Este documento resume uma entrevista com o Professor Philippe Joutard sobre sua carreira e trabalho com história oral. Ele discute como começou a se interessar pela história através de sua avó protestante, e como descobriu a riqueza da tradição oral ao entrevistar camponeses sobre os "camisards". Também fala sobre sua formação, influências intelectuais e carreira como professor universitário.
[1] O documento apresenta uma entrevista com Luce Fabbri, filha do anarquista italiano Luigi Fabbri, sobre sua vida e experiências com figuras importantes do anarquismo como seu pai e Errico Malatesta. [2] Luce descreve como cresceu em contato com essas figuras e como se envolveu com as ideias anarquistas. [3] Ela também discute o período do fascismo na Itália e como sua família acabou emigrado para o Uruguai devido à repressão do regime de Mussolini.
O documento é uma entrevista com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Ele fala sobre sua carreira e obra, começando com a sociologia na Polônia pós-guerra, quando se voltou para a disciplina para ajudar a reconstruir a sociedade. Ele também discute como tenta combinar os papéis de sociólogo e filósofo em seu trabalho, focando nas questões éticas e humanas.
Esta entrevista resume a trajetória acadêmica e profissional de Luís de Castro Faria no Museu Nacional no Rio de Janeiro entre 1936 e 1938. Ele descreve como o Museu Nacional era um centro importante para a formação de especialistas em ciências naturais e antropologia na época, já que as universidades não ofereciam esses cursos. Ele também discute como a antropóloga Heloísa Alberto Torres o apoiou para participar da expedição de Lévi-Strauss no Brasil.
Aula hist. do livro. braude212121121l.pdfeverethvt
Este documento discute a vida e obra do historiador Fernand Braudel. Em três parágrafos, aborda a trajetória intelectual e carreira de Braudel, sua concepção inovadora de história que incorporava diferentes temporalidades e a interdisciplinaridade, e sua influente obra "O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo à Época de Filipe II".
Este documento apresenta o prefácio de um livro de Manuel Antunes intitulado "Repensar Portugal". O prefácio descreve a carreira de Manuel Antunes como professor, diretor da revista Brotéria e importante intelectual português no século XX que defendeu a democracia e a liberdade de expressão.
Esta entrevista descreve a vida e ativismo de Jaime Cubero no movimento anarquista brasileiro. Ele começou seu envolvimento com o anarquismo na década de 1930 através de debates com amigos e, posteriormente, participou ativamente no Centro de Cultura Social. Após a queda da ditadura em 1945, o movimento anarquista ressurgiu com publicações, comícios e teatro. No entanto, enfrentou desafios crescentes de outros movimentos políticos.
[1] O documento apresenta uma entrevista com Luce Fabbri, filha do anarquista italiano Luigi Fabbri, sobre sua vida e experiências com figuras importantes do anarquismo como seu pai e Errico Malatesta. [2] Luce descreve como cresceu em contato com essas figuras e como se envolveu com as ideias anarquistas. [3] Ela também discute o período do fascismo na Itália e como sua família acabou emigrado para o Uruguai devido à repressão do regime de Mussolini.
O documento é uma entrevista com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Ele fala sobre sua carreira e obra, começando com a sociologia na Polônia pós-guerra, quando se voltou para a disciplina para ajudar a reconstruir a sociedade. Ele também discute como tenta combinar os papéis de sociólogo e filósofo em seu trabalho, focando nas questões éticas e humanas.
Esta entrevista resume a trajetória acadêmica e profissional de Luís de Castro Faria no Museu Nacional no Rio de Janeiro entre 1936 e 1938. Ele descreve como o Museu Nacional era um centro importante para a formação de especialistas em ciências naturais e antropologia na época, já que as universidades não ofereciam esses cursos. Ele também discute como a antropóloga Heloísa Alberto Torres o apoiou para participar da expedição de Lévi-Strauss no Brasil.
Aula hist. do livro. braude212121121l.pdfeverethvt
Este documento discute a vida e obra do historiador Fernand Braudel. Em três parágrafos, aborda a trajetória intelectual e carreira de Braudel, sua concepção inovadora de história que incorporava diferentes temporalidades e a interdisciplinaridade, e sua influente obra "O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo à Época de Filipe II".
