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Manual de Economia de
Energia Elétrica no Escritório
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
1
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA
Coordenadoria de Planejamento e Política Energética
Rua Bela Cintra, 847 10º Andar
Cep: 01415-000 - São Paulo - SP
Fones: 11 3138.7412 / 11 3138.7545
www.energia@sp.gov.br
Revisão:
Agência para Conservação de Energia
Fones: 11 289.9699 / 11 289.9095
Fax: 11 289.9045
ace@energiaracional.com.br
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 3
LEIA. ISTO É DA SUA CONTA. ......................................................................... 4
Saiba como calcular a sua conta ............................................................... 4
Tudo sobre sua conta de energia elétrica .................................................... 5
Acompanhe seu consumo mês a mês .......................................................... 6
Acerte os ponteiros com sua concessionária de energia .................................. 6
ILUMINAÇÃO: DEIXANDO CLARO ESTE ASSUNTO .................................................. 7
Redução da iluminância: iluminar bem não significa iluminar demais. ...................... 7
Dicas para redução da iluminância ............................................................. 9
Melhorar a operação do sistema de iluminação: uma ação inteligente ............... 10
Atenção: Mudança na execução da limpeza noturna .................................... 11
O uso da luz natural: aproveite é de graça! ................................................ 12
Melhore as condições do ambiente.......................................................... 13
Lâmpadas .......................................................................................... 13
Luminárias ......................................................................................... 14
Reatores ........................................................................................... 15
Manutenção ...................................................................................... 15
Principais tipos de lâmpadas ................................................................... 16
Características gerais das luminárias ......................................................... 17
CONDICIONAMENTO DE AR, CONFORTO PARA SEU ESCRITÓRIO .............................. 18
Condicionadores de ar: aparelhos de janela ............................................... 18
Como comprar um condicionador de ar sem entrar em fria ............................ 18
Cuidados na instalação do condicionador de ar ........................................... 20
Dicas para o condicionador de ar não esquentar sua conta ............................ 20
Assistência técnica: um componente importante ......................................... 21
PEQUENOS EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIOS ................................................... 22
INSTALAÇÃO ELÉTRICA: SEGURANÇA E ECONOMIA POR UM FIO.............................. 24
Teste a saúde da sua instalação .............................................................. 24
Fuga de corrente ................................................................................ 25
Como proteger seus equipamentos .......................................................... 26
Instalação elétrica: repare bem .............................................................. 27
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
3
É com prazer que a Secretaria de Energia reedita o manual “Como Economizar Energia
Elétrica no Seu Escritório”. Este é mais um produto voltado aos consumidores atendidos
em baixa tensão, que teve seu conteúdo revisado.
Neste manual você vai encontrar informações práticas de como controlar sua conta de
energia elétrica, quais são as principais técnicas para se economizar energia com ilumi-
nação, ar condicionado e pequenos equipamentos elétricos de uso comum em escritó-
rios.
Aprenderá também sobre a importância da manutenção adequada das instalações elétri-
cas para evitar gastos desnecessários com energia e aumentar a segurança.
Boa leitura!
INTRODUÇÃO
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
4
LEIA. ISTO É DA SUA CONTA.
Saiba como calcular a sua conta
No faturamento de energia elétrica cobra-
se a parcela referente ao consumo (kWh),
mais a parcela referente ao tributo, que é
o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mer-
cadorias e Prestação de Serviços).
Valor da conta
)
1
1
()(
t
TCCVC
−
××=
onde:
VC = valor da conta (R$)
C = consumo (kWh)
TC = tarifa de consumo (R$/kWh)
T = tributo (ICMS)
OBS.:No caso do consumidor comercial,
t = 0,18 (18%)
Se um escritório atendido em baixa tensão
registrou num determinado mês um consu-
mo de 3.800 kWh e o valor da tarifa de ener-
gia elétrica no mês foi de R$ 0,185/kWh, o
valor da conta será de:
)
18,01
1
()185,0800.3(
−
××=VC
VC = R$ 857,32
Alta tensão Baixa tensão
Para que você compreenda facilmente como
é cobrada a energia elétrica, é preciso
conhecer alguns conceitos básicos ligados
ao fornecimento desse insumo energético.
Os consumidores de energia elétrica, em
termos de faturamento, são subdivididos em
função da tensão (voltagem) de fornecimen-
to, a saber: Grupo A: - consumidores de
alta tensão (tensão maior ou igual a 2.300
volts) e Grupo B: - consumidores de baixa
tensão (tensão menor que 2.300 volts).
Outra classificação dos grupos de consu-
midores diz respeito à classe de consumo
que define o setor econômico, no qual o
consumidor está enquadrado.
Assim sendo, se por exemplo, suas instala-
ções são utilizadas como um escritório co-
mercial, você está enquadrado como con-
sumidor comercial, sendo faturado com a
respectiva tarifa dessa classe de consumo.
Daqui em diante, você já sabe que é um
consumidor do Grupo B (baixa tensão) e
classificado como consumidor comercial.
Portanto, a partir de agora, trataremos ape-
nas dos assuntos pertinentes a esse grupo
de consumidores.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
5
Tudo sobre sua conta de energia elétrica
Você recebe mensalmente a conta no pró-
prio escritório ou na rede bancária.
Nela você encontra informações que são
úteis para o controle do consumo de ener-
gia elétrica, contabilização de custos e
contato com a concessionária.
É importante que você atente para as in-
formações contidas na conta de energia
elétrica, sobretudo aquelas descritas a se-
guir:
A – CONSUMO: Indica o total de energia
elétrica consumida em kWh, no período de
faturamento, normalmente de 30 dias.
B - LEITURA: Número extraído mensalmen-
te do medidor pelo funcionário da conces-
sionária.
C – FORNECIMENTO: Indica o valor (em
reais) relativo ao consumo de energia elé-
trica.
D – ICMS: Indica o valor da conta em reais
relativo à tributação.
E - TOTAL A PAGAR: É o valor total da
conta em reais.
