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Membros do grupo
Amanda Lumi Sugimoto, Nº USP 10303128
Gabriela Natalie Dias, Nº USP 10369803
Ilze Ito, Nº USP 10303091
Lívia Cristina G. Amaral, Nº USP 9829247
Nathália Zaneratto Rosa, Nº USP 10265061
Introdução
Análise Documentária
•A análise documentária só passou a ser uma preocupação
na década de 70, quando a automação da indexação fez
surgir a necessidade de regras claras para esse processo
•Relação entre classificação e linguística
•A lógica na classificação
•Objetivos da Análise Documentária
•Elaborar representações condensadas daquilo que é dito em um
texto (expressar o conteúdo de documentos)
•Facilitar a recuperação da informação
•Classificação, indexação e elaboração de resumos
•Aspectos da Análise Documentária
•Conteúdo dos documentos
•Contexto e condições de uso e consumo dos documentos
•Elementos persuasivos,
•“Bagagem” dos usuários
Análise Documentária
Análise Documentária de Fotografias
•Fotografia: “a fotografia é uma extensão da nossa
capacidade de olhar, e se constitui em uma técnica
de representação da realidade que, pelo seu rigor e
particularismo, se expressa através de uma
linguagem própria e inconfundível.” (GURAN 1992,
p. 15)
•Aspectos da Análise Documentária de
Fotografias
•Conteúdo informacional
•Expressão fotográfica
A Imagem
“Os estudos sobre imagens mostraram que elas têm, na cultura
humana, uma função muito mais complexa que na vida de outras
espécies animais. Além de reconhecer amigos e inimigos, de
diferenciar presas e predadores, de situar os seres num espaço de
onde podem entrar e sair, as imagens mentais que obtemos de nossa
relação com mundo podem ser armazenadas, constituindo nossa
memória, podem ser analisadas por nossa reflexão e podem se
transformar numa bagagem de conhecimento, experiência e
afetividade. E mais, desenvolvemos técnicas que nos permitem
expressar todo esse movimento interno, mental e subjetivo através de
outras imagens, estas criadas por nós. Desenhos, pinturas e
esculturas permitem que compartilhemos com os outros as emoções e
sentimentos despertados na nossa relação com o mundo” (COSTA,
2005, P.27).
Gravuras em Pedra
Arte Rupestre – Idade da Pedra (Grutas do Piauí)
Imagem Fotográfica
O fascínio causado pelas imagens,
não demorou muito, para que
suscitasse o seu aprimoramento no
século XIX. A invenção da fotografia,
ocorrida no período da Revolução
Industrial, permitiu uma expansão
gradativa na produção e uso das
imagens
Revolução Industrial – Séc. VXIII
Uma das primeiras fotografias obtidas –
Joseph Niepce (França, 1827)
Fotografia
Arte ou processo de produzir, pela ação da luz, ou qualquer
espécie de energia radiante, sobre uma superfície sensibilizada,
imagens obtidas mediante uma câmara escura.
“A menina Afegã” - Steve McCurry
(1985)
Prisão Abu Ghraib (Guerra do Iraque).
“(...) a imagem fotográfica interrompe, pára, fixa, imobiliza, separa,
descola a duração, captando apenas um único instante.
Espacialmente, do mesmo modo, fracciona, retira, extrai, isola, capta,
recorta uma porção de extensão.” (DUBOIS, 1992)
Verdade e Realidade
Tanto a verdade como a realidade são temas
importantes quando se discute a imagem
fotográfica. As fotografias dão uma informação
importante sobre o mundo e reforçam uma visão
da realidade social.
O referente na imagem fotográfica é o testemunho de algo
acontecido, fixado e “congelado” no tempo após um clique da câmera
fotográfica. A imagem registrada mostrará eternamente aquele
referente focalizado, que poderá ser apreciado por milhões de
pessoas em diferentes épocas, com distintas interpretações.
Simulará algo real que, mesmo que não possa ser visto, nos permitirá
saber que existiu e foi fixado pela imagem fotográfica, tenha o
fotógrafo “manipulado” ou não a elaboração dessa imagem
(RODRIGUES, 2007).
Documento Fotográfico
• A finalidade de comunicar ou advertir, ilustrar, recordar e
entreter conferiu à imagem estática respaldo, validade e
impacto à informação que ela retém.
• As imagens fotográficas se configuram como documento,
que como tal demandam um procedimento específico:
análise documentária.
