1. Medo da inteligência artificial
21/04/2015 02h00
Há um debate curioso sobre inteligência artificial. Intelectuais de peso como
Stephen Hawking e o empresário Elon Musk (fundador da empresa de
exploração espacial SpaceX e criador dos carros elétricos Tesla) assinaram uma
carta alertando para os potenciais negativos do avanço dessa tecnologia.
As notícias que circularam sobre o documento foram totalmente sensacionalistas.
Diziam que a carta era um alerta para o risco de a humanidade ser destruída pela
inteligência artificial, no melhor estilo "O Exterminador do Futuro".
Isso desviou a atenção do conteúdo do documento, completamente pé no chão,
feito por um grupo importante de pensadores contemporâneos. O texto não tem
nada a ver com robôs assassinos. Na verdade, sua preocupação é com a
pobreza e a desigualdade que a inteligência artificial pode trazer.
O avanço dessa tecnologia não é ficção científica. Computadores são cada vez
mais capazes de tomar decisões e de desempenhar atividades que julgávamos
exclusivamente humanas. Tem havido um avanço rápido em campos como
reconhecimento de voz (alô Siri) ou de imagens, máquinas capazes de dirigir
veículos, responder perguntas, resolver problemas e atuar como "agentes" com
base em decisões próprias ou comandos humanos.
A inteligência artificial poderá substituir um número imenso de atividades hoje
desempenhadas por pessoas. Um estudo realizado por dois professores da
universidade de Oxford, Michael Osborne e Carl Frey, prevê que 47% dos
empregos nos EUA estão em risco de desaparecimento nas próximas duas
décadas.
A lista das atividades é grande. Inclui de atendentes de telemarketing a
recepcionistas de hotel, passando por motoristas de caminhão e operadores de
máquinas. Nas palavras de Osborne: "Os trabalhos que sobrarem serão
baseados em habilidades criativas e sociais".
Esse é um desafio gigantesco para a educação. Na semana passada, o diretor
do MIT Media Lab, Joi Ito, declarou sobre a questão: "Se estamos com medo de
que inteligências artificiais e robôs tomem nossos empregados, é preciso mudar
nosso tipo de educação baseado em provas nas quais uma inteligência artificial
poderia passar".
Na visão dele, boa parte do sistema educacional ainda se concentra no ensino de
habilidades que podem ser desempenhadas de forma mais eficiente por
máquinas. Ele tem um ponto. Não seria difícil para uma inteligência artificial
existente hoje, por exemplo, resolver sozinha todas as questões do Enem.
O desafio da escola é incorporar também o desenvolvimento de habilidades que
não podem ser desempenhadas por máquinas, como nossa capacidade de
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2. sermos criativos, intuitivos e sociais. Se a escola focar apenas em problemas que
máquinas podem resolver, teremos menos chances de competir com elas.
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JÁ ERA
Justin TV, site de streaming ao vivo fechado por conta de transmissão de
conteúdo pirata
JÁ É
Meerkat e Periscope, novos apps de streaming ao vivo
JÁ VEM
Transmissão de conteúdo pirata no Meerkat e no Periscope
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artificial.shtml
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