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O QUE É SER UM CONSULTOR DE ERP
1
Sumário
Introdução:...............................................................................................................................................................................4
Chamo a sua atenção para “ouvir a voz da experiência”.....................................................................................................5
Antes de mais nada, saiba que.............................................................................................................................................6
A introdução ao perfil ideal, na Introdução ........................................................................................................................ 7
E os projetos de implantação?.............................................................................................................................................8
Você sabe o que é um ERP – Enterprise Resource Planning? ...............................................................................................9
Dos conceitos mais importantes: Você sabia que...: ...........................................................................................................9
Integrar departamentos e toda a empresa ....................................................................................................................... 12
Marcas mais conhecidas no mercado:............................................................................................................................... 15
Onde está a Sustentabilidade das implantações dos ERP´s?:.......................................................................................... 17
Tem receita de Sucesso na implantação dos ERP´s? ...........................................................................................................24
As pessoas, os interessados e os envolvidos:.....................................................................................................................24
O mercado de ERPs no Brasil e no Mundo........................................................................................................................... 31
2
No Brasil, a TOTVS domina o mercado: ...........................................................................................................................32
O que é ser um “bom” Consultor de Implantação ERP:.......................................................................................................33
O despertar:........................................................................................................................................................................33
Por essa razão, há que se dizer com propriedade: Quer ser bom ou essencial? ..............................................................34
Roteiro para auto estudo em ERP, CRM e BI ...................................................................................................................37
Para manter-se atualizado:................................................................................................................................................38
A postura correta para atender ao cliente .........................................................................................................................39
07 dicas, para início de conversa! ..................................................................................................................................39
1 - O importante papel do Consultor: ............................................................................................................................ 41
2 – Fazer o uso do conhecimento com a atitude correta: .............................................................................................42
3 – Promover o uso eficiente do software e mapear corretamente os processos.........................................................43
4 – Os deslocamentos, os agendamentos, os desafios ..................................................................................................44
Os pilares que sustentam o perfil da profissão – O que Você deve pôr em Prática logo:................................................45
1 - Compromisso e comprometimento: .........................................................................................................................45
3
2 – Preparação, Disciplina e Pressão: Conhecimento e perfil exigidos:.......................................................................46
03 - Aprender continuamente: ..........................................................................................................................................48
04 - Relacionamentos ........................................................................................................................................................50
05 - Atenção nos projetos de implantação:....................................................................................................................... 51
06 – Apresentação, comunicação e escrita: ......................................................................................................................52
Referências bibliográficas e Fontes de imagens: ..................................................................................................................55
4
Introdução:
O objetivo deste e-book foi o de reunir 19 anos de experiência sobre fatos e histórias das implantações do ERP, questões
que ocorrem no dia a dia dos projetos. Auxiliar pessoas que se utilizam essas ferramentas (os usuários), assim como
pessoas de diversas áreas, que desejem migrar para a carreira de TI, justamente atuando com implantação desses
softwares.
Passamos primeiramente cenários que mencionam características das empresas, das consultorias e das pessoas e
profissionais envolvidos no projeto. E um projeto como esse, é contínuo – as pessoas, cenários: mudam
constantemente!
Aos estudantes, que inexperientes, muitas vezes abraçam carreiras promissoras e ao saírem das cadeiras universitárias,
diante de tantas alternativas na área de Tecnologia da Informação, ficam inseguros quanto à escolha a fazer.
Considere que as consultorias em Sistemas de Gestão Integrados, possuem demandas altíssimas em determinadas
épocas do ano, por conta de informes contábeis, novas regulamentações fiscais ou trabalhistas, como os SPED´S e e-
Social. Após isto, o seu diferencial, capacidade de negociação, seu modelo de negócio (se você formar sua própria
consultoria), determinarão os resultados na alocação da sua agenda (seu faturamento).
5
Chamo a sua atenção para “ouvir a voz da experiência”
Muito cuidado para não se iludir e trocar sua formação em áreas totalmente distintas, para investir muito, mas muito
tempo e muito dinheiro em capacitação e muito muito auto estudo, para lograr algum resultado após somente alguns
anos. Já dei aula para uma fisioterapeuta, que queria mudar de área e abrir uma consultoria com o marido. Foi ótima
aluna.
E não que isto não seja permitido – todos podem mudar de área, tão somente tenha isto em consideração!
Cada vez mais competitivo em todos os níveis, o mercado de consultoria apresenta-se em constante mudanças, se não
por ser de tecnologia, mas por regras fiscais e tantas outras da nossa complexa Legislação.
Apesar de ser uma carreira brilhante, a qual pode iniciar como estagiário e escalar os níveis de habilidades e
competências até a senioridade para tornar-se coordenador de projetos e por fim, até mesmo empreender criando a sua
própria empresa de consultoria, definindo sua metodologia de implantação, ou ser um consultor de implantação de
sistemas somente, atuando para outras consultorias. Seja qual for o “modelo” que você escolher, não é tarefa fácil, como
tentaremos expor aqui.
6
Determinadas operações como Folha e Ponto, Fiscal, Compras, Faturamento, Contábil, Estoque e Financeiro,
programação e desenvolvimento, são as mais requisitadas, mas também as com maiores incidências de oferta de
profissionais, com valores/hora de escalas surpreendentemente diferentes.
Já outros segmentos, como Projetos, Planejamento Orçamentário e Fiscal, quanto maior seu conhecimento nos
módulos padrões e nesses, mais elevada será seu valor/hora.
Para a elaboração deste e-Book, considerei que primeiramente eu precisava mostrar um apanhado de conceitos aos leitores.
Antes de mais nada, saiba que...
Segmentos como Fiscal, Contábil-Financeiro (veja que estão dentre as mais requisitadas), Orçamentário, Projetos,
Agronegócio, Educacional, Qualidade, Logística, Manutenção de Ativos, Produção, Transportes, Pontos de Venda, entre
outros, são carentes até certo ponto de profissionais experientes ou iniciantes, porém a demanda já não é tão grande ou
pelo menos, algumas destas, estão “cobertas” por profissionais atuantes. E, em casos como Gerenciamento de Projetos
ou Planejamento e Controle Orçamentário, requer mais maturidade de empresas no uso do ERP, para implementarem
tais módulos.
7
Algumas áreas são muito específicas e requerem algum conhecimento de Legislação Fiscal e Normas Contábeis,
Normas ISO, Trabalhista, Contábil e conhecimento do setor – como o Agronegócio, bem como operações e processos
peculiares a esses setores, acarretando a necessidade de investimento significativo de tempo e dinheiro para o
desenvolvimento das competências necessárias. Ser autodidata para esses casos, é mérito. Mas veja-se na seguinte
situação – Cadastro de Instrumentos, módulo Metrologia (normas ISO 9000) e o cliente te pergunta – quais os campos
relacionados com o cadastro de um paquímetro digital? Esse cadastro por exemplo, é um dos mais importantes do
módulo – já que é com o instrumento, que se efetuam medições, que influenciarão em processos de Recebimento e
Produção. E aí? É fácil?
Nada é impossível – “O que pode ser Sonhado, pode ser feito”, mas esses módulos citados, nem com muita informação
pela internet e horas diárias de estudo, o levará em pouco tempo a valores/hora que você gostaria.
A introdução ao perfil ideal, na Introdução
Devemo-nos lembrar também de que noções sobre infra, como redes e bancos de dados, é importante, mesmo que o
profissional seja um consultor funcional, é essencial saber como se faz e para que serve um “ping” e uma select simples.
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Mesmo que seja o caso de atuar em dois clientes de mesmo segmento – lojas de joias, por exemplo, existem as
especificidades de cada empresa, que serão exigidas de cada uma, do profissional.
Então, o consultor deve, em linhas gerais conhecer: regra de negócio – operações globais dos departamentos de uma
empresa, contábil, fiscal, noções sobre projetos, muitas vezes exige-se certificações, mapeamento de processos e estudo
contínuo, enquanto atue com um ERP.
E os projetos de implantação?
E o cliente, (a empresa usuária), muitas vezes não tem mapeadas todas as suas operações e é comum, durante as
implantações, etapas com mudanças significativas que customizam o ERP até, grande parte das vezes,
desnecessárias ou questionáveis, por não haver considerado um simples relatório ou procedimentos mais complexos,
ou configurações contábeis, por exemplo, que demonstrariam o mesmo resultado e, mudando o escopo da implantação.
Levantamentos comerciais e técnicos são efetuados para prevenir determinadas falhas na maioria das empresas
desenvolvedoras de software, mas o “backlog” que demonstre acúmulo de trabalho, está sempre em “perseguição” aos
gerentes dos projetos.
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Você sabe o que é um ERP – Enterprise Resource Planning?
Se você está lendo este e-Book, possivelmente sabe o que um ERP é. Em linhas gerais, é o registro de determinadas
informações realizadas no software, que “replicadas” para os outros departamentos de uma empresa – os receptivos, de
qualquer segmento. Por exemplo: a transmissão da NF-e de Faturamento via esse software, as informações são
“levadas” para Contas a Receber, impostos a recolher e todos os setores afetados, são “notificados” e atualizadas
automaticamente, sendo que tais informações são enviadas e tratadas em cada departamento relacionado ou “receptor”
ou “destino”, como já disse. O Contas a Receber, precisa saber para cada NF-e, os dados do cliente, quantidade de
parcelas, vencimentos, etc.
Dos conceitos mais importantes: Você sabia que...:
Um ERP existe para automatizar e melhor controlar os processos internos das empresas.
É bastante usual, em épocas de crise, as empresas buscarem nos ERP´s, redução de custos, com a automatização de
seus processos. Porém, tal conceito veio se aperfeiçoando ao longo dos anos com a evolução deste software – menos
digitação, mais informação e auto alimentação.
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Hoje os ERP´s já podem ser executados através de plataformas, que mapeiam processos, por meio do BPM. Há casos
em que pode até se aplicar mais eficazmente o BPMN do que um ERP.
Deste modo, cada ERP possibilita inclusive a troca de informações entre empresas.
O ERP - Sistema Integrado de Gestão Empresarial, facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa
e há diferentes módulos para cada segmento, como por exemplo: indústria e comércio, serviços, logística, finanças,
recursos humanos, educacional, etc.
Dificilmente vamos encontrar uma área ou semento de mercado onde não se possa implementar esse software e
otimizar os tempos e recursos das operações e atividades realizadas no dia a dia das empresas. Já pensou um Cartório
de Notas? Uma banca de jornal? Até para plantio e cultivo de grãos, ou criação de gado, há sistemas de ERP.
O ERP é um sistema amplo de soluções e informações: cada qual possui seu conceito e forma de solucionar ou atender
determinada regra fiscal ou a um segmento. Onde num ERP deve-se habilitar/desabilitar parâmetros (chave
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liga/desliga), em outros são cadastros ou outros dependem de linha de código. É um banco de dados único, operando
em uma plataforma comum, rede local, remota, via browser, cloud, Saas (software as a Service), que interage em um
conjunto de ambientes ou módulos usualmente separados por departamentos ou operações: Compras, Estoques,
Faturamento, Financeiro – Contas a Pagar, Receber, Tesouraria, Contábil,etc.). Veja a definição num dos episódios do
Programa Olhar Digital, onde Gilsinei Hansen, gestor da TOTVS, define brilhantemente o conceito- Imagem 01.
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Consolida todas as operações do negócio (da empresa) em um ambiente computacional (cliente/servidor), e tudo se
concentra num banco de dados único, conforme já mencionado.
Integrar departamentos e toda a empresa
Imagem 02 - Cada sistema de ERP oferece um conjunto de módulos
(ambientes), em vários segmentos. Estes são formados pelos pacotes
funcionais, para cada unidade de negócio dentro da organização (financeiro,
engenharia, PCP, administração de materiais, contabilidade, etc.), mas que
operam integrados entre si. Há também ERP´s mais específicos, como
Educacional – ainda pode haver um para Cursos Livres, Universidades,
Colégios, etc, Agronegócio, Imobiliário, Pontos de Venda, Call Center,
jurídico, etc.
Ao lado, fluxos dos processos. Importante ressaltar que nada mais são a
sequência de atividades de cada operação, atividades e procedimentos,
dentro de cada departamento.
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Vide o fluxo de uma operação de compras: registra-se manual ou automaticamente uma Requisição de Compra ou
Solicitação de Compras e isto pode iniciar o processo de cotação (tomada de preços com os fornecedores), esta é
liberada até gerar a Ordem de Compra ou Pedido de Compras, que num dado momento, com o recebimento da
mercadoria, terá a NF registrada no ERP e esta “disparará” uma série de informações a outros departamentos:
Imagem 03:
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 Para o setor de estoques – Confere os dados do produto, data da compra/entrega, quantidades, custo de
compra, custo médio, etc
 Contas a pagar: parcelas, vencimentos (datas), valores, etc.
 Esses “pacotes” que integram os departamentos das empresas e as organizações, como um todo.
 Uma única instalação
 Possibilita o controle pelo ERP de todas as filiais e unidades de negócio, de um ou vários grupos de
empresas
 É verificado junto aos fornecedores disponíveis, quais as condições para a compra do produto: data de
entrega, preço, custo do frete, embalagem, etc.
