. 30 Tabela 6 – Distribuição dos estudantes do Ensino Médio por período. Fonte: Inep . 38 Tabela 7 – Distribuição da oferta de Educação Especial/Penha. Fonte: MEC/Inep.. 41 Tabela 8 – Escolas com salas de recursos multifuncionais em uso. Fonte: Inep ...... 41 Tabela 9 – Deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação em Penha. Fonte: MEC......................................................... 41 Tabela 10 – Alunos matriculados na Educação Especial: Fonte: Inep/2014 .............. 42 Tabela 11 – Resultados da ANA/2013. Fonte: SIMEC................................................... 49 Tabela 12 – Quadro comparativo/IDEB/dependência administrativa. Fonte: Inep. ... 54 Tabela 13 – Pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil – 5º ano. Fonte: Inep .................................................................................................................... 55 Tabela 14 – Pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil – 9º ano. Fonte: Inep .................................................................................................................... 55 Tabela 15 – Estudantes EJA de Penha segundo a localização. Fonte: MEC/Inep ... 64 Tabela 16 – Matrículas de EJA em Penha por cor/raça. Fonte: MEC/Inep ................ 64 Tabela 17 – Matrículas da EJA na Rede Pública de Ensino de Penha. Fonte: Inep. 66 Tabela 18 – matrículas da Educação Profissional em Santa Catarina em 2013. Fonte: Inep ............................................................................................................................. 73 Tabela 19 – % total de mestres e doutores/Ensino Superior/SC/2013. Fonte: Inep . 82 Tabela 20 – % total de mestres e doutores por organização acadêmica no Ensino Superior/SC/2013. Fonte: Inep ........................................................................................... 82 Tabela 21 – Licenciatura Ensino Fundamental/área de ensino/2013. Fonte: Inep.... 90 Tabela 22 – Licenciatura Ensino Médio por área de ensino/2013. Fonte: MEC/Inep 91 Tabela 23 – Total de Professores efetivos em Penha. Fonte: MEC/Inep ................... 98
  • 8. Tabela 24 – Funções docentes com curso superior por etapa/modalidade de ensino. Fonte: Inep/2014 ................................................................................................................... 98 Tabela 25 – Demonstrativo de despesas da educação por subfunção – Rede Estadual – SC. Fonte: SEF-SC/Sistema Integrado de Gestão Fiscal........................105 Tabela 26 – Demonstrativos das receitas destinadas diretamente à Educação – Rede Estadual/SC. Fonte: SEF-SC/Sistema Integrado de Gestão Fiscal ................106 Tabela 27 – Demonstrativo das Receitas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE - Santa Catarina. Fonte: ftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope .....................106 Tabela 28 – Demonstrativo das Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino/SC. Fonte: ftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope .........................................................106 Tabela 29 – Pagamento dos Professores Ativos da Educação Básica – Rede Estadual – SC. Fonte: SEF-SC/Sistema Integrado de Gestão Fiscal........................107 Tabela 30 – Projeção do FUNDEF/FUNDEB de Penha. Fonte: Tesouro Nacional.107 Tabela 31 – Repasse Salário Educação de Penha. Fonte: FNDE .............................108 Tabela 32 – Transporte Escolar por Escola/2014. Fonte: Inep...................................109
  • 9. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Evolução Populacional de Penha. Fonte: IBGE.......................................... 16 Gráfico 2 – Comparativo da evolução do IDHM de Penha. Fonte: Atlas Brasil ......... 18 Gráfico 3 – Taxa de Aprovação Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep . 28 Gráfico 4 – Taxa de Reprovação Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep29 Gráfico 5 – Taxa de Abandono Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep .. 29 Gráfico 6 – Taxa de distorção idade/série - Ensino Fundamental/dependência administrativa/2014. Fonte: Inep ........................................................................................ 30 Gráfico 7 – Localização das Escolas de Ensino Médio em Penha. Fonte: Inep ........ 35 Gráfico 8 – Taxa total de abandono no Ensino Médio em Penha. Fonte: Inep.......... 36 Gráfico 9 – Taxa Distorção Idade-Série Ensino Médio em Penha/2014. Fonte: Inep36 Gráfico 10 – Taxas Distorção idade/série/dependência administrativa. Fonte: Inep. 37 Gráfico 11 – Evolução Distorção idade/série/Ensino Médio de Penha. Fonte: Inep . 37 Gráfico 12 – % dos níveis de Proficiência em Penha – ANA/2013. Fonte: Simec..... 48 Gráfico 13 – Educação em Tempo Integral por dep. administrativa. Fonte: Inep ...... 51 Gráfico 14 – Comparativo por rede de ensino das notas do Ideb. Fonte: Inep .......... 55 Gráfico 15 – Matrículas na EJA de alunos de 18 a 29 anos. Fonte: MEC/Inep ......... 63 Gráfico 16 – % de redução das matrículas de EJA em Penha. Fonte: Inep ............... 67 Gráfico 17 – Oferta de EJA em Penha por turno em 2013. Fonte: Inep...................... 67 Gráfico 18 – Matrículas Educação Profissional de Ensino Médio/2013. Fonte: Inep 73 Gráfico 19 – Organização Acadêmica Ensino Superior/SC/2012. Fonte: INEP......... 76 Gráfico 20 – Matrículas Ensino Superior por dep. Administrativa/SC. Fonte: Inep. .. 76 Gráfico 21 – Matrículas por Cursos no Ensino Superior SC. Fonte: Inep ................... 77 Gráfico 22 – Procedência das matrículas do Ensino Superior/SC. Fonte: Inep......... 77 Gráfico 23 – Matrículas por período no Ensino Superior/SC. Fonte: Inep .................. 78 Gráfico 24 – Taxa de conclusão - Instituições de Ensino Superior/SC. Fonte: Inep. 83 Gráfico 25 – Habilitação dos Professores Ensino Superior SC/2013. Fonte: Inep .... 85 Gráfico 26 – Formação dos professores da Educação Básica. Fonte: Inep ............... 89 Gráfico 27 – Formação dos professores por nível de ensino. Fonte: MEC/Inep ....... 90 Gráfico 28 – % de professores com pós-graduação em Penha. Fonte: MEC/Inep ... 94 Gráfico 29 – Investimento do FUNDEB em Penha. Fonte: FNDE/Siope .................... 97
  • 10. LISTA DE FIGURAS Figura 3 – Meta nacional 1 – Parte 1. Fonte: MEC ......................................................... 21 Figura 4 – Meta nacional 1 – Parte 2. Fonte: MEC ......................................................... 22 Figura 5 – Meta Nacional 2. Parte 1. Fonte: MEC........................................................... 27 Figura 6 – Meta Nacional 2. Parte 2. Fonte: MEC........................................................... 28 Figura 7 – Indicador da Meta 4. Fonte: MEC ................................................................... 40 Figura 8 – Taxa de Escolarização do Ensino Superior - População entre 18 e 24 anos/SC/2013........................................................................................................................ 78 Figura 9 – Escolarização Líquida do Ensino Superior entre a População entre 18 e 24 anos - SC/2013................................................................................................................ 79 Figura 10 – Títulos de Mestrado concedidos ao ano no Brasil e no Estado. Fonte: Capes...................................................................................................................................... 85 Figura 11 – Títulos de Doutorado concedidos ao ano no Brasil e no Estado. Fonte: Capes...................................................................................................................................... 86
  • 11. 1. INTRODUÇÃO Conforme a Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE), que destaca no artigo 2º, determinação para que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios elaborem em consonância com o nacional, os planos decenais correspondentes. O Plano Municipal de Educação (PME) caracteriza-se por ser um plano global da educação, por isso necessita de articulação dos diversos setores da administração pública e da sociedade na sua discussão e elaboração a fim de se alcançar o ideal de educação para todos, incluindo crianças, jovens e adultos do município. O plano não é um documento declarativo, nem tampouco uma carta de intenções elaborada pelos responsáveis políticos do município com fins explicitamente temporais. Trata-se da construção de um projeto que visa à integração de dinâmicas relacionadas com as iniciativas de todos os membros da comunidade educativa, tendo por finalidade principal dotar os estabelecimentos de ensino, em diferentes níveis e modalidades, de um recurso que favoreça a relação da Secretaria Municipal da Educação e a comunidade. Somente com a colaboração de todos, foi garantida a transparência da tomada de decisões sobre o plano, cuja intencionalidade é constantemente redefinida pela relação de reciprocidade. Com efeito, trata-se de um plano que se fez pela participação efetiva de todos os segmentos da sociedade civil, comunitários, professores, sindicatos, poder público, executivo, legislativo e judiciário, em consonância com o Plano Nacional de Educação. Diante destes pressupostos o município de Penha buscou sua adaptação, estabelecendo a necessidade do Plano Municipal de Educação e sendo sua elaboração atribuição da Comissão de Elaboração e Sistematização do Plano Municipal de Educação, instituída por meio do decreto municipal nº 2.276 de 23 de março de 2015, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação. Essa elaboração coletiva, com a participação de diferentes setores da sociedade e mediante posições diversificadas, garantiu que esse Plano Municipal de Educação resultasse em um documento síntese de posições consensuais da Comissão de Elaboração e Sistematização do Plano Municipal de Educação em
  • 12. parceria com a comunidade escolar por meio das reuniões técnicas para promoção das discussões das várias etapas da elaboração do documento. Essa forma de elaboração contém uma possibilidade maior não só de representar as variadas concepções dos participantes como também um maior compromisso com sua execução. A adequação do Plano Municipal de Educação representa um grande avanço, não só pelo seu processo de elaboração como também pelo tempo previsto para sua implantação, que é de dez anos. Um plano decenal de educação representa grande conquista da área educacional e tem como prioridades:  Elevar a escolaridade da população;  A melhoria da qualidade de ensino em todos os níveis;  A redução das desigualdades sociais;  A democratização da gestão do ensino público;  A garantia do acesso e a permanência, com sucesso dos alunos na escola;  A garantia da Educação Básica obrigatória a todas as crianças de 4 a 17 anos, assegurando sua conclusão;  A garantia da educação de jovens e adultos aos que não tiveram acesso à escola na idade própria e que não concluíram o Ensino Fundamental e Médio, incluindo a erradicação do analfabetismo através da alfabetização de jovens e adultos;  A ampliação do atendimento na Educação Infantil;  A valorização dos profissionais de educação;  Favorecer o desenvolvimento integral da pessoa com deficiência. Sendo assim, para sua execução é imprescindível o regime de colaboração entre a União, o Estado de Santa Catarina e o Município de Penha. Para culminar o envolvimento dos diferentes setores sociais na elaboração e adequação do Plano Municipal de Educação, o documento será encaminhado para a Câmara Municipal de Vereadores para aprovação legal e partirá para a sanção do Poder Executivo, selando assim também o compromisso com a sua implantação.
