O Natal representa o nascimento de Jesus que nos remete ao sentimento do amor fraterno, da confraternização em família, com parentes e amigos, momento de resgatar os valores cristãos como a humildade, o perdão, a caridade, a fraternidade e o amor.
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CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo Pires de Amorim, 1516 – Jardim Marajó – Rondonópolis – MT
Palestra: Natal
Público: População em situação de rua.
Local: Centro Pop – Rua Poxoréo, 840 – Centro – Rondonópolis/MT
Palestrante: Marta Gomes P. Miranda
Data: 21/12/2021
ORAÇÃO INICIAL:
Senhor meu Deus, agradecemos aoportunidade porestarmos mais
uma vez nesta Casade acolhimento humano e fraternal. Abençoao nosso
diálogo dessa tarde, onde expressaremos acerca da vinda do nosso
Mestre Jesus ao nosso meio nos trazendo a Boa Nova, implantando o
Vosso Reino em nossos corações e, assim, possamos compreender o
verdadeiro espírito do Natal, como uma mensagem de luz refletindo na
nossa caminhada diária. Assim seja!
1. INTRODUÇÃO
O Natal representa o nascimento de Jesus que nos remete ao
sentimento do amor fraterno, da confraternização em família, com
parentes e amigos, momento de resgatar os valores cristãos como a
humildade, o perdão, a caridade, a fraternidade e o amor.
2. CONCEITO:
A palavra natal, significa dia de nascimento; o dia em que alguém
nasce; que está relacionado ao nascimento;natalício, natalino; onde algo
ou alguém nasceu: cidade natal.
Quando escrita com maiúscula, a palavra significa,para os cristãos,
o nascimento de Jesus.Nesse caso,dizemos O Natal, ou o dia de Natal.
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3. ORIGEM:
O Natal é a data em que os cristãos comemoram o nascimento de
Jesus Cristo. Durante muitos anos após seu nascimento, essa
comemoração erafeitaem dias diferentes,pois não se sabia a data exata
de seu nascimento.
O dia 25 de dezembro,conforme o calendário juliano, era a data em
que os romanos comemoravam o solstício de inverno. A celebração era
uma homenagem ao Deus Sol (natalis invicti solis), ocasião em que os
romanos pediam por fartura e realizavam dias de festividades com o
intuito de renovação.
Além da inexistência de documentos históricos que confirmem a
data de nascimento de Jesus,uma das explicações para a escolhado dia
25 de dezembro eram as festas pagãs que costumavam ser realizadas
nesse dia. Acredita-se que foi uma forma de conseguir mais adeptos ao
cristianismo, utilizando-se de algumas referências dos rituais pagãos.
A escolha da data foi determinada pelo Papa Julius I (337-352) e,
mais tarde, foi declarada feriado nacional pelo Imperador Justiniano, em
529.
Deste modo, sem estar associada à sua origem, o Natal passou a
ser comemorado em todos os países cristãos.
Com o passar do tempo foram anexados outros símbolos e rituais:
o presépio,a árvore e seus enfeites,as luzes, o Papai Noel, os presentes,
o comércio, etc.
4. NASCIMENTODE JESUS
Confirmando as profecias,Jesus nasceuna Terra, em um ambiente
de lutas e conspirações. A Sua vinda foi anunciada século após século,
porvários profetas.O povo hebreu esperavaansiosamente pelo Messias.
Esperava-O como se espera um libertador, um guerreiro que, segundo
pensava a maioria, viria libertar o povo de Israel do domínio romano.
Imaginavam muitos que o Messias seria um homem rico e poderoso,que
viria à frente de exércitos, que venceria os romanos, devolvendo-lhes os
sofrimentos e as humilhações impostosaos Judeus,anos afio. Os judeus,
contudo, não entenderam a grande mensagem do Salvador: esperavam-
no na condição de rei, de governador. Ele, porém, dizia ser rei, mas não
deste mundo. Enaltecendo a continuidade desta vida, vislumbrava-nos a
expectativa da vida futura, muito mais proveitosa e sem as dificuldades
materiais da vida presente.