 Após a liberação da Compra, isto é, verificado qual o fornecedor escolhido, oficializa-se com este a compra,
que por sua vez, Entrega a mercadoria mediante DANFE (NF-e – Nota Fiscal eletrônica)
 Informações a outras áreas são “disparadas” automaticamente, tais como: Contas a Pagar, Impostos a
Recolher, quantidade a armazenar, etc.
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Marcas mais conhecidas no mercado:
Há diversas marcas de ERP: SAP, Oracle, TOTVS, CIGAM, ERPFlex, ERPPronto, CONTAAZUL, Senior Sistemas, etc. e
cada um possui seus termos e expressões, porém todos com único objetivo: integrar os diversos setores das empresas.
Para saber mais, consulte o site: http://sistemaerp.org/
Em termos práticos, cadastra-se o cliente somente uma vez e, todos os departamentos, através dos usuários que em seu
perfil tiverem acesso a esse cadastro e for um departamento que possua um módulo implantado e que necessite das
informações de tal cadastro, terá acesso.
Exemplo: Contas a Pagar, recebe informações de Compras, com o recebimento das mercadorias. Outro exemplo: o setor
Comercial cadastra os dados do cliente e o setor Financeiro, no caso o Contas a Receber, poderá acessá-lo e até mesmo
complementar o cadastramento com outras informações, no caso, as financeiras, tais como limite de crédito, grau de
risco de crédito, etc. Essas mesmas informações, serão compartilhadas ao setor de Vendas, para fornecer parâmetros na
aprovação ou rejeição de pedidos desse cliente.
16
Além disso, diversos setores ou departamentos, darão manutenção aos cadastros. Cada qual preenchendo os
formulários, conforme as suas necessidades e especificidades. Ex.: No cadastro de Clientes, a Classificação e análise de
crédito, ficam a cargo do Departamento de Crédito/Cobrança; já as políticas de preços e descontos, cabem ao setor
Comercial; o regime fiscal na saída: Faturamento ou especialista fiscal, e assim por diante.
Em resumo:
O ERP “É um conjunto de “rotas” por onde trafega a informação. É onde se encontra o “coração” das empresas, no que
se refere às suas operações: comercial, produção, armazenamento, contabilidade, etc. Lá estão: os dados do cliente, do
fornecedor, do produto que vende ou do serviço que presta, da contabilidade, dos salários dos seus funcionários, etc....”
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Onde está a Sustentabilidade das implantações dos ERP´s?:
1 – Avalie e dimensione a Infraestrutura de hardware, rede, servidores e softwares:
O ERP emprega a tecnologia cliente/servidor e a estação (computador
conectado à rede) com o software instalado, faz a “demanda” ou
requisição. Veja ao lado, imagem que revela o “caminho” de requisições
(processamentos) demandados pelas estações e que são levadas aos
servidores;
A estação (representadas por dispositivos mobile ou computadores),
onde 1 - o usuário do sistema realiza uma operação: seja de folha de
pagamento, compras, vendas, etc., 2 - a aplicação (o software)
processa a solicitação no servidor, transacionando com outros
servidores, as requisições aos bancos de dados, acessando as
informações numa base de dados única, espelhadas ou não em outros
servidores (o banco de dados usualmente está em outros servidores, tudo sendo
apontado por TCP/IP, nome de máquina/portas).
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O ERP está presente em todas as áreas: e, na Contabilidade, ele concentra as informações acerca do patrimônio das
empresas e dos resultados dos exercícios, ano a ano; no departamento pessoal, etc., independentemente da instalação
ser física (na rede da empresa) ou em modalidades que derivam o cloud, acessados por qualquer estrutura de redes que
se utilize de protocolo TCP/IP. Por isso, dimensionamento da arquitetura organizacional de rede, internet e hardware é
fundamental, porque influenciará no desempenho do ERP.
O banco de dados interage com todos os módulos ou ambientes do sistema e objetiva eliminar/reduzir a redundância e
reentrada de dados, o que assegura a integridade das informações obtidas e maior produtividade. Desnecessário
cadastrar manualmente um boleto, pois ao efetivar uma venda, isto ocorre automaticamente e se concentrará em
tabelas distintas, porém no mesmo Banco de Dados.
Antes de uma empresa adquirir um software ERP, é necessário efetuar um levantamento detalhado
sobre o seu ambiente de infra: parque de máquinas, servidores, rede, bancos de dados, softwares de
segurança, etc. Do contrário, os requisitos do software não atendidos pela arquitetura de hardware e
rede, frustrarão os usuários e a performance do sistema.
Verifique a modalidade da aquisição das licenças – Cloud, SAAS.
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2 – Entenda como eles “executam” as operações ou como os dados são processados pelos ERP´s
O ERP Protheus por exemplo, possui critérios de validações e tratamento dessas informações, mediante sua
configuração e parametrização; ainda cabem os “pontos de entrada”, que propiciam tratamentos diversificados ao
padrão (customizações), que atendem às regras de mercado e à Legislação do país em que estiver sendo implementado,
desde a moeda utilizada e impostos a calcular, se estiver “localizado”.
Mediante tal parametrização, ele decide a “rota a tomar” na via do processamento dos dados, para corretamente gerar
as informações para toda a empresa, de acordo com as regras de negócio e segmento de mercado em que esteja
inserida.
Exemplo: o ERP aplica corretamente a alíquota de determinado imposto, como o ICMS-SP, considerando:
O Estado da Federação, neste caso: SP, ou
Classificação Fiscal do Produto
Cliente/Fornecedor (regime fiscal, localidade, etc.)
Regime Fiscal do Emitente da Nota (empresa usuária do ERP)
 todas estas combinações, simultaneamente
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Outro exemplo: O que ocorre se, via ERP, eu tento fazer uma venda de um produto que não tem armazenada
quantidade suficiente? Via parametrização e atendendo a algumas regras derivadas das implantações de outros
módulos, o ERP pode “permitir” que o estoque fique negativo com a venda; outro software pode não permitir de jeito
algum, ou o Protheus ser parametrizado em outra empresa, que não aceite estoque negativo.
No caso do Protheus, o mesmo ERP, é capaz de atender a situações distintas, para empresas diferentes e instalações
diferentes, ou até mesmo numa única instalação, porém contemplando regras diferentes em filiais.
Cada fabricante de ERP interpreta em seu software as normas e a Legislação, por meio de parâmetros, em seu código,
cadastros, etc., dando mais ou menos flexibilidade ao sistema.
E qual o motivo de compreender os conceitos ou a operacionalização de cada ERP? Mais adiante falaremos sobre
treinamentos, mas quem não quer operar um equipamento com mais facilidade, independência e confiança,
conhecendo suas peculiaridades? O mesmo deve (ou deveria) ocorrer com um ERP.
21
3 – Gerenciamento de Serviços - ITIL, o ERP é um serviço
Por que consideramos isso nos pilares de implantação ou de sustentabilidade?
O gerenciamento de disponibilidade, testes, transição, melhoria
contínua e tantos outros processos do ITIL se aplicam
perfeitamente no uso e operação do software.
Então, deve haver processos para garantir principalmente, a
disponibilidade, conforme SLA e outros requisitos definidos e
difundidos entre os envolvidos com o projeto. Imagine por
falha da internet, não conseguir obter a autorização para
emitir o DANFE? Ou gerar alguma não-conformidade ao
processar um pagamento no software (quais as dimensões
nas duas situações e ações de contingência? Estão no
software? São realizadas manualmente para lançamento
posterior?
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Concluímos ainda que diversos serviços são necessários para a disponibilidade e operacionalidade dos ERP´s, os quais
devem estar em operação:
 Estrutura de Rede (cabeamento, etc.);
 Internet/intranet (e-mails, B2B, B2C, impressão de documentos, etc.);
 Bancos de Dados (só os compatíveis com o software) – O Protheus por exemplo, não opera com o Access;
 Hardware (servidores, impressoras, racks, estações) Aplicações de apoio: firewall, etc.
Determinados processos para serem implementados eficientemente, requerem o apoio de vários outros serviços: Ex.:
envio de relatórios por e-mail, importação de arquivos (xml da Nota Fiscal – NF-e).
O ERP não funciona sem uma infra para os seus bancos de dados, não efetua transações em rede se houver falhas de
cabeamento, de internet, etc.
Segundo o ITIL Foundation V3 – que é um modelo de melhores práticas para Gerenciamento da Infraestrutura de TI, o
ERP é um serviço que necessita dos mesmos critérios de gerenciamento de um serviço como outro qualquer:
Disponibilidade, Contingenciamento, etc. Na realidade, é mais porque para o ERP “entrar no ar”, ele depende de outros
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serviços estarem “funcionando” – imagine baixar uma atualização de Banco de Dados e haja falha neste e que pare o
serviço do Banco...
O ERP não funcionará!!
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Tem receita de Sucesso na implantação dos ERP´s?
As pessoas, os interessados e os envolvidos:
1 – PJ: A Empresa que adquire o sistema:
 Total comprometimento da alta direção e de todos os envolvidos (analistas de TI, usuários e gestores) no projeto:
o Sem comprometimento de recursos (humanos, dinheiro, tempo e estratégias), e principalmente da alta
gestão, destinando tais recursos para o projeto, este se estenderá por um grande tempo, ou mesmo será
interrompido, causando frustrações e perdas irreparáveis.
 Processos devidamente mapeados: como são realizadas as operações, quem entrega para quem e em que momento?
É desejado pontos de melhoria? Tem requisitos?
 Análise de aderência: o ERP escolhido deve ser o mais aderente às suas operações, segmento, etc.: “Usa, Não usa,
Vai usar?” x Recomendado, Obrigatório, Opcional
 Também é recomendado fortemente que a empresa use o padrão do sistema: Evite adaptá-lo (personalizá-lo,
customizá-lo): os softwares já se sustentam por atenderem à Legislação e as práticas mais comuns de mercado. Para
quê reinventar e ficar “dependente”? Isto demanda muito mais horas de consultoria, desenvolvimento e de
levantamentos
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Um gerenciamento do projeto de implantação em conformidade com a realidade da empresa e ser do conhecimento de
todos: O projeto de implantação e o cronograma, devem ser visíveis a todos os envolvidos, para despertar inclusive mais
comprometimento
 Você vai trocar a metodologia de implantação por uma alternativa mais barata? Busque por profissionais bem
indicados e comprometidos
 Escolha o ERP adequado com as necessidades do negócio e cheque a credibilidade do fornecedor
(softwarehouse, a “fabricante”) e do próprio software; as mídias sociais e outros sites de reclamações são poderosas
fontes dessas consultas
 Desenvolva mais proximidade com seu suporte
o Aprenda operar o sistema corretamente, e, primeiro, no formato padrão.
o Sem treinamentos, você não saberá o que o sistema oferece e muito menos o que foi personalização e o que o
sistema atende
 Explore ao máximo da licença que está adquirindo: Você opera por contratos e implantará somente o Faturamento?
Controle de vencimentos, reajustes e o próprio atendimento ao contrato (vigência) será em controles paralelos? Por
que?
 Se o discurso for: personalizar ou customizar, questione!
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2 – PJ: A consultoria que implanta o software:
 Muito cuidado como remunera seu colaborador - Você quer pagar um consultor a R$ 20,00/hora e pagá-lo umas 05
vezes por uma implantação e levantamento de baixa qualidade ou buscar profissionais mais qualificados e
competentes? “O barato sai caro”, lembra?
 Gere desafios a ele, verdadeira e deliberadamente: planeje um job rotation, para que ele aprenda módulos novos.
 Defina políticas de reconhecimento e promoção
 Se sugerir o ajuste dos seus processos  o que não agrega valor, elimina-se ou melhoram-se. Exemplo: e-commerce
ao invés de input de pedidos de vendas ou atendimento 24h?
 Se você possui funcionários descontentes ou mal remunerados, arcará com sérias consequências
o Pague-os em dia!
o Se o cliente não paga, ele não recebe?
 Estabeleça uma política clara para negociar com o cliente, corrigindo o problema e
 E com o analista, caso este tenha causado algum dano – fora isto, cumpra a sua parte.
 Estagiário atuando no cliente como analista pleno e sem acompanhamento?
o Seu colaborador se sentirá bem constrangido e receoso com isto!
o Ele buscará por outra oportunidade na velocidade da luz!
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 Assessore o cliente para dimensionar a infraestrutura junto à sua equipe de infra, apoiando no estudo do hardware e
software compatíveis com o ERP e com a quantidade de informações a serem processadas e quantos usuários
operarão concomitantemente: Rede ou nuvem? Qual a capacidade dos servidores que a empresa possui? Que tipo de
contrato a empresa terá com a softwarehouse? Qual o volume de dados: qual o número de usuários, quantas notas
fiscais ao dia, etc.?
