[1] O documento discute a importância histórica dos carvalhais para o desenvolvimento das civilizações humanas e como eles forneceram recursos vitais como alimento, abrigo e combustível. [2] Hoje, os carvalhais nativos quase desapareceram devido à ação humana, mas podem ser recuperados plantando bolotas. [3] O documento propõe dedicar um "Dia Mundial da Bolota" anual para coletar e plantar bolotas com o objetivo de restaurar os carvalhais e
O “manifesto” da bolota
E se por alguma razão, após a expansão marítima dos povos europeus nos séculos XIV e XV, a população
mundial tivesse sofrido um aumento exponencial? Certamente que a utilização de recursos naturais durante esse
período teria sido muito mais intensa. E se na época renascentista as civilizações ocidentais tivessem as
tecnologias de hoje? Provavelmente teriam utilizado em larga escala os jazigos minerais e petrolíferos, e teriam
consumido muitos mais recursos hídricos e biológicos de modo a suportar uma população em rápido
crescimento. E sendo seres humanos como nós, talvez apenas quando a escassez desses recursos se
repercutisse na população, sobretudo nas classes mais influentes e com maior capacidade económica,
começassem a tomar sérias medidas de gestão e conservação. Mas, talvez já fosse tarde de mais. Felizmente, e
porque não ocorreu nenhum aumento populacional significativo como o que se observa hoje, não foi exatamente
isso que sucedeu.
O documento discute a perda da biodiversidade. Ele define biodiversidade e explica que a maior biodiversidade está nas regiões tropicais, como a Amazônia. O documento também discute as causas da perda de biodiversidade, incluindo desmatamento e atividades humanas, e as consequências, como aquecimento global. Ele sugere soluções como plantar árvores e reduzir o consumo.
1. A biodiversidade refere-se à variabilidade entre os seres vivos e os ecossistemas da Terra. Inclui diversidade genética, entre espécies e dos ecossistemas.
2. As principais ameaças à biodiversidade são a destruição e fragmentação de habitats, introdução de espécies invasoras e sobre-exploração.
3. A preservação da biodiversidade é importante por motivos éticos, econômicos e pelos benefícios indiretos como serviços ecossistêmicos. Manter a biodiversidade é es
Este documento fornece informações sobre a biodiversidade e ações que as pessoas podem tomar para ajudar a protegê-la. O documento foi traduzido e adaptado pela Comissão Europeia para promover a campanha "Biodiversidade. Estamos todos juntos nisto". Ele contém 52 sugestões de ações que as pessoas podem tomar para apoiar a biodiversidade em suas vidas diárias.
A biodiversidade refere-se à variedade de vida no planeta Terra e inclui a diversidade genética, orgânica e ecológica. Ela é fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas e possui valor econômico, social e científico. Sua preservação é essencial para a sustentabilidade.
O documento discute a perda da biodiversidade devido a ações humanas como desmatamento, poluição, caça excessiva e mudanças climáticas. Ele identifica esses problemas, sugere soluções como tratamento de esgoto, leis para caça e desmatamento sustentável, e conclui que pequenas ações de cada pessoa podem ajudar a proteger a fragil biodiversidade da Terra.
Este documento fornece orientações sobre pequenas ações que as pessoas podem tomar para ajudar a proteger a biodiversidade. Ele explica o que é a biodiversidade e por que é importante, e fornece 52 sugestões de ações que as pessoas podem incorporar em suas vidas diárias para apoiar a conservação da natureza.
O documento discute o trabalho realizado por alunas do curso de Pedagogia sobre conteúdos de Ciências. O trabalho foi desenvolvido para a disciplina de Ciências: Conteúdos e Métodos e aborda temas como seres vivos, ecossistemas, origem da água e produção de lixo. O material produzido será doado para a brinquedoteca da faculdade para auxiliar em aulas práticas com crianças.
O “manifesto” da bolota
E se por alguma razão, após a expansão marítima dos povos europeus nos séculos XIV e XV, a população
mundial tivesse sofrido um aumento exponencial? Certamente que a utilização de recursos naturais durante esse
período teria sido muito mais intensa. E se na época renascentista as civilizações ocidentais tivessem as
tecnologias de hoje? Provavelmente teriam utilizado em larga escala os jazigos minerais e petrolíferos, e teriam
consumido muitos mais recursos hídricos e biológicos de modo a suportar uma população em rápido
crescimento. E sendo seres humanos como nós, talvez apenas quando a escassez desses recursos se
repercutisse na população, sobretudo nas classes mais influentes e com maior capacidade económica,
começassem a tomar sérias medidas de gestão e conservação. Mas, talvez já fosse tarde de mais. Felizmente, e
porque não ocorreu nenhum aumento populacional significativo como o que se observa hoje, não foi exatamente
isso que sucedeu.
O documento discute a perda da biodiversidade. Ele define biodiversidade e explica que a maior biodiversidade está nas regiões tropicais, como a Amazônia. O documento também discute as causas da perda de biodiversidade, incluindo desmatamento e atividades humanas, e as consequências, como aquecimento global. Ele sugere soluções como plantar árvores e reduzir o consumo.
1. A biodiversidade refere-se à variabilidade entre os seres vivos e os ecossistemas da Terra. Inclui diversidade genética, entre espécies e dos ecossistemas.
2. As principais ameaças à biodiversidade são a destruição e fragmentação de habitats, introdução de espécies invasoras e sobre-exploração.
3. A preservação da biodiversidade é importante por motivos éticos, econômicos e pelos benefícios indiretos como serviços ecossistêmicos. Manter a biodiversidade é es
Este documento fornece informações sobre a biodiversidade e ações que as pessoas podem tomar para ajudar a protegê-la. O documento foi traduzido e adaptado pela Comissão Europeia para promover a campanha "Biodiversidade. Estamos todos juntos nisto". Ele contém 52 sugestões de ações que as pessoas podem tomar para apoiar a biodiversidade em suas vidas diárias.
A biodiversidade refere-se à variedade de vida no planeta Terra e inclui a diversidade genética, orgânica e ecológica. Ela é fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas e possui valor econômico, social e científico. Sua preservação é essencial para a sustentabilidade.
O documento discute a perda da biodiversidade devido a ações humanas como desmatamento, poluição, caça excessiva e mudanças climáticas. Ele identifica esses problemas, sugere soluções como tratamento de esgoto, leis para caça e desmatamento sustentável, e conclui que pequenas ações de cada pessoa podem ajudar a proteger a fragil biodiversidade da Terra.
Este documento fornece orientações sobre pequenas ações que as pessoas podem tomar para ajudar a proteger a biodiversidade. Ele explica o que é a biodiversidade e por que é importante, e fornece 52 sugestões de ações que as pessoas podem incorporar em suas vidas diárias para apoiar a conservação da natureza.
O documento discute o trabalho realizado por alunas do curso de Pedagogia sobre conteúdos de Ciências. O trabalho foi desenvolvido para a disciplina de Ciências: Conteúdos e Métodos e aborda temas como seres vivos, ecossistemas, origem da água e produção de lixo. O material produzido será doado para a brinquedoteca da faculdade para auxiliar em aulas práticas com crianças.
O documento discute a biodiversidade, incluindo sua definição e importância. Ele também aborda os hotspots de biodiversidade globalmente e no Brasil, com foco na Amazônia e Cerrado, além de exemplos históricos da destruição da biodiversidade na Ilha Maurício.
Resgatar a Humanidade, Alcide Gonçalves e Jorge Moreira, O Instalador, março ...Jorge Moreira
A palavra ‘humanidade’ deriva do latim’ humanitas’ e ‘humanitatis’, que significa cultura, civilização, natureza humana, carácter, sentimento, bondade, benevolência, cortesia e compaixão. Trata-se de uma palavra que exprime uma série de qualidades nobres, que residem profundamente no coração do ser humano.
Mas, esta palavra, significa também um conjunto de seres humanos, sendo ‘humanos’, relativo ao homem, que por sua vez é derivado de ‘homo’, relacionado como ‘humus’, terra. Quando vamos à raiz das coisas, acabamos por perceber que a Humanidade é simultaneamente um conjunto de qualidades e seres da terra. Isto sugere, que no sentido lato, todos os seres da terra podem ser considerados Humanidade. Todas as espécies, incluindo a Homo sapiens. Na verdade, não estaríamos cá sem o papel das outras espécies, tanto no que concerne a nível evolutivo, como ecológico. Não conseguiríamos existir e viver sem o contributo delas. Mas a palavra ‘terra’ também significa chão, solo, território, região de origem, nação, ou o próprio planeta Terra. Neste contexto, a Humanidade pode também ser considerada toda a Terra - a nossa grande Mãe. Há um traço de familiaridade cósmica.
O documento discute a história da permacultura e suas bases, incluindo: (1) A permacultura surgiu como uma alternativa sustentável à agricultura convencional, buscando imitar os ecossistemas naturais; (2) Ela foi desenvolvida por Bill Mollison e David Holmgren na Austrália na década de 1970; (3) A permacultura envolve o design consciente de sistemas agrícolas diversificados, estáveis e resilientes para prover alimentos e outros recursos de forma sustentável.