F – VENCIMENTO: Refere-se à data em
que deverá ser liquidada a conta de ener-
gia elétrica. Se a conta não for paga na
data de vencimento, sofrerá um acréscimo
aplicado sobre o valor do importe, e o su-
primento estará sujeito a corte sem aviso
prévio;
G - DATA DA LEITURA: Refere-se ao dia
em que o funcionário da concessionária efe-
tuou a leitura no medidor de energia elé-
trica.
H - CONSTANTE DE FATURAMENTO: É o
número que multiplicado pela diferença de
leitura, resulta no consumo registrado no
mês.
I - HISTÓRICO DO CONSUMO DE ENER-
GIA ELÉTRICA NOS ÚLTIMOS MESES.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
6
Acompanhe seu consumo mês a mês
Você já sabe que a energia elétrica tam-
bém pode ser desperdiçada, onerando bas-
tante a conta no final do mês.
Assim sendo, é importante estar sempre
atento às variações de consumo que po-
dem, por exemplo, indicar defeitos nos
equipamentos, má utilização ou danos na
instalação elétrica.
A seguir, é sugerida uma tabela que lhe per-
mitirá acompanhar mensalmente o consu-
mo de energia elétrica e verificar qualquer
anormalidade. Os dados a serem utilizados
devem ser extraídos das contas.
É importante que você verifique a data da
leitura na conta de energia elétrica, pois
MÊS / ANO
CONSUMO
(kWh)
TOTAL DA
CONTA (R$)
Acerte os ponteiros com sua concessionária de energia
eventualmente o período de faturamento,
ou seja, a diferença de dias entre duas lei-
turas pode variar, alterando o consumo e
conseqüentemente a comparação entre os
meses.
Você mesmo pode efetuar a leitura no
medidor de energia elétrica, para contro-
le próprio, ou para esclarecer quaisquer
dúvidas sobre leitura efetuada pelo funci-
onário da concessionária.
Existem dois tipos de medidor normalmen-
te utilizados em instalações de baixa ten-
são: o ciclométrico e o de ponteiros.
No medidor ciclométrico a leitura é efetu-
ada diretamente, como mostra o exemplo
a seguir:
Leitura do mês anterior Leitura atual
Para saber o consumo mensal basta efetu-
ar a subtração entre leitura atual e a do
mês anterior, multiplicando-a pela constante
que você encontrará na conta de energia
elétrica.
Consumo mensal=
(4.805 – 4.590) x 1 (constante) = 215 kWh
No medidor de ponteiros, que constitui o
caso mais comum, a leitura deve ser feita
da esquerda para a direita, de acordo com
o sentido dos ponteiros dos relógios, con-
forme mostra a figura a seguir:
O consumo será obtido subtraindo-se a lei-
tura do mês anterior da leitura atual, e
multiplicando-se o resultado pela constan-
te que você encontra na conta de energia
elétrica.
Consumo mensal=
(4.805 – 4.590) x 1 (constante) = 215 kWh
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
7
ILUMINAÇÃO: DEIXANDO CLARO ESTE ASSUNTO
A iluminação é responsável por boa parte
do consumo de energia elétrica dos escri-
tórios. Nesses estabelecimentos, ela pode
ser responsável por até 80% do consumo.
Se o escritório tem condicionadores de ar,
este percentual diminui, mantendo-se, po-
rém, na faixa de 40% a 60%.
Contudo, reduzir o consumo não significa
necessariamente reduzir a iluminação. Há
uma diferença muito grande entre uma
coisa e outra.
Mas como é possível reduzir o consumo de
energia com iluminação sem diminuir seus
benefícios? Muito simples: basta utilizar a
iluminação mais adequada e bem planeja-
da, que você conseguirá o mesmo resulta-
do, ou até melhor, com economia no con-
sumo de energia elétrica.
Lembre-se: um bom projeto de iluminação
deve propiciar o conforto visual, despertar
a atenção e estimular a eficiência.
Para que você compreenda como isso
pode ser feito, vamos ver antes alguns con-
ceitos e unidades comumente utilizadas
quando se trabalha com iluminação.
O que é a luz?
A luz é uma radiação capaz de estimular e
excitar os olhos. Nem todas as radiações
são visíveis; assim, os raios X, ultravioleta
e infravermelhos são exemplos de radia-
ções que não são perceptíveis a olho nu.
A luz que definimos como branca é na re-
alidade uma combinação de radiações de
diversas cores.
Fluxo luminoso é a quantidade de luz emi-
tida por uma fonte luminosa durante um
intervalo de tempo. O fluxo se mede em
lumens. Por exemplo, o fluxo luminoso de
uma lâmpada incandescente de 100 W é
de 1.300 lumens.
A iluminância define o fluxo luminoso rece-
bido por uma superfície e é medida em lux.
Depois de saber o que é luz, fluxo luminoso e
iluminância, você poderá entender mais facil-
mente as informações que virão adiante.
Redução da iluminância: iluminar
bem não significa iluminar demais.
Em todas as áreas iluminadas, normalmente
verificam-se locais onde a iluminação pode
ser reduzida, ou eliminada, sem prejuízo das
atividades nelas desenvolvidas. Nestes lo-
cais pode-se reduzir o número de lâmpadas
e ou luminárias em operação com significa-
tiva economia de eletricidade.
Portanto, para diminuir o gasto com ener-
gia elétrica em sistema de iluminação de
Foco luminoso
Fluxo luminoso
Lúmem (lm)
Iluminância
lux (lx)
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
8
Ambientes/Tarefas
Iluminância
(lux)
Atendimento ao público 500
Contabilidade e estatística 500
Salas de gerentes 500
Recepção 150
Salas de conferências 200
Arquivos 300
Salas de cartografia e registros 1.000
Salas de desenho, engenharia e arquitetura 1.000
Salas de desenho decorativo e esboço 500
Normalmente os escritórios apresentam um
padrão de iluminação uniforme que propor-
ciona iluminâncias elevadas para atender
algumas tarefas que requerem muita luz,
tornando a iluminação excessiva para aque-
las que não exigem uma iluminância alta.
