Este documento apresenta uma pesquisa sobre a variação no uso dos verbos haver e ter em estruturas existenciais no português, desde o período arcaico até o português falado no Brasil. Analisa textos antigos e a literatura gramatical brasileira sobre o assunto. Os resultados mostram que a variação ocorre desde o português arcaico e que o verbo ter ganhou o traço semântico de existencial ao longo do tempo, entrando em concorrência com o haver. No Brasil, a variação é mais comum na
O documento apresenta um dicionário de termos da língua kimbundu com suas traduções para o português. Inclui uma introdução sobre a estrutura da língua kimbundu e seu alfabeto, com exemplos de letras e regras de acentuação. Também fornece uma lista de fontes consultadas para compilar o dicionário.
1) O documento apresenta uma introdução a um curso básico de latim, elaborado por Clovis Bombardelli.
2) É abordada a construção frasal em português e latim, destacando as diferenças na ordem das palavras e uso de terminações.
3) São explicados conceitos como alfabeto, pronúncia, prosódia, quantidade, acento, sujeito, predicado, complementos e adjuntos.
Este documento fornece uma introdução a um curso de latim, incluindo:
1) O curso será composto por 18 lições a serem completadas em 36 semanas;
2) É recomendado adquirir uma gramática de latim e português, além de um dicionário latino-português;
3) As características da pronúncia latina reconstituída são explicadas, incluindo exemplos.
Este documento apresenta um curso introdutório de latim, descrevendo:
1) O planejamento do curso em 18 lições ao longo de 36 semanas;
2) Materiais recomendados como gramáticas e dicionários para o estudo;
3) Uma breve explicação sobre a pronúncia do latim e características da língua como conjugações verbais e tempos gramaticais.
O documento descreve um curso sobre o Grego Koine oferecido pela Igreja Batista Cidade Universitária em 2007. O curso visa ensinar os alunos os fundamentos da língua grega usada no Novo Testamento, incluindo o alfabeto, vocabulário básico e tradução de textos selecionados do Evangelho de João. O curso também fornece uma breve introdução à origem e desenvolvimento histórico da língua grega.
O documento apresenta um manual sobre a língua latina. No prefácio, o autor explica que o objetivo do manual é despertar o raciocínio dos alunos através do estudo do latim. Ele também destaca a ênfase dada à análise sintática nos exercícios de tradução e versão. Na introdução, o autor descreve a origem e a evolução do latim a partir do ramo itálico da família indo-europeia.
O documento discute a gramática do grego koiné, comparando-a com o grego ático. Apresenta as principais diferenças entre os dois idiomas, como o uso frequente do genitivo qualificativo em vez de adjetivo e o emprego do acusativo para expressar o predicativo. Também cita peculiaridades como a repetição de substantivos e o uso do positivo no lugar do comparativo.
1) O documento discute a gramática do grego koiné, comparando-a com o grego ático clássico. Apresenta diferenças lexicais e estruturais como o uso do genitivo qualificativo e do acusativo para o predicado.
2) Aborda a descoberta do grego koiné por Deissmann e sua aceitação como a língua do Novo Testamento.
3) Discorre sobre a controvérsia textual entre os manuscritos do Novo Testamento e grupos como o Textus Receptus e o de
O documento apresenta um dicionário de termos da língua kimbundu com suas traduções para o português. Inclui uma introdução sobre a estrutura da língua kimbundu e seu alfabeto, com exemplos de letras e regras de acentuação. Também fornece uma lista de fontes consultadas para compilar o dicionário.
1) O documento apresenta uma introdução a um curso básico de latim, elaborado por Clovis Bombardelli.
2) É abordada a construção frasal em português e latim, destacando as diferenças na ordem das palavras e uso de terminações.
3) São explicados conceitos como alfabeto, pronúncia, prosódia, quantidade, acento, sujeito, predicado, complementos e adjuntos.
Este documento fornece uma introdução a um curso de latim, incluindo:
1) O curso será composto por 18 lições a serem completadas em 36 semanas;
2) É recomendado adquirir uma gramática de latim e português, além de um dicionário latino-português;
3) As características da pronúncia latina reconstituída são explicadas, incluindo exemplos.
Este documento apresenta um curso introdutório de latim, descrevendo:
1) O planejamento do curso em 18 lições ao longo de 36 semanas;
2) Materiais recomendados como gramáticas e dicionários para o estudo;
3) Uma breve explicação sobre a pronúncia do latim e características da língua como conjugações verbais e tempos gramaticais.
O documento descreve um curso sobre o Grego Koine oferecido pela Igreja Batista Cidade Universitária em 2007. O curso visa ensinar os alunos os fundamentos da língua grega usada no Novo Testamento, incluindo o alfabeto, vocabulário básico e tradução de textos selecionados do Evangelho de João. O curso também fornece uma breve introdução à origem e desenvolvimento histórico da língua grega.
O documento apresenta um manual sobre a língua latina. No prefácio, o autor explica que o objetivo do manual é despertar o raciocínio dos alunos através do estudo do latim. Ele também destaca a ênfase dada à análise sintática nos exercícios de tradução e versão. Na introdução, o autor descreve a origem e a evolução do latim a partir do ramo itálico da família indo-europeia.
O documento discute a gramática do grego koiné, comparando-a com o grego ático. Apresenta as principais diferenças entre os dois idiomas, como o uso frequente do genitivo qualificativo em vez de adjetivo e o emprego do acusativo para expressar o predicativo. Também cita peculiaridades como a repetição de substantivos e o uso do positivo no lugar do comparativo.
1) O documento discute a gramática do grego koiné, comparando-a com o grego ático clássico. Apresenta diferenças lexicais e estruturais como o uso do genitivo qualificativo e do acusativo para o predicado.
2) Aborda a descoberta do grego koiné por Deissmann e sua aceitação como a língua do Novo Testamento.