O documento discute a importância da ecologia e do meio ambiente para a humanidade de acordo com a perspectiva espírita. Aponta que devemos ter preocupação com a manutenção do planeta enquanto aqui estivermos para nossa evolução espiritual e que precisamos agir agora para preservar os recursos naturais para as gerações futuras.
O documento descreve como as árvores das florestas tropicais abrigam uma grande diversidade de organismos, incluindo abelhas, aranhas, borboletas, pássaros e mamíferos. Menciona que uma única árvore pode constituir um pequeno ecossistema, servindo de moradia para dezenas de espécies diferentes.
Telecurso 2000 aula 44 eu preciso pescar para comernetoalvirubro
a) O documento descreve as diferentes formas como o homem obteve seu alimento ao longo da história, desde a época de caçador-coletor até a era industrial.
b) No período de caçador-coletor, o homem dependia diretamente dos recursos da natureza para sua alimentação, dificultando o crescimento populacional.
c) A agricultura e a criação de animais permitiram ao homem produzir seu próprio alimento de forma mais segura, favorecendo o aumento da população.
Este documento fornece um resumo de ecossistemas, cadeias alimentares e biomas. Define ecossistema como o conjunto de comunidades que interagem em uma região e com fatores ambientais. Descreve que cadeias alimentares transferem matéria e energia entre produtores, consumidores e decompositores. Lista exemplos de biomas como florestas tropicais, temperadas e de mangue.
Este documento fornece um resumo de ecossistemas, cadeias alimentares e biomas. Define ecossistema como o conjunto de comunidades que interagem em uma região e com fatores ambientais. Descreve as três partes da cadeia alimentar: produtores, consumidores e decompositores. Lista exemplos de biomas como florestas tropicais e temperadas.
O documento discute como a ação humana pode causar desequilíbrio ambiental através de atividades como desmatamento e poluição, levando animais a se adaptarem a novos habitats ou se tornarem pragas. Também aborda como o crescimento populacional e a urbanização impactam o meio ambiente.
O documento discute a importância dos solos para a sobrevivência dos seres vivos e para a agricultura. Explica que os solos fornecem nutrientes para as plantas e são a base para a produção de alimentos. No entanto, as atividades humanas como desmatamento e uso excessivo de agrotóxicos podem prejudicar os solos e afetar o meio ambiente e a saúde.
O documento discute o tema "Meio Ambiente" e fornece sugestões para abordá-lo em diferentes disciplinas escolares como matemática, português, ciências, geografia e informática. Também lista dicas de filmes e livros relacionados ao meio ambiente.
Este documento discute a biodiversidade no contexto de Angola. Aborda definições de biodiversidade, abordagens para entendê-la, pontos críticos em Angola e no Brasil/Índia, como biodiversidade varia no tempo e espaço, e a importância econômica da biodiversidade.
1) Uma mineração de cascalho próxima a uma aldeia Guarani está causando impactos socioambientais na comunidade e território.
2) Os Guarani dependem do equilíbrio com o meio ambiente para sua sobrevivência cultural e física.
3) A mineração ameaça a perambulação Guarani e a preservação da Mata Atlântica nessa região.
Este capítulo discute a importância da conservação da biodiversidade e os problemas causados pela destruição dos ecossistemas. A degradação ambiental tem provocado a extinção de espécies e afetado negativamente a vida humana. No entanto, é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais, por meio do desenvolvimento sustentável.
Novas narrativas no semiárido brasileiro apres.antonio barbo sa - asa-brasilProjeto Redesan
O documento discute as condições históricas e socioeconômicas do semiárido brasileiro, destacando o papel das famílias agricultoras na convivência com a região e as soluções apresentadas ao longo do tempo para combater a seca, como o programa de cisternas rurais e a articulação de subsistemas de produção e infraestrutura hídrica.
O documento discute os impactos ambientais da evolução humana desde as sociedades de caçadores-coletores até a sociedade industrial atual. Aborda temas como o uso de recursos naturais, poluição, mudanças climáticas e a necessidade de se alcançar o desenvolvimento sustentável.
Comendo o planeta impactos ambientais da criação e consumo de animaismonicarochag
Somos 7 bilhões de humanos, mas criamos e abatemos mais de 70 bilhões de animais terrestres no planeta todos os anos para nosso consumo. Isso exerce uma pressão sem precedentes sobre o meio ambiente, já que requer o uso de quase metade das terras não cobertas por gelo no planeta e gera grandes impactos como desmatamento, perda de biodiversidade e escassez de recursos.
O documento discute os impactos negativos das atividades humanas no meio ambiente, incluindo poluição do ar e da água, desmatamento e mudanças climáticas. Também apresenta energias renováveis como soluções e enfatiza a necessidade de preservação dos recursos naturais.
1) Os abutres desempenham um papel importante na manutenção da saúde dos ecossistemas, comendo carcaças, mas estão ameaçados pela perda de habitat e envenenamento.
2) Protetores solares podem matar plâncton quando ingredientes como dióxido de titânio reagem com a luz do sol, formando compostos tóxicos e prejudicando a cadeia alimentar marinha.
3) São necessários novos modelos rurais e urbanos sustentáveis que minimizem o impacto ambiental da produção
O documento discute a biodiversidade, incluindo sua definição e importância. Ele também aborda os hotspots de biodiversidade globalmente e no Brasil, com foco na Amazônia e Cerrado, além de exemplos históricos da destruição da biodiversidade na Ilha Maurício.
Resgatar a Humanidade, Alcide Gonçalves e Jorge Moreira, O Instalador, março ...Jorge Moreira
A palavra ‘humanidade’ deriva do latim’ humanitas’ e ‘humanitatis’, que significa cultura, civilização, natureza humana, carácter, sentimento, bondade, benevolência, cortesia e compaixão. Trata-se de uma palavra que exprime uma série de qualidades nobres, que residem profundamente no coração do ser humano.
Mas, esta palavra, significa também um conjunto de seres humanos, sendo ‘humanos’, relativo ao homem, que por sua vez é derivado de ‘homo’, relacionado como ‘humus’, terra. Quando vamos à raiz das coisas, acabamos por perceber que a Humanidade é simultaneamente um conjunto de qualidades e seres da terra. Isto sugere, que no sentido lato, todos os seres da terra podem ser considerados Humanidade. Todas as espécies, incluindo a Homo sapiens. Na verdade, não estaríamos cá sem o papel das outras espécies, tanto no que concerne a nível evolutivo, como ecológico. Não conseguiríamos existir e viver sem o contributo delas. Mas a palavra ‘terra’ também significa chão, solo, território, região de origem, nação, ou o próprio planeta Terra. Neste contexto, a Humanidade pode também ser considerada toda a Terra - a nossa grande Mãe. Há um traço de familiaridade cósmica.
O documento discute a história da permacultura e suas bases, incluindo: (1) A permacultura surgiu como uma alternativa sustentável à agricultura convencional, buscando imitar os ecossistemas naturais; (2) Ela foi desenvolvida por Bill Mollison e David Holmgren na Austrália na década de 1970; (3) A permacultura envolve o design consciente de sistemas agrícolas diversificados, estáveis e resilientes para prover alimentos e outros recursos de forma sustentável.
O documento discute a importância da ecologia e do meio ambiente para a humanidade de acordo com a perspectiva espírita. Aponta que devemos ter preocupação com a manutenção do planeta enquanto aqui estivermos para nossa evolução espiritual e que precisamos agir agora para preservar os recursos naturais para as gerações futuras.
O documento descreve como as árvores das florestas tropicais abrigam uma grande diversidade de organismos, incluindo abelhas, aranhas, borboletas, pássaros e mamíferos. Menciona que uma única árvore pode constituir um pequeno ecossistema, servindo de moradia para dezenas de espécies diferentes.
Telecurso 2000 aula 44 eu preciso pescar para comernetoalvirubro
a) O documento descreve as diferentes formas como o homem obteve seu alimento ao longo da história, desde a época de caçador-coletor até a era industrial.
b) No período de caçador-coletor, o homem dependia diretamente dos recursos da natureza para sua alimentação, dificultando o crescimento populacional.
c) A agricultura e a criação de animais permitiram ao homem produzir seu próprio alimento de forma mais segura, favorecendo o aumento da população.
Este documento fornece um resumo de ecossistemas, cadeias alimentares e biomas. Define ecossistema como o conjunto de comunidades que interagem em uma região e com fatores ambientais. Descreve que cadeias alimentares transferem matéria e energia entre produtores, consumidores e decompositores. Lista exemplos de biomas como florestas tropicais, temperadas e de mangue.
Este documento fornece um resumo de ecossistemas, cadeias alimentares e biomas. Define ecossistema como o conjunto de comunidades que interagem em uma região e com fatores ambientais. Descreve as três partes da cadeia alimentar: produtores, consumidores e decompositores. Lista exemplos de biomas como florestas tropicais e temperadas.