 A metodologia de implantação deve ter sido testada e validada por outros projetos e obedecer melhores práticas do
Gerenciamento de Projetos, segundo o modelo que a softwarehouse adotar (Scrum, Prince2, PMBok);
3 – Colaboradores: São os principais envolvidos no Projeto, com diferentes funções:
Usuários: operam o sistema
 É um indivíduo e tem que atender às demandas das suas atividades
 Alimentam o sistema com informações do seu departamento
 Também atualizam o sistema já existente, ao mesmo tempo (implantações em paralelo)
 É a peça chave nas implantações: o consultor de implantação não conhece as operações integralmente
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 Tem conhecimento das implicações legais e contábeis, assim como todas as peculiaridades da empresa
(desmontagem de um produto que estava em contrato de locação retornando para a empresa – as partes
necessitam novamente integrarem o estoque para novos projetos e novas montagens: como isto deve ser
contabilizado no custo da mão de obra de desmontagem, lavagem e armazenamento?). Ao efetuar a montagem
com as mesmas peças, é produção? É serviço?
Consultor de negócio:
 São várias denominações, mas remetem ao mesmo perfil, que detalharemos mais adiante
 Proverão todo o suporte e durante as implantações, estarão em visitas constantes, para parametrizarem o ERP,
acompanharem os usuários, realizarem as validações dos protótipos, treinamento, etc.
 Devem apresentar diariamente um resumo do trabalho realizado, o mais detalhado possível, para
acompanhamento da empresa – usualmente utilizam-se de documentos denominados Ordens de Serviço.
Usuários – chave:
 É imprescindível esse profissional tanto nas implantações do sistema, como na continuidade do ERP
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 Possuem competências que os demais usuários ainda não:
o Relacionamento na equipe, até um grau de liderança
o Conhecimento de regras fiscais, contábeis e outras que seu departamento e empresas estão inseridos,
o Conhecimento nos processos do seu departamento, da empresa como um todo, etc.
o É o agente multiplicador e incentivador de uso do software
o É ideal que possua certa autonomia nas configurações do sistema:
 Um perfil que possibilite parametrizações pertinentes às implicações fiscais na baixa de um título a
pagar, por exemplo, se esse for o seu departamento. Cabe a este e ao contador, saberem se
determinado recolhimento de contribuições ou taxas, se darão na baixa ou na inclusão do título
 Acesso a todos os boletins de atualização do software, que influenciem no seu departamento e nos
processos e ao help do sistema
 Treinar continuamente os demais usuários, inclusive os recém contratados e deve ser treinado
periodicamente, em especial no lançamento das novas versões e releases
A existência de usuários-chave desde o início é fundamental, eles contribuem com o “direcionamento” no uso do
sistema em diversos aspectos, esclarecem dúvidas, participam de reuniões em que os demais usuários não e são os
30
responsáveis por validarem a implantação do ERP, na verificação das informações por este geradas, nos primeiros
testes e fechamentos.
Analista de Sistema, Gerente de TI, Diretor Financeiro da empresa usuária (cliente):
 É o principal responsável pela implantação do software na empresa
 É altamente cobrado pelo sucesso da implantação por todos os usuários e gestores destes
 Às vezes, o Contador ou o Controller podem acumular a função de sponsors do projeto, em concomitância com o
gerente de TI da empresa
 São os responsáveis por motivarem os demais stakeholders, aprovam as horas de consultorias, contratam e têm
autonomia para interromper o processo de implantação
 Por serem stakholders e sponsors, devem ter acesso às informações pertinentes ao cumprimento das atividades
dos demais envolvidos no projeto, andamento e prazos e serem notificados, conforme o mapa de comunicações,
periodicamente
31
O mercado de ERPs no Brasil e no Mundo
O mercado brasileiro é um dos maiores mercados mundiais para os ERPs, representando hoje uma cifra aproximada de
bilhões de dólares anuais, publicado em 29 de dezembro de 2013 pelo site: www.portaldoerp.com, o gráfico abaixo
apresenta o Market Share mundial de ERP.
Mesmo com crises, a expectativa é otimista, pois esses softwares, por
atenderem a exigências fiscais, trabalhistas e contábeis, como os
SPED´s, por exemplo, estão fazendo com que mais e mais empresas
adquiram o software.
No mercado mundial, conforme esse estudo, a TOTVS aparece com
2%.
A SAP é ainda a grande “dominadora” do mercado mundial, e detém,
segundo esse estudo, ¼ da fatia de mercado desse software, seguida
pela Oracle e Sage.
32
No Brasil, a TOTVS domina o mercado:
Empresa nacional detém 37% da base dos sistemas de gestão empresarial instalados no País, segundo estudo da FGV. A
SAP é a segunda colocada e Oracle a terceira do ranking, segundo fonte em:
http://computerworld.com.br/tecnologia/2014/04/24/totvs-mantem-se-na-lideranca-do-mercado-brasileiro-de-erp-diz-fgv
O gráfico que temos abaixo é o ranking dos ERP´s, CRM e
BI e as marcas das softwarehouses de ERP mais utilizadas:
Fonte: http://www.mbi.com.br/mbi/biblioteca/relatorios/
1ª linha: empresas que faturem mais de 1 B de reais: SAP é
predominante, seguida pela TOTVS.
Veja que em todos os níveis, temos a SAP e a TOTVS e em
quase todos os níveis, a Oracle.
33
O que é ser um “bom” Consultor de Implantação ERP:
O despertar:
Embora não tenha participado de muitas implantações de ERP e focado somente em treinamentos a partir de 1998,
efetuei algumas visitas de acompanhamento, o suficiente para me ensinarem algo fundamental: auto estudo
programado e investir em muita capacitação.
34
Nos dias atuais, pela minha relação com alguns ex-alunos que treinei, ouço relatos impressionantes sobre como há bons
e maus profissionais na linha de consultorias, assim como há péssimas consultorias em atendimento e em respeito aos
seus colaboradores. Essa questão de não pagar o consultor se o cliente não paga é e muito discutível! Mas não é nossa
pauta.
Tive a oportunidade de atuar em vários projetos de treinamento desde 1998 no Brasil e como no exterior, a serviço da
Microsiga e da TOTVS e ainda minha carreira no ERP foi bastante equilibrada, entre capacitar analistas e usuários no
Brasil e em vários países onde a TOTVS atua. Com isto, aprendi muito e fui muito questionada, o que me levou a
aprender ainda mais.
Por essa razão, há que se dizer com propriedade: Quer ser bom ou essencial?
 ANTES de mergulhar o sistema, ler os manuais, deve-se aprender o possível sobre a regra de negócio:
35
o Conceitos, expressões, processos, segmentos e deve-se praticar e muito ao mesmo tempo
o Destinar tempo e recurso financeiros, para treinamentos para conceitos básicos, como: Logística, Fiscal e
Contabilidade; depois especializações: Qualidade, Comércio Exterior e Business Intelligence
o Leitura relacionada, muita leitura: livros
o Estabeleça sua rotina de consultas e estudos, para os resultados emergirem
satisfatoriamente: fóruns, sites, help do sistema, portais, etc.
Sem isso, não se pratica no sistema, pois que cursos de graduação não preparam para
regras práticas e operacionais, ou seja, nada de fluxo de processos.
A compreensão de determinadas regras e navegar diretamente no sistema, levará ao
naufrágio: “Onde estou, para onde vou”. Para toda a operação, em um
ambiente (módulo de ERP, CRM ou Logística, ou...).
Lembro-me que num curso de Estoques, alguns usuários (eram colaboradores de uma empresa que contratou o curso)
não compreendiam conceitualmente a Classificação ABC. Não tive dúvidas – apresentei a eles o Blog: O Gerente.com e
dali, ministrei a aula, apresentando o artigo sobre Classificação ABC – muito completo, diga-se de passagem,
36
mencionava clara e corretamente os “pontos de corte” para a classificação. A partir daí, sempre utilizava sites para
ilustrar minhas aulas. E brincava muito com os clientes, quando eu os observava anotando.
Na tabela abaixo, estabelecemos um roteiro que me ajudou a construir o conhecimento nessas fantásticas ferramentas
de software, os sistemas ERP - São apenas sugestões e dicas de cursos e leituras, como um roteiro para quem está
iniciando e tem alguma dificuldade, reforçando o que digo para quem deseja ser consultor: capacite-se, mas construa
sua rotina de estudos!
37
Roteiro para auto estudo em ERP, CRM e BI
ERP-Materiais:
Compras,Vendas,EstoqueseProduçãoeArmazenagem(WMS–
WarehouseManagementSystem)eRoteirização(OMS–Order
ManagementSystem)
•Capacitação: Logística
Integrada na KMCA –
Consultores Associados e
Treinamentos (antes em
SBC) e Duração: 6 meses
– semanal
•IMAM – Logística
Empresarial (Loefgreen -
Vl. Mariana), duração
(dias)
•Leitura: Contabilidade de
Custos – Eliseu Martins (
Atlas)
•Logística Empresarial –
Ronald H. Ballou (Atlas)
•Administração de
Materiais, Marco Aurélio
P. Dias
•Sites: OGerente.com
(blog)
•Comunidade Virtual de
Logística – CVLog)
•ILOS
ERP-Financeiro,ContabilidadeeFiscal
•Capacitação: SENAC
(Fiscal - não
recomendo);
PRODEP (Fiscal);
Colégio Técnico -
ENIAC
•Apoio em ambientes
de conhecimento da
Microsiga – antigo
Quark (hoje atual
TOTVS TDN), com
programação para
consultas diárias,
sites relacionados,
etc.
CRM–CustomerRelationshipManagement
•Sites especializados:
Peppers & Rodgers,
Comunidade Virtual
do Marketing
ERP-Qualidade(NormasISO9000,14.000,QS,PPAPeFEMEA)
•KMCA – Consultores
Associados e
Treinamentos (antes
em SBC); Duração:
(6 meses - semanal)
•Fórum
especializado:Qualit
y Point
BusinessIntelligence:DW,SGIeBalancedScorecard
•Capacitação:
Formação de
Analista de BI, local -
Recriando Educação
& Estratégia,
Duração 01 semana
(ótimo, super
recomendado)
•Leituras:La
Elaboración del Plan
Estratégico y Su
Implementación a
través del Cuadro de
Mando Integral –
Daniel Martínez
Pedrós, Artemio
Milla Gutiérrez
38
Para manter-se atualizado:
Passei a participar também de fóruns especializados nas áreas que mais
me interessavam, ou que tinha mais dificuldade – logo fiz parte do
Qualitypoint, do CVLog – Comunidade Virtual de Logística, blog “O
gerente.com”, ILOS, dentre muitos outros. Na verdade, até hoje eu dou
aula com alguns sites, em especial O Gerente. Lembro-me que eu
precisava explicar Classificação ABC – não tive dúvida: procurei e
encontrei uma excelente explicação, num artigo por lá.
Fantástico!
Sempre me recordo dos clientes anotando e eu brincando com eles:
“vocês não acessam???” Mas foram muitas horas de dedicação para
alcançar um ponto onde não houvesse capacitação no Protheus que eu
não conseguisse ministrar alinhando o conceito técnico e as atualizações que esses fóruns possibilitavam!!
39
Boletins e atualizações do release e notas de versão: sempre consultando, estabelecendo periodicidade, conforme a
segmentação do ERP escolhida.
A postura correta para atender ao cliente
07 dicas, para início de conversa!
 Você deve aprender sobre os seus clientes antes da primeira visita (acesse o site, saiba sobre o segmento da
empresa, ramo de atividade, processos principais) e ter bases sólidas sobre contabilização.
 O cliente (gerente do projeto), questionará tudo
 “Fale o idioma do usuário”.
o Nenhum usuário se sentirá à vontade e sua credibilidade será abalada, se tiver que explicar o que é uma
conta analítica ou sintética e conceitos simples de débito/crédito, ou explicar repetidamente determinadas
situações, que já havia explicado anteriormente
40
 Obtenha o máximo de informações, preparando-se antecipadamente:
o Sem credibilidade, o consultor se verá verdadeiramente perdido na implantação e o usuário, claro, poderá
até eliminá-lo do projeto, comunicando insatisfação ao gerente de TI ou do Projeto
 Visite a empresa do cliente um dia antes de iniciar, ao final do expediente da empresa (aprenderá o caminho mais
facilmente – evitando atrasos, vai verificar o tipo de roupa dos colaboradores)
o É, vestir-se apropriadamente, faz toda a diferença – de nada adiantará ir de terno e gravata, se o cliente usa
bermuda (soube de casos que houve muita reclamação dos usuários)
o Não vá de calça rasgada, decotes e saias extremamente curtas e muito menos com excesso de maquiagem
 Soube de um caso em que o cliente queixou-se com a analista e ela respondeu que o cliente nada
entendia de moda – será que ela continuou no projeto?
o Também não vá de “cara lavada” e com barba por fazer; ouvi casos em que o analista tinha problemas com
halitose e a cliente solicitou substituição
 Muita atenção com o uso de internet, celulares, chats e mídias sociais
o Tem gente que é cortada dos projetos e até demitida por conta disso e muitos clientes proíbem até mesmo o
uso do celular (mesmo porque, dependendo de onde esteja – na fábrica principalmente, é por questão de
segurança)
 Olhe o que fala e para quem:
41
o Sempre falo aos meus alunos: quando estiver num cliente através de uma consultoria, você a representa –
jamais mencione qualquer coisa ao cliente, que possa causar descrédito, constrangimentos, por mais que
você esteja certo e a consultoria errada. Se conheceu o cliente, foi através dela e até o término do seu
contrato, você a representa.
o O software dá muito problema? E falar mal do sistema ao cliente, por mais amigo que ele seja de você, o faz
se sentir melhor? Como ousamos falar mal de quem nos dá o sustento?
