FGV / IBRE – As lições do programa “Jovem de Futuro” - Mirela Carvalho
Perfil sergipe bares e restaurantes
1. SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DE SERGIPE – SEBRAE/SE
Unidade de Estratégias e Diretrizes - UED
ESTUDOS E PESQUISAS
“Perfil de Bares e Restaurantes
do Corredor Turístico de Sergi-
pe”.
Execução: SEBRAE/SE
____________________
Dezembro, 2002.
http://www.se.sebrae.com.br – link: Estudos e Pesquisas 46 Páginas
2. Diretor Superintendente do SEBRAE Sergipe
José de Oliveira Guimarães
Diretor
Emanuel Silveira Sobral
Diretor
Paulo do Eirado Dias Filho
Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes
Adeilson Graça Leite
Equipe Técnica
Ana Lúcia de Azevedo Franco
Aldeci Andrade Santos
Estudos e Pesquisas - Sebrae/SE.
Empresa Contratada para Elaboração do Relatório Final
PLANOS – Consultoria de Negócios Ltda.
Econ. Antônio Carlos de Oliveira.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe – SEBRAE/SE
Rua Paulo Henrique Machado Pimentel, 170 – Quadra “C” – Distrito Industrial de Aracaju
49.040-240 Aracaju/SE
Tel.: (079) 216-7773 Fax.: (079) 216-7726
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe – SEBRAE/SE
“Perfil de Bares e Restaurantes do Corredor Turístico de Sergipe”.
Unidade de Estratégias e Diretrizes
3. SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 PERFIL DE BARES E RESTAURANTES
3.1 DADOS GERAIS
3.2 RECURSOS HUMANOS
3.2.1 Pessoal ocupado
3.2.2 Mão-de-obra temporária
3.2.3 Mão-de-obra terceirizada
3.2.4 Qualificação dos sócios e gerentes na área de trabalho
3.2.5 Variação no quadro de pessoal
3.2.6 Taxa sobre serviços
3.2.7 Benefícios oferecidos
3.2.8 Programa SEBRAE de qualidade Total
3.2.9 Treinamento empresarial
3.3 ASPECTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS
3.3.1 Formas de recebimento
3.3.2 Conferência de cheques e utilização de “POS”
3.3.3 Situação do imóvel
3.4 MARKETING, COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
3.4.1 Meios de comunicação
3.4.2 Informatização
4. 3.5 ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
3.5.1 Alvará de funcionamento
3.5.2 Estacionamento
3.5.3 Capacidade instalada
3.5.4 Dias e turnos de maior movimento
3.5.5 Funcionamento da empresa
3.5.6 Central de compras
3.5.7 Associações de classe
3.5.8 Manutenção
3.5.9 Especialidades gastronômicas
3.5.10 Cardápio
3.5.11 Serviços oferecidos
3.5.12 Destaque da empresa
3.6 DIFICULDADES, CARÊNCIAS, COMENTÁRIOS E SUGESTÕES
3.6.1 Dificuldades
3.6.2 Carências
3.6.3 Comentários e sugestões
4 CONCLUSÕES
5. APRESENTAÇÃO
O presente estudo tem por objetivo retratar o perfil dos bares e restaurantes
instalados no corredor turístico sergipano, demonstrando os resultados dos
dados e informações, sendo elaborado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pe-
quenas Empresas de Sergipe – SEBRAE/SE, em parceria com a Associação
Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento, seção de Sergipe –
ABRASEL/SE.
O estudo está dimensionado em 4 (quatro) capítulos, sendo que nos 2 (dois)
primeiros retratam fases onde estão apresentados o problema que o definiu,
sua delimitação e relevância, explicitação de seus objetivos, e metodologia
empregada. No capítulo 3 (três), encontram-se os resultados da pesquisa, onde
são abordados os aspectos relacionados com o perfil dos bares e restaurantes,
apresentando itens relacionados com Recursos humanos; Aspectos ecomô-
mico-financeiros; Marketing, Comunicação e Informatização; Aspectos
organizacionais; Dificuldades, Carências, Comentários e Sugestões. No
capítulo 4 (quatro), consolidam-se as CONCLUSÕES do estudo.
1 INTRODUÇÃO
O incremento das unidades empresariais encontradas na economia sergipana,
parece ter acompanhado as mudanças do momento brasileiro, seguindo “pari
passu” as desilusões com o plano econômico implantado. A economia vem
trazendo novos motivos de preocupações para os administradores públicos,
partindo do crescimento acelerado dos centros urbanos, ressaltando-se a des-
proporcionalidade de expansão do setor terciário em relação aos demais seto-
res da economia, incrementando, vertiginosamente, o segmento de bares e res-
taurantes, principalmente no denominado corredor turístico. O Estado de Ser-
gipe tem uma vocação marcante para o Turismo em função da sua localização
geográfica, no centro do litoral brasileiro, das suas belezas naturais, ainda,
quase inexploradas, cidades históricas, praias e principalmente do seu clima,
com a temperatura média anual de 26 ºC.
6. Em vista disso, procurou-se identificar o perfil operacional das unidades bares
e restaurantes, proporcionando resultados encontrados neste relatório decor-
rentes da aplicação de um questionário estruturado, elaborado pelo SEBRA-
E/SE e ABRASEL/SE, durante os meses de outubro e novembro de 2002, jun-
to aos sócios-gerentes, proprietários e encarregados dos bares e restaurantes
situados no corredor turístico sergipano. As variáveis contempladas referem-
se aos aspectos quantitativos e qualitativos, no sentido de orientar políticas de
organização, bem como orientar as ações efetivas e afetivas entre os parceiros
e fornecendo o perfil mercadológico, subsidiando informações com vistas ao
crescimento ordenado do segmento, com a melhoria dos serviços ofertados,
especialmente as empresas localizadas no corredor turístico. Convém ressaltar,
no entanto que, em 1999, foi elaborado um estudo semelhante, sem, contudo,
ser divulgado, em razão do levantamento de campo ter sido efetuado censitari-
amente, em 479 bares e restaurantes, não só no corredor turístico, mas, tam-
bém, em outras comunidades de Aracaju e do interior do Estado. Em vista dis-
so, teceram-se algumas informações e dados comparativos entre o estudo já
realizado e o presente relatório.
2 METODOLOGIA
A coleta de dados foi realizada utilizando-se um questionário estruturado pela
Área de Estudos e Pesquisas do SEBRAE/SE e ABRASEL/SE, aplicado no
denominado corredor turístico sergipano, em estabelecimentos específicos do
setor, Bares e Restaurantes, que possuem maiores condições de atendimento
ao turista de acordo com os objetivos anteriormente definidos. Para a realiza-
ção da pesquisa, as informações foram colhidas através de um processo amos-
tral, por amostragem aleatória simples, considerando-se o tamanho do univer-
so obtido no estudo realizado em 1999, correspondente a 479 unidades, com
um índice de confiança de 95%, erro absoluto de amostragem de 5,2% e uma
proporção na amostra de elementos que possuem um atributo de interesse de
80%, obtendo-se uma amostra de 152 bares, restaurantes e lanchonetes, sen-
do 44% bares/restaurantes, 28% restaurantes, 14% bares e o restante lanchone-
tes, consoante gráfico seguinte:
7. RAMO DE ATIVIDADE
Bar/restaurante
44% Restaurante
28%
Lanchonete Bar
14% 14%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002.
