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A Importância de
se Chamar Abelha
NEPSO 2013/2014
2
Índice
Situação-base.....................................................................................3
Objetivos............................................................................................9
Universo............................................................................................10
Amostra.............................................................................................11
Metodologia......................................................................................12
Recolha.............................................................................................12
Análise de Resultados..........................................................................13
Principais conclusões...........................................................................33
Referências bibliográficas....................................................................35
Anexos...............................................................................................37
3
Situação-Base
“Se as abelhasdesaparecessemdaface daTerra, o Homem
teriaapenasmaisquatro anosde existência.Semabelhasnão
há polinização,nãoháreproduçãoda flora,semfloranãohá
animais,semanimaisnãohaveráraça humana.”,
(atribuídoa) AlbertEinstein
Uma boa frase de Einstein ajuda-nos a compor um bom trabalho ou a ganhar um
argumento.Alguémtãointeligenteé,obrigatoriamente, criador de frases astutas com valioso
conteúdo.Porisso,as citações deste cientista são tão amplamente usadas e, por vezes, a sua
presençaé escusadaou até a sua autoria questionada.Nãoé este ocaso. Aqui, a autoria desta
frase é de conhecimentogeral,semgrandescertezas,é certo1
.Maso mais impactante é o que
está escrito. Sem abelhas, o Homem tem quatro anos de vida. Apenas quatro! No nosso
mundoprofundamenteantropocêntrico,parecemosesquecerdanossaligaçãoelementarcom
a Natureza e que dela dependemos. Parecemos esquecer que beneficiaríamos muito mais
trabalhandoemcooperaçãocom ela do que a tentar dominá-la. Neste aspeto, as abelhas são
bichinhos pequeninos que nos podem ensinar grandes lições. Elas desempenham um papel
extremamente importante nosecossistemasonde viveme asua relaçãocom o Homemjá dura
há algunsmilharesde anos. A sua contribuição central que as torna essenciais à vida humana
prende-se com a reprodução dos bens agrícolas. A polinização levada a cabo pelas abelhas
representa cerca de 1/3 dos produtos incluídos na nossa alimentação. Das 100 culturas
agrícolas mais comuns na nossa alimentação ocidental, as abelhas estão envolvidas em 70%
delas. Nos EUA, isto significa um rendimento de 16 mil milhões ao ano.
Existem à volta de 20 mil espécies de abelhas no mundo, de várias cores e feitios,
sendo a mais conhecida a abelha melífera. Esta última proliferou, porque foi das que
desenvolveuumasociedade maiscomplexadentrodacolmeia, em que cada abelha tem a sua
funçãoespecíficae todascooperamentre si para a sobrevivência.Estacolaboraçãoé realizada
a um nível tão intrínseco e profundo que se pode dizer que a colónia constitui um organismo
por si. Uma colmeia tem, geralmente, entre 40 mil a 50 mil membros, em média, mas pode
variar entre apenas 10 mil e ir até aos 80 mil.
1 A autoria desta frase é amplamente atribuída ao cientista Albert Einstein, no entanto isso nunca foi
devidamente comprovado. O site “Quote Investigator” tenta espalhar algumas luzes sobre este fato.
Menciona que a primeira alusão a esta citação como sendo de Einstein foi no Canadian Bee Journal, em
1941, mas que a primeira vez que alguém ligou diretamente a extinção das abelhas com a dos seres
humanos foi Maurice Maeterlinck, no seu livro de 1901, The Life of the Bee. Antes disso, em 1859, A
Origem das Espécies de Darwin já abordava a interdependência que existia na Natureza em respeito às
abelhas, mas sem ligar os humanos.
4
As abelhas alimentam-se de pólen e néctar retirado das flores. Do pólen, tiram as
proteínas e do néctar, os hidratos de carbono. Na sua demanda por comida, vão de flor em
flor, viajando por quilómetros numa só saída da colmeia. Ao mesmo tempo que recolhem o
seualimento,vãopolinizandoasflores,numasimbiose perfeita.Quandose concentram numa
dada cultura,mantêm-se na mesma até acabar o seu trabalho meticuloso em todas as flores.
Em alguns locais do mundo, faz-se polinização artificial, que é um processo extremamente
moroso2
, mas nunca tão eficaz. Existem flores cujos estames (órgão sexual masculino)
somente largam o pólen quando submetidos a uma frequência específica (similar à nota Dó)
que só a abelha consegue fazer, vibrando o seu corpo e emitindo ultrassons. O pólen fica
agarrado aos pelos da abelha que, depois, o transporta para casa. À chegada, ela entra na
colmeia e larga o pólen, imediatamente comunicando às restantes irmãs os locais bons para
arranjar comida, mais abundantes em flores. É um mecanismo deveras sofisticado e que
funciona muito bem.
Numacolmeia,existeapenasumaabelha-rainhaque é a únicacom capacidade para se
reproduzir. Os seus filhos machos, os zangãos, são mais fortes, mas não trabalham. A sua
funçãoé apenas inseminar as rainhas virgens3
e são criados propositadamente para o efeito.
As suas filhas, as operárias ou obreiras, tratam dos outros trabalhos de manutenção da
colmeia,mediante umadivisãode trabalhomuitoorganizada.Umasvãobuscar comida,outras
alimentam as pequenas larvas que serão abelhas um dia e existem ainda as que estão
encarregadas da segurança da colmeia. As abelhas melíferas têm até um sistema de saúde
implementado.Têmequipasde abelhasresponsáveisapenaspelahigiene do seu lar. Algumas
delastêma funçãode percorrera colmeiaembuscade indivíduosdoentese separam-nos dos
outros saudáveis. Outro artifício que têm é recolherem uma resina pegajosa de algumas
plantas e incorporarem na estrutura da colmeia com a ajuda da sua saliva que contém
poderosas enzimas. À substância resultante dá-se o nome de própolis, que, cientistas
descobriram, é um antibiótico natural. Ora, isto incluído na arquitetura da colmeia, ajuda a
matar bactérias,bolores e outros germes. O própolis é usado há imenso tempo pelo Homem
para fazer remédios.
O despontardo século XXI, foi algo sombrio para estes pequenos seres. Em 2006, nos
EUA tornou-se evidente que havia um problema ao se perder anualmente cerca de 30% da
população de abelhas. Ao fenómeno foi atribuído o nome de Colony Collapse Disorder (CCD)
que, em português, traduz-se em Síndrome do Desaparecimento de Abelhas (DAS) ou
Síndrome de ColapsodasColónias(SCC).Umpoucopor todo o mundo,encontram-se colmeias
misteriosamentesemabelhas.Onúmerode colmeias nos EUA partiu de 4.5 milhões em 1945,
para apenas 2 milhões em 2007. Isto representa uma quebra de 56%! Na França, em certas
regiões,é comum perder-se cerca de 25% durante o ano e 15% no final do inverno. Contudo,
chegaram a registar-se perdas de mais de 50% da população num só inverno. Todos os anos,
os apicultoresvêem-se obrigados adividircolmeiase importarrainhasnovasparafazer face às
perdas, o que significa um grande esforço financeiro. Os próprios apicultores têm o seu
negócio ameaçado. Mas, muito mais grave do que isso é que, sem abelhas, ficaríamos
2 A polinização artificial éfeita à mão, em cada flor, com um pincel ou uma ferramenta inventada para o
propósito.
3 A reprodução das abelhas é complexa, pois faz-se em pleno voo. Uma rainha nova sai e é
imediatamente cercada por zangãos que a tentam fecundar até um deles ser bem-sucedido.
5
rapidamente semfrutase virtualmente semprodutoshortícolas(sórestariamoscereais).Sem
estes, muitos animais acabariam por morrer de fome. A nossa alimentação ficaria
extremamente limitada e, eventualmente, nós também pereceríamos.
Este é um dosgrandesmistériosque enfrentamosnos nossos dias. Mas quais serão as
causas desta morte em massa? Este tema é bastante complexo. Dir-se-ia que, mais do que
causas enumeráveis, é toda uma situação, auxiliada pela conjugação de vários fatores que
contribuemparapôr emcausa a saúde das abelhas. Maria Spivak, cientista especialista neste
campo,diz que estarealidade é umsintoma de uma paisagem sem flores e de um sistema de
alimentação disfuncional (não o das abelhas, mas dos seres humanos que as está a afetar).
Uma das principais causas apontadas é a agricultura intensiva e as grandes
monoculturasque sãotípicas da exploraçãoagrícolaatual.DepoisdaSegundaGuerraMundial,
a técnicasde cultivomudaramdrasticamente.Culturascomootrevooua alfafa,que ajudam a
fertilizar naturalmente o solo e onde as abelhas vão buscar a sua comida, perderam
popularidade e foram substituídas por fertilizantes sintéticos. Áreas imensas, de vários
quilómetros quadrados, são cultivadas com o mesmo tipo de planta, exaurindo o solo e
dificultando o acesso ao pólen por parte das abelhas, bem como reduzindo a variedade de
comidaque tanto precisam.Mas mesmo as culturas que requerem abelhas estão a dificultar-
lhes a vida. Um exemplo típico é a cultura da amendoeira. Hoje em dia, amendoeiras
estendem-se por quilómetros nos EUA, beneficiando da polinização das abelhas para dar as
suas amêndoas. Por seu lado, as abelhas também beneficiam, pois o seu pólen é muito
proteico.Noentanto,sópodemestarnestasplantaçõesquandoasamendoeirasestãoemflor,
sendo posteriormente transportadas para o amendoal seguinte. O transporte deixa-as em
grande stress e uma grande porção acaba sempre por não sobreviver. Apesar de estarem
ameaçadas, as culturas que necessitam de abelha para a polinização aumentaram em 300%.
Associadaa istovemuma outracausa apontada,que é o usode pesticidas.Tornou-se bastante
comum usar estas substâncias para controlar pestes e matar ervas daninhas. As flores das
ervas daninhas constituem uma boa parte da alimentação das abelhas e as grandes pestes
surgiram devido às monoculturas, em primeira instância. O facto de se ter a mesma cultura
numa área muito extensa incentiva à reprodução, na mesma escala, dos organismos que se
alimentam dela. Os efeitos nas abelhas são incapacitantes. Entre os pesticidas, há que dar
especial atenção aos neonicotinóides. São produzidos a partir da nicotina e possuem uma
neurotoxinaque pode provocarespasmose eventualmentematara abelha.Muitas, depois de
visitaremaflorcarregada destasubstância,ficamdesorientadase perdemo seu caminho para
casa ou ficamdoentes.Umaoutra causa que põe algumperigoà sobrevivênciadasabelhassão
as doenças parasíticas. Entre estas, a mais conhecida (e mais perigosa) é a do ácaro da varroa
(Varroa destructor,de seunome científico).Trata-se de umpequenoparasitaque se instala na
parte mais mole da abelha e suga o seu sangue. Ao mesmo tempo que se alimenta dela,
também afeta o seu sistema imunitário e transporta consigo vírus, bactérias e fungos
indesejados.Recentemente, investigadores cruzaram-se com o que chamaram vírus Israelita
da ParalisiaAguda,disseminadopelavarroae que tambémconstitui uma ameaça. Também se
pensa que a poluição tenha os seus efeitos indesejados nas abelhas, seja direta ou
indiretamente.
6
As abelhas morrerem é sinal de que algo está tremendamente errado com a nossa
cadeia de produção agrícola e que dificilmente será sustentável. A permacultura tem sido
avançada como uma possível resposta, numa tentativa de promover uma agricultura mais
conscienciosa,aproveitandoosciclos naturais em vez de tentar dominá-los artificialmente e,
com isso,respeitarolugarque as abelhasocupamnessesfluxos.Existe um programa europeu
de intervenção neste campo designado BEE DOC (Bees in EuropE & the Decline Of honeybee
Colonies), desenhado para dar informação e apoio a apicultores e quaisquer pessoas
envolvidas,de algumaforma,comabelhase produçãode produtosderivadosdasuaatividade.
Este assentaem trêspilaresde investigação:umdedicadoanovas formas de diagnóstico mais
rápidase eficazesdasdoençasnasabelhas;outrode estratégiasde prevençãoa estas doenças
e o terceiro que envolve encontrar tratamentos menos nocivos que as terapias químicas
usadashoje emdia.Entretanto,váriosinvestigadores,especialmente naEuropae EUA, tentam
determinarcommaisprecisãoascausas da DAS/SCCe formas maiseficazesde ocombater.No
campo da genética,tambémhámuitapesquisaaser levada a cabo, numa tentativa de ligar as
várias linhagens com os territórios em que se instalam e as ameaças com os genes que
respondemcomdefesasàsmesmas.EmAvinhão, e no resto do leste da França, descobriram-
se populaçõesde abelhasque parecemserimunes aos parasitas e às doenças. Investigadores
estãoa tentar perceberporquê e pensamque isto pode trazer alguma esperança ao resto das
colónias. Ajudar as abelhas e combater estas ameaças pode ser tão simples quanto plantar
flores no seu jardim, evitando contaminá-las com pesticidas. Outras maneiras são voltar às
culturas de cobertura (trevos, por exemplo) para renutrir o solo, bem como começar a
diversificar as culturas no mesmo espaço, colocando corredores de flores no meio das
plantações que permitam às abelhas alimentarem-se.
Uma nova corrente que começa a estar em voga é a criação de abelhas em meios
urbanos.Asdeficiênciasnosespaçosverdesque ascidadessofrempodemsercombatidascom
a integraçãodestesinsetosnavidaquotidiana.Aspopulaçõesurbanascomeçamaperceber os
benefícios de ter uma postura mais colaborativa com a Natureza, pelo que começam, aos
poucos,a criar maisjardinse hortasurbanas,espaçosverdesque possamquebrarooceano de
betão. Ora, para ter mais flores e frutos convém ter abelhas que vivam nas redondezas. Daí,
saiua ideiade providenciar-lhesumlardentrodascidades.Istotem-se provadobastante bem-
sucedido. A seleção de flores é muito variada e providencia alimento suficiente, bem como
protege algumas abelhas da extinção. Saem todos a ganhar. Em Boston, dados comparativos
mostram que a taxa de sobrevivência ao inverno das abelhas urbanas (62.5%) é
consideravelmente mais elevada que a rural (40%), neste momento. Também no mel, as
abelhasdascidadesproduzem mais, quase 12 kg ao ano, contra uma média de 8kg no campo.
Não se sabe aindabem porquê, mas investigações estão em curso. Em Nova Iorque, a criação
de colónias era proibida até 2010. No entanto, na Europa, isto já se faz isto há algum tempo.
Em Londres, faz-se sistematicamente. Em Paris, o famoso edifício da Ópera Garnier tem
colmeias no topo.
