2. Sar. Mor Pedro Bueno Cacunda
Nasceu por volta de 1674 em São Paulo
Filho de Bartolomeu Bueno Cacunda (ou Camargo) e
Izabel de Freitas
Seu pai possuía 2 sítios em São Paulo onde foi
inventariado em 1685
Possuía 2 irmãos que eram Frei.
Neto paterno de Bartholomeu Bueno da Ribeira "o Moço"
e Marianna de Camargo
4. Origens dos Bueno
Tit. Buenos da Ribeira descrito no Vol. 1 da GP.
Seu bisavô Bartholomeu Bueno da Ribeira chega em 1582.
Casou com a bisneta de Antônio Rodrigues “o Náufrago”
Seu tio-avô Amador Bueno foi aclamado Rei de SP em 1641.
Seus tio avos Jerônimo e Francisco Bueno participaram da
bandeira do Guairá
Bartolomeu Bueno da Silva “o Anhanguera” filho de
Francisco Bueno, em 1682 descobriu ouro em GO
5. Origens dos Camargos
Tit. Camargos descrito no Vol. 1 da GP.
Jusepe Ortiz de Camargo chegou da Espanha em 1588,
foi vereador e juiz em SP.
Casado com uma trineta de João Ramalho
Seus tios-avôs Fernando de Camargo "o Tigre" e José
Ortiz de Camargo participaram das reduções ao Guaíra
e Carijos.
6. Esposa Maria de Souza
* por volta de 1685 em Nazaré-SP
F.l. do Cap. Domingos de Souza Barros e de Izabel
Bicudo Brito Cabral * em Guaratinguetá
Cunhada Gov. da Capitania de Paraíba do Sul Cap. Mor.
Domingos Alvares Pessanha
Neta do Cap. António Bicudo Leme “o Via-Sacra”
fundador de Pindamonhangaba.
Descendentes dos Bicudo Carneiros, Prado, Leme,
Moraes Antas, Pedroso, Bayão Parente e outras
7.
8. Batismo em Itapemirim
Aos Dezenove dias do mês de Março de 1714 nesta
Igreja de N.S. do Amparo: eu Vigário encomendado
batizei e pus os santos óleos a Euzébio filho legítimo de
João e de sua mulher Catharina escravos de Izabel
Bicuda. Foram padrinhos o Sar. Mor. Pedro Bueno
Cacunda e Mariana Cabral filha de Izabel Bicuda todos
Moradores nesta freguesia de N. S. do Amparo. Luiz de
Mello Coutinho
9. Carta ao rei 1734
Disse que quando os paulistas começaram a corrida do
ouro, se agregaram índios de outras regiões, e que
alguns dos Puris do Rio Manhuaçu e os Coroados do
Rio Itapeba, possuíam folhas de ouro que usavam como
chumbada de pesca, e que algumas mulheres também
usavam como adorno.
3 bandeirantes foram para esta região: Bartolomeu
Bueno, Manuel de Camargos e Estevão Barbosa para a
região de Cataguases, e ali abriram estrada, plantaram,
e descobriram pouco ouro.
10. Primeiras Bandeiras
Como o ouro era abundante em outras regiões de Minas
Gerais, a região ficou renegada, mas Manuel de
Camargos não desistiu, e sem seus companheiros já
falecidos, retornou a região, e foi morto pelos índios de
sua bandeira, que se acomodaram nas minas
descobertas, e ficando a região abandonada
Depois conversar com velhos paulista sertanejos,
conseguiu ter uma localização aproximada de onde se
encontravam, e logo percebeu que o caminho mais
próximo para o Rio Manhuaçu seria pela costa.
11. Chegada ao Espírito Santo
Em 1705 comprou uma fazenda no Rio Itapemirim na
costa por onde partiria as primeiras entradas.
Em 1707 voltou para Rio das Mortes para vender os
bens que ali possuía, quando começou a Guerra dos
Emboabas. Deu suporte ao então Governador do Rio de
Janeiro, ao qual apresentou seu plano para povoar as
minas, e o Governador disse que apresentaria ao Rei e
que já coloca-se em prática. Logo procurou contratar
alguns sertanejos, e com alguns escravos combatentes
que possuía segui para o Espírito Santo.