3) Discorre sobre a controvérsia textual entre os manuscritos do Novo Testamento e grupos como o Textus Receptus e o de
O documento discute a linguagem utilizada nas comunidades religiosas afro-brasileiras, analisando as línguas africanas incorporadas no português brasileiro e observando o léxico nos candomblés. O autor realizou pesquisa etnológica e linguística sobre três principais grupos linguísticos: Banto, Iorubá e Éwe.
A palavra parque como oxítona; fogo como dissilábica, fogos como monossilábic...Leandro m
Leandro Aparecido Meneghin Gomes Araras/SP
Este artigo visa a analisar a perda e o ganho de sílabas do léxico da língua portuguesa em comportamento sintático e em modificação morfológica. Têm-se dissecado a estrutura das sílabas na língua portuguesa e a atuação das vogais dentro delas a fim de posteriormente alcançar a depreensão do processo de paragoge e apócope, responsáveis por alterar o número de sílabas mesmo na língua padrão.
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 83-84luisprista
Este documento discute vários tópicos relacionados a lexicografia, incluindo definições de palavras, estrutura de verbetes em dicionários, e diferenças entre dicionários e enciclopédias. Também fornece exemplos de definições de palavras e citações literárias.
Palavras hebraicas e hebraísmos na língua portuguesasgtbertoldo
O documento discute a influência da língua hebraica na língua portuguesa através da Bíblia. Apresenta exemplos de palavras hebraicas e expressões que passaram para o português, como nomes de Deus como "Javé" e "Javé Sebaot", e outros vocábulos relacionados a temas bíblicos. Explica que muitas dessas palavras entraram no português através da tradução latina da Bíblia conhecida como Vulgata.
Este documento fornece uma lista de correções e aditamentos à 5a edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. A lista contém correções de erros de revisão em cerca de 0,04% das palavras e complementos de informações para alguns verbetes. A Academia Brasileira de Letras solicita a atenção dos leitores para estas alterações visando aperfeiçoar a obra.
Este documento fornece informações sobre o acordo ortográfico de 1990 e as mudanças na grafia do português que ele introduziu, incluindo:
1) Três novas letras foram adicionadas ao alfabeto português - K, W e Y.
2) Mudanças nas regras de uso de maiúsculas e minúsculas.
3) A regra de que o que não é ouvido não é escrito, resultando na queda de algumas consoantes nas palavras.
Este documento fornece informações sobre o acordo ortográfico de 1990 e as mudanças na grafia do português que ele introduziu, incluindo:
1) A adição de três novas letras ao alfabeto português - K, W e Y.
2) Regras sobre o uso de maiúsculas e minúsculas.
3) Exemplos de como consoantes mudas caem em certos contextos com prefixos como in-.
1) O artigo discute evidências de que o Aramaico, e não o Grego, era a língua original do Novo Testamento, como a polisemia, onde uma palavra pode ter vários significados dependendo do contexto, tornando o Aramaico o original.
2) Há estruturas poéticas e trocadilhos no texto que são perdidos na tradução para o Grego, como em Atos 9 onde um homem chamado "Afligido" é curado.
3) Alguns trechos no Grego contém erros teológicos e históric
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 36luisprista
O documento é um poema que descreve a beleza da natureza e como tudo parece mais triste sem a presença da pessoa amada. O poema fala da fermosura da serra e da sombra das árvores, dos ribeiros tranquilos que afastam a tristeza. No entanto, sem a pessoa amada, tudo parece sem graça e causa mágoa.
O documento discute o uso do latim na Igreja Católica. Apresenta citações de papas defendendo o uso do latim na liturgia e resume regras básicas para a pronúncia correta do latim eclesiástico. Também inclui orações comuns como o Pai-Nosso, Ave Maria e Credo em latim.
1) O documento discute os conceitos e tipos de tradução de acordo com autores como Roman Jakobson. 2) Jakobson define três tipos de tradução: intralingual, interlingual e intersemiótica. 3) A tradução intralingual ocorre dentro da mesma língua, a interlingual entre línguas e a intersemiótica entre sistemas semióticos diferentes como texto e imagem.
Este documento discute como placas públicas e anúncios revelam possíveis transformações na Língua Portuguesa ao longo do tempo. Ele analisa duas placas que contêm erros de ortografia, mostrando como sons diferentes podem ser confundidos na escrita. Também examina como a literatura incorpora variações da fala comum em poemas. O documento conclui que entender a língua em sua diversidade de usos é essencial para compreender seu processo evolutivo.
A aula ensina o uso correto do dicionário de inglês para os alunos, incluindo a pronúncia fonética, tradução para o português, classes gramaticais e separação silábica de palavras. Exemplos como "book" e "approach" são usados para demonstrar essas funcionalidades do dicionário.
1) O documento apresenta as principais mudanças ortográficas introduzidas no português brasileiro pelo Acordo Ortográfico de 1990.
2) Foram reintroduzidas as letras K, W e Y no alfabeto e removido o trema em alguns casos.
3) Houve alterações nas regras de acentuação em palavras paroxítonas e na remoção de acentos em outros casos.
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 44luisprista
O documento discute as posições dos pronomes relativamente aos verbos no português, incluindo ênclise, próclise e mesóclise. Apresenta exemplos de cada caso e discute também as variações do português falado em diferentes países e regiões de Portugal, Brasil e Moçambique.
O documento discute os verbos e seus significados. Ele explica que verbos transmitem informações sobre tempo, realidade versus fantasia e atitude do falante. Também descreve os diferentes modos e tempos verbais, incluindo como eles afetam o significado de uma sentença.
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 43-44luisprista
O documento discute relações semânticas entre palavras, como hiperonímia, hiponímia e holonímia. Exemplos mostram termos gerais e seus termos subordinados, assim como partes e seus respectivos todo. Alunos devem completar exercícios sobre essas relações e podem ler poemas de Vasco Graça Moura.