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Esta entrevista descreve a vida e ativismo de Jaime Cubero no movimento anarquista brasileiro. Ele começou seu envolvimento com o anarquismo na década de 1930 através de debates com amigos e, posteriormente, participou ativamente no Centro de Cultura Social. Após a queda da ditadura em 1945, o movimento anarquista ressurgiu com publicações, comícios e teatro. No entanto, enfrentou desafios crescentes de outros movimentos políticos.
Esta entrevista documenta a vida e atividades de Jaime Cubero, um importante militante anarquista brasileiro. Ele descreve como se envolveu com o anarquismo na juventude através de amigos e como, posteriormente, se tornou membro ativo do Centro de Cultura Social. Após a queda da ditadura de Getúlio Vargas em 1945, o movimento anarquista ressurgiu com novas publicações, eventos e tentativas de envolver mais o movimento operário.
Este documento discute a influência de teóricos marxistas ocidentais, como Gramsci, Lukács e a Escola de Frankfurt, no surgimento da revolução cultural ocidental iniciada nos anos 1960 e na produção de bens culturais que difundiram discursos ideológicos contrários a valores tradicionais do Ocidente. No capítulo um, é apresentado o arcabouço teórico de uma estratégia revolucionária para minar as resistências ao socialismo. No capítulo dois, aborda-se como as demandas dos movimentos de
O documento discute a redescoberta da fraternidade no século XX após a Revolução Francesa de 1789. A fraternidade foi um princípio revolucionário esquecido por muito tempo, mas ganhou nova atenção com o bicentenário de 1789. Estudos importantes nessa época exploraram a relação da fraternidade com a maçonaria e rastrearam seu uso na literatura francesa ao longo de dois séculos.
Carl teichrib A Falácia da justica socialMartian Bold
O documento discute a história e as origens do termo "justiça social". Originalmente, o termo foi usado por um teólogo católico na década de 1840 para se referir à justiça como uma virtude que coordena as atividades humanas com o bem comum. No entanto, o termo foi posteriormente apropriado por ideologias marxistas para promover uma agenda de transformação social radical. A educação recebida pelo autor na década de 1970 o influenciou a apoiar inicialmente tal agenda, embora tenha percebido posteriormente as raízes ide
O documento resume a vida e obra de Michel de Montaigne, filósofo e ensaísta francês do século XVI. Ele nasceu em uma família nobre na região de Bordeaux e exerceu cargos públicos antes de se dedicar à escrita em sua torre de livros. Seus Ensaios, publicados em 1580, inauguraram um novo gênero literário baseado em reflexões pessoais e experiências de vida.
Atividade de Filosofia realizada com os alunos do 3ºTB, 3ºTC e 3ºTD da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola estadual Luiz Antonio Fragoso, a propósito do Dia Internacional da Mulher comemorado em 08 de Março de 2021.
A revista Annales foi criada na França em meados do século XX por Lucien Febvre e Marc Bloch para mudar a abordagem positivista da historiografia e compreender melhor a história da sociedade considerando diferentes aspectos da vida humana, como outras ciências. O movimento questionou a historiografia tradicional e possibilitou novas formas de escrever a história.
Este documento apresenta um resumo da vida e obra do filósofo Martin Heidegger. Ele cresceu em uma aldeia rural na Alemanha e inicialmente estudou teologia, mas acabou se interessando mais por filosofia. Sua obra mais importante foi Ser e Tempo, onde ele desenvolveu uma filosofia existencial focada na questão do ser. Heidegger também foi reitor da Universidade de Freiburg durante o regime nazista na Alemanha, o que gerou muita controvérsia sobre suas visões políticas.
O documento discute o conceito de modernidade no contexto histórico dos séculos XV e XVIII, explicando que a modernidade foi vista de forma eurocêntrica, apresentando os continentes africano e americano como atrasados e selvagens, ignorando a diversidade cultural desses povos. O texto argumenta que essa visão é equivocada e que sociedades africanas e americanas tinham tecnologias e construções sofisticadas.
A Nova História Cultural - resenha e orientaõesMelissaVicente8
1. O documento descreve a obra "A Nova História Cultural" de Lynn Hunt e o contexto em que foi escrita. Apresenta os principais conceitos da Nova História Cultural como uma abordagem que se volta para a cultura e a vida das massas.