Pode-se optar por uma iluminação seletiva
que proporcione a iluminância realmente
requerida por uma única tarefa ou por um
grupo de tarefas similares. Na prática deve-
se agrupar tarefas que requerem
iluminâncias semelhantes, facilitando a im-
plantação de um sistema de iluminação se-
letivo.
Uma outra solução muito utilizada é optar
pela iluminação localizada que pode ser
feita, por exemplo, através da instalação
de luminárias acopladas à mobília, permi-
tindo assim a redução da iluminação geral
do ambiente.
A iluminação acoplada à mobília, além de
proporcionar uma iluminância mais adequada
a cada tarefa, deixa o controle a cargo do
usuário que, consciente da importância de
se conservar energia, pode otimizar a sua
utilização proporcionando maior redução
de consumo. Além disso, esse sistema se
adapta facilmente à mudança de layout do
escritório.
Para reduzir a iluminação excessiva,pode-
se optar pela desativação de lâmpadas e ou
luminárias. Para tanto devemos tomar alguns
cuidados.
Alguns sistemas de iluminação são compos-
tos por luminárias com duas lâmpadas fluo-
rescentes e, neste caso, para reduzir a
iluminância, será necessário desativar ambas
lâmpadas.
escritórios, devemos procurar reduzir a
iluminância desnecessária encontrada nos
diversos locais que compõem o ambiente.
Este procedimento deve ser adotado sem-
pre tomando como base as normas da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas)
que prevêem a iluminância mínima neces-
sária para as diversas tarefas realizadas no
escritório. Alguns valores são apresentados
no quadro a seguir:
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
9
Tipos de Lâmpada Potência (W) Perdas (W)
Fluorescente
1 x 20
2 x 20
1 x 40
2 x 40
1 x 32
2 x 32
1 x 110
2 x 110
15
18
16
20
15
22
37
46
Obs: Dados obtidos em catálogos de fabricantes para reatores
eletromagnéticos com partida rápida
Exemplo de avaliação da economia
de energia com redução da
iluminância através da remoção de
lâmpadas
Em um escritório com 150 luminárias com 2
lâmpadas de 110 Watts cada uma, foram
desativadas 30 luminárias que ficavam ace-
sas 9 horas por dia e 22 dias por mês.
PL
= Potência total das luminári-
as desativadas
PL
= 30 luminárias x 2 lâmpadas x 110 W
PL
= 6.600 W
Perdas nos reatores: conforme a ta-
bela anterior, a perda no reator duplo
para 2 lâmpadas fluorescentes de 110
Watts é de 46 Watts.
Portanto:
Pr = Perda no reator eletromagnético
Pr = 30 luminárias x 46 Watts
Pr = 1.380 W
Logo a economia total (E) será de:
E = (PL
+ Pr) x 9 horas x 22 dias
E = [(6.600 + 1.380) x 9 x 22]/1000
E = 1.580 kWh/mês
Dicas para redução da iluminância
· Desligue a iluminação que seja estrita-
mente decorativa.
· Instale a iluminação de segurança ape-
nas nos locais onde ela é exigida, como
janelas e entradas e procure reduzi-la
onde o problema de segurança é míni-
mo.
· Em salões ou salas de espera substitua
a iluminação geral forte por ilumina-
ção localizada, como por exemplo:
sobre balcões de informação, mesas
de recepção e abajur em mesas junto
a cadeiras ou sofás.
· Remova lâmpadas desnecessárias para
proporcionar a iluminância desejada.
Em sistemas compostos por luminárias com
quatro lâmpadas, duas devem ser removi-
das, e com luminárias de três lâmpadas, uma
poderá ser removida.
Ao desativarmos lâmpadas fluorescentes
devemos também desligar os reatores que,
caso contrário, continuarão gastando ener-
gia para o seu funcionamento.
Para avaliar a economia obtida na redução
da iluminância através da remoção de lâm-
padas, você deve somar as potências das
lâmpadas a serem desativadas mais as per-
das nos reatores (quando existirem reato-
res) e multiplicar o resultado pelo número
médio de horas mensais que essas lâmpa-
das ficam acesas. (Veja tabela a seguir).
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
10
Apagar as luzes quando sair da sala ou quan-
do verificar que um ambiente está vazio deve
ter o mesmo sentido ter o mesmo sentido
para o usuário, como lavar as mãos antes
das refeições.
Dispositivos de Controle e
Comando
Além da instalação de interruptores, que
são os dispositivos mais simples, outros equi-
pamentos como dimers, fotocélulas e
sensores de presença podem ser aplicados,
resultando em significativas economias de
energia elétrica.
O uso de reator eletrônico dimerizável per-
mite a regulagem do fluxo luminoso por in-
termédio de controle manual ou automáti-
co (através de sensores fotoelétricos). As-
sim é possível regular (diminuir ou aumen-
tar) o fluxo luminoso de acordo com a luz
natural disponível no ambiente.
Os sensores de presença também são uma
boa opção para economia de energia, pois
permitem o acionamento dos sistemas de
iluminação sem a necessidade de ação do
usuário. Contudo convém lembrar que o
número de acendimentos e desligamentos
tem grande influência na vida útil das lâm-
padas fluorescentes. Por isso ao optar pela
instalação de sensores de presença, não
se esqueça de verificar o regime de
acendimentos e desligamentos ao qual as
lâmpadas serão submetidas.
· Remova o reator quando desativar lâm-
padas de descargas (fluorescentes,
vapor de mercúrio, etc.).
· Quando for trocar lâmpadas use aque-
las mais eficientes.
Melhorar a operação do sistema
de iluminação: uma ação
inteligente
É comum encontrarmos pessoas que crê-
em que manter a iluminação fluorescente
ligada o tempo todo, ao invés de desligá-la
quando ela não for necessária, economiza
energia.
Isto é uma idéia falsa. Quando a iluminação
artificial não é necessária, desligue-a.
Entretanto, para apagar a luz é necessário
um “interruptor” .
Geralmente em muitos escritórios a ilumi-
nação é ligada através de interruptores que
controlam andares inteiros.