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Conforme narra o evangelista Lucas, no capítulo 2, Augusto Cezar
torna público um edito convocando todo mundo para fazer o
recenseamento em suas cidades de origem. Sendo assim, José sai de
Nazaré (Galileia) e vai para Belém (Judeia), cidade de Davi, para fazer o
seu recenseamento, juntamente com Maria, sua esposa que estava
grávida.
Devido ao recenseamento havia uma grande movimentação das
pessoas, motivo pelo qual não havia mais vagas nas hospedarias. José
juntamente com Maria consegue se abrigar em um estábulo. Nesse
interim, Maria deu à luz ao seu filho primogênito, enfaixou-o e o colocou
na manjedoura.
A seguir um anjo o anunciou aos pastores que cuidavam dos seus
rebanhos: “Nasceu-vos hoje, na cidade de Davi um salvador, que é o
Cristo, o Senhor.” (Lc 2:11). Acrescentou que o encontraria envolto em
panos, deitado em uma manjedoura. Imediatamente apareceu junto ao
anjo um exército celeste louvando a Deus:
“Glória a Deus no mais alto dos Céus, e Paz na terra aos homens
de boa vontade.” (Lc 2:14)
Seu nascimento se deu nessas circunstâncias não por estarem
Seus pais em condições de penúria. José, mesmo sendo um carpinteiro
pobre,tinha com que pagar uma pousada, pois o casal procuroualgumas
hospedarias, mas a cidade, em vista do recenseamento, estava repleta
de viajantes e não havia aposentos disponíveis.Pode parecerque Jesus
nasceuem meio humilde poressacondição meramente circunstancial,de
não terem Seus pais encontrado vaga em nenhuma hospedariade Belém.
A manjedoura foi proposital.
Um espírito puro, o governador espiritual de nosso planeta, Jesus,
poderia ter escolhido nascer onde quisesse.
Poderia ter escolhido algum palácio, cercado por conforto e
proteção ou em algum lugar repleto de belezas naturais. Mas Ele
escolheu a manjedoura, um tabuleiro onde se deposita comida para o
gado. As primeiras paredes que o abrigaram foram as de um estábulo e
o seu berço foi a humilde palha de uma manjedoura.
Como tudo que foi realizado pelo Cristo foi planejado
minuciosamente, esse tabuleiro tinha um profundo significado:
Nos ensinar a humildade, a simplicidade, e que mesmo sendo Ele
O Maior de todos, não fazia questão de luxo, de riqueza, de
demonstrações exteriores.
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Mostrou que os valores do coração permanecem vivos quando
adotamos posturas mais simples,pois passa-se então a dar valor em tudo
que se tem, sem esperar encontrar felicidade no supérfluo.
A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo,
como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.
Começavaa era definitivada maioridade daHumanidade terrestre,de vez
que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da
fraternidade e do amor a todos os corações. (A Caminho da Luz, pag.
105)
5. QUESTÃO 625 DE “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”:
Pergunta:
Qual o tipo mais perfeito que Deus já ofereceu ao homem para lhe
servir de guia e modelo?
Resposta: Jesus.
Comentário de Allan Kardec:
Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a
humanidadepode aspirar na Terra.Deus no-lo oferece como o mais
perfeito modelo, e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura
da lei do Senhor,porque o espírito divino o animava,e porque foi o
ser mais puro de quantos têm aparecido na Terra.
Quanto aos que, tendo pretendido instruir o homem na lei de Deus,
transviaram-no por meio de falsos princípios, isso aconteceu por
haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado
terrenos, e por terem confundido as leis que regulam as condições
da vida da alma com as que regem a vida do corpo. Muitos
apresentaram como leis divinas simples leis humanas estatuídas
para servir às paixões e dominar os homens.
Comentários:
Todos nós conhecemos a história do Mestre.