O documento discute como a ação humana pode causar desequilíbrio ambiental através de atividades como desmatamento e poluição, levando animais a se adaptarem a novos habitats ou se tornarem pragas. Também aborda como o crescimento populacional e a urbanização impactam o meio ambiente.
O documento discute a importância dos solos para a sobrevivência dos seres vivos e para a agricultura. Explica que os solos fornecem nutrientes para as plantas e são a base para a produção de alimentos. No entanto, as atividades humanas como desmatamento e uso excessivo de agrotóxicos podem prejudicar os solos e afetar o meio ambiente e a saúde.
O documento discute o tema "Meio Ambiente" e fornece sugestões para abordá-lo em diferentes disciplinas escolares como matemática, português, ciências, geografia e informática. Também lista dicas de filmes e livros relacionados ao meio ambiente.
Este documento discute a biodiversidade no contexto de Angola. Aborda definições de biodiversidade, abordagens para entendê-la, pontos críticos em Angola e no Brasil/Índia, como biodiversidade varia no tempo e espaço, e a importância econômica da biodiversidade.
1) Uma mineração de cascalho próxima a uma aldeia Guarani está causando impactos socioambientais na comunidade e território.
2) Os Guarani dependem do equilíbrio com o meio ambiente para sua sobrevivência cultural e física.
3) A mineração ameaça a perambulação Guarani e a preservação da Mata Atlântica nessa região.
Este capítulo discute a importância da conservação da biodiversidade e os problemas causados pela destruição dos ecossistemas. A degradação ambiental tem provocado a extinção de espécies e afetado negativamente a vida humana. No entanto, é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais, por meio do desenvolvimento sustentável.
Novas narrativas no semiárido brasileiro apres.antonio barbo sa - asa-brasilProjeto Redesan
O documento discute as condições históricas e socioeconômicas do semiárido brasileiro, destacando o papel das famílias agricultoras na convivência com a região e as soluções apresentadas ao longo do tempo para combater a seca, como o programa de cisternas rurais e a articulação de subsistemas de produção e infraestrutura hídrica.
O documento discute os impactos ambientais da evolução humana desde as sociedades de caçadores-coletores até a sociedade industrial atual. Aborda temas como o uso de recursos naturais, poluição, mudanças climáticas e a necessidade de se alcançar o desenvolvimento sustentável.
Comendo o planeta impactos ambientais da criação e consumo de animaismonicarochag
Somos 7 bilhões de humanos, mas criamos e abatemos mais de 70 bilhões de animais terrestres no planeta todos os anos para nosso consumo. Isso exerce uma pressão sem precedentes sobre o meio ambiente, já que requer o uso de quase metade das terras não cobertas por gelo no planeta e gera grandes impactos como desmatamento, perda de biodiversidade e escassez de recursos.
O documento discute os impactos negativos das atividades humanas no meio ambiente, incluindo poluição do ar e da água, desmatamento e mudanças climáticas. Também apresenta energias renováveis como soluções e enfatiza a necessidade de preservação dos recursos naturais.
1) Os abutres desempenham um papel importante na manutenção da saúde dos ecossistemas, comendo carcaças, mas estão ameaçados pela perda de habitat e envenenamento.
2) Protetores solares podem matar plâncton quando ingredientes como dióxido de titânio reagem com a luz do sol, formando compostos tóxicos e prejudicando a cadeia alimentar marinha.
3) São necessários novos modelos rurais e urbanos sustentáveis que minimizem o impacto ambiental da produção
A Abolicao do Trabalho-por Bob Black.pdfJoão Soares
No artigo intitulado “The Original Affluent Society” (Idade da Pedra, Sociedade da Abundância), o antropólogo Marshall Sahlins ao estudar os colectores de caça fez explodir o mito Hobbesiano. Os colectores de caça trabalham muito menos do que nós. Além disso, é difícil distinguir esse trabalho daquilo que nós consideramos hoje como divertimento. Sahlins diz que o “trabalho” dos caçadores e colectores em busca de alimento é intermitente e melhor do que o trabalho permanente. O descanso é abundante. Ao contrário da maioria de nós, dormem durante o dia. O trabalho que fazem — trabalham uma média de 4 horas por dia e supondo que aquilo que fazem é aos nossos olhos trabalho —, são esforços que parecem ser efectuados com habilidade e que provocam a evolução da capacidade física e intelectual. O trabalho indiferenciado em grande escala, como disse Sahlins, é impossível. Este tipo de trabalho (como modernamente também se designa, não qualificado), só se tomou possível com a industrialização.
The Open Society and Its Enemies- K. PopperJoão Soares
Written in political exile in New Zealand during the Second World War and published in two volumes in 1945, The Open Society and its Enemies was hailed by Bertrand Russell as a 'vigorous and profound defence of democracy'. This legendary attack on the philosophies of Plato, Hegel and Marx prophesied the collapse of communism in Eastern Europe and exposed the fatal flaws of socially engineered political systems. It remains highly readable, erudite and lucid and as essential reading today as on publication in 1945. It is available here in a special centenary single-volume edition.
DANÇAR O ZEN: APRENDIZADO E POÉTICAS DE UM PROCESSOJoão Soares
O documento discute um processo criativo experimental que relaciona o zen budismo, danças brasileiras e técnicas teatrais. O processo é ilustrado pela coreografia "O Touro e o Vazio", que incorpora elementos dos ritos zen, da estética anime japonesa e danças nordestinas brasileiras. A coreografia explora como essas diferentes técnicas e aprendizados podem traduzir a história do corpo que dança em busca de um "acontecer poético".
How Google enables Big Oil’s greenwashing-Final ReportJoão Soares
For the first time, the Center for Countering Digital Hate comprehensively details how Google enables Big Oil’s greenwashing. We reveal that nearly half of the $23.7 million spent on Google search ads by oil and gas companies in the last two years have targeted search terms on environmental sustainability. The five companies studied in this report, ExxonMobil, British Petroleum (BP), Chevron, Shell, and Aramco, have polluted our search results while Google raked in their dirty money.
The Entropy Law and the Economic ProcessJoão Soares
"Every few generations a great seminal book comes along that challenges economic analysis and through its findings alters men's thinking and the course of societal change. This is such a book, yet it is more. It is a "poetic" philosophy, mathematics, and science of economics. It is the quintessence of the thought that has been focused on the economic reality. Henceforce all economists must take these conclusions into account lest their analyses and scholarship be found wanting. "The entropy of the physical universe increases constantly because there is a continuous and irrevocable qualitative degradation of order into chaos. The entropic nature of the economic process, which degrades natural resources and pollutes the environment, constitutes the present danger. The earth is entropically winding down naturally, and economic advance is accelerating the process. Man must learn to ration the meager resources he has so profligately squandered if he is to survive in the long run when the entropic degradation of the sun will be the crucial factor, "for suprising as it may seem, the entire stock of natural resources is not worth more than a few days of sunlight!" Georgescu-Rogen has written our generation's classic in the field of economics."— Library Journal
E-Livro - Elogio da Loucura, por Erasmo de RoterdãoJoão Soares
Esta célebre é incontornável obra, ainda que com mais de 500 anos, continua atual. O autor levanta o véu que cobre e tolda o olhar e humano, numa denúncia dos comportamentos sociais. É introduzida a linha do Humanismo nesta amálgama satírica.
Constituição da República Portuguesa 1976João Soares
O documento apresenta a Constituição da República Portuguesa, aprovada em 1976 após a Revolução dos Cravos. Ela estabelece Portugal como uma república democrática e socialista, comprometida com a independência nacional, os direitos humanos e a transição para o socialismo. A Constituição também define os princípios fundamentais do Estado, como a soberania popular e o Estado de Direito, assim como os direitos e deveres dos cidadãos portugueses.
War is a crime against humanity: The Story of War Resisters’ InternationalJoão Soares
This document provides a summary of the book "War is a Crime Against Humanity: The Story of War Resisters' International" by Devi Prasad. It details the history and work of the War Resisters' International organization from its founding in the 1920s through 1975. The document contains 13 chapters that describe the growth of pacifism and nonviolent movements throughout history, the founding and early work of WRI opposing World War I and conscription, and WRI's efforts to support war resisters and promote peace during and after World War II and through various 20th century conflicts. It also includes appendices with details on WRI conferences, leadership, publications, and affiliates around the world.