Esse tipo de controle é extremamente
ineficiente porque mantém ligada a ilumi-
nação em lugares desocupados, sem que
os usuários possam atuar sobre ela. Uma
boa solução é instalar novos interruptores
que permitam um melhor controle de ilu-
minação, em lugares de fácil acesso ao usu-
ário. Assim, a iluminação do ambiente po-
derá ser desligada nos locais desocupados.
A economia de energia com instalação de
interruptores é bastante expressiva, con-
tudo eles não servem para nada se não
forem usados. O aspecto mais importante
da utilização racional de energia com a ins-
talação de interruptores é a atitude do
usuário.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
11
Atenção: Mudança na execução da
limpeza noturna
Em muitos escritórios é comum a limpeza
dos locais de trabalho ser efetuada após o
término do expediente.
Normalmente quando isto é feito, existe um
significativo desperdício de energia.
Se este for o seu caso, faça um levanta-
mento atual da limpeza noturna observan-
do: horários em que ela é realizada, núme-
ro de funcionários envolvidos, distribuição
destes pelos locais de trabalho, sistemáti-
ca da execução da limpeza e tempo gasto
no serviço.
Com o levantamento efetuado, procure
identificar uma nova sistemática de traba-
lho que permita reduzir o tempo gasto no
serviço de limpeza e, conseqüentemente,
reduzir o tempo de funcionamento da ilu-
minação em cada local. Procure concen-
trar o trabalho de limpeza em cada uma das
áreas, mantendo o restante da iluminação
desligada ou, se possível, transfira a limpe-
za para o horário matutino, antes do início
do expediente, onde você poderá aprovei-
tar a luz natural.
Vejamos qual a economia que a instalação
de interruptores e a mudança na execu-
ção da limpeza noturna podem trazer a um
escritório, conforme exemplo a seguir:
N = número de luminárias = 250
n = número de lâmpadas por luminária
= 2
P = Potência das lâmpadas = 32 W
Perdas nos reatores: conforme tabe-
la mostrada anteriormente, a perda
no reator para duas lâmpadas fluores-
centes de 32 Watts é de 22 Watts.
Pr = Perda no reator eletromagnético
duplo
Pr = 250 luminárias x 22 W = 5.500 W
ou
Pr = 5,5 kW
Pt = Potência total
RT P
PnN
P +
××
=
1000
kWPT 50,21=
kWPT 5,5
1000
322250
+
××
=
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
12
O uso da luz natural: aproveite é
de graça!
Ao longo dos anos nos acostumamos a usar
a iluminação artificial, como sendo o único
meio eficiente de se obter luz em quanti-
dade e qualidade desejadas.
Podemos verificar que hoje em dia, vários
edifícios possuem fachadas envidraçadas,
utilizando a iluminação artificial o dia todo,
mesmo havendo luz natural abundante.
Esta deve ser sempre utilizada quando dis-
ponível, desde que não prejudique o con-
forto desejado ao ambiente. O importante
é usá-la criteriosamente para que não ocor-
ra falta de iluminância, nem aumento ex-
cessivo de carga térmica no ambiente.
Para utilizar a luz natural é necessário que
você tome alguns cuidados:
· Sempre que possível agrupe as tarefas
que precisam de melhor iluminação
junto às janelas.
· Desligue a iluminação dos ambientes
quando a luz natural é suficiente.
· Para reduzir o ofuscamento, não per-
mita a incidência direta de raios sola-
res sobre o plano de trabalho.
· Mantenha as janelas sempre limpas.
· Instale veneziana ou cortinas para con-
trolar a entrada de luz natural, evitan-
do a incidência de luz solar direta.
· Quando possível, utilize vidros com fil-
tros de radiação que não permitem a
entrada de radiações que aquecem o
ambiente.
a) Cálculo da energia elétrica consumida
com iluminação por período integral, das 8
às 19h durante 22 dias.
Ca
= PT x horas x dias
Ca
= 21,50 x (19 – 8) x 22
Ca
= 5.203 kWh/mês
b) Cálculo da economia de energia elétrica
com iluminação, com períodos de desliga-
mento (horário de almoço e limpeza notur-
na por etapas):
· Horário de almoço das 12 às 13h30.
· Limpeza por etapas (metade da ilumina-
ção ligada num período de duas horas).
Economia obtida no horário de almoço (Eb1
):
Eb1
= PT x horas de desligamento x dias
Eb1
= 21,50 x 1,5 x 22
Eb1
= 710 kWh
Economia obtida no horário da limpeza
noturna (Eb2
):
diashoras
P
E T
b ××=
2
2
222
2
50,21
2 ××=bE
kWhEb 4732 =
Economia total obtida (ETb
)
ETb
= Eb1
+ Eb2
= 710 + 473 = 1.183 kWh
c) Novo consumo (Nc):
Nc
= Ca
– ETb
= 5.203 – 1.183 kWh
Nc
= 4.020 kWh
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
13
Melhore as condições do ambiente
Uma grande quantidade de luz é refletida
pelas superfícies de um ambiente antes de
atingir uma tarefa visual.
Quanto maior for o ambiente e mais claros
os acabamentos, menor será a absorção de
luz e maior será iluminação que incide so-
bre o plano de trabalho.
Assim sendo, se você melhorar as condi-
ções do ambiente poderá reduzir o gasto
de energia com iluminação sem prejuízo do
conforto visual.
Algumas dicas são especialmente importan-
tes para você melhorar as condições do
ambiente:
· Mantenha limpas as paredes, tetos e
pisos.
· Quando reformar o ambiente use co-
res claras que refletem melhor a luz.
· Numa eventual mudança do layout do
escritório, procure criar espaços mais
amplos para reduzir o consumo de
energia elétrica com iluminação.
· Quando as divisórias não puderem ser
removidas totalmente, instale divisóri-
as baixas para reduzir a absorção de
luz e permitir o uso da luz das áreas
adjacentes.