  • 13. 2. O MUNICÍPIO DE PENHA 2.1. PERFIL HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE PENHA Penha está localizada no Litoral Norte do Estado de Santa Catarina distante aproximadamente 120 km da capital Florianópolis. A maior parte de sua área territorial de 62.08 km2 são planícies dispostas numa média de 20 metros acima do nível do mar pontuadas de morros que quase circundam sua área limítrofe. Os sambaquis e oficinas líticas são testemunhas de uma longa história da presença humana na região. Há pelo menos 1.500 anos datam registros do homem do sambaqui e guaranis que mostram provas dum adensamento populacional indígena entre a barra do Rio Itajaí-açu a São Francisco do Sul. A tribo carijó que ocupava o território de onde hoje é Cananéia – São Paulo até a lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul foi quem testemunhou a chegada dos colonizadores europeus no século XVII, e foram os europeus que os eliminam, escravizam ou afugentaram. Sendo que, já no século XVIII, os carijós tinham a sua extinção anunciada. Sinais de colonização europeia na região de Itapocorói datam em torno dos idos de 1700. O marco histórico foi a petição feita a Cúria do Rio de Janeiro, por autoria de Bento da Silva Veloso e Tomé da Silva, referente a construção de uma capela em honra a São João Batista, documento este datado de 27 de abril do ano 1759. A capela foi centro de um povoado que crescia lentamente dedicando-se basicamente a pesca e agricultura, quando em 1.777, uma esquadra espanhola invade e toma a Vila de Desterro pondo em fuga o governo português, na pessoa do coronel Pedro Antônio da Gama Freitas e sua guarda. Sob a tutela dos espanhóis e a favor de seus próprios interesses ficam as armações destinadas à pesca da baleia e seu beneficiamento. Os portugueses para não perder negócio tão lucrativo se puseram a procurar outro local na costa catarinense que servisse para tal empreendimento. O local escolhido por ser seguro e bem abrigado do vento sul foi a Enseada do Itapocorói para onde se dirigiram homens livres e escravos das armações ocupadas pelos espanhóis.
  • 14. Em torno da capela de São João Batista, surgiram grandes edificações e o desenvolvimento da Armação do Itapocorói chamou a atenção dos núcleos de povoamento vizinhos: São Francisco e Desterro, tornando-se ponto atrativo para trabalho bem como ponto de comercialização para barcos que faziam o comércio entre os dois centros que viram nos colonos da região uma nova clientela. O Arraial de Itapocorói e mais tarde em 1815, Curato, tornou-se centro comercial e religioso da vasta orla que abrangia a área entre o Rio Itapocu e a Enseada das Garoupas, chegando a exercer influência para além destes limites. Com a diminuição da pesca, causada pela pesca predatória, já observada por Saint’Hilaire em 1820, e a dificuldade política de administrar as armações começa a se apregoar a extinção das mesmas pondo fim a mais um ciclo econômico do Brasil Colônia. Em 1.825, a construção da Capela de Nossa Senhora da Penha, evidencia o surgimento de outra comunidade emergente esta localizada na extrema norte da Praia de Itapocorói próxima a foz do Rio Iriri e Rio Piçarras. Esse novo núcleo urbano se estendia esporadicamente pelas margens dos rios e seus afluentes assim também pelo Rio Gravatá até a Praia de Itajaí, e ao norte ao largo da Praia de Piçarras e Itajuba. Formando-se aí um arraial cuja atividade central era a lavoura. As duas comunidades tornavam-se cada vez mais díspares: a de Nossa Senhora da Penha crescia abrigando pessoas financeiramente mais estáveis baseando-se mais sobre a agricultura do que a pesca adequando-se a um trabalho metódico e produtivo enquanto a Armação decaia com a dependência da pesca periódica e incerta. Os de que dela dependiam foram se dispersando para o interior e os que ali ficaram passaram a trabalhar nas terras de Luís Rodrigues Pereira que comprou as terras da armação baleeira dedicando-se principalmente no cultivo da mandioca, cana-de-açúcar e café, engenho de farinha, de açúcar e alambique de aguardente bem como casa de secos e molhados, assim, de certa forma, recaindo também em bases agrícolas, o que faz com que o fim da Armação baleeira tenha tido pouca influência sobre o desenvolvimento do Distrito de Itapocorói, já que em 1839, o distrito foi considerado suficientemente povoado para ser elevado a categoria de Freguesia de Nossa Senhora da Penha do Itapocoróy, com sede as margens da foz do rio Iriri visto que a Armação núcleo mais antigo se afigurava como uma empresa o que hoje se entenderia por fazenda marinha e não um núcleo urbano.