Em Portugal, o tipo de abelha predominante é a abelha ibérica (Apis mellifera
iberiensis, no seu nome científico). É um tipo de abelha que tem alguma mistura de ADN
africano, pelo que é um pouco mais forte que as suas congéneres europeias. Em 2009, o
7
último ano de contagem, havia cerca de 195 596 colónias, entre colmeias e cortiços4
,
espalhadas pelo país, com maior concentração no Alentejo, Trás-os-Montes e Algarve,
respetivamente.Contudo,20 anos antes, em 1989, o número ascendia aos 366 156 colmeias e
cortiços.Existemporvoltade 18 mil apicultoresportugueses, sendo que mais 90% é pequeno
produtor (menos de 150 colmeias). Portugal também tem assistido a uma quebra visível na
população.Noentanto,alémdasoutrascausas mencionadasanteriormente,oprincipal perigo
apontadono nossopaís prende-se comachegadada predadoravespavelutina asiática (Vespa
velutina nigritorax,noseunome oficial),cujo modusoperandi é cercar as colmeias e deixar as
abelhascomapenasduas escolhas:oumorremládentroou saempara um voosuicida.Estima-
se que esta espécie tenha chegado à Europa em 2004. A sua presença foi detetada em
territórioportuguêsem2011 e,desde então,nãoparoude se espalhar. As abelhas asiáticas já
desenvolveram técnicas de defesa, mas as europeias são dizimadas sem resistência. As
autoridades estão a tentar eliminar estas vespas, mas estão a perder terreno face à sua
reprodução muito rápida. Outro perigo muito real parece ser o roubo de enxames, que tem
provocado o aumento dos preços. Hoje em dia, um enxame que custa cerca de 50 euros,
custaria metade há uma década atrás.
Gráficonº 1 – Colmeiase cortiços emPortugal
Fonte:FNAPpara dados de 2004 e DGAV para dados dos restantes anos
4 Cortiços são cascas de sobreiro, portanto, grandes bocados de cortiça, que são usados pelos
apicultores para dar uma estrutura às abelhas onde elas possam viver e reproduzir-se.
540000
550000
560000
570000
580000
590000
2004 2007 2010 2013
Númerode colmeias e cortiços povoados
8
Gráficonº 2 – Apicultoresem Portugal
Fonte:FNAPpara dados de 2004 e DGAV para dados dos restantes anos
O Ministério da Agricultura e a Comissão Europeia empreenderam grandes esforços
para recuperar a população de abelhas, incentivando as grandes explorações de apiários. O
potencial económicodeste sectoré muitogrande.Omel é o produtomaistradicional, mas, de
longe,nãoo único.Apesarde seremmaiscomunsem grandes explorações, a comercialização
de rainhas,a cera, o pólen,oprópolis,ageleiareal5
e oprópriovenenodaabelha,aapitoxina6
,
são outros exemplos de produtos bastante lucrativos.
Gráficonº 3 – Produção nacional anual de mel,em toneladas
Fonte:INE
5 A geleia real é o alimento segregado pelas obreiras destinado às larvas.
6 O veneno das abelhas designado por apitoxina foi apontado como uma substância eficaz na
terapêutica do VIH.
0
5000
10000
15000
20000
25000
2004 2007 2010 2013
Númerode apicultores
0
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
6,000
7,000
8,000
9,000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Produção de Mel (toneladas)
9
Objetivos
Com este estudo, pretendemos determinar o nível de conhecimento dos alunos e
professoresque realizaramoNEPSOe ou o Rato de Biblioteca este ano letivo, sobre o mundo
das abelhas e a importância das mesmas para o ecossistema.
 Determinar o conhecimento sobre as abelhas
o Conhecer qual o sentimento em relação às abelhas
o Saber se já tiveram contato com o mundo das abelhas
o Determinar o conhecimento sobre a organização das abelhas.
o Conhecer o grau de interesse sobre o mundo das abelhas
o Determinar o conhecimento do tipo de abelhas mais comum em Portugal
o Saber se conhecem algum apicultor
o Saber se já tiveram contato com apiários
o Saber a impressão que têm sobre o estado atual da apicultura em Portugal
o Saber a impressão que têm sobre o futuro da apicultura em Portugal
 Aferir o conhecimento sobre os produtos resultantes da exploração apícola
o Conhecimento sobre o que as abelhas produzem
o Conhecimentosobreautilizaçãoque é feitapelohomem dos produtos que as
abelhas produzem.
o Saber se consomem alguns desses produtos, quais e como
 Perceção da importância das abelhas para o ecossistema
o Determinar o grau de importância atribuído às abelhas no ecossistema
o Determinar o conhecimento sobre o seu peso na polinização
o Aferir o conhecimento sobre os efeitos da sua potencial ausência
o Aferir o conhecimento sobre o SDA/SCC7
o Determinar o grau de conhecimento do fenómeno
o Determinar o nível de conhecimento de ameaças à existência das abelhas
o Saber se conhecem algumas das ameaças à existência das abelhas
o Descobrir o nível de preocupação associado a essas mesmas ameaças
 Conhecer a opinião sobre a importância do estudo das abelhas nas escolas
o Determinar o grau de importância do “estudo da abelha” fazer parte do
currículo do ensino básico e secundário, nas escolas
o Conhecer a opinião sobre a forma como deve ser ensinado este assunto
7 Síndrome do Desaparecimento das Abelhas/ Síndrome do Colapso das Colmeias
10
Universo e Amostra
Universo
O universo deste estudo é constituído pelos participantes do NEPSO e Rato de
Biblioteca do ano letivo 2013/2014.
O universo compreende cerca de 191 professores e 1287 alunos, no total. Destes,
cerca de 153 professores e 922 alunos são do NEPSO, 30 professores e 233 alunos estão no
Rato de Biblioteca e 8 professores e 132 alunos estão envolvidos em ambos os programas.
A nível geográfico:
 No Rato de Biblioteca
Professores Alunos
Norte 19 199
Centro 11 34
 No NEPSO
Professores Alunos
Norte 126 625
Centro 21 251
Sul 6 46
 No NEPSO e no Rato de Biblioteca
Professores Alunos
Norte8
4 107
Centro9
4 25
Quanto aos níveis de ensino:
 No Rato de Biblioteca
Professores Alunos
Primária e Pré-escolar 6 113
3º Ciclo 17 76
Secundário 7 44
 No NEPSO
8 Caldas das Taipas
9 Lousã
11
Professores Alunos
Primária e Pré-escolar 103 421
2º Ciclo 2 25
3º Ciclo 30 299
Secundário 18 177
 No NEPSO e no Rato de Biblioteca
Professores Alunos
3º Ciclo10
4 25
Secundário11
4 107
Amostra
A amostra é constituída por todos os professores e alunos participantes no NEPSO e
Rato de Bibliotecadoanoletivo2013/2014 que concordaram emresponderaodesafiodaFVP.
Ao todo,conseguiram-se 320 entrevistas, sendo que 271 eram alunos e 49 eram professores.
Alunos
Pré-escolar 9
3,3
Primária 74
27,3
2º Ciclo 9
3,3
3º Ciclo 91
33,6
Secundário 88
32,5
Amostra 271
Professores
Pré-escolar 7
14,3
Primária 19
38,8
2º Ciclo 2
4,1
3º Ciclo 16
32,7
Secundário 10
20,4
Amostra 49
10 Lousã
11 Caldas das Taipas
12
Metodologia
O questionárioseráaplicadoonline,porautopreenchimento,atravésdaplataforma da
Fundação Vox Populi.
Recolha
A recolhafoi realizadaremotamente,atravésdoportal da Fundação Vox Populi, entre
os dias4 de Março e 2 de Junho. A seleçãodoselementosdaamostrafoi voluntária, ou seja, o
questionário foi aberto no site da Fundação Vox Populi e respondeu quem, do grupo total,
teve disponibilidade e vontade.
13
Análise dos resultados
1 – Conhecimento sobre as abelhas
Neste estudo das abelhas, o primeiro aspeto analisado foi o sentimento geral em
relação às abelhas. Procurou-se perceber que considerações têm as pessoas sobre estes
bichinhos. Perante a pergunta, a maioria dos entrevistados demonstrou-se indiferente às
abelhas (40%). Cerca de 30% afirmaram abertamente não gostar delas e outros tantos
disseram que gostam. A abordagem geral às abelhas é, pois, mais negativa que positiva.
Gosto muito de
abelhas.
29%
São-me
indiferentes.
40%
Não gosto de
abelhas.
30%
Não responde
1%
Quando pensa emabelhas, qual é o seusentimento?
57.5
10.5
7.5
16.7
51.0
<10 anos 11-14 anos 15/16 anos 17-24 anos 25+ anos
"Gostomuitode abelhas."(análise por grupos etários)
Base: Totalidade dos entrevistados
14
No entanto, ao separar por grupos etários e analisar a percentagem de respostas a
“Gosto muito de abelhas”, é possível distinguir entre grupos que simpatizam mais e outros
menos. De entre os participantes NEPSO/Rato de Biblioteca, os extremos destacam-se. Os
maispequeninos(commenosde 10 anos),seguidospelogrupodosprofessores, foram os que
mostraram gostar mais destes insetos. Os grupos etários entre 11 e os 24 anos parecem
partilhar menos desta visão.
Aprofundandonosentimentorelativo às abelhas, cerca de metade dos entrevistados
afirma mesmo ter medo delas, mas a outra metade não tem medo das abelhas.
O medodas abelhasprende-se,muitoprovavelmente,coma ameaçados seusferrões.
De fato, verifica-se que muitos dos entrevistados (76%), um pouco mais de ¾ dos
entrevistadosafirmam játeremsido picados por abelhas pelo menos uma vez nas suas vidas.
Tenho medo
delas.
50%
Não tenho
medo delas.
48%
Não responde
2%
Quando pensa emabelhas, sente medo delas
ou não sente medo?
Base:Totalidade dos entrevistados
Sim
76%
Não
21%
Não me
lembro
2%
Não responde
1%
Já alguma vez foi picado por uma abelha?
Base:Totalidade dos entrevistados
15
A picadada abelhaé,geralmente, bastante dolorosa e provoca um grande inchaço na
zona afetada, mas tratável e sem consequências muito graves ou irreversíveis. Porém, o
verdadeiroperigoestánaalergiaàpicada,maisconcretamente aovenenoque a abelha injeta
no corpo,chamado de apitoxina.A gravidade dasalergiasvariaconsoante aspessoas, mas,nos
casos mais graves, chega a pôr em risco as suas vidas. No grupo inquirido, cerca de 9% afirma
ser alérgico às picadas de abelhas. A grande maioria (66%) não é, mas uma porção ainda
significativa (24%) não sabe.
Quantoà atençãoque prestamàs abelhas,ouo quãointeressadosestãonassuasvidas
e atividades,osentimento que transparece é de que 29% dos entrevistados está nem muito,
nem pouco interessado, o que confirma a indiferença verificada anteriormente. Podemos
Sim
9%
Não
66%
Não Sabe
24%
Não responde
1%
É alérgico(a) ao venenoda abelha?
Base: Totalidade dos entrevistados
2
4
13
12
29
21
19
Não responde
Não Sabe
1- Nada interessado(a)
2- Pouco interessado(a)
3- Nem muito nem pouco interessado(a)
4- Muito interessado(a)
5- Muitíssimo interessado(a)
Qual diriaque é o seugraude interesseemrelaçãoao
mundo das abelhas?
Base: Totalidade dos entrevistados
16
verificar que os mais novos estão “Muitíssimo” e “Muito” interessados (75%), seguidos dos
professores com 61%. Os restantes alunos não estão interessados neste assunto.
Ao analisarmosograu de interesse pelo mundo das abelhas, verificamos que o grupo
maisinteressadonestetemaé oPré-escolar/Primária (4.28), seguidos dos professores (3.67).
O grupo do Secundário tem, assim, uma média aproximada de 2, o que significa que as
respostas deste grupo caíram, em geral, mais perto do “Pouco interessado(a)”, dando-lhe
destaque como os que menos se interessam pelas abelhas. Os alunos do 2º e 3º Ciclo e
Secundário são os que mostram menos interesse.
4
3
2
4
Pré-escolar/ Primária 2º/ 3º Ciclo Secundário Professores
Qual diriaque é o seugraude interesseemrelaçãoao
mundo das abelhas? (Escalade 5 a 1)
Média
Base: Totalidade dos entrevistados
39
19
7
3
31
2
São todas irmãs Cada uma tem a
sua família e
todas as famílias
vivem juntas na
colmeia
São todas
primas
Não há ligação
genética entre
as abelhas da
colmeia
Não Sabe Não responde
Conhece a ligaçãogenética/familiar que existe entreas
abelhas na colmeia?
Base:Totalidade dos entrevistados
17
Depois de se analisar os aspetos gerais relativos às abelhas, tal como o sentimento
geral ou o grau de interesse que despertamnosentrevistados,passamosaprocurar sabermais
sobre que conhecimento têm as pessoas sobre a vida e organização das abelhas.
Na pergunta sobre a ligação familiar entre os membros de uma colmeia, 39% dos
entrevistadossabiatratarem-se de irmãs.Mesmoassim, aindaumaporçãosignificativa afirma
não saber (31%).
De mesma forma, a quantidade de rainhas que há numa colmeia parece ser do
conhecimento geral. Mais de 4/5, 77%, dos entrevistados sabe que é possível existir apenas
uma por cada enxame.
A organização intricada das abelhas permitiu-lhes sobreviver durante milhares de
anos. A colmeia tem uma das divisões de trabalho mais complexas e eficazes que se pode
0
77
7
3
13
0 1 2 3 Não Sabe
Sabe até quantas rainhas pode ter cada colmeia?
Base:Totalidade dos entrevistados
Sim
39%
Não
58%
Não responde
3%
Conhece a divisãode trabalhoque existe na
colmeia?
Base:Totalidade dos entrevistados
18
observar na Natureza. Cerca de 58% dos alunos e professores participantes do NEPSO e Rato
de Biblioteca afirmam não estarem familiarizados com alguns dos papéis desempenhados
pelas irmãs na colmeia.
Averiguando sobre que papéis conhecem desempenhados pelas abelhas na colmeia,
os entrevistados mencionaram vários. A produção de mel (46%) é, sem sombra de dúvida, a
atividade maisconhecida.Logode seguida,é reconhecidootrabalho que fazem de recolha de
néctar e pólen e o papel das abelhas na polinização das flores (46%). Na verdade, as duas
atividades acontecem simultaneamente. A abelha é um inseto polinizador na reprodução
sexuadade plantas(que envolve umelemento do sexo feminino e outro do sexo masculino).
As plantastêmváriasestratégiasde reprodução,sendoque umadelasé tirarpartidode outros
seresna Naturezaparaauxiliarnoseuprocessode polinização. De entre estes seres, a abelha
é dosque mais contribui. Ao viajar de flor em flor na sua missão em busca de néctar e pólen,
permite que as plantas se fertilizem entre si. A fecundação bem-sucedida dá origem a novos
rebentos (se as suas sementes encontrarem sítios adequados para crescer).