12. Começo do Castelo
Encontrou o bandeirante Domingos Luiz Cabral estabelecido na costa do
Espírito Santo, e que havia vindo de Minas Gerais pelas terras dos Puris
explorando a maior parte das vertentes do Manhuaçu, e que ali
encontrou cascalho descoberto e vestígios de ouro. Pedro pediu para
esses homens o acompanharem, mas eles se negaram, por causa dos
índios, que foi o motivo pelo qual se estabeleceram na costa.
Em 1712 por ficar no caminho que pretendia fazer, povoou a Serra do
Castelo na distancia de 25 léguas (120KM) por um caminho deserto,
onde haviam bastantes ribeirões que pareciam ter pouco rendimento, e
não fez os exames necessários Logo em seguida em 1714 povoou o
Guandu 12 léguas mais ao centro, onde achou mais ribeirões. Por volta
de 1716 teve que se retirar para a costa por uma moléstia, por sua
ausência foi destruído oque lá havia.
13. Começo do Castelo
Quando melhorou da enfermidade não retornou mais para o
Castelo nem ao Guandu, e segui para o Rio Manhuaçu onde julgou
ser o local que paulista mencionavam mandou uma comitiva
povoá-lo mas foram todos mortos pala nação dos puris.
Por isso teve que fundar arraial mais abaixo no Ribeirão de
Sant'Anna, onde ficou por 5 anos, por causa da perseguição dos
índios. E que ali tirou algum ouro, mas que não era suficiente para
cobrir as despesas. O que levou em 1732 o Governador do Espirito
Santo a pagar estas despesas.
Disse que haviam alguns índios antropófagos que matavam seus
escravos, e carregam para comê-los
14. Subida pelo Rio Doce
Em 1731 desistiu de povoar o Rio Manhuaçu por terra, e
buscou um caminho pelo Rio Doce.
Em 1733 sobio por canoa o Rio Manhuaçu pela Barra do Rio
Doce em uma viajem de 30 dias para povoar e percorreu os
ribeirões, fez lavouras onde foram aldeias dos índios, e onde
minerou e encontrou pouco ouro.
Em 1734 pediu por 3 anos 60 índios para completar suas
conquista do Ribeirão do Manhuaçu, sendo 20 da Serra, 20
de Anchieta, e 20 da Aldeá de Santo Antônio em Campos.
15. Domingos de Souza Bueno
Domingos de Souza Bueno: Em 08.08.1774 recebeu
carta de doação de sesmaria no lugar Áreas em terras
devolutas que a 12 anos ocupava, onde fundou um
engenho real fazia 2 anos e possuía mais de 50
escravos, gado e plantação e engenho de cana. Tendo a
sesmaria 1 légua quadrada sendo meia légua para cada
lado do Rio, confrontando ao sul pelo pelo lado norte do
rio com o Porto Belo, e na parte sul com terras do
defunto Sar. Mor Pedro Bueno Cacunda.
17. Cap. João Bueno de Souza
Aos Nove dias do mês de Dezembro do ano de Mil
Setecentos e Noventa e Três nesta Igreja Matriz de
Nossa Senhora do Amparo de Itapemirim faleceu de vida
presente o inocente Felipe filho de Lourenço escravo do
Capitão João Bueno de Souza morador no sítio dos
Cardosos. Foi enterrado depois de encomendado dentro
da Mátris desta Freguesia fiz este assento por ser
verdade.
18. Documento datado de 02.10.1854
pelo Dr. Sebastião Machado Nunes
22° presidente Provincial (1854-1855)
e encaminhado a Conselheiro Luiz
Pedreira do Couto Ferras pertencente
ao Arquivo do Museu Imperial de
Petrópolis:
19. Visita do 22° Presidente Provincial
Estrada para Minas esta em má condições devido ao seu trajeto
que não desviou de subidas íngremes e nem terrenos
alagadiços.