  • 15. Os limites da Freguesia se estendiam do Rio Itapocu ao Norte, do Rio Gravatá ao Sul e Oceano Atlântico a leste e a Serra Geral a Oeste. Em 21 de junho de 1958, Penha é elevada a categoria de Município desmembrando-se de Itajaí com efetiva instalação em 19 de julho do mesmo ano. Economicamente o município recém-formado experimenta um forte impulso econômico na atividade pesqueira refletida pelas fábricas de beneficiamento pesqueiro a Krause, a Weg, Hemmer e que logo encontram sua decadência nas décadas seguintes. Nos idos da década de 1970, vê surgir paulatinamente outra função econômica – o turismo – motivada por sua bela paisagem litorânea, famílias tradicionais vendem suas terras a beira mar cedendo a crescente especulação imobiliária e dá espaço a crescente faixa de casas de veraneio que começam a ocupar a orla. 2.2. PERFIL POPULACIONAL DO MUNICÍPIO DE PENHA Os dados do Censo 2010 apontam o município de Penha com 25.141 habitantes. Os dados do censo produzido pelo IBGE, ainda mostram que 50,13% são mulheres e 49,87% são homens, 91,74% residem na área urbana e 8,26% residem na área rural do município. O município vem recebendo um grande contingente de migrantes que faz sua população disparar. Constata-se pelos números das estimativas populacionais do IBGE que, na última década registrou-se um crescimento populacional na ordem de 36,38%, o que significa, em números absolutos que, entre os anos de 2006 e 2014, 7.662 novos moradores, vieram para o município, significando um crescimento anual de 957 pessoas. Atualmente, registra-se 28.718 moradores no município de Penha. O gráfico identifica a evolução populacional nos últimos anos e permite registrar o desafio que educação tem de se adequar anualmente para atender a crescente demanda em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, uma vez que, a
  • 16. grande maioria desses novos moradores, depende dos serviços públicos para ter acesso a muitos dos direitos fundamentais do cidadão. Gráfico 1– Evolução Populacional de Penha. Fonte: IBGE 2.3.PERFIL SOCIOECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE PENHA Sua função econômica gira em torno do turismo de veraneio cuja atração são suas belíssimas praias unido ao turismo de entretenimento cujo foque é o Parque Beto Carrero World, maior parque de diversões da América Latina e o sexto maior do mundo. Junto a isto, na área do setor extrativista pesqueiro surge a maricultura, mais especificamente a miticultura1, com apoio de estudos e pesquisas do Centro de Pesquisa Experimental da UNIVALI2instalado no município. Segundo dados do IBGE e da Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina, em 2009 o PIB catarinense atingiu o montante de R$ 129,8 bilhões, assegurando ao Estado a manutenção da 8ª posição relativa no ranking nacional. No mesmo ano, Penha aparece na 86ª posição do ranking estadual, respondendo por 0,19% da composição do PIB catarinense. No comparativo da evolução do PIB ao longo do período de 2002 a 2009, o município apresentou um crescimento acumulado de 160,13%, contra um aumento 1 Cultivo de mariscos 2 Universidade do Vale do Itajaí.
  • 17. estadual de 132,91%. Os dados referentes à evolução do PIB no município estão apresentados na figura a seguir. Tabela 1– PIB a preços correntes de Penha, com posição regional e estadual - 2002 a 2009. Fonte: IBGE O município de Penha, em 2009, possuía um PIB per capita da ordem de R$ 11.331,55, colocando-o na 249ª posição do ranking estadual. No período de 2002 a 2009, o PIB per capita do município apresentou evolução de 117,75% contra 110,42% da média catarinense. Segundo os dados do Censo 2010, o município de Penha possuía a incidência de 0,5% da população com renda familiar per capita de até R$ 70,00, 3,3% com renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo e 15,8% da população com renda familiar per capita de até 1/4 salário mínimo. O Atlas Brasil 20133, do PNUD4, mostra que o Índice de Desenvolvimento Humano do município é de 0,743, considerado alto. Este índice pontua o desempenho dos municípios com relação a renda, longevidade e educação, com base no Censo 2010. Segundo o Atlas Brasil 2013, Penha teve um crescimento no seu IDHM de 50,71% nas últimas duas décadas, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (42,54%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 49,31% entre 1991 e 2010. A análise do IDH de Penha ainda mostra que o município recebeu nota 0,640 no quesito educação, que é considerada média. 3 PNUD; FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, IPEA, 2013. 4 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
  • 18. No ranking nacional o município figura na posição nº 695. Entre os municípios catarinenses em 115º lugar impulsionado, especialmente, pelo critério da longevidade seguido do critério de renda. A figura a seguir permite constatar que o município apresenta índices superiores ao do país, porém, precisa melhorar para se equiparar aos números do Estado de Santa Catarina que figura no ranking nacional como o segundo melhor IDH do Brasil. Gráfico 2– Comparativo da evolução do IDHM de Penha. Fonte: Atlas Brasil Através do Censo 2010 (IBGE, 2010) identifica-se que 3,54% da população ainda é analfabeta. 2.5. PERFIL EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE PENHA A educação no município de Penha desenvolveu-se, em consonância com a história brasileira, tendo passado por várias formas de organização social, política, econômica e cultural. Nesse movimento histórico, como todas as esferas municipais, em muitas situações, Penha foi espectador de programas educacionais, implementando as orientações federais sem autonomia para mudá-las.
  • 19. Atualmente, com as determinações legais vigentes, o município conquistou o espaço de gerir a educação, optando por estabelecer esse trabalho sobre quatro pilares básicos: I- Democratização do acesso e da permanência do aluno na escola; II- Democratização da gestão escolar; III- Qualidade social da educação IV- Valorização dos profissionais e trabalhadores da educação Esses aspectos possibilitam o acompanhamento sistemático do processo de ensino e de aprendizagem, da relação aluno – professor, da (co)participação escola/comunidade e da gestão escolar. A Secretaria Municipal de Educação ao acreditar que o desenvolvimento do potencial que o município possui tem como alicerce a educação, busca efetivar ações substanciais nessa área, e pretende, com o Plano Municipal de Educação, viabilizar que isso ocorra no próximo decênio. A educação no Município é atendida em 29 Unidades Escolares públicas, privadas e filantrópicas, localizadas nas áreas urbanas, assim distribuídas:  03 Grupos Escolares (dois Grupos Escolares ocupam o mesmo espaço físico temporariamente devido a um sinistro);  07 Escolas Básicas;  07 Escolas Municipais;  01 Escola de Educação de Jovens e Adultos;  06 Centros Municipais de Educação Infantil;  01 Centro de Educação Privado;  01 Associação de Pais e Amigos Excepcionais;  01 Creche Municipal;  01 Creche Filantrópica;  01 Centro Municipal de Educação Infantil Filantrópico conveniado. A tabela abaixo destaca a evolução das matrículas da Educação Básica em Penha. Constata-se que há regularidade nas matrículas, porém, o quantitativo de docentes tem registro crescente de 2007 até o ano de 2014.
  • 20. ANO ESTABELECIMENTOS MATRÍCULAS DOCENTES TURMAS 2007 27 6.477 259 302 2008 26 6.331 253 298 2009 25 6.656 242 304 2010 27 6.931 286 293 2011 27 7.171 314 297 2012 29 7.267 322 327 2013 29 7.033 365 318 2014 29 6.857 390 323 Tabela 2 – Indicadores da Educação Básica em Penha. Fonte: Inep O município de Penha tem como prioridade atender as exigências de educação, garantindo o acesso, o regresso e a permanência nas unidades escolares, procurando de forma eficiente reduzir a exposição dos alunos às situações de risco, de desigualdade, de discriminação e de outras vulnerabilidades sociais e procurando a redução de índices de evasão e de não acesso escolar. Para tanto, tem por subsídio os marcos legais Sistema Municipal de Educação e Estatuto do Magistério e Plano de Carreira, bem como os Conselhos Municipais vinculados à educação.
  • 21. META 1 Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de Educação Infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste Plano Municipal de Educação. O município de Penha precisa ainda ampliar o atendimento junto às crianças de 4 e 5 anos para um percentual de mais 22,1%. Levando-se em consideração o atendimento registrado no município em 2014, verifica-se que será necessário ainda ampliar a oferta para mais 160 vagas até o ano de 2016. Figura 1– Meta nacional 1 – Parte 1. Fonte: MEC Analisando os dados municipais de matrícula das crianças nessa faixa etária, no ano de 2015 até o mês de maio, segundo fontes da Secretaria Municipal de Educação de Penha, a oferta de matrículas registra 770 crianças. Ou seja, o município de Penha já alcançou em um ano mais 6,5%, ficando como desafio ainda, a ampliação da rede escolar para a faixa de 4 e 5 anos no percentual de 15,6%. No que se refere ao atendimento de crianças de 0 a 3 anos, identifica-se que a taxa atual de atendimento dessa faixa etária nas redes pública e privada de ensino no município de Penha, alcança o percentual de 32,5%, ou seja, precisa-se garantir a abertura anual de 10 novas vagas para chegar a meta nacional que pressupõe o atendimento de, ao menos, 50% da população nessa faixa etária.