1 - O importante papel do Consultor:
Um Consultor de ERP, de Negócio ou simplesmente “analista”, como alguns coordenadores falavam, é o responsável
pela Implantação do Sistema: é ele o que terá acesso completo ao banco de dados, às configurações dos servidores, aos
ambientes de desenvolvimento, testes e produção, do ERP.
42
Não se contamine com: ”Nada que um baca ou uma Msgambs não resolvam”, ou ainda “Nada
que uma query não faça funcionar”. Isto, sob o ponto de vista de customizações desnecessárias é no mínimo, antiético.
Uma query gerar informes, dentro de um código é uma coisa... A outra é modificar o padrão do funcionamento do ERP,
para personalizar o que já existe, sem informar ao cliente alternativas no padrão.... Corrigir falhas realizadas pelos
usuários nos estoques, etc. e tal, utilizando alguns comandos de query, nesses casos, é ato heroico. Se, e somente se,
acompanhado de uma capacitação que demonstre verdadeiramente os procedimentos corretos para
que não mais se repitam...
2 – Fazer o uso do conhecimento com a atitude correta:
Dar ao cliente o que ele quiser não é o ideal. Se, você demonstrou que é possível realizar uma operação sem customizar
e ainda assim o cliente quis do jeito dele, então o cliente está assumindo as implicações.
43
Vamos a um exemplo: Para um ambiente de Call Center, se, no sistema, não houver escolha, a não ser selecionar um
nome de pessoa física para depois localizar a partir deste, a pessoa jurídica (isso é o padrão do software). Você
obviamente checará o levantamento dos processos do cliente – diz que seleciona a pessoa jurídica (“nem está aí” para o
contato), pode solicitar para observar os atendimentos por umas horas e por fim, entrevistar alguns agentes e o
supervisor. Se constatar que há sim variação nos atendimentos e que o cliente está equivocado, demonstrará quantos
atendimentos observou que são a partir de pessoa física para localizar a jurídica e quantos ocorrem ao contrário. Caso
seja correto o que o cliente esteja solicitando, o próximo passo é identificar se há parametrização ou pontos de entrada
para ajustar isso e customizar. E se não houver, algum tipo de providência deverá ser tomada, o que não cabe aqui.
3 – Promover o uso eficiente do software e mapear corretamente os processos
Porque ter alocação contínua para fazer a mesma tarefa, “dando um jeito na base do cliente com “queries” ou
“Msgambs”, ou ficar com o cliente ao telefone em chamadas intermináveis, achando que o está ajudando e sentindo-se o
máximo, quando na verdade, só está alimentando o mau uso do sistema e horas inválidas. “Fazendo certo, não há
como dar errado”.
Então, ser um verdadeiro profissional de consultoria de ERP é ser transparente e se posiciona com o cliente.
44
Um cirurgião plástico que dê a uma cliente um nariz incoerente com o rosto dela ou próteses de silicone de 5L apenas
para satisfação dela, é um médico que deveria ter sua licença caçada! No caso de consultores que agem assim, em alguns
casos, o mercado vai “congelando”; outros, o cliente fica dependente e nem sabe disso!
Felizmente, as empresas que implantam esses sistemas (usuária), estão com profissionais muito mais qualificado do
que há alguns anos, onde se podia prometer tudo e depois, no decorrer do projeto, ir “tocando”.
Tem controles paralelos? Excel? “A culpa é do analista”... Aí sim, estarás perdendo
oportunidades de negócio.
4 – Os deslocamentos, os agendamentos, os desafios
É uma profissão que exigirá muito como pessoa e profissional
 Muitas horas a mais de trabalho
 Deslocamentos nos mais variados pontos da cidade, numa mesma semana
 Falhas do software, de performance
 Cliente que quer, implantar “errado”, mesmo demonstrando a ele a forma correta
45
 Usuários que não executam as tarefas a eles atribuídas ou
 Falhas de procedimentos por falta de capacitação adequada
 Supervisores que não encaminham o usuário chave para as validações porque estão em fechamento
 Coordenador que não tem capacitação técnica, mas é o gestor do projeto e por aí vai.
Os pilares que sustentam o perfil da profissão – O que Você deve pôr em Prática logo:
1 - Compromisso e comprometimento:
 Cumpra os horários e as entregas:
o Tem horário para chegar, mas às vezes, você não tem horário para sair:
 Entrega de ciclos de implantação,
 Em fechamentos, o consultor deverá acompanhar determinados processos: a 1ª geração da Folha, o
Fechamento do Estoque, a transmissão dos SPED´s fiscais e contábeis, o próprio fechamento
contábil, ainda que executados nas bases de testes. Especialmente, em casos de novos recursos no
sistema, exigidos pela Legislação – e-Social, por exemplo.
 Você é como um médico: trabalha aos finais de semana e feriados (sempre que necessário).
46
 Pontualidade: se o cliente o aguarda às 07:00h da manhã, não apareça todos os dias às 07:15h, caso
haja motivos por conta de backups, etc.
 Compromisso com prazos: todos o monitorarão.
 Agilidade, produtividade, pró atividade e iniciativa.
2 – Preparação, Disciplina e Pressão: Conhecimento e perfil exigidos:
 Estudo diário de no mínimo duas horas ou nos finais de semana, de no mínimo 03 horas.
o Aprenda o Fluxo Operacional do Sistema
 Operacionalizar - “Onde estou, para onde vou”: entradas, processamentos e saídas
o Integrações: Esse módulo tem integração com quais outros?
o Saiba como configurar o Sistema: é parâmetro? É patch? É algum cadastro incorreto? É algum ini?
47
o Se já falei, falo de novo: Consultar notas de release e
 Boletins e
 Atualizações pertinentes ao seu cliente e aos ambientes que estiver implantando
 Portais onde ficam as notas dos releases, documentação da versão, grupos de discussões, etc.
 Faça o seu roteiro de estudos
 Trabalho sob pressão:
48
o Motivos que atrapalham o andamento do projeto existem de sobra e estar preparado, relacionar-se bem
com todos, o salvará em muitas ocasiões, além de permitir mais acessibilidade aos usuários, porque terá
conquistado a credibilidade deles.
03 - Aprender continuamente:
 Aprender o sistema por vezes é muito mais fácil para administradores e contadores, para especialistas em
logística ou produção, pois que aprenderam conceitos. Vejamos uns exemplos: Será muito mais fácil implementar
“Controle de Alçadas”, se você souber que se trata de uma operação no processo de compras, atribuídas aos
Pedidos de Compras e aprovação/rejeição dos mesmos – isto significa que nada adianta “navegar” no Estoque,
49
pois se trata de operação em Compras; calibração ou cadastramento de um instrumento de medição: além do
conhecimento da Norma ISO, requer noções sobre os instrumentos mais comuns, haja visto que no ERP que
controla os Sistemas da Qualidade, há norma até para a calibração dos instrumentos e determinados campos no
cadastro, influenciam certas medições que poderão ou não serem efetuadas. Além disso, qual credibilidade terá
um consultor, se o usuário pedir a sua ajuda para cadastrar um manômetro e você nem imagina o que seja?
 Faça capacitações coerentes com o segmento do ERP que escolher: quer RH, aprenda os procedimentos básicos
de recrutamento, de registro de empregado, de rescisão, férias, folha, e agora, o e-Social; quer atuar com
comércio exterior? Aprenda o que significa Drawback, nacionalização, recinto alfandegado! Deseja implantar
logística? Então como se configura a “onda” num WMS?
50
 Escolha o segmento que deseja atuar e mais um para seu diferencial, porque será impossível absorver tudo. Por
exemplo: conheça todos os módulos que envolvem Finanças: Financeiro, Ativo Fixo, Contabilidade. Adicione:
Planejamento e Controle Orçamentário e Gestão de Projetos. Mas para cada segmento que estiver submetido a
uma norma ou regime fiscal, considere isto também na sua capacitação e: atualize-se constantemente.
 Aprenda Contabilidade: o mínimo possível – como são considerados débitos e créditos, contas analíticas e
sintéticas, classificação contábil, etc. Normalmente é o consultor que configura a Contabilidade e ela é gerada em
conjunto com todos os módulos – tudo flui para lá!
 Um mínimo de programação: determinados sistemas, necessitam de linhas com sintaxe em sua linguagem de
desenvolvimento ou pequenas estruturas. Mesmo que seja um consultor funcional, é bom ter no seu portfólio
uma boa base em desenvolvimento.
04 - Relacionamentos
 Evite tratar o gerente de TI com muita intimidade.
 Nem demonstre a ele os “acessos ocultos” que o banco ou o ambiente possua: Caso haja problemas, recairá sobre
você e não sobre ele tal falha. Sem rastreabilidade, como se provará o contrário?
51
 Não gosta do seu coordenador? Ele não gosta de você? Sua melhor “arma” é ser um profissional qualificado e
comprometido.
 Respeitar o posto do seu coordenador
 Respeite os usuários, desde o mais resistente e ajude-o, verdadeiramente!
 Colabore e faça as pessoas crescerem – você só tem a ganhar!
Atualizar-se sobre melhorias e releases do ERP, periodicamente, ao menos a cada 15 dias
(demasiadas modificações na Legislação brasileira) – complementando o que já foi
mencionado.
05 - Atenção nos projetos de implantação:
 O cliente (gerente do projeto), questionará e irá monitorar absolutamente tudo
 Há clientes que retiram acessos à internet
 Clientes em que tudo esteja à sua mão, só aqueles com mais maturidade em metodologias e modelos de
referência, como PMBOK, etc.
 Descreva corretamente as atividades do dia nas Ordens de Serviço: O.S.: aponte tudo o que realizou, sendo claro e
objetivo e faça o cliente assinar no mesmo dia! Não saia do cliente sem a OS devidamente assinada pelo
responsável e envie logo para a consultoria ou seu coordenador – sua remuneração depende disso.
52
06 – Apresentação, comunicação e escrita:
 Asseio: barba bem-feita, maquiagem suave; boné – jamais
o Não há “casual day”
o A Qualidade do seu trabalho também é
demonstrada pelo seu modo de VESTIR, faz parte
do seu marketing pessoal e demonstra o quanto
vale seu trabalho, seu emprego, o projeto e a sua
carreira para VOCÊ.
 Vestimenta: terno e gravata ou conforme o cliente
 Decotes, blusas curtas, calças rasgadas, cintura excessivamente baixa, etc., estão DISPENSADOS de qualquer
ambiente de trabalho
 Cuidados fundamentais com: higiene e boa apresentação e nada de exageros
 Vocabulário: coloquialidade, termos e expressões como: “mano”, “tá ligado? ”
 GERUNDÊS ou gerundismo:
53
o “A gente vai tá analisano isso e amanhã vo tá te ligano”: não somente o gerundismo é um equívoco que
infelizmente faz parte do dia a dia, mas esquecer algumas letras é imperdoável!
 Lembre-se de usar apropriadamente o verbo haver: “Há muito tempo trabalho aqui”; “Tenho experiência há mais
de 10 anos neste trabalho” e pensar que é comum ler: “A muito tempo trabalho aqui”; “Tenho experiência a mais
de 10 anos neste trabalho”
Mudou o nome? De analfabetismo passou a ser “coloquialismo”? Erro de digitação? “O cara é técnico e não professor de
português? ”
Enfim, já ouvi de tudo como desculpas para pessoas até de alto cargo, que
escrevem e falam desse jeito.
Um consultor terá acesso aos mais diversos níveis de cargos nos projetos em que
atuar e participará de muitas reuniões com executivos.
Cuidar do português é fundamental para qualquer profissão. Já pensou um Web
Writer com um português desses? Consultor ERP também não pode!
54
Solange Aparecida Marcellino Pouza
“Aspirante” a Professora Universitária, aperfeiçoando-se em Metodologias para a Educação em TI, Instrutora de
Treinamentos, Especialista em Sistemas Integrados de Gestão Empresarial – ERP e empreendedora.
Ministra cursos, palestras e indica consultorias para implantação de ERP.
Minha página no LinkedIn
Veja todos os artigos que escrevi:
https://www.linkedin.com/today/author/144985366?trk=prof-sm
Meu site:
www.systimaeducacao.com.br
55
Referências bibliográficas e Fontes de imagens:
Imagem 01:
Fonte: http://areasdeintegracao.blogspot.com.br/2014/07/arquitetura-corporativa-e.html
Descrição: retrata o relacionamento entre os canais de acesso e entrega durante uma interação típica com um sistema
corporativo em uma organização
Imagem 02:
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=lWVPMqsgN98
Descrição: vídeo no YouTube, onde são apresentados excelentes tutoriais sobre ERP e apontam conceitos sobre
administração de materiais.