Os índios plantão mantimentos e os colhem em abundância para
seu sustento: apresentam-se vestidos regularmente.
Possui o Aldeamento já um moinho para moer grãos, movido por
água, e uma tenda de ferreiro
Pouco industriosos são os índios do Aldeamento e por este
motivo as suas habitações são mal arranjadas e se acham
deterioradas pela maior parte
20. Visita do 22° Presidente Provincial
Consta o Aldeamento de cerca de sessenta indivíduos de ambos
os sexos e diferentes idades.
A estrada que do Aldeamento conduz à Vila de Itapemirim oferece,
a princípio, as mesmas dificuldades que a de São Pedro
d'Alcântara, resultando dos mesmos erros na construção, porém,
desde onde começam as terras a ser povoadas, a estrada melhora.
Passando por esses lugares, tive ocasião de observar com muito
prazer que uma população laboriosa e empreendedora, vinda das
Províncias do Rio de Janeiro e Minas, se tem estabelecendo nos
caxoeiros do Rio Itapemirim e margens do Castelo, por onde já se
encontram muitas fazendas bem principiadas. Emprega-se estes
fazendeiros exclusivamente na cultura do café.
24. Francisco José Soares
* c.de 1797 viúvo de Rita Generosa do Espírito Santo.
com 4 filhos eleitores dentre eles:
Antônio Albano Soares inventariado em 17.04.1894
Cachoeiro de Itapemirim. Consta em seu inventário
Monte Mor de 4:866$000. Possuía 651 mil m2 no lugar
Santo Antônio em Conceição do Castelo com 3 mil pés
de café.
Antônio casou com a filha de Custódio Simões da Costa.
25. Custódio Simões da Costa
* c.de 1823 casado com Matildes Constança de Jesus
Com um filho eleitor em 1867 de nome Moises da Costa
Neves.
Entre os filhos teve outro de nome Domingos Custódio
Fagundes que foi inventariado em Cachoeiro no ano de
1889 com monte Mor de 2:054$500, incluindo 16 mil pés de
café e 8 alqueires no lugar Poço Fundo em Conceição do
Castelo. Foi invariado pela esposa Maria Clara de Jesus
"parda" que faleceu no Ribeirão do Meio filha de Elyseu
Moreira de Souza Lima
26. Elyseu Moreira de Souza Lima
* c.de 1816 casado com Maria Bia Claudina, ele filho de
José Moreira de Lima
Em 1894 foi inventariado com a esposa pelo filho Luiz
Moreira de Souza Lima.
Elyseu é o antepassados dos Moreira Lima do Ribeirão
do Meio.
27. Benedito Francisco da Silva
* c.de 1827 casado com Thereza Gabriela de Castro
Em 1892 ela foi inventariada em Cachoeiro. Consta em
seu inventário monte mor de 2:285$000, incluindo 8 mil
pés de café no Monforte.
Ela era filha de João de Castro Jr. que foi inventariado
em Cachoeiro no ano de 1900 com 6 alqueires em São
Vicente.
28. Francisco Lucio dos Santos
* c.de 1844 em MG, casado com Firmina Maria Rosário,
ele filho de Lucio dos Santos Gastozo e Ignacia Francica
Lopes
Possuía um outro irmão neste censo.
Em 08.11.1876 recebeu o título de terra de 35 hectares
no lugar Cachoeira Alegre no Aldeamento Afonsino.
29. Alferes José Augusto Escobar
* c.de 1819, filho de João Sabino M. Barreto, e casado
com Francisca de Castro
Com 2 filhos eleitores no censo de Viana do ano de 1865
Em 1878 residia no lugar Viçosa e tinha renda anual de
1:000$000.
Em 1889 era escrivão em Valença-RJ
30. Manoel Lopes da Rocha
* c.de 1811 em MG foi Proprietário da Fazenda
Viçozinha, filho de Joaquim Lopes da Rocha e Maria
Isidorea de Sousa. Casado 1° com Maria Bernardina de
Almeida e 2° com Ana Rita de Almeida
Com 2 filhos eleitores no censo de Viana do ano de 1865
Inventariado no ano de 1880 em Cachoeiro. Consta em
seu inventário monte mor de 13:487$000. Proprietário da
Fazenda Forquilha (que havia permutado em 1876) com
12 escravos e 10 mil pés de café.