Sabemos que ele esteve aqui para nos ensinar a amar, não apenas
com palavras, mas principalmente, com atitudes, exemplificando cada
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palavra, mostrando para nós que somente através do amor seremos
verdadeiramente felizes.
Por isso que Ele é o nosso modelo e o nosso guia.
Ele é o tipo de aspiração moral que podemos aspirar na Terra, pois
um dia chegaremos a esse nível de condição evolutiva.
Precisamos nos esforçar para isso. Buscar a reforma do nosso
coração, a vivência do evangelho em nossas vidas, a reparação dos
nossos erros.
Precisamos sempre focar os nossos pensamentos e as nossas
atitudes no Mestre querido. Seguir os seus ensinamentos,seguir os seus
exemplos.
Nas diversas situações do dia a dia lembremoscomo Jesus agiria e
busquemos agir da mesma forma.
Nós precisamos nos esforçar e um dia chegaremos também a ser
modelos para outras criaturas, para outros Espíritos mais novos e menos
experientes.
O esforço depende de cada um de nós.
6. SIGNIFICADO DO NATAL
As comemoraçõesdo Natal carregam muitos símbolos e rituais que
ao longo dos tempos foram sendo agregados a essa festa especial.
Atualmente tem predominado o consumismo excessivo fazendo
com que muitos se esqueçam do verdadeiro sentidodo Natal que não tem
nada a ver com exteriorização material e simbólica.
Esquecemos que o dono da festa é o Mestre, quem deve receber
presentes e homenagens é o aniversariante e não nós. A lembrança
dessa figura que marcou para sempre a história da humanidade, nos
convida a refletir e repensar atitudes, a buscar sentimentos positivos
como: o amor, a gratidão, a caridade, a fraternidade, a amizade e a
generosidade.
É um período em que somos estimulados a refletir sobre o seu
verdadeiro significado. É o dia do nascimento de Jesus, da encarnação
do único Espírito puro (o mais elevado) que por aqui já passou, com o
objetivo de trazer para nós através dos seus ensinamentos e exemplos a
lição do verdadeiro amor.
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No Natal, a própria energia do nosso Planeta se modifica.Sentimos
as pessoas mais felizes,o clima de confraternização se amplia. Muitos de
nós nos voltamos com mais caridade para os necessitados. Trocamos
presentes em gestos de carinho e amor. Tudo sob a inspiração da história
do Nosso Mestre Jesus.Isso é reflexo da grande propostado Cristo para
nós - o Amor.
Jesus encarnado aqui na Terra foi a expressão pura do amor em
todas as circunstâncias. Em todas as suas mensagens falava do amor,
como por muitas vezes às margens do Mar da Galileia, demonstrou o
amor curando os doentes onde quer que estivessem, acolheu os aflitos
dando-lhes oportunidade de expressarem a sua dor, encontrando em
Jesus um ouvido amigo, levantou os caídos,acolheu os excluídos,como
as prostitutas e os leprosos, orientou o perdão, referenciou o amor e a
inocência das crianças, vivenciou a fraternidade com os seus discípulos,
estabeleceu o amor ao próximo como o segundo mandamento, enfim,
instituiu a caridade e o amor como base da sua Doutrina Consoladora e
Redentora. Morreu por amor, mas sobretudo viveu por amor.
Jesus praticou o Amor, a Caridade e a Fraternidade em todos os
dias da sua vida, em todos os momentos em que esteve conosco.
Se Ele assim viveu em todos os dias da sua vida e nos propôs que
assim vivêssemos, parece-nos certo afirmar que o clima que envolve o
Natal deveriaseruma constante em nossas vidas.É muito bom que nessa
época do ano lembremos de Jesus e pratiquemos com mais ênfase o
amor, a caridade e a fraternidade. Mas, se Jesus viveu todos os dias da
sua vida segundo a Lei do Amor, e se bem entendemos a sua mensagem
libertadora, então o Natal não se resume a um único dia do ano.