Texto Visual:
Emissor Receptor
Linguagem Fotográfica (pontos de vista e
composição; planos; perspectivas; luz, forma
e tom; textura e linhas; foco; movimento)
Tratamento Documental
• Para ser utilizado, o documento deve ser organizado,
o que implica a análise e tematização de seu conteúdo
(por meio de formatos predefinidos), indexação,
armazenamento e recuperação.
• A informação passará por um processo que abrange
várias etapas como a edição, a seleção, a aquisição, o
processamento técnico, a armazenagem e a
estocagem, a disseminação, a recuperação e a
utilização da mesma.
Tratamento Documental
Descrição dos
elementos
registrados
como fonte de
informação da
própria
fotografia
Análise do
conteúdo
Imagético
Análise Fotográfica
• Referente
• Sentidos:
- Conotativo
- Denotativo
“O conhecimento dos elementos da linguagem fotográfica, que é
adquirido a partir de uma base técnica da realização da fotografia,
possibilita uma maior compreensão da capacidade narrativa e do
conteúdo dramático contido em cada foto. O que irá reforçar o
conteúdo da imagem fotográfica é a disposição dos elementos para a
composição do campo visual. No entanto, para a efetiva compreensão
desta mensagem, o espectador irá buscar, em sua bagagem (memória
visual) e na sua concepção de mundo, elementos de equivalência para
chegar a uma dada interpretação.” (LIMA; SILVA, 2007, p. 7)
Análise Fotográfica
Panofsky (1976)
• Descrição pré-iconográfica;
• Análise iconográfica;
• Significado Intrínseco.
• Nível pré-iconográfico: dois homens e um gesto (indício de um aperto
de mãos - cumprimento) – descrição;
• Nível iconográfico: representação de um encontro político entre o
Presidente do Brasil – Luís Inácio Lula da Silva – e dos Estados
Unidos – George W. Bush – análise;
• Nível iconológico: contextualização desse encontro no cenário
político que eles representam, bem como do local e da época em que
a imagem foi gerada – interpretação.
Análise Fotográfica
Costa (2005)
1. Informações técnicas: são as informações que nos permitem
distinguir uma foto colorida de outra em branco e preto. Quanto mais
conhecemos a respeito do processo fotográfico, mais dados técnicos
somos capazes de perceber ou obter;
2. Informações visuais: são aquelas que dizem respeito à
configuração da imagem, ou seja, como ela foi concebida e os
critérios estéticos utilizados. Nesse conjunto de dados está a
identificação do fotógrafo e da maneira como ele organizou os
elementos plásticos da imagem: qual o recorte que ele deu à cena, o
que colocou ao centro, como utilizou a iluminação.
3. Informações textuais: são aquelas que obtemos do assunto
tratado e da forma como é tratado.
4. Informações contextuais: são as informações que dizem
respeito a tudo aquilo que se sabe sobre as razões e intenções do
fotógrafo ao criar a fotografia.
Dimensão Expressiva
• Parte da imagem fotográfica dada pela técnica.
• Aparência física através da qual a fotografia expressa
seu conteúdo informacional.
• Interferida pela composição e também pelo
equipamento.
Tabela de Categorias e suas Variáveis
Tabela de Categorias e suas Variáveis
Leitura de Imagens
•A fotografia é um objeto representando o
real que possui três práticas: fazer,
suportar e olhar.
•Fazer = fotógrafo
•Suportar = spectrum, referente
•Olhar = spectador
•O fotógrafo utiliza a linguagem
fotográfica para se expressar.
•A leitura do profissional da informação deve ser
bem menos pessoal
•Nessa construção, dois processos ocorrem: a
análise e a síntese
•Análise = D.E. Genérica
•Síntese = D.E. específica
Leitura de Imagens
•Polissemia profissional mediador
•Selecionar o que há de mais importante, ainda que
para isto seja necessário saber mais algo sobre o
conjunto documental.
•Exemplo:
Hospedaria de Imigrantes
Studium e Punctum
•Studium = remete à fotografia enquanto campo e
objeto de estudo; desperta um interesse genérico.
•Punctum = detalhe que atrai, cuja presença
muda a leitura da imagem.
•Dimensão Expressiva pode até contribuir para a
existência do punctum, mas não o determina.