Demais imagens:
www.shutterstock.com, www.getimages.com, www.freepik.com
http://www.youwilldobetter.com/2015/05/sobre-entrevistas-mapeamento-de-processos/

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O que é ser um consultor de ERP

  • 1. O QUE É SER UM CONSULTOR DE ERP
  • 2. 1 Sumário Introdução:...............................................................................................................................................................................4 Chamo a sua atenção para “ouvir a voz da experiência”.....................................................................................................5 Antes de mais nada, saiba que.............................................................................................................................................6 A introdução ao perfil ideal, na Introdução ........................................................................................................................ 7 E os projetos de implantação?.............................................................................................................................................8 Você sabe o que é um ERP – Enterprise Resource Planning? ...............................................................................................9 Dos conceitos mais importantes: Você sabia que...: ...........................................................................................................9 Integrar departamentos e toda a empresa ....................................................................................................................... 12 Marcas mais conhecidas no mercado:............................................................................................................................... 15 Onde está a Sustentabilidade das implantações dos ERP´s?:.......................................................................................... 17 Tem receita de Sucesso na implantação dos ERP´s? ...........................................................................................................24 As pessoas, os interessados e os envolvidos:.....................................................................................................................24 O mercado de ERPs no Brasil e no Mundo........................................................................................................................... 31
  • 3. 2 No Brasil, a TOTVS domina o mercado: ...........................................................................................................................32 O que é ser um “bom” Consultor de Implantação ERP:.......................................................................................................33 O despertar:........................................................................................................................................................................33 Por essa razão, há que se dizer com propriedade: Quer ser bom ou essencial? ..............................................................34 Roteiro para auto estudo em ERP, CRM e BI ...................................................................................................................37 Para manter-se atualizado:................................................................................................................................................38 A postura correta para atender ao cliente .........................................................................................................................39 07 dicas, para início de conversa! ..................................................................................................................................39 1 - O importante papel do Consultor: ............................................................................................................................ 41 2 – Fazer o uso do conhecimento com a atitude correta: .............................................................................................42 3 – Promover o uso eficiente do software e mapear corretamente os processos.........................................................43 4 – Os deslocamentos, os agendamentos, os desafios ..................................................................................................44 Os pilares que sustentam o perfil da profissão – O que Você deve pôr em Prática logo:................................................45 1 - Compromisso e comprometimento: .........................................................................................................................45
  • 4. 3 2 – Preparação, Disciplina e Pressão: Conhecimento e perfil exigidos:.......................................................................46 03 - Aprender continuamente: ..........................................................................................................................................48 04 - Relacionamentos ........................................................................................................................................................50 05 - Atenção nos projetos de implantação:....................................................................................................................... 51 06 – Apresentação, comunicação e escrita: ......................................................................................................................52 Referências bibliográficas e Fontes de imagens: ..................................................................................................................55
  • 5. 4 Introdução: O objetivo deste e-book foi o de reunir 19 anos de experiência sobre fatos e histórias das implantações do ERP, questões que ocorrem no dia a dia dos projetos. Auxiliar pessoas que se utilizam essas ferramentas (os usuários), assim como pessoas de diversas áreas, que desejem migrar para a carreira de TI, justamente atuando com implantação desses softwares. Passamos primeiramente cenários que mencionam características das empresas, das consultorias e das pessoas e profissionais envolvidos no projeto. E um projeto como esse, é contínuo – as pessoas, cenários: mudam constantemente! Aos estudantes, que inexperientes, muitas vezes abraçam carreiras promissoras e ao saírem das cadeiras universitárias, diante de tantas alternativas na área de Tecnologia da Informação, ficam inseguros quanto à escolha a fazer. Considere que as consultorias em Sistemas de Gestão Integrados, possuem demandas altíssimas em determinadas épocas do ano, por conta de informes contábeis, novas regulamentações fiscais ou trabalhistas, como os SPED´S e e- Social. Após isto, o seu diferencial, capacidade de negociação, seu modelo de negócio (se você formar sua própria consultoria), determinarão os resultados na alocação da sua agenda (seu faturamento).
  • 6. 5 Chamo a sua atenção para “ouvir a voz da experiência” Muito cuidado para não se iludir e trocar sua formação em áreas totalmente distintas, para investir muito, mas muito tempo e muito dinheiro em capacitação e muito muito auto estudo, para lograr algum resultado após somente alguns anos. Já dei aula para uma fisioterapeuta, que queria mudar de área e abrir uma consultoria com o marido. Foi ótima aluna. E não que isto não seja permitido – todos podem mudar de área, tão somente tenha isto em consideração! Cada vez mais competitivo em todos os níveis, o mercado de consultoria apresenta-se em constante mudanças, se não por ser de tecnologia, mas por regras fiscais e tantas outras da nossa complexa Legislação. Apesar de ser uma carreira brilhante, a qual pode iniciar como estagiário e escalar os níveis de habilidades e competências até a senioridade para tornar-se coordenador de projetos e por fim, até mesmo empreender criando a sua própria empresa de consultoria, definindo sua metodologia de implantação, ou ser um consultor de implantação de sistemas somente, atuando para outras consultorias. Seja qual for o “modelo” que você escolher, não é tarefa fácil, como tentaremos expor aqui.
  • 7. 6 Determinadas operações como Folha e Ponto, Fiscal, Compras, Faturamento, Contábil, Estoque e Financeiro, programação e desenvolvimento, são as mais requisitadas, mas também as com maiores incidências de oferta de profissionais, com valores/hora de escalas surpreendentemente diferentes. Já outros segmentos, como Projetos, Planejamento Orçamentário e Fiscal, quanto maior seu conhecimento nos módulos padrões e nesses, mais elevada será seu valor/hora. Para a elaboração deste e-Book, considerei que primeiramente eu precisava mostrar um apanhado de conceitos aos leitores. Antes de mais nada, saiba que... Segmentos como Fiscal, Contábil-Financeiro (veja que estão dentre as mais requisitadas), Orçamentário, Projetos, Agronegócio, Educacional, Qualidade, Logística, Manutenção de Ativos, Produção, Transportes, Pontos de Venda, entre outros, são carentes até certo ponto de profissionais experientes ou iniciantes, porém a demanda já não é tão grande ou pelo menos, algumas destas, estão “cobertas” por profissionais atuantes. E, em casos como Gerenciamento de Projetos ou Planejamento e Controle Orçamentário, requer mais maturidade de empresas no uso do ERP, para implementarem tais módulos.
  • 8. 7 Algumas áreas são muito específicas e requerem algum conhecimento de Legislação Fiscal e Normas Contábeis, Normas ISO, Trabalhista, Contábil e conhecimento do setor – como o Agronegócio, bem como operações e processos peculiares a esses setores, acarretando a necessidade de investimento significativo de tempo e dinheiro para o desenvolvimento das competências necessárias. Ser autodidata para esses casos, é mérito. Mas veja-se na seguinte situação – Cadastro de Instrumentos, módulo Metrologia (normas ISO 9000) e o cliente te pergunta – quais os campos relacionados com o cadastro de um paquímetro digital? Esse cadastro por exemplo, é um dos mais importantes do módulo – já que é com o instrumento, que se efetuam medições, que influenciarão em processos de Recebimento e Produção. E aí? É fácil? Nada é impossível – “O que pode ser Sonhado, pode ser feito”, mas esses módulos citados, nem com muita informação pela internet e horas diárias de estudo, o levará em pouco tempo a valores/hora que você gostaria. A introdução ao perfil ideal, na Introdução Devemo-nos lembrar também de que noções sobre infra, como redes e bancos de dados, é importante, mesmo que o profissional seja um consultor funcional, é essencial saber como se faz e para que serve um “ping” e uma select simples.
  • 9. 8 Mesmo que seja o caso de atuar em dois clientes de mesmo segmento – lojas de joias, por exemplo, existem as especificidades de cada empresa, que serão exigidas de cada uma, do profissional. Então, o consultor deve, em linhas gerais conhecer: regra de negócio – operações globais dos departamentos de uma empresa, contábil, fiscal, noções sobre projetos, muitas vezes exige-se certificações, mapeamento de processos e estudo contínuo, enquanto atue com um ERP. E os projetos de implantação? E o cliente, (a empresa usuária), muitas vezes não tem mapeadas todas as suas operações e é comum, durante as implantações, etapas com mudanças significativas que customizam o ERP até, grande parte das vezes, desnecessárias ou questionáveis, por não haver considerado um simples relatório ou procedimentos mais complexos, ou configurações contábeis, por exemplo, que demonstrariam o mesmo resultado e, mudando o escopo da implantação. Levantamentos comerciais e técnicos são efetuados para prevenir determinadas falhas na maioria das empresas desenvolvedoras de software, mas o “backlog” que demonstre acúmulo de trabalho, está sempre em “perseguição” aos gerentes dos projetos.
  • 10. 9 Você sabe o que é um ERP – Enterprise Resource Planning? Se você está lendo este e-Book, possivelmente sabe o que um ERP é. Em linhas gerais, é o registro de determinadas informações realizadas no software, que “replicadas” para os outros departamentos de uma empresa – os receptivos, de qualquer segmento. Por exemplo: a transmissão da NF-e de Faturamento via esse software, as informações são “levadas” para Contas a Receber, impostos a recolher e todos os setores afetados, são “notificados” e atualizadas automaticamente, sendo que tais informações são enviadas e tratadas em cada departamento relacionado ou “receptor” ou “destino”, como já disse. O Contas a Receber, precisa saber para cada NF-e, os dados do cliente, quantidade de parcelas, vencimentos, etc. Dos conceitos mais importantes: Você sabia que...: Um ERP existe para automatizar e melhor controlar os processos internos das empresas. É bastante usual, em épocas de crise, as empresas buscarem nos ERP´s, redução de custos, com a automatização de seus processos. Porém, tal conceito veio se aperfeiçoando ao longo dos anos com a evolução deste software – menos digitação, mais informação e auto alimentação.
  • 11. 10 Hoje os ERP´s já podem ser executados através de plataformas, que mapeiam processos, por meio do BPM. Há casos em que pode até se aplicar mais eficazmente o BPMN do que um ERP. Deste modo, cada ERP possibilita inclusive a troca de informações entre empresas. O ERP - Sistema Integrado de Gestão Empresarial, facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa e há diferentes módulos para cada segmento, como por exemplo: indústria e comércio, serviços, logística, finanças, recursos humanos, educacional, etc. Dificilmente vamos encontrar uma área ou semento de mercado onde não se possa implementar esse software e otimizar os tempos e recursos das operações e atividades realizadas no dia a dia das empresas. Já pensou um Cartório de Notas? Uma banca de jornal? Até para plantio e cultivo de grãos, ou criação de gado, há sistemas de ERP. O ERP é um sistema amplo de soluções e informações: cada qual possui seu conceito e forma de solucionar ou atender determinada regra fiscal ou a um segmento. Onde num ERP deve-se habilitar/desabilitar parâmetros (chave
  • 12. 11 liga/desliga), em outros são cadastros ou outros dependem de linha de código. É um banco de dados único, operando em uma plataforma comum, rede local, remota, via browser, cloud, Saas (software as a Service), que interage em um conjunto de ambientes ou módulos usualmente separados por departamentos ou operações: Compras, Estoques, Faturamento, Financeiro – Contas a Pagar, Receber, Tesouraria, Contábil,etc.). Veja a definição num dos episódios do Programa Olhar Digital, onde Gilsinei Hansen, gestor da TOTVS, define brilhantemente o conceito- Imagem 01.
  • 13. 12 Consolida todas as operações do negócio (da empresa) em um ambiente computacional (cliente/servidor), e tudo se concentra num banco de dados único, conforme já mencionado. Integrar departamentos e toda a empresa Imagem 02 - Cada sistema de ERP oferece um conjunto de módulos (ambientes), em vários segmentos. Estes são formados pelos pacotes funcionais, para cada unidade de negócio dentro da organização (financeiro, engenharia, PCP, administração de materiais, contabilidade, etc.), mas que operam integrados entre si. Há também ERP´s mais específicos, como Educacional – ainda pode haver um para Cursos Livres, Universidades, Colégios, etc, Agronegócio, Imobiliário, Pontos de Venda, Call Center, jurídico, etc. Ao lado, fluxos dos processos. Importante ressaltar que nada mais são a sequência de atividades de cada operação, atividades e procedimentos, dentro de cada departamento.