2. Destaca os principais pensadores que influenciaram a Nova História Cultural, como os membros da Escola dos Annales, que criticaram a história política tradicional, assim como teóricos como Foucault e Thompson, que deram ênfase aos aspectos sociais e culturais.
3. Ex
Este documento é uma entrevista com o historiador Durval Muniz de Albuquerque Jr. sobre sua trajetória acadêmica e suas perspectivas teóricas. Ele descreve sua formação inicial marcada por leituras marxistas e sua aproximação posterior com autores como Foucault e Thompson. Albuquerque critica a divisão entre racionalistas e irracionalistas, defendendo uma perspectiva que supere dicotomias e veja as relações entre diferentes correntes teóricas.
O documento discute o pensamento filosófico da maçonaria, descrevendo três correntes de pensamento maçônico (inglesa, francesa e alemã) e enfatizando os pilares da liberdade, igualdade e fraternidade defendidos pela maçonaria. A maçonaria busca fazer da humanidade uma grande família de irmãos, trabalhando para modificar mentalidades e transformar o homem e a sociedade.
OLHE, VEJA: A CENSURA E O FEMINISMO NAS COLUNAS DE MILLÔR FERNANDES (1968-1978)Emerson Mathias
Este documento discute o movimento feminista no Brasil na década de 1960 e como as mulheres eram retratadas na coluna de Millôr Fernandes na revista Veja durante a ditadura militar. Analisa como o feminismo era visto de forma negativa pelos militares e como Millôr frequentemente fazia piadas e críticas ao movimento feminista em suas colunas. Também aborda a luta das mulheres por mais direitos e igualdade no período.
Luce fabri,o anarquismo e as mulheres (margareth rago)Elaine Campos
O documento discute a biografia da militante anarquista italiana Luce Fabbri e sua relação com o feminismo. Apesar de não se considerar uma feminista, Luce trouxe uma perspectiva feminina ao anarquismo através de sua experiência de vida e trabalho. Ela acreditava que a emancipação das mulheres fazia parte da questão social mais ampla. O documento também descreve o contexto do Uruguai na época em que Luce chegou, com direitos como o divórcio, mas também costumes que limitavam as mulheres.
1) O documento discute a Nova História Cultural, abordando seu surgimento a partir da crítica ao paradigma tradicional da história e da influência dos movimentos dos Annales e da história social marxista.
2) É apresentada a autora Lynn Hunt e seu livro "A Nova História Cultural", que deu nome ao movimento. Seus principais expoentes como Foucault, Bourdieu e as ideias de longa duração de Braudel também são discutidos.
3) O programa da Nova História Cultural é definido como uma abordagem que privilegia
O documento discute a influência positiva da Igreja Católica no desenvolvimento da civilização ocidental ao longo da história, contrariando narrativas historiográficas marxistas e anticlericais que atribuem à Igreja o atraso científico e social. Apresenta especialistas que defendem que a Igreja promoveu o progresso das ciências e das artes e foi fundamental para a formação da civilização européia cristã. Também critica a doutrinação marxista nas universidades e a propaganda laicista que difunde uma visão
O documento discute a relação entre marxismo e história. A palestrante argumenta que, embora o marxismo tenha influenciado positivamente o estudo da história, ele também levou a uma abordagem teleológica que viu a história como tendo um resultado predeterminado, o que limitou a análise histórica.
O documento descreve as transformações sociais, culturais e tecnológicas do século XX, incluindo: 1) o avanço dos direitos das mulheres e o movimento feminista; 2) o desenvolvimento de novas formas de comunicação de massa como rádio, cinema e imprensa; 3) as mudanças nas artes e ciências com o surgimento de novos movimentos como cubismo, fauvismo e dadaísmo.
Escola do annales surgimento da escola dos analles e o seu programaHelio Smoly
1) O documento discute o surgimento da Escola dos Annales e da nouvelle histoire no início do século XX.
2) A nouvelle histoire surgiu sob a influência das ciências sociais e se corporificou na revista Annales d'Histoire Economique et Sociale fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch em 1929.
