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Metabolismo de
Lipídeos:
β-oxidação de ácidos graxos
Metabolismo de Lipídeos
A partir de triglicerídeos
• Digestão – ação da enzima lipase
• Ativação – formação de Acil-Coenzima A
• Transporte para o interior da mitocôndria
• Beta-oxidação
vesícula
Gordura da dieta
Sais bilares
emusificam gorduras
formando micelas
Lipases degradam
triacilglicerois
Ácidos graxos são absorvidos
pela mucosa intestinal e
convertido em triacilglicerois Triacilglicerois, colesterol e apolipoproteínas
São incorporados em quilomicrons
quilomicron
Lipoproteína lipase, ativada por
apoC-II no capilar libera
ácidos graxos e glicerol
Quilomicrons são transportados
pelos sistemas limfáticos e
Sanguinos
Ácido graxo entra na célula
Ácido graxo é utilizado como
combustível o re-esterificado
para armenazamento
Miócito ou adipócito
GORDURAS INGERIDAS NA ALIMENTAÇÃO:
1. As gorduras são emulsificadas no intestino delgado pelos sais biliares formando micelas mistas de
triacilgliceróis.
2. Lipases intestinais hidrolisam os triacilgliceróis .
3. Os ácidos graxos são absorvidos na mucosa intestinal e reconvertidos em triacilgliceróis.
4. Os Triacilgliceróis juntamente com o colesterol e as apoliproteinas formam o quilomícron.
5. Os quilomícrons migram para o sistema linfático, depois para a corrente sanguínea e seguem para os
tecidos.
6. Ativada pela APO-II a lipoproteína lipase libera ácido graxo e glicerol.
7. Os ácidos graxos entram nos adipócitos ou miócitos.
8. Os ácidos graxos são oxidados como combustíveis ou reesterificados para a armazenagem.
Absorção de lipídeos
Digestão de Lipídeos
Guinea Pig Adipocytes
Chylomicron
Estrutura Molecular de um quilomicron
Diametro: 100-500 nm
Sinalizadores para absorção
e metabolismo dos componentes
Mobilização de Ácidos Graxos do Tecido Adiposo
Mobilização de triacilglicerois armezenados
no tecido adiposo.
Baixos níveis de glicose no sangue causa
a liberação de
glucagon e epinefrina.
Estes hormônios ligam receptores
específicos na superfície celular.
O complexo hormônio-receptor ativa
adenilil ciclase que produz cAMP.
cAMP ativa uma proteína quinase
A proteína quinase fosforila e ativa
triacilglicerol lipase
Entrada de glicerol
na via glicolítica
Conversão de um ácido graxo em acil-CoA
Formação dos acil-coA graxos
• Logo que entram na célula os gliceróis e cadeia carbônica devem ser
ativados com a ligação da coenzima A.
• A formação de éster com CoA é energeticamente custosa.
β-Oxidação
Entrada de acil-CoA na mitocôndria através a
transportadora acil-carnitina/carnitina
Inibida por malonil-CoA, o priméiro intermediato na síntese de ácidos graxos.
(previne que a degradação e síntese de ácidos graxos acontece simultaneamente)
Entrada dos ácidos graxos com mais de 12C na
mitocôndria pelo transportador de CARNITINA
1. A carnitina elimina a coenzima A da molécula de acil-CoA graxo, formando a acil-
carnitina ou acil graxo carnitina.
2. A proteína transportadora carnitina aciltranferase – I localizada na membrana
mitocondrial externa conduz a molécula a matriz mitocondrial.
3. Ligada a membrana mitocondrial interna a carnitina aciltransferase –II converte a
acil-carnitina em acil-CoA graxo.
β-Oxidação
A carnitina acil-transferase é inibida por malonil-CoA, o 1º intermediário da
biossíntese de lipídeos. Isto impede que os ácidos graxos sejam sintetizados e
degradados ao mesmo tempo.
Respiração celular
• Estágio 1- um ácido graxo de cadeia
longa é oxidado para produzir
resíduos de acetil –CoA.
• Estágio 2- os grupos acetil são
oxidados a CO2, NADH e FADH2
através do ciclo do ácido cítrico.