Distanciando dos simbolismos e dos rituais, nós espíritas devemos
a exemplo de Jesus, festejaro Natal todos os dias, enquanto celebração
do amor, da caridade e da Fraternidade entre os homens. Deve ser uma
rotina em todos os momentos da nossa vida.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Devemos buscar compreender a legítima significação da grande
data que marca o advento daquele que, como condutor da humanidade,
trouxe para nós, pela exemplificação,o amor e a verdadeira fraternidade,
base da felicidade humana.
Devemos comemorar o Natal com justa alegria em nosso coração,
em nosso lar, com os amigos e com todos os que nos cercam, mas
lembremo-nos de que a verdadeira fraternidade não se expressa pela
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oferta de presentes ou de lembranças, antes, através da exemplificação
cristã, através da humildade, do perdão, da caridade e do amor.
O Natal para nós espíritas não se limita às alegrias de um dia, mas
se estende por toda a nossa vida, está relacionado com o nascimento
espiritual, e não físico, de Jesus em nosso íntimo. O Natal é nós
vivenciarmos o Evangelho, deixando que Jesus nasça em nossos
corações e assim, modifiquemos o nosso íntimo, reformados pela sua lei
maior: o amor.
O Natal é renovação permanente.
É tempo de deixarde olhar apenas para si mesmo,abrindo para que
possamosofereceraquilo que temos de melhor dentro de nós, colocando
em prática os ensinamentos do Cristo.
8. MENSAGEM:
Natal
“Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa-vontade para com os homens.” (Lucas 2:14)
As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não
apresentaram qualquer palavra de violência.
Glória a Deus no Universo Divino.
Paz na Terra.
Boa vontade para com os Homens.
O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranquilidade ao mundo, não
declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir.
Nem castigo ao rico avarento.
Nem punição ao pobre desesperado.
Nem desprezo aos fracos.
Nem condenação aos pecadores.
Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.
Nem anátema contra o gentio inconsciente.
Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da boa vontade.
A justiça do “olho por olho e do dente por dente” (Ex 21:24) encontrara, enfim, o Amor
disposto à sublime renúncia até à cruz.
Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo
inexprimível…
Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.
O algoz seria digno de piedade.
O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.
O criminoso passaria à condição de doente.
Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon, os
escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em
Jerusalém, os enfermos não mais seriam relegados ao abandono nos vales de
imundície.
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Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou
vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.
Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda
que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.
Natal! Boa Nova! boa vontade!…
Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus,
sob os esplendores de um novo dia.
XAVIER, Chico. Fonte Viva. 20ª Ed. Brasília: FEB, 1995. Pelo Espírito Emmanuel, pág. 399.
9. ORAÇÃO FINAL:
Senhor Deus, Pai de infinita bondade pedimos a Ti que abra os
nossos coraçõesaesse sentimento tão lindo de amor para que possamos
sentir e transmitir os ensinamentos deixados por Jesus. Que nossos
pensamentos e ações estejam voltadas para o bem, formando uma
corrente de amor, atingindo todaa humanidade. Que consigamos perdoar
aqueles que nos feriram, retirando do nosso íntimo toda mágoa, todo
rancor, todo ressentimento.Que tenhamos o amparo dos nossos amigos
espirituais nos iluminando para o despertar dos sentimentos bons,
conservando em nós adoçura,a serenidade,aresignação,afraternidade,
o amor. Que Jesus renasçadiariamente em nossos corações. Assim seja!
10. REFERÊNCIAS
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile.
182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de
Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
XAVIER, Chico. A Caminho da Luz. 21ª Ed. Brasília: FEB, 1995. Pelo
Espírito Emmanuel.
XAVIER, Chico. Fonte Viva. 20ª Ed. Brasília: FEB, 1995. Pelo Espírito
Emmanuel.
XAVIER, Chico. Boa Nova. ed. Brasília: FEB, 201?. Pelo Espírito
Humberto de Campos
https://espirito.org.br/
https://www.mensagemespirita.com.br
http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/questoes.html