3) Febvre e Bloch desenvolveram esse novo enfoque histórico enquanto trabalhavam na Universidade de Estrasburgo, que enfatizava a interdisciplinaridade e levou os futuros Annal
Destaques Enciclopédia 13-10-2014 a 19-10-2014Umberto Neves
Este documento resume os principais acontecimentos e biografias destacadas entre 13 e 19 de outubro de 2014, incluindo notas reflexivas do autor. Contém informações sobre datas históricas, nascimentos, mortes e biografias de figuras como Bento Morganti, Margaret Thatcher, Louis Claude de Saint-Martin e Manuel Bandeira.
O recibo de aluguel mostra que Eberson de Oliveira Luz pagou R$ 450,00 à Maria de Jesus Pereira Maciel pelo aluguel da casa localizada na Rua Itaquerai, 150 em Novo Aleixo, Manaus pelos meses de agosto e setembro de 2016.
Pratique direito administrativo do trabalhoEberson Luz
O documento descreve os cinco grupos de direitos fundamentais garantidos no Artigo 5o da Constituição Federal brasileira: direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Também lista os princípios que regem os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais de acordo com o Artigo 7o.
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1. O documento descreve a obra "A Nova História Cultural" de Lynn Hunt e o contexto em que foi escrita. Apresenta os principais conceitos da Nova História Cultural como uma abordagem que se volta para a cultura e a vida das massas.
2. Destaca os principais pensadores que influenciaram a Nova História Cultural, como os membros da Escola dos Annales, que criticaram a história política tradicional, assim como teóricos como Foucault e Thompson, que deram ênfase aos aspectos sociais e culturais.
3. Ex
Este documento é uma entrevista com o historiador Durval Muniz de Albuquerque Jr. sobre sua trajetória acadêmica e suas perspectivas teóricas. Ele descreve sua formação inicial marcada por leituras marxistas e sua aproximação posterior com autores como Foucault e Thompson. Albuquerque critica a divisão entre racionalistas e irracionalistas, defendendo uma perspectiva que supere dicotomias e veja as relações entre diferentes correntes teóricas.
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Va literatura infantojuvenil aula_01_impressaoEberson Luz
O documento discute a literatura infantil e seu papel na formação de novas mentalidades docentes. Aborda os estágios de desenvolvimento da leitura em crianças, desde a pré-leitura até o leitor crítico, e como a literatura pode estimular cada estágio. Também discute a natureza da literatura infantil e sua evolução para atender os novos leitores críticos e conscientes.
Va literatura infantojuvenil_aula_07_impressaoEberson Luz
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O estágio supervisionado na formação continuada docenteEberson Luz
O documento discute o desafio da formação de professores a distância, com foco no estágio supervisionado. Argumenta-se que o estágio contribui para a formação de novas subjetividades educativas, valorizando igualmente o ensino e a aprendizagem. Defende-se que o estágio deve promover a reflexão crítica sobre a prática pedagógica e a colaboração entre professores e alunos.
Eberson de Oliveira Luz tem experiência como professor de informática, gestão empresarial e letras. Ele possui graduação em administração de pequenas e médias empresas e está cursando letras e inglês. Seu objetivo é ser professor e tem qualificações em diversas áreas técnicas e educacionais.
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descrições necessárias para a fabricação de um veículo
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...Faga1939
Este artigo tem por objetivo apresentar como ocorreu a evolução do consumo e da produção de energia desde a pré-história até os tempos atuais, bem como propor o futuro da energia requerido para o mundo. Da pré-história até o século XVIII predominou o uso de fontes renováveis de energia como a madeira, o vento e a energia hidráulica. Do século XVIII até a era contemporânea, os combustíveis fósseis predominaram com o carvão e o petróleo, mas seu uso chegará ao fim provavelmente a partir do século XXI para evitar a mudança climática catastrófica global resultante de sua utilização ao emitir gases do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. Com o fim da era dos combustíveis fósseis virá a era das fontes renováveis de energia quando prevalecerá a utilização da energia hidrelétrica, energia solar, energia eólica, energia das marés, energia das ondas, energia geotérmica, energia da biomassa e energia do hidrogênio. Não existem dúvidas de que as atividades humanas sobre a Terra provocam alterações no meio ambiente em que vivemos. Muitos destes impactos ambientais são provenientes da geração, manuseio e uso da energia com o uso de combustíveis fósseis. A principal razão para a existência desses impactos ambientais reside no fato de que o consumo mundial de energia primária proveniente de fontes não renováveis (petróleo, carvão, gás natural e nuclear) corresponde a aproximadamente 88% do total, cabendo apenas 12% às fontes renováveis. Independentemente das várias soluções que venham a ser adotadas para eliminar ou mitigar as causas do efeito estufa, a mais importante ação é, sem dúvidas, a adoção de medidas que contribuam para a eliminação ou redução do consumo de combustíveis fósseis na produção de energia, bem como para seu uso mais eficiente nos transportes, na indústria, na agropecuária e nas cidades (residências e comércio), haja vista que o uso e a produção de energia são responsáveis por 57% dos gases de estufa emitidos pela atividade humana. Neste sentido, é imprescindível a implantação de um sistema de energia sustentável no mundo. Em um sistema de energia sustentável, a matriz energética mundial só deveria contar com fontes de energia limpa e renováveis (hidroelétrica, solar, eólica, hidrogênio, geotérmica, das marés, das ondas e biomassa), não devendo contar, portanto, com o uso dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural).