• Estágio 3- os elétrons provenientes
das reações acima passam pela
cadeia respiratória produzindo ATP.
b-oxidação ( Ciclo de Lynen)
Oxidação de ácidos graxos em acetil-CoA
(unidades de 2 carbonos).
Acontece em repetições de 4 etapas principais
(para ácidos graxos saturados e com # de C par):
Desidrogenase (-CH2-CH2-  -CH=CH-)
Hidratase (-CH=CH-  -CH2-CHOH-)
Desidrogenase (-CH2-CHOH-  -CH2-C=O)
Acetil-transferase (produção de acetil-CoA)
b-oxidação ( Ciclo de Lynen)
Na B-oxidação em cada um dos 4 passos um resíduo de acetil é removido na
forma de acetil-CoA na extremidade carboxila da moelécula de acido graxo.
• Passo 1 - Desidrogenação: Depois de penetrar na matriz mitocondrial, o acil-CoA
graxo saturado sofre desidrogenação enzimática pela ação da acil-CoA
desidrogenase, nos átomos de carbono a e b Os hidrogênios retirados do acil-CoA
graxo são transferidos para o FAD produzindo o FADH2.
• Passo 2 - Hidratação: uma molécula de água é adicionada à dupla ligação do trans-
D2-enoil-CoA pela ação da enoil-CoA hidratase.
• Passo 3 - Desidrogenação: L-hidroxiacil-CoA é desidrogenado pela ação da b-
cetoacil-CoA desidrogenase com NAD+ ligado.
• Passo 4 - Tiólise: clivagem dependente de CoA pela tiolase B-cetoacil-CoA liberando
1 acetil-CoA e 1 acil-coA graxo. Esse acil – coA graxo participa novamente até que
seja encurtado em 2 C.
β -Oxidação de Ácidos Graxos em 4 passos
β-Oxidação do ácido palmítico
• O ácido palmítico, que é um ácido graxo de 16 carbonos, ele vai sofrer sete reações oxidativas
perdendo em cada uma delas a forma de acil-coa graxo e acetil-coA.
1. Formação do palmitoil-coA pela acil-coA sintase.
2. Desidrogenação e liberação de 1 FADH2 + acil-coA graxo , restando 14C.
3. Hidratação pela enoil hidratase.
4. Desidrogenação epla hidroxiacil –coa, liberando 1 NADH.
5. Clivagem pela tiolase liberando acil-coA graxo com 14C e acetil-coA. O Acil-coA graxo retorna e
sofre as 4 reações totalizando 7 cilcos e liberando 8 acetil-COA.
β-Oxidação do ácido palmítico
• Após a β-oxidação, os resíduos acetil do acetil-CoA são oxidados até chegarem a CO2,
o que ocorre no ciclo do ácido cítrico. Os acil-coA graxos vindos da oxidação vão
entrar nessa via havendo produção de NADH e FADH2 que levará eles ao oxigênio.
Junto a esse fluxo de está a fosforilação do ADP em ATP. Com isso a energia gerada
na oxidação de ácidos graxos vai ser conservada na forma de ATP.
• O saldo final da oxidação total do palmitato é:
β-Oxidação do ácido palmítico
β-Oxidação
β-Oxidação
β-Oxidação ou Ciclo de Lynen
Palmitoil-CoA + 23 O2 + 108 Pi + 108 ADP  CoA + 108 ATP + 16 CO2 + 23 H2O
β-Oxidação de ácidos graxos insaturados
• Mais comum.
• Necessário 2 enzimas isomerase e hidratase.
• As duplas estão em cis e não podem ser hidratadas.
• Oleato é um ácido graxo abundante com 18C e monoinsaturado.
1. No primeiro estágio da oxidação o oleato é convertido em oleil-CoA e entra na
membrana pelo transportador de carnitina.
2. O oleil-coA passa por pelos 2 passos e quando é necessário ser hidratado pela
enoil- hidratase , ela não o faz pois só age nas ligações tipo trans.
3. Com a ação de uma isomerase este produto é converto e em seguida ele sofre
oxidação normal.