  • 22. Figura 2– Meta nacional 1 – Parte 2. Fonte: MEC No que se refere a formação docente dos profissionais que atuam junto a Educação Infantil no município de Penha, é possível observar na tabela abaixo, que há um percentual considerável de profissionais que tem somente o Ensino Médio. Ano Ensino Fundamental Ensino Médio - Normal / Magistério Ensino Médio Ensino Superior 2007 1% 1 18,6% 18 16,5% 16 63,9% 62 2008 0% 0 14% 15 22,4% 24 63,6% 68 2009 0% 0 19,8% 20 18,8% 19 61,4% 62 2010 0,7% 1 19,7% 27 33,6% 46 46% 63 2011 0,7% 1 16,4% 22 29,1% 39 53,7% 72 2012 0% 0 3,4% 5 26,7% 39 69,9% 102 2013 0,6% 1 8,1% 13 31,3% 50 60% 96 Tabela 3– Docentes da Educação Infantil, por formação em Penha. Fonte: Inep São profissionais contratados em caráter temporário, em formação de curso superior e, que determinam a necessidade de abertura de concurso público para essa faixa etária. Um dado relevante no que se refere a oferta de Educação Infantil é que Penha oferece educação em tempo integral na ordem de 73,4% para esse nível de ensino segundo o Inep. Vale ainda ressaltar que todo esse atendimento se dá na rede pública municipal de ensino. 100% da oferta acontece na área urbana do município. Ano Total 2011 70,1% 812 2012 75,5% 966 2013 73,4% 948 Tabela 4 – Porcentagem de matrículas em tempo integral na Educação Infantil. Fonte: Inep
  • 23. ESTRATÉGIAS DA META 1 1.1 Definir, em regime de colaboração entre a União, o Estado de Santa Catarina e o Município de Penha, metas de expansão das respectivas redes públicas de Educação Infantil segundo padrão nacional de qualidade, considerando as peculiaridades locais. 1.2 Garantir que, ao final da vigência deste Plano Municipal de Educação, seja inferior a 10% (dez por cento) a diferença entre as taxas de frequência à Educação Infantil das crianças de até 3 (três) anos oriundas do quinto de renda familiar per capita mais elevado e as do quinto de renda familiar per capita mais baixa. 1.3 Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até 3 (três) anos de idade, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta no município. 1.3.1 Assegurar o atendimento para crianças de pais que trabalham no período de recesso escolar com a colônia de férias. 1.3.2 Planejar a colônia de férias com estrutura e recursos necessários ao atendimento. 1.3.3 Assegurar o direito da criança ao convívio familiar no período de férias dos pais. 1.4 Estabelecer, no primeiro ano de vigência do Plano Municipal de Educação, normas, procedimentos e prazos para definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por creches. 1.4.1 Mapear demanda das famílias através de questionários, enquetes populares, comunicados internos, assembleias e Fórum. 1.4.2 Estabelecer parcerias com outros órgãos públicos: Promotoria Pública, Conselho Tutelar, Assistência Social, COMED, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Educação, APPs e outros. 1.5 Manter e ampliar, em regime de colaboração, programa de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos em parceria coma União e o Estado de Santa Catarina, visando à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas de Educação Infantil, respeitando, inclusive, as normas de acessibilidade.
  • 24. 1.5.1 Garantir a construção e ampliação de novas instituições de Educação Infantil em parceria com a União e o Estado de Santa Catarina conforme o crescimento populacional anual. 1.5.2 Assegurar recursos financeiros para a manutenção bimestrais conforme a necessidades de cada instituição de ensino. 1.5.2.1 Criar equipe de manutenção de serviços gerais (pedreiro, eletricista, encanador, pintor e outros),para manutenção periódica das instituições de Ensino. 1.6 Implantar, até o segundo ano de vigência do Plano Municipal de Educação, avaliação da Educação Infantil articulada entre os setores da educação e COMED5, a ser realizada anualmente, com base em parâmetros nacionais e indicadores de qualidade, a fim de aferir e melhorara infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes. 1.7 Articular a oferta de matrículas gratuitas em creches certificadas como entidades beneficentes de assistência social na área de educação com a expansão da oferta na rede escolar pública; 1.7.1 Articular parcerias para ofertas de matriculas através de convênios com instituições beneficentes certificados pelo COMED e setores da educação. 1.8 Promover a formação inicial e continuada dos profissionais da Educação Infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por profissionais com formação superior; 1.9 Estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao processo de ensino e aprendizagem e às teorias educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. 1.10 Fomentar o atendimento às populações do campo, pescadores artesanais e comunidades itinerantes, na Educação Infantil nas respectivas comunidades, por meio do redimensionamento da distribuição territorial da oferta, limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às especificidades dessas comunidades, garantido consulta prévia e informada. 5 Conselho Municipal de Educação
  • 25. 1.11 Priorizar o acesso à Educação Infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos estudantes com deficiência, transtornos do espectro do autismo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e altas habilidades/superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica. 1.11.1 Implantar, para atendimento no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, um centro especializado para atendimento educacional para alunos com necessidades educacionais especiais. 1.11.2 Promover o atendimento especializado nas instituições de ensino, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha. 1.11.3 Criar o atendimento especializado nas instituições de ensino nas áreas de: psicologia, fonoaudiologia e nutricionista, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha. 1.12 Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 5 (cinco) anos de idade por meio de regime de colaboração visando ao atendimento das crianças matriculadas no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha. 1.13 Preservar as especificidades da Educação Infantil na organização das redes escolares, garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade, e a articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso dos estudantes de 6 (seis) anos de idade no ensino fundamental; 1.14 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na Educação Infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância. 1.14.1 Garantir que as unidades de Educação Infantil recebam os relatórios atualizados das famílias beneficiadas desses programas.
  • 26. 1.15 O Município de Penha, com a colaboração da União e o Estado de Santa Catarina, realizarão e publicarão, a cada ano, levantamento da demanda manifesta por Educação Infantil em creches e pré-escolas, como forma de planejar e verificar o atendimento. 1.15.1 Assegurar após o levantamento da demanda que seja efetuado a matricula conforme o numero de alunos por turma. 1.16 Viabilizar o acesso à Educação Infantil em tempo integral e ou parcial, para todas as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil . 1.17 Implementar espaços lúdicos de interatividade considerando a diversidade étnica, de gênero e sociocultural, tais como: brinquedoteca, ludoteca, biblioteca infantil e parque infantil. 1.17.1 Garantir áreas de atividades físicas e espaços de esportes nas unidades de Educação Infantil. 1.17.2 Implantar o atendimento na área tecnológica nas unidades de Educação Infantil. 1.18 Garantir que todas as unidades tenham atendimento especializado nas áreas de: gestão, administração, supervisão e orientação educacional.
  • 27. META 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de idade e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos estudantes concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste Plano Municipal de Educação. Para o atendimento a primeira parte da meta 2 que solicita a universalização do atendimento a faixa etária de 6 a 14 anos, constata-se que o município de Penha, com o percentual de 97,6% está próximo do atendimento da meta, necessitando ainda ampliar a oferta para mais 2,4% da população nessa faixa etária, ou seja, abrir mais 82 vagas segundo o número total de matrículas identificadas no censo escolar de 2014. Figura 3– Meta Nacional 2. Parte 1. Fonte: MEC Analisando os dados municipais de matrícula das crianças nessa faixa etária, no ano de 2015 até o mês de maio, segundo fontes da Secretaria Municipal de Educação de Penha e Gerência Regional de Educação, além das escolas particulares, a oferta de matrículas registra 4.280 estudantes matriculados nas duas etapas do Ensino Fundamental. No que se refere a segunda parte da meta nacional, observa-se que o município de Penha tem o desafio de ampliar o atendimento nessa faixa etária da população, ou seja, pessoas com 16 anos com pelo menos o ensino fundamental concluído, na ordem de 21,2%.
  • 28. Figura 4– Meta Nacional 2. Parte 2. Fonte: MEC Verificando as taxas de aprovação do ensino fundamental, observa-se uma taxa total de 91,1%. É maior nos anos iniciais com taxa total de 96,8%; nos anos finais essa taxa baixa para 83,3%. As escolas das redes púbicas têm taxa menor de aprovação. E, dentre as escolas públicas, as da rede estadual apresentam menor taxa de aprovação, porém, a taxa de aprovação dos anos finais do ensino fundamental na rede municipal de ensino é menor com taxa total de 78,8%. É no 8º ano, que só a rede municipal de ensino oferta, que tem a menor taxa atingindo somente 66,7%. Gráfico 3– Taxa total de aprovação no Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep Em Penha verifica-se, segundo dados do Inep, que a taxa total de reprovação do Ensino Fundamental é de 8,7%. É cinco vezes maior a taxa de reprovação dos anos finais em relação aos anos iniciais, sendo 16,2% junto aos estudantes de 6º ao 9º anos e 3,1%, junto aos estudantes de 1º ao 5º anos. Constata-se ainda que não há reprovação nas escolas particulares, e que os anos finais da rede municipal de ensino é maior em relação as turmas da rede estadual, excetuando-se o 9º ano, cuja taxa de reprovação é de 10,6%, enquanto na rede municipal de ensino é de 5,9%.