1. Philippe Joutard e os desafios da História Oral
Entrevista e Edição: Marieta de Moraes Ferreira,
Vicente Saul M. dos Santos e Filipe Aprigliano.
O Professor Philippe Joutard foi um dos grandes nomes da X Conferência Internacional
de História Oral, sendo o responsável pela palestra de abertura sobre os desafios da
História Oral para o século XXI. Foi reitor da Academie de Toulouse durante oito anos e
publicou diversos livros, como : “Les Camisards”; “La Légion des Camisards” que é o
resultado da sua tese e foi publicado pela Bibliothèques des Histoires, uma coleção
dirigida por Pierre Nora; e “Essas vozes que nos vêm do passado?” que é um debate com
o livro de Paul Thompson “A Voz do Passado”.
H&M: Para começar, gostaria que o senhor nos falasse um pouco de sua infância e de sua
vida familiar?
Joutard: Nasci em Paris, mas o mais importante para mim é a minha origem, a de meus
pais, de meus avós, originários do sul da França, que é uma região é caracterizada por
conflitos entre católicos e protestantes. Ocorreu, em particular, uma guerra muito
conhecida na França, dos protestantes contra Luís XIV. No início do século XVIII, houve
a chamada guerra dos “camisards”, quando seu culto foi proibido, após 1685. Esta
história, que tem quase três séculos, marcou muito todas as famílias. E eu, tenho a
originalidade de ter nascido em uma família mista, ou seja, eu era católico, meus pais
eram católicos, mas eu tinha uma avó protestante. Ela se casou no início do século XX,
quando um casamento entre uma protestante e um católico ainda era considerado
proibido. A primeira entrevista oral que fiz foi com a minha avó, de tal forma que o mundo
de oposição entre católicos e protestantes sempre me impressionou desde muito cedo.
H&M: Para o sr., qual é a influência mais importante, a católica ou a protestante?
Joutard: Bem, se me interesso pelos problemas da miscigenação cultural, é porque eu sou,
do ponto de vista religioso, um produto da miscigenação. Mesmo sendo católico, no que
diz respeito à prática, à atitude moral, fui bem mais influenciado pelos protestantes, que
tendo sido perseguidos, têm um sentido da perseguição, da tensão da minoria, que é uma
coisa que me seduz muito. São pessoas muito sensíveis à defesa de grupos minoritários.
Durante a guerra, por exemplo, eles acolheram muitos judeus, de uma forma
2. absolutamente natural. Os protestantes dão também a cada um o sentido da
responsabilidade, todos são responsáveis. Eles se administram de uma forma muito
coletiva, muito mais democrática. Mas no que diz respeito à concepção de vida, com sua
idéia de predestinação, de que não existe purgatório, criam um mundo maniqueísta: os
bons, os maus, os redimidos, os condenados. Por outro lado, estudei durante alguns anos
em uma escola jesuíta e o que eles fizeram na América Latina, por exemplo; a idéia de
partir para outras civilizações, um pouco como no Brasil, tentando aceitar a adaptação da
religião às tradições e aos costumes de cada um dos países. Enfim, no que diz respeito à
prática, eu me sinto protestante, e à concepção de mundo, me sinto católico. Acho que os
católicos são muito mais indulgentes em relação às religiões populares, ao que chamamos
de superstição. Nesse sentido, os protestantes são muito duros.