Oxidação de ácidos graxos não-saturados requere mais dois reações:
β-Oxidação
A oxidação requer uma segunda
enzima auxiliar além da enoil-
CoA-isomerase: a 2,4-dienoil--
CoA-redutase dependente de
NADPH. A ação combinada
dessas duas enzimas converte
um intermediário trans-D2,cis-D4-
dienoil-CoA ao substrato trans-
D2-enoil-CoA necessário para a
b-oxidação.
Oxidação de ácidos graxos
com um # impar de carbonos
requere mais 3 reações para
oxidar propionil-CoA
Oxidação da propionil-CoA produzida
pela b-oxidação
de ácidos graxos de número ímpar. A
sequência envolve a carboxilação do
propionil-CoA em D-metilmalonil-CoA e a
conversão desse último em succinil-CoA.
Esta conversão requer a epimerização de
D- a L-metilmalonil-CoA, seguida por uma
reação notável na qual os substituintes
em átomos de carbono adjacentes trocam
de posição.
Peroxisomos em
Animais – diferente na
primeira etapa e
usualmente utilizado
para oxidação de AG
com mais de >20 C e
ramificados.
Peroxisomos em
Plantas são o principal
local de oxidação de
ácidos graxos
Ciclo do Glioxilato
Sementes são repletas de óleos e gorduras
β-Oxidação
Durante a oxidação de ácidos graxos no fígado o acetil-coA pode seguir 2
caminhos: entrar no ciclo do ácido cítrico ou ser convertido em corpos cetônicos, isto é,
acetona , acetoacetato e D-B-hidroxibutirato uqe são transportados para outros tecidos.
Indivíduos bem nutridos e saudáveis produzem
corpos cetônicos em velocidades pequena. Em
jejum prolongado ou diabetes não tratado, o
aceti-coA se acumula formando o acetoacetil-
coA que dá origem aos 3 corpos cetônicos.
Nutrem tecido extra-hepáticos, convertidos em
acetil-CoA e oxidados pelo ciclo do ácido cítrico.
– RINS, MÚSCULO E CORAÇÃO.
O CÉREBRO em jejum severo também pode ser
alimentado / suprido pelo acetoacetato e B-
hidroxibutirato.
CORPOS CETÔNICOS
A produção e exportação de
corpos cetônicos pelo fígado
permite a oxidação dos
ácidos graxos no fígado em
condições em que acetil-CoA
não está sendo oxidado no
ciclo de Krebs (jejum).
Corpos cetônicos são utilizados
Pelos músculos esqueléticos e
cardíacos e pelo córtex renal.
No jejum prolongado, o cérebro
pode os utilizar também.
Não encontradas
nos tecidos
extra-hepáticos
Não encontrado no fígado
β-Oxidação
Regulação da β-Oxidação
No fígado o acil-coA graxo pode seguir 2 caminhos: B-oxidação nas mitocôndrias ou
Conversão em triacilgliceróis e fosfolipídeos.
-> A velocidade de transferência para o interior das mitocôndrias dos acil-coA graxos
define qual será a via a ser tomada. Assim, o transporte de carnitina irá definir a
oxidação até acetil-coA.
-> A concentração de maloil-coA, o 1º intermediário da biossíntese de ác, graxos
aumenta sempre que o suprimento de carboidrato aumenta, inibindo a carnitina
aciltransferase I.
-> Concentrações altas de NADH/NAD+ inibe a desidrogenase B-hidroxiacil –CoA.
-> Concentrações altas de acetil-coA inibe a tiolase.
Síntese de ácidos Graxos
1. Quais são os produtos da hidrólise de triglicerídeos e qual é o seu destino?
2. O que é beta-oxidação dos ácidos graxos e onde ela ocorre?
3. O que é necessário para o início deste processo?
4. Qual o papel da carnitina acil transferase?
5. Diferencie acil-CoA de Acetil-CoA e propionil-CoA.
6. Quais as diferenças entre oxidação de ácidos graxos saturados e
insaturados; com nº de carbonos pares e ímpares?
7. Quantos ATPs são obtidos a partir da oxidação completa de um triglicerídeo
formado por ácido palmítico?
