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Eu, ..., te recebo, ...,como minha 
esposa. 
Eu, ..., te recebo, ..., como meu esposo. 
E te prometo ser fiel, 
na alegria e na 
tristeza, na saúde e 
na doença, amando-te 
e respeitando-te 
por todos os dias de 
minha vida.
A Dimensão do Sinal 
• As próprias palavras “Eu te recebo como minha esposa 
– meu esposo” (...) só podem ser cumpridas através da 
copula conjugale. 
• Assim, pois, das palavras, 
com que o homem e a mulher 
expressam a sua prontidão 
para se tornarem 
“uma só carne”, (...) passamos 
à realidade que corresponde a 
estas palavras. Ambos os 
elementos são importantes com 
relação à estrutura do sinal 
sacramental. 
(TdC 103)
• As palavras “Eu te recebo como minha esposa – meu 
esposo” contém em si precisamente aquela perene e 
sempre única e irrepetível “linguagem do corpo” e, ao 
mesmo tempo, colocam-na no contexto da comunhão 
das pessoas. (...) A “linguagem do corpo” é não só o 
“substrato” mas, em certo sentido, o conteúdo 
constitutivo da comunhão das pessoas. (TdC 103) 
• O ser humano foi constituído de tal modo já desde o 
“princípio”, que as mais profundas palavras do espírito – 
palavras de amor, de entrega, de fidelidade - exigem 
uma adequada 
“linguagem do corpo”. 
E sem essa linguagem 
não podem ser 
plenamente 
expressas. 
(TdC 104)
• Os ministros do sacramento do matrimônio [marido e 
mulher] realizam um ato de caráter profético. (TdC 105) 
• O corpo, de fato, diz a verdade através do amor, da 
fidelidade, da honestidade conjugais, assim como a 
não-verdade, ou seja, a falsidade é expressa através de 
tudo o que é negação do amor, da fidelidade, da 
honestidade conjugais. (TdC 105) 
• Através do matrimônio como sacramento da Igreja, o 
homem e a mulher são de modo explícito chamados a 
dar – servindo-se corretamente da “linguagem do 
corpo” – testemunho do amor esponsal e procriativo, 
um testemunho digno de “verdadeiros profetas”. (TdC 
106)
• É necessário que a 
linguagem do corpo seja 
relida na verdade! (TdC 106) 
• A tríplice concupiscência 
(e, em particular, a 
concupiscência da 
carne) não destrói a 
capacidade de reler a 
“linguagem do corpo” na 
verdade – e de reler 
continuamente de modo 
mais amadurecido e mais 
total. (TdC 107)
• O Cântico dos Cânticos encontra-se, certamente, na esteira 
daquele sacramento, em que, através da “linguagem do 
corpo”, é constituído o sinal visível da participação do 
homem e da mulher na aliança da graça e do amor, 
oferecida por Deus ao homem. O Cântico dos Cânticos 
demonstra a riqueza desta “linguagem”, cuja primeira 
expressão está já no Gênesis. (TdC 108) 
Que ele me beije com 
os beijos de sua boca! 
São melhores que o 
vinho teus amores... 
Leva-me atrás de ti. 
Corramos! (Cânt 1, 2.4)
• As palavras, movimentos e gestos dos esposos 
correspondem ao movimento interior dos seus 
corações. Somente através do prisma de tal 
movimento é que se pode compreender a 
“linguagem do corpo”. (TdC 108) 
• O amor desencadeia uma particular experiência do 
belo, que se concentra naquilo que é visível, mas 
que, não obstante, 
envolve ao mesmo 
tempo a pessoa 
inteira. A experiência 
do belo faz brotar o 
prazer, que é 
recíproco. (TdC 108)
• “Feriste meu coração, ó minha irmã e esposa” (Cânt 4, 9) 
• Quando o esposo, no Cântico dos Cânticos, se dirige à 
esposa como “irmã”, essa expressão significa também 
uma releitura específica da “linguagem do corpo”. (TdC 
109) 
• Ante Ele [o Criador], na plena verdade de sua 
masculinidade e feminilidade, eles eram acima de tudo 
“irmão” e “irmã” na união 
da mesma humanidade. 
Essa relação recíproca 
de irmão e irmã está 
neles constituída como o 
primeiro fundamento 
da comunhão 
de pessoas. (TdC 110)
Um Jardim Fechado, uma Fonte Selada 
• “És um jardim fechado, minha irmã e esposa, jardim 
fechado e fonte selada” (Cânt 4, 12) 
• A esposa fala ao esposo com aquilo que parece mais 
profundamente escondido em toda a estrutura do seu “eu” 
feminino. A esposa 
se apresenta aos olhos 
do homem como dona de 
seu próprio mistério. 
Ambas as metáforas 
expressam a plena dignidade 
pessoal do sexo. (...) 