O terceiroe quarto papel que mais se menciona é o da rainha e o da reprodução (29%
e 22%, respetivamente). A rainha é a única fêmea que se reproduz na colmeia. Todas as suas
filhas são estéreis. Ela é fecundada apenas uma vez no princípio da sua vida e põe ovos até
morrer.Essa é a sua principal função. As operárias são mencionadas de seguida (20%), sendo
que desempenhamtodososoutrospapéisrelevantesnacolmeia(alémdafecundaçãode ovos
que é da responsabilidade doszangões). Osentrevistadosmencionaramque elas constroem e
limpam a colmeia (10%), protegem-na de ameaças exteriores (15%), tratam da rainha (4%) e
da descendência (17%).
7
7
4
5
6
6
10
13
15
17
20
22
29
46
46
Não sabe/Não responde
Outros
Cuidarda rainha
Fecundação de ovos
Trabalho na colmeia em geral
Manutenção da ordem social na colmeia
Manutenção/limpeza da colmeia
Zangãos
Segurança da colmeia
Criação da prole
Operárias (obreiras)
Postura de ovos
Rainha
Recolha de néctar e pólen/Polinização
Produção de mel
Que tipo de tarefas desenvolvidas pelas abelhas conhece?
Base: Entrevistados que afirmamconhecer a divisão de trabalho dentroda colmeia (123)
19
No que toca à comunicação entre os membros da colmeia, cerca de 70% dos
entrevistados acha que existe alguma forma de comunicação entre as abelhas.
Porém, as opiniões dividiram-se quanto à forma como se efetua essa comunicação,
apesar de serem todas mais ou menos válidas. Os zumbidos das abelhas é o aspeto mais
identificado (28%).Éfeitoatravésdobater das asas e parece variar consoante a mensagem. A
finalidademaiscomum é avisar as irmãs da presença umas das outras, mas também pode ser
usadopara sinalizar situações de stress/ameaça. No entanto, elas têm também outro tipo de
Sim
70%
Não
14%
Não Sabe
15%
Não responde
1%
Em suaopinião, as abelhas comunicam entre si?
Base:Totalidade dos entrevistados
3
9
8
2
4
4
7
8
10
13
19
28
Não responde
Não sabe
Outros
Através de ultrasons
Com a sua própria linguagem
Pelo odor/ feromonas
Através de gestos/movimentos
Com as antenas
Pelo bater de asas
Através de sons
Através da dança
Através de zumbidos
Como se dá essacomunicação?
Base: Entrevistados que afirmamsaber que as abelhas comunicamentre si (222)
20
comunicação muito interessante que se faz através da dança. Os entrevistados também se
mostraram conhecedores deste aspeto (19%). Quando uma abelha batedora (que vai buscar
alimento ao exterior) encontra um sítio propício à recolha de pólen e/ou néctar, volta à
colmeia e passa essa localização através de movimentos intricados com o seu corpo que
indicam a distância e a direção dessas flores às irmãs que encontra logo à entrada. Logo de
seguida, num efeito em cadeia, elas espalham a mensagem pelo resto da colmeia. Nesta
pergunta, também se mencionou o odor ou feromonas (4%), apesar de não com grande
expressão. Na verdade, as feromonas também são utilizadas pela rainha com o propósito de
manter a ordem social na colmeia. As abelhas mantêm-se calmas e obedientes.
Existemimensas espécies diferentes de abelhas no mundo. Existem até abelhas que
preferemuma vida solitária em vez de funcionar em colmeia. No caso de Portugal, a espécie
mais comum é a Apis Mellifera Iberiensis, literalmente traduzido do latim como Abelha
melífera ibérica.
Sim
13%
Não
83%
Não responde
4%
Sabe qual é a espécie de abelhamais comum
em Portugal?
Base: Totalidade dos entrevistados
32
15
10
7
5
32
Abelha melífera Abelha
comum/normal
Abelhão Operárias Apis melífera
ibérica
Outros
Qual é a espécie de abelhamais comum emPortugal?
Base:Entrevistados que afirmamsaberqual a espécie maiscomum de abelha em Portugal (41)
21
Mesmo entre os inquiridos que afirmaram ter conhecimento de qual a espécie mais
comum em Portugal, uma porção significativa deu uma resposta diferente do que era
pretendido.Cercade 32%respondeu“Abelha melífera”, mas apenas 5% explicitaram que era
melífera ibérica, que era considerada a resposta mais correta. Se olharmos para estas
proporções face à totalidade dos entrevistados, quem respondeu “Abelha melífera”
representa apenas 4% dos entrevistados e os que responderam “Apis melífera ibérica”
somente 1%.
2 – Conhecimento sobre os produtos resultantes da exploração apícola
A apicultura envolve a criação de abelhas para a extração dos produtos de grande
qualidade que elasfazem,muitoúteis ao Homem. De entre os participantes do NEPSO e Rato
de Biblioteca,quase todos (72%) sabem o que é a apicultura. No entanto, ainda ¼ afirma não
ter conhecimento do que é.
4
2
1
1
1
4
Abelha melífera Abelha
comum/normal
Abelhão Operárias Apis melífera
ibérica
Outros
Qual é a espécie de abelhamais comum emPortugal?
Base: Totalidade dos entrevistados
72%
25%
3%
Sabe o que é apicultura?
Sim
Não
Não responde
Base: Totalidade dos entrevistados
22
Todavia, apesar de saberem o que é a apicultura, 81% afirma não ter, nem no
presente,nemnopassado,qualquer contatocomestaatividade.Apenas15% é que participou
ou teve contato com esta exploração, apesar de 38% conhecer alguém que se dedique a esta
atividade, sendo que a maioria (59%), afirma não ter qualquer convivência com o apicultor,
seja ele profissional ou amador.
Sim
15%
Não
81%
Não responde
4%
Tem ou teve algumaexperiênciapessoal
diretacoma apicultura?
Base:Totalidade dos entrevistados
Sim
38%
Não
59%
Não responde
3%
Conhece alguémque se dedique à
apicultura, sejaemtempoparcial ou total?
Base: Totalidade dos entrevistados
23
Analisandoaperceçãoda evoluçãodonúmerode colmeiasemterritório português na
atualidade,osentrevistadosparecemdividir-seentre afirmarque estáaaumentar(30%) e que
não sabe (30%). Na verdade, a população de abelhas tem mesmo aumentado nos últimos
anos.Pode serque estesnúmerosresultemde umarecolhamais eficaz de informação ou que
traduzam mesmo um aumento efetivo. A tendência portuguesa parece, pois, ir em corrente
contrária à da mundial, em que as abelhas aparecem seriamente ameaçadas.
Relativamente à próxima década, os entrevistados estimam, em larga escala, que o
crescimentocontinuará(36%).Aindacercade ¼ afirma não saber o que irá acontecer. Apenas
1 em cada 5 entrevistados concorda que a população nacional de abelhas irá diminuir nos
próximos dez anos.
30
17
21
30
2
Em crescimento Nem em
crescimento, nem
em declínio
Em declínio Não Sabe Não responde
Em suaopinião, o númerode colmeias emPortugal está:
Base:Totalidade dos entrevistados
36
15
21
26
2
Crescer Nem crescer nem
diminuir
Diminuir Não Sabe Não responde
E na próximadécada, acha que o númerode colmeias em
Portugal irá:
Base: Totalidade dos entrevistados
24
Os produtos provenientes das abelhas são outra das formas de proximidade que os
humanos têm com elas. Desde tempos imemoriais que o ser humano tira partido das
substâncias ricas em nutrientes e agentes antibacterianos que elas confecionam. Alguns
exemplos são: o mel, a geleia real ou a própolis. O produto mais conhecido pelos nossos
entrevistados é, de longe, o mel (75%). Em segundo lugar e com um número muito mais
reduzidode respostas, foi indicada a cera (11%) e, em terceiro, os cosméticos (8%). De resto,
outros produtos que tiveram alusões mais reduzidas foram: o pólen (5%), produtos
alimentares (4%), a geleia real (3%), o uso de substâncias derivadas das abelhas para fazer
medicamentos (3%) e o veneno, a apitoxina (2%). Nesta pergunta, os entrevistados também
mencionaramaindafrutos,florese plantas.Estesnãosãoproduzidospelasabelhas,emsi,mas
são resultantes da sua atividade.
3
1
2
3
3
4
5
8
11
75
Outros
Frutos/Flores/Plantas
Veneno (apitoxina)
Medicamentos
Geleia real
Produtos alimentares
Pólen
Cosméticos
Cera
Mel
Que produtos conhece provenientesdas abelhas ou
relacionados comelas?
Base: Totalidade dos entrevistados
25
Os produtos com origem nas abelhas são, em grande parte, comercializados e
consumidos pelos humanos. A utilização feita pelo Homem aos produtos que as abelhas
produzem passa pelo consumo de produtos alimentares (38%), medicamentos (23%),
cosméticos (10%) e a cera (5%).
Dos entrevistadosque conhecemestesprodutosque asabelhasproduzem, 3emcada
4 costumaconsumiralgunsdeles.
2
4
2
4
5
10
13
20
23
38
Não sabe/Não responde
Outros
Pólen
Venda
Cera/Velas
Cosméticos
Consumo
Mel
Medicamentos
Produtos alimentares
E que utilizaçãoé feitapelohomemaos produtos que as
abelhas produzem?
Base:Entrevistados que afirmamconheceralguns produtos provenientes das abelhas(256)
Sim
75%
Não
24%
Não responde
1%
Costumaconsumir alguns desses produtos
provenientes das abelhas?
Base: Entrevistados que afirmamconhecer alguns produtos provenientesdas abelhas
26
Dos participantes que afirmaram consumir esses produtos, o que mais se destaca é o
mel (91%).Depois,emexpressõesmuitomaisreduzidas, vêmosmedicamentos(4%),produtos
de higiene (4%), cereais (3%) e bolos (3%). O pólen e os cosméticos foram citados 3% das
vezes, cada um, e a cera e os rebuçados também 2%, cada um.
3 – Perceção da importância das abelhas para o ecossistema
O papel que as abelhasdesempenhamnaNaturezacomoagentespolinizadores torna-
as essenciaisparaamanutençãodo equilíbriodosecossistemasonde vivem. A maiorparte dos
2
2
3
3
3
3
4
4
91
Cera
Rebuçados com mel
Cosméticos
Pólen
Bolos
Cereais
Produtos de higiene (champô, sabonete, gel…
Medicamentos
Mel
Quais produtos provenientesdas abelhas costuma
consumir?
Base:Entrevistados que afirmamconhecer alguns produtos provenientesdas abelhas (193)
48
31
9
3 2
6
2
1- Muitíssimo
importante
2- Muito
importante
3- Nem muito,
nem pouco
importante
4- Pouco
importante
5- Nada
importante
Não Sabe Não responde
Qual é, para si, o grau de importânciadas abelhas no papel
que desempenhamna Natureza?
Base: Totalidade dos entrevistados
27
entrevistados reconhece a importância do papel das abelhas na Natureza, referindo que são
“Muitíssimo” ou “Muito” importantes (79%).
Quando interpelados para dar uma avaliação numérica (em percentagem) da
contribuição total das abelhas para o processo de polinização, os entrevistados, em média,
disseramque serianaordemdos78%. Na verdade, asabelhasestão encarregadas de cerca de
1/3 (~33.3%) da polinizaçãototal.Noentanto,dosanimaisque contribuem para a polinização,
são elas as campeãs. Outros exemplos são pássaros ou mesmo borboletas. Sem a sua ajuda,
uma grande parte da variedade de legumese frutosque temosànossa disposiçãohoje emdia,
poderiam ficar comprometidos.
77
84
78
67
83
Total Pré-escolar/
Primária
2º/ 3º Ciclo Secundário Professores
Contribuiçãodas abelhas para a polinizaçãototal na
Natureza, numaescalaentre 0 e 100 (valores médios).
Base: Totalidade dos entrevistados
28
Um dos principaisobjetivosdoestudoerasaberaté que pontoosnossos participantes
tinham conhecimento sobre a ameaça recente que se tem revelado às abelhas. Desde 2006,
que se notam sinais de perigo com enxames inteiros a desparecer misteriosamente das suas
colmeias ou a morrer em massa. A este fenómeno chamou-se de Síndrome de
Desaparecimento das Abelhas (SDA) ou Síndrome de Colapso de Colónias (SCC). Entre os
entrevistadosdeste estudo, este fenómeno parece ser relativamente desconhecido. Apenas
21%, um pouco mais de 1/5, afirma já ter ouvido falar. Este valor é mais elevado junto dos
professores (47%), mas junto dos alunos, não ultrapassa os 19%.
Dos entrevistados que afirmasabero que é a SDA/SCC, a maioria considera a situação
“Muitíssimo grave”. Entre professores e alunos, os professores apresentam uma consciência
da gravidade dasituaçãomaiselevada.Cercade 70% consideraa situação “muitíssimo” grave,
enquanto que, nos alunos, este valor é de 56%.
Sim
21%
Não
75%
Não responde
4%
Já ouviufalar do chamado Síndrome de
Desaparecimentodas Abelhas ouSíndrome de
Colapsode Colónias?
Base:Totalidade dos entrevistados
60
32
6
0 2
5- Muitíssimo grave 3- Muito grave 3- Nem muito, nem
pouco grave
2- Pouco grave 1- Nada grave
Em suaopinião, qual o grau de gravidade destasituação?
Base: Entrevistados que afirmamter conhecimentodoque é o SDA ouSCC(68)
29
Não existe ainda um consenso quanto às origens certas da SDA/SCC, mas imensos
cientistasestãodedicadosaestacausa. Pensa-se,até agora,que poderáser,sim, a conjugação
de váriosfatoresque acabe por introduzir desequilíbrios nas colmeias e a morte prematura e
emmassa das abelhas.Ascausasapontadaspelosentrevistadossão,emmuito,parecidas com
as avançadas peloscientistas. A poluiçãoé amaisfalada(31%),seguidadouso de pesticidasna
agricultura (24%). Um pesticida em particular, os neonicotinóides, é apontado como um dos
mais perigosos. Costumam ser administrados nos girassóis (que elas gostam) e são fonte de
uma poderosaneurotoxinaque afetaasabelhas.Algumasficamdoentes,outrasdesorientadas
e não conseguem voltar à colmeia. As doenças (parasitas e vírus, principalmente) também
constam em 13% da lista de perigos, especialmente a varroa. Alguns entrevistados (13%)
mencionam também a ação do Homem em geral sobre a Natureza. Outros problemas
enunciadossão a deflorestação (10%) e os fogos florestais (9%) que comprometem o habitat
das abelhas. Alterações climáticas (9%) e outras espécies invasoras (7%), como é o caso da
vespa velutina, são também fontes de perigo ao bem-estar das abelhas.