Extending Russia: Competing from Advantageous GroundJoão Soares
This report examines a range of possible means to extend Russia. As the 2018 National Defense Strategy recognized, the United States is currently locked in a great-power competition with Russia. This report seeks to define areas where the United States can compete to its own advantage. Drawing on quantitative and qualitative data from Western and Russian sources, this report examines Russia's economic, political, and military vulnerabilities and anxieties. It then analyzes potential policy options to exploit them — ideologically, economically, geopolitically, and militarily (including air and space, maritime, land, and multidomain options). After describing each measure, this report assesses the associated benefits, costs, and risks, as well as the likelihood that measure could be successfully implemented and actually extend Russia. Most of the steps covered in this report are in some sense escalatory, and most would likely prompt some Russian counter-escalation. Some of these policies, however, also might prompt adverse reactions from other U.S. adversaries — most notably, China — that could, in turn, stress the United States. Ultimately, this report concludes that the most attractive U.S. policy options to extend Russia — with the greatest benefits, highest likelihood of success, and least risk — are in the economic domain, featuring a combination of boosting U.S. energy production and sanctions, providing the latter are multilateral. In contrast, geopolitical measures to bait Russia into overextending itself and ideological measures to undermine the regime's stability carry significant risks. Finally, many military options — including force posture changes and development of new capabilities — could enhance U.S. deterrence and reassure U.S. allies, but only a few are likely to extend Russia, as Moscow is not seeking parity with the United States in most domains.
Pensar Portugal – A modernidade de um país antigoJoão Soares
Pensar Portugal – A Modernidade de um País Antigo é um livro de pequenos ensaios de ciências sociais e humanas, que apresentam e discutem assuntos e problemas relativos a Portugal. São ensaios que constituem estudos de caso, embora tenham a forma de crónicas. O ponto de vista não é propriamente filosófico, nem estético, nem político. É um exercício de compreensão do mundo contemporâneo, tendo as ciências sociais e humanas como enquadramento teórico. Estes ensaios filiam-se no reconhecimento de um pensamento da prática, e também no reconhecimento da importância do imaginário em toda a estruturação social. O livro está organizado em seis partes. Cada parte é iniciada por um capítulo teórico. A função destes capítulos é a de enquadrar, teórica e metodologicamente, os pequenos ensaios, colocadas no registo específico de cada uma das partes do livro.
Bulletin of the Atomic Scientisits 2024-Doomsday-Clock-StatementJoão Soares
The document summarizes the 2024 Doomsday Clock statement from the Bulletin of the Atomic Scientists. It finds that humanity faces an unprecedented level of danger from nuclear weapons, climate change, disruptive technologies, and other threats. The Doomsday Clock remains set at 90 seconds to midnight, the closest it has ever been to catastrophe. Key threats include an increased risk of nuclear war due to conflicts like Ukraine, an accelerating climate crisis, and dangers from emerging technologies like AI and biotechnology if left unchecked. Urgent global cooperation is needed to reduce threats and move the clock further from midnight.
The Man in The High Castle Philip K. DickJoão Soares
This document provides bibliographic and copyright information for the novel "The Man in the High Castle" by Philip K. Dick. It includes a dedication to the author's wife, acknowledgments for sources used, and the beginning of Chapter 1 which introduces the main character Mr. Robert Childan and describes his antique store in San Francisco.
o homem do castelo alto - philip k. dickJoão Soares
1) O documento apresenta uma introdução a uma nova edição do livro "O Homem do Castelo Alto" de Philip K. Dick, traduzido para português.
2) O autor revisita um texto introdutório que escreveu há 27 anos sobre a obra e pensamento de Philip K. Dick.
3) A introdução discute a vida e carreira de Philip K. Dick, sua visão do mundo, influências filosóficas e religiosas, e como isso é refletido em sua ficção científica.
Falsas catástrofes invisíveis e ameaças de destruiçãoJoão Soares
This document summarizes and critiques a news article claiming that Africa's oldest baobab trees are dying at an unprecedented rate that may be caused by climate change. The summary critiques several aspects of the original claim:
1) It is normal for older trees and species to die, yet the article provides no baseline rate of baobab mortality to say if the current rate is truly unprecedented.
2) The article only speculates that climate change "may" be the cause, providing no actual evidence of a link between climate change and baobab deaths.
3) There are no population figures for baobabs across Africa to determine mortality rates, yet the article claims the rate of death is increasing
Introdução ao pensamento feminista negroJoão Soares
O texto defende um feminismo que abarque as 99% das mulheres, especialmente as mais vulneráveis e marginalizadas, como mulheres negras, pobres, indígenas, trabalhadoras domésticas e LGBTQIA+. O feminismo proposto é anticapitalista, antirracista, ecossocialista e contra a opressão de gênero, classe e raça.
Queer Palestine and the Empire of CritiqueJoão Soares
This document provides background on the author's personal experiences coming to terms with his queer identity as a Palestinian. He describes growing up feeling different from his peers and hearing anti-gay messages. During college, he began exploring queer identities but still felt isolated due to differences in experiences. Exposure to queer communities in the US and Middle East helped his acceptance. The author's academic work has focused on critiquing universalizing of Western LGBT concepts and embracing a nuanced understanding of queer identities and experiences of Arabs. His journey highlights tensions between queer and Arab identities but also their connections within himself.
1. O manual da bolota
2015
Jorge Carecho
Escola Secundária Quinta das Palmeiras - Covilhã
Dia Mundial da Bolota
10 de Novembro
http://bologta.blogspot.com
2. O manual da bolota 2015
Índice
O manifesto da bolota 1
O manual da bolota 4
O Dia Mundial da Bolota 5
A sua origem
O blog “bologta: a bolota que tem um blog”
Comemoração do “Dia Mundial da Bolota”
Adesão ao “Dia Mundial da Bolota”
Uma iniciativa independente
A recolha das bolotas 7
Constituição de uma bolota
Época de recolha das bolotas
As bolotas que se podem recolher
Recolha da árvore ou do solo
A seleção das árvores 8
Escolha as espécies autóctones
Cuidado com as espécies exóticas
Idade e saúde dos carvalhos
Carvalhos autóctones
A seleção das bolotas 14
Seleção em casa ou no laboratório
Para “matar o bicho”
Secagem
A sementeira de bolotas 15
Tipo de solo
Profundidade de sementeira
Modalidades de sementeira
Sementeira após a selecção
Semear no campo
Semear em viveiro
Semear em vasos
Localização do “bolotário” ou do viveiro
A rega das bolotas 19
Hidratação do embrião
Frequência e cuidados na rega
Os pequenos carvalhos 20
Época de germinação
Ervas daninhas
Rega
Rega durante o verão
Época e local de plantação
Plantação definitiva
Semear bolotas ou plantar carvalhitos?
Extração das árvores de um viveiro
Árvores e arbustos
Bichos… e outros percalços 25
Aprender com a experiência
Lagartas
A espera
10/11/2015 dia mundial da bolota http://bologta.blogspot.com
3. O manual da bolota 2015
O “manifesto” da bolota
E se por alguma razão, após a expansão marítima dos povos europeus nos séculos XIV e XV, a população
mundial tivesse sofrido um aumento exponencial? Certamente que a utilização de recursos naturais durante esse
período teria sido muito mais intensa. E se na época renascentista as civilizações ocidentais tivessem as
tecnologias de hoje? Provavelmente teriam utilizado em larga escala os jazigos minerais e petrolíferos, e teriam
consumido muitos mais recursos hídricos e biológicos de modo a suportar uma população em rápido
crescimento. E sendo seres humanos como nós, talvez apenas quando a escassez desses recursos se
repercutisse na população, sobretudo nas classes mais influentes e com maior capacidade económica,
começassem a tomar sérias medidas de gestão e conservação. Mas, talvez já fosse tarde de mais. Felizmente, e
porque não ocorreu nenhum aumento populacional significativo como o que se observa hoje, não foi exatamente
isso que sucedeu.
Mas, e se tivesse acontecido? Que recursos teriam sobrado? Todas as civilizações edificaram-se e
desenvolveram-se com recursos naturais. Sem eles, as civilizações regridem, desaparecem, guerreiam-se entre
si para se apoderarem do pouco que ainda está disponível. O que teria chegado até hoje? Será que no século
XXI existiria alguma verdadeira civilização? Seres humanos haveria certamente, mas as civilizações só se
constroem com recursos naturais. Se os nossos antepassados tivessem esgotados as matérias-primas e
ecossistemas de que agora dependemos, o que teria sobrado para nós? Certamente muito pouco, assim como
muito pouco haveria da nossa civilização e do nosso modo de vida atual. E não tenhamos a ilusão de que
alguma tecnologia nos valeria. Todas as tecnologias que dispomos só são possíveis pois usamos recursos
naturais para as construir e por a funcionar. E como será daqui alguns séculos? Como serão as civilizações?
Que recursos lhes vamos deixar? E quais lhes queremos deixar? Como seremos lembrados pela História? A
civilização do salto tecnológico ou a responsável pelo declínio civilizacional? Também só haverá História se
houver civilização. Uma coisa é certa, um futuro com milhares de milhões de seres humanos, tal como hoje
acontece, só ocorrerá se lhes deixarmos recursos, ou então a Terra transformar-se-á numa espécie de Ilha da
Páscoa a girar em torno do Sol, e nós as suas gigantes cabeças!
O ser humano sempre necessitou dos recursos naturais para a sua sobrevivência. Ainda hoje, a nossa
dependência é total. A água e o oxigénio, os alimentos e medicamentos, as fontes de energia e as matérias-
primas que possibilitam o nosso estilo de vida moderno provêm todos eles, sem exceção, da Natureza. E assim
foi ao longo de toda a nossa História.