  • 14. 13 Vide o fluxo de uma operação de compras: registra-se manual ou automaticamente uma Requisição de Compra ou Solicitação de Compras e isto pode iniciar o processo de cotação (tomada de preços com os fornecedores), esta é liberada até gerar a Ordem de Compra ou Pedido de Compras, que num dado momento, com o recebimento da mercadoria, terá a NF registrada no ERP e esta “disparará” uma série de informações a outros departamentos: Imagem 03:
  • 15. 14  Para o setor de estoques – Confere os dados do produto, data da compra/entrega, quantidades, custo de compra, custo médio, etc  Contas a pagar: parcelas, vencimentos (datas), valores, etc.  Esses “pacotes” que integram os departamentos das empresas e as organizações, como um todo.  Uma única instalação  Possibilita o controle pelo ERP de todas as filiais e unidades de negócio, de um ou vários grupos de empresas  É verificado junto aos fornecedores disponíveis, quais as condições para a compra do produto: data de entrega, preço, custo do frete, embalagem, etc.  Após a liberação da Compra, isto é, verificado qual o fornecedor escolhido, oficializa-se com este a compra, que por sua vez, Entrega a mercadoria mediante DANFE (NF-e – Nota Fiscal eletrônica)  Informações a outras áreas são “disparadas” automaticamente, tais como: Contas a Pagar, Impostos a Recolher, quantidade a armazenar, etc.
  • 16. 15 Marcas mais conhecidas no mercado: Há diversas marcas de ERP: SAP, Oracle, TOTVS, CIGAM, ERPFlex, ERPPronto, CONTAAZUL, Senior Sistemas, etc. e cada um possui seus termos e expressões, porém todos com único objetivo: integrar os diversos setores das empresas. Para saber mais, consulte o site: http://sistemaerp.org/ Em termos práticos, cadastra-se o cliente somente uma vez e, todos os departamentos, através dos usuários que em seu perfil tiverem acesso a esse cadastro e for um departamento que possua um módulo implantado e que necessite das informações de tal cadastro, terá acesso. Exemplo: Contas a Pagar, recebe informações de Compras, com o recebimento das mercadorias. Outro exemplo: o setor Comercial cadastra os dados do cliente e o setor Financeiro, no caso o Contas a Receber, poderá acessá-lo e até mesmo complementar o cadastramento com outras informações, no caso, as financeiras, tais como limite de crédito, grau de risco de crédito, etc. Essas mesmas informações, serão compartilhadas ao setor de Vendas, para fornecer parâmetros na aprovação ou rejeição de pedidos desse cliente.
  • 17. 16 Além disso, diversos setores ou departamentos, darão manutenção aos cadastros. Cada qual preenchendo os formulários, conforme as suas necessidades e especificidades. Ex.: No cadastro de Clientes, a Classificação e análise de crédito, ficam a cargo do Departamento de Crédito/Cobrança; já as políticas de preços e descontos, cabem ao setor Comercial; o regime fiscal na saída: Faturamento ou especialista fiscal, e assim por diante. Em resumo: O ERP “É um conjunto de “rotas” por onde trafega a informação. É onde se encontra o “coração” das empresas, no que se refere às suas operações: comercial, produção, armazenamento, contabilidade, etc. Lá estão: os dados do cliente, do fornecedor, do produto que vende ou do serviço que presta, da contabilidade, dos salários dos seus funcionários, etc....”
  • 18. 17 Onde está a Sustentabilidade das implantações dos ERP´s?: 1 – Avalie e dimensione a Infraestrutura de hardware, rede, servidores e softwares: O ERP emprega a tecnologia cliente/servidor e a estação (computador conectado à rede) com o software instalado, faz a “demanda” ou requisição. Veja ao lado, imagem que revela o “caminho” de requisições (processamentos) demandados pelas estações e que são levadas aos servidores; A estação (representadas por dispositivos mobile ou computadores), onde 1 - o usuário do sistema realiza uma operação: seja de folha de pagamento, compras, vendas, etc., 2 - a aplicação (o software) processa a solicitação no servidor, transacionando com outros servidores, as requisições aos bancos de dados, acessando as informações numa base de dados única, espelhadas ou não em outros servidores (o banco de dados usualmente está em outros servidores, tudo sendo apontado por TCP/IP, nome de máquina/portas).
  • 19. 18 O ERP está presente em todas as áreas: e, na Contabilidade, ele concentra as informações acerca do patrimônio das empresas e dos resultados dos exercícios, ano a ano; no departamento pessoal, etc., independentemente da instalação ser física (na rede da empresa) ou em modalidades que derivam o cloud, acessados por qualquer estrutura de redes que se utilize de protocolo TCP/IP. Por isso, dimensionamento da arquitetura organizacional de rede, internet e hardware é fundamental, porque influenciará no desempenho do ERP. O banco de dados interage com todos os módulos ou ambientes do sistema e objetiva eliminar/reduzir a redundância e reentrada de dados, o que assegura a integridade das informações obtidas e maior produtividade. Desnecessário cadastrar manualmente um boleto, pois ao efetivar uma venda, isto ocorre automaticamente e se concentrará em tabelas distintas, porém no mesmo Banco de Dados. Antes de uma empresa adquirir um software ERP, é necessário efetuar um levantamento detalhado sobre o seu ambiente de infra: parque de máquinas, servidores, rede, bancos de dados, softwares de segurança, etc. Do contrário, os requisitos do software não atendidos pela arquitetura de hardware e rede, frustrarão os usuários e a performance do sistema. Verifique a modalidade da aquisição das licenças – Cloud, SAAS.
  • 20. 19 2 – Entenda como eles “executam” as operações ou como os dados são processados pelos ERP´s O ERP Protheus por exemplo, possui critérios de validações e tratamento dessas informações, mediante sua configuração e parametrização; ainda cabem os “pontos de entrada”, que propiciam tratamentos diversificados ao padrão (customizações), que atendem às regras de mercado e à Legislação do país em que estiver sendo implementado, desde a moeda utilizada e impostos a calcular, se estiver “localizado”. Mediante tal parametrização, ele decide a “rota a tomar” na via do processamento dos dados, para corretamente gerar as informações para toda a empresa, de acordo com as regras de negócio e segmento de mercado em que esteja inserida. Exemplo: o ERP aplica corretamente a alíquota de determinado imposto, como o ICMS-SP, considerando: O Estado da Federação, neste caso: SP, ou Classificação Fiscal do Produto Cliente/Fornecedor (regime fiscal, localidade, etc.) Regime Fiscal do Emitente da Nota (empresa usuária do ERP)  todas estas combinações, simultaneamente
  • 21. 20 Outro exemplo: O que ocorre se, via ERP, eu tento fazer uma venda de um produto que não tem armazenada quantidade suficiente? Via parametrização e atendendo a algumas regras derivadas das implantações de outros módulos, o ERP pode “permitir” que o estoque fique negativo com a venda; outro software pode não permitir de jeito algum, ou o Protheus ser parametrizado em outra empresa, que não aceite estoque negativo. No caso do Protheus, o mesmo ERP, é capaz de atender a situações distintas, para empresas diferentes e instalações diferentes, ou até mesmo numa única instalação, porém contemplando regras diferentes em filiais. Cada fabricante de ERP interpreta em seu software as normas e a Legislação, por meio de parâmetros, em seu código, cadastros, etc., dando mais ou menos flexibilidade ao sistema. E qual o motivo de compreender os conceitos ou a operacionalização de cada ERP? Mais adiante falaremos sobre treinamentos, mas quem não quer operar um equipamento com mais facilidade, independência e confiança, conhecendo suas peculiaridades? O mesmo deve (ou deveria) ocorrer com um ERP.
  • 22. 21 3 – Gerenciamento de Serviços - ITIL, o ERP é um serviço Por que consideramos isso nos pilares de implantação ou de sustentabilidade? O gerenciamento de disponibilidade, testes, transição, melhoria contínua e tantos outros processos do ITIL se aplicam perfeitamente no uso e operação do software. Então, deve haver processos para garantir principalmente, a disponibilidade, conforme SLA e outros requisitos definidos e difundidos entre os envolvidos com o projeto. Imagine por falha da internet, não conseguir obter a autorização para emitir o DANFE? Ou gerar alguma não-conformidade ao processar um pagamento no software (quais as dimensões nas duas situações e ações de contingência? Estão no software? São realizadas manualmente para lançamento posterior?
  • 23. 22 Concluímos ainda que diversos serviços são necessários para a disponibilidade e operacionalidade dos ERP´s, os quais devem estar em operação:  Estrutura de Rede (cabeamento, etc.);  Internet/intranet (e-mails, B2B, B2C, impressão de documentos, etc.);  Bancos de Dados (só os compatíveis com o software) – O Protheus por exemplo, não opera com o Access;  Hardware (servidores, impressoras, racks, estações) Aplicações de apoio: firewall, etc. Determinados processos para serem implementados eficientemente, requerem o apoio de vários outros serviços: Ex.: envio de relatórios por e-mail, importação de arquivos (xml da Nota Fiscal – NF-e). O ERP não funciona sem uma infra para os seus bancos de dados, não efetua transações em rede se houver falhas de cabeamento, de internet, etc. Segundo o ITIL Foundation V3 – que é um modelo de melhores práticas para Gerenciamento da Infraestrutura de TI, o ERP é um serviço que necessita dos mesmos critérios de gerenciamento de um serviço como outro qualquer: Disponibilidade, Contingenciamento, etc. Na realidade, é mais porque para o ERP “entrar no ar”, ele depende de outros
  • 24. 23 serviços estarem “funcionando” – imagine baixar uma atualização de Banco de Dados e haja falha neste e que pare o serviço do Banco... O ERP não funcionará!!
  • 25. 24 Tem receita de Sucesso na implantação dos ERP´s? As pessoas, os interessados e os envolvidos: 1 – PJ: A Empresa que adquire o sistema:  Total comprometimento da alta direção e de todos os envolvidos (analistas de TI, usuários e gestores) no projeto: o Sem comprometimento de recursos (humanos, dinheiro, tempo e estratégias), e principalmente da alta gestão, destinando tais recursos para o projeto, este se estenderá por um grande tempo, ou mesmo será interrompido, causando frustrações e perdas irreparáveis.  Processos devidamente mapeados: como são realizadas as operações, quem entrega para quem e em que momento? É desejado pontos de melhoria? Tem requisitos?  Análise de aderência: o ERP escolhido deve ser o mais aderente às suas operações, segmento, etc.: “Usa, Não usa, Vai usar?” x Recomendado, Obrigatório, Opcional  Também é recomendado fortemente que a empresa use o padrão do sistema: Evite adaptá-lo (personalizá-lo, customizá-lo): os softwares já se sustentam por atenderem à Legislação e as práticas mais comuns de mercado. Para quê reinventar e ficar “dependente”? Isto demanda muito mais horas de consultoria, desenvolvimento e de levantamentos
  • 26. 25 Um gerenciamento do projeto de implantação em conformidade com a realidade da empresa e ser do conhecimento de todos: O projeto de implantação e o cronograma, devem ser visíveis a todos os envolvidos, para despertar inclusive mais comprometimento  Você vai trocar a metodologia de implantação por uma alternativa mais barata? Busque por profissionais bem indicados e comprometidos  Escolha o ERP adequado com as necessidades do negócio e cheque a credibilidade do fornecedor (softwarehouse, a “fabricante”) e do próprio software; as mídias sociais e outros sites de reclamações são poderosas fontes dessas consultas  Desenvolva mais proximidade com seu suporte o Aprenda operar o sistema corretamente, e, primeiro, no formato padrão. o Sem treinamentos, você não saberá o que o sistema oferece e muito menos o que foi personalização e o que o sistema atende  Explore ao máximo da licença que está adquirindo: Você opera por contratos e implantará somente o Faturamento? Controle de vencimentos, reajustes e o próprio atendimento ao contrato (vigência) será em controles paralelos? Por que?  Se o discurso for: personalizar ou customizar, questione!
  • 27. 26 2 – PJ: A consultoria que implanta o software:  Muito cuidado como remunera seu colaborador - Você quer pagar um consultor a R$ 20,00/hora e pagá-lo umas 05 vezes por uma implantação e levantamento de baixa qualidade ou buscar profissionais mais qualificados e competentes? “O barato sai caro”, lembra?  Gere desafios a ele, verdadeira e deliberadamente: planeje um job rotation, para que ele aprenda módulos novos.  Defina políticas de reconhecimento e promoção  Se sugerir o ajuste dos seus processos  o que não agrega valor, elimina-se ou melhoram-se. Exemplo: e-commerce ao invés de input de pedidos de vendas ou atendimento 24h?  Se você possui funcionários descontentes ou mal remunerados, arcará com sérias consequências o Pague-os em dia! o Se o cliente não paga, ele não recebe?  Estabeleça uma política clara para negociar com o cliente, corrigindo o problema e  E com o analista, caso este tenha causado algum dano – fora isto, cumpra a sua parte.  Estagiário atuando no cliente como analista pleno e sem acompanhamento? o Seu colaborador se sentirá bem constrangido e receoso com isto! o Ele buscará por outra oportunidade na velocidade da luz!