22
7
9
9
10
13
13
24
31
Outros
Espécies invasoras
Alterações climáticas
Fogos florestais
Deflorestação
O Homem
Doenças (vírus, parasitas, etc.)
Pesticidas
Poluição
Quais são, na sua opinião, as principais causas da
morte em massadas abelhas no mundo?
Base: Entrevistados que afirmamter conhecimentodoque é o SDA ouSCC(68)
30
O impacto que a ausência das abelhas teria no nosso cenário prova-se pouco
conhecidonestaamostra.Cercade 43%, dosentrevistados,afirmadesconhecer o que poderia
acontecer se as abelhas desaparecessem por completo. Na verdade, as abelhas são cruciais
para manter o equilíbrio natural. Sem elas, estima-se que em poucos anos muita da vida
desapareceria,incluindoos humanos. Dos que têm alguma ideia do que poderia acontecer, a
extinçãode muitasespéciesde plantase animaisparece ser o mais óbvio (18%). Cerca de 11%
sabe apenas que teria um efeito negativo, mas não explicita o quê. Outros dizem que a
polinização(10%) e a produçãode mel (9%) ficariamcomprometidas. Cerca de 3% menciona a
extinção da Vida no planeta, 4% fala de danos no planeta e apenas 3% fala da extinção da
Humanidade.
43
3
2
2
3
4
7
9
10
11
18
Não sabe/Não responde
Outros
Menos fotossíntese, menos oxigénio na atmosfera
Disrupção do equilíbrio natural
Extinção da Humanidade
Destruição do/no planeta
Extinção da Vida no planeta
Não haveria mais mel
A polinização ficaria comprometida
Teria um efeito nefasto
Extinção de muitas espécies (plantas e/ou
animais)
Em suaopinião, qual seriaoimpacto para o planeta
terra, odesaparecimentototal das abelhas?
Base:Totalidade dos entrevistados
31
4 – Importância do estudo das abelhas nas escolas
Quantoà possibilidade deste assunto fazer parte do currículo do ensino básico ou até
do secundário nas escolas portuguesas, a média dos entrevistados acha que é “Muito
importante”.Nossub-grupos escolares,osalunosdoPré-escolare daPrimáriasão os que mais
importância atribuem ao estudo deste tema, seguidos pelos professores. Os alunos do 2º/3º
Ciclo e os do Secundário estão mais perto do “Nem muito, nem pouco importante”.
23
29
26
5 4
11
3
5- Muitíssimo
importante
4- Muito
importante
3- Nem muito,
nem pouco
importante
2- Pouco
importante
1- Nada
importante
Não Sabe Não responde
Que grau de importânciatemo estudoda abelhafazer
parte do currículodo ensinobásicoe/ousecundárionas
escolas portuguesas?
Base:Totalidade dos entrevistados
11
3
1
1
2
2
2
4
4
10
19
41
Outros
Todas
Economia
Saúde infantil
Geografia
Português
Físico-Química
Área de…
Cidadania
Biologia
Estudo do Meio
Ciências Naturais
Em que disciplinas achaque deveriaser
estudadoeste assunto?
Base: Totalidade dos entrevistados
32
Na opiniãosobre emque disciplinadeveriaserincluídooestudodeste assunto, as que
obtiveramummaiornúmerode respostasforam as CiênciasNaturais(41%), o Estudo do Meio
(19%) e a Biologia (10%), que são as mais do foro da Natureza. Outras mencionadas, mesmo
que em menor grau, são a Cidadania (4%) e a Área de Integração (4%). Outras disciplinas
apresentam valores residuais.
33
Principais conclusões
1. O sentimento geral relativamente às abelhas é de indiferença ou de aversão,
mais do que apreciação. Os alunos mais novos, do ensino pré-escolar e
primária, parecem ser os que mais gostam de abelhas, seguidos do grupo dos
professores. Os do 2º/3º Ciclo e Secundário são os que simpatizam menos.
2. Cerca de metade dos entrevistados admite ter medo delas e 3 em cada 4 já foi
picado.
3. O nível de interesse pelo mundo das abelhas é muito elevado junto dos mais
novos e dos professores. Os restantes alunos não mostram grande interesse.
4. Apesar da atenção dada às abelhas não ser muita, os entrevistados acabam por
ter um nível de conhecimento considerável. Em geral, sabem que existe apenas
uma rainha, que elas são todas irmãs (exceto a rainha, que é a mãe) e
conhecem as funções que elas desempenham na colmeia e a comunicação que
efetuam entre si. Só tiveram mais dificuldades quando questionados sobre qual
espécie seria a mais comum em Portugal, em que 83% responderam não saber.
5. Quanto à apicultura, os entrevistados, em geral, sabem o que é, mas revelam
pouco contato. No entanto, têm um amplo conhecimento dos produtos que
resultam desta atividade e consomem alguns destes produtos.
6. Na avaliação da importância que as abelhas têm na Natureza, consideram-nas
“muito importantes”, no entanto sobrestimam bastante o seu peso na
polinização total (respondem 77.4% quando, na verdade, está estimada em
cerca de 1/3).
7. Relativamente ao recente Síndrome do Desaparecimento das Abelhas ou
Colapso de Colónias, poucos entrevistados (21%) afirmam ter conhecimento
deste fenómeno. Porém, os que têm classificam-no de “muito grave”.
8. As causas que os entrevistados apontaram para este problema foram próximas
das mencionadas pelos cientistas. Eles discutem uma interação de vários
fatores, entre eles: a poluição, o uso de determinados pesticidas (os mais
graves sendo os neonicotinóides), doenças e a ação do Homem (deflorestação,
monocultura, etc.). Em alguns locais, as espécies invasoras também constituem
um problema.
34
9. Os entrevistados, em geral, subestimam os efeitos do desaparecimento das
abelhas no ecossistema. Uma grande percentagem, cerca de 42%, admite não
saber que efeito será esse. Outros apontam corretamente a extinção de plantas
e animais, ou até dos humanos, mas também menciona-se várias vezes
consequências menos catastróficas como um efeito negativo indiscriminado ou
a simples ausência de mel.
10. Os entrevistados acham que este assunto deveria ser inserido no programa
curricular, nomeadamente nas disciplinas dedicadas à Natureza (Ciências
Naturais, Estudo do Meio e Biologia).
35
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Imagem:
Abelha (capa). Recuperado em Março de 2014, de:
http://dalantech.deviantart.com/art/Miner-Bee-Head-On-II-101531317
37
Anexos
 Questionário
Este ano o tema que a Fundação Vox Populi escolheu para trabalhar o NEPSO e o Rato de
Biblioteca foi a importância das abelhas para o planeta terra.
É um projetoque estamos a desenvolver, e que queremos partilhar com todos os grupos
que estão a trabalhar nestes programas.
Neste momento estamos a fazer as entrevistas e gostaríamos muito de contar com todos
os participantes do NEPSO e Rato de Biblioteca para responder a este estudo. Professores,
alunos, todos os que estão a trabalhar nos seus projetos.
No fim do ano, apresentaremos os resultados deste estudo a todos.
No início do século XXI, as populações de abelhas começaram a dar sinais de estarem a
enfrentar contrariedades e o seu número tem descido a pique por todo o mundo. Isto pode
trazer consequências. Comeste questionário,queremos saber a opinião, dos participantes no
NEPSO e Rato de Biblioteca, sobre a importância da abelha na natureza e no planeta terra.
Não há respostas certas ou erradas. Queremos que nos responda com sinceridade às
questões que lhe vamos colocar. No final do ano, divulgaremos os resultados estatísticos.
Vamosentãofalarsobre as abelhasemgeral.
1. Quandopensaemabelhas,qual é o seusentimento?
a) Gosto muitode abelhas.
b) São-me indiferentes.
c) Não gostode abelhas.
Não respondo
2. Quandopensaemabelhas,sente medodelasounãosente medo?
d) Tenhomedodelas
e) Não tenhomedodelas
f) Não respondo
3. Já algumavezfoi picadopor uma abelha?
a) Sim
b) Não
Não me lembro
Não respondo
4. É alérgico(a) aovenenodaabelha?
38
a) Sim
b) Não
Não sei
Não respondo
5. Qual diriaque é o seugrau de interesse em relaçãoaomundodasabelhas?
a) Muitíssimointeressado(a)
b) Muito interessado(a)
c) Nemmuitonempoucointeressado(a)
d) Poucointeressado(a)
e) Nada interessado(a)
f) Não sei
g) Não respondo
As abelhas melíferas são a espécie mais comum, que produz mel. Foi esta espécie que
desenvolveu uma complexa vida em colmeia.
6. Conhece aligaçãogenética/familiarque existe entre asabelhasnacolmeia?
a) São todasprimas
b) São todasirmãs
c) Cada uma tema sua famíliae todas as famíliasvivemjuntasnacolmeia
d) Não há ligaçãogenéticaentre asabelhasdacolmeia
Não sei
Não respondo
7. Sabe até quantasrainhaspode tercada colmeia?
0
1
2
3
Não sei
Não respondo
8. Conhece adivisãode trabalhoque existe nacolmeia?
a) Sim
b) Não -> passaa 9
Não respondo
8.1. Se sim,que tipode tarefasdesenvolvidaspelasabelhasconhece?
________________________________________
9. Em sua opinião,asabelhascomunicamentre si?
a) Sim
b) Não -> passaa 10
39
c) Não sei ->passa a 10
d) Não respondo ->passaa 10
9.1. Se sim,como se dá essacomunicação?
______________________________________________
10. Sabe qual é a espécie de abelhamaiscomumemPortugal?
a) Sim
b) Não -> passapara 6
c) Não respondo->passapara6
10.1. Se sim,qual?
__________________________
11. Sabe o que é apicultura?
a) Sim
b) Não
c) Não respondo
12. Apiculturaé a ciência,ouarte,da criação de abelhascomferrão.Temou teve alguma
experiênciapessoal diretacoma apicultura?
d) Sim
e) Não
Não respondo
13. Conhece alguémque se dedique àapicultura,sejaemtempoparcial outotal?
a) Sim
b) Não
Não respondo
14. Em sua opinião,onúmerode colmeiasemPortugal está:
a) Em crescimento
b) Nememcrescimento,nememdeclínio
c) Em declínio
Não sei
Não respondo
15. E na próximadécada,achaque o númerode colmeiasemPortugal irá:
a) Crescer
b) Nemcrescernemdiminuir
c) Diminuir
Não sei
40
Não respondo
I. As abelhasestãonaorigemde muitosprodutosque usamosnonossoquotidiano.
16. Que produtosconhece provenientesdasabelhasourelacionadoscomelas?
______________________________________________________________
Não conheço  P17
16.1. E que utilizaçãoé feitapelohomemaosprodutosque asabelhasproduzem?
________________________________________________________
Não sei
16.2. CostumaConsumiralgunsdessesprodutosprovenientesdasabelhas?
a) Sim
b) Não -> passapara 17
Não respondo->passapara17
16.3. Se sim,quais?
________________________________
II. As abelhas estão inseridas no meio ambiente e desempenham o seu papel no
ecossistema.
17. Qual é, para si,o grau de importânciadasabelhasnopapel que desempenhamna
Natureza?
a) Muitíssimoimportante
b) Muito importante
c) Nemmuito,nempoucoimportante
d) Poucoimportante
e) Nada importante
Não sei
Não respondo
As abelhasrealizamumatarefaque se chamapolinização,que é otransporte de grãos de
pólende umaflorpara outra. É através deste processoque asfloresse reproduzeme muitas
delasdãofruto.
18. Diga,por favor,numa escalaentre 0 e 100, quantopensaque seráa contribuiçãodas
abelhasparaa polinizaçãototal naNatureza.
________
41
III. De facto,nosúltimosanos,tem-se registadoumaquebraacentuadanonúmerode
abelhasumpoucopor todo o mundo.
19. Já ouviufalardo chamadoSíndrome de DesaparecimentodasAbelhasouSíndrome de
Colapsode Colónias?
a) Sim
b) Não -> passaa p20
c) Não respondo->passaap20
19.1. Em sua opinião,qual ograu de gravidade destasituação?
a) Muitíssimograve
b) Muito grave
c) Nemmuito,nempoucograve
d) Poucograve
e) Nada grave
Não sei
Não respondo
19.2. Quaissão, na suaopinião,asprincipaiscausasda morte emmassa dasabelhas
no mundo?
___________________________________________________________________
Não sei
20. Em sua opinião,qual seriaoimpactopara o planetaterra,o desaparecimentototal das
abelhas?
______________________________________________________________________
Não sei
21. Em sua opinião qual o grau de importância que tem, o estudo da abelha fazer
parte do currículo do ensino básico e/ou secundário nas escolas portuguesas?
a)Muitíssimoimportante
b)Muitoimportante
c)Nemmuito,nempoucoimportante
d)Poucoimportante
e)Nadaimportante
Não sabe
Não responde
22. Em sua opinião, as abelhas: quem são, como vivem, o que produzem e a
importância que têm para o planeta deveria ser ensinado nas escolas com
42
profundidade, deveria ser estudados superficialmente ou não deveria ser
estudado?
a) Com profundidade
b) Superficialmente
c) Não deveria ser estudado Dados de classificação
Não sabeDados de classificação
Não respondeDados de classificação
23. Em que disciplinas acha que deveria ser estudado este assunto?
_____________________________________________________
IV. Dados de classificação:
24. É professor ou aluno?
a) Professor
b) Aluno
25. Idade:________
26. Escola:__________
27. Concelho a que pertence a escola:
28. Nível de ensino que frequenta ou ensina:_______
Muito obrigadapelasuacolaboração!