  • 29. Gráfico 4– Taxa total de reprovação no Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep As taxas de abandono são menores em relação às taxas de reprovação, porém, há que se destacar uma taxa total de 0,2%. Essa taxa é de 0,5% nos anos finais do Ensino Fundamental, cujo índice é mais acentuado no 8º ano dos anos finais da rede municipal de ensino que atinge o índice de 3,7%. Gráfico 5– Taxa total de abandono no Ensino Fundamental de Penha/2014. Fonte: Inep Verifica-se que taxa total de distorção idade-série no Ensino Fundamental de Penha é de 14,4%. Quando se analisa a taxa por etapa do Ensino Fundamental, constata-se que a taxa dos anos finais é preocupante e chega ao índice de 24,3%; superior três vezes a taxa dos anos iniciais que é de 7,8%. Ao observar as taxas por ano/série é possível constatar que a turma com maior taxa de distorção idade/série é 6º ano da Rede Municipal de Ensino que atinge assustadora taxa de 40,7%.
  • 30. Gráfico 6– Taxa de distorção idade/série - Ensino Fundamental/dependência administrativa de Penha/2014. Fonte: Inep Entre as redes de ensino, observa-se que as maiores taxas estão na Rede Municipal, excetuando-se o 9º ano dos anos finais, cuja taxa é maior na Rede Estadual de Ensino. As análises de dados registrados nesse documento dão conta que o maior desafio de Penha junto ao atendimento ao Ensino Fundamental, é a reprovação, especialmente, na Rede Municipal de Ensino, aonde se pode constatar que há um índice de reprovação de 5,9% nos anos iniciais e 10,6% nos anos finais. No que e refere ao total de estudantes do Ensino Fundamental no âmbito do município, verifica-se que os anos iniciais atendem a 60,04% de todas as matrículas desse nível de ensino. Constata-se na tabela abaixo que a Rede Municipal de Ensino atende 74,96% desses estudantes. Dependência Matrícula Inicial do Ensino Fundamental– 2014 AnosIniciais AnosFinais Estadual 463 826 Municipal 1533 529 Privada 49 6 Total 2045 1361 Tabela 5– Matrícula do Ensino Fundamental em 2014,por dependência administrativa.Fonte: Inep ESTRATÉGIAS DA META 2 2.1 Providenciar estudos no sentido de quantificar a demanda de estudantes no Ensino Fundamental a fim de ampliar o atendimento às crianças de 6 a 14
  • 31. anos, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha. 2.1.1Regularizar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, até o final da vigência deste plano, em 90%, o fluxo escolar, implementando políticas que garantam o direito ao Ensino Fundamental, reduzindo a reprovação, enfrentando os fatores que provocam a evasão e garantindo, enfim, efetiva aprendizagem e desenvolvimento humano; 2.2 Pactuar entre a União, o Estado de Santa Catarina e os Municípios que compõem a região da AMFRI, no âmbito da instância permanente de que trata o §5º do Art. 7º, da Lei nº 13.005/2014, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do ensino fundamental. 2.3 Providenciar estudos para quantificar a necessidade de reforço escolar e atendimento educacional especializado (AEE) para estudantes do Ensino Fundamental com a finalidade de implantar projetos que atendam estas especificidades. 2.3.1 Garantir, no prazo de vigência deste Plano Municipal de Educação, as necessidades previstas no item anterior, com profissionais habilitados para tal,no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha. 2.3.2 Assegurar a recuperação contínua e concomitante de aprendizagem de estudantes com déficit de rendimento escolar a ser previsto no Projeto Político Pedagógico das escolas pertencentes a cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, através do apoio pedagógico e o atendimento de AEE. 2.4 Fortalecer, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como o controle das situações de discriminação, preconceito e violência na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos estudantes, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude.
  • 32. 2.5 Promover, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, o acompanhamento e o monitoramento de acesso e permanência na escola, em parceria com as áreas de saúde e assistência social. 2.6 Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, à organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do campo e das comunidades com vulnerabilidade social. 2.7 Disciplinar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região. 2.8 Promover o relacionamento das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos estudantes dentro e fora dos espaços escolares, assegurando, ainda, que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural. 2.9 Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos. 2.9.1 Assegurar a participação efetiva da comunidade na gestão das escolas, por intermédio de conselhos escolares ou órgãos equivalentes, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha. 2.9.2 Incentivar momentos de integração por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias. 2.10 Garantir o atendimento específico às populações do campo, povos nômades e das comunidades tradicionais garantindo o acesso, permanência, conclusão, bem como a formação de profissionais para atuação junto a essas populações. 2.11 Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantindo a qualidade, para atender aos filhos de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante. 2.12 Oferecer atividades extracurriculares aos estudantes de incentivo e de estímulo a habilidades, promovendo, inclusive, certames e concursos de âmbito municipal, estadual e nacional, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha.
  • 33. 2.13 Promover atividades de desenvolvimento e estímulo às habilidades esportivas nas escolas, interligando-as a um plano de disseminação do desporto educacional. 2.13.1 Garantir a previsão no calendário escolar anual das atividades esportivas e desportivas que fazem parte do calendário do município. 2.14 Efetivar, com as áreas de saúde, ação social e cidadania, rede de apoio ao sistema municipal e estadual de ensino para atender o público da educação especial. 2.14.1 Implementar, através da Coordenação do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação, a partir da vigência desse Plano Municipal de Educação, projetos em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, com ênfase nas questões de higiene, educação sexual, gravidez na adolescência, drogas, saúde bucal entre outros. 2.15 Garantir o acesso e permanência dos estudantes na educação pública, viabilizando transporte escolar acessível com segurança, material escolar, laboratórios didáticos e biblioteca informatizada com acervo atualizado, visando a inclusão das diferentes etnias, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha. 2.15.1 Desenvolver parcerias com órgãos públicos e privados para disponibilizar aos educandos o transporte escolar gratuito, inclusive no atendimento de aulas extraclasse. 2.16 Assegurar a oferta da alimentação escolar, com segurança alimentar e nutricional, preferencialmente com produtos da agricultura familiar e ou da região da AMFRI. 2.17 Viabilizar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, tecnologias educacionais inovadoras das práticas pedagógicas que assegurem a alfabetização, a partir de realidades linguísticas diferenciadas em comunidades bilíngues, favorecendo a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos estudantes, segundo as diversas abordagens metodológicas. 2.18 Implementar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, em todas as unidades escolares, bibliotecas, biblioteca virtual, com equipamentos, espaços adequados, acervos bibliográficos, bem como
  • 34. profissionais especializados, como condição para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem. 2.19 Oferecer, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, mecanismos que garantam a organização pedagógica, o currículo e as práticas pedagógicas, evitando o transporte de crianças dos anos iniciais do ensino fundamental do campo, para escolas nucleadas ou para a cidade. 2.20 Otimizar, em regime de colaboração com todas as esferas do poder público, programas educacionais que, efetivamente, promovam a correção das distorções idade/série com qualidade, promovendo ao educando condições de inserção e acompanhamento nos anos posteriores. 2.21 Garantir padrões de qualidade, em regime de colaboração com os sistemas de ensino, dando igualdade de condições para acesso e permanência no Ensino Fundamental. 2.22 Garantir a implementação de proposta pedagógica no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, de maneira a assegurar a formação básica comum respeitando os valores culturais e artísticos nas diferentes etapas e modalidades da educação. 2.23 Garantir, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha, a inclusão de pessoas com deficiência nas instituições escolares do ensino regular, com adaptação dos meios físicos e capacitação dos recursos humanos, assegurando o desenvolvimento de seu potencial cognitivo, emocional e social. 2.23.1 Estabelecer critérios de avaliação a fim de verificar a possibilidade da inclusão de determinadas síndromes severas que precisam de um acompanhamento adequado e que atendam as necessidades especificas. 2.24 Definir até o 2º (segundo) ano de vigência desse Plano Municipal de Educação, dispositivo que trata do número de estudantes por turma, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta educação básica em Penha.