A presente pesquisa se propõe a realizar uma aferição contínua da qualidade
dos serviços oferecidos pelas empresas ao turista/cliente, suas dificuldades e
carências, bem como sugestões para dinamizar o setor. Esta aferição foi feita
através da identificação dos índices de satisfação do cliente, adquirindo ele-
mentos para direcionar a atividade dentro do princípio da busca contínua da
qualidade e geração de emprego e renda.
Os dados levantados foram tratados quantitativamente, utilizando-se do soft-
ware SurveyWin e os resultados foram obtidos através de procedimentos esta-
tísticos, sendo apresentados de forma estruturada e com análise descritiva.
O método escolhido para o desenvolvimento da pesquisa apresentou algumas
dificuldades e limitações quanto à coleta de dados, destacando-se o tamanho
do questionário com um número elevado de questões, dificultando as respos-
tas e, conseqüentemente, a análise dos resultados, porém, sem comprometer os
objetivos finais. Outro fator limitador foi a ausência, em certos casos, dos su-
jeitos entrevistados, fazendo com que o levantamento de campo sofresse atra-
sos, em função da ocorrência de novos contatos.
8. 3 PERFIL DE BARES E RESTAURANTES
3.1 DADOS GERAIS
A amostra pesquisada identificou que a maioria das empresas está localizada
nas praias e em bairros, 8% nos shoppings e 6% no centro. Foi pesquisada,
também, uma unidade no rio São Francisco, estando incluída em praias, para
efeito deste trabalho. Veja gráfico que vem a seguir:
LOCALIZAÇÃO
Bairros
42%
Praias
44% Shoppings
Centro 8%
6%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002.
Das empresas pesquisadas que estão localizadas nas praias, 45% estão na
Praia de Atalaia, 20% na José Sarney, 15% na Aruana e 8% na Orlinha, en-
quanto que, as demais, encontram-se nas praias do Mosqueiro, Robalo e Refú-
gio, conforme gráfico seguinte:
9. LOCALIZAÇÃO/ PRAIAS
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Atalaia Aruana Robalo Refúgio
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002.
A informalidade chega a apenas 34%, em 2002, enquanto que, em 1999, este
percentual alcançava quase 70% das empresas consultadas, sinalizando uma
margem significativa de empresas formais, sendo excluída uma boa fatia da
considerada economia submersa.
Outros dados considerados importantes tratam-se da ventilação, dos sanitários
e do ambiente das empresas. Observa-se que, cerca de 80% da amostra consul-
tada possuem ventilação natural, sem nenhuma variação comprometedora em
relação à pesquisa realizada em 1999. Vejam os resultados obtidos:
VENTILAÇÃO %
Natural 79
Refrigeração central 12
Ventilador 9
Ar condicionado de janela 6
Unidade “armário” 1
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
OBS.: A questão admitia mais de uma opção
10. Verificam-se que os bares e restaurantes investigados, possuem dois sanitários
para clientes, em sua maioria, enquanto que, somente 1% afirmou que não os
possuem, sendo utilizado o da própria residência onde funciona o estabeleci-
mento. Quanto aos sanitários para empregados, os percentuais correspondem a
52% com um e 18% com dois e cerca de 20% não os possuem, utilizando os
das residências ou os dos clientes. Com relação ao estudo anterior, os resulta-
dos são semelhantes, não havendo variações que justificassem uma análise
mais acurada. O quadro que vem a seguir espelha tais resultados:
CLIENTES EMPREGADOS
DISCRIMINAÇÃO
% %
Com um sanitário 18 52
Com dois sanitários 60 18
Com três sanitários 5 -
Com quatro sanitários 7 -
Sanitários dos shoppings 9 9
Não possuem 1 21
TOTAL 100 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Os sanitários existentes foram considerados pelos entrevistadores como óti-
mos e bons, em aproximadamente 95% das empresas, de conformidade com o
gráfico que se segue:
AVALIAÇÃO DOS SANITÁRIOS
Ótimo
40%
Bom
Péssimo 54%
1%
Regular
5%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
11. 3.2 RECURSOS HUMANOS
3.2.1 Pessoal ocupado
A evolução dos empreendimentos demonstra que o setor analisado encontra-se
em expansão. A influência do turismo é um fato que faz com que se acredite
no mercado. Porém, algumas empresas só funcionam satisfatoriamente em
períodos de maior fluxo turístico, sendo afetadas pela baixa estação. Na alta
estação, absorvem um maior número de mão-de-obra, sendo necessário até a
contratação dessas atividades em finais de semana. Nessa situação o trabalho
informal é de fácil acesso.
A pesquisa demonstra que 60% das empresas possuem até 10 pessoas ocupa-
das, 38% de 11 até 30 pessoas ocupadas e o restante acima de 30 pessoas ocu-
padas.
PESSOAS OCUPADAS
INTERVALO %
Até 10 pessoas ocupadas 60
De 11 até 30 pessoas ocupadas 38
De 31 até 50 pessoas ocupadas 1
Mais de 50 pessoas ocupadas 1
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
A oscilação da demanda influencia na absorção da mão-de-obra, embora um
diminuto número de estabelecimentos, apenas 1%, não dêem prioridade à con-
tratação de empregados fixos, enquanto que, em 1999, este percentual corres-
pondia à 54%. Quase 95% das empresas pesquisadas possuem um número re-
duzido de sócios ou proprietários, ou seja, até duas pessoas, somente 3% até
quatro e o mesmo percentual para as empresas que não possuem sócios ou
proprietários como pessoas ocupadas. Do total de empresas investigadas, cer-
ca de 12% possuem familiares não remunerados, sendo caracterizadas, tipica-
mente, como empresas de cunho familiar e de pequeno porte, pois possuem,
no cômputo geral, uma média, por empresa, de 11 pessoas ocupadas.
12. 3.2.2 Mão-de-obra temporária
Mesmo com a grande dificuldade na obtenção de mão-de-obra especializada e
por causa da exigência de funções específicas, tais como cozinheiros e gar-
çons, observa-se que 37% dos bares e restaurantes utilizam os trabalhos tem-
porários. Em 1999, este percentual alcançava somente 18%. Veja no gráfico
seguinte a presente situação:
MÃO-DE-OBRA TEMPORÁRIA
Sim
37%
Não
63%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
A amostra investigada, que respondeu afirmativamente, registrou que utiliza
mão-de-obra temporária, na alta e na baixa estação. No que se refere a alta
estação, obteve-se uma média ponderada simples do pessoal ocupado na sala,
na cozinha e no bar, sendo encontrada três, duas e duas pessoas, por estabele-
cimento, respectivamente. Em 1999, foram encontradas médias semelhantes.