Este documento resume as principais mudanças ortográficas propostas pelo Acordo Ortográfico de 1990, incluindo a remoção do trema e acentos em certas palavras, alterações nas regras de hifenização, e a incorporação de novas letras ao alfabeto português.
1) O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor em 1o de janeiro para aproximar as grafias dos oito países que falam português.
2) Até 2012 haverá uma fase de transição para que todos possam se adaptar às novas regras de acentuação e hifenização.
3) O objetivo do guia é ajudar na implantação do acordo de forma rápida e fácil.
O documento descreve a história da normatização ortográfica da língua portuguesa ao longo dos séculos, desde as primeiras tentativas no século XVI até o atual Acordo Ortográfico de 1990. Destaca os principais marcos como reformas, acordos e encontros realizados entre Brasil e Portugal com o objetivo de padronizar as regras ortográficas.
O documento discute a linguagem utilizada nas comunidades religiosas afro-brasileiras, analisando as línguas africanas incorporadas no português brasileiro e observando o léxico nos candomblés. O autor realizou pesquisa etnológica e linguística sobre três principais grupos linguísticos: Banto, Iorubá e Éwe.
A palavra parque como oxítona; fogo como dissilábica, fogos como monossilábic...Leandro m
Leandro Aparecido Meneghin Gomes Araras/SP
Este artigo visa a analisar a perda e o ganho de sílabas do léxico da língua portuguesa em comportamento sintático e em modificação morfológica. Têm-se dissecado a estrutura das sílabas na língua portuguesa e a atuação das vogais dentro delas a fim de posteriormente alcançar a depreensão do processo de paragoge e apócope, responsáveis por alterar o número de sílabas mesmo na língua padrão.
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 83-84luisprista
Este documento discute vários tópicos relacionados a lexicografia, incluindo definições de palavras, estrutura de verbetes em dicionários, e diferenças entre dicionários e enciclopédias. Também fornece exemplos de definições de palavras e citações literárias.
Palavras hebraicas e hebraísmos na língua portuguesasgtbertoldo
O documento discute a influência da língua hebraica na língua portuguesa através da Bíblia. Apresenta exemplos de palavras hebraicas e expressões que passaram para o português, como nomes de Deus como "Javé" e "Javé Sebaot", e outros vocábulos relacionados a temas bíblicos. Explica que muitas dessas palavras entraram no português através da tradução latina da Bíblia conhecida como Vulgata.
Este documento fornece uma lista de correções e aditamentos à 5a edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. A lista contém correções de erros de revisão em cerca de 0,04% das palavras e complementos de informações para alguns verbetes. A Academia Brasileira de Letras solicita a atenção dos leitores para estas alterações visando aperfeiçoar a obra.
Este documento fornece informações sobre o acordo ortográfico de 1990 e as mudanças na grafia do português que ele introduziu, incluindo:
1) Três novas letras foram adicionadas ao alfabeto português - K, W e Y.
2) Mudanças nas regras de uso de maiúsculas e minúsculas.
3) A regra de que o que não é ouvido não é escrito, resultando na queda de algumas consoantes nas palavras.
Este documento fornece informações sobre o acordo ortográfico de 1990 e as mudanças na grafia do português que ele introduziu, incluindo:
1) A adição de três novas letras ao alfabeto português - K, W e Y.
2) Regras sobre o uso de maiúsculas e minúsculas.
3) Exemplos de como consoantes mudas caem em certos contextos com prefixos como in-.
1) O artigo discute evidências de que o Aramaico, e não o Grego, era a língua original do Novo Testamento, como a polisemia, onde uma palavra pode ter vários significados dependendo do contexto, tornando o Aramaico o original.
2) Há estruturas poéticas e trocadilhos no texto que são perdidos na tradução para o Grego, como em Atos 9 onde um homem chamado "Afligido" é curado.
3) Alguns trechos no Grego contém erros teológicos e históric
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 36luisprista
O documento é um poema que descreve a beleza da natureza e como tudo parece mais triste sem a presença da pessoa amada. O poema fala da fermosura da serra e da sombra das árvores, dos ribeiros tranquilos que afastam a tristeza. No entanto, sem a pessoa amada, tudo parece sem graça e causa mágoa.
O documento discute o uso do latim na Igreja Católica. Apresenta citações de papas defendendo o uso do latim na liturgia e resume regras básicas para a pronúncia correta do latim eclesiástico. Também inclui orações comuns como o Pai-Nosso, Ave Maria e Credo em latim.
1) O documento discute os conceitos e tipos de tradução de acordo com autores como Roman Jakobson. 2) Jakobson define três tipos de tradução: intralingual, interlingual e intersemiótica. 3) A tradução intralingual ocorre dentro da mesma língua, a interlingual entre línguas e a intersemiótica entre sistemas semióticos diferentes como texto e imagem.
Este documento discute como placas públicas e anúncios revelam possíveis transformações na Língua Portuguesa ao longo do tempo. Ele analisa duas placas que contêm erros de ortografia, mostrando como sons diferentes podem ser confundidos na escrita. Também examina como a literatura incorpora variações da fala comum em poemas. O documento conclui que entender a língua em sua diversidade de usos é essencial para compreender seu processo evolutivo.
A aula ensina o uso correto do dicionário de inglês para os alunos, incluindo a pronúncia fonética, tradução para o português, classes gramaticais e separação silábica de palavras. Exemplos como "book" e "approach" são usados para demonstrar essas funcionalidades do dicionário.
1) O documento apresenta as principais mudanças ortográficas introduzidas no português brasileiro pelo Acordo Ortográfico de 1990.
2) Foram reintroduzidas as letras K, W e Y no alfabeto e removido o trema em alguns casos.
3) Houve alterações nas regras de acentuação em palavras paroxítonas e na remoção de acentos em outros casos.