· Selecione mobiliários com cores cla-
ras, que não tenham superfícies bri-
lhantes (lustrosas) ou que não propor-
cionem reflexões indesejáveis.
· Em ambientes com pé direito muito
alto, verifique a possibilidade de re-
baixar as luminárias, tomando cuidado
com o ofuscamento.
Lâmpadas
Ao entrarmos numa loja de materiais elétri-
cos, descobriremos centenas de tipos,
modelos e tamanhos de lâmpada, criando
um sério embaraço na hora da escolha.
Porque existem tantos tipos de lâmpadas?
A principal razão é que cada lâmpada pro-
cura atender a uma determinada exigência
técnica.
O primeiro passo para um bom projeto de
iluminação é escolher a lâmpada mais ade-
quada e mais econômica para cada tarefa.
Como mostra o gráfico a seguir, a eficiência
luminosa da lâmpada é medida em lumens
por watt e é bem diferente para cada tipo.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
14
cobrir as fontes de iluminação. As lâmpadas
fluorescentes ou incandescentes eram
embutidas, e os lustres eram feitos de modo
a impedir a visão direta do filamento ou
tubo.
De fato, essas soluções eliminam o
ofuscamento; contudo, esses sistemas de
proteção absorvem uma parcela elevada de
fluxo luminoso.
Conforme o tipo de luminária a proteção
pode absorver de 20% a 70% da luz.
Nos projetos modernos de iluminação, re-
conhece-se que a lâmpada descoberta nem
sempre se apresenta como um mal; grande
parte da iluminação comercial é feita com
lâmpadas fluorescentes descobertas.
Para evitar o ofuscamento, é suficiente que
a lâmpada seja instalada acima do campo
visual ou, se estiver baixa, utilizar um ante-
paro que cubra parcialmente, concentran-
do-se o fluxo de luz sobre a tarefa visual.
Embora haja uma grande variedade de lumi-
nárias podemos classificá-las em cinco fa-
mílias, conforme o quadro “Características
gerais das luminárias”.
Evidentemente, para cada uso e para cada
efeito que se deseja obter, há um tipo de
luminária mais adequado. Ao fazer a esco-
lha, não se esqueça de considerar também
o consumo de energia elétrica que o mo-
delo requer.
Afinal, a luminária se paga uma vez, mas a
conta de energia elétrica deve ser paga
todos os meses.
As luminárias modernas são fabricadas com
materiais que proporcionam alta reflexão,
como é o caso do alumínio polido de alta
pureza.
Como a quantidade de tipos e modelos de
lâmpadas existentes hoje no mercado é
muito vasta, descreveremos no quadro
“Principais tipos de lâmpadas” a seguir, as
características mais importantes dos prin-
cipais tipos.
Luminárias
A luminária não é simplesmente uma peça
decorativa. Ela deve, além de sustentar a
lâmpada e garantir a alimentação elétrica,
dirigir o fluxo luminoso, assegurando con-
forto visual com o máximo de eficiência.
Apesar de parecerem óbvias, essas funções
são muito importantes.
Uma luminária geralmente é projetada para
uma determinada aplicação e um determi-
nado tipo de lâmpada.
A finalidade de dirigir o fluxo luminoso é
imprescindível para evitar o fenômeno do
ofuscamento, sensação desagradável que se
verifica quando o olho recebe um fluxo lu-
minoso excessivo ou sofre um contraste
muito forte de luz em um mesmo ambiente.
A sensibilidade ao ofuscamento varia muito
de indivíduo para indivíduo.
Antigamente, costumava-se afirmar que o
único meio de eliminar o ofuscamento era
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
15
Manutenção
Parte do desperdício de energia elétrica
em luminárias, normalmente, ocorre pela
manutenção inadequada desses equipamen-
tos.
Com o passar do tempo, a poeira vai se acu-
mulando na luminária e, conseqüentemen-
te, reduzindo a intensidade de fluxo lumi-
noso fazendo com que a luz ambiente dimi-
nua.
Se isto ocorre na sua instalação, você está
gastando energia elétrica para aquecer a
poeira, não para iluminar. Na prática, po-
demos afirmar que com a manutenção ina-
dequada das luminárias perdemos cerca de
20% de luz no ambiente.
Adotando um programa de manutenção efi-
ciente, com uma limpeza periódica das lu-
minárias, você poderá evitar o acúmulo de
poeira, aproveitando melhor a iluminação.
Reatores
Os reatores são equipamentos que têm por
função a partida e a limitação de corrente
das lâmpadas de descarga.
Para cada tipo de lâmpada existe um tipo
adequado de reator. Os reatores utilizados
para lâmpadas fluorescentes podem ser
duplos ou simples, ou seja, podem acionar
um conjunto de duas lâmpadas ou apenas
uma.
Encontram-se disponíveis no mercado rea-
tores eletromagnéticos e eletrônicos. Os
eletromagnéticos podem ser de partida rá-
pida ou convencional.
Os reatores eletrônicos além de apresen-
tar menores perdas, aumentam a eficiên-
cia da lâmpada, possibilitam o controle de
fluxo luminoso (dimerização), reduzem o
aquecimento do ambiente, evitam o efeito
estroboscópico, etc.
Sempre que um reator eletromagnético
queimar verifique a possibilidade de trocá-
lo por um eletrônico.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
16
Principais tipos de lâmpadas
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
17
Características gerais das luminárias
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
18
Como comprar um condicionador de ar sem entrar em fria
Um equipamento de condicionamento de
ar normalmente pode tanto resfriar como
CONDICIONAMENTO DE AR, CONFORTO
PARA SEU ESCRITÓRIO
É muito importante que o seu escritório
ofereça conforto para seus clientes e fun-
cionários.
Isto não significa necessariamente que o
ambiente tenha que ser climatizado artifi-
cialmente.
O conforto pode ser obtido também atra-
vés de ventilação forçada ou de uma
climatização natural.
A climatização natural depende de vários
fatores, que são definidos pela localização
do estabelecimento, clima e padrão arqui-
tetônico da edificação.
Se você for construir novas instalações, é
muito importante que você atente para
esses detalhes (consulte um técnico espe-
cializado).