Propostas
•Shatford (1984) apresenta conceitos relacionados
à descrição específica
•Smit (1997) apresenta uma grade de análise para
representar o conteúdo informacional da imagem
fotográfica reunindo as categorias informacionais
Propostas
•Manini (2002) acrescenta a questão da
técnica dando origem à Dimensão
Expressiva
Conteúdo Informacional
Dimensã
o
Expressiv
a
DE Sobre -CLOSE
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Categori
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Genérico Específic
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Quem/
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Conteúdo Informacional
Dimensão
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-EFEITO DE
LUZ
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Catego
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Genéric
o
Específic
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VELOCID
ADE
Quem/
O que
ÔNIBUS
Onde INGLATE
RRA
Quand
o
Como MOVIME
NTO
Conclusão
“O documento audiovisual é realmente diferente do escrito e
(...), como tal, demanda um tratamento documentário
específico.” (SMIT, 1987, p. 104)
“A análise documental de imagens deve atender aos preceitos
da documentação, refletindo a credibilidade e segurança no
momento da recuperação da informação pelo usuário.
Atendendo assim ao objetivo central da análise documental, a
informação documental deve promover a identificação de
materiais informacionais que respondam, de maneira
satisfatória, às questões dos usuários e, por outro lado,
possibilitar a tomada de decisões sobre a consulta e a escolha
de um determinado documento original. Para que essas
funções sejam devidamente cumpridas, a informação
documental deve ser elaborada por meio de métodos que
correspondam à equivalência entre o sentido do texto original e
a sua representação.” (FUJITA; BOCCATO, 2006)
Referências Bibliográficas
SMIT, Johanna W. (org.). Análise documentária: a análise da síntese. Brasília: Ibict, 1987. 133
p.
BOCCATO, Vera; FUJITA, Mariângela. Discutindo a análise documental de fotografias: Uma
síntese bibliográfica. 2006
BOCATTO, V. R. C, FUJITA, M. S, L. Discutindo a análise documental de fotografias: uma
síntese bibliográfica. Cadernos BAD, Lisboa, p. 85-99, 2006. INSS 0007-9421. Disponível em:
<www.bad.pt/publicacoes/index.php/cadernos/article/view/794/793>. Acesso em: 16 Junho
2017.
COSTA, C. Educação, imagem e mídias. São Paulo: Cortez, 2005.
DUBOIS, P. O ato fotográfico e outros ensaios. Campinas: Papirus, 1998
LIMA, C. A, SILVA, N. M. B. Representações em imagens equivalentes. Disponível em:
<www.bocc.ubi.pt/pag/lima-claudia imagens -equivalentes.pdf >. Acesso em: 16 Junho 2017.
MARTINS, C. A imagem fotográfica como uma forma de comunicação e construção estética:
Apontamentos sobre a fotografia vencedora do World Press Photo 2010. Disponível em: <
www.bocc.ubi.pt/pag/martins-celia-2013-imagem-fotografica-como-uma-forma-de-
comunicacao.pdf>. Acesso em: 16 Junho 2017.
Referências Bibliográficas
RODRIGUES, R. C. Análise e tematização da imagem fotográfica. Ciência da
Informação, 2007, vol. 36, n. 3, p. 67-76.
SANTOS, N. K. D. O LADO EXTERNO DA IMAGEM FOTOGRÁFICA: processo
de identificação e representação do referente específico por meio da análise
documentária. Disponível em: <http://rabci.org/rabci/sites/default/files/Artigo_2.pdf
>. Acesso em: 16 Junho 2017.
SMIT, J. W. A análise da imagem: um primeiro plano. In SMIT, J. W. (Coord.) –
Análise documentária: a análise da síntese. 2.ª ed. Brasília: IBICT, 1989. p. 101-
113.
MANINI, M. Análise documentária de fotografias: Leitura de Imagens Incluindo sua
Dimensão Expressiva. Tese de Doutorado Escola de Comunicações e Artes, São
Paulo, 2002. Disponível em:
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/946/1/ARTIGO_AnaliseDocumentariaFot
ografia.pdf>. Acesso em: 09 junho 2017.
MANINI, M. Conteúdo informacional e dimensão expressiva: a equação-chave na
análise documentária de fotografias. V Jornada Nacional e I Internacional em
Análise do Discurso na Ciência da Informação, São Carlos, 2011. Disponível em:
<http://www.jornadaadci.ufscar.br/pdfs/ebook/5.pdf>. Acesso em: 09 junho 2017.
SMIT, J. W. A representação da imagem. Informare, Rio de Janeiro, 1996.
MANINI, M. Análise documentária de fotografias: um referencial de leitura de
imagens fotográficas para fins documentários. 2002. 226 f. Tese (Doutorado em
Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de
São Paulo, São Paulo. 2002.