8. O que são corpos cetônicos, como são formados e qual a consequência de
sua síntese?
9. Como ocorre a regulação da oxidação de ácidos graxos?
10. Em que pontos o ciclo de Krebs e o ciclo de Lynen se relacionam?

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  • 2. Metabolismo de Lipídeos A partir de triglicerídeos • Digestão – ação da enzima lipase • Ativação – formação de Acil-Coenzima A • Transporte para o interior da mitocôndria • Beta-oxidação
  • 3. vesícula Gordura da dieta Sais bilares emusificam gorduras formando micelas Lipases degradam triacilglicerois Ácidos graxos são absorvidos pela mucosa intestinal e convertido em triacilglicerois Triacilglicerois, colesterol e apolipoproteínas São incorporados em quilomicrons quilomicron Lipoproteína lipase, ativada por apoC-II no capilar libera ácidos graxos e glicerol Quilomicrons são transportados pelos sistemas limfáticos e Sanguinos Ácido graxo entra na célula Ácido graxo é utilizado como combustível o re-esterificado para armenazamento Miócito ou adipócito
  • 4. GORDURAS INGERIDAS NA ALIMENTAÇÃO: 1. As gorduras são emulsificadas no intestino delgado pelos sais biliares formando micelas mistas de triacilgliceróis. 2. Lipases intestinais hidrolisam os triacilgliceróis . 3. Os ácidos graxos são absorvidos na mucosa intestinal e reconvertidos em triacilgliceróis. 4. Os Triacilgliceróis juntamente com o colesterol e as apoliproteinas formam o quilomícron. 5. Os quilomícrons migram para o sistema linfático, depois para a corrente sanguínea e seguem para os tecidos. 6. Ativada pela APO-II a lipoproteína lipase libera ácido graxo e glicerol. 7. Os ácidos graxos entram nos adipócitos ou miócitos. 8. Os ácidos graxos são oxidados como combustíveis ou reesterificados para a armazenagem. Absorção de lipídeos
  • 6.
  • 9. Estrutura Molecular de um quilomicron Diametro: 100-500 nm Sinalizadores para absorção e metabolismo dos componentes
  • 10. Mobilização de Ácidos Graxos do Tecido Adiposo
  • 11. Mobilização de triacilglicerois armezenados no tecido adiposo. Baixos níveis de glicose no sangue causa a liberação de glucagon e epinefrina. Estes hormônios ligam receptores específicos na superfície celular. O complexo hormônio-receptor ativa adenilil ciclase que produz cAMP. cAMP ativa uma proteína quinase A proteína quinase fosforila e ativa triacilglicerol lipase
  • 12. Entrada de glicerol na via glicolítica
  • 13. Conversão de um ácido graxo em acil-CoA
  • 14. Formação dos acil-coA graxos • Logo que entram na célula os gliceróis e cadeia carbônica devem ser ativados com a ligação da coenzima A. • A formação de éster com CoA é energeticamente custosa. β-Oxidação
  • 15. Entrada de acil-CoA na mitocôndria através a transportadora acil-carnitina/carnitina Inibida por malonil-CoA, o priméiro intermediato na síntese de ácidos graxos. (previne que a degradação e síntese de ácidos graxos acontece simultaneamente)
  • 16. Entrada dos ácidos graxos com mais de 12C na mitocôndria pelo transportador de CARNITINA 1. A carnitina elimina a coenzima A da molécula de acil-CoA graxo, formando a acil- carnitina ou acil graxo carnitina. 2. A proteína transportadora carnitina aciltranferase – I localizada na membrana mitocondrial externa conduz a molécula a matriz mitocondrial. 3. Ligada a membrana mitocondrial interna a carnitina aciltransferase –II converte a acil-carnitina em acil-CoA graxo. β-Oxidação A carnitina acil-transferase é inibida por malonil-CoA, o 1º intermediário da biossíntese de lipídeos. Isto impede que os ácidos graxos sejam sintetizados e degradados ao mesmo tempo.
  • 17.