Não sendo possível eliminar a climatização
artificial do ambiente, vamos tratar da utili-
zação racional dos condicionadores de ar,
de forma a otimizar o consumo.
Condicionadores de ar: aparelhos de janela
Os condicionadores de ar são equipamen-
tos de potência relativamente alta e de uso
intenso.
Essas características lhes conferem um alto
consumo de energia elétrica; portanto, você
deve tomar alguns cuidados na sua utilização.
Nas instalações atendidas em baixa tensão
como no seu caso, a maioria dos aparelhos
de condicionamento de ar encontrados são
os de janela, que se caracterizam pelo aten-
dimento a um único ambiente de pequenas
dimensões.
Existem, também, instalações com outros
sistemas, chamados semicentralizados e
centralizados, que não serão abordados
neste manual. Se este for o seu caso, suge-
rimos que você procure o responsável pela
manutenção do equipamento (assistência
técnica), para se informar sobre a melhor
forma de utilização desses sistemas.
Entretanto, boa parte das medidas que aqui
serão apresentadas podem ser aplicadas a
eles.
A economia de energia começa na aquisi-
ção do condicionador de ar, através de um
dimensionamento adequado da capacidade
do aparelho, nos cuidados na instalação,
na sua utilização racional e na adoção de
uma rotina de manutenção eficiente.
aquecer o ambiente. Contudo, trataremos
aqui do resfriamento, por ser o de uso mais
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
19
Área em
m2 Face Sul sombra o dia todo
Face Leste sol de
manhã
Face Oeste ou Norte sol à tarde
ou o dia todo
A B C A B C A B C
15 6.000 7.000 8.000 8.000 10.000 11.000 10.000 12.000 14.000
20 6.000 8.000 11.000 8.000 12.000 14.000 11.000 14.000 14.000
30 6.000 10.000 14.000 8.000 14.000 18.000 12.000 16.000 17.000
40 7.000 12.000 16.000 10.000 14.000 18.000 13.000 17.000 22.000
60 10.000 16.000 22.000 14.000 20.000 30.000 17.000 23.000 30.000
70 10.000 18.000 23.000 14.000 22.000 30.000 18.000 30.000 30.000
90 12.000 22.000 30.000 16.000 30.000 35.000 20.000 30.000 40.000
A- Ambiente sob outro pavimento B – Ambiente sob telhado com forro C- Ambiente sob laje descoberta
Exemplo para aplicação da tabela
Deseja-se refrigerar um ambiente com 30
m2
, na face Norte de um edifício.
Tratando-se de edifício, a coluna corres-
pondente é “A” – Ambiente sob outro pavi-
mento.
Como o ambiente está localizado na face
Norte – “sol a tarde ou o dia todo” – e a
sua área é de 30 m2
, será necessário um
equipamento com capacidade de 12.000
Btu/h, ou seja, uma capacidade equivalen-
te a 3.000 kcal/h.
Quando a capacidade do aparelho
vier expressa em kcal/h basta
multiplicá-la por 4 (quatro) para
obtê-la em Btu/h.
Lembre-se: com um
equipamento bem
dimensionado, você estará
economizando energia elétrica e
reduzindo suas despesas.
característico, devido às
nossas condições climáti-
cas.
Para se fazer a seleção de
um condicionador de ar,
ou seja, definir sua capa-
cidade a fim de obter-se o
conforto térmico deseja-
do, é necessário que se de-
Tabela prática para cálculo de carga térmica
Capacidade em Btu/h
termine a carga térmica de resfriamento
do ambiente.
A seguir, apresentamos uma tabela prática
de determinação da carga térmica de
resfriamento (aproximada), que você pode-
rá utilizar facilmente, toda vez que adquirir
um novo aparelho ou para verificar se o
aparelho existente está corretamente
dimensionado.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
20
Dicas para o condicionador de ar não esquentar sua conta
O uso racional do condicionador de ar, além
de propiciar economia de energia elétrica,
pode até aumentar a vida útil do aparelho.
Leia com atenção as medidas de economia
que você poderá adotar.
Elas vão implicar em mudanças nos hábitos
de utilização e, portanto, quando for aplicá-
las, é importante também que seus funcio-
nários estejam informados das mudanças e
se habituem a elas.
Cuidados na instalação do condicionador de ar
Quando você for instalar condicionadores
de ar no seu escritório, é importante que
sejam atendidas algumas condições que
resultarão em economia de energia elétri-
ca e segurança, conforme descrevemos a
seguir:
· O equipamento normalmente exige que
o circuito elétrico seja independen-
te, com condutores e dispositivos de
proteção adequados. Essas condições
de instalação são muito importantes,
pois quando não atendidas podem pro-
vocar perdas de energia (aquecimen-
to dos cabos) e até risco de incêndio.
· Não instale o condicionador de ar em
locais com incidência direta de raios
solares ou próximos a fontes de calor.
· Sempre que possível, instale o apare-
lho de frente para a maior dimensão
do ambiente, facilitando as condições
de refrigeração.
· Evite instalar o aparelho com a face
externa voltada para locais fechados
como garagens, forros, etc. Caso con-
trário, não estará garantida a qualida-
de do ar que circula no ambiente a
ser condicionado.
· Os aparelhos de janela normalmente
têm um controle que permite direta
ou indiretamente variar a temperatura
no ambiente. Procure trabalhar com a
temperatura adequada, ou seja, aque-
la que lhe proporcione conforto. Tem-
peraturas muito baixas, além de aumen-
tar o consumo, podem causar danos à
saúde. Lembre-se que o condiciona-
dor está adequado quando proporcio-
na sensação de conforto e não de frio.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
21
· Não obstrua o aparelho com cortinas
ou outros objetos, dificultando a livre
circulação de ar. Esse procedimento
é responsável por um significativo des-
perdício de energia elétrica.
· Desligue o aparelho toda vez que o
ambiente estiver desocupado e orien-
te seus funcionários para procederem
dessa forma.