Na baixa estação, no entanto, embora a média ponderada simples não tivesse
mudanças em relação à alta estação, o número de estabelecimentos contratan-
tes de mão-de-obra temporária obtida foi bastante reduzido, conforme estudos
mencionados.
Outra análise efetuada registra que na alta estação, a mão-de-obra temporária
empregada na sala corresponde a 68% das respostas, 66% na cozinha e 46%
no bar, enquanto que, na baixa estação, estes percentuais caíram vertiginosa-
mente para 14% no bar, 7% na cozinha e 5% na sala, segundo quadro a seguir:
13. DISCRIMINAÇÃO %
Alta estação
Sala 68
Cozinha 66
Bar 46
Baixa estação
Bar 14
cozinha 7
Sala 5
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
De posse desses resultados, elaborou-se o quadro que se segue, identificando o
quantitativo de pessoas contratadas, por setor, na alta estação, verificando-se
que 63% admitiu até duas pessoas na sala, 65% na cozinha e 70% no bar, de
acordo com o quadro seguinte:
SALA COZINHA BAR
MÃO-DE-OBRA
% % %
Uma pessoa 37 46 35
Duas pessoas 26 19 35
Três pessoas 16 8 19
Quatro pessoas 8 19 4
Mais de quatro pessoas 13 8 7
TOTAL 100 100 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Quanto à baixa estação, embora com admissão de pessoal temporário reduzi-
do, cerca de 65% dos bares e restaurantes pesquisados comprovaram a con-
tratação de até duas pessoas na sala, 100% na cozinha e 100% no bar, de con-
formidade com o quadro a seguir:
MÃO-DE-OBRA SALA COZI- BAR
% NHA% %
14. Uma pessoa 33 50 50
Duas pessoas 33 50 50
Três pessoas - - -
Quatro pessoas 34 - -
Mais de quatro pessoas - - -
TOTAL 100 100 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Com respeito ao trabalho efetuado, em 1999, os resultados alcançados não re-
velaram variações que levassem a uma análise mais acurada dos dados.
Constata-se que os dias de maiores freqüências de trabalhos temporários são:
sábado e domingo, seguidos de sexta-feira, conforme quadro seguinte:
DISCRIMINAÇÃO %
Sábado 33
Domingo 33
Sexta-feira 22
Segunda-feira 3
Terça-feira 3
Quarta-feira 3
Quinta-feira 3
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.2.3 Mão-de-obra terceirizada
A terceirização ainda não é tão clara para os empresários dos bares e restau-
rantes pesquisados, onde apenas 20% utilizam algum serviço terceirizado,
concentrado, basicamente, nos serviços absorvidos, em alguns casos, tempora-
riamente, como: entrega de produtos em domicílio, contabilidade, manuten-
ção, cozinha, dentre outros. Este percentual, entretanto,
é bem superior ao encontrado, em 1999, que atingia somente 3% da amostra
investigada.
15. O quadro que vem a seguir retrata as áreas mencionadas:
ÁREAS %
Entrega em domicílio 38
Contabilidade 28
Sonorização 10
Vigilância 7
Cozinha 7
Manutenção 7
Mercadorias 3
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SREBRAR/SE – dezembro de 2002
3.2.4 Qualificação dos sócios e gerentes na área de trabalho
Cerca de 15% dos sócios-gerentes e gerentes, apenas, possuem cursos de es-
pecialização e/ou aperfeiçoamento nas áreas específicas da atividade, refor-
çando a premissa de que o Estado de Sergipe não tem tradição na atividade
turística. Os resultados alcançados, em 1999, demonstraram quase o mesmo
percentual verificado neste trabalho, com variação insignificante. O gráfico a
seguir demonstra esta realidade:
PARTICIPAÇÃO EM CURSOS
Não Não
33% informou
51%
Sim
16%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE –dezembro de 2002
16. Na amostra consultada, que afirmou possuir cursos, aparecem com maiores
freqüências as áreas que se seguem: Administração de empresas e hoteleira;
Gastronomia, cozinha e culinária; Atendimento ao cliente; Marke-
ting/vendas; Gerencial; Qualidade; Turismo; EMPRETEC; Bar-
man/garçom; Idiomas estrangeiros.
3.2.5 Variação no quadro de pessoal
Aproximadamente 30% das empresas investigadas informaram a ocorrência
de variações no quadro de pessoal, nos últimos 3 anos, enquanto que, em
1999, este percentual foi de apenas 13%, em razão, provavelmente, da crise de
desemprego reinante no País, bem como da carência de mão-de-obra qualifi-
cada. Veja gráfico seguinte:
VARIAÇÃO NO QUADRO DE PESSOAL NOS
ÚLTIMOS 3 ANOS
Não
66%
Sim
32% Não informou
2%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE – dezembro de 2002
Das pessoas que afirmaram esta variação, constataram-se que 58% reduziram
em até mais de 25%, enquanto que, 40% informaram que aumentou mais de
25%, como pode-se observa no quadro a seguir:
INTERVALO %
Aumentou até 5% 6
Aumentou de 6 até10% 12
17. Aumentou de 11 até 20% 6
Aumentou de 21 até 25% 2
Aumentou mais de 25% 14
Reduziu até 10% 14
Reduziu de 11 até 15% 4
Reduziu de 16 até 20% 10
Reduziu de 21 até 25% 4
Reduziu mais de 25% 24
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.2.6 Taxa sobre serviços
Conforme gráfico que se segue, cerca de 60% das empresas pesquisadas co-
bram taxas sobre serviços. Em 1999, este percentual era de apenas 20%, fi-
cando “a gosto do freguês” gratificar pelos serviços recebidos.
TAXA SOBRE SERVIÇO
Sim
58%
Não
42%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Dentre as empresas que responderam positivamente, 74% distribuem o que foi
apurado com os garçons, 24% entre todos os empregados e o restante afirmou
ser distribuído aos moto-boys. É bom frisar que 1% das empresas destina o
valor arrecadado para reposição de materiais, em função de quebra de copos
ou desaparecimento de outros utensílios. Com relação ao ano de 1999, os ba-
res e restaurantes procediam de maneira semelhante ao encontrado presente-
mente, com diminutas variações. O quadro que vem a seguir espelha a situa-
ção presente:
18. DISCRIMINAÇÃO %
Rateio entre os garçons 74
Rateio entre todos empregados 24
Moto-boys 1
Reposição de materiais 1
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.2.7 Benefícios oferecidos
A empresa que se preocupa com os seus empregados e com a qualidade dos
seus serviços, oferece benefícios com vista a um retorno positivo de suas a-
ções. Mesmo assim, das pessoas entrevistadas, 15% não se propuseram a opi-
nar, levando a crer que não oferecem benefícios. Porém, das respostas afirma-
tivas, 81% oferecem alimentação, 70% vale-transporte, 22% treinamento, 13%
assistência médica e outros benefícios de somenos importância, a saber:
BENEFÍCIOS %
Alimentação 81
Vale-transporte 70
Treinamento 22
Assistência médica 13
Auxílio farmácia 6
Uniforme 2
Cesta básica 1
Escola 1
Assistência odontológica 1
Premiação 1
Moradia 1
Participação nos lucros 1
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
Este item, em 1999, apresentou resultados diferentes, verificando-se que cerca
de 55% não opinaram. Dos que responderam afirmativamente, 43% das res-
19. postas foram destinadas a alimentação, 30% a vale-transporte, 4% a treina-
mento, 3% a assistência médica e 1% a auxílio farmácia.