  • 28. 27  Assessore o cliente para dimensionar a infraestrutura junto à sua equipe de infra, apoiando no estudo do hardware e software compatíveis com o ERP e com a quantidade de informações a serem processadas e quantos usuários operarão concomitantemente: Rede ou nuvem? Qual a capacidade dos servidores que a empresa possui? Que tipo de contrato a empresa terá com a softwarehouse? Qual o volume de dados: qual o número de usuários, quantas notas fiscais ao dia, etc.?  A metodologia de implantação deve ter sido testada e validada por outros projetos e obedecer melhores práticas do Gerenciamento de Projetos, segundo o modelo que a softwarehouse adotar (Scrum, Prince2, PMBok); 3 – Colaboradores: São os principais envolvidos no Projeto, com diferentes funções: Usuários: operam o sistema  É um indivíduo e tem que atender às demandas das suas atividades  Alimentam o sistema com informações do seu departamento  Também atualizam o sistema já existente, ao mesmo tempo (implantações em paralelo)  É a peça chave nas implantações: o consultor de implantação não conhece as operações integralmente
  • 29. 28  Tem conhecimento das implicações legais e contábeis, assim como todas as peculiaridades da empresa (desmontagem de um produto que estava em contrato de locação retornando para a empresa – as partes necessitam novamente integrarem o estoque para novos projetos e novas montagens: como isto deve ser contabilizado no custo da mão de obra de desmontagem, lavagem e armazenamento?). Ao efetuar a montagem com as mesmas peças, é produção? É serviço? Consultor de negócio:  São várias denominações, mas remetem ao mesmo perfil, que detalharemos mais adiante  Proverão todo o suporte e durante as implantações, estarão em visitas constantes, para parametrizarem o ERP, acompanharem os usuários, realizarem as validações dos protótipos, treinamento, etc.  Devem apresentar diariamente um resumo do trabalho realizado, o mais detalhado possível, para acompanhamento da empresa – usualmente utilizam-se de documentos denominados Ordens de Serviço. Usuários – chave:  É imprescindível esse profissional tanto nas implantações do sistema, como na continuidade do ERP
  • 30. 29  Possuem competências que os demais usuários ainda não: o Relacionamento na equipe, até um grau de liderança o Conhecimento de regras fiscais, contábeis e outras que seu departamento e empresas estão inseridos, o Conhecimento nos processos do seu departamento, da empresa como um todo, etc. o É o agente multiplicador e incentivador de uso do software o É ideal que possua certa autonomia nas configurações do sistema:  Um perfil que possibilite parametrizações pertinentes às implicações fiscais na baixa de um título a pagar, por exemplo, se esse for o seu departamento. Cabe a este e ao contador, saberem se determinado recolhimento de contribuições ou taxas, se darão na baixa ou na inclusão do título  Acesso a todos os boletins de atualização do software, que influenciem no seu departamento e nos processos e ao help do sistema  Treinar continuamente os demais usuários, inclusive os recém contratados e deve ser treinado periodicamente, em especial no lançamento das novas versões e releases A existência de usuários-chave desde o início é fundamental, eles contribuem com o “direcionamento” no uso do sistema em diversos aspectos, esclarecem dúvidas, participam de reuniões em que os demais usuários não e são os
  • 31. 30 responsáveis por validarem a implantação do ERP, na verificação das informações por este geradas, nos primeiros testes e fechamentos. Analista de Sistema, Gerente de TI, Diretor Financeiro da empresa usuária (cliente):  É o principal responsável pela implantação do software na empresa  É altamente cobrado pelo sucesso da implantação por todos os usuários e gestores destes  Às vezes, o Contador ou o Controller podem acumular a função de sponsors do projeto, em concomitância com o gerente de TI da empresa  São os responsáveis por motivarem os demais stakeholders, aprovam as horas de consultorias, contratam e têm autonomia para interromper o processo de implantação  Por serem stakholders e sponsors, devem ter acesso às informações pertinentes ao cumprimento das atividades dos demais envolvidos no projeto, andamento e prazos e serem notificados, conforme o mapa de comunicações, periodicamente
  • 32. 31 O mercado de ERPs no Brasil e no Mundo O mercado brasileiro é um dos maiores mercados mundiais para os ERPs, representando hoje uma cifra aproximada de bilhões de dólares anuais, publicado em 29 de dezembro de 2013 pelo site: www.portaldoerp.com, o gráfico abaixo apresenta o Market Share mundial de ERP. Mesmo com crises, a expectativa é otimista, pois esses softwares, por atenderem a exigências fiscais, trabalhistas e contábeis, como os SPED´s, por exemplo, estão fazendo com que mais e mais empresas adquiram o software. No mercado mundial, conforme esse estudo, a TOTVS aparece com 2%. A SAP é ainda a grande “dominadora” do mercado mundial, e detém, segundo esse estudo, ¼ da fatia de mercado desse software, seguida pela Oracle e Sage.
  • 33. 32 No Brasil, a TOTVS domina o mercado: Empresa nacional detém 37% da base dos sistemas de gestão empresarial instalados no País, segundo estudo da FGV. A SAP é a segunda colocada e Oracle a terceira do ranking, segundo fonte em: http://computerworld.com.br/tecnologia/2014/04/24/totvs-mantem-se-na-lideranca-do-mercado-brasileiro-de-erp-diz-fgv O gráfico que temos abaixo é o ranking dos ERP´s, CRM e BI e as marcas das softwarehouses de ERP mais utilizadas: Fonte: http://www.mbi.com.br/mbi/biblioteca/relatorios/ 1ª linha: empresas que faturem mais de 1 B de reais: SAP é predominante, seguida pela TOTVS. Veja que em todos os níveis, temos a SAP e a TOTVS e em quase todos os níveis, a Oracle.
  • 34. 33 O que é ser um “bom” Consultor de Implantação ERP: O despertar: Embora não tenha participado de muitas implantações de ERP e focado somente em treinamentos a partir de 1998, efetuei algumas visitas de acompanhamento, o suficiente para me ensinarem algo fundamental: auto estudo programado e investir em muita capacitação.
  • 35. 34 Nos dias atuais, pela minha relação com alguns ex-alunos que treinei, ouço relatos impressionantes sobre como há bons e maus profissionais na linha de consultorias, assim como há péssimas consultorias em atendimento e em respeito aos seus colaboradores. Essa questão de não pagar o consultor se o cliente não paga é e muito discutível! Mas não é nossa pauta. Tive a oportunidade de atuar em vários projetos de treinamento desde 1998 no Brasil e como no exterior, a serviço da Microsiga e da TOTVS e ainda minha carreira no ERP foi bastante equilibrada, entre capacitar analistas e usuários no Brasil e em vários países onde a TOTVS atua. Com isto, aprendi muito e fui muito questionada, o que me levou a aprender ainda mais. Por essa razão, há que se dizer com propriedade: Quer ser bom ou essencial?  ANTES de mergulhar o sistema, ler os manuais, deve-se aprender o possível sobre a regra de negócio:
  • 36. 35 o Conceitos, expressões, processos, segmentos e deve-se praticar e muito ao mesmo tempo o Destinar tempo e recurso financeiros, para treinamentos para conceitos básicos, como: Logística, Fiscal e Contabilidade; depois especializações: Qualidade, Comércio Exterior e Business Intelligence o Leitura relacionada, muita leitura: livros o Estabeleça sua rotina de consultas e estudos, para os resultados emergirem satisfatoriamente: fóruns, sites, help do sistema, portais, etc. Sem isso, não se pratica no sistema, pois que cursos de graduação não preparam para regras práticas e operacionais, ou seja, nada de fluxo de processos. A compreensão de determinadas regras e navegar diretamente no sistema, levará ao naufrágio: “Onde estou, para onde vou”. Para toda a operação, em um ambiente (módulo de ERP, CRM ou Logística, ou...). Lembro-me que num curso de Estoques, alguns usuários (eram colaboradores de uma empresa que contratou o curso) não compreendiam conceitualmente a Classificação ABC. Não tive dúvidas – apresentei a eles o Blog: O Gerente.com e dali, ministrei a aula, apresentando o artigo sobre Classificação ABC – muito completo, diga-se de passagem,
  • 37. 36 mencionava clara e corretamente os “pontos de corte” para a classificação. A partir daí, sempre utilizava sites para ilustrar minhas aulas. E brincava muito com os clientes, quando eu os observava anotando. Na tabela abaixo, estabelecemos um roteiro que me ajudou a construir o conhecimento nessas fantásticas ferramentas de software, os sistemas ERP - São apenas sugestões e dicas de cursos e leituras, como um roteiro para quem está iniciando e tem alguma dificuldade, reforçando o que digo para quem deseja ser consultor: capacite-se, mas construa sua rotina de estudos!
  • 38. 37 Roteiro para auto estudo em ERP, CRM e BI ERP-Materiais: Compras,Vendas,EstoqueseProduçãoeArmazenagem(WMS– WarehouseManagementSystem)eRoteirização(OMS–Order ManagementSystem) •Capacitação: Logística Integrada na KMCA – Consultores Associados e Treinamentos (antes em SBC) e Duração: 6 meses – semanal •IMAM – Logística Empresarial (Loefgreen - Vl. Mariana), duração (dias) •Leitura: Contabilidade de Custos – Eliseu Martins ( Atlas) •Logística Empresarial – Ronald H. Ballou (Atlas) •Administração de Materiais, Marco Aurélio P. Dias •Sites: OGerente.com (blog) •Comunidade Virtual de Logística – CVLog) •ILOS ERP-Financeiro,ContabilidadeeFiscal •Capacitação: SENAC (Fiscal - não recomendo); PRODEP (Fiscal); Colégio Técnico - ENIAC •Apoio em ambientes de conhecimento da Microsiga – antigo Quark (hoje atual TOTVS TDN), com programação para consultas diárias, sites relacionados, etc. CRM–CustomerRelationshipManagement •Sites especializados: Peppers & Rodgers, Comunidade Virtual do Marketing ERP-Qualidade(NormasISO9000,14.000,QS,PPAPeFEMEA) •KMCA – Consultores Associados e Treinamentos (antes em SBC); Duração: (6 meses - semanal) •Fórum especializado:Qualit y Point BusinessIntelligence:DW,SGIeBalancedScorecard •Capacitação: Formação de Analista de BI, local - Recriando Educação & Estratégia, Duração 01 semana (ótimo, super recomendado) •Leituras:La Elaboración del Plan Estratégico y Su Implementación a través del Cuadro de Mando Integral – Daniel Martínez Pedrós, Artemio Milla Gutiérrez
  • 39. 38 Para manter-se atualizado: Passei a participar também de fóruns especializados nas áreas que mais me interessavam, ou que tinha mais dificuldade – logo fiz parte do Qualitypoint, do CVLog – Comunidade Virtual de Logística, blog “O gerente.com”, ILOS, dentre muitos outros. Na verdade, até hoje eu dou aula com alguns sites, em especial O Gerente. Lembro-me que eu precisava explicar Classificação ABC – não tive dúvida: procurei e encontrei uma excelente explicação, num artigo por lá. Fantástico! Sempre me recordo dos clientes anotando e eu brincando com eles: “vocês não acessam???” Mas foram muitas horas de dedicação para alcançar um ponto onde não houvesse capacitação no Protheus que eu não conseguisse ministrar alinhando o conceito técnico e as atualizações que esses fóruns possibilitavam!!
  • 40. 39 Boletins e atualizações do release e notas de versão: sempre consultando, estabelecendo periodicidade, conforme a segmentação do ERP escolhida. A postura correta para atender ao cliente 07 dicas, para início de conversa!  Você deve aprender sobre os seus clientes antes da primeira visita (acesse o site, saiba sobre o segmento da empresa, ramo de atividade, processos principais) e ter bases sólidas sobre contabilização.  O cliente (gerente do projeto), questionará tudo  “Fale o idioma do usuário”. o Nenhum usuário se sentirá à vontade e sua credibilidade será abalada, se tiver que explicar o que é uma conta analítica ou sintética e conceitos simples de débito/crédito, ou explicar repetidamente determinadas situações, que já havia explicado anteriormente
  • 41. 40  Obtenha o máximo de informações, preparando-se antecipadamente: o Sem credibilidade, o consultor se verá verdadeiramente perdido na implantação e o usuário, claro, poderá até eliminá-lo do projeto, comunicando insatisfação ao gerente de TI ou do Projeto  Visite a empresa do cliente um dia antes de iniciar, ao final do expediente da empresa (aprenderá o caminho mais facilmente – evitando atrasos, vai verificar o tipo de roupa dos colaboradores) o É, vestir-se apropriadamente, faz toda a diferença – de nada adiantará ir de terno e gravata, se o cliente usa bermuda (soube de casos que houve muita reclamação dos usuários) o Não vá de calça rasgada, decotes e saias extremamente curtas e muito menos com excesso de maquiagem  Soube de um caso em que o cliente queixou-se com a analista e ela respondeu que o cliente nada entendia de moda – será que ela continuou no projeto? o Também não vá de “cara lavada” e com barba por fazer; ouvi casos em que o analista tinha problemas com halitose e a cliente solicitou substituição  Muita atenção com o uso de internet, celulares, chats e mídias sociais o Tem gente que é cortada dos projetos e até demitida por conta disso e muitos clientes proíbem até mesmo o uso do celular (mesmo porque, dependendo de onde esteja – na fábrica principalmente, é por questão de segurança)  Olhe o que fala e para quem:
  • 42. 41 o Sempre falo aos meus alunos: quando estiver num cliente através de uma consultoria, você a representa – jamais mencione qualquer coisa ao cliente, que possa causar descrédito, constrangimentos, por mais que você esteja certo e a consultoria errada. Se conheceu o cliente, foi através dela e até o término do seu contrato, você a representa. o O software dá muito problema? E falar mal do sistema ao cliente, por mais amigo que ele seja de você, o faz se sentir melhor? Como ousamos falar mal de quem nos dá o sustento? 1 - O importante papel do Consultor: Um Consultor de ERP, de Negócio ou simplesmente “analista”, como alguns coordenadores falavam, é o responsável pela Implantação do Sistema: é ele o que terá acesso completo ao banco de dados, às configurações dos servidores, aos ambientes de desenvolvimento, testes e produção, do ERP.