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 44luisprista
O documento discute as posições dos pronomes relativamente aos verbos no português, incluindo ênclise, próclise e mesóclise. Apresenta exemplos de cada caso e discute também as variações do português falado em diferentes países e regiões de Portugal, Brasil e Moçambique.
O documento discute os verbos e seus significados. Ele explica que verbos transmitem informações sobre tempo, realidade versus fantasia e atitude do falante. Também descreve os diferentes modos e tempos verbais, incluindo como eles afetam o significado de uma sentença.
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 43-44luisprista
O documento discute relações semânticas entre palavras, como hiperonímia, hiponímia e holonímia. Exemplos mostram termos gerais e seus termos subordinados, assim como partes e seus respectivos todo. Alunos devem completar exercícios sobre essas relações e podem ler poemas de Vasco Graça Moura.
Este documento resume as principais mudanças ortográficas propostas pelo Acordo Ortográfico de 1990, incluindo a remoção do trema e acentos em certas palavras, alterações nas regras de hifenização, e a incorporação de novas letras ao alfabeto português.
1) O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor em 1o de janeiro para aproximar as grafias dos oito países que falam português.
2) Até 2012 haverá uma fase de transição para que todos possam se adaptar às novas regras de acentuação e hifenização.
3) O objetivo do guia é ajudar na implantação do acordo de forma rápida e fácil.
O documento descreve a história da normatização ortográfica da língua portuguesa ao longo dos séculos, desde as primeiras tentativas no século XVI até o atual Acordo Ortográfico de 1990. Destaca os principais marcos como reformas, acordos e encontros realizados entre Brasil e Portugal com o objetivo de padronizar as regras ortográficas.
O documento descreve a história da normatização ortográfica da língua portuguesa ao longo dos séculos, desde as primeiras tentativas no século XVI até o atual Acordo Ortográfico de 1990. Destaca os principais marcos como reformas, acordos e encontros realizados entre Brasil e Portugal com o objetivo de padronizar as regras de escrita.
O documento descreve a história da normatização ortográfica da língua portuguesa ao longo dos séculos, desde as primeiras tentativas no século XVI até o atual Acordo Ortográfico de 1990. Destaca os principais marcos como reformas, acordos e encontros realizados entre Brasil e Portugal com o objetivo de padronizar as regras de escrita.
O documento descreve a história da normatização ortográfica da língua portuguesa ao longo dos séculos, desde as primeiras tentativas no século XVI até o atual Acordo Ortográfico de 1990. Destaca os principais marcos como reformas, acordos e encontros realizados entre Brasil e Portugal com o objetivo de padronizar as regras de escrita.
O documento descreve a história da normatização ortográfica da língua portuguesa ao longo dos séculos, desde as primeiras tentativas no século XVI até o atual Acordo Ortográfico de 1990. Destaca os principais marcos como reformas, acordos e encontros realizados entre Brasil e Portugal com o objetivo de padronizar as regras de escrita.
O documento descreve a história da normatização ortográfica da língua portuguesa ao longo dos séculos, desde as primeiras tentativas no século XVI até o atual Acordo Ortográfico de 1990. Destaca os principais marcos como reformas, acordos e encontros realizados entre Brasil e Portugal com o objetivo de padronizar as regras ortográficas.
O documento discute o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa que entrou em vigor em janeiro de 2022. Ele unifica as regras de escrita dos oito países que falam português e introduz mudanças na acentuação e hifenização de palavras. O governo de São Paulo vem realizando treinamentos com professores para implementar as novas normas na rede pública de ensino.
Este documento apresenta os princípios gerais e específicos da ortografia portuguesa segundo Gonçalves Viana e Guilherme Abreu. Os autores defendem uma ortografia uniforme e científica para Portugal, baseada na história da língua portuguesa. A acentuação gráfica deve representar a sílaba tônica da enunciação e não a pronúncia regional.
Este documento discute o uso do hífen e sinais de pontuação no português brasileiro de acordo com o Acordo Ortográfico de 2009. Também aborda a incorporação das letras K, W e Y no alfabeto português e a abolição do trema a partir de 2013, com exceção de palavras estrangeiras.
O documento discute o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 e as principais mudanças ortográficas introduzidas, como a adição de letras, remoção do trema e mudanças no uso de acentos e hífen. O objetivo do acordo era unificar a ortografia dos oito países lusófonos.
Padrões linguísticos, Padrões linguísticos no ENEM, Compreensão textual no ENEM, Provas do ENEM resolvidas e comentadas, Manoel Neves, Salinha de redação, Salinha de redação em BH, Salinha de redação em Belo Horizonte, Salinha de redação para o ENEM em Belo Horizonte,
O documento descreve as principais mudanças ortográficas introduzidas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que visa uniformizar a escrita do português nos países lusófonos. As alterações incluem a remoção do acento agudo em certas palavras, a incorporação das letras K, W e Y e mudanças no uso do hífen e do acento circunflexo. Comerciantes e empresas precisam se adaptar às novas regras ortográficas.
O documento descreve as principais mudanças ortográficas introduzidas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que visa unificar a escrita nos países lusófonos. As alterações incluem a remoção do acento em palavras como "assembleia" e a eliminação do hífen em casos como "seminovos". A implementação das novas regras exige adaptações em materiais impressos e placas de estabelecimentos.
O documento discute a evolução histórica da gramática brasileira e seus diferentes tipos. Apresenta como a gramática brasileira é influenciada pela tradição latina e grega, mas também incorpora novas teorias linguísticas. Descreve gramáticas conservadoras, criativas, inovadoras e inventivas com base em sua adoção de novos conceitos e terminologias.
O documento discute a prática do futebol por mulheres no Brasil nos anos 1940. O autor expressa preocupação com os possíveis danos à saúde e à mentalidade das mulheres caso elas pratiquem o esporte, que ele considera violento e incompatível com a natureza feminina de ser mãe. Ele relata a formação de times femininos no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte e pede atenção do presidente Vargas para evitar que a prática se espalhe.