3.2.8 Programa de Qualidade Total
Das empresas consultadas, apenas 2% informaram ter implantado o Progra-
ma SEBRAE de Qualidade Total, empreendido pelo SEBRAE em Sergipe,
conforme gráfico que vem a seguir:
PROGRAMA DE SEBRAE DE QUALIDADE
TOTAL
Sim
2%
Não
98%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Porém, das empresas que não implantaram, 61% têm interesse em participar
deste Programa, que possibilitará à classe empresarial repensar o seu modelo
gerencial, através de ferramentas eficientes, no intuito de focar o direciona-
mento da organização para novos horizontes de mercado e competitividade, de
acordo com gráfico que se segue:
20. EMPRESAS QUE PRETENDEM IMPLANTAR
O PROGRAMA SEBRAE DE QUALIDADE
TOTAL
Sim
61%
Não
Não 37%
informou
2%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Em 1999, o estudo realizado constatou dados semelhantes, não ocorrendo va-
riações que necessitassem de uma análise mais detalhada.
3.2.9 Treinamento empresarial
Quanto ao interesse dos bares e restaurantes realizarem treinamentos nas á-
reas específicas de suas atividades, aproximadamente 60% dos entrevistados
foram favoráveis a este intento, de conformidade com o gráfico a seguir:
TREINAMENTO ESPECÍFICO NAS ÁREAS
Sim
61%
Não
39%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
As pessoas entrevistadas que revelaram ter interesse em investir em treina-
mento específico nas áreas direcionadas para suas atividades apresentaram,
com maiores freqüências, as que se seguem: Atendimento ao
21. cliente, com mais de 80% das respostas, vindo, em seguida, Vendas, Quali-
dade, Gerência e Marketing. Veja quadro que se segue:
DISCRIMINAÇÃO %
Atendimento ao cliente 82
Vendas 70
Qualidade 52
Gerência 51
Marketing 51
Bebidas/alimentos 36
Finanças 32
Contabilidade 20
Reserva 18
Administração 2
Informática 1
Cozinha 1
APPCC/PAS 1
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção.
3.3 ASPECTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS
3.3.1 Formas de recebimento
Os resultados da pesquisa demonstram que a forma de recebimento mais fre-
qüente é a vista, com a totalidade das respostas. Os cartões de crédito e o
ticket refeição vêm em seguida, com participações significativas. Os convê-
nios e cheques pré-datados aparecem em menor escala. O cartão de crédito
torna-se mais seguro e é uma garantia de recebimento, embora, em alguns ca-
sos, seja limitado à determinada administradora, em decorrência das taxas co-
bradas. No estudo realizado em 1999, a forma de recebimento mais freqüente,
também, era a vista, com a totalidade das repostas, seqüenciada pelos cartões
de crédito. Visualize no quadro que vem a seguir, as formas de recebimento
obtidas:
22. DISCRIMINAÇÃO %
A vista 100
Cartão Visa 39
Cartão Hipercard 39
Ticket Refeição 39
Master Card 36
Cartão American Express 24
Cheque pré-datado 13
Convênio 3
Rede Shop 1
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
3.3.2 Conferência de cheques e utilização de “POS”
Das empresas pesquisadas, 86% não possuem acordo para conferência de che-
ques, ficando sujeitas a devoluções dos mesmos. As devoluções de cheques
sem fundos, a depender do segmento, são bastante elevadas, necessitando uma
prevenção, através dos serviços de consulta prévia a organizações especializa-
das. Veja gráfico a seguir:
ACORDO PARA CONFERÊNCIA DE
CHEQUES
Não
86%
Sim Não opinou
10% 4%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Os resultados verificados, em 1999, registraram percentuais próximos aos atu-
ais, tais como: 93% não possuem acordo para conferência de cheques e 4%
não opinaram.
23. A grande maioria dos bares e restaurantes consultados, em 1999, quase 90%
das respostas, não utilizava o equipamento “POS” para operações com cartões
de crédito. No entanto, este equipamento, que resulta na eficiência do sistema,
impedindo a circulação de cartões inaptos, fez com que as empresas pesquisa-
das presentemente diminuíssem esse percentual para 55%, em razão de, mui-
tas vezes, reduzirem, substancialmente, perdas de receitas, de acordo com o
gráfico que se segue:
EQUIPAMENTO "POS"
Sim
45%
Não
55%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.3.3 Situação do imóvel
Os imóveis onde funcionam as empresas pesquisadas estão localizadas, em
sua maioria, em prédio próprio, cerca de 35% em prédio alugado e 10% em
imóvel arrendado ou em comodato com a EMSETUR. Em 1999, entretanto, as
informações colhidas revelaram percentuais distintos, em função, provavel-
mente da amostra definida nesse ano, de conformidade com o quadro que vem
a seguir:
PESQUISA ATU-
DISCRIMINAÇÃO 1999
AL
Próprio 57 75
Alugado 33 20
Comodato com a EMSETUR 9 2
Arrendado 1 1
Cedido - 2
TOTAL 100 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
24. O fato da grande maioria dos estabelecimentos estar situada em instalações
próprias e lembrando que uma empresa informal geralmente é instalada na
residência dos proprietários e nela trabalham seus familiares, obtendo assim
menor capacidade de atendimento, acredita-se que as empresas que mais alu-
gam tem uma capacidade de atendimento instalada maior, em vista do fato do
local ter sido escolhido para tal finalidade, ou seja, instalação de uma empresa
dentro de um critério de seleção e planejamento definidos.
3.4 MARKETING, COMUNICAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO
3.4.1 Meios de comunicação
Uma boa parte dos bares e restaurantes investigados, tanto na pesquisa atual
quanto na efetuada em 1999, não se utilizam de nenhum meio de comunicação
para divulgação de suas atividades, conforme 34% e 60% das empresas, res-
pectivamente. O gráfico que se segue, retrata a posição atual:
ME IOS D E C OMU N IC AÇ ÃO
Sim
66%
Não
34%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Naquele ano, a amostra pesquisada, em relação a esta última, sofreu algumas
distorções, em decorrência dos questionários terem sido aplicados em empre-
sas situadas, não só no corredor turístico, mas, também, em áreas periféricas,
resultando nos dados apresentados a seguir. Os meios de comunicação usados
para divulgação dos bares e restaurantes encontrados neste estudo, com mai-
ores incidências foram o jornal, o rádio, a revista, o folder, panfletagem,
out door e televisão, consoante se pode visualizar no quadro seguinte:
DISCRIMINAÇÃO %
25. Jornal 21
Rádio 20
Revista 17
Folder 14
Panfletagem 12
Out door 11
Televisão 10
Contato com o cliente 10
Faixa 9
Internet 9
Promoção 4
Mala direta 3
Carro de som 3
Telemarketing 1
FONTE; Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
3.4.2 Informatização
Quanto à informatização, 30% das empresas investigadas dispõem de servi-
ços informatizados, com uma participação significativa em relação ao ano de
1999, quando este percentual era de apenas 17%, consoante se pode observar a
seguir:
EMPRESAS INFORMATIZADAS
Sim
30%
Não
70%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
26. Dentre as áreas informatizadas pelas empresas pesquisadas, as que sobressaem
são Fechamento de contas, Folha de pagamento, Contabilidade, Comanda
e Controle de estoque, de acordo com o quadro a seguir:
DISCRIMINAÇÃO %
Fechamento de contas 87
Folha de pagamento 73
Contabilidade 60
Comanda 51
Controle de estoque 47
Compras 22
Cadastro 2
Não informou 2
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
3.5 ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
3.5.1 Alvará de funcionamento
Para uma empresa desenvolver suas atividades legalmente deverá constar,
dentre os documentos necessários, o alvará de funcionamento da Prefeitura.