  • 35. META 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos de idade e elevar, até o final do período de vigência deste Plano Municipal de Educação, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 90% (noventa por cento). Para o atendimento da primeira parte da meta 3 do Plano Nacional de Educação, observa-se que o município de Penha ainda precisa atender 19,4% da população de 15 a 17 anos no Ensino Médioaté 2016; atualmente, observa-se um índice de 80,6%. Para se alcançar a segunda parte da meta que pressupõe elevara taxa líquida de matrículas no Ensino Médiopara 90% será necessário um crescimento anual de 4,7% nas taxas de matriculas, perfazendo um total de 9,4% até o final da vigência do Plano de Educação de Penha. Segundo o Censo de 2010, a população de 15 a 17 anos em Penha registra 1.266 pessoas. Constata-se total desequilíbrio entre os moradores das áreas urbana e rural do município e são distribuídas segundo a localização da seguinte forma: Gráfico 7– Localização das Escolas de Ensino Médio em Penha. Fonte: Inep Quando se observa a matrícula dos estudantes, constata-se que a oferta de Ensino Médio é exclusivamente na área urbana de Penha. A taxa total de aprovação no Ensino Médio é 78,8%. Ao analisar as taxas por turma nesse nível de ensino constata-se que a menor taxa de aprovação ocorre no 1º ano (72,7%), seguido do 2º ano (80,6%) e a maior taxa de aprovação ocorre no 3º ano com taxa de aprovação de 88,1%.
  • 36. Inversamente às taxas de aprovação no Ensino Médio, a reprovação tem maior incidência no 1º ano atingindo a taxa de 22%enquanto no 2º ano é de 12,2%, e no 3º ano a taxa de reprovação é de 10,3%. Chama a atenção a taxa de reprovação no 1º ano uma vez resulta na soma das turmas de 2º e 3º anos. São índices altos que somam a taxa total de 16,3%. As taxas de abandono totalizam 4,9% no Ensino Médio de Penha. O abandono acontece em todas as turmas do Ensino Médio e o maior índice registra- se no 2º ano, conforme apresenta o gráfico a seguir: Gráfico 8– Taxa total de abandono no Ensino Médio em Penha. Fonte: Inep A taxa total de distorção idade/série no Ensino Médio de Penha é de 17,7%. O gráfico a seguir apresenta as taxas por série. Gráfico 9– Taxa Distorção Idade-Série Ensino Médio em Penha/2014. Fonte: Inep Em 2013, o País registrou 29,5% dos estudantes matriculados no Ensino Médio com distorção idade-série. Na Região Sul esse percentual cai para 22,6% e em Santa Catarina é igual a 16,4%, portanto as taxas apresentadas no município de Penha chamam a atenção e preocupam uma vez que só o 1º ano apresenta taxa equivalente de todo o sul do país como se pode verificar no gráfico a seguir.
  • 37. Gráfico 10– Taxas totais de distorção idade/série por dependência administrativa. Fonte: Inep Um fato que reforça a preocupação com o Ensino Médio é que analisando a trajetória das taxas de distorção idade/série, constata-se que há uma constância nas taxas o que leva a concluir que pouco se fez efetivamente até o momento para dirimir a situação que desqualifica as aprendizagens e distancia o município de elevar as taxas de escolarização para essa faixa da população. Gráfico 11– Evolução da taxa de distorção idade/série no Ensino Médio de Penha. Fonte: Inep As taxas de abandono e reprovação permitem constatar que os dois são fatores que contribuem para a elevação das taxas de distorção idade/série, porém, no 1º ano o índice mais impactante é a reprovação e o no 2º ano, o fator de maior impacto é o abandono. Outro fator importante a ser destacado nesse diagnóstico é que o percentual de estudantes do Ensino Médio que estudam no período diurno em Penha é maior que o período noturno, porém, há que se destacar que os estudantes que tem saído do período vespertino nos últimos anos parecem ter migrado para o
  • 38. ensino noturno tem aumentado o percentual de estudantes nesse período como se comprova na tabela que segue. ANO MATUTINO VESPERTINO NOTURNO 2007 33% 290 11,7% 103 55,3% 486 2008 35,8% 318 10,7% 95 53,5% 476 2009 37,5% 353 11% 104 51,5% 485 2010 49,5% 498 9,6% 97 40,9% 412 2011 53% 581 10,4% 114 36,6% 401 2012 58,2% 678 6,4% 74 35,5% 413 2013 54,6% 704 3,2% 41 42,2% 544 Tabela 6– Distribuição dos estudantes do Ensino Médio por período. Fonte: Inep ESTRATÉGIAS DA META 3 3.1 Cumprir as diretrizes elaboradas pelas instâncias Federal e Estadual, respectivamente. 3.2 Seguir acompanhando as determinações dos pactos realizados entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o §5º do art. 7º da Lei Nacional nº 13.005/2014, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do Ensino Médio. 3.3 Estimular a “Escola Aberta” como espaço de divulgação de conhecimento, cultura e prática desportiva junto aos estudantes do Ensino Médio em Penha. 3.4 Apoiar e estimular programas em busca da diminuição dos índices de distorção idade/série junto as todas as turmas de Ensino Médio. 3.5 Dentro da esfera municipal, promover a universalização do Ensino Médio, conforme determinado pelas diretrizes emitidas pelo Governo Federal. 3.6 Estimular a promoção da expansão de matrículas gratuitas de Ensino Médio integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades regionais e com especial atenção às minorias sociais e populações em situação de vulnerabilidade social. 3.7 Acompanhar e colaborar com o monitoramento para garantia do acesso e permanência escolar em instituições da rede oficial de ensino dos beneficiários de programas sociais do Governo Federal e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
  • 39. 3.8 Apoiar o fomento para a promoção da busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude em conformidade com o determinado pelo Governo Federal. 3.9 Promover e estimular a participação em programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar, dentro do âmbito municipal, em conformidade com as diretrizes do Governo Federal. 3.10 À medida que se diagnostique a necessidade, incentivar a promoção do redimensionamento da oferta de vagas para o Ensino Médio diurno e noturno, bem como a oferta de escolas de Ensino Médio, de forma a atender a toda a demanda. 3.11 Apoiar a promoção da busca de alternativas de oferta do Ensino Médio, garantindo a qualidade do ensino, aos jovens oriundos de famílias que se dedicam a atividades de caráter itinerante. 3.12 Estabelecer parcerias para a realização de ações que promovam a igualdade, com vistas a minimizar situações de exclusão social e consequentemente de evasão escolar. 3.13 Estimular no ambiente escolar a participação de crianças e adolescentes em Olimpíadas e Cursos de áreas científicas e tecnológicas.
  • 40. META 4 Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. Em 2013, o Estado de Santa Catarina registrou 22.398 matrículas de pessoas com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, na Educação Básica: 1.554 matrículas na zona rural e 20.844 na zona urbana. Destas matrículas, 94,1% estão em classes comuns do ensino regular e/ou da EJA, representando um avanço significativo na garantia dos direitos dessa população. Além disso, a rede pública de ensino é majoritária na oferta. O município de Penha precisa ampliar o atendimento da modalidade da Educação Especial em 11,7%. Figura 5– Indicador da Meta 4. Fonte: MEC Registram-se em 2013, 86 matrículas de pessoas com deficiência, altas habilidades e superdotação incluídas na Educação Básica em Penha. A distribuição das matrículas se dá em todos os níveis e modalidades de ensino. A tabela abaixo indica que nos quatro últimos anos analisados houve o maior percentual de atendimento junto as classes comuns do ensino regular em todas as redes de ensino.