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  • 1.
  • 2. Membros do grupo Amanda Lumi Sugimoto, Nº USP 10303128 Gabriela Natalie Dias, Nº USP 10369803 Ilze Ito, Nº USP 10303091 Lívia Cristina G. Amaral, Nº USP 9829247 Nathália Zaneratto Rosa, Nº USP 10265061
  • 3. Introdução Análise Documentária •A análise documentária só passou a ser uma preocupação na década de 70, quando a automação da indexação fez surgir a necessidade de regras claras para esse processo •Relação entre classificação e linguística •A lógica na classificação
  • 4. •Objetivos da Análise Documentária •Elaborar representações condensadas daquilo que é dito em um texto (expressar o conteúdo de documentos) •Facilitar a recuperação da informação •Classificação, indexação e elaboração de resumos •Aspectos da Análise Documentária •Conteúdo dos documentos •Contexto e condições de uso e consumo dos documentos •Elementos persuasivos, •“Bagagem” dos usuários Análise Documentária
  • 5. Análise Documentária de Fotografias •Fotografia: “a fotografia é uma extensão da nossa capacidade de olhar, e se constitui em uma técnica de representação da realidade que, pelo seu rigor e particularismo, se expressa através de uma linguagem própria e inconfundível.” (GURAN 1992, p. 15) •Aspectos da Análise Documentária de Fotografias •Conteúdo informacional •Expressão fotográfica
  • 6. A Imagem “Os estudos sobre imagens mostraram que elas têm, na cultura humana, uma função muito mais complexa que na vida de outras espécies animais. Além de reconhecer amigos e inimigos, de diferenciar presas e predadores, de situar os seres num espaço de onde podem entrar e sair, as imagens mentais que obtemos de nossa relação com mundo podem ser armazenadas, constituindo nossa memória, podem ser analisadas por nossa reflexão e podem se transformar numa bagagem de conhecimento, experiência e afetividade. E mais, desenvolvemos técnicas que nos permitem expressar todo esse movimento interno, mental e subjetivo através de outras imagens, estas criadas por nós. Desenhos, pinturas e esculturas permitem que compartilhemos com os outros as emoções e sentimentos despertados na nossa relação com o mundo” (COSTA, 2005, P.27). Gravuras em Pedra Arte Rupestre – Idade da Pedra (Grutas do Piauí)
  • 7. Imagem Fotográfica O fascínio causado pelas imagens, não demorou muito, para que suscitasse o seu aprimoramento no século XIX. A invenção da fotografia, ocorrida no período da Revolução Industrial, permitiu uma expansão gradativa na produção e uso das imagens Revolução Industrial – Séc. VXIII Uma das primeiras fotografias obtidas – Joseph Niepce (França, 1827)
  • 8. Fotografia Arte ou processo de produzir, pela ação da luz, ou qualquer espécie de energia radiante, sobre uma superfície sensibilizada, imagens obtidas mediante uma câmara escura. “A menina Afegã” - Steve McCurry (1985) Prisão Abu Ghraib (Guerra do Iraque). “(...) a imagem fotográfica interrompe, pára, fixa, imobiliza, separa, descola a duração, captando apenas um único instante. Espacialmente, do mesmo modo, fracciona, retira, extrai, isola, capta, recorta uma porção de extensão.” (DUBOIS, 1992)
  • 9. Verdade e Realidade Tanto a verdade como a realidade são temas importantes quando se discute a imagem fotográfica. As fotografias dão uma informação importante sobre o mundo e reforçam uma visão da realidade social. O referente na imagem fotográfica é o testemunho de algo acontecido, fixado e “congelado” no tempo após um clique da câmera fotográfica. A imagem registrada mostrará eternamente aquele referente focalizado, que poderá ser apreciado por milhões de pessoas em diferentes épocas, com distintas interpretações. Simulará algo real que, mesmo que não possa ser visto, nos permitirá saber que existiu e foi fixado pela imagem fotográfica, tenha o fotógrafo “manipulado” ou não a elaboração dessa imagem (RODRIGUES, 2007).