1) O documento apresenta um estudo lingüístico sobre as línguas faladas nas comunidades religiosas afro-brasileiras, com foco nos Candomblés de origem angola, queto e jeje.
2) Analisa os fundamentos das línguas africanas incorporadas ao português brasileiro, estabelecendo convenções de escrita para essas línguas.
3) Realizou pesquisa etnológica e lingüística, observando o léxico utilizado nos Candomblés e propondo uma
O documento resume uma entrevista com Ronice Müller de Quadros sobre o estado atual dos estudos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no Brasil. Os estudos começaram na década de 1980 e têm crescido desde então, especialmente após a Lei de Libras de 2002. As áreas que receberam mais atenção incluem aquisição da linguagem e fonologia, mas todas as áreas da linguística ainda precisam de mais pesquisa, especialmente com o desenvolvimento de um corpus completo da Libras.
The document proposes creating a Portuguese-English bilingual dictionary in the area of Historical Linguistics using a methodology combining Historical Linguistics and Corpus Linguistics. It will contrast Historical Linguistics with Corpus Linguistics, explain the collection and analysis of corpora using WordSmith Tools, and describe adding data to the VoTec online terminological database.
1. 0
INSTITUTO PRÓ SABER
JAN CARLOS DIAS DE SANTANA
O USO DOS VERBOS HAVER E TER EM ESTRUTURAS EXISTENCIAIS: DO
PORTUGUÊS ARCAICO AO PORTUGUÊS FALADO NO BRASIL
Feira de Santana
2011
2. 1
JAN CARLOS DIAS DE SANTANA
O USO DOS VERBOS HAVER E TER EM ESTRUTURAS EXISTENCIAIS: DO
PORTUGUÊS ARCAICO AO PORTUGUÊS FALADO NO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de
Artigo Científico, apresentado ao Instituto Pró
Saber, como requisito parcial obrigatório para
conclusão do curso de Pós-Graduação Lato Sensu
em xxxxxxxx.
Orientadora: Profa. Eliana Pitombo
Feira de Santana
2011
3. 2
O USO DOS VERBOS HAVER E TER EM ESTRUTURAS EXISTENCIAIS: DO
PORTUGUÊS ARCAICO AO PORTUGUÊS FALADO NO BRASIL
Jan Carlos Dias de Santana1
RESUMO
Esta pesquisa busca mostrar a variação haver/ter em estruturas existenciais do português, a partir de um estudo
bibliográfico e documental, expõem-se amostras de textos antigos e um referencial teórico embasado na
Linguística Histórica. Verificou-se o uso de tais verbos na variedade arcaica do português e como a variação é
tratada por gramáticos brasileiros. Os resultados revelam que tal variação realmente ocorre desde o período
arcaico da língua portuguesa, então foi desde essa época que já se apontava o fato de que a variação haver/ter
desencadearia nos dias atuais um processo de mudança linguística, ocorrendo, quiçá, uma implementação da
forma inovadora num futuro próximo.
Palavras-chave: variação haver/ter; construções existenciais; português.
INTRODUÇÃO
De acordo com os estudos de alguns filólogos e linguistas historiadores da língua
portuguesa, o verbo ter, tradicionalmente utilizado em estruturas de posse, ganhou o traço
semântico de existencial, no decorrer da história da língua. Dessa forma, este verbo se
difundiu em estruturas existenciais, entrando em concorrência com o haver, tradicionalmente
existencial.
Neste sentido, a variação haver/ter em estruturas existenciais pode ser já documentada
na Carta de Caminha (1500), na qual se detecta uma sentença em que ter pode receber uma
interpretação existencial. Em seu estudo sobre o uso do ter sobre haver nos meados do século
XVI, Mattos e Silva (2002a) examina a Obra pedagógica e as Décadas de João de Barros.
Neste estudo, a autora encontra evidências da variação haver/ter como verbo existencial. Em
outro estudo sobre os verbos haver e ter, Mattos e Silva (2002b) analisa as Cartas de D. João
III entre 1540 e 1553. Neste trabalho, a referida autora revela que “o verbo existencial, por
excelência, tal como ocorre por todo o período arcaico, é o verbo haver.” (p. 155), porém,
também há ocorrências em que o ter pode formar parte de estruturas existenciais.
1
Especialista em Estudos Linguísticos, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2011); Graduado em
Letras com Espanhol, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2009); Professor do Instituto Pró Saber e
da Faculdade Regional de Filosofia, Ciências e Letras de Candeias; Membro do Grupo de Pesquisa Constituição,
Variação e Mudança do/no Português (UEFS/CNPq/FAPESB) e Colaborador do Núcleo de Estudos em Língua
Portuguesa (NELP- BA).
4. 3
Tratando-se do Brasil, a variação no uso de ter e haver em sentenças existenciais é
frequente na modalidade escrita da língua e, principalmente, na falada. Mas é importante
ressaltar que há uma diferença em relação à frequência desta variação entre as duas
modalidades, visto que a língua escrita seja mais conservadora e preserva o uso do haver, já o
verbo ter é empregado em boa parte das construções existenciais na modalidade oral da
língua.
Nosso trabalho apresenta uma contextualização histórica dos verbos haver e ter na
língua portuguesa. Do período arcaico, passamos pelo cenário brasileiro, além de trazermos
algumas informações sobre o uso de tais verbos na perspectiva da literatura gramatical
brasileira. Por fim, à guisa de conclusão, apresentamos as considerações finais quanto aos
resultados encontrados na pesquisa.
ALGUNS ESCLARECIMENTOS SOBRE OS VERBOS HAVER E TER
OS VALORES DOS VERBOS “AVER” E “TEER” NO PORTUGUÊS ARCAICO
Os verbos aver e teer1
, na história da língua portuguesa, experimentaram estruturas
sintático-semânticas diversas, tais como: estruturas de tempo composto; estruturas
possessivas; estruturas existenciais.