· Mantenha as portas e janelas fecha-
das, de forma a impedir a entrada de
ar externo com temperatura mais ele-
vada. Uma boa maneira de se conse-
guir isto é através da colocação de
cartazes nas portas ou janelas, orien-
tando os usuários para mantê-las fe-
chadas.
· Em dias frios ou de temperatura não
muito alta, ligue o aparelho apenas
quando for necessário. Uma boa dica
é utilizar o ar externo para refrescar
o ambiente, utilizando-se apenas o sis-
tema de ventilação do aparelho.
Assistência técnica: um componente importante
Uma rotina de manutenção permitirá a você
economizar energia e aumentar a vida útil
do aparelho.
Esse trabalho deverá ser realizado periodi-
camente, por empresa especializada. A pe-
riodicidade pode variar em função das con-
dições da instalação, quantidade de apare-
lhos e de sua disponibilidade de recursos.
Você poderá acompanhar ou até realizar
alguns itens de manutenção, como limpeza
do filtro e do condensador.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
22
Além dos sistemas de iluminação e condici-
onamento de ar, outros pequenos equipa-
mentos que compõem um escritório tam-
bém consomem energia elétrica, como
mostramos a seguir:
Geladeira
É um equipamento de consumo médio que,
em boas condições (geladeira pequena ou
média de 120 a 220l) gasta entre 20 e 40
kWh/mês . Via de regra, não vale a pena
desligá-la durante a noite e nos fins de se-
mana. A instalação elétrica deve ter, prefe-
rencialmente, um circuito independente
para atender este equipamento.
Bebedouro
Se o equipamento estiver em boas condi-
ções, gasta entre 15 e 30 kWh/mês. O seu
consumo depende muito do uso. Procure
eliminar vazamentos no registro de água que
provocam desperdícios de eletricidade. É
recomendável desligá-lo à noite e nos fins
de semana.
PEQUENOS EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIOS
Máquinas de café
O consumo depende do modelo e do uso.
Os tipos mais comuns, de 12 e 24 cafés,
gastam cerca de 40 a 80 Watts/hora. Esses
equipamentos gastam pouco quando são
bem usados, se permanecerem ligados o
tempo todo podem gastar de 15 a 30 kWh/
mês a mais do que deveriam.
Aquecedor elétrico de alimentos
São equipamentos de elevado consumo e
merecem uma atenção especial. Se perma-
necerem ligados por muito tempo podem
consumir centenas de kWh/mês. Uma boa
dica é concentrar o seu uso, aquecendo
toda comida de uma só vez. Dessa forma o
consumo será reduzido a valores da ordem
de 5 a 15 kWh/mês.
Microcomputadores
O consumo individual destes equipamentos
é de modo geral baixo (10 kWh/mês em
média). No entanto, em um escritório com
vários computadores a participação no con-
sumo total poderá ser significativa. Assim
sendo, procure orientar os usuários a
desligá-los quando não forem utilizados por
longos períodos e, a utilizar sempre que
possível os recursos de economia de ener-
gia disponibilizados pela grande maioria dos
computadores, o programa “Energy Star”.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
23
Copiadoras
Entre os equipamentos citados, existem
também as copiadoras eletrostáticas que
apresentam maior consumo, devido ao fato
do cilindro de fixação da cópia ser mantido
aquecido. Estas máquinas, se ligadas per-
manentemente, podem gastar muita ener-
gia elétrica.
Para economizar energia elétrica com co-
piadoras, o melhor a fazer é juntar um nú-
mero razoável de originais a serem copia-
dos de uma só vez e, após o uso, desligá-la.
As copiadoras modernas também têm pro-
gramas economizadores de energia que di-
minuem o consumo quando estes equipa-
mentos não estão operando.
O INMETRO com o apoio do PROCEL instituiu o PBE –
Programa Brasileiro de Etiquetagem que oferece
informações ao consumidor sobre a eficiência
energética dos equipamentos testados, como
geladeiras, condicionadores de ar, motores elétricos,
aquecedores solares, etc. Além da etiqueta, os
equipamentos elétricos mais eficientes recebem
anualmente o selo do PROCEL de economia de energia.
Portanto quando for necessário substituir um
equipamento elétrico é aconselhável procurar aqueles
que tenham eficiência energética comprovada.
Transformadores e estabilizadores
Com a difusão de equipamentos eletrôni-
cos, está aumentando o uso de aparelhos
de transformação e estabilização da ten-
são (voltagem). Estes apresentam um con-
sumo reduzido (tipicamente da ordem de
5% a 15% da potência nominal de placa do
equipamento) porque o consumo efetivo é
dado pelo equipamento ligado a eles. Ainda
assim, se permanentemente ligados, podem
apresentar um consumo sensível. Por exem-
plo, um estabilizador de 500 Watts, típico
para uso com microcomputador pode gas-
tar cerca de 20 a 30 kWh/mês. É, portanto,
recomendável, desligar o equipamento e
também e estabilizador.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
24
INSTALAÇÃO ELÉTRICA: SEGURANÇA E
ECONOMIA POR UM FIO
A instalação elétrica se constitui num item
de vital importância nas edificações de um
modo geral.
Nela podem ocorrer perdas de energia por
aquecimento dos cabos (efeito Joule), fu-
gas de corrente, etc., colocando em risco
a segurança das pessoas e de toda a insta-
lação.
A grande maioria dos incêndios ocorridos
nos edifícios comerciais é causada por cur-
tos-circuitos na instalação elétrica.
Por isso, você deve estar sempre atento,
mantendo-a em perfeito estado e preser-
vando, assim, o seu patrimônio.
No projeto de uma instalação elétrica é
prevista uma série de circuitos para aten-
der os pontos de consumo, com a prote-
ção geral no quadro terminal de distribui-
ção.
Essa condição de projeto raramente é
mantida, porque as modificações de layout
provocam alterações.
Na prática, essas alterações são feitas sem
o menor critério, transformado os circui-
tos num verdadeiro emaranhado de fios.
Normalmente, surgem extensões e emen-
das mal feitas, uso de benjamins, etc.