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A Importância das Abelhas para a Polinização e a Vida Humana

  • 1. A Importância de se Chamar Abelha NEPSO 2013/2014
  • 2. 2 Índice Situação-base.....................................................................................3 Objetivos............................................................................................9 Universo............................................................................................10 Amostra.............................................................................................11 Metodologia......................................................................................12 Recolha.............................................................................................12 Análise de Resultados..........................................................................13 Principais conclusões...........................................................................33 Referências bibliográficas....................................................................35 Anexos...............................................................................................37
  • 3. 3 Situação-Base “Se as abelhasdesaparecessemdaface daTerra, o Homem teriaapenasmaisquatro anosde existência.Semabelhasnão há polinização,nãoháreproduçãoda flora,semfloranãohá animais,semanimaisnãohaveráraça humana.”, (atribuídoa) AlbertEinstein Uma boa frase de Einstein ajuda-nos a compor um bom trabalho ou a ganhar um argumento.Alguémtãointeligenteé,obrigatoriamente, criador de frases astutas com valioso conteúdo.Porisso,as citações deste cientista são tão amplamente usadas e, por vezes, a sua presençaé escusadaou até a sua autoria questionada.Nãoé este ocaso. Aqui, a autoria desta frase é de conhecimentogeral,semgrandescertezas,é certo1 .Maso mais impactante é o que está escrito. Sem abelhas, o Homem tem quatro anos de vida. Apenas quatro! No nosso mundoprofundamenteantropocêntrico,parecemosesquecerdanossaligaçãoelementarcom a Natureza e que dela dependemos. Parecemos esquecer que beneficiaríamos muito mais trabalhandoemcooperaçãocom ela do que a tentar dominá-la. Neste aspeto, as abelhas são bichinhos pequeninos que nos podem ensinar grandes lições. Elas desempenham um papel extremamente importante nosecossistemasonde viveme asua relaçãocom o Homemjá dura há algunsmilharesde anos. A sua contribuição central que as torna essenciais à vida humana prende-se com a reprodução dos bens agrícolas. A polinização levada a cabo pelas abelhas representa cerca de 1/3 dos produtos incluídos na nossa alimentação. Das 100 culturas agrícolas mais comuns na nossa alimentação ocidental, as abelhas estão envolvidas em 70% delas. Nos EUA, isto significa um rendimento de 16 mil milhões ao ano. Existem à volta de 20 mil espécies de abelhas no mundo, de várias cores e feitios, sendo a mais conhecida a abelha melífera. Esta última proliferou, porque foi das que desenvolveuumasociedade maiscomplexadentrodacolmeia, em que cada abelha tem a sua funçãoespecíficae todascooperamentre si para a sobrevivência.Estacolaboraçãoé realizada a um nível tão intrínseco e profundo que se pode dizer que a colónia constitui um organismo por si. Uma colmeia tem, geralmente, entre 40 mil a 50 mil membros, em média, mas pode variar entre apenas 10 mil e ir até aos 80 mil. 1 A autoria desta frase é amplamente atribuída ao cientista Albert Einstein, no entanto isso nunca foi devidamente comprovado. O site “Quote Investigator” tenta espalhar algumas luzes sobre este fato. Menciona que a primeira alusão a esta citação como sendo de Einstein foi no Canadian Bee Journal, em 1941, mas que a primeira vez que alguém ligou diretamente a extinção das abelhas com a dos seres humanos foi Maurice Maeterlinck, no seu livro de 1901, The Life of the Bee. Antes disso, em 1859, A Origem das Espécies de Darwin já abordava a interdependência que existia na Natureza em respeito às abelhas, mas sem ligar os humanos.
  • 4. 4 As abelhas alimentam-se de pólen e néctar retirado das flores. Do pólen, tiram as proteínas e do néctar, os hidratos de carbono. Na sua demanda por comida, vão de flor em flor, viajando por quilómetros numa só saída da colmeia. Ao mesmo tempo que recolhem o seualimento,vãopolinizandoasflores,numasimbiose perfeita.Quandose concentram numa dada cultura,mantêm-se na mesma até acabar o seu trabalho meticuloso em todas as flores. Em alguns locais do mundo, faz-se polinização artificial, que é um processo extremamente moroso2 , mas nunca tão eficaz. Existem flores cujos estames (órgão sexual masculino) somente largam o pólen quando submetidos a uma frequência específica (similar à nota Dó) que só a abelha consegue fazer, vibrando o seu corpo e emitindo ultrassons. O pólen fica agarrado aos pelos da abelha que, depois, o transporta para casa. À chegada, ela entra na colmeia e larga o pólen, imediatamente comunicando às restantes irmãs os locais bons para arranjar comida, mais abundantes em flores. É um mecanismo deveras sofisticado e que funciona muito bem. Numacolmeia,existeapenasumaabelha-rainhaque é a únicacom capacidade para se reproduzir. Os seus filhos machos, os zangãos, são mais fortes, mas não trabalham. A sua funçãoé apenas inseminar as rainhas virgens3 e são criados propositadamente para o efeito. As suas filhas, as operárias ou obreiras, tratam dos outros trabalhos de manutenção da colmeia,mediante umadivisãode trabalhomuitoorganizada.Umasvãobuscar comida,outras alimentam as pequenas larvas que serão abelhas um dia e existem ainda as que estão encarregadas da segurança da colmeia. As abelhas melíferas têm até um sistema de saúde implementado.Têmequipasde abelhasresponsáveisapenaspelahigiene do seu lar. Algumas delastêma funçãode percorrera colmeiaembuscade indivíduosdoentese separam-nos dos outros saudáveis. Outro artifício que têm é recolherem uma resina pegajosa de algumas plantas e incorporarem na estrutura da colmeia com a ajuda da sua saliva que contém poderosas enzimas. À substância resultante dá-se o nome de própolis, que, cientistas descobriram, é um antibiótico natural. Ora, isto incluído na arquitetura da colmeia, ajuda a matar bactérias,bolores e outros germes. O própolis é usado há imenso tempo pelo Homem para fazer remédios. O despontardo século XXI, foi algo sombrio para estes pequenos seres. Em 2006, nos EUA tornou-se evidente que havia um problema ao se perder anualmente cerca de 30% da população de abelhas. Ao fenómeno foi atribuído o nome de Colony Collapse Disorder (CCD) que, em português, traduz-se em Síndrome do Desaparecimento de Abelhas (DAS) ou Síndrome de ColapsodasColónias(SCC).Umpoucopor todo o mundo,encontram-se colmeias misteriosamentesemabelhas.Onúmerode colmeias nos EUA partiu de 4.5 milhões em 1945, para apenas 2 milhões em 2007. Isto representa uma quebra de 56%! Na França, em certas regiões,é comum perder-se cerca de 25% durante o ano e 15% no final do inverno. Contudo, chegaram a registar-se perdas de mais de 50% da população num só inverno. Todos os anos, os apicultoresvêem-se obrigados adividircolmeiase importarrainhasnovasparafazer face às perdas, o que significa um grande esforço financeiro. Os próprios apicultores têm o seu negócio ameaçado. Mas, muito mais grave do que isso é que, sem abelhas, ficaríamos 2 A polinização artificial éfeita à mão, em cada flor, com um pincel ou uma ferramenta inventada para o propósito. 3 A reprodução das abelhas é complexa, pois faz-se em pleno voo. Uma rainha nova sai e é imediatamente cercada por zangãos que a tentam fecundar até um deles ser bem-sucedido.
  • 5. 5 rapidamente semfrutase virtualmente semprodutoshortícolas(sórestariamoscereais).Sem estes, muitos animais acabariam por morrer de fome. A nossa alimentação ficaria extremamente limitada e, eventualmente, nós também pereceríamos. Este é um dosgrandesmistériosque enfrentamosnos nossos dias. Mas quais serão as causas desta morte em massa? Este tema é bastante complexo. Dir-se-ia que, mais do que causas enumeráveis, é toda uma situação, auxiliada pela conjugação de vários fatores que contribuemparapôr emcausa a saúde das abelhas. Maria Spivak, cientista especialista neste campo,diz que estarealidade é umsintoma de uma paisagem sem flores e de um sistema de alimentação disfuncional (não o das abelhas, mas dos seres humanos que as está a afetar). Uma das principais causas apontadas é a agricultura intensiva e as grandes monoculturasque sãotípicas da exploraçãoagrícolaatual.DepoisdaSegundaGuerraMundial, a técnicasde cultivomudaramdrasticamente.Culturascomootrevooua alfafa,que ajudam a fertilizar naturalmente o solo e onde as abelhas vão buscar a sua comida, perderam popularidade e foram substituídas por fertilizantes sintéticos. Áreas imensas, de vários quilómetros quadrados, são cultivadas com o mesmo tipo de planta, exaurindo o solo e dificultando o acesso ao pólen por parte das abelhas, bem como reduzindo a variedade de comidaque tanto precisam.Mas mesmo as culturas que requerem abelhas estão a dificultar- lhes a vida. Um exemplo típico é a cultura da amendoeira. Hoje em dia, amendoeiras estendem-se por quilómetros nos EUA, beneficiando da polinização das abelhas para dar as suas amêndoas. Por seu lado, as abelhas também beneficiam, pois o seu pólen é muito proteico.Noentanto,sópodemestarnestasplantaçõesquandoasamendoeirasestãoemflor, sendo posteriormente transportadas para o amendoal seguinte. O transporte deixa-as em grande stress e uma grande porção acaba sempre por não sobreviver. Apesar de estarem ameaçadas, as culturas que necessitam de abelha para a polinização aumentaram em 300%. Associadaa istovemuma outracausa apontada,que é o usode pesticidas.Tornou-se bastante comum usar estas substâncias para controlar pestes e matar ervas daninhas. As flores das ervas daninhas constituem uma boa parte da alimentação das abelhas e as grandes pestes surgiram devido às monoculturas, em primeira instância. O facto de se ter a mesma cultura numa área muito extensa incentiva à reprodução, na mesma escala, dos organismos que se alimentam dela. Os efeitos nas abelhas são incapacitantes. Entre os pesticidas, há que dar especial atenção aos neonicotinóides. São produzidos a partir da nicotina e possuem uma neurotoxinaque pode provocarespasmose eventualmentematara abelha.Muitas, depois de visitaremaflorcarregada destasubstância,ficamdesorientadase perdemo seu caminho para casa ou ficamdoentes.Umaoutra causa que põe algumperigoà sobrevivênciadasabelhassão as doenças parasíticas. Entre estas, a mais conhecida (e mais perigosa) é a do ácaro da varroa (Varroa destructor,de seunome científico).Trata-se de umpequenoparasitaque se instala na parte mais mole da abelha e suga o seu sangue. Ao mesmo tempo que se alimenta dela, também afeta o seu sistema imunitário e transporta consigo vírus, bactérias e fungos indesejados.Recentemente, investigadores cruzaram-se com o que chamaram vírus Israelita da ParalisiaAguda,disseminadopelavarroae que tambémconstitui uma ameaça. Também se pensa que a poluição tenha os seus efeitos indesejados nas abelhas, seja direta ou indiretamente.
  • 6. 6 As abelhas morrerem é sinal de que algo está tremendamente errado com a nossa cadeia de produção agrícola e que dificilmente será sustentável. A permacultura tem sido avançada como uma possível resposta, numa tentativa de promover uma agricultura mais conscienciosa,aproveitandoosciclos naturais em vez de tentar dominá-los artificialmente e, com isso,respeitarolugarque as abelhasocupamnessesfluxos.Existe um programa europeu de intervenção neste campo designado BEE DOC (Bees in EuropE & the Decline Of honeybee Colonies), desenhado para dar informação e apoio a apicultores e quaisquer pessoas envolvidas,de algumaforma,comabelhase produçãode produtosderivadosdasuaatividade. Este assentaem trêspilaresde investigação:umdedicadoanovas formas de diagnóstico mais rápidase eficazesdasdoençasnasabelhas;outrode estratégiasde prevençãoa estas doenças e o terceiro que envolve encontrar tratamentos menos nocivos que as terapias químicas usadashoje emdia.Entretanto,váriosinvestigadores,especialmente naEuropae EUA, tentam determinarcommaisprecisãoascausas da DAS/SCCe formas maiseficazesde ocombater.No campo da genética,tambémhámuitapesquisaaser levada a cabo, numa tentativa de ligar as várias linhagens com os territórios em que se instalam e as ameaças com os genes que respondemcomdefesasàsmesmas.EmAvinhão, e no resto do leste da França, descobriram- se populaçõesde abelhasque parecemserimunes aos parasitas e às doenças. Investigadores estãoa tentar perceberporquê e pensamque isto pode trazer alguma esperança ao resto das colónias. Ajudar as abelhas e combater estas ameaças pode ser tão simples quanto plantar flores no seu jardim, evitando contaminá-las com pesticidas. Outras maneiras são voltar às culturas de cobertura (trevos, por exemplo) para renutrir o solo, bem como começar a diversificar as culturas no mesmo espaço, colocando corredores de flores no meio das plantações que permitam às abelhas alimentarem-se. Uma nova corrente que começa a estar em voga é a criação de abelhas em meios urbanos.Asdeficiênciasnosespaçosverdesque ascidadessofrempodemsercombatidascom a integraçãodestesinsetosnavidaquotidiana.Aspopulaçõesurbanascomeçamaperceber os benefícios de ter uma postura mais colaborativa com a Natureza, pelo que começam, aos poucos,a criar maisjardinse hortasurbanas,espaçosverdesque possamquebrarooceano de betão. Ora, para ter mais flores e frutos convém ter abelhas que vivam nas redondezas. Daí, saiua ideiade providenciar-lhesumlardentrodascidades.Istotem-se provadobastante bem- sucedido. A seleção de flores é muito variada e providencia alimento suficiente, bem como protege algumas abelhas da extinção. Saem todos a ganhar. Em Boston, dados comparativos mostram que a taxa de sobrevivência ao inverno das abelhas urbanas (62.5%) é consideravelmente mais elevada que a rural (40%), neste momento. Também no mel, as abelhasdascidadesproduzem mais, quase 12 kg ao ano, contra uma média de 8kg no campo. Não se sabe aindabem porquê, mas investigações estão em curso. Em Nova Iorque, a criação de colónias era proibida até 2010. No entanto, na Europa, isto já se faz isto há algum tempo. Em Londres, faz-se sistematicamente. Em Paris, o famoso edifício da Ópera Garnier tem colmeias no topo. Em Portugal, o tipo de abelha predominante é a abelha ibérica (Apis mellifera iberiensis, no seu nome científico). É um tipo de abelha que tem alguma mistura de ADN africano, pelo que é um pouco mais forte que as suas congéneres europeias. Em 2009, o