Segundo Mattos e Silva (1996), nas estruturas de posse, a natureza semântica do
complemento verbal condicionava as ocorrências de teer e aver. Havia três tipos semânticos
para o complemento, a saber:
Propriedades inerentes (PI) ao possuidor como em: - barvas; -
ceguidade; - cinqüenta anos...;
Propriedades adquiríveis imateriais (PAI), morais, espirituais,
intelectuais, afetivas, sociais, como em: - fé; - graça; - poderio; -
poder; - ira...;
Propriedades adquiríveis materiais (PAM), objetos materiais externos
ao possuidor, como em: - remédio; - mezinhas; - carneiros; -
ovelhas...2
A partir da análise da referida autora dos corpora Obra Pedagógica3
, Primeira e
Segunda Décadas da Ásia de João de Barros e as Cartas de D. João III (escritas entre 1541 a
1
O verbo aver era escrito sem o ‘h’ gráfico-etimológico e o verbo teer ainda sem a representação gráfica da
fusão dos vogais idênticas.
2
MATOS e SILVA, 2002a, p. 125.
3
Edição de um conjunto de obras, a saber: Grammatica da língua portuguesa (GLP), Ortografia (ORT), Diálogo
em louvor da nossa linguagem (DLNL), Diálogo da viciosa vergonha (DVV).
5. 4
1551), foi constatado que a difusão de teer nas estruturas possessivas se iniciou nos contextos
do tipo PAM, depois PAI e, por fim, no contexto de tipo PI. O uso de aver como verbo de
posse seria resíduo arcaizante, ocorrendo em contextos sedimentados pela tradição com
expressões fixas como aver por bem – aver por meus serviços – sancta gloria aja, veja
exemplos:
(1) e lhe dires de minha parte que eu ey por bem que ele os tenha,
pera lhos dar quando em bõa ora ordenar (Carta 329 de 1541)
(2) Como tinha ordenado que fosse, ouve por bẽ de ẽcarregar de
capitãao do gualeão Sam Miguel (Carta 368 de 1551)
(3) por que assy averey por muito meu serviço (Carta 323 de 1541)
(4) Ey por meu serviço arrematarse o dito trato por algữus anos
(Carta 355 de 1552)
(5) Devemos de lembrar o que me dizieis pera me dever de cõsolar do
falecimẽto da princesa, minha filha, que santa gloria aja (Carta 335
de 1548)4
Dessa maneira, o verbo aver, no português arcaico, manteve o sentido de “possuir”,
assim como o hăbērĕ latino, porém perdeu espaço para teer. Mattos e Silva (1996), ao estudar
o tempo composto com os verbos haver/ter + particípio passado, nos revela que,
provavelmente, no final do século XV era pouco usual esta estrutura na língua portuguesa
após examinar a Carta de Caminha, um testemunho lingüístico da época, e encontrar uma
única ocorrência desta estrutura:
(6) ...epor ele nõ teer ajnda comjdo poseranlhe toalhas e veolhe
vianda e comeo (fol. 10v, 10-11)5
No entanto, a autora observou que em mais duas passagens onde o tempo composto
poderia ocorrer, o escrivão usou tempo simples:
(7) ...lancamos amcoras em dirto daboca dhuữ rrio e chagariamos
aesta amcorajem aas X oras pouco mais ou menos (fol. 1v, 15-17)
[teríamos chegado]
(8) ...amdauam pela praya obra de bij ou biij sego os naujos pequenos
diseram por chegaram primeiro... (fol. 1v, 18-19) [terem chegado]6
4
idem, 2002b, p. 151.
5
idem, 1996, p. 188.
6
idem, ibidem, p. 188-9.
6. 5
Uma provável explicação do não uso do tempo composto, nesses contextos, seria o fato
de o verbo “chegar” ser da classe dos verbos ergativos7
. Na Carta, há ainda casos em que o
verbo é transitivo e ao invés de utilizar o tempo composto com o particípio passado precedido
ou seguido de haver/ter, Caminha prefere o mais-que-perfeito simples, como em:
(9) ...cõ huữ paao dhuữa almaadia que lhes o mar leuara (fol. 5v, 5-6)
[tinha levado]
(10) ...ante dise ele que lhe tomara huữ deles huữas continhas (fol.
8v, 29-30) [tinha tomado]8
Já em meados do século XVI, a partir dos documentos analisados dos referidos corpora,
Mattos e Silva (2002a, 2002b) verifica que em João de Barros, o teer é “verbo vitorioso” para
expressões referentes ao passado e que o aver é mais usado em tempos futuros, não sendo
encontrado ocorrências deste verbo em estruturas de particípio passado. Predomina no uso de
teer + particípio passado de verbos [+ transitivo] a não-concordância do particípio passado
com o complemento direto (cf. (11) a (13)), como também ocorrem sequências em que os
escrivães das Cartas variam na concordância (cf. (14) a (17)). É importante salientar que, no
século XVI, o verbo ser era mais usado como auxiliar de tempo composto de verbos [-
transitivo], como ocorre nas Cartas de D. João III (cf. (18) e (19)):
(11) nem por eu ter dirigido a su´alteza o trabalho (DLNL 390, 12)
(12) Como ô tem feito em os estudos de Coimbra (DLNL 409, 23)
(13) a que tinha prometido dar (DVV 459, 3)9
.........................................................................................................................
(14) que vos deve teer apresentada [sua provisom] (Carta 331 de
1541)
(15) ...e que, tendo jaa assentada a gente que tenho mandado que vaa
nella, vão algữus cõ allvaraes meus pera se assentarem. (Carta 326 de
1542)
7
Verbos do tipo morrer, nascer, partir, chegar, etc.
8
idem, ibidem, p. 189.
9
idem, 2002a, p. 131-2.