  • 41. Ano Classes Especiais Escolas Exclusivas Classes Comuns % Matrícula % Matrícula % Matrícula 2007 0% 0 79,2% 61 20,8% 16 2008 0% 0 63,5% 54 36,5% 31 2009 0% 0 0% 0 100% 30 2010 0% 0 4,7% 2 95,3% 41 2011 0% 0 5,3% 4 94,7% 71 2012 0% 0 4,3% 4 95,7% 90 2013 0% 0 3,5% 3 96,5% 83 Tabela 7 – Distribuição da oferta de Educação Especial em Penha. Fonte: MEC/Inep No que se refere a oferta alunos constata-se que o maior número de oferta se dá na rede municipal de ensino que tem o maior número de matrículas na Ensino Fundamental, especialmente nos anos iniciais. Observa-se que 100% das salas de recursos multifuncionais estão na área urbana do município e, a situação das salas de recursos multifuncionais em Penha se apresenta da seguinte forma: Ano Escolas com salas de recursos multifuncionais Escolas com salas de recursos multifuncionais em uso Escolas com salas de recursos multifuncionais sem uso % Total % Total % Total 2009 0% 0 0% 0 0% 0 2010 0% 0 0% 0 0% 0 2011 7,4% 2 3,7% 1 3,7% 1 2012 10,3% 3 6,9% 2 3,4% 1 2013 6,9% 2 6,9% 2 0% 0 Tabela 8– Escolas com salas de recursos multifuncionais em uso em Penha. Fonte: MEC/Inep Também constata-se que há variedade de deficiências atendidas na Educação Especial de Penha. O destaque é para a deficiência intelectual que mantém constância nos últimos anos, como se pode verificar na tabela a seguir. Ano Cegueira Baixavisão Surdez Deficiência auditiva Surdo cegueira Deficiência intelectual Deficiênciafísica Deficiência múltipla Transtornoglobal do desenvolvimento Altashabilidades/ superdotação 2009 0% 0 0% 0 50% 1 0% 0 0% 0 65,2% 15 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 2010 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 40,9% 9 0% 0 0% 0 50% 2 0% 0 2011 50% 1 50% 4 0% 0 33,3% 1 0% 0 42,6% 20 27,8% 5 60% 6 33,3% 2 0% 0 2012 50% 1 28,6% 2 33,3% 1 33,3% 1 0% 0 46,4% 26 29,4% 5 55,6% 5 57,1% 4 0% 0 2013 0% 0 50% 2 0% 0 25% 1 0% 0 45,5% 25 6,3% 1 0% 0 71,4% 5 0% 0 Tabela 9– Deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação em Penha. Fonte: MEC
  • 42. Analisando os dados municipais de matrícula da Educação Especial (alunos de Escolas Especiais, classes especiais e incluídos), no ano de 2014 até o mês de maio, segundo fontes do Inep, a oferta de matrículas registra 100 crianças. Educação Especial (alunos de Escolas Especiais, classes especiais e incluídos) Dependência Administrativa Creche Pré- Escola Anos Iniciais Anos Finais Médio Educação Profissional Nível Técnico EJA Fundamental EJA Médio Estadual 0 0 11 10 10 0 0 1 Municipal 0 8 25 23 0 0 6 0 Privada 0 4 2 0 0 0 0 0 Tabela 10– Número de alunos matriculados na Educação Especial: Fonte: Inep/2014 Ou seja, o município de Penha já alcançou o percentual de 95,46%, ficando como desafio ainda, a ampliação da rede escolar no percentual de 4,54%. Analisando os dados municipais de matrícula dos alunos com deficiência no ano de 2015 até o mês de maio, segundo fontes da Secretaria Municipal de Educação, Escolas Estaduais e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, a oferta de matrículas registra ______alunos. Ou seja, o município de Penha já alcançou em um ano mais _______%, ficando como desafio do atendimento no, percentual de ______%. ESTRATÉGIAS DA META 4 4.1 Contribuir na contabilização, para fins do repasse do FUNDEB6, as matrículas dos estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público e com atuação exclusiva na modalidade de Atendimento Educacional Especializado, nos termos da Lei n° 11.494/2007. 6 Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
  • 43. 4.2 Promover, no prazo de vigência deste Plano Municipal de Educação, a universalização do atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade com deficiência, doenças raras, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade/impulsividade e altas habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 4.3 Assegurar ao longo deste Plano Municipal de Educação, o funcionamento, manutenção e implantação de salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores para o ensino regular e para o atendimento educacional especializado nas escolas regulares e nas instituições especializadas públicas e conveniadas. 4.4 Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, preferencialmente em escolas da rede regular de ensino ou em instituições especializadas, públicas ou conveniadas, nas formas complementar ou suplementar, a todos os estudantes com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados em escolas de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o estudante. 4.4.1 Proporcionar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, formação especializada aos profissionais que atuam na educação especial. 4.5 Criar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, um polo com equipe multifuncional especializada para atender aos educandos e orientar o trabalho nas salas de recursos multifuncionais, bem como, desenvolver pesquisas e prestar assessoria aos professores e a comunidade. 4.6 Manter e ampliar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos estudantes com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível, da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia
  • 44. assistiva, da alimentação escolar adequada a necessidade do estudante, garantindo a segurança alimentar e nutricional, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação dos estudantes com altas habilidades ou superdotação. 4.7 Garantir, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos estudantes surdos e com deficiência auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas inclusivas, nos termos do Art. 22 do Decreto nº 5.626/2005, e dos Arts. 24 e 30, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille para cegos e surdo-cegos. 4.8 Garantir, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular sob alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado. 4.9 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, do acesso à escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos estudantes com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude. 4.10 Estabelecer parcerias para incentivar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade dos estudantes com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
  • 45. 4.11 Apoiar o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de estudantes com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que requeiram medidas de atendimento especializado. 4.12 Promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, com o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar na educação de jovens, adultos e APAEs das pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção integral ao longo da vida. 4.13 Oferecer, no âmbito de cada sistema de ensino, atendimento educacional especializado, identificado por meio de procedimento educacional específico de cada rede de ensino, aos alunos com deficiências físicas, intelectuais e sensoriais, alunos com transtornos globais do desenvolvimento, aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição, ainda, alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação. 4.14 Estabelecer ações intergovernamentais para definir indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento educacional a estudantes com deficiência,Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.15 Promover, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, junto aos órgãos de pesquisa, demografia e estatística competentes, a obtenção de informação detalhada sobre o perfil das pessoas com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 4.16 Incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-
  • 46. graduação e Mestrado, observado o disposto no caput do art. 207 da Constituição Federal, dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de ensino-aprendizagem relacionados ao atendimento educacional de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; 4.17 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino; 4.18 Promover parcerias com instituições especializadas, conveniadas com o poder público, visando à ampliação da oferta de formação continuada e a produção de material didático acessível, assim como os serviços de acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com deficiência, Transtorno Global de Desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino. 4.19 Garantir que as escolas de Educação Básica, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, promovam espaços para participação das famílias na elaboração do projeto político pedagógico na perspectiva da educação inclusiva. 4.20 Desenvolver e consolidar,no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, políticas de produção e disseminação de materiais pedagógicos adaptados à educação inclusiva para as bibliotecas da educação básica. 4.21 Ampliar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar à escolarização de estudantes da educação especial, matriculados na rede pública de ensino, a oferta da educação bilíngue libras/língua portuguesa em contextos educacionais inclusivos e garantia da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, informações, nos materiais didáticos e nos transportes. 4.22 Disponibilizar, no âmbito de cada sistema de ensino que oferta essa modalidade de educação em Penha, recursos de tecnologia assistiva,
  • 47. serviços de acessibilidade e formação continuada de professores, para o atendimento educacional especializado complementar nas escolas.
  • 48. META 5 Alfabetizartodas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental. Penha já atingiu a meta referente a alfabetização até os 08 de anos de idade, ou seja, já atingiu 44,5% de taxa de alfabetização em leitura, 30,1% na escrita e 33,3% em matemática, entre as crianças que concluem o 3º ano do Ensino Fundamental, segundo os dados de 2012 do MEC. A avaliação do gráfico constata que a maior média de notas em Penha, se dá na proficiência de leitura com média total de 48,6% no nível 3. A menor média de notas também está na proficiência de escrita no nível 4. Gráfico 12– % dos níveis de Proficiência em Penha – ANA/2013. Fonte: MEC/Simec Observa-se no gráfico acima que a Rede Municipal de Ensino tem melhor desempenho em leitura e escrita. Em Matemática há leve vantagem para a Rede Estadual de Ensino. Constata-se ainda que em leitura os melhores percentuais estão no nível 3. Os resultados por unidade escolar estão especificados nas tabelas abaixo:
  • 49. Tabela 11– Resultados da ANA/2013. Fonte: SIMEC ESTRATÉGIAS DA META 5 5.1 Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na Educação Infantil, com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha; 5.2 Criar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, política de alfabetização que garanta a permanência dos professores alfabetizadores para os três primeiros anos do ensino fundamental. 5.3 Instituir instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental; 5.4 Selecionar, certificar e divulgar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, tecnologias educacionais para a alfabetização de crianças, asseguradas a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, com recursos educacionais abertos.
  • 50. 5.5 Propiciar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos educandos, consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade. 5.6 Apoiar a alfabetização de crianças do campo e de populações itinerantes, com a produção de materiais didáticos específicos, e desenvolver instrumentos de acompanhamento, de acordo com a identidade cultural de cada comunidade. 5.7 Promover, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, a formação inicial e continuada de professores para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre Instituições de Ensino Superior e ações de formação continuada de professores para a alfabetização. 5.8 Criar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, políticas para a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal. 5.9 Promover, em consonância com as Diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores, bibliotecários e agentes da comunidade para atuarem como mediadores da leitura, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha. 5.10 Efetivar, no primeiro ano de vigência do Plano Municipal de Educação, programas de incentivo à leitura, em parceria com os sistemas de ensino que atuam em Penha.