  • 7. 7 último ano de contagem, havia cerca de 195 596 colónias, entre colmeias e cortiços4 , espalhadas pelo país, com maior concentração no Alentejo, Trás-os-Montes e Algarve, respetivamente.Contudo,20 anos antes, em 1989, o número ascendia aos 366 156 colmeias e cortiços.Existemporvoltade 18 mil apicultoresportugueses, sendo que mais 90% é pequeno produtor (menos de 150 colmeias). Portugal também tem assistido a uma quebra visível na população.Noentanto,alémdasoutrascausas mencionadasanteriormente,oprincipal perigo apontadono nossopaís prende-se comachegadada predadoravespavelutina asiática (Vespa velutina nigritorax,noseunome oficial),cujo modusoperandi é cercar as colmeias e deixar as abelhascomapenasduas escolhas:oumorremládentroou saempara um voosuicida.Estima- se que esta espécie tenha chegado à Europa em 2004. A sua presença foi detetada em territórioportuguêsem2011 e,desde então,nãoparoude se espalhar. As abelhas asiáticas já desenvolveram técnicas de defesa, mas as europeias são dizimadas sem resistência. As autoridades estão a tentar eliminar estas vespas, mas estão a perder terreno face à sua reprodução muito rápida. Outro perigo muito real parece ser o roubo de enxames, que tem provocado o aumento dos preços. Hoje em dia, um enxame que custa cerca de 50 euros, custaria metade há uma década atrás. Gráficonº 1 – Colmeiase cortiços emPortugal Fonte:FNAPpara dados de 2004 e DGAV para dados dos restantes anos 4 Cortiços são cascas de sobreiro, portanto, grandes bocados de cortiça, que são usados pelos apicultores para dar uma estrutura às abelhas onde elas possam viver e reproduzir-se. 540000 550000 560000 570000 580000 590000 2004 2007 2010 2013 Númerode colmeias e cortiços povoados
  • 8. 8 Gráficonº 2 – Apicultoresem Portugal Fonte:FNAPpara dados de 2004 e DGAV para dados dos restantes anos O Ministério da Agricultura e a Comissão Europeia empreenderam grandes esforços para recuperar a população de abelhas, incentivando as grandes explorações de apiários. O potencial económicodeste sectoré muitogrande.Omel é o produtomaistradicional, mas, de longe,nãoo único.Apesarde seremmaiscomunsem grandes explorações, a comercialização de rainhas,a cera, o pólen,oprópolis,ageleiareal5 e oprópriovenenodaabelha,aapitoxina6 , são outros exemplos de produtos bastante lucrativos. Gráficonº 3 – Produção nacional anual de mel,em toneladas Fonte:INE 5 A geleia real é o alimento segregado pelas obreiras destinado às larvas. 6 O veneno das abelhas designado por apitoxina foi apontado como uma substância eficaz na terapêutica do VIH. 0 5000 10000 15000 20000 25000 2004 2007 2010 2013 Númerode apicultores 0 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000 9,000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Produção de Mel (toneladas)
  • 9. 9 Objetivos Com este estudo, pretendemos determinar o nível de conhecimento dos alunos e professoresque realizaramoNEPSOe ou o Rato de Biblioteca este ano letivo, sobre o mundo das abelhas e a importância das mesmas para o ecossistema.  Determinar o conhecimento sobre as abelhas o Conhecer qual o sentimento em relação às abelhas o Saber se já tiveram contato com o mundo das abelhas o Determinar o conhecimento sobre a organização das abelhas. o Conhecer o grau de interesse sobre o mundo das abelhas o Determinar o conhecimento do tipo de abelhas mais comum em Portugal o Saber se conhecem algum apicultor o Saber se já tiveram contato com apiários o Saber a impressão que têm sobre o estado atual da apicultura em Portugal o Saber a impressão que têm sobre o futuro da apicultura em Portugal  Aferir o conhecimento sobre os produtos resultantes da exploração apícola o Conhecimento sobre o que as abelhas produzem o Conhecimentosobreautilizaçãoque é feitapelohomem dos produtos que as abelhas produzem. o Saber se consomem alguns desses produtos, quais e como  Perceção da importância das abelhas para o ecossistema o Determinar o grau de importância atribuído às abelhas no ecossistema o Determinar o conhecimento sobre o seu peso na polinização o Aferir o conhecimento sobre os efeitos da sua potencial ausência o Aferir o conhecimento sobre o SDA/SCC7 o Determinar o grau de conhecimento do fenómeno o Determinar o nível de conhecimento de ameaças à existência das abelhas o Saber se conhecem algumas das ameaças à existência das abelhas o Descobrir o nível de preocupação associado a essas mesmas ameaças  Conhecer a opinião sobre a importância do estudo das abelhas nas escolas o Determinar o grau de importância do “estudo da abelha” fazer parte do currículo do ensino básico e secundário, nas escolas o Conhecer a opinião sobre a forma como deve ser ensinado este assunto 7 Síndrome do Desaparecimento das Abelhas/ Síndrome do Colapso das Colmeias
  • 10. 10 Universo e Amostra Universo O universo deste estudo é constituído pelos participantes do NEPSO e Rato de Biblioteca do ano letivo 2013/2014. O universo compreende cerca de 191 professores e 1287 alunos, no total. Destes, cerca de 153 professores e 922 alunos são do NEPSO, 30 professores e 233 alunos estão no Rato de Biblioteca e 8 professores e 132 alunos estão envolvidos em ambos os programas. A nível geográfico:  No Rato de Biblioteca Professores Alunos Norte 19 199 Centro 11 34  No NEPSO Professores Alunos Norte 126 625 Centro 21 251 Sul 6 46  No NEPSO e no Rato de Biblioteca Professores Alunos Norte8 4 107 Centro9 4 25 Quanto aos níveis de ensino:  No Rato de Biblioteca Professores Alunos Primária e Pré-escolar 6 113 3º Ciclo 17 76 Secundário 7 44  No NEPSO 8 Caldas das Taipas 9 Lousã
  • 11. 11 Professores Alunos Primária e Pré-escolar 103 421 2º Ciclo 2 25 3º Ciclo 30 299 Secundário 18 177  No NEPSO e no Rato de Biblioteca Professores Alunos 3º Ciclo10 4 25 Secundário11 4 107 Amostra A amostra é constituída por todos os professores e alunos participantes no NEPSO e Rato de Bibliotecadoanoletivo2013/2014 que concordaram emresponderaodesafiodaFVP. Ao todo,conseguiram-se 320 entrevistas, sendo que 271 eram alunos e 49 eram professores. Alunos Pré-escolar 9 3,3 Primária 74 27,3 2º Ciclo 9 3,3 3º Ciclo 91 33,6 Secundário 88 32,5 Amostra 271 Professores Pré-escolar 7 14,3 Primária 19 38,8 2º Ciclo 2 4,1 3º Ciclo 16 32,7 Secundário 10 20,4 Amostra 49 10 Lousã 11 Caldas das Taipas
  • 12. 12 Metodologia O questionárioseráaplicadoonline,porautopreenchimento,atravésdaplataforma da Fundação Vox Populi. Recolha A recolhafoi realizadaremotamente,atravésdoportal da Fundação Vox Populi, entre os dias4 de Março e 2 de Junho. A seleçãodoselementosdaamostrafoi voluntária, ou seja, o questionário foi aberto no site da Fundação Vox Populi e respondeu quem, do grupo total, teve disponibilidade e vontade.
  • 13. 13 Análise dos resultados 1 – Conhecimento sobre as abelhas Neste estudo das abelhas, o primeiro aspeto analisado foi o sentimento geral em relação às abelhas. Procurou-se perceber que considerações têm as pessoas sobre estes bichinhos. Perante a pergunta, a maioria dos entrevistados demonstrou-se indiferente às abelhas (40%). Cerca de 30% afirmaram abertamente não gostar delas e outros tantos disseram que gostam. A abordagem geral às abelhas é, pois, mais negativa que positiva. Gosto muito de abelhas. 29% São-me indiferentes. 40% Não gosto de abelhas. 30% Não responde 1% Quando pensa emabelhas, qual é o seusentimento? 57.5 10.5 7.5 16.7 51.0 <10 anos 11-14 anos 15/16 anos 17-24 anos 25+ anos "Gostomuitode abelhas."(análise por grupos etários) Base: Totalidade dos entrevistados
  • 14. 14 No entanto, ao separar por grupos etários e analisar a percentagem de respostas a “Gosto muito de abelhas”, é possível distinguir entre grupos que simpatizam mais e outros menos. De entre os participantes NEPSO/Rato de Biblioteca, os extremos destacam-se. Os maispequeninos(commenosde 10 anos),seguidospelogrupodosprofessores, foram os que mostraram gostar mais destes insetos. Os grupos etários entre 11 e os 24 anos parecem partilhar menos desta visão. Aprofundandonosentimentorelativo às abelhas, cerca de metade dos entrevistados afirma mesmo ter medo delas, mas a outra metade não tem medo das abelhas. O medodas abelhasprende-se,muitoprovavelmente,coma ameaçados seusferrões. De fato, verifica-se que muitos dos entrevistados (76%), um pouco mais de ¾ dos entrevistadosafirmam játeremsido picados por abelhas pelo menos uma vez nas suas vidas. Tenho medo delas. 50% Não tenho medo delas. 48% Não responde 2% Quando pensa emabelhas, sente medo delas ou não sente medo? Base:Totalidade dos entrevistados Sim 76% Não 21% Não me lembro 2% Não responde 1% Já alguma vez foi picado por uma abelha? Base:Totalidade dos entrevistados
  • 15. 15 A picadada abelhaé,geralmente, bastante dolorosa e provoca um grande inchaço na zona afetada, mas tratável e sem consequências muito graves ou irreversíveis. Porém, o verdadeiroperigoestánaalergiaàpicada,maisconcretamente aovenenoque a abelha injeta no corpo,chamado de apitoxina.A gravidade dasalergiasvariaconsoante aspessoas, mas,nos casos mais graves, chega a pôr em risco as suas vidas. No grupo inquirido, cerca de 9% afirma ser alérgico às picadas de abelhas. A grande maioria (66%) não é, mas uma porção ainda significativa (24%) não sabe. Quantoà atençãoque prestamàs abelhas,ouo quãointeressadosestãonassuasvidas e atividades,osentimento que transparece é de que 29% dos entrevistados está nem muito, nem pouco interessado, o que confirma a indiferença verificada anteriormente. Podemos Sim 9% Não 66% Não Sabe 24% Não responde 1% É alérgico(a) ao venenoda abelha? Base: Totalidade dos entrevistados 2 4 13 12 29 21 19 Não responde Não Sabe 1- Nada interessado(a) 2- Pouco interessado(a) 3- Nem muito nem pouco interessado(a) 4- Muito interessado(a) 5- Muitíssimo interessado(a) Qual diriaque é o seugraude interesseemrelaçãoao mundo das abelhas? Base: Totalidade dos entrevistados
  • 16. 16 verificar que os mais novos estão “Muitíssimo” e “Muito” interessados (75%), seguidos dos professores com 61%. Os restantes alunos não estão interessados neste assunto. Ao analisarmosograu de interesse pelo mundo das abelhas, verificamos que o grupo maisinteressadonestetemaé oPré-escolar/Primária (4.28), seguidos dos professores (3.67). O grupo do Secundário tem, assim, uma média aproximada de 2, o que significa que as respostas deste grupo caíram, em geral, mais perto do “Pouco interessado(a)”, dando-lhe destaque como os que menos se interessam pelas abelhas. Os alunos do 2º e 3º Ciclo e Secundário são os que mostram menos interesse. 4 3 2 4 Pré-escolar/ Primária 2º/ 3º Ciclo Secundário Professores Qual diriaque é o seugraude interesseemrelaçãoao mundo das abelhas? (Escalade 5 a 1) Média Base: Totalidade dos entrevistados 39 19 7 3 31 2 São todas irmãs Cada uma tem a sua família e todas as famílias vivem juntas na colmeia São todas primas Não há ligação genética entre as abelhas da colmeia Não Sabe Não responde Conhece a ligaçãogenética/familiar que existe entreas abelhas na colmeia? Base:Totalidade dos entrevistados
  • 17. 17 Depois de se analisar os aspetos gerais relativos às abelhas, tal como o sentimento geral ou o grau de interesse que despertamnosentrevistados,passamosaprocurar sabermais sobre que conhecimento têm as pessoas sobre a vida e organização das abelhas. Na pergunta sobre a ligação familiar entre os membros de uma colmeia, 39% dos entrevistadossabiatratarem-se de irmãs.Mesmoassim, aindaumaporçãosignificativa afirma não saber (31%). De mesma forma, a quantidade de rainhas que há numa colmeia parece ser do conhecimento geral. Mais de 4/5, 77%, dos entrevistados sabe que é possível existir apenas uma por cada enxame. A organização intricada das abelhas permitiu-lhes sobreviver durante milhares de anos. A colmeia tem uma das divisões de trabalho mais complexas e eficazes que se pode 0 77 7 3 13 0 1 2 3 Não Sabe Sabe até quantas rainhas pode ter cada colmeia? Base:Totalidade dos entrevistados Sim 39% Não 58% Não responde 3% Conhece a divisãode trabalhoque existe na colmeia? Base:Totalidade dos entrevistados
  • 18. 18 observar na Natureza. Cerca de 58% dos alunos e professores participantes do NEPSO e Rato de Biblioteca afirmam não estarem familiarizados com alguns dos papéis desempenhados pelas irmãs na colmeia. Averiguando sobre que papéis conhecem desempenhados pelas abelhas na colmeia, os entrevistados mencionaram vários. A produção de mel (46%) é, sem sombra de dúvida, a atividade maisconhecida.Logode seguida,é reconhecidootrabalho que fazem de recolha de néctar e pólen e o papel das abelhas na polinização das flores (46%). Na verdade, as duas atividades acontecem simultaneamente. A abelha é um inseto polinizador na reprodução sexuadade plantas(que envolve umelemento do sexo feminino e outro do sexo masculino). As plantastêmváriasestratégiasde reprodução,sendoque umadelasé tirarpartidode outros seresna Naturezaparaauxiliarnoseuprocessode polinização. De entre estes seres, a abelha é dosque mais contribui. Ao viajar de flor em flor na sua missão em busca de néctar e pólen, permite que as plantas se fertilizem entre si. A fecundação bem-sucedida dá origem a novos rebentos (se as suas sementes encontrarem sítios adequados para crescer). O terceiroe quarto papel que mais se menciona é o da rainha e o da reprodução (29% e 22%, respetivamente). A rainha é a única fêmea que se reproduz na colmeia. Todas as suas filhas são estéreis. Ela é fecundada apenas uma vez no princípio da sua vida e põe ovos até morrer.Essa é a sua principal função. As operárias são mencionadas de seguida (20%), sendo que desempenhamtodososoutrospapéisrelevantesnacolmeia(alémdafecundaçãode ovos que é da responsabilidade doszangões). Osentrevistadosmencionaramque elas constroem e limpam a colmeia (10%), protegem-na de ameaças exteriores (15%), tratam da rainha (4%) e da descendência (17%). 7 7 4 5 6 6 10 13 15 17 20 22 29 46 46 Não sabe/Não responde Outros Cuidarda rainha Fecundação de ovos Trabalho na colmeia em geral Manutenção da ordem social na colmeia Manutenção/limpeza da colmeia Zangãos Segurança da colmeia Criação da prole Operárias (obreiras) Postura de ovos Rainha Recolha de néctar e pólen/Polinização Produção de mel Que tipo de tarefas desenvolvidas pelas abelhas conhece? Base: Entrevistados que afirmamconhecer a divisão de trabalho dentroda colmeia (123)