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4. O manual da bolota 2015
Apesar da vastidão do nosso planeta, apenas parte é habitável. Necessitamos de terra firme e de temperaturas
não demasiadamente extremas para podermos estabelecer populações em larga escala. Sendo o Homem o
único animal que consegue viver em todos os biomas, apenas em alguns locais se edificaram verdadeiras
civilizações e ocorreu um profundo aumento populacional. Curiosamente (ou não), quase todas emergiram em
áreas semelhantes, desenvolvendo-se onde haviam bosques e florestas.
Observando a distribuição atual da população humana, as grandes concentrações ocorrem na Índia e sudeste
asiático, nas zonas tropicais da África e América, na Europa e restante região mediterrânea e em algumas
regiões do continente norte-americano. Quando cruzamos estes dados com um qualquer mapa dos principais
biomas, a distribuição parece tirada a “papel-químico” com a das florestas tropicais, das florestas de caducifólias
e do bosque mediterrâneo. Onde há árvores, ou melhor, onde havia, e temperaturas não demasiadamente
baixas, é onde se encontram os grandes aglomerados humanos.
Para compreendermos melhor esta relação, talvez seja necessário pensarmos naquilo que uma população
humana precisa para sobreviver e se expandir: água, alimento, abrigo, combustível, medicamentos e algumas
matérias-primas. Tudo isto pode ser retirado das árvores? A resposta é sim! Mas a floresta proporciona-nos
muito mais recursos que aqueles que se obtêm diretamente das árvores. Elas são o suporte da biodiversidade.
Delas dependem muitos animais, plantas, fungos, protistas e bactérias que o Homem utiliza diariamente. São
também as florestas que proporcionaram muito do atual solo agrícola e permitem uma maior fiabilidade e
previsibilidade dos ciclos hidrológicos, fundamentais para o estabelecimento e crescimento de qualquer
comunidade. Em suma, foi nestes bosques e florestas que o Homem encontrou os recursos necessários à sua
sobrevivência. O reverso da medalha foi a drástica redução e fragmentação destes biomas.
Atualmente, a destruição das florestas tropicais encontra-se a um ritmo avassalador, com consequências
dramáticas sobejamente conhecidas. Por estranho que nos possa parecer, fenómeno semelhante ocorreu na
Europa central e do sul, e ao longo da parte meridional da América do Norte. As civilizações ocidentais, onde se
encontram os países mais ricos e desenvolvidos, edificaram-se em zonas outrora ocupadas por florestas em que
a maioria das espécies se reproduzia a partir da germinação de uma semente muito particular, a bolota. Estes
carvalhais, quer fossem de folha caduca ou persistente, atingissem porte arbóreo acentuado ou não
ultrapassassem o tamanho de um arbusto, dominavam a maioria destas regiões. E hoje, o que sobrou desses
ecossistemas? Apesar da velocidade da regressão destes biomas não ser comparável ao ritmo da
desflorestação observada nos trópicos, a redução total de área dos bosques e florestas das regiões temperadas
é muito, mas mesmo muito superior ao ponto de que os poucos carvalhais existentes não serem ecossistemas
naturais, pois de alguma forma já sofreram intervenção do Homem.
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5. O manual da bolota 2015
A interferência humana nos carvalhais primitivos já ocorreu, e este facto é irreversível. Mas não se pense que a
ocupação antrópica é necessariamente um fator negativo para os ecossistemas. Os montados, onde o sobreiro e
a azinheira dominam, são um dos melhores exemplos em que árvores, sustentabilidade ambiental e atividades
humanas se conjugam quase na perfeição. No entanto, a inexistência de carvalhais naturais não deixa de ser
revelador da extensão da intervenção humana. Do mesmo modo, também só o Homem poderá inverter, ou pelo
menos, compensar parcialmente o seu impacto na Natureza e permitir que os carvalhais autóctones recuperem
um pouco da sua extensão original. Os benefícios diretos no ambiente, tais como o aumento da biodiversidade,
melhores recursos hídricos, a recuperação dos solos, a diminuição do aquecimento global, da poluição
atmosférica e do risco de incêndio são algumas consequências diretas extremamente benéficas para nós. Basta
apenas que cresçam mais carvalhos.
Todos os carvalhos se desenvolvem a partir de uma bolota. É da germinação de muitas destas sementes que se
formam os carvalhais. Se queremos participar na conservação da Natureza, necessitamos de recuperá-los.
Basta para isso semearmos bolotas. Simples, não é? Bastaria apenas um dia por ano em que recolhêssemos e
semeássemos bolotas de espécies autóctones, diretamente no campo, ou as levássemos para casa e as
colocássemos em vasos. No ano seguinte teríamos carvalhos para plantar.
Os diferentes biomas que constituem a biosfera encontram-se interligados e interdependentes. A melhoria num
dos seus componentes tem efeitos positivos e multiplicativos em todos os outros. O inverso também acontece.
Apesar da grande capacidade regenerativa da Natureza, os equilíbrios naturais globais encontram-se
interligados, de um modo que a ciência ainda não conseguiu desvendar a sua total complexidade. Os carvalhos
não existem em todos os continentes. Apenas no hemisfério norte, essencialmente em regiões temperadas e
mediterrâneas, é que ocorrem naturalmente as plantas do género Quercus sp. Contudo, uma parte significativa
da população mundial vive nestes locais. Para muitos, é aí que nós vivemos, e é aí que a nossa ação pode ser
decisiva e é aí que podemos fazer algo para nós, por nós e pelos nossos, os de hoje e os de amanhã. E quase
que basta apenas um dia. Um dia em que a nossa insignificante ação local, na força que a união faz, seja um dia
verdadeiramente mundial. Esse dia pode ser qualquer um… mas também pode ter data marcada. Vamos fazer
do dia 10 de novembro um dia de contributo para o nosso mundo. Vamos transformá-lo no Dia Mundial da
Bolota.
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6. O manual da bolota 2015
O manual da bolota
Pensar global, agir local…
Sustentabilidade ambiental…
Captura de carbono…
Defesa da floresta autóctone…
Protecção da Natureza…
Educação ambiental…
Como abordar estas preocupações ambientais individualmente, numa
escola ou noutra organização? Que actividades podem mobilizar uma
comunidade e contribuir para uma efectiva mudança local?
Este manual pretende ser um auxiliar para todos que queiram realizar
actividades de conservação da Natureza que fomentem, efectivamente,
uma nova atitude relativamente ao nosso património natural.
A primeira edição foi concebida com base na nossa experiência assim
como numa aprofundada pesquisa bibliográfica. Optámos por elaborar
um manual sucinto e de fácil consulta, ao invés de um trabalho mais
extenso sobre carvalhos e bolotas e a sua propagação. A edição de
2015, tal como sucedeu com as edições de 2012, 2013 e 2014, surge
com ligeiras modificações relativamente à original (2011).
O manual da bolota 2015 está longe de estar completo. Deverá servir
para uma primeira implementação deste tipo de actividades. O local
onde vivemos e as espécies que utilizamos obrigam-nos a adoptar
técnicas e processos específicos. Nesta aprendizagem surgem novas
soluções que, com a vossa colaboração, constarão certamente no
manual da bolota 2016.
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7. O manual da bolota 2015
O Dia Mundial da bolota
10 de Novembro.
Em 2015 vamos comemorar o 7º Dia Mundial da Bolota.
A sua origem
Sem a influência do Homem, grande parte do nosso país seria um
enorme carvalhal. Quando o percorremos, de norte para sul ou do litoral
para o interior, observamos, com enorme preocupação, que na maioria
do território pouco ou nada existe destas florestas autóctones.
Foi com esta preocupação que iniciámos uma série de actividades de
recuperação ambiental.
O Dia Mundial da Bolota, oficialmente, ainda não existe. Este nome
arrojado surgiu para chamar a atenção para este problema, sendo um
pretexto para a união de esforços no sentido da preservação e
recuperação da Natureza e educação ambiental.
Comemorámos, em 2009, na Escola Secundária Quinta das Palmeiras,
na cidade da Covilhã, o 1º Dia Mundial da Bolota. E ainda não
conseguimos parar!
O blog “bologta: a bolota que tem um blog”
Este blog funciona como um ponto de encontro através do qual se
divulgam as actividades realizadas e a realizar, partilham informações da
nossa flora e trocam experiências sobre a germinação e propagação de
bolotas e carvalhos, encontrando-se disponível para todas as pessoas.
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8. O manual da bolota 2015
Comemoração do “Dia Mundial da Bolota”
Durante este dia distribuímos uns pacotinhos com bolotas de carvalhos
autóctones de Portugal aos alunos, funcionários e professores da nossa
escola.
Estes pacotinhos de papel, com cerca de 5 a 10 bolotas, contêm
impressas instruções para a sementeira e germinação destas sementes.
A sementeira pode ser realizada no campo ou em casa, em pequenos
vasos, envolvendo, preferencialmente, todas as pessoas lá de casa.