“A linguagem do corpo” relida 
na verdade anda de mãos 
dadas com a descoberta da 
inviolabilidade interior da 
pessoa. (TdC 110)
Tobias e Sara 
• “Não é por luxúria que me caso com esta minha 
irmã, mas com reta intenção. Ordena que tenhas 
misericórdia, de mim e dela, e que possamos 
chegar, os dois, a uma ditosa velhice” (Tobias 8, 7) 
• Na história do casamento de Tobias e Sara 
encontramos uma situação que parece confirmar 
enfaticamente a verdade das palavras sobre o amor 
“mais forte do que a morte”. (...) Sara já tinha sido dada 
em casamento a sete homens (Tob 6, 14) Mas cada um 
deles falecia antes de se unir com ela. (...) O jovem 
Tobias tinha razões para temer uma morte similar. (...) 
Portanto, desde o primeiro momento, o amor de Tobias 
teve que enfrentar um teste de vida ou morte. (TdC 114)
Tobias e Sara 
• Rafael dá ao jovem Tobias vários conselhos para 
evitar a ação do mau espírito que causara a morte 
dos sete homens com quem Sara havia se casado 
antes. 
• Recomenda acima de tudo, a oração: “Quando 
estiveres para te unir a ela, antes levantai-vos 
ambos e orai e suplicai ao Senhor do céu, para que 
vos seja concedida misericórdia e saúde. Não 
temas. Ela foi destinada para ti desde sempre e tu a 
salvarás. Ela irá contigo e tenho certeza de que 
terás filhos com ela, os quais serão para ti como 
irmãos. Não fiques preocupado.” (Tob 6, 18) (TdC 114) 
• Os esposos, unidos enquanto marido e mulher, se 
encontram em uma situação na qual os poderes do bem 
e do mal lutam entre si. (TdC 115)
Quando a Linguagem da Liturgia se torna a 
“Linguagem do Corpo” 
• A oração de Tobias e Sara se torna, de certo modo, o 
modelo mais profundo de liturgia. (TdC 115) 
• A “linguagem do corpo” se torna a linguagem da 
liturgia, porque é com base e com fundamento nessa 
linguagem que o sinal sacramental do matrimônio é 
constituído. 
• É através da “linguagem do corpo” relida na verdade – 
na verdade do amor – que o sinal sacramental do 
matrimônio é construído na linguagem da liturgia e no 
ritual litúrgico como um todo. 
• Na ótica do mesmo texto pode-se ver também o modo 
como a linguagem e o ritual da liturgia formam (devem 
formar!) a linguagem do corpo”. (TdC 117)
A linguagem litúrgica, ou 
seja, a linguagem do 
sacramento e do “mistério”, 
se torna na vida dos esposos 
a “linguagem do corpo”, 
com uma profundidade, 
simplicidade e beleza até 
então desconhecidos. 
Esse parece ser o significado 
integral do sinal sacramental 
do matrimônio. 
Nesse sentido, a vida 
conjugal se torna liturgia. 
(TdC 117b)
Santa Gianna, 
rogai por nós! 
“Possa a nossa época descobrir de novo, através do 
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Parte 6 - Matrimônio na dimensão do sinal

  • 1.
  • 2. Eu, ..., te recebo, ...,como minha esposa. Eu, ..., te recebo, ..., como meu esposo. E te prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te por todos os dias de minha vida.
  • 3. A Dimensão do Sinal • As próprias palavras “Eu te recebo como minha esposa – meu esposo” (...) só podem ser cumpridas através da copula conjugale. • Assim, pois, das palavras, com que o homem e a mulher expressam a sua prontidão para se tornarem “uma só carne”, (...) passamos à realidade que corresponde a estas palavras. Ambos os elementos são importantes com relação à estrutura do sinal sacramental. (TdC 103)
  • 4. • As palavras “Eu te recebo como minha esposa – meu esposo” contém em si precisamente aquela perene e sempre única e irrepetível “linguagem do corpo” e, ao mesmo tempo, colocam-na no contexto da comunhão das pessoas. (...) A “linguagem do corpo” é não só o “substrato” mas, em certo sentido, o conteúdo constitutivo da comunhão das pessoas. (TdC 103) • O ser humano foi constituído de tal modo já desde o “princípio”, que as mais profundas palavras do espírito – palavras de amor, de entrega, de fidelidade - exigem uma adequada “linguagem do corpo”. E sem essa linguagem não podem ser plenamente expressas. (TdC 104)
  • 5. • Os ministros do sacramento do matrimônio [marido e mulher] realizam um ato de caráter profético. (TdC 105) • O corpo, de fato, diz a verdade através do amor, da fidelidade, da honestidade conjugais, assim como a não-verdade, ou seja, a falsidade é expressa através de tudo o que é negação do amor, da fidelidade, da honestidade conjugais. (TdC 105) • Através do matrimônio como sacramento da Igreja, o homem e a mulher são de modo explícito chamados a dar – servindo-se corretamente da “linguagem do corpo” – testemunho do amor esponsal e procriativo, um testemunho digno de “verdadeiros profetas”. (TdC 106)
  • 6. • É necessário que a linguagem do corpo seja relida na verdade! (TdC 106) • A tríplice concupiscência (e, em particular, a concupiscência da carne) não destrói a capacidade de reler a “linguagem do corpo” na verdade – e de reler continuamente de modo mais amadurecido e mais total. (TdC 107)
  • 7. • O Cântico dos Cânticos encontra-se, certamente, na esteira daquele sacramento, em que, através da “linguagem do corpo”, é constituído o sinal visível da participação do homem e da mulher na aliança da graça e do amor, oferecida por Deus ao homem. O Cântico dos Cânticos demonstra a riqueza desta “linguagem”, cuja primeira expressão está já no Gênesis. (TdC 108) Que ele me beije com os beijos de sua boca! São melhores que o vinho teus amores... Leva-me atrás de ti. Corramos! (Cânt 1, 2.4)
  • 8. • As palavras, movimentos e gestos dos esposos correspondem ao movimento interior dos seus corações. Somente através do prisma de tal movimento é que se pode compreender a “linguagem do corpo”. (TdC 108) • O amor desencadeia uma particular experiência do belo, que se concentra naquilo que é visível, mas que, não obstante, envolve ao mesmo tempo a pessoa inteira. A experiência do belo faz brotar o prazer, que é recíproco. (TdC 108)
  • 9.