H&M: Como se deu a sua formação intelectual?
Joutard: Desde muito muito cedo eu já quis ser historiador. Primeiro, após o exame do
fim do segundo grau, fui estudar com os jesuítas. Em seguida, fiz três anos de cursos para
as Grandes Escolas: no Louis le Grand, em Paris, e depois na Sorbonne. Devo ter entrado
na universidade em 1955. Neste momento, a Sorbonne inteira havia sido unificada.
Escrevi uma tese de graduação e em 1958, passei na “agrégation”, um concurso de
recrutamento de professores para o segundo grau. Logo após fui lecionar no Marrocos,
começando minha carreira fora da França. Em um determinado momento, tive vontade
de escrever um trabalho sobre o mundo muçulmano na Idade Média, e isso me dava
vontade de ver como ele era na realidade. É um mundo que está pertinho da Europa, mas
que, ao mesmo tempo, era complemente diferente. Gostei muito do País.
H&M: Quais as suas principais influências ?
Joutard: Inicialmente existem os professores que mais me marcaram. Em particular
Lucien Febvre e Marc Bloch, mas eu não os conheci. Então, fui influenciado por um de
seus alunos, que se chamava Robert Mandreau. Também pelo artífice da reviravolta, da
revolução historiográfica que é um homem que se chama Napoléon Pérat. Um intelectual
imerso na tradição oral e que escreveu o primeiro livro que reabilita os “camisards”. Pérat
foi, de uma certa forma, acompanhado por Michelet, o grande historiador francês, que
ficou tão entusiasmado pelo seu livro que difundiu a lenda positiva dos “camisards”. A
partir desse momento, oral e escrito coincidiram.
3. H&M: Como foi sua pós-graduação?
Joutard: A respeito do meu tema de mestrado, sobre católicos e protestantes, feito com
Ernest Labrousse, me propus a fazer um estudo do voto político quantitativo em um
cantão de Alès (cantão é uma pequena jurisdição eleitoral), porque lá existe um lado
católico e um lado protestante. Estes são em sua maioria agricultores e algumas vezes
gente relativamente rica, que votavam na esquerda. E os católicos que eram operários,
mineradores com uma situação muito mais modesta, votavam na direita. Então, em uma
época que nos explicavam, do ponto de vista marxista, que os operários votam na
esquerda e os burgueses votam na direita (...) achei isso muito engraçado. Quanto ao meu
doutorado, o fiz em Aix-en-Provence, com um professor chamado Tiral. Eu encontrei nas
Cévennes a idéia de estudar a maneira pela qual o conflito entre católicos e protestantes
tinha se mantido na memória. Mas essa tese ganhou maior importância, pois um dia,
participando de um seminário doutoral em 1967, um velho pastor me disse: “Saiba que
nas Cévennes, entre os protestantes, existe uma tradição oral.” Naquele momento não
acreditei, pois os historiadores, principalmente na década de 60, desconfiavam da
oralidade. Eu disse, de qualquer forma, que iria olhar. Assim que entrei na casa de um
camponês, perguntei sobre os “camisards”. Nesta hora, pensei que obteria apenas 10, 15
minutos de entrevista, mas fiquei três horas com ele, pois descobri imediatamente que
existia uma riqueza fabulosa de histórias, que eram vividas no presente e reinterpretadas.
A partir desse momento, me dei conta de que isso era uma dimensão extraordinária
adicional ao meu trabalho, que era essencialmente de memória escrita.
H&M: Como o sr. começou sua carreira de professor universitário?
Joutard: Durante muito tempo, eu tive uma experiência de professor no segundo grau e
mais tarde, fui até mesmo aquilo que é chamado na França de professor de aulas
preparatórias. Exerci, portanto, o magistério durante dez anos. O que eu lamento, é que
atualmente na França, pessoas estejam indo diretamente para a Universidade sem ter tido
essa experiência do ensino da história para jovens. Cheguei à universidade relativamente
tarde, com 34 anos. Fui inicialmente assistente em Aix-en-Provence, em 1969, e a minha
primeira experiência na faculdade foi dura - era a época em que os anfiteatros começavam
a ficar cada vez mais sobrecarregados, com 600, 700 e até mesmo 800 alunos, no início
da democratização - dei a aula magistral do primeiro ano, sobre as origens da Revolução
Francesa., que é normalmente uma aula de professor. Comecei portanto na faculdade, no
contexto após as manifestações estudantis de 68. Por sorte me ofereceram um cargo e
4. tornei-me muito rapidamente um professor assistente, de 69 a 74, quando passei
diretamente a professor em Aix.