Assim, no ano seguinte, todos terão pequenos carvalhos para plantar.
Mas este dia pode ser comemorado de qualquer outra forma (ou mesmo
noutra data). O importante é que façamos algo que contribua para a
protecção e requalificação da nossa floresta autóctone.
Adesão ao “Dia Mundial da Bolota”
Um movimento conjunto é mais forte e abrangente do que uma iniciativa
individual. Só assim faz sentido aderir “oficialmente” ao Dia Mundial da
Bolota.
Para participar basta que nos contactem, com alguma antecedência,
para o seguinte e-mail: bologta@gmail.com. Contactá-los-emos logo de
seguida.
Sigam-nos também em http://bologta.blogspot.com.
Uma iniciativa independente
O Dia Mundial da Bolota é uma criação do autor deste manual, tendo
surgido em 2009 na Escola Secundária Quinta das Palmeiras (Covilhã).
É uma iniciativa inteiramente independente que não movimenta qualquer
quantia monetária, encargo ou obrigatoriedade de fidelização. O tipo de
actividades a implementar fica ao critério dos aderentes, podendo eles
próprios criar novas ideias e estratégias que enriqueçam este dia.
Pedimos apenas que partilhem connosco o que fizeram para que esta
iniciativa tome, de ano para ano, uma maior expressão e relevância.
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9. O manual da bolota 2015
A recolha das bolotas
Constituição de uma bolota
A bolota é o fruto dos carvalhos (Quercus sp.). A parte superior chama-
se cúpula que rodeia, parcialmente, uma única semente - um aquénio.
Época de recolha das bolotas
A melhor época para a sua recolha é a partir de meados de Setembro
até meados de Novembro, altura em que os carvalhos se encontram em
plena produção de bolotas, as quais apresentam um tom acastanhado
quando maduras.
As bolotas que se podem recolher
Recolha apenas bolotas maduras, mas seja um pouco selectivo. As
melhores são as que apresentam um aspecto saudável, com bom calibre
e sem sinais de “bicho” ou fungos. Bolotas demasiadamente escuras ou
leves, quando comparadas com outras da mesma espécie, devem ser
evitadas. Mas não seja cuidadoso em demasia. Nesta fase, privilegie o
número relativamente à qualidade. Em casa ou no laboratório poderá
proceder a uma seleção mais rigorosa (ver “Selecção das bolotas”).
Recolha da árvore ou do solo
As bolotas não têm que ser recolhidas directamente da árvore, apesar
destas, quando maduras, serem as mais indicadas. Se assim fosse,
muitas seriam colhidas imaturas e a quantidade seria muito escassa,
pois as árvores mais produtivas são bastante altas. Pode recolhê-las
directamente do chão, desde que não tenham caído há demasiado
tempo - após uma noite ventosa encontram-se muitas acabadas de cair.
Nesta fase, não perca tempo a separar o aquénio da cúpula. Deixe isso
para mais tarde. Se recolher bolotas de várias espécies, a cúpula poderá
ser a única forma de as diferenciar.
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10. A seleção das árvores
Escolha as espécies autóctones
A melhor forma de selecionar a(s) espécie(s) a semear é pela
observação local. Os carvalhos que encontramos serão, por princípio,
característicos da região. São eles que nos fornecem facilmente as
bolotas para semear e estão, por selecção natural, melhor “adaptados”
às condições ambientais desse meio.
Para a implementação de plantações com interesse económico de
algumas espécies de carvalhos (Quercus sp.) existe atualmente a
necessidade de se utilizarem sementes certificadas, de acordo com a
legislação em vigor (Decreto-Lei n.º 205/2003, de 12 de setembro).
Cuidado com as espécies exóticas
Em alguns locais existem plantações de espécies introduzidas (ex:
Quercus rubra – carvalho-americano, entre outros) que, por serem
exóticas, interferem negativamente nos ecossistemas nacionais. Estas
espécies não deverão ser utilizadas.
A identificação de alguns carvalhos em jardins e viveiros comerciais nem
sempre é a mais correta. Tenha atenção às características de cada
espécie. Se necessário recorra a bibliografia especializada
(recomendamos a consulta da Flora Ibérica que também se encontra on-
line, ou o portal flora-on.pt; ambos podem ser acedidos através a partir
do nosso blog).
Idade e saúde dos carvalhos
Prefira sementes de árvores não muito jovens nem demasiado velhas.
Não apanhe bolotas de árvores doentes. Se possível, recolha-as de
várias árvores, pois a variabilidade genética será maior.
O manual da bolota 2015
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11. Distribuição dos carvalhos autóctones portugueses
Minho
Douro
Litoral
Trás-os-Montes
Beira
Litoral
Beira
alta
Beira
baixa
Estremadura
Ribatejo
Alto
Alentejo
Baixo
Alentejo
Algarve
Q. coccifera X X X X X X X X X
Q. ilex subsp. ballota X X X X X X X X X X
Q. suber X X X X X X X X X X X
Q. robur X X X X X X X
Q. pyrenaica X X X X X X X X X
Q. canariensis X
Q. faginea subsp. faginea X X X
Q. faginea subsp. broteroi X X X X X X
Q. lusitanica X X X X X X X
O manual da bolota 2015
Carvalhos autóctones
Espécies de carvalhos autóctones de Portugal* continental:
- Quercus coccifera (carrasco)
- Quercus suber (sobreiro)
- Quercus ilex (azinheira)
- Quercus canariensis (carvalho-de-monchique)
- Quercus robur (carvalho-alvarinho)
- Quercus pyrenaica (carvalho-negral)
- Quercus faginea (carvalho-cerquinho)
-Quercus lusitanica (carvalhiça)
* Esta lista está de acordo com “Flora ibérica”. No entanto, para Q. coccifera tem sido
sugerido a existência de 2 subespécies – ssp. coccifera e ssp. rivasmartinezii
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12. No mapa seguinte encontram-se as zonas de predomínio das espécies
arbóreas mais significativas em Portugal continental.
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Nos mapas seguintes pode observar-se a distribuição das espécies de
carvalhos autóctones de Portugal.
Carrasco (Quercus coccifera)
(Bolos, O. ;Vigo , J. 2001)
Azinheira (Quercus ilex )
(http://figshare.com)
Sobreiro (Quercus suber)
(http://www.euforgen.org)
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Carvalho-de-monchique (Quercus canariensis)
Também ocorre no NW África
(Acedo, C. 2004)
Carvalho-alvarinho (Quercus robur )
(http://www.euforgen.org)
Carvalho-negral (Quercus pyrenaica )
Também ocorre no W e SW
de França e Marrocos
(Acedo, C. 2004)
Carvalhiça (Quercus lusitanica)
Também ocorre em Marrocos
(Acedo, C. 2004)
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Pedamarro (Quercus faginea subsp. faginea)
(Acedo, C. 2004)
Carvalho-cerquinho (Quercus faginea subsp. broteroi)
Também ocorre na Mauritânia
(Acedo, C. 2004)
No mapa seguinte encontram-se assinalada a distribuição natural das
espécies pertencentes à família das fagáceas (Fagaceae) - carvalhos,
castanheiros, faias (entre outros).
www.mobot.org
16. A seleção das bolotas
A recolha de bolotas no campo nunca é muito seletiva. É preferível
apanhar uma grande quantidade do que sermos muito seletivos e no
final do dia chegarmos a casa “de mãos a abanar”.
Seleção em casa ou no laboratório
Separe a cúpula do aquénio. Para elegermos as boas sementes
devemos colocá-las num recipiente com água. As boas bolotas são
como os ovos… ficam no fundo. As que flutuam já não estão em
condições.
Selecione as que ficaram no fundo. Verifique-as novamente eliminando
aquelas que apresentam buracos ou fungos (após este procedimento
poderá passar directamente para a fase de secagem).
Para “matar o bicho”
Neste momento já tem bolotas muito boas! No entanto, ainda poderá
melhorar a sua qualidade. Mesmo que não sejam observáveis buracos,
algumas ainda estão infectadas com insectos que as utilizam como
alimento. A sua eliminação é muito simples e não requer qualquer
tratamento químico. Coloque-as cerca de 2 horas em água a 42ºC.
Lembre-se que quando as colocar nesta água morna a temperatura
diminui. Reaqueça-a e inicie a contagem das 2 horas quando a água
atingir novamente os 42ºC. Este procedimento não deverá provocar
qualquer dano na bolota. No entanto, em algumas espécies, este
tratamento térmico pode originar uma germinação mais precoce.
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17. Secagem
Espalhe as sementes de modo a que percam o excesso de água do seu
exterior. Pode limpá-las com um pano, mas evite a sua exposição ao sol.
Tenha atenção que esta secagem deve ser muito ligeira. Este
procedimento, a ser realizado, deve ser efetuado de modo a não
provocar qualquer desidratação no interior das bolotas, servindo apenas
para que estas não ganhem fungos enquanto não são semeadas ou
para que possam ser colocadas em pacotinhos de papel para serem
distribuídas.