Caso isto não aconteça, sua documentação estará incompleta, sendo conside-
rada como uma empresa informal. Nesta pesquisa, observam-se que 75% das
empresas possuem tal alvará, enquanto que, em 1999, este resultado atingia
62%. Veja gráfico a seguir:
ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO
Sim
75%
Não
Não opinou
24%
1%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
27. 3.5.2 Estacionamento
O estacionamento, considerado como um dos fatores predominantes na esco-
lha dos clientes pelos bares e restaurantes, torna-se um serviço importante
para o bom desempenho de suas atividades. Este relatório, no entanto, com-
provou que 35% das empresas das empresas possuem áreas privativas de esta-
cionamento, sendo que 33% são descobertas e o restante cobertas. Em 1999,
foram obtidos resultados, quase iguais, pois 34% possuíam estacionamentos,
sendo 3% cobertos e 30% descobertos. Veja o gráfico seguinte que retrata a
posição do momento:
ESTACIONAMENTO
Estacionamento
descoberto
33%
Não possui
Estacionamento
65%
coberto
2%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Quanto à capacidade instalada do número de vagas das áreas privativas de es-
tacionamento, verifica-se que 37% dos bares e restaurantes investigados dis-
põem de mais de 50 vagas, consideradas, provavelmente, como unidades de
médio porte. Do mesmo modo, em 1999, este percentual atingia cerca de 30%
das empresas consultadas não acontecendo grandes variações entre os estudos
realizados com relação às demais áreas. Veja quadro a seguir:
28. PESQUISA
1999
INTERVALO ATUAL
%
%
Até 10 vagas 8 14
De 11 até 20 vagas 21 13
De 21 até 30 vagas 19 28
De 31 até 50 vagas 15 15
Mais de 50 vagas 37 30
TOTAL 100 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/Se – dezembro de 2002
Apenas 3% da amostra consultada utilizam manobristas em seus estaciona-
mentos, enquanto que, em 1999, este percentual era de somente 1%, de acordo
com o gráfico que vem a seguir:
MANOBRISTA
Sim
Não opinou
3%
2%
Não
95%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.5.3 Capacidade instalada
Somente 5% dos bares e restaurantes inquiridos comprovaram a existência de
cadeiras nos balcões, apresentando uma média de 8 cadeiras por unidade, con-
soante gráfico que vem a seguir:
29. CADEIRA NO BALCÃO
Sim
5%
Não
95%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Praticamente, o estudo anterior não apresentou variações em relação a este,
pois a participação das empresas foi de 9%, com uma média de, apenas, 7 ca-
deiras por unidade.
O número de cadeiras disponíveis, na mesa, varia muito, a depender da neces-
sidade de cada cliente. A incidência maior se dá com mesas com 4 e 6 cadei-
ras, objeto deste relatório.
Na sala, ambiente coberto, que apresentaram mesas com quatro cadeiras,
cerca de 40% dos entrevistados informaram a existência de mais de 30 mesas,
ao contrário do estudo realizado anteriormente, que apresentava percentual
semelhante, com a quantidade de até 5 mesas, provavelmente, em função da
metodologia empregada. Este quantitativo, no presente relatório, apontava,
apenas 4%. Veja quadro que se segue:
INTERVALO %
Até 5 mesas 4
De 6 até 10 mesas 13
De 11 até 15 mesas 10
De 16 até 20 mesas 9
De 21 até 25 mesas 10
De 26 até 30 mesas 7
Mais de 30 mesas 37
Mesas nos shoppings 8
Não possuem 2
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
30. Quanto às mesas com seis cadeiras, cerca de 90% das empresas consultadas
não dispunham deste equipamento, pois com a junção de mesas de quatro lu-
gares substituem as de seis ou mais lugares, enquanto que, no trabalho elabo-
rado em 1999, esta condição não existia, em decorrência, também, da metodo-
logia empregada. O quadro que vem a seguir retrata o resultado da situação
encontrada nos bares e restaurantes investigados:
INTERVALO %
Até 5 mesas 5
De 6 a 10 mesas 2
De 11 a 30 mesas 1
Mais de 30 mesas 1
Não dispõem 91
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Os bares e restaurantes consultados, que possuem área descoberta, são em
número reduzido, tendo instalado, em suas dependências, mesas com predo-
minância para quatro cadeiras e, em menor escala, ainda, para seis cadeiras.
Dessa forma, elaboraram-se os quadros seguintes que espelham os intervalos,
por número de mesas, quatro e seis cadeiras, respectivamente, com percentu-
ais de participação das empresas, verificando-se que 80% não dispõem de me-
sas com quatro cadeiras e, quase 100%, com seis cadeiras:
INTERVALO %
Até 5 mesas 2
De 6 a 10 mesas 7
De 11 a 15 mesas 2
De 16 a 20 mesas 3
De 21 a 25 mesas 1
De 26 a 30 mesas 1
+ de 30 mesas 4
Não dispõem 80
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
31. INTERVALO %
Mais de 30 mesas 1
Não dispõem 99
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
A metodologia adotada no relatório efetuado, em 1999, foi a mesma já consi-
derada anteriormente, não merecendo comentários.