7. 6
(16) pois já tendes dadas a Vosso Senhor as graças (Carta 335 de
1548)
(17) o que Nosso Senhor quis que fose feito, e de que elle vos já
tendes dado por isso muytas graças (Carta 335 de 1548)
(18) Fernam d´Alvarez me deu conta que a armada da Malageta era
chagada a essa cidade (Carta 323 de 1541)
(19) Vi a carta que me escrevestes de XI d´este mes de março, e por
ella soube como erã partidas as quatro naos pera Índia (Carta 363 de
1551)10
Tratando-se das estruturas existenciais, ponto relevante desta proposta de estudo,
podemos dizer que no período arcaico do português concorriam nesse contexto os verbos seer
e aver. O uso do seer, como existencial, seguia a norma latina e o aver “transformou-se” de
verbo de posse para existencial, conforme Grandgent (1952, apud MATTOS e SILVA, 2002a,
p. 135). Em seus estudos, a partir de dados do século XIII, a referida autora encontra
predominância de seer como verbo existencial e o uso relativo de aver. Ribeiro (1993),
encontrou passagens do uso de teer, aver e seer em orações existenciais na obra d´Os
Lusíadas, de Camões:
(20) ... e assim caminha
Para a povoação, que perto tinha (Lus. V, 29)
Que aqui gente de Cristo não havia (Lus. I, 102)
Um Rei, por nome Afonso, foi na Espanha (Lus. III, 23)11
No século XIV, fica evidente a preferência pelo aver e raro o uso de seer existencial.
Analisando a Carta de Caminha, registro do final do século XV, Mattos e Silva (1996)
encontra 24 ocorrências de aver em estruturas existenciais, nem uma do verbo seer e, ainda,
ressalta uma ocorrência em que o teer pode receber interpretação existencial:
(21) ...se metiam [eles] en almaadias duas ou tres que hy tiinham
(fol. 5, 31-32)12
10
idem, 2002b, p. 154.
11
RIBEIRO, 1993, p. 373.
12
MATTOS e SILVA, 1996, p. 187.
8. 7
No exame da Obra Pedagógica e amostras da Primeira e Segunda Décadas, João de
Barros, de meados do século XVI, Mattos e Silva (2002a), encontra evidências da variação
haver/ter como verbo existencial:
(22) Temos mais este verbo [h]ei, [h]ás que é de genero diverso pelo
oficio que tem. Quando se ajunta com nome soprimos muitos verbos
da língua latina que a nossa não tem: [h]ei vergonha, [h]ei medo,
[h]ei frio e outros muitos significados que tem quando ô ajuntamos a
nomes substantivos desta calidade. (GLP 327, 9 – 328, 2).
(23) Ésta lêtera N àçera de nós sérve no prinçipio e fim da sílaba e
nunca em fim de diçam... E muitos vezes o til ô escusa do seu
trabalho quando é final de sílaba, como faz ao m. Tem máis, que às
vezes se quer dobrado em algữas dições que reçebemos dos latinos,
como anno.
(24) Porque partido Antã Gõçalve teue no caminho hữu temporal tã
grande, que dizia Baltazar que já vira o q desejaria, mas não sabia se
o poderia contar. (Déc. I, 31, 5)
(25) Concentrou-se com o infante dom Anrique sobre o que nellas
[nas ilhas] tinha, e elle passouse a ilha de Madeira onde assentou sua
uiuienda (Déc. I, 46-38)13
Esses indícios de teer existencial nos meados do século XVI também já apontam nas
Cartas de D. João III, coetâneo do ortógrafo João de Barros, ressaltando que o verbo
existencial, por excelência, como ocorre em todo o período arcaico, é o verbo aver. Eis os
exemplos:
(26) por que tenho Recado que no Cabo de Geez nõ he necessária
mais gente da que tem (Carta 323 de 1541)
(27) Mandovos que ffaçais asentar o dito dom Pedro de Sousa no
livro da dita matricola, no tijolo dos fidalgos cavaleyros, com a dita
moradia e cevada, Riscandose primeiro o asento d´escudeiro que tem
no dito livro (Carta 370 de 1557)14
Assim sendo, de acordo com este esboço histórico, concluímos que, já no período
arcaico da língua portuguesa, conviviam como verbos existenciais o ser arcaizante, o haver de
uso regular e o emergente ter.
13
idem, 2002a, p. 137-8.
14
idem, 2002b, p. 156.
9. 8
AS ESTRUTURAS EXISTENCIAIS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
Alguns estudos sobre o português brasileiro (PB) têm revelado que a variação
haver/ter, em estruturas existenciais, constitui uma das marcas que o caracteriza, porém, “tal
uso não constitui brasileirismo como julgam alguns, mas é herança arcaica que se projetou”.
(BUENO, 1958, p. 208).
Dessa forma, criaram-se condições para que o verbo ter ocupasse o lugar do haver em
orações existenciais, originando um processo de competição semântica. Esta variação ocorre
na modalidade escrita da língua e, principalmente, na falada porque esta modalidade se
transforma mais rápido (cf. AVELAR, 2005; VITRAL, 2006; LEITE; CALLOU &
MORAES, s/d.).
Assim sendo, a variação haver/ter, em estruturas existenciais, está em situação de
mudança por causa do processo de “esvaziamento semântico” de haver na concorrência com o
verbo ter. Para Paiva & Duarte (2003, p. 15), “a conseqüência última dessa concorrência
poderá ser a substituição da forma antiga pela forma nova, que se tornará categórica no
âmbito de toda a comunidade de fala. [...] se espalhando por todos os grupos sociais.” As
mudanças linguísticas ocorrem em circunstâncias e segundo modalidades classificáveis,
havendo a necessidade de estabelecer tipos gerais de circunstâncias, modalidades e
finalidades no que diz respeito ao nível genérico da mudança. (COSERIU, 1979, p. 176 apud
MATTOS e SILVA, 2008, p. 173)
Conforme Silveira (apud NASCENTES, 1953, p. 162), quatro são as circunstâncias
que podem explicar o uso impessoal de ter: (i) uma construção frasal em que ter tem sujeito
que não aparece logo, dando a impressão de impessoalidade; (ii) equivalência das frases não
há dúvida, não existe dúvida, não tem dúvida; (iii) “cruzamento” semântico; (iv) uso da
segunda pessoa com sentido indefinido.