A sementeira das bolotas
Tipo de solo
Observe o tipo de solo em que os carvalhos de onde recolheu as bolotas
vivem. A menos que note sinais de subdesenvolvimento, esse tipo de
substrato será indicado. Os nossos carvalhos autóctones são, de um
modo geral, pouco exigentes relativamente à constituição do solo. Com
excepção do sobreiro, carvalho-alvarinho, carvalho-negral e carvalho-de-
monchique que não toleram terrenos calcários, mesmo em solos
esqueléticos algumas espécies sobrevivem.
Para a sementeira em vaso/viveiro não é necessário comprar terra de
jardim (mas é aconselhável). Desde que o solo não seja muito compacto
e argiloso (neste caso poderá misturá-lo com alguma matéria orgânica)
ou demasiado pedregoso e que não retenha água, quase todos os tipos
se adequam. Claro que quanto melhor for o substrato maior será o
sucesso da germinação e do desenvolvimento das jovens árvores, mas
não se esqueça que existem muitos outros factores. O teor de humidade
no interior da semente é absolutamente essencial – um bom solo sem
pequenas regas frequentes será uma desilusão.
O manual da bolota 2015
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18. Profundidade de sementeira
As bolotas devem ser semeadas horizontalmente, sem a cúpula, a uma
profundidade 1 a 2 vezes o seu comprimento, consoante o local onde se
efetua.
Modalidades de sementeira
Recomendamos sempre a sementeira no outono. Para semear na
primavera é necessário acondicionar adequadamente as sementes, o
que no caso das bolotas nem sempre é fácil.
Sugerimos quatro modalidades: recolha e sementeira imediata; seleção
para semear no campo; seleção para semear em viveiro; e seleção para
semear em vasos.
Sementeira após a seleção
O ideal é semear as bolotas o mais rapidamente possível. Contudo,
podem ser acondicionadas no frigorífico, num recipiente que permita que
“respirem”, para serem semeadas até algumas (poucas) semanas após
a colheita. No entanto, devem ser sempre asseguradas condições que
mantenham o embrião - no interior da bolota - com humidade adequada.
Se o embrião desidratar não germinará.
Semear no campo
As bolotas semeadas no campo ficam sujeitas à predação por aves e
mamíferos. Convém, neste caso, colocar 3 bolotas (sem cúpula) em
cada cova, a uma profundidade de 2 a 3 vezes o comprimento da
semente, e depois de cobertas com terra, calcar o solo que as cobre.
Deste modo ficarão menos acessíveis aos predadores e, caso sejam
descobertas, talvez alguma do trio escape.
Tenha atenção ao tipo de solo, orientação das encostas, disponibilidade
de luz e água no local. Se possível, semeie as bolotas num local que
replique as condições que existiam no bosque onde as recolheu. Cada
espécie de carvalho ocupa um nicho ecológico próprio.
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19. De um modo geral, evite locais demasiado expostos à luz ou com
demasiada sombra, locais muito encharcados ou encharcáveis assim
como muito secos. Atente à existência de outras árvores que retirem luz
ou que, tal como o eucalipto, a acácia (mimosa) ou o carvalho-
americano, não permitem o desenvolvimento de outras plantas.
Por fim, analise a zona de sementeira com a seguinte perspectiva – se
considerar que será sujeita a agressões tais como o pastoreio, limpeza
de mato, entre outros, não avance com a tarefa, pois os pequenos
carvalhos que irão germinar serão destruídos antes de apresentarem um
porte arbóreo. Se possível, contacte uma entidade pública (câmara
municipal, junta de freguesia, parque natural, entre outros) ou um
particular que possua um terreno e que esteja interessado na
preservação ambiental.
Semear em viveiro
Se semear no chão num local protegido – viveiro – abra covas em fileira,
colocando uma bolota por cova, de profundidade 1 a 2 vezes o seu
comprimento. Mantenha algum espaço entre elas de modo a que
quando se obtiverem pequenas árvores estas possam ser retiradas com
a raiz, individualmente, sem interferirem com as outras (espaçadas, no
mínimo, 15cm entre si).
Convém calcar o solo e no inverno cobrir o local com folhas ou palha
para as proteger da geada.
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20. Semear em vasos
A sementeira em vasos permite a germinação das bolotas em qualquer
casa. As pequenas plantas crescem e desenvolvem-se junto a nós, o
que para muitas pessoas é motivador.
Os vasos poderão ser qualquer tipo de recipiente. Uma garrafa de
plástico, um pacote de leite ou um garrafão de água servem
perfeitamente. Convém abrir-se um furo na parte inferior para escoar o
excesso de água e colocar estes recipientes numa espécie de tabuleiro
estanque que funcione como coletor do excesso de água. O furo permite
igualmente que a raiz não se enrole no fundo do recipiente. Ao ser
exposta ao ar, essa porção morrerá, mas a que se encontra na terra
sobrevive e mantém-se mais saudável.
As garrafas de plástico de são muito fáceis de obter. Deste modo faz-se
a reutilização de um resíduo, juntando-se facilmente uma grande
quantidade de recipientes. Apesar destes aspetos muito práticos,
registamos algumas limitações na sua utilização. Este tipo de recipiente
deixa passar a luz, podendo provocar um aquecimento adicional no solo
durante o verão, o que pode prejudicar as raízes. Este inconveniente
pode ser diminuído se na época estival forem revestidos com algum tipo
de material opaco.
O volume de solo que estes recipientes podem conter é, para a maioria
das espécies, suficiente para a germinação das bolotas. No entanto,
quanto maior for o volume de solo maior é o sucesso na germinação e
desenvolvimento dos pequenos carvalhos. A reutilização de garrafões de
plástico de 5L - outro resíduo fácil de obter - proporciona um meio mais
estável, com maior capacidade de retenção de água e disponibilidade de
nutrientes para as pequenas árvores, mas também apresenta algumas
limitações. Para uma mesma quantidade de bolotas será necessário
assegurar um maior fornecimento de solo e, futuramente, o transporte
para o local definitivo de plantação não será tão prático. Será tudo uma
questão de quantidade vesus qualidade.
O manual da bolota 2015
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21. A sementeira em vasos tem ainda a vantagem de na altura da plantação
as pequenas árvores estarem aptas a serem transportadas. Acresce que
estes recipientes podem ser mudados de lugar em qualquer altura, o que
pode ser necessário na eventualidade do local escolhido inicialmente
não se demonstrar o mais adequado.
Nesta modalidade, enche-se cada recipiente com terra até cerca de 5cm
do topo, coloca-se 1 bolota, e tapa-se com terra o equivalente ao
comprimento da semente. Junte os diversos recipientes num mesmo
local – o “bolotário”.
Localização do “bolotário” ou do viveiro
O local do viveiro ou onde se colocam os vasos deverá ter exposição
solar, sem ser excessiva (evitar a exposição a sul), assim como estar
protegido contra os ventos dominantes e animais que possam alimentar-
se das bolotas ou dos pequenos carvalhos.
A rega das bolotas
Hidratação do embrião
Se a sementeira tiver sido efectuada no campo, a água da chuva será a
forma natural das sementes permanecerem hidratadas. No entanto, se
as semeou num local próximo de si (ex. no seu jardim) poderá regá-las
com regularidade.
Se a sementeira for em vasos ou mesmo em viveiro, a rega é
absolutamente essencial. Não é necessário encharcar as sementes.
Este tratamento não implica a sua germinação mais rápida mas é
fundamental para manter alguma (e não demasiada) humidade no solo,
o que mantém o conteúdo hídrico da semente. Sem água no seu interior
a bolota não se conserva e, chegada a primavera, não germinará.
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22. Frequência e cuidados na rega
A frequência deste procedimento deve adequar-se às condições do meio
– localização, época do ano, permeabilidade do terreno, etc. Importa
manter o solo sempre húmido mas não encharcado.
A colocação da água, que não deverá ser calcária, deve ser cuidadosa
para evitar o arrastamento da terra. Regue, de preferência, de manhã ou
ao final da tarde.
Os pequenos carvalhos
Época de germinação
Após a dormência durante o inverno, grande parte das bolotas
germinarão. Algumas começam a exibir o caulículo (parte aérea) logo no
início de fevereiro ou mesmo antes, outras dão sinal de vida apenas em
finais de junho. Convém esclarecer que quando a parte aérea se torna
visível, a germinação se iniciou semanas antes, mas não é visível, pois a
primeira estrutura a surgir é a radícula que se desenvolve para o interior
do solo.
Ervas daninhas
Surgirão, certamente, outras plantas nos vasos ou no viveiro. Convém
que sejam retiradas manualmente (monda manual). No entanto, se ainda
não estiver familiarizado com o aspecto de um pequeno carvalho
“recém-nascido”, não realize esta ação sob pena de o destruir. Espere
que alguns carvalhos despontem. Poderá confirmar que o aspeto das
suas folhas e a sua maior consistência os distinguem das herbáceas que
aí se desenvolveram. Proceda então à monda.