  • 10. Documento Fotográfico • A finalidade de comunicar ou advertir, ilustrar, recordar e entreter conferiu à imagem estática respaldo, validade e impacto à informação que ela retém. • As imagens fotográficas se configuram como documento, que como tal demandam um procedimento específico: análise documentária. Texto Visual: Emissor Receptor Linguagem Fotográfica (pontos de vista e composição; planos; perspectivas; luz, forma e tom; textura e linhas; foco; movimento)
  • 11. Tratamento Documental • Para ser utilizado, o documento deve ser organizado, o que implica a análise e tematização de seu conteúdo (por meio de formatos predefinidos), indexação, armazenamento e recuperação. • A informação passará por um processo que abrange várias etapas como a edição, a seleção, a aquisição, o processamento técnico, a armazenagem e a estocagem, a disseminação, a recuperação e a utilização da mesma. Tratamento Documental Descrição dos elementos registrados como fonte de informação da própria fotografia Análise do conteúdo Imagético
  • 12. Análise Fotográfica • Referente • Sentidos: - Conotativo - Denotativo “O conhecimento dos elementos da linguagem fotográfica, que é adquirido a partir de uma base técnica da realização da fotografia, possibilita uma maior compreensão da capacidade narrativa e do conteúdo dramático contido em cada foto. O que irá reforçar o conteúdo da imagem fotográfica é a disposição dos elementos para a composição do campo visual. No entanto, para a efetiva compreensão desta mensagem, o espectador irá buscar, em sua bagagem (memória visual) e na sua concepção de mundo, elementos de equivalência para chegar a uma dada interpretação.” (LIMA; SILVA, 2007, p. 7)
  • 13. Análise Fotográfica Panofsky (1976) • Descrição pré-iconográfica; • Análise iconográfica; • Significado Intrínseco. • Nível pré-iconográfico: dois homens e um gesto (indício de um aperto de mãos - cumprimento) – descrição; • Nível iconográfico: representação de um encontro político entre o Presidente do Brasil – Luís Inácio Lula da Silva – e dos Estados Unidos – George W. Bush – análise; • Nível iconológico: contextualização desse encontro no cenário político que eles representam, bem como do local e da época em que a imagem foi gerada – interpretação.
  • 14. Análise Fotográfica Costa (2005) 1. Informações técnicas: são as informações que nos permitem distinguir uma foto colorida de outra em branco e preto. Quanto mais conhecemos a respeito do processo fotográfico, mais dados técnicos somos capazes de perceber ou obter; 2. Informações visuais: são aquelas que dizem respeito à configuração da imagem, ou seja, como ela foi concebida e os critérios estéticos utilizados. Nesse conjunto de dados está a identificação do fotógrafo e da maneira como ele organizou os elementos plásticos da imagem: qual o recorte que ele deu à cena, o que colocou ao centro, como utilizou a iluminação. 3. Informações textuais: são aquelas que obtemos do assunto tratado e da forma como é tratado. 4. Informações contextuais: são as informações que dizem respeito a tudo aquilo que se sabe sobre as razões e intenções do fotógrafo ao criar a fotografia.
  • 15. Dimensão Expressiva • Parte da imagem fotográfica dada pela técnica. • Aparência física através da qual a fotografia expressa seu conteúdo informacional. • Interferida pela composição e também pelo equipamento.
  • 16. Tabela de Categorias e suas Variáveis
  • 17. Tabela de Categorias e suas Variáveis
  • 18. Leitura de Imagens •A fotografia é um objeto representando o real que possui três práticas: fazer, suportar e olhar. •Fazer = fotógrafo •Suportar = spectrum, referente •Olhar = spectador •O fotógrafo utiliza a linguagem fotográfica para se expressar.
  • 19. •A leitura do profissional da informação deve ser bem menos pessoal •Nessa construção, dois processos ocorrem: a análise e a síntese •Análise = D.E. Genérica •Síntese = D.E. específica Leitura de Imagens
  • 20. •Polissemia profissional mediador •Selecionar o que há de mais importante, ainda que para isto seja necessário saber mais algo sobre o conjunto documental. •Exemplo: Hospedaria de Imigrantes
  • 21. Studium e Punctum •Studium = remete à fotografia enquanto campo e objeto de estudo; desperta um interesse genérico. •Punctum = detalhe que atrai, cuja presença muda a leitura da imagem. •Dimensão Expressiva pode até contribuir para a existência do punctum, mas não o determina.