A capacidade instalada de atendimento das empresas consultadas atingiu qua-
se 30% nos intervalos de 51 a 100 pessoas e de 101 até 200 pessoas, enquanto
que, apenas 5% das empresas tinham capacidade para mais de 401 pessoas, de
conformidade com o quadro que se segue:
INTERVALO %
Até 50 pessoas 16
De 51 até 100 pessoas 28
De 101 até 200 pessoas 28
De 201 até 300 pessoas 16
De 301 até 400 pessoas 7
De 401 até 500 pessoas 2
Mais de 500 pessoas 3
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.5.4 Dias e turnos de maior movimento
A maior incidência referente aos dias de movimento registrados pela amostra
consultada foram sexta-feira, sábado e domingo com 26% das respostas, vin-
do, em seguida, sexta-feira e sábado, domingo e feriado, com 14% e 13%, res-
pectivamente, conforme se pode visualizar no quadro seguinte:
32. DISCRIMINAÇÃO %
Sexta-feira, sábado e domingo 26
Sexta-feira e sábado 14
Domingo e feriado 13
Sábado e domingo 12
Domingo 6
Sexta-feira 5
Sábado 4
Quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo. 4
Sábado, domingo e feriado. 3
Variável 3
Segunda-feira a domingo 2
Quinta-feira e sexta-feira 2
Segunda-feira a sábado 2
Segunda-feira a sexta-feira 1
Quinta-feira, sexta-feira e sábado. 1
Quarta-feira a domingo 1
Terça-feira e quarta-feira 1
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Tendo em vista a variedade de informações encontradas, referente aos turnos
de maior movimento nas empresas, resolveu-se dispensar comentários, em
razão das inúmeras combinações existentes. Em 1999, aconteceram as mes-
mas situações.
3.5.5 Funcionamento da empresa
Com respeito aos turnos de funcionamento, mais de 50% das empresas pes-
quisadas informaram que exercem suas funções nos períodos da manhã, tarde
e noite, conforme quadro seguinte:
33. TURNOS DE FUNCIONAMENTO %
Manhã, tarde e noite 52
Manhã e tarde 22
Tarde e noite 16
Noite 9
Manhã e noite 1
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Quanto aos dias da semana em que as empresas não funcionam, observam-se
que segunda-feira é o dia que apresenta maior índice de freqüência, destinado
ao descanso dos seus empregados, enquanto que 16% não concedem folga e ,
neste caso, os dias de folga acontecem aleatoriamente, sendo que todo mês um
dos dias é domingo. Veja quadro que vem a seguir:
DISCRIMINAÇÃO %
Segunda-feira 38
Terça-feira 11
Quarta-feira 4
Quinta-feira 5
Sexta-feira 3
Sábado 1
Domingo 10
Não tem folga 16
Não opinou 32
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Convém frisar que o trabalho elaborado, em 1999, apresentou resultados pare-
cidos com os atuais, verificando-se que os turnos manhã, tarde e noite foram
os mais utilizados, com 46% das respostas, vindo em seguida manhã e tarde,
com 30%.
Quanto aos dias da semana que a empresa não funciona, da mesma maneira,
os resultados foram parecidos, tendo a segunda-feira como o de maior fre-
qüência, com 25% das respostas e funcionamento todos os dias com 18%.
34. 3.5.6 Central de compras
Sobre a criação de uma “Central de Compras”, coordenada pela ABRA-
SEL/SE com vistas á melhoria da qualidade dos serviços e oferecer preços a-
cessíveis aos seus clientes, 74% das empresas demonstraram interesse na acei-
tação deste serviço, apenas, 8% não se mostraram a favor e 18% não tinham
conhecimento do funcionamento de uma “Central de Compras”. Estes percen-
tuais, em 1999, apresentaram resultados aproximados aos encontrados neste
estudo. Veja gráfico seguinte:
CENTRAL DE COMPRAS
Sim
74%
Não
Não sabe
8%
18%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.5.7 Associações de classe
A ABRASEL/SE é uma associação que inclui os segmentos de bares e restau-
rantes criada com o objetivo de atender as necessidades dos seus associados.
O desconhecimento dessa entidade por parte do empresariado entrevistado é
considerável, pois 33% não são sócios nem tem interesse em associar-se, me-
recendo uma maior atenção por parte de seus dirigentes. Em contrapartida,
56% não são sócios, mas demostraram interesse em associar-se e, apenas, 11%
são sócios, representado quase 70% das respostas. O gráfico que se segue re-
trata tais posições:
35. ABRASEL/SE
Não, e não Sim
tem interesse 11%
em associar- Não, mas tem
se interesse em
33% associar-se
56%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
O trabalho elaborado, em 1999, espelhou resultados sem variações significati-
vas, pois o percentual de associados era de 5%, 63% não eram associados, mas
pretendiam se associar e 32% não eram associados nem pretendiam se associ-
ar.
No estudo anterior, 18% se posicionaram como filiados a outro tipo de associ-
ação. Neste trabalho, entretanto, apenas 13% afirmaram ser filiados a alguma
associação, conforme gráfico a seguir:
OUTRAS ASSOCIAÇÕES
Sim
13%
Não
87%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Sobre a participação em outras associações, as empresas investigadas que a-
firmaram ser filiadas apontaram as que vêm a seguir, conforme quadro:
36. DISCRIMINAÇÃO %
ADBRA (Praia Aruana) 45
ADBRJS (Praia José Sarney) 25
ABR (Av. Santos Dumont) 10
ABR (Orlinha) 10
ABR ( Praia do Refúgio) 5
Sindicato dos Garçons 5
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.5.8 Manutenção
A manutenção dos bares e restaurantes sergipanos, segundo 68% das pessoas
entrevistadas, é realizada preventivamente, oferecendo mais conforto e segu-
rança à sua clientela. Cerca de 20% praticam a manutenção emergencial e,
somente 11% não efetuam nenhum destes procedimentos, de conformidade
com o gráfico que se segue:
MANUTENÇÃO
80%
60%
40%
20%
0%
Preventiva emergencial Não faz
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Em 1999, a manutenção preventiva era feita por 58% das empresas, 37% rea-
lizavam-na emergencialmente e o restante não a realizava.
37. 3.5.9 Especialidades gastronômicas
A amostra pesquisada detectou que as especialidades gastronômicas das em-
presas, em estudo, estão direcionadas para determinados grupos de alimentos,
destacando-se a cozinha local, tira-gostos especiais, frutos do mar, cozinha
regional e saladas. Num patamar mais distante, porém, com boa aceitação no
mercado consumidor, aparecem a cozinha italiana, alimentação natural e
sorvetes, que se deliciam com alimento, tanto dietéticos quanto na manuten-
ção ou crescimento de suas calorias. Outras especialidades foram constatadas,
embora com menores índices de participação das empresas consultadas, tais
como as cozinhas francesa, japonesa e chinesa, pizzas e massas, doces e
salgados. A seguir, observam-se as participações percentuais das empresas
por especialidades gastronômicas:
DISCRIMINAÇÃO %
Cozinha local 74
Tira-gostos especiais 66
Frutos do mar 64
Cozinha regional 59
Saladas 52
Cozinha italiana 14
Alimentação natural 13
Sorvete 9
Pizzas e massas 7
Doces, salgados e tortas 5
Lanches, sanduíches 5
Cozinha francesa 4
Cozinha japonesa 3
Cozinha chinesa 3
Cozinha portuguesa 3
Cozinha grega 1
Cozinha espanhola 1
Cozinha americana 1
Cozinha árabe 1
Churrasco 1
Bebidas 1
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
38. Na versão efetuada, em 1999, este quadro comportou-se dentro da realidade
atual, com raras variações, ressaltando-se, dentre as especialidades gastronô-
micas das empresas pesquisadas, por ordem de prioridade, a cozinha local,
frutos do mar, tira-gostos especiais, saladas e cozinha regional. Além des-
sas especialidades, contataram-se outras, embora em menor escala, mas im-
portantes para a clientela, salientando-se sorvetes, cozinha italiana e lanches
e sanduíches.