  • 18. Respiração celular • Estágio 1- um ácido graxo de cadeia longa é oxidado para produzir resíduos de acetil –CoA. • Estágio 2- os grupos acetil são oxidados a CO2, NADH e FADH2 através do ciclo do ácido cítrico. • Estágio 3- os elétrons provenientes das reações acima passam pela cadeia respiratória produzindo ATP.
  • 19. b-oxidação ( Ciclo de Lynen) Oxidação de ácidos graxos em acetil-CoA (unidades de 2 carbonos). Acontece em repetições de 4 etapas principais (para ácidos graxos saturados e com # de C par): Desidrogenase (-CH2-CH2-  -CH=CH-) Hidratase (-CH=CH-  -CH2-CHOH-) Desidrogenase (-CH2-CHOH-  -CH2-C=O) Acetil-transferase (produção de acetil-CoA)
  • 20. b-oxidação ( Ciclo de Lynen)
  • 21.
  • 22. Na B-oxidação em cada um dos 4 passos um resíduo de acetil é removido na forma de acetil-CoA na extremidade carboxila da moelécula de acido graxo. • Passo 1 - Desidrogenação: Depois de penetrar na matriz mitocondrial, o acil-CoA graxo saturado sofre desidrogenação enzimática pela ação da acil-CoA desidrogenase, nos átomos de carbono a e b Os hidrogênios retirados do acil-CoA graxo são transferidos para o FAD produzindo o FADH2. • Passo 2 - Hidratação: uma molécula de água é adicionada à dupla ligação do trans- D2-enoil-CoA pela ação da enoil-CoA hidratase. • Passo 3 - Desidrogenação: L-hidroxiacil-CoA é desidrogenado pela ação da b- cetoacil-CoA desidrogenase com NAD+ ligado. • Passo 4 - Tiólise: clivagem dependente de CoA pela tiolase B-cetoacil-CoA liberando 1 acetil-CoA e 1 acil-coA graxo. Esse acil – coA graxo participa novamente até que seja encurtado em 2 C. β -Oxidação de Ácidos Graxos em 4 passos
  • 23.
  • 25. • O ácido palmítico, que é um ácido graxo de 16 carbonos, ele vai sofrer sete reações oxidativas perdendo em cada uma delas a forma de acil-coa graxo e acetil-coA. 1. Formação do palmitoil-coA pela acil-coA sintase. 2. Desidrogenação e liberação de 1 FADH2 + acil-coA graxo , restando 14C. 3. Hidratação pela enoil hidratase. 4. Desidrogenação epla hidroxiacil –coa, liberando 1 NADH. 5. Clivagem pela tiolase liberando acil-coA graxo com 14C e acetil-coA. O Acil-coA graxo retorna e sofre as 4 reações totalizando 7 cilcos e liberando 8 acetil-COA. β-Oxidação do ácido palmítico
  • 26. • Após a β-oxidação, os resíduos acetil do acetil-CoA são oxidados até chegarem a CO2, o que ocorre no ciclo do ácido cítrico. Os acil-coA graxos vindos da oxidação vão entrar nessa via havendo produção de NADH e FADH2 que levará eles ao oxigênio. Junto a esse fluxo de está a fosforilação do ADP em ATP. Com isso a energia gerada na oxidação de ácidos graxos vai ser conservada na forma de ATP. • O saldo final da oxidação total do palmitato é: β-Oxidação do ácido palmítico
  • 30. Palmitoil-CoA + 23 O2 + 108 Pi + 108 ADP  CoA + 108 ATP + 16 CO2 + 23 H2O
  • 31. β-Oxidação de ácidos graxos insaturados • Mais comum. • Necessário 2 enzimas isomerase e hidratase. • As duplas estão em cis e não podem ser hidratadas. • Oleato é um ácido graxo abundante com 18C e monoinsaturado. 1. No primeiro estágio da oxidação o oleato é convertido em oleil-CoA e entra na membrana pelo transportador de carnitina. 2. O oleil-coA passa por pelos 2 passos e quando é necessário ser hidratado pela enoil- hidratase , ela não o faz pois só age nas ligações tipo trans. 3. Com a ação de uma isomerase este produto é converto e em seguida ele sofre oxidação normal.