  • 10. • “Feriste meu coração, ó minha irmã e esposa” (Cânt 4, 9) • Quando o esposo, no Cântico dos Cânticos, se dirige à esposa como “irmã”, essa expressão significa também uma releitura específica da “linguagem do corpo”. (TdC 109) • Ante Ele [o Criador], na plena verdade de sua masculinidade e feminilidade, eles eram acima de tudo “irmão” e “irmã” na união da mesma humanidade. Essa relação recíproca de irmão e irmã está neles constituída como o primeiro fundamento da comunhão de pessoas. (TdC 110)
  • 11. Um Jardim Fechado, uma Fonte Selada • “És um jardim fechado, minha irmã e esposa, jardim fechado e fonte selada” (Cânt 4, 12) • A esposa fala ao esposo com aquilo que parece mais profundamente escondido em toda a estrutura do seu “eu” feminino. A esposa se apresenta aos olhos do homem como dona de seu próprio mistério. Ambas as metáforas expressam a plena dignidade pessoal do sexo. (...) “A linguagem do corpo” relida na verdade anda de mãos dadas com a descoberta da inviolabilidade interior da pessoa. (TdC 110)
  • 12. Tobias e Sara • “Não é por luxúria que me caso com esta minha irmã, mas com reta intenção. Ordena que tenhas misericórdia, de mim e dela, e que possamos chegar, os dois, a uma ditosa velhice” (Tobias 8, 7) • Na história do casamento de Tobias e Sara encontramos uma situação que parece confirmar enfaticamente a verdade das palavras sobre o amor “mais forte do que a morte”. (...) Sara já tinha sido dada em casamento a sete homens (Tob 6, 14) Mas cada um deles falecia antes de se unir com ela. (...) O jovem Tobias tinha razões para temer uma morte similar. (...) Portanto, desde o primeiro momento, o amor de Tobias teve que enfrentar um teste de vida ou morte. (TdC 114)
  • 13. Tobias e Sara • Rafael dá ao jovem Tobias vários conselhos para evitar a ação do mau espírito que causara a morte dos sete homens com quem Sara havia se casado antes. • Recomenda acima de tudo, a oração: “Quando estiveres para te unir a ela, antes levantai-vos ambos e orai e suplicai ao Senhor do céu, para que vos seja concedida misericórdia e saúde. Não temas. Ela foi destinada para ti desde sempre e tu a salvarás. Ela irá contigo e tenho certeza de que terás filhos com ela, os quais serão para ti como irmãos. Não fiques preocupado.” (Tob 6, 18) (TdC 114) • Os esposos, unidos enquanto marido e mulher, se encontram em uma situação na qual os poderes do bem e do mal lutam entre si. (TdC 115)
  • 14. Quando a Linguagem da Liturgia se torna a “Linguagem do Corpo” • A oração de Tobias e Sara se torna, de certo modo, o modelo mais profundo de liturgia. (TdC 115) • A “linguagem do corpo” se torna a linguagem da liturgia, porque é com base e com fundamento nessa linguagem que o sinal sacramental do matrimônio é constituído. • É através da “linguagem do corpo” relida na verdade – na verdade do amor – que o sinal sacramental do matrimônio é construído na linguagem da liturgia e no ritual litúrgico como um todo. • Na ótica do mesmo texto pode-se ver também o modo como a linguagem e o ritual da liturgia formam (devem formar!) a linguagem do corpo”. (TdC 117)
  • 15. A linguagem litúrgica, ou seja, a linguagem do sacramento e do “mistério”, se torna na vida dos esposos a “linguagem do corpo”, com uma profundidade, simplicidade e beleza até então desconhecidos. Esse parece ser o significado integral do sinal sacramental do matrimônio. Nesse sentido, a vida conjugal se torna liturgia. (TdC 117b)
  • 16. Santa Gianna, rogai por nós! “Possa a nossa época descobrir de novo, através do exemplo de Gianna Beretta Molla, a beleza pura, casta e fecunda do amor conjugal, vivido como resposta ao chamamento divino!” JPII, homilia da canonização