  • 19. 19 No que toca à comunicação entre os membros da colmeia, cerca de 70% dos entrevistados acha que existe alguma forma de comunicação entre as abelhas. Porém, as opiniões dividiram-se quanto à forma como se efetua essa comunicação, apesar de serem todas mais ou menos válidas. Os zumbidos das abelhas é o aspeto mais identificado (28%).Éfeitoatravésdobater das asas e parece variar consoante a mensagem. A finalidademaiscomum é avisar as irmãs da presença umas das outras, mas também pode ser usadopara sinalizar situações de stress/ameaça. No entanto, elas têm também outro tipo de Sim 70% Não 14% Não Sabe 15% Não responde 1% Em suaopinião, as abelhas comunicam entre si? Base:Totalidade dos entrevistados 3 9 8 2 4 4 7 8 10 13 19 28 Não responde Não sabe Outros Através de ultrasons Com a sua própria linguagem Pelo odor/ feromonas Através de gestos/movimentos Com as antenas Pelo bater de asas Através de sons Através da dança Através de zumbidos Como se dá essacomunicação? Base: Entrevistados que afirmamsaber que as abelhas comunicamentre si (222)
  • 20. 20 comunicação muito interessante que se faz através da dança. Os entrevistados também se mostraram conhecedores deste aspeto (19%). Quando uma abelha batedora (que vai buscar alimento ao exterior) encontra um sítio propício à recolha de pólen e/ou néctar, volta à colmeia e passa essa localização através de movimentos intricados com o seu corpo que indicam a distância e a direção dessas flores às irmãs que encontra logo à entrada. Logo de seguida, num efeito em cadeia, elas espalham a mensagem pelo resto da colmeia. Nesta pergunta, também se mencionou o odor ou feromonas (4%), apesar de não com grande expressão. Na verdade, as feromonas também são utilizadas pela rainha com o propósito de manter a ordem social na colmeia. As abelhas mantêm-se calmas e obedientes. Existemimensas espécies diferentes de abelhas no mundo. Existem até abelhas que preferemuma vida solitária em vez de funcionar em colmeia. No caso de Portugal, a espécie mais comum é a Apis Mellifera Iberiensis, literalmente traduzido do latim como Abelha melífera ibérica. Sim 13% Não 83% Não responde 4% Sabe qual é a espécie de abelhamais comum em Portugal? Base: Totalidade dos entrevistados 32 15 10 7 5 32 Abelha melífera Abelha comum/normal Abelhão Operárias Apis melífera ibérica Outros Qual é a espécie de abelhamais comum emPortugal? Base:Entrevistados que afirmamsaberqual a espécie maiscomum de abelha em Portugal (41)
  • 21. 21 Mesmo entre os inquiridos que afirmaram ter conhecimento de qual a espécie mais comum em Portugal, uma porção significativa deu uma resposta diferente do que era pretendido.Cercade 32%respondeu“Abelha melífera”, mas apenas 5% explicitaram que era melífera ibérica, que era considerada a resposta mais correta. Se olharmos para estas proporções face à totalidade dos entrevistados, quem respondeu “Abelha melífera” representa apenas 4% dos entrevistados e os que responderam “Apis melífera ibérica” somente 1%. 2 – Conhecimento sobre os produtos resultantes da exploração apícola A apicultura envolve a criação de abelhas para a extração dos produtos de grande qualidade que elasfazem,muitoúteis ao Homem. De entre os participantes do NEPSO e Rato de Biblioteca,quase todos (72%) sabem o que é a apicultura. No entanto, ainda ¼ afirma não ter conhecimento do que é. 4 2 1 1 1 4 Abelha melífera Abelha comum/normal Abelhão Operárias Apis melífera ibérica Outros Qual é a espécie de abelhamais comum emPortugal? Base: Totalidade dos entrevistados 72% 25% 3% Sabe o que é apicultura? Sim Não Não responde Base: Totalidade dos entrevistados
  • 22. 22 Todavia, apesar de saberem o que é a apicultura, 81% afirma não ter, nem no presente,nemnopassado,qualquer contatocomestaatividade.Apenas15% é que participou ou teve contato com esta exploração, apesar de 38% conhecer alguém que se dedique a esta atividade, sendo que a maioria (59%), afirma não ter qualquer convivência com o apicultor, seja ele profissional ou amador. Sim 15% Não 81% Não responde 4% Tem ou teve algumaexperiênciapessoal diretacoma apicultura? Base:Totalidade dos entrevistados Sim 38% Não 59% Não responde 3% Conhece alguémque se dedique à apicultura, sejaemtempoparcial ou total? Base: Totalidade dos entrevistados
  • 23. 23 Analisandoaperceçãoda evoluçãodonúmerode colmeiasemterritório português na atualidade,osentrevistadosparecemdividir-seentre afirmarque estáaaumentar(30%) e que não sabe (30%). Na verdade, a população de abelhas tem mesmo aumentado nos últimos anos.Pode serque estesnúmerosresultemde umarecolhamais eficaz de informação ou que traduzam mesmo um aumento efetivo. A tendência portuguesa parece, pois, ir em corrente contrária à da mundial, em que as abelhas aparecem seriamente ameaçadas. Relativamente à próxima década, os entrevistados estimam, em larga escala, que o crescimentocontinuará(36%).Aindacercade ¼ afirma não saber o que irá acontecer. Apenas 1 em cada 5 entrevistados concorda que a população nacional de abelhas irá diminuir nos próximos dez anos. 30 17 21 30 2 Em crescimento Nem em crescimento, nem em declínio Em declínio Não Sabe Não responde Em suaopinião, o númerode colmeias emPortugal está: Base:Totalidade dos entrevistados 36 15 21 26 2 Crescer Nem crescer nem diminuir Diminuir Não Sabe Não responde E na próximadécada, acha que o númerode colmeias em Portugal irá: Base: Totalidade dos entrevistados
  • 24. 24 Os produtos provenientes das abelhas são outra das formas de proximidade que os humanos têm com elas. Desde tempos imemoriais que o ser humano tira partido das substâncias ricas em nutrientes e agentes antibacterianos que elas confecionam. Alguns exemplos são: o mel, a geleia real ou a própolis. O produto mais conhecido pelos nossos entrevistados é, de longe, o mel (75%). Em segundo lugar e com um número muito mais reduzidode respostas, foi indicada a cera (11%) e, em terceiro, os cosméticos (8%). De resto, outros produtos que tiveram alusões mais reduzidas foram: o pólen (5%), produtos alimentares (4%), a geleia real (3%), o uso de substâncias derivadas das abelhas para fazer medicamentos (3%) e o veneno, a apitoxina (2%). Nesta pergunta, os entrevistados também mencionaramaindafrutos,florese plantas.Estesnãosãoproduzidospelasabelhas,emsi,mas são resultantes da sua atividade. 3 1 2 3 3 4 5 8 11 75 Outros Frutos/Flores/Plantas Veneno (apitoxina) Medicamentos Geleia real Produtos alimentares Pólen Cosméticos Cera Mel Que produtos conhece provenientesdas abelhas ou relacionados comelas? Base: Totalidade dos entrevistados
  • 25. 25 Os produtos com origem nas abelhas são, em grande parte, comercializados e consumidos pelos humanos. A utilização feita pelo Homem aos produtos que as abelhas produzem passa pelo consumo de produtos alimentares (38%), medicamentos (23%), cosméticos (10%) e a cera (5%). Dos entrevistadosque conhecemestesprodutosque asabelhasproduzem, 3emcada 4 costumaconsumiralgunsdeles. 2 4 2 4 5 10 13 20 23 38 Não sabe/Não responde Outros Pólen Venda Cera/Velas Cosméticos Consumo Mel Medicamentos Produtos alimentares E que utilizaçãoé feitapelohomemaos produtos que as abelhas produzem? Base:Entrevistados que afirmamconheceralguns produtos provenientes das abelhas(256) Sim 75% Não 24% Não responde 1% Costumaconsumir alguns desses produtos provenientes das abelhas? Base: Entrevistados que afirmamconhecer alguns produtos provenientesdas abelhas
  • 26. 26 Dos participantes que afirmaram consumir esses produtos, o que mais se destaca é o mel (91%).Depois,emexpressõesmuitomaisreduzidas, vêmosmedicamentos(4%),produtos de higiene (4%), cereais (3%) e bolos (3%). O pólen e os cosméticos foram citados 3% das vezes, cada um, e a cera e os rebuçados também 2%, cada um. 3 – Perceção da importância das abelhas para o ecossistema O papel que as abelhasdesempenhamnaNaturezacomoagentespolinizadores torna- as essenciaisparaamanutençãodo equilíbriodosecossistemasonde vivem. A maiorparte dos 2 2 3 3 3 3 4 4 91 Cera Rebuçados com mel Cosméticos Pólen Bolos Cereais Produtos de higiene (champô, sabonete, gel… Medicamentos Mel Quais produtos provenientesdas abelhas costuma consumir? Base:Entrevistados que afirmamconhecer alguns produtos provenientesdas abelhas (193) 48 31 9 3 2 6 2 1- Muitíssimo importante 2- Muito importante 3- Nem muito, nem pouco importante 4- Pouco importante 5- Nada importante Não Sabe Não responde Qual é, para si, o grau de importânciadas abelhas no papel que desempenhamna Natureza? Base: Totalidade dos entrevistados
  • 27. 27 entrevistados reconhece a importância do papel das abelhas na Natureza, referindo que são “Muitíssimo” ou “Muito” importantes (79%). Quando interpelados para dar uma avaliação numérica (em percentagem) da contribuição total das abelhas para o processo de polinização, os entrevistados, em média, disseramque serianaordemdos78%. Na verdade, asabelhasestão encarregadas de cerca de 1/3 (~33.3%) da polinizaçãototal.Noentanto,dosanimaisque contribuem para a polinização, são elas as campeãs. Outros exemplos são pássaros ou mesmo borboletas. Sem a sua ajuda, uma grande parte da variedade de legumese frutosque temosànossa disposiçãohoje emdia, poderiam ficar comprometidos. 77 84 78 67 83 Total Pré-escolar/ Primária 2º/ 3º Ciclo Secundário Professores Contribuiçãodas abelhas para a polinizaçãototal na Natureza, numaescalaentre 0 e 100 (valores médios). Base: Totalidade dos entrevistados
  • 28. 28 Um dos principaisobjetivosdoestudoerasaberaté que pontoosnossos participantes tinham conhecimento sobre a ameaça recente que se tem revelado às abelhas. Desde 2006, que se notam sinais de perigo com enxames inteiros a desparecer misteriosamente das suas colmeias ou a morrer em massa. A este fenómeno chamou-se de Síndrome de Desaparecimento das Abelhas (SDA) ou Síndrome de Colapso de Colónias (SCC). Entre os entrevistadosdeste estudo, este fenómeno parece ser relativamente desconhecido. Apenas 21%, um pouco mais de 1/5, afirma já ter ouvido falar. Este valor é mais elevado junto dos professores (47%), mas junto dos alunos, não ultrapassa os 19%. Dos entrevistados que afirmasabero que é a SDA/SCC, a maioria considera a situação “Muitíssimo grave”. Entre professores e alunos, os professores apresentam uma consciência da gravidade dasituaçãomaiselevada.Cercade 70% consideraa situação “muitíssimo” grave, enquanto que, nos alunos, este valor é de 56%. Sim 21% Não 75% Não responde 4% Já ouviufalar do chamado Síndrome de Desaparecimentodas Abelhas ouSíndrome de Colapsode Colónias? Base:Totalidade dos entrevistados 60 32 6 0 2 5- Muitíssimo grave 3- Muito grave 3- Nem muito, nem pouco grave 2- Pouco grave 1- Nada grave Em suaopinião, qual o grau de gravidade destasituação? Base: Entrevistados que afirmamter conhecimentodoque é o SDA ouSCC(68)
  • 29. 29 Não existe ainda um consenso quanto às origens certas da SDA/SCC, mas imensos cientistasestãodedicadosaestacausa. Pensa-se,até agora,que poderáser,sim, a conjugação de váriosfatoresque acabe por introduzir desequilíbrios nas colmeias e a morte prematura e emmassa das abelhas.Ascausasapontadaspelosentrevistadossão,emmuito,parecidas com as avançadas peloscientistas. A poluiçãoé amaisfalada(31%),seguidadouso de pesticidasna agricultura (24%). Um pesticida em particular, os neonicotinóides, é apontado como um dos mais perigosos. Costumam ser administrados nos girassóis (que elas gostam) e são fonte de uma poderosaneurotoxinaque afetaasabelhas.Algumasficamdoentes,outrasdesorientadas e não conseguem voltar à colmeia. As doenças (parasitas e vírus, principalmente) também constam em 13% da lista de perigos, especialmente a varroa. Alguns entrevistados (13%) mencionam também a ação do Homem em geral sobre a Natureza. Outros problemas enunciadossão a deflorestação (10%) e os fogos florestais (9%) que comprometem o habitat das abelhas. Alterações climáticas (9%) e outras espécies invasoras (7%), como é o caso da vespa velutina, são também fontes de perigo ao bem-estar das abelhas. 22 7 9 9 10 13 13 24 31 Outros Espécies invasoras Alterações climáticas Fogos florestais Deflorestação O Homem Doenças (vírus, parasitas, etc.) Pesticidas Poluição Quais são, na sua opinião, as principais causas da morte em massadas abelhas no mundo? Base: Entrevistados que afirmamter conhecimentodoque é o SDA ouSCC(68)
  • 30. 30 O impacto que a ausência das abelhas teria no nosso cenário prova-se pouco conhecidonestaamostra.Cercade 43%, dosentrevistados,afirmadesconhecer o que poderia acontecer se as abelhas desaparecessem por completo. Na verdade, as abelhas são cruciais para manter o equilíbrio natural. Sem elas, estima-se que em poucos anos muita da vida desapareceria,incluindoos humanos. Dos que têm alguma ideia do que poderia acontecer, a extinçãode muitasespéciesde plantase animaisparece ser o mais óbvio (18%). Cerca de 11% sabe apenas que teria um efeito negativo, mas não explicita o quê. Outros dizem que a polinização(10%) e a produçãode mel (9%) ficariamcomprometidas. Cerca de 3% menciona a extinção da Vida no planeta, 4% fala de danos no planeta e apenas 3% fala da extinção da Humanidade. 43 3 2 2 3 4 7 9 10 11 18 Não sabe/Não responde Outros Menos fotossíntese, menos oxigénio na atmosfera Disrupção do equilíbrio natural Extinção da Humanidade Destruição do/no planeta Extinção da Vida no planeta Não haveria mais mel A polinização ficaria comprometida Teria um efeito nefasto Extinção de muitas espécies (plantas e/ou animais) Em suaopinião, qual seriaoimpacto para o planeta terra, odesaparecimentototal das abelhas? Base:Totalidade dos entrevistados
  • 31. 31 4 – Importância do estudo das abelhas nas escolas Quantoà possibilidade deste assunto fazer parte do currículo do ensino básico ou até do secundário nas escolas portuguesas, a média dos entrevistados acha que é “Muito importante”.Nossub-grupos escolares,osalunosdoPré-escolare daPrimáriasão os que mais importância atribuem ao estudo deste tema, seguidos pelos professores. Os alunos do 2º/3º Ciclo e os do Secundário estão mais perto do “Nem muito, nem pouco importante”. 23 29 26 5 4 11 3 5- Muitíssimo importante 4- Muito importante 3- Nem muito, nem pouco importante 2- Pouco importante 1- Nada importante Não Sabe Não responde Que grau de importânciatemo estudoda abelhafazer parte do currículodo ensinobásicoe/ousecundárionas escolas portuguesas? Base:Totalidade dos entrevistados 11 3 1 1 2 2 2 4 4 10 19 41 Outros Todas Economia Saúde infantil Geografia Português Físico-Química Área de… Cidadania Biologia Estudo do Meio Ciências Naturais Em que disciplinas achaque deveriaser estudadoeste assunto? Base: Totalidade dos entrevistados
  • 32. 32 Na opiniãosobre emque disciplinadeveriaserincluídooestudodeste assunto, as que obtiveramummaiornúmerode respostasforam as CiênciasNaturais(41%), o Estudo do Meio (19%) e a Biologia (10%), que são as mais do foro da Natureza. Outras mencionadas, mesmo que em menor grau, são a Cidadania (4%) e a Área de Integração (4%). Outras disciplinas apresentam valores residuais.