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23. Rega
Mantenha o solo húmido mas não encharcado. A frequência desta ação
varia consoante as condições ambientais e a espécie em causa. Não
espere que as pequenas plantas apresentem sinais de secura. No
entanto, a rega excessiva também desidrata as plantas.
Rega durante o verão
O período estival é o mais complicado para qualquer árvore,
especialmente quando jovem. A temperatura elevada, o elevado número
de horas de luz natural (fotoperíodo), a intensidade luminosa acentuada
e a ausência de precipitação sujeitam-nas a um grande stress hídrico.
Os carvalhos envasados possuem pouco solo a envolver a raiz, havendo
menor disponibilidade de água e um maior sobreaquecimento da parte
subterrânea. Nesta época a água nunca é demais. Os vasos devem ser
colocados à sombra, num local fresco, de modo a diminuir a evaporação
da pouca água disponível. Por baixo dos vasos poderão ser colocados
recipientes com água, funcionando como reservatório que ameniza a
temperatura e aumenta a humidade (uma espécie de “banho-maria”).
Para carvalhos já plantados, em viveiro ou em local definitivo, a sombra
pode ser assegurada pelas ervas que crescem em redor. Como a raiz
dos carvalhos é muito profunda, ao contrário do que acontece com a
maioria das herbáceas, não haverá competição por água. É importante
que durante a plantação se faça uma pequena depressão no local onde
se coloca a árvore, servindo de coletor natural da pouca precipitação
que vai surgindo. A instalação de um sistema de rega “gota-a-gota” não
nos parece muito indicado. Devido à profundidade atingida pela raiz dos
carvalhos, as pequenas gotas dificilmente formam uma coluna de água
que chegue à maioria da raiz, perdendo-se água por evaporação e para
outras plantas de raízes mais superficiais. É mais vantajoso uma rega
com um volume grande de líquido que pela pressão criada pelo seu
próprio peso, atinja maior profundidade.
As regas devem ser efetuadas quando o solo apresenta baixa
temperatura, ou seja, durante a noite ou de manhã.
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24. Época e local de plantação
Com este procedimento, os seus pequenos carvalhos serão
definitivamente colocados na Natureza. A escolha do local é fundamental
para o futuro desenvolvimento das árvores (reveja o item “Semear no
campo”).
Muitas escolas e instituições plantam simbolicamente uma árvore no
“Dia da árvore” que corresponde ao início da primavera. Curiosamente,
para os tipos climatéricos existentes em Portugal continental, não é uma
data aconselhável. O final do outono e o início do inverno são as
melhores épocas. Se possível, para as espécies de folha caduca ou
marcescente (folha que seca sem se desprender da árvore), plante as
pequenas árvores após a queda das folhas (ou após secarem, nas
espécies marcescentes).
Plantação definitiva
Na véspera regue os carvalhos que vai plantar. A plantação definitiva
implica traumatismos na raiz. De modo a diminuir o impacto neste órgão,
a planta deve ser retirada do vaso (ou do solo – veja “Extração das
árvores de um viveiro”) com muito cuidado e plantada juntamente com o
torrão de terra que a envolve.
Abra uma cova um pouco mais profunda do que o torrão de terra que
envolve a raiz. Coloque um pouco do solo superficial no fundo da cova.
Insira a raiz de modo a que o início da parte aérea da planta fique
ligeiramente abaixo da superfície. Calque a terra para que a planta não
possa ser arrancada. Se possível, regue novamente os carvalhos.
Semear bolotas ou plantar carvalhitos?
A sementeira em vasos permite-nos seguir o processo de germinação
das bolotas e o desenvolvimento dos carvalhitos. O desenvolvimento
inicial nestes recipiente confere alguma proteção às jovens plantas
contra condições meteorológicas e climáticas desfavoráveis, para além
de proteger da ação de alguns predadores, tais como o javali.
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25. Dá-nos também a certeza e a satisfação, na altura de plantar, que já
temos árvores num determinado local.
Semear as bolotas diretamente no campo não permite seguir o
crescimento nem cuidar das pequenas árvores. No entanto, também não
teremos o trabalho de cuidar e transplantar, como acontece quando
recorremos ao viveiro. E é muito mais fácil semear várias centenas de
bolotas do que plantar algumas dezenas de carvalhos.
De um modo geral, as árvores que se desenvolvem a partir de sementes
colocadas diretamente no solo tende a crescer melhor e mais depressa
devido, possivelmente, a um melhor desenvolvimento radicular.
A sementeira direta permite um crescimento da raiz sem
constrangimentos. Nos carvalhos, árvores de raiz muito profunda, ainda
antes de se observar qualquer parte aérea já a raiz poderá ter vários
dezenas de centímetros de comprimento.
Enquanto houver reservas nutritivas na semente, a raiz poderá atingir
zonas mais profundas em busca de água e nutrientes inorgânicos,
assegurando um crescimento mais rápido.
Também em épocas desfavoráveis, como a maior parte da biomassa da
árvore se encontra profundamente no solo, as condições adversas
superficiais não influenciarão tanto a raiz que se encontra num meio
mais estável.
Acresce ainda que o transplante de árvores, por mais cuidadoso que
seja efetuado, provoca sempre danos nas raízes, o que retarda o
crescimento da planta.
O estabelecimento de associações simbióticas com outros seres vivos -
nomeadamente a formação de micorrizas (associações entre as raízes e
micélios de fungos existentes no solo) serão mais facilmente
estabelecidas com árvores que resultaram da germinação direta de
sementes na Natureza.
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26. Extração das árvores de um viveiro
É um procedimento invasivo que deve ser feito com muito cuidado. Insira
uma pá obliquamente de modo a retirar a raiz. Para atenuar os efeitos
de uma manipulação inexperiente, aconselhamos que não separe a raiz
do torrão de terra que a envolve. A porção a retirar deverá ter o dobro ou
o triplo de comprimento da parte aérea. Coloque num saco ou recipiente,
mantendo a planta vertical e assegurando que a raiz não desidrata. Este
processo requer que a árvore passe para o local da plantação definitiva
o mais brevemente possível.
Os carvalhos são árvores de raiz profunda, devendo este facto ser
tomado em conta durante a retirada da pequena árvore do viveiro
(repicagem). De modo a diminuir os danos provocados na raiz durante
este processo, devem ser regados abundantemente antes da repicagem.
Árvores e arbustos
Ao longo deste manual tratámos os nossos carvalhos autóctones como
se todos eles fossem árvores, o que não é verdade. Sabemos que as
atividades de requalificação ambiental são mais atrativas se na nossa
mente o resultado final for uma floresta bem desenvolvida. No entanto,
alguns dos nossos carvalhos – Quercus coccifera (carrasco) e Quercus
lusitanica (carvalhiça) – que não ultrapassam geralmente o porte
arbustivo, são também elementos fundamentais dos nossos
ecossistemas e “merecem” a mesma atenção que os restantes, apesar
de nunca se tornarem tão majestosos e imponentes.
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27. O manual da bolota 2015
Bichos… e outros percalços
Aprender com a experiência
Cada bolota é um ser vivo único. Apesar dos carvalhos as produzirem
em grande quantidade, apenas uma pequena parte delas originará uma
árvore ou arbusto adulto. Não são, por isso, seres programáveis ou
obedientes às nossas ordens e desejos. Para cada uma existiria um
procedimento próprio e singular, impossível de ser totalmente conhecido.
Apesar deste manual pretender ser um auxiliar para o sucesso da sua
germinação e propagação, só com a prática se vão conseguindo, de ano
para ano, melhorar os procedimentos e adaptá-los às especificidades de
cada espécie e de cada local. Por isso, não desanime se nem tudo
correr logo como deseja. Analise o que terá feito correctamente e pense
em soluções para melhorar. O importante é nunca desistir!
Lagartas
As bolotas são os locais escolhidos por alguns insetos para que a sua
descendência se desenvolva. Por isso, quando se guardam as bolotas,
mesmo quando sujeitas a tratamento para eliminar estas “pragas”, irão
surgir “visitantes” indesejados capazes de furar papel, cartão e
recipientes de plástico, podendo aparecer em locais indesejados.
Quanto maior for o tempo entre a recolha e a sementeira, e se a
temperatura de acondicionamento for elevada, mais lagartas surgirão.
A espera
Nem todas as bolotas que semeou irão germinar, mesmo que as
condições e procedimentos tenham sido perfeitos. E cada uma
germinará ao seu ritmo.
Os carvalhos são plantas de crescimento lento. Não espere encontrar,
após poucos anos, uma floresta no local onde semeou ou plantou os
pequenos carvalhos. Vai demorar mais algum tempo… por isso mesmo,
não deixe para o ano o que pode semear no próximo Dia Mundial da
Bolota! 25
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28. O manual da bolota 2015
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Notas/observações/apontamentos
O Manual da Bolota 2015
Textos e fotografias: Jorge Carecho
Escola Secundária Quinta das Palmeiras - Covilhã
Outubro 2015