H&M: O sr. poderia nos falar um pouco dos conflitos de sua geração? Suas
características, suas opiniões políticas e de sua relação com o marxismo.
Joutard: Minha geração veio justamente após aquela de Le Roy Ladurie, ou seja, éramos
ainda muito marcados pelos comunistas, mas começávamos a nos afastar um pouco.
Tínhamos 20 anos na década de 50. Foi quando começamos a ver as falhas e os defeitos
do sistema soviético, por exemplo, no caso da Hungria em 1956. Naquela época,
militávamos todos, ou seja, foi a descolonização e a guerra da Argélia, uma decepção.
Também 1956, houve eleições na França e as pessoas votaram pelo fim da guerra,
esperando por um governo que promovesse a paz. Este não somente não a promoveu,
como cedeu complemente. Portanto, houve também essa desilusão, de um governo de
esquerda que não fez a paz. É uma geração onde muitos são ainda comunistas, não
marxistas, mas não tanto quanto nos dez anos anteriores. Éramos muito jovens durante a
guerra, quando da entrada da França, tinha quatro anos. Então, a geração que tinha vinte
anos em 1945, é muito marcada pela União Soviética e por seu papel na libertação, na
luta contra o nazismo. Logo, quase todos os intelectuais eram comunistas. Mas, no que
me diz respeito, muito cedo decidi não sê-lo. Pois, quando ingressei no curso preparatório,
um dos meus amigos me disse: “Vem, é ótimo, você vai ver”. Era uma reunião um
pouquinho formal, chamada entre os comunistas de “entrega de carteiras”, ou seja, o
momento de adesão. Éramos três não-comunistas e após a cerimônia, dez deles - eram
cerca de quarenta - foram em direção aos não comunistas para lhes perguntar: “Escuta,
você é a favor da igualdade, você é a favor de que as coisas melhorem, você é contra a
exploração” - respondíamos que sim - e eles então diziam: “Porque você não adere?”.
Quer dizer, eles tinham um método de perguntas-respostas para se valer de seu peso
numérico, isso fez com que eu reagisse negativamente. Considerei que se alguém tenta
me influenciar, me negando a liberdade de refletir, é porque o sistema não funciona.
Quando os comunistas tentavam recrutar alguém, eles o faziam tentando empregar
métodos que lembram os tribunais. Então, nossa geração é marcada politicamente pelo
declínio do marxismo, ou melhor, do comunismo e também por um grupo, no qual me
incluo, que reagiu historicamente contra esse sistema, um pouco fácil demais, da relação
entre as classes e as ideologias. Minha tese no fim do mestrado, em que a grande
5. burguesia, os protestantes, votavam na esquerda e os operários católicos votavam na
direita, me mostrou que o sistema um pouco mecânico não funcionava.
H&M: E quando o sr. foi para Toulouse ?
Joutard: Depois de Aix, eu tive uma carreira tripla: de professor, pesquisador e
administrador. Como ocorre freqüentemente nas faculdades, logo que passei a dirigir o
departamento de história, recebi responsabilidades de gestão. Depois, em 82 ou 83, o
Ministério me convidou para a observação do desenvolvimento das ciências históricas e
das ciências humanas no conjunto da universidade, para a produção de relatórios e
avaliações. Já em 1989, assumi a reitoria, na França, isso não é de forma alguma um
Presidente de Universidade, como no Brasil ou na Espanha, é um responsável pelo
sistema de educação numa região. Por todo ele, pelo secundário e até mesmo pela
universidade, mas como as universidades são autônomas, o papel é apenas de controle e
não de gestão direta. E agora, depois de uma longa interrupção de oito anos, estou
voltando às tarefas de um pesquisador, mas com uma nova visão, com um olhar novo.
H&M: Na sua opinião, qual a relação entre história oral e memória?