31. Cap. Lucio José da Fonseca
* c.de 1826, casado com Maria Carolina
Em 1882 por 8:000$000, vendeu metade de todas as
benfeitorias da Fazenda Bananeiras para o Cel. Luiz
Antônio Garcia de Piraí.
Em 24.02.1885 recebeu título de terra com 738 hectares
requisitado a 28.12.1877 no lugar Boa Vista da Lagoa no
Aldeamento e em 29.08.1885 vendeu para Manoel
Fernandes Moura genro do Maj. Antônio Vieira Machado
da Cunha.
32. Francisco Rodrigues de Oliveira
* c.de 1811, estava casado, morador do 4° quarteirão do 2°
Distrito de Viana.
Em 1856 declarou na freguesia de Viana possuía terras no
lugar Lage, confrontando ao norte com o Patrimonio.
Possuía 2 filhos eleitores:
Marcelino Rodrigues de Oliveira que em 1856 declarou
possuir terras por ocupação no lugar Rio Norte a oeste do
Monforte.
Messias Rodrigues de Oliveira que em 1856 também
declarou terras a oeste do Monforte.
33. Filhos do Cap. Bernardo Vieira
Machado
1853 – Itapemirim - João Vieira Machado de Freitas da Fazenda
Pessamento: 35 anos 16° Quarteirão, casado, lavrador.
1855 – Itapemirim – José Vieira Machado da Fazenda Povoação
no Caxixe: 41 anos, 17° Quarteirão, casado, fazendeiro.
1855 – Itapemirim - Matheus Vieira Machado: 26 anos, 16°
Quarteirão, casado, lavrador.
1858 – Itapemirim – Gabriel Vieira Machado da Fazenda Pindobas:
36 anos, 3° Quarteirão do Distrito de Cachoeiro, fazendeiro, solteiro
1860 – Cachoeiro – Pedro Vieira Machado da Fazenda
Desengano: 36 anos, 6° Quarteirão, lavrador, fazendeiro, renda
1:000$000
34. Filhos do Cap. Manoel Vieira
Machado
1853 – Itapemirim - Manoel Vieira Machado da Cunha da
Fazenda São Manoel: 38 anos, 16° Quarteirão, solteiro,
lavrador.
1855 – Itapemirim - Ezequiel Vieira Machado da Cunha
da Fazenda São Quirino: 31 anos, 16° Quarteirão,
casado, lavrador.
1858 – Itapemirim – Maj. Antônio Vieira Machado da
Cunha da Fazenda do Centro: 51 anos, 3° Quarteirão do
Distrito de Cachoeiro, fazendeiro, casado.
35. Davel
1858 – Itapemirim - João Francisco de Davel da
Fazenda Santa Tereza: 56 anos, 3° Quarteirão do
Distrito de Cachoeiro, fazendeiro, casado (seu nome
consta como João Antônio D'Ávila). Filhos:
1860 – Cachoeiro - Antônio José de Davel: 27 anos, 6°
Quarteirão, lavrador, solteiro, renda 200$000
36. Bernardes de Souza
1857 – Itapemirim – João Bernardes de Souza da
Fazenda Santa Helena: 25 anos, 15° Quarteirão (Distrito
do Cachoeiro), lavrador, solteiro.
1860 – Cachoeiro - Lourenço Bernardes de Souza Jr., 30
anos, 6° Quarteirão, fazendeiro, solteiro, renda
2:000$000.
filhos do Alf. Loureço Bernardes de Souza e Anna
Franca do Valle Abreu e Mello.
37. Vargas Corrêa
1860 – Cachoeiro – Luiz de Vargas Corrêa: 26 anos, 6°
Quarteirão, jornaleiro, solteiro, renda 200$000
filho dos Açorianos Francisco de Vargas Corrêa e
Thereza Maria da Conceição.