  • 32. Oxidação de ácidos graxos não-saturados requere mais dois reações:
  • 33. β-Oxidação A oxidação requer uma segunda enzima auxiliar além da enoil- CoA-isomerase: a 2,4-dienoil-- CoA-redutase dependente de NADPH. A ação combinada dessas duas enzimas converte um intermediário trans-D2,cis-D4- dienoil-CoA ao substrato trans- D2-enoil-CoA necessário para a b-oxidação.
  • 34. Oxidação de ácidos graxos com um # impar de carbonos requere mais 3 reações para oxidar propionil-CoA Oxidação da propionil-CoA produzida pela b-oxidação de ácidos graxos de número ímpar. A sequência envolve a carboxilação do propionil-CoA em D-metilmalonil-CoA e a conversão desse último em succinil-CoA. Esta conversão requer a epimerização de D- a L-metilmalonil-CoA, seguida por uma reação notável na qual os substituintes em átomos de carbono adjacentes trocam de posição.
  • 35. Peroxisomos em Animais – diferente na primeira etapa e usualmente utilizado para oxidação de AG com mais de >20 C e ramificados. Peroxisomos em Plantas são o principal local de oxidação de ácidos graxos Ciclo do Glioxilato
  • 36. Sementes são repletas de óleos e gorduras
  • 37. β-Oxidação Durante a oxidação de ácidos graxos no fígado o acetil-coA pode seguir 2 caminhos: entrar no ciclo do ácido cítrico ou ser convertido em corpos cetônicos, isto é, acetona , acetoacetato e D-B-hidroxibutirato uqe são transportados para outros tecidos. Indivíduos bem nutridos e saudáveis produzem corpos cetônicos em velocidades pequena. Em jejum prolongado ou diabetes não tratado, o aceti-coA se acumula formando o acetoacetil- coA que dá origem aos 3 corpos cetônicos. Nutrem tecido extra-hepáticos, convertidos em acetil-CoA e oxidados pelo ciclo do ácido cítrico. – RINS, MÚSCULO E CORAÇÃO. O CÉREBRO em jejum severo também pode ser alimentado / suprido pelo acetoacetato e B- hidroxibutirato.
  • 39. A produção e exportação de corpos cetônicos pelo fígado permite a oxidação dos ácidos graxos no fígado em condições em que acetil-CoA não está sendo oxidado no ciclo de Krebs (jejum). Corpos cetônicos são utilizados Pelos músculos esqueléticos e cardíacos e pelo córtex renal. No jejum prolongado, o cérebro pode os utilizar também. Não encontradas nos tecidos extra-hepáticos
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  • 44. Regulação da β-Oxidação No fígado o acil-coA graxo pode seguir 2 caminhos: B-oxidação nas mitocôndrias ou Conversão em triacilgliceróis e fosfolipídeos. -> A velocidade de transferência para o interior das mitocôndrias dos acil-coA graxos define qual será a via a ser tomada. Assim, o transporte de carnitina irá definir a oxidação até acetil-coA. -> A concentração de maloil-coA, o 1º intermediário da biossíntese de ác, graxos aumenta sempre que o suprimento de carboidrato aumenta, inibindo a carnitina aciltransferase I. -> Concentrações altas de NADH/NAD+ inibe a desidrogenase B-hidroxiacil –CoA. -> Concentrações altas de acetil-coA inibe a tiolase.
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  • 49. 1. Quais são os produtos da hidrólise de triglicerídeos e qual é o seu destino? 2. O que é beta-oxidação dos ácidos graxos e onde ela ocorre? 3. O que é necessário para o início deste processo? 4. Qual o papel da carnitina acil transferase? 5. Diferencie acil-CoA de Acetil-CoA e propionil-CoA. 6. Quais as diferenças entre oxidação de ácidos graxos saturados e insaturados; com nº de carbonos pares e ímpares? 7. Quantos ATPs são obtidos a partir da oxidação completa de um triglicerídeo formado por ácido palmítico? 8. O que são corpos cetônicos, como são formados e qual a consequência de sua síntese? 9. Como ocorre a regulação da oxidação de ácidos graxos? 10. Em que pontos o ciclo de Krebs e o ciclo de Lynen se relacionam?