Joutard: A entrevista é uma verdadeira construção, na qual não existe apenas a pessoa que
está sendo interrogada, mas também a pessoa que interroga e existe ainda o clima da
interrogação, existe a maneira como a pergunta é feita. Bom, a memória evolui, sendo um
pouco ingênuo acreditar que aquilo que se está coletando são os fatos. O que se está
coletando, na verdade, é a representação que se têm do passado, mas é ainda mais
complicado do que isso, porque é também a representação que se quer ou que se pode
dar, o que muitas vezes é diferente. Observou-se na França, que para certos fenômenos,
não é indiferente que a pessoa que interrogue seja uma mulher ou um homem. Não é a
mesma coisa tão pouco se vocês fazem parte da comunidade. Por exemplo interrogar um
militante de um partido político, ou eu, por exemplo, interrogando um protestante. Isto
não é, de modo algum, dizer que as pessoas têm dois discursos, mas sim, que a memória
está constantemente em evolução. Finalmente, eu creio que o mais interessante é a própria
memória, muito mais do que os fatos, e não estou dizendo que não encontramos fatos.
Mas, é também em nome da memória que atualmente as pessoas na Iugoslávia estão se
matando. E foi pelo histórico do conflito entre católicos e protestantes que eu nunca tive
uma visão demasiadamente otimista da memória, que é maniqueísta. Por isso, o papel do
6. historiador é fundamental, é de ter a coragem de tomar distância, de comparar, de ter um
olhar cruzado, de poder utilizar as diversidade das fontes.
H&M: O sr. poderia nos falar da variedade de tendências entre os pesquisadores de
história oral.
Joutard: Bem, existem aqueles que fazem uma história oral totalmente alternativa e
aqueles, que como eu, pensam que é uma metodologia. Temos também a visão da ciência
política e da antropologia. Creio que elas têm o máximo de interesse em colaborar
estreitamente entre si, porque é preciso antropologizar o político. Quer dizer, que não
podemos nos ater, por exemplo, àquilo que um político diz, mas sim ao seu duplo
discurso, ao ambiente, às diversas redes de clientela que não estão somente nos países
tradicionais. Não podemos somente ver aquilo que as pessoas afirmam, a sua clivagem
política, mas também, de alguma forma, os aspectos das redes locais, de alianças que não
dependem do político. Neste sentido, o clientelismo não está ligado a um estágio da
sociedade, existindo sempre, em todos os níveis e em todos os países. E depois, existe
uma outra distinção, entre a história que interroga as testemunhas que viveram o passado,
e a tradição oral. Isto é, o estudo daquilo que seus avós lhe contaram, tanto do ponto de
vista dos costumes como da história.
H&M: Na sua visão, qual a importância da X Conferência Internacional de História Oral
realizada no Brasil?
Joutard: Com toda a honestidade, creio que foi um sucesso. Foi uma conferência
marcante, também por ter sido realizada fora da Europa. Mas, primordialmente, quero
falar de meu sentimento de estrangeiro. Fiquei, antes de mais nada, impressionado com a
força da participação dos diversos grupos de trabalho brasileiros. Tenho o sentimento,
mas talvez eu esteja me gabando, que a palestra que fiz na segunda-feira suscitou um
excelente consenso; percebi isto. Não houve perguntas agressivas, e depois as pessoas
vieram me ver e discutiram comigo. Achei muito interessante a pergunta que me foi feita
por uma de suas colegas brasileiras; combate-se demais pela história oral dos excluídos e
não bastante pela das elites. E isso me parece uma reflexão bastante justa. A história oral
não é simplesmente para o povo, para os sem-terra, para os esquecidos, é também para as
camadas mais elevadas, para as ciências políticas, para as ciências administrativas.
Encontrei-me num outro mundo cultural, mas não em outro planeta do ponto de vista
7. historiográfico, não tive a impressão de estar a anos-luz, como se diz na França. Por outro
lado, é um país, nem que fosse por sua tradição oral, em que existe ainda um trabalho
apaixonante a fazer. Um último aspecto, por exemplo, foi a viabilização de um painel
sobre os campos de concentração na Alemanha nazista, que felizmente foi retomado aqui.
Não tenho tanta certeza, se esse debate poderia ser realizado na França ou na Alemanha,
porque isto iria suscitar uma série de questões. Aqui tínhamos o afastamento necessário.
Esta é uma iniciativa de alunos do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e este é um espaço público onde todas
as colaborações políticas, acadêmicas e artísticas são bem vindas.