  • 51. META 6 Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 85% (oitenta e cinco por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 30% (trinta por cento) dos alunos da educação básica. Os dados de Penha sobre a meta 6 que se refere a oferta de educação em tempo integral são bem favoráveis. Os percentuais municipais são superiores aos sugeridos no Plano Nacional de Educação, uma vez que o município oferta educação em tempo integral em 79,2% das unidades escolares, segundo dados do Censo Escolar de 2013. O município está 29,2% acima da meta nacional no que se refere a quantidade de escolas com matrícula de estudantes com, pelo menos, 7 horas em atividades escolares. Porém, quando a meta determina que haja 25% de estudantes com jornada mínima de 7 horas de atividades escolares ao dia, Penha indica um percentual de 20,9%; ou seja, precisa-se ainda, alcançar o percentual de 4,1% de estudantes em tempo integral até o final da vigência do Plano Municipal de Educação. Ao observar o percentual de oferta da educação em tempo integral por dependência administrativa, constata-se que as escolas das redes públicas apresentam uma tímida evolução e, as escolas particulares reduziram a oferta de educação em tempo integral em mais de 50% em três anos. Gráfico 13– Educação em Tempo Integral por dependência administrativa. Fonte: Inep
  • 52. Dados do Inep indicam que as escolas que ofertam atividades em tempo integral estão distribuídas entre os níveis da Educação Infantil– com mais evidencia para a etapa de creche e, Ensino Fundamental tanto nos anos iniciais como finais, com equilíbrio de oferta entre essas etapas. Não há oferta de tempo integral para os estudantes do Ensino Médio o que determina ser esse nível de ensino o grande desafio da meta 6 na próxima década. ESTRATÉGIAS DA META 6 6.1 Promover, com o apoio da União, a oferta de Educação Básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos estudantes na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola,no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha. 6.2 Instituir, em regime de colaboração com a União, programa de construção de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças em situação de vulnerabilidade social. 6.3 Aderir em regime de colaboração com a União, elaborando no prazo de validade deste Plano Municipal de Educação, padrões mínimos de infraestrutura, necessários à melhoria da qualidade da Educação Básica que abranjam espaço, iluminação, insolação, ventilação, água potável, rede elétrica, segurança, temperatura ambiente, instalações sanitárias e para higiene, espaços para a prática da cultura corporal (danças, esportes e outros), biblioteca e merenda escolar; adaptação dos edifícios escolares para o atendimento aos alunos com deficiência, atualização e ampliação do acervo das bibliotecas, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos, serviço de reprodução de textos, laboratórios, salas ambientes, telefone, informática e equipamento multimídia para o ensino.
  • 53. 6.4 Articular, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha,as unidades de ensino com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas, planetários e zoológico. 6.5 Promover, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, a oferta de atividades para a ampliação da jornada escolar dos estudantes matriculados nas escolas de educação básica da rede pública, por parte das entidades privadas de serviço social, vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino. 6.6 Orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art. 13 da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de estudantes das escolas da rede pública de educação básica em cada sistema de ensino, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino. 6.7 Atender às escolas do campo, dos povos nômades e de comunidades tradicionais, com oferta gradativa de educação em tempo integral baseada em consulta prévia, considerando-se as peculiaridades locais. 6.8 Garantir, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, gradativamente a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos idade, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas, bem como profissionais habilitados. 6.9 Adotar medidas gradativas, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, para otimizar o tempo de permanência dos estudantes nas unidades de ensino, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas, culturais e ações de educação nutricional. 6.10 Assegurar alimentação escolar que contemple a necessidade nutricional diária dos estudantes que permanecem na escola em tempo integral, conforme legislação específica.
  • 54. META 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: IDEB 2015 2017 2019 2021 Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0 Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5 Ensino Médio 4,3 4,7 5,0 5,2 Observa-se que, com relação ao Ideb no Brasil, os anos iniciais tiveram superação das metas, com menor índice de melhora nas escolas particulares. No que se refere aos anos finais, nenhuma das redes de ensino alcançou as metas estabelecidas para serem alcançadas em 2013. Tabela 12– Quadro comparativo do Ideb por dependência administrativa. Fonte: Inep. Ao verificar a meta nacional e cruzar os dados com os índices de Penha, constata-se que a nota do Ideb, apresenta melhor resultado nos anos iniciais nas duas redes de ensino. Porém, ao analisar os resultados do Ideb dos anos finais constata-se que a Rede Estadual de Ensino junto tem melhor desempenho. Vale ainda ressaltar que o resultado dos anos finais do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Ensino decaiu em 2013.
  • 55. Gráfico 14– Comparativo por rede de ensino das notas do Ideb. Fonte: Inep No que se refere a porcentagem de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental com pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil, Penha apresenta um quadro evolutivo dos percentuais, chegando a quase 60% em Português, porém em Matemática, registra-se queda de percentual no ano de 2013 como se observa na tabela a seguir: ANO PORTUGUÊS MATEMÁTICA 2005 19% 10,2% 2007 32% 25,8% 2009 33,1% 32,9% 2011 57,1% 51,3% 2013 56,2% 46,7% Tabela 13– Pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil – 5º ano. Fonte: Inep No que se refere a porcentagem de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental com pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil Penha apresenta um quadro que evolui, porém, apresenta discrepâncias entre as disciplina de Português que evolui gradativamente mesmo sem ter atingido anda 50% dos estudantes. O grande desafio é a disciplina de Matemática que apresenta percentuais que oscilam negativamente nos resultados das avaliações e ainda não conseguiram voltar aos 10%, alcançados em 2009 indicando que Penha necessita empreender esforços pedagógicos para melhor atender a essa etapa da escolarização. ANO PORTUGUÊS MATEMÁTICA 2005 12,6% 5,6% 2007 16,0% 9,8% 2009 22,1% 10,3% 2011 24,0% 8,7% 2013 26,7% 7,9% Tabela 14– Pontuação acima do nível considerado adequado na Prova Brasil – 9º ano. Fonte: Inep
  • 56. ESTRATÉGIAS DA META 7 7.1 Estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a Educação Básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes para cada ano da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e Médio, respeitando-se a diversidade estadual, regional e local. 7.2 Assegurar que: 7.2.1) No quinto ano de vigência deste Plano Municipal de Educação, pelo menos, 70% (setenta por cento) dos estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável. 7.2.2) No último ano de vigência deste Plano Municipal de Educação, todos os estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável. 7.3 Instituir, no prazo de 3 anos, em colaboração entre a União, o Estado de Santa Catarina e os Municípios da AMFRI, um conjunto Municipal de indicadores de avaliação institucional com base no perfil dos estudantes e dos profissionais da educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino. 7.4 Assegurar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha, o processo contínuo de autoavaliação das Unidades de Ensino, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática. 7.5 Formalizar e executar, durante todo o prazo de vigência desse Plano Municipal de Educação, Planos de Ações Articuladas (PAA) dando cumprimento às
  • 57. metas de qualidade estabelecidas para a Educação Básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha. 7.6 Utilizar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do Ensino Fundamental e Médio e os resultados das avaliações nacionais nas escolas e redes de ensino que ofertam Educação Básica em Penha, para a melhoria de seus processos e práticas pedagógicas. 7.7 Colaborar no desenvolvimento de indicadores específicos de avaliação da qualidade da educação especial, bem como da qualidade da educação bilíngue para surdos, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha. 7.8 Articular as políticas das redes e sistemas de ensino, de forma a buscar atingir as metas do Ideb, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional, garantindo equidade da aprendizagem e reduzindo pela metade, até o último ano de vigência deste Plano Municipal de Educação, as diferenças entre as médias dos índices das Unidades Escolares do Município. 7.9 Divulgar os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional de avaliação da Educação Básica e do Ideb, relativos às escolas, às redes públicas de Educação Básica e aos sistemas de ensino do Município, assegurando a contextualização desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível socioeconômico das famílias dos estudantes, e a transparência e o acesso público às informações. 7.10 Contribuir para a melhoria do desempenho dos estudantes da Educação Básica nas avaliações da aprendizagem no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA, no âmbito de cada sistema de ensino que atua em Penha. 7.11 Incentivar o desenvolvimento, a seleção, a certificação e a divulgação de tecnologias educacionais para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio e incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e