  • 43. 42 Não se contamine com: ”Nada que um baca ou uma Msgambs não resolvam”, ou ainda “Nada que uma query não faça funcionar”. Isto, sob o ponto de vista de customizações desnecessárias é no mínimo, antiético. Uma query gerar informes, dentro de um código é uma coisa... A outra é modificar o padrão do funcionamento do ERP, para personalizar o que já existe, sem informar ao cliente alternativas no padrão.... Corrigir falhas realizadas pelos usuários nos estoques, etc. e tal, utilizando alguns comandos de query, nesses casos, é ato heroico. Se, e somente se, acompanhado de uma capacitação que demonstre verdadeiramente os procedimentos corretos para que não mais se repitam... 2 – Fazer o uso do conhecimento com a atitude correta: Dar ao cliente o que ele quiser não é o ideal. Se, você demonstrou que é possível realizar uma operação sem customizar e ainda assim o cliente quis do jeito dele, então o cliente está assumindo as implicações.
  • 44. 43 Vamos a um exemplo: Para um ambiente de Call Center, se, no sistema, não houver escolha, a não ser selecionar um nome de pessoa física para depois localizar a partir deste, a pessoa jurídica (isso é o padrão do software). Você obviamente checará o levantamento dos processos do cliente – diz que seleciona a pessoa jurídica (“nem está aí” para o contato), pode solicitar para observar os atendimentos por umas horas e por fim, entrevistar alguns agentes e o supervisor. Se constatar que há sim variação nos atendimentos e que o cliente está equivocado, demonstrará quantos atendimentos observou que são a partir de pessoa física para localizar a jurídica e quantos ocorrem ao contrário. Caso seja correto o que o cliente esteja solicitando, o próximo passo é identificar se há parametrização ou pontos de entrada para ajustar isso e customizar. E se não houver, algum tipo de providência deverá ser tomada, o que não cabe aqui. 3 – Promover o uso eficiente do software e mapear corretamente os processos Porque ter alocação contínua para fazer a mesma tarefa, “dando um jeito na base do cliente com “queries” ou “Msgambs”, ou ficar com o cliente ao telefone em chamadas intermináveis, achando que o está ajudando e sentindo-se o máximo, quando na verdade, só está alimentando o mau uso do sistema e horas inválidas. “Fazendo certo, não há como dar errado”. Então, ser um verdadeiro profissional de consultoria de ERP é ser transparente e se posiciona com o cliente.
  • 45. 44 Um cirurgião plástico que dê a uma cliente um nariz incoerente com o rosto dela ou próteses de silicone de 5L apenas para satisfação dela, é um médico que deveria ter sua licença caçada! No caso de consultores que agem assim, em alguns casos, o mercado vai “congelando”; outros, o cliente fica dependente e nem sabe disso! Felizmente, as empresas que implantam esses sistemas (usuária), estão com profissionais muito mais qualificado do que há alguns anos, onde se podia prometer tudo e depois, no decorrer do projeto, ir “tocando”. Tem controles paralelos? Excel? “A culpa é do analista”... Aí sim, estarás perdendo oportunidades de negócio. 4 – Os deslocamentos, os agendamentos, os desafios É uma profissão que exigirá muito como pessoa e profissional  Muitas horas a mais de trabalho  Deslocamentos nos mais variados pontos da cidade, numa mesma semana  Falhas do software, de performance  Cliente que quer, implantar “errado”, mesmo demonstrando a ele a forma correta
  • 46. 45  Usuários que não executam as tarefas a eles atribuídas ou  Falhas de procedimentos por falta de capacitação adequada  Supervisores que não encaminham o usuário chave para as validações porque estão em fechamento  Coordenador que não tem capacitação técnica, mas é o gestor do projeto e por aí vai. Os pilares que sustentam o perfil da profissão – O que Você deve pôr em Prática logo: 1 - Compromisso e comprometimento:  Cumpra os horários e as entregas: o Tem horário para chegar, mas às vezes, você não tem horário para sair:  Entrega de ciclos de implantação,  Em fechamentos, o consultor deverá acompanhar determinados processos: a 1ª geração da Folha, o Fechamento do Estoque, a transmissão dos SPED´s fiscais e contábeis, o próprio fechamento contábil, ainda que executados nas bases de testes. Especialmente, em casos de novos recursos no sistema, exigidos pela Legislação – e-Social, por exemplo.  Você é como um médico: trabalha aos finais de semana e feriados (sempre que necessário).
  • 47. 46  Pontualidade: se o cliente o aguarda às 07:00h da manhã, não apareça todos os dias às 07:15h, caso haja motivos por conta de backups, etc.  Compromisso com prazos: todos o monitorarão.  Agilidade, produtividade, pró atividade e iniciativa. 2 – Preparação, Disciplina e Pressão: Conhecimento e perfil exigidos:  Estudo diário de no mínimo duas horas ou nos finais de semana, de no mínimo 03 horas. o Aprenda o Fluxo Operacional do Sistema  Operacionalizar - “Onde estou, para onde vou”: entradas, processamentos e saídas o Integrações: Esse módulo tem integração com quais outros? o Saiba como configurar o Sistema: é parâmetro? É patch? É algum cadastro incorreto? É algum ini?
  • 48. 47 o Se já falei, falo de novo: Consultar notas de release e  Boletins e  Atualizações pertinentes ao seu cliente e aos ambientes que estiver implantando  Portais onde ficam as notas dos releases, documentação da versão, grupos de discussões, etc.  Faça o seu roteiro de estudos  Trabalho sob pressão:
  • 49. 48 o Motivos que atrapalham o andamento do projeto existem de sobra e estar preparado, relacionar-se bem com todos, o salvará em muitas ocasiões, além de permitir mais acessibilidade aos usuários, porque terá conquistado a credibilidade deles. 03 - Aprender continuamente:  Aprender o sistema por vezes é muito mais fácil para administradores e contadores, para especialistas em logística ou produção, pois que aprenderam conceitos. Vejamos uns exemplos: Será muito mais fácil implementar “Controle de Alçadas”, se você souber que se trata de uma operação no processo de compras, atribuídas aos Pedidos de Compras e aprovação/rejeição dos mesmos – isto significa que nada adianta “navegar” no Estoque,
  • 50. 49 pois se trata de operação em Compras; calibração ou cadastramento de um instrumento de medição: além do conhecimento da Norma ISO, requer noções sobre os instrumentos mais comuns, haja visto que no ERP que controla os Sistemas da Qualidade, há norma até para a calibração dos instrumentos e determinados campos no cadastro, influenciam certas medições que poderão ou não serem efetuadas. Além disso, qual credibilidade terá um consultor, se o usuário pedir a sua ajuda para cadastrar um manômetro e você nem imagina o que seja?  Faça capacitações coerentes com o segmento do ERP que escolher: quer RH, aprenda os procedimentos básicos de recrutamento, de registro de empregado, de rescisão, férias, folha, e agora, o e-Social; quer atuar com comércio exterior? Aprenda o que significa Drawback, nacionalização, recinto alfandegado! Deseja implantar logística? Então como se configura a “onda” num WMS?
  • 51. 50  Escolha o segmento que deseja atuar e mais um para seu diferencial, porque será impossível absorver tudo. Por exemplo: conheça todos os módulos que envolvem Finanças: Financeiro, Ativo Fixo, Contabilidade. Adicione: Planejamento e Controle Orçamentário e Gestão de Projetos. Mas para cada segmento que estiver submetido a uma norma ou regime fiscal, considere isto também na sua capacitação e: atualize-se constantemente.  Aprenda Contabilidade: o mínimo possível – como são considerados débitos e créditos, contas analíticas e sintéticas, classificação contábil, etc. Normalmente é o consultor que configura a Contabilidade e ela é gerada em conjunto com todos os módulos – tudo flui para lá!  Um mínimo de programação: determinados sistemas, necessitam de linhas com sintaxe em sua linguagem de desenvolvimento ou pequenas estruturas. Mesmo que seja um consultor funcional, é bom ter no seu portfólio uma boa base em desenvolvimento. 04 - Relacionamentos  Evite tratar o gerente de TI com muita intimidade.  Nem demonstre a ele os “acessos ocultos” que o banco ou o ambiente possua: Caso haja problemas, recairá sobre você e não sobre ele tal falha. Sem rastreabilidade, como se provará o contrário?
  • 52. 51  Não gosta do seu coordenador? Ele não gosta de você? Sua melhor “arma” é ser um profissional qualificado e comprometido.  Respeitar o posto do seu coordenador  Respeite os usuários, desde o mais resistente e ajude-o, verdadeiramente!  Colabore e faça as pessoas crescerem – você só tem a ganhar! Atualizar-se sobre melhorias e releases do ERP, periodicamente, ao menos a cada 15 dias (demasiadas modificações na Legislação brasileira) – complementando o que já foi mencionado. 05 - Atenção nos projetos de implantação:  O cliente (gerente do projeto), questionará e irá monitorar absolutamente tudo  Há clientes que retiram acessos à internet  Clientes em que tudo esteja à sua mão, só aqueles com mais maturidade em metodologias e modelos de referência, como PMBOK, etc.  Descreva corretamente as atividades do dia nas Ordens de Serviço: O.S.: aponte tudo o que realizou, sendo claro e objetivo e faça o cliente assinar no mesmo dia! Não saia do cliente sem a OS devidamente assinada pelo responsável e envie logo para a consultoria ou seu coordenador – sua remuneração depende disso.
  • 53. 52 06 – Apresentação, comunicação e escrita:  Asseio: barba bem-feita, maquiagem suave; boné – jamais o Não há “casual day” o A Qualidade do seu trabalho também é demonstrada pelo seu modo de VESTIR, faz parte do seu marketing pessoal e demonstra o quanto vale seu trabalho, seu emprego, o projeto e a sua carreira para VOCÊ.  Vestimenta: terno e gravata ou conforme o cliente  Decotes, blusas curtas, calças rasgadas, cintura excessivamente baixa, etc., estão DISPENSADOS de qualquer ambiente de trabalho  Cuidados fundamentais com: higiene e boa apresentação e nada de exageros  Vocabulário: coloquialidade, termos e expressões como: “mano”, “tá ligado? ”  GERUNDÊS ou gerundismo:
  • 54. 53 o “A gente vai tá analisano isso e amanhã vo tá te ligano”: não somente o gerundismo é um equívoco que infelizmente faz parte do dia a dia, mas esquecer algumas letras é imperdoável!  Lembre-se de usar apropriadamente o verbo haver: “Há muito tempo trabalho aqui”; “Tenho experiência há mais de 10 anos neste trabalho” e pensar que é comum ler: “A muito tempo trabalho aqui”; “Tenho experiência a mais de 10 anos neste trabalho” Mudou o nome? De analfabetismo passou a ser “coloquialismo”? Erro de digitação? “O cara é técnico e não professor de português? ” Enfim, já ouvi de tudo como desculpas para pessoas até de alto cargo, que escrevem e falam desse jeito. Um consultor terá acesso aos mais diversos níveis de cargos nos projetos em que atuar e participará de muitas reuniões com executivos. Cuidar do português é fundamental para qualquer profissão. Já pensou um Web Writer com um português desses? Consultor ERP também não pode!
  • 55. 54 Solange Aparecida Marcellino Pouza “Aspirante” a Professora Universitária, aperfeiçoando-se em Metodologias para a Educação em TI, Instrutora de Treinamentos, Especialista em Sistemas Integrados de Gestão Empresarial – ERP e empreendedora. Ministra cursos, palestras e indica consultorias para implantação de ERP. Minha página no LinkedIn Veja todos os artigos que escrevi: https://www.linkedin.com/today/author/144985366?trk=prof-sm Meu site: www.systimaeducacao.com.br
  • 56. 55 Referências bibliográficas e Fontes de imagens: Imagem 01: Fonte: http://areasdeintegracao.blogspot.com.br/2014/07/arquitetura-corporativa-e.html Descrição: retrata o relacionamento entre os canais de acesso e entrega durante uma interação típica com um sistema corporativo em uma organização Imagem 02: Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=lWVPMqsgN98 Descrição: vídeo no YouTube, onde são apresentados excelentes tutoriais sobre ERP e apontam conceitos sobre administração de materiais. Demais imagens: www.shutterstock.com, www.getimages.com, www.freepik.com http://www.youwilldobetter.com/2015/05/sobre-entrevistas-mapeamento-de-processos/