  • 33. 33 Principais conclusões 1. O sentimento geral relativamente às abelhas é de indiferença ou de aversão, mais do que apreciação. Os alunos mais novos, do ensino pré-escolar e primária, parecem ser os que mais gostam de abelhas, seguidos do grupo dos professores. Os do 2º/3º Ciclo e Secundário são os que simpatizam menos. 2. Cerca de metade dos entrevistados admite ter medo delas e 3 em cada 4 já foi picado. 3. O nível de interesse pelo mundo das abelhas é muito elevado junto dos mais novos e dos professores. Os restantes alunos não mostram grande interesse. 4. Apesar da atenção dada às abelhas não ser muita, os entrevistados acabam por ter um nível de conhecimento considerável. Em geral, sabem que existe apenas uma rainha, que elas são todas irmãs (exceto a rainha, que é a mãe) e conhecem as funções que elas desempenham na colmeia e a comunicação que efetuam entre si. Só tiveram mais dificuldades quando questionados sobre qual espécie seria a mais comum em Portugal, em que 83% responderam não saber. 5. Quanto à apicultura, os entrevistados, em geral, sabem o que é, mas revelam pouco contato. No entanto, têm um amplo conhecimento dos produtos que resultam desta atividade e consomem alguns destes produtos. 6. Na avaliação da importância que as abelhas têm na Natureza, consideram-nas “muito importantes”, no entanto sobrestimam bastante o seu peso na polinização total (respondem 77.4% quando, na verdade, está estimada em cerca de 1/3). 7. Relativamente ao recente Síndrome do Desaparecimento das Abelhas ou Colapso de Colónias, poucos entrevistados (21%) afirmam ter conhecimento deste fenómeno. Porém, os que têm classificam-no de “muito grave”. 8. As causas que os entrevistados apontaram para este problema foram próximas das mencionadas pelos cientistas. Eles discutem uma interação de vários fatores, entre eles: a poluição, o uso de determinados pesticidas (os mais graves sendo os neonicotinóides), doenças e a ação do Homem (deflorestação, monocultura, etc.). Em alguns locais, as espécies invasoras também constituem um problema.
  • 34. 34 9. Os entrevistados, em geral, subestimam os efeitos do desaparecimento das abelhas no ecossistema. Uma grande percentagem, cerca de 42%, admite não saber que efeito será esse. Outros apontam corretamente a extinção de plantas e animais, ou até dos humanos, mas também menciona-se várias vezes consequências menos catastróficas como um efeito negativo indiscriminado ou a simples ausência de mel. 10. Os entrevistados acham que este assunto deveria ser inserido no programa curricular, nomeadamente nas disciplinas dedicadas à Natureza (Ciências Naturais, Estudo do Meio e Biologia).
  • 35. 35 Referências bibliográficas A VidadasAbelhas.Modificado em Fevereiro de 2014. Recuperado em Fevereiro de 2014, de http://www.angelfire.com/wy/shangrila/vida.html BBC – Nature Wildlife (European Honeybee): http://www.bbc.co.uk/nature/life/European_honey_bee BBC Horizon(2013) What's KillingOurBees - A Horizon Special BBC Full Documentary [Filme]. Recuperado em Janeiro de 2014, de http://www.youtube.com/watch?v=eV30vODTkDw BEE DOC. Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Janeiro de 2014, de: http://www.bee-doc.eu/index.php Bill Maher Show (2012) Ellen Page Talks "Vanishing of the Bees". [Vídeo] Recuperado em Janeiro de 2014, de http://www.youtube.com/watch?v=wzUkCWV9FFs Confederação de Agricultores de Portugal. Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Janeiro de 2014, de: http://www.cap.pt/index.php Comissão Europeia, Agricultura e Desenvolvimento Rural. Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Janeiro de 2014, de: http://ec.europa.eu/agriculture/honey/index_en.htm DireçãoGeral de Alimentação e Veterinária. Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Janeiro de 2014, de: http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV Espaço Abelha (Yamada Bee Farm). Modificado em Fevereiro de 2014. Recuperado em Fevereiro de 2014, de http://www.3838.com/portuguese/mitsubachi_park/lifestyle/itinen.html European Commission (2013). Apiculture Programmes. Modificado em Fevereiro de 2014. Recuperado em Fevereiro de 2014, de http://ec.europa.eu/agriculture/honey/reports/statistics-apiculture-programmes_en.pdf European Commission (2013). EU Market situation for Honey. Modificado em Fevereiro de 2014. Recuperado em Fevereiro de 2014, de http://ec.europa.eu/agriculture/honey/reports/market-situation_en.pdf Euronews (2010) Um mundo sem abelhas?. [Vídeo] Recuperado em Janeiro de 2014, de http://www.youtube.com/watch?v=ehMfc-0feIk FederaçãoNacional dosApicultoresde Portugal. Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Janeiro de 2014, de: http://www.fnap.pt/ Gabinete de Planeamento de Políticas (Governo de Portugal – site institucional). Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Fevereiro de 2014, de http://www.gpp.pt/ Imhoof,M.,Kufus,T., Grasser, H., Meier, P. A., Hurt, J. (2013) More than honey. [Filme] Suíça: Zero One Film, Allegro Film
  • 36. 36 Institutode Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). Modificado em Fevereiro de 2014. Recuperado em Fevereiro de 2014, de: http://www.ifap.min- agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico/GC_ajudas/GC_animais/GC_mel_R Maria Spivak - TEDtalk(2013) Porque desaparecemasabelhas.[Vídeo] RecuperadoemJaneiro de 2014, de http://www.ted.com/talks/marla_spivak_why_bees_are_disappearing.html Marktest (2009). Número de colmeias e cortiços. Sales Index 2014 v6.5.0, Base de Dados de 2014 (rev. 27 Mar 2014). Recuperado em Março de 2014 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (2013). Programa Apícola Nacional (2014-2016). Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Janeiro de 2014, de http://www.gpp.pt/MA/apicultura/PAN2014-2016.pdf Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (2010). Programa Apícola Nacional (2011-2013). Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Janeiro de 2014, de http://www.gpp.pt/MA/apicultura/PAN_2011_13.pdf Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (2007). Programa Apícola Nacional (2008-2010). Modificado em Janeiro de 2014. Recuperado em Janeiro de 2014, de http://www.gpp.pt/MA/apicultura/PAN.pdf National Geographic. Bees and Wasps: World's Weirdest: Honey Bee Dance Moves. [Vídeo] Recuperado em Janeiro de 2014, de http://video.nationalgeographic.com/video/animals/bugs-animals/bees-and-wasps/weirdest- bees-dance/ National Geographic Bee. Modificado em Fevereiro de 2014. Recuperado em Fevereiro de 2014, de: http://www.nationalgeographic.com/geobee/ Sabermaisnaweb(2013). Abelhas [Vídeo] RecuperadoemFevereirode 2014, de https://www.youtube.com/watch?v=6LQ00njFY6k Imagem: Abelha (capa). Recuperado em Março de 2014, de: http://dalantech.deviantart.com/art/Miner-Bee-Head-On-II-101531317
  • 37. 37 Anexos  Questionário Este ano o tema que a Fundação Vox Populi escolheu para trabalhar o NEPSO e o Rato de Biblioteca foi a importância das abelhas para o planeta terra. É um projetoque estamos a desenvolver, e que queremos partilhar com todos os grupos que estão a trabalhar nestes programas. Neste momento estamos a fazer as entrevistas e gostaríamos muito de contar com todos os participantes do NEPSO e Rato de Biblioteca para responder a este estudo. Professores, alunos, todos os que estão a trabalhar nos seus projetos. No fim do ano, apresentaremos os resultados deste estudo a todos. No início do século XXI, as populações de abelhas começaram a dar sinais de estarem a enfrentar contrariedades e o seu número tem descido a pique por todo o mundo. Isto pode trazer consequências. Comeste questionário,queremos saber a opinião, dos participantes no NEPSO e Rato de Biblioteca, sobre a importância da abelha na natureza e no planeta terra. Não há respostas certas ou erradas. Queremos que nos responda com sinceridade às questões que lhe vamos colocar. No final do ano, divulgaremos os resultados estatísticos. Vamosentãofalarsobre as abelhasemgeral. 1. Quandopensaemabelhas,qual é o seusentimento? a) Gosto muitode abelhas. b) São-me indiferentes. c) Não gostode abelhas. Não respondo 2. Quandopensaemabelhas,sente medodelasounãosente medo? d) Tenhomedodelas e) Não tenhomedodelas f) Não respondo 3. Já algumavezfoi picadopor uma abelha? a) Sim b) Não Não me lembro Não respondo 4. É alérgico(a) aovenenodaabelha?
  • 38. 38 a) Sim b) Não Não sei Não respondo 5. Qual diriaque é o seugrau de interesse em relaçãoaomundodasabelhas? a) Muitíssimointeressado(a) b) Muito interessado(a) c) Nemmuitonempoucointeressado(a) d) Poucointeressado(a) e) Nada interessado(a) f) Não sei g) Não respondo As abelhas melíferas são a espécie mais comum, que produz mel. Foi esta espécie que desenvolveu uma complexa vida em colmeia. 6. Conhece aligaçãogenética/familiarque existe entre asabelhasnacolmeia? a) São todasprimas b) São todasirmãs c) Cada uma tema sua famíliae todas as famíliasvivemjuntasnacolmeia d) Não há ligaçãogenéticaentre asabelhasdacolmeia Não sei Não respondo 7. Sabe até quantasrainhaspode tercada colmeia? 0 1 2 3 Não sei Não respondo 8. Conhece adivisãode trabalhoque existe nacolmeia? a) Sim b) Não -> passaa 9 Não respondo 8.1. Se sim,que tipode tarefasdesenvolvidaspelasabelhasconhece? ________________________________________ 9. Em sua opinião,asabelhascomunicamentre si? a) Sim b) Não -> passaa 10
  • 39. 39 c) Não sei ->passa a 10 d) Não respondo ->passaa 10 9.1. Se sim,como se dá essacomunicação? ______________________________________________ 10. Sabe qual é a espécie de abelhamaiscomumemPortugal? a) Sim b) Não -> passapara 6 c) Não respondo->passapara6 10.1. Se sim,qual? __________________________ 11. Sabe o que é apicultura? a) Sim b) Não c) Não respondo 12. Apiculturaé a ciência,ouarte,da criação de abelhascomferrão.Temou teve alguma experiênciapessoal diretacoma apicultura? d) Sim e) Não Não respondo 13. Conhece alguémque se dedique àapicultura,sejaemtempoparcial outotal? a) Sim b) Não Não respondo 14. Em sua opinião,onúmerode colmeiasemPortugal está: a) Em crescimento b) Nememcrescimento,nememdeclínio c) Em declínio Não sei Não respondo 15. E na próximadécada,achaque o númerode colmeiasemPortugal irá: a) Crescer b) Nemcrescernemdiminuir c) Diminuir Não sei
  • 40. 40 Não respondo I. As abelhasestãonaorigemde muitosprodutosque usamosnonossoquotidiano. 16. Que produtosconhece provenientesdasabelhasourelacionadoscomelas? ______________________________________________________________ Não conheço  P17 16.1. E que utilizaçãoé feitapelohomemaosprodutosque asabelhasproduzem? ________________________________________________________ Não sei 16.2. CostumaConsumiralgunsdessesprodutosprovenientesdasabelhas? a) Sim b) Não -> passapara 17 Não respondo->passapara17 16.3. Se sim,quais? ________________________________ II. As abelhas estão inseridas no meio ambiente e desempenham o seu papel no ecossistema. 17. Qual é, para si,o grau de importânciadasabelhasnopapel que desempenhamna Natureza? a) Muitíssimoimportante b) Muito importante c) Nemmuito,nempoucoimportante d) Poucoimportante e) Nada importante Não sei Não respondo As abelhasrealizamumatarefaque se chamapolinização,que é otransporte de grãos de pólende umaflorpara outra. É através deste processoque asfloresse reproduzeme muitas delasdãofruto. 18. Diga,por favor,numa escalaentre 0 e 100, quantopensaque seráa contribuiçãodas abelhasparaa polinizaçãototal naNatureza. ________
  • 41. 41 III. De facto,nosúltimosanos,tem-se registadoumaquebraacentuadanonúmerode abelhasumpoucopor todo o mundo. 19. Já ouviufalardo chamadoSíndrome de DesaparecimentodasAbelhasouSíndrome de Colapsode Colónias? a) Sim b) Não -> passaa p20 c) Não respondo->passaap20 19.1. Em sua opinião,qual ograu de gravidade destasituação? a) Muitíssimograve b) Muito grave c) Nemmuito,nempoucograve d) Poucograve e) Nada grave Não sei Não respondo 19.2. Quaissão, na suaopinião,asprincipaiscausasda morte emmassa dasabelhas no mundo? ___________________________________________________________________ Não sei 20. Em sua opinião,qual seriaoimpactopara o planetaterra,o desaparecimentototal das abelhas? ______________________________________________________________________ Não sei 21. Em sua opinião qual o grau de importância que tem, o estudo da abelha fazer parte do currículo do ensino básico e/ou secundário nas escolas portuguesas? a)Muitíssimoimportante b)Muitoimportante c)Nemmuito,nempoucoimportante d)Poucoimportante e)Nadaimportante Não sabe Não responde 22. Em sua opinião, as abelhas: quem são, como vivem, o que produzem e a importância que têm para o planeta deveria ser ensinado nas escolas com
  • 42. 42 profundidade, deveria ser estudados superficialmente ou não deveria ser estudado? a) Com profundidade b) Superficialmente c) Não deveria ser estudado Dados de classificação Não sabeDados de classificação Não respondeDados de classificação 23. Em que disciplinas acha que deveria ser estudado este assunto? _____________________________________________________ IV. Dados de classificação: 24. É professor ou aluno? a) Professor b) Aluno 25. Idade:________ 26. Escola:__________ 27. Concelho a que pertence a escola: 28. Nível de ensino que frequenta ou ensina:_______ Muito obrigadapelasuacolaboração!