3.5.10 Cardápio
Ao contrário do estudo realizado em 1999, onde quase 70% dos entrevistados
não renovaram seus cardápios, mantendo-se fiéis às especialidades das casas,
o presente estudo apresentou um percentual bem inferior, alcançando 30%, de
conformidade com o gráfico que vem a seguir:
RENOVAÇÃO DO CARDÁPIO
Sim
70%
Não
30%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Das empresas pesquisadas que renovam seus cardápios, a maioria realiza em
cada semestre, vindo em seguida, anualmente e trimestralmente, dando condi-
ções aos seus clientes a uma melhor variedade nos pratos preferidos. Convém
ressaltar que as empresas que mudam sues cardápios diariamente, em épocas
específicas e quando o cliente solicita, estão voltadas para comida por quilo ou
restaurantes especializados em determinados períodos. Veja quadro seguinte:
39. DISCRIMINAÇÃO %
Semestralmente 35
Anualmente 19
Trimestralmente 18
Mensalmente 15
Semanalmente 8
Diariamente 2
Quando o cliente solicita 2
Em épocas específicas 1
TOTAL 100
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
3.5.11 Serviços oferecidos
Para conforto da sua clientela torna-se necessário o uso do telefone sem fio,
mas, apenas 12% são os que dispõem desse tipo de serviço, mesmo assim, ul-
trapassando o percentual obtido no trabalho realizado em 1999, que era de 4%.
Veja gráfico a seguir:
TELEFONE SEM FIO
Não opinou Sim
2% 12%
Não
86%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Outro fator preponderante para que haja atração de clientes é a música, po-
dendo ser mecânica ou ao vivo. Das empresas consultadas, quase 60% utili-
zam música mecânica e, somente, 16% utilizam música ao vivo, consoante
pode-se verificar nos gráficos que vêm a seguir:
40. MÚSICA MECÂNICA
Sim
59%
Não
41%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
MÚSICA AO VIVO
Não opinou Sim
4% 16%
Não
80%
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Esta opção de lazer é oferecida aos clientes, na alta estação, predominante-
mente, nos finais de semana ou feriados prolongados, principalmente, sexta-
feira e sábado, em decorrência do fluxo considerável de turistas que deman-
dam de outros estados, consoante quadro seguinte:
41. DISCRIMINAÇÃO %
Sexta-feira 54
Sábado 54
Domingo 33
Quinta-feira 17
Segunda-feira 12
Quarta-feira 12
Terça-feira 8
Não opinou 12
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
Na baixa estação, o dia da semana que possui maior fluxo de pessoas é a sex-
ta-feira, com uma freqüência acentuada de quase 70% das respostas, seqüenci-
ando-se o sábado e o domingo, dias de maiores movimentos ou feriados pro-
longados, de acordo com o quadro que segue:
DISCRIMINAÇÃO %
Sexta-feira 67
Sábado 44
Domingo 33
Quinta-feira 33
Segunda-feira 22
Terça-feira 22
Quarta-feira 22
Não opinou 22
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs.: A questão admitia mais de uma opção
3.5.12 Destaque da empresa
Os bares e restaurantes consultados registraram como destaques mais repre-
sentativos nas suas atividades, uma série de fatores, sobressaindo-se a Quali-
dade no atendimento, de acordo com 47% das respostas. Outro destaque im-
portante apontado pelas empresas foi o Cardápio diversificado,
42. com pratos específicos, informado por quase 30% das respostas. Veja quadro
que se segue, onde aparecem os destaques mais significativos, registrados pela
amostra pesquisada:
DISCRIMINAÇÃO %
Qualidade no atendimento 47
Cardápio diversificado, com especialidades da casa 27
Localização, com ambiente agradável 7
Qualidade dos produtos 4
Preços acessíveis 3
Frutos do mar 3
Pizzas 3
Música, videokê e happy hour 3
Estrutura rústica 2
Moqueca de peixe 2
Limpeza e organização 2
Churrasco 1
Picanha 1
Caranguejo 1
Passeio de catamarã 1
Caldo de cana 1
Chopp 1
Acarajé 1
Feijoada 1
Filé no prato 1
Picanha de búfalo 1
Arrumadinho 1
Peixe na telha 1
Pitu com pirão 1
Não opinou 3
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
A metodologia escolhida para o trabalho elaborado em 1999, apresentou resul-
tados heterogêneos e com termos divergentes dos apresentados neste
43. estudo, impossibilitando uma análise sobre os Destaques das empresas pes-
quisadas, embora houvessem ocorrido alguns pontos comuns, merecendo res-
saltar a Qualidade no atendimento, Cardápio diversificado, com especiali-
dades da casa e Localização, com ambiente agradável.
3.6 DIFICULDADES, CARÊNCIAS, COMENTÁRIOS E SUGESTÕES
As dificuldades, carências, comentários e sugestões apresentadas pelas pesso-
as entrevistadas dos bares e restaurantes investigados, foram por demais vali-
osas para futuras tomadas de decisão dos poderes responsáveis pelo desenvol-
vimento de suas atividades, principalmente, no que tange ao aspecto relacio-
nado com o turismo que abrange uma gama considerável de entidades volta-
das para o setor. Em vista disso, resolveu-se espelhar cada item de per si, a fim
de facilitar a visualização dos resultados, com um agrupamento das informa-
ções colhidas.
Em vista disso, serão citados, em seguida, cada item, através das informações
obtidas de maneira condensada, a fim de facilitar a visualização dos resulta-
dos.
3.6.1 Dificuldades
As dificuldades reveladas, com maiores índices de freqüência, foram a o Des-
caso dos governantes com o turismo e com a segurança pública, com 35%
das respostas e a Falta de divulgação dos aspectos turísticos, principalmen-
te da orla marítima e das praias do Estado, com cerca de 25% das respos-
tas, de conformidade com o gráfico que se segue:
44. DIFICULDADES %
Descaso dos governantes com o turismo e com a segurança
pública 35
Falta de divulgação dos aspectos turísticos, principalmente da
orla marítima e de outras praias do Estado. 26
Apoio e incentivo ao turismo 12
Dificuldades financeiras, principalmente, capital de giro. 12
Deficiência na infra-estrutura, incluindo iluminação pública,
saneamento básico, estacionamento e outros. 12
Movimento fraco, por falta de turistas e de outros clientes. 10
Carga tributária elevada 5
Recrutamento de mão-de-obra qualificada 5
Poluição sonora e sujeira 3
Abandono das praças e da Orla de Atalaia por parte do poder
público 3
Não tem dificuldades 1
FONTE: Estudos e Pesquisas/UED/SEBRAE/SE – dezembro de 2002
Obs: A questão admitia mais de uma opção
Dentre as dificuldades observadas no trabalho executado em 1999, foram de-
lineadas algumas que apresentaram maiores freqüências, a saber: Falta de a-
poio por parte dos poderes competentes com referência ao turismo; Segu-
rança pública precária; Deficiência de mão-de-obra qualificada; Abando-
no da orla de Atalaia; Falta de infra-estrutura (saneamento básico, trans-
porte, iluminação).