Para Nascentes (1953),
A substituição de haver impessoal por ter nada apresenta de espantoso. A
significação primitiva de haver é ter (cfr. ital. avere, fr. avoir). Haver foi
perdendo esta significação que depois do século XVII a perdeu de todo. Em
compensação ter foi invadindo a esfera de haver a ponto de substituí-lo
quase completamente na formação dos tempos compostos. Não admira que
usurpasse também a função impessoal (NASCENTES, 1953, p. 163).
10. 9
No português brasileiro contemporâneo, o verbo ter vem ocupando o posto de verbo
existencial, saindo-se vencedor do canônico haver, ou seja, “[usurpando-se] também da
função impessoal”.
VARIAÇÃO HAVER/TER NA LITERATURA GRAMATICAL DO BRASIL
A gramática trata dos fatos da linguagem e, segundo a concepção prescritiva1
5,
podemos dizer que
Gramática normativa é aquela que estuda apenas os fatos da língua padrão,
da norma culta de uma língua, norma essa que se tornou oficial. Baseiam-
se, em geral, mais nos fatos da língua escrita e dá pouca importância à
variedade oral da norma culta. [...] apresenta e dita normas de bem falar e
escrever, normas para a correta utilização oral e escrita do idioma, prescreve
o que se deve e o que não se deve usar na língua. Essa gramática é mais
uma espécie de lei que regula o uso da língua em uma sociedade
(TRAVAGLIA, 1996, p. 30-31).
Desse modo, no tocante à variação haver/ter, em estruturas existenciais, a maioria das
gramáticas normativas consultadas consideram-na um erro, veja um exemplo:
Dos quatro verbos auxiliares, somente ter não poder ser impessoal; constitui
erro grave, e todo o possível devemos fazer para evitá-lo, em empregar o
verbo ter com significação de existir. Não devemos permitir frases como
estas: “Não tem nada na mala.” (em vez de: “Não há nada...) – “Não tem de
que.” (em vez de: “Não há de que”) – “Não tem lugar” (em vez de: “Não há
lugar”) (ALMEIDA, 1975, p. 431).
Alguns normativistas chegam a mencionar sobre tal variação, alegando ser uma
“particularidade” do português não-padrão, como em Cegalla (1978) que afirma que “na
língua popular brasileira é generalizado o uso de ter impessoal por haver, existir.” (p. 302) Já
“na linguagem coloquial do Brasil é corrente o emprego do verbo ter como impessoal, à
semelhança de haver.” (p. 127). E para Bechara (1987),
Na linguagem familiar do Brasil é freqüente o emprego do verbo ter como
impessoal, à maneira de haver: Há bons livros na biblioteca/tem bons livros
na biblioteca. Em tal construção parece ter-se originado uma mudança na
formulação da frase. A biblioteca tem bons livros, auxiliada por vários
outros casos em que haver e ter têm aplicações comuns (BECHARA, 1987,
p. 210).
15
Outra concepção de gramática é aquela considerada descritiva porque descreve o funcionamento de uma
língua, levando em consideração os fatos orais.
11. 10
Assim sendo, na língua portuguesa, no que se refere aos verbos existenciais, a norma
ideal, como prescrevem as gramáticas, está se distanciando da norma real porque uma língua
não é um sistema fechado. Conforme Bagno (2005), “existe uma pressão muito grande dos
defensores da norma-padrão de fazer com que ela fique inalterada, compacta e sólida”.
(p.167) Mas, mudanças ocorrem na língua ao longo de sua existência devido às variedades [-
cultas] que sobem lentamente na escala social e vão sendo assimiladas pelos falantes [+/-
cultos], até serem incorporados pelos falantes [+ cultos] na sua variedade.
De maneira geral, as variedades utilizadas pelos falantes mais escolarizados sempre
apresentam uma boa parcela de conservadorismo e inovações linguísticas. São essas
inovações que os normativistas encaram como “erros”:
Quando as mudanças se cristalizam nas variedades [+ cultas] e deixam se
ser percebidas como “erros”, quando os falantes dessas variedades aceitam
sem resistência essas novas formas lingüísticas, elas acabam se
incorporando à norma-padrão, passam a integrar o ideal imaginário de
língua “certa”, e ganham até status de regra obrigatória (BAGNO, 2005, p.
171).
É por isso que o uso de ter como verbo existencial não é considerado nos compêndios
gramaticais, porque ainda não se transformou em norma-padrão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Buscamos verificar, neste trabalho, como se configura a variação haver/ter em
estruturas existenciais. O estudo evidencia que tal variação é recorrente desde o português
arcaico, como é exemplificado por meio de trecho de textos antigos, continuando no falar do
brasileiro e, na fala e escrita informal do dia-a-dia, é perceptível que o verbo ter ocupa o posto
de verbo impessoal na maior parte das ocorrências de orações existenciais, ou seja, a variação
haver/ter na variedade estudada confirma a hipótese que é recorrente a alternância de tais
verbos em contextos existenciais na língua portuguesa, e pesquisa sociolinguísticas relatam
que está havendo, consistentemente, indícios de uma mudança linguística em curso.
Por fim, o nosso objetivo é contribuir para o estudo da variação haver/ter em
estruturas existenciais, a fim de mostrar que essa variação ocorre no Português Brasileiro
porque é fruto de uma variação que já vinha ocorrendo desde o período arcaico da língua
portuguesa. Esperamos, também, ter contribuído para um melhor entendimento do
comportamento linguístico.
12. 11
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