  • 22. Propostas •Shatford (1984) apresenta conceitos relacionados à descrição específica •Smit (1997) apresenta uma grade de análise para representar o conteúdo informacional da imagem fotográfica reunindo as categorias informacionais
  • 23. Propostas •Manini (2002) acrescenta a questão da técnica dando origem à Dimensão Expressiva
  • 24. Conteúdo Informacional Dimensã o Expressiv a DE Sobre -CLOSE - RETRAT O Categori a Genérico Específic o ANIMAL Quem/ O que CORUJ A Onde REINO UNIDO Quando Como OLHO DA CORUJA
  • 25. Conteúdo Informacional Dimensão Expressiva DE Sobre -FOTO MONTAGEM -EFEITO PANNING -EFEITO DE LUZ - DESFOCAME NTO Catego ria Genéric o Específic o VELOCID ADE Quem/ O que ÔNIBUS Onde INGLATE RRA Quand o Como MOVIME NTO
  • 26. Conclusão “O documento audiovisual é realmente diferente do escrito e (...), como tal, demanda um tratamento documentário específico.” (SMIT, 1987, p. 104) “A análise documental de imagens deve atender aos preceitos da documentação, refletindo a credibilidade e segurança no momento da recuperação da informação pelo usuário. Atendendo assim ao objetivo central da análise documental, a informação documental deve promover a identificação de materiais informacionais que respondam, de maneira satisfatória, às questões dos usuários e, por outro lado, possibilitar a tomada de decisões sobre a consulta e a escolha de um determinado documento original. Para que essas funções sejam devidamente cumpridas, a informação documental deve ser elaborada por meio de métodos que correspondam à equivalência entre o sentido do texto original e a sua representação.” (FUJITA; BOCCATO, 2006)
  • 27. Referências Bibliográficas SMIT, Johanna W. (org.). Análise documentária: a análise da síntese. Brasília: Ibict, 1987. 133 p. BOCCATO, Vera; FUJITA, Mariângela. Discutindo a análise documental de fotografias: Uma síntese bibliográfica. 2006 BOCATTO, V. R. C, FUJITA, M. S, L. Discutindo a análise documental de fotografias: uma síntese bibliográfica. Cadernos BAD, Lisboa, p. 85-99, 2006. INSS 0007-9421. Disponível em: <www.bad.pt/publicacoes/index.php/cadernos/article/view/794/793>. Acesso em: 16 Junho 2017. COSTA, C. Educação, imagem e mídias. São Paulo: Cortez, 2005. DUBOIS, P. O ato fotográfico e outros ensaios. Campinas: Papirus, 1998 LIMA, C. A, SILVA, N. M. B. Representações em imagens equivalentes. Disponível em: <www.bocc.ubi.pt/pag/lima-claudia imagens -equivalentes.pdf >. Acesso em: 16 Junho 2017. MARTINS, C. A imagem fotográfica como uma forma de comunicação e construção estética: Apontamentos sobre a fotografia vencedora do World Press Photo 2010. Disponível em: < www.bocc.ubi.pt/pag/martins-celia-2013-imagem-fotografica-como-uma-forma-de- comunicacao.pdf>. Acesso em: 16 Junho 2017.
  • 28. Referências Bibliográficas RODRIGUES, R. C. Análise e tematização da imagem fotográfica. Ciência da Informação, 2007, vol. 36, n. 3, p. 67-76. SANTOS, N. K. D. O LADO EXTERNO DA IMAGEM FOTOGRÁFICA: processo de identificação e representação do referente específico por meio da análise documentária. Disponível em: <http://rabci.org/rabci/sites/default/files/Artigo_2.pdf >. Acesso em: 16 Junho 2017. SMIT, J. W. A análise da imagem: um primeiro plano. In SMIT, J. W. (Coord.) – Análise documentária: a análise da síntese. 2.ª ed. Brasília: IBICT, 1989. p. 101- 113. MANINI, M. Análise documentária de fotografias: Leitura de Imagens Incluindo sua Dimensão Expressiva. Tese de Doutorado Escola de Comunicações e Artes, São Paulo, 2002. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/946/1/ARTIGO_AnaliseDocumentariaFot ografia.pdf>. Acesso em: 09 junho 2017. MANINI, M. Conteúdo informacional e dimensão expressiva: a equação-chave na análise documentária de fotografias. V Jornada Nacional e I Internacional em Análise do Discurso na Ciência da Informação, São Carlos, 2011. Disponível em: <http://www.jornadaadci.ufscar.br/pdfs/ebook/5.pdf>. Acesso em: 09 junho 2017. SMIT, J. W. A representação da imagem. Informare, Rio de Janeiro, 1996. MANINI, M. Análise documentária de fotografias: um referencial de leitura de imagens fotográficas para fins documentários. 2002. 226 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2002.