3.6.2 Carências
Quanto às Carências, as respostas foram obtidas em menor escala, pois, ape-
nas 8% das empresas investigadas prontificaram-se em atender à questão,
mesmo assim, com resultados parecidos com as Dificuldades já mencionadas.
Dessa forma, são registradas as principais Carências, com as seguintes cita-
ções:
• Linhas de crédito;
• Falta de turistas e de outros clientes;
• Mão-de-obra qualificada;
45. • Falta de apoio ao turismo pelos poderes públicos;
• Fornecedores;
• Infra-estrutura (saneamento básico, iluminação, transporte e outros);
• Falta de incentivos governamentais;
• Segurança pública.
3.6.3 Comentários e sugestões
Os comentários relatados pela amostra investigada trouxeram substanciais
subsídios para possíveis tomadas de decisão dos responsáveis pelo desenvol-
vimento das atividades dos bares e restaurantes, em estudo. Para melhor vi-
sualização desse relatório, mencionam-se comentários, complementados por
algumas sugestões, considerados como de maior freqüência, citados repetidas
vezes pela maioria dos entrevistados, tanto neste estudo quanto no executado,
em 1999, a saber:
• Apoio dos governantes, de associações, empresas de turismo e empresas
em geral, sendo necessário um envolvimento e comprometimento entre as
partes, no sentido de impulsionar a atividade em estudo;
• Maior divulgação do Estado por parte do Governo, com vistas à implemen-
tação do turismo;
• Acessibilidade ao crédito com menos burocracia e mais agilidade. Para is-
so, torna-se necessário, também, o envolvimento e parcerias com órgãos
governamentais, instituições de crédito e empresas de factoring;
• Padronização dos bares com melhoria da infra-estrutura (iluminação, sane-
amento básico), onde, órgãos governamentais deverão se comprometer, a
fim de dinamizar a atividade, fonte de renda para o Estado;
• Cursos de especialização/aperfeiçoamento, tendo como parceiro o próprio
SEBRAE e órgãos governamentais;
• Segurança pública nas ruas, dando cobertura aos turistas e clientes;
• Criação de uma central de abastecimento com preços mais baixos e com
produtos de qualidade (facilidade nas compras);
• Incentivo maior ao microempresário, com melhor fiscalização e impostos
mais baixos;
• Melhoria na infra-estrutura (iluminação pública, limpeza, saneamento bási-
co, transporte e outros);
• Investimentos voltados para o desenvolvimento do turismo;
46. • Dar maior ênfase aos programas de turismo;
• A ABRASEL/SE deveria ser mais atuante;
• Quando da elaboração de cadastro, comunicar, através de mala direta, os
serviços prestados pelo SEBRAE;
• Parceria entre hotéis e restaurantes;
• Incentivos e apoio governamentais ao turismo.
4 CONCLUSÕES
Após análise dos dados e informações coletados, verificam-se que as unidades
pesquisadas atenderam, com clareza e retidão, as questões apresentadas no
questionário aplicado, oferecendo resultados consistentes para uma análise
mais acurada.
A amostra obtida dos bares e restaurantes pesquisados, num quantitativo de
152 unidades, levou a uma realidade semelhante às empresas de pequeno porte
desde o atendimento da clientela ao pessoal ocupado, que representa cerca de
10 pessoas ocupadas por unidade, incluindo sócios, proprietários e pessoas da
família, remuneradas ou não, com grau de instrução razoável para um bom
relacionamento com os clientes.
A instabilidade econômica no País repercute também sobre o mercado de ba-
res e restaurantes, mas, ao mesmo tempo, abre oportunidades em áreas que
optaram por esta atividade, havendo, a partir daí, uma concorrência acirrada.
Com o incentivo do turismo por parte de órgãos governamentais impulsiona-
dores, bem como de empresas transportadoras aéreas, agências de viagens,
hotéis, dentre outras, a atividade em estudo deverá sobressair, sobretudo, co-
mo geradora de empregos e de oportunidades de negócios, devendo ter um
tratamento especial e diferenciado, olhando do lado de parceiros e agentes,
bancos de desenvolvimento e, como potencial maior, a existência de uma po-
pulação jovem que precisa ser integrada ao mercado de trabalho.
As atrações naturais do próprio Estado, bem como a sua história, dão conota-
ções de oportunidades para o desenvolvimento do turismo em Sergipe e, con-
sequentemente, dando margem a novos investimentos ligados a área em estu-
do.
47. A geração de emprego, em decorrência da expansão turística é um ponto mar-
cante e certo, observando-se um grande número de informalidade quanto aos
recursos humanos do setor, com relação à mão-de-obra fixa empregada.
A informalidade dentro das unidades produtivas é de grande amplitude, em
vista do crescimento desordenado de empresas informais como: barracas de
lanches, comidas típicas, bebidas, towner, dentre outras, fazendo com que a
concorrência para os bares e restaurantes existentes se adaptem a este novo
mercado, competitivo, exigente e seletivo.
Ocorrendo este crescimento na oferta das empresas, elas tendem, automatica-
mente, a se diversificarem em busca do aprimoramento dos serviços, impli-
cando, assim, não só no avanço da qualidade, mas, também, na articulação
com o mercado considerado em expansão, uma vez que, anteriormente, as
empresas existentes eram limitadas e suas opções eram restritas.
Ao serem questionados sobre as maiores dificuldades e carências do setor, os
empresários elegeram como maiores problemas do setor o Descaso dos go-
vernantes com o turismo e com segurança pública, a Falta de divulgação
dos aspectos turísticos, principalmente da orla marítima e de outras prai-
as do Estado e o Apoio e incentivo ao turismo e Dificuldades financeiras,
dando ênfase ao capital de giro, Linhas de crédito e Falta de turistas e de
outros clientes. Caso seja considerado o momento econômico, com a retração
de mercado reinante, como uma forma de evasão de clientes, concluindo-se
como principal problema.
O que os empresários demonstraram nesta pesquisa a existência de um setor
frágil, visto que depende de uma promoção do setor, bem como de parcerias
com associações, entidades governamentais e empresas de turismo.
O SEBRAE deverá reforçar o seu papel de estimular o espírito empreende-
dor, favorecendo estas empresas através de meios para solucionar as dificul-
dades encontradas, com apoio, principalmente, nas áreas de consultoria em-
presarial, capacitação, com a qualificação da mão-de-obra empregada, dentre
outros.
Por fim, conclui-se que os bares e restaurantes considerados, vistos pelo ân-
gulo sócio-econômico do Estado de Sergipe, vem tentando se manter, dentro
dos padrões de baixa renda, como estratégia de sobrevivência, embora estejam
48. na expectativa de um futuro promissor, com o advento das futuras interven-
ções a serem implementadas, principalmente, pelos governantes e por entida-
des voltadas para o turismo.