Naturalmente, tudo isso provoca uma série
de inconvenientes, entre eles o desperdí-
cio de energia elétrica e o risco de incên-
dios.
A concessionária é responsável pela manu-
tenção e fornecimento de energia elétrica
até o medidor (relógio de luz). A partir des-
se ponto, a manutenção da instalação elé-
trica é de responsabilidade do usuário.
Portanto, é importante que você mante-
nha a instalação em ordem, evitando pro-
blemas futuros.
Apresentamos a seguir alguns componen-
tes da instalação elétrica, bem como as
recomendações e cuidados que você deve
ter.
Teste a saúde da sua instalação
O correto dimensionamento dos circuitos
de distribuição é de grande importância
para manter o desempenho normal dos equi-
pamentos, bem como para manter a segu-
rança.
Quando um circuito se encontra sobrecar-
regado, os equipamentos apresentam um
baixo desempenho, os cabos se aquecem,
aumentando as perdas de energia elétrica
e os riscos de incêndios.Vejamos o que
acontece na fiação de um circuito sobre-
carregado:
· Com a sobrecarga, a fiação se aque-
ce, provocando desperdício de ener-
gia elétrica.
· Depois de algum tempo, o fio perde
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
25
parte do isolamento,
que se torna quebra-
diço devido ao aque-
cimento.
· A fita isolante das
emendas perde suas
propriedades, causan-
do fugas de corrente,
faíscas, etc.
Todos esses problemas que
ocorrem no circuito so-
brecarregado podem re-
sultar em um curto-cir-
cuito de conseqüências
sérias.
Portanto, se você no-
tar que existe aqueci-
mento da fiação, ou quando for instalar al-
gum equipamento novo, de potência rela-
tivamente alta, chame um ele-
tricista habilitado para verificar
se os cabos e proteção existen-
tes estão dimensionados corre-
tamente e se suportarão o au-
mento de carga.
Outro problema que pode ocor-
rer na instalação elétrica cha-
ma-se desequilíbrio de fases,
que pode ser a causa de aque-
cimento dos cabos, queima de
fusíveis e mau funcionamento dos
equipamentos. Este problema sur-
ge quando existe diferença de car-
regamento entre fases.
É importante que você corrija esse
desequilíbrio e, se necessário, procure um
eletricista habilitado. (Veja figuras abaixo).
Fuga de corrente
Além dos problemas citados, podem ocor-
rer fugas de corrente na instalação elétri-
ca, que provocam inclusive aumento de
consumo de energia.
As fugas de corrente são provocadas por
emendas mal feitas, fios desencapados ou
com isolação envelhecida e ainda por equi-
pamentos com defeito.
Fase
Neutro
Fase
100w 60w 100w 60w
DEPOIS
Fase
Neutro
Fase
100w 60w 100w 60w
ANTES
Aumento de consumo
Fio bem isolado
Fio mal isolado
Vazamento
Choque
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
26
Se houver fios desencapados ou muito ve-
lhos na sua instalação, não hesite em trocá-
los.
Para saber se existe fuga de corrente pro-
ceda da seguinte forma:
a. Fuga de corrente na instalação:
1. Desligue a iluminação e todos os equi-
pamentos das tomadas.
2. Verifique se o disco do medidor conti-
nua girando. Em caso afirmativo, exis-
te fuga de corrente.
3. Constatada a fuga de corrente, para
identificar sua origem, desligue a cha-
ve geral. Se o disco parar de girar, o
problema está na instalação elétrica.
Para resolvê-lo procure o auxílio de um
eletricista habilitado.
4. Se o disco do medidor continuar gi-
rando com a chave geral desligada, o
problema poderá estar no próprio
medidor. Neste caso, procure a con-
cessionária de energia elétrica.
b. Fuga de corrente nos equipamentos
1. Ligue um equipamento por vez na to-
mada, exceto aqueles de regime de
funcionamento variável, como frigobar,
condicionadores de ar, bebedouros,
etc., pois funcionam automaticamen-
te, podendo consumir energia duran-
te o teste.
2. Se o disco do medidor começar a gi-
rar, com o interruptor do equipamen-
to desligado, está comprovado que este
está com defeito. Procure corrigir o
problema ou, se necessário, chame a
assistência técnica.
Como proteger seus equipamentos
Toda instalação elétrica deve ser dotada
de dispositivos de proteção contra acrés-
cimo de corrente (sobrecorrente), causa-
do por sobrecargas ou curto-circuitos.
No instante em que esses dispositivos de
proteção atuarem, ou seja, um disjuntor
desarmar, desligue a chave geral e procure
verificar o que ocorreu (curto-circuito,
sobrecarga, etc.).
Se o problema foi sanado, substitua o fusí-
vel por outro de mesma capacidade
(amperagem) ou rearme os disjuntores.
Nunca substitua fusíveis por moedas, ara-
mes, ou quaisquer outros objetos. Com esse
procedimento você estará colocando em
risco toda a sua instalação.
Existem no mercado vários tipos de disposi-
tivos de proteção, entre eles os fusíveis tipo
rolha, cartucho, faca, diazed, NH e disjun-
tores, mais comumente usados em instala-
ções elétricas de baixa tensão.
Cada um desses dispositivos apresenta ca-
racterísticas particulares e portanto, deve
ser utilizado de acordo com algumas condi-
ções definidas em projeto.
É aconselhável que nas instalações mais
antigas sejam realizadas reformas na prote-
ção. Nesse caso, é necessário o auxílio de
um eletricista habilitado.
Disjuntor “Quick lag”
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
27
Instalação elétrica: repare bem
Quando você for realizar alguns reparos na
instalação, atente para os seguintes deta-
lhes:
· Antes de fazer qualquer reparo, cer-
tifique-se que a chave geral se encon-
tra desligada.
Você pode observar que o fio neutro não é
dotado de dispositivos de segurança. Essa
condição deve ser mantida, pois a sua in-
terrupção pode causar danos aos equipa-
mentos e queima de lâmpadas.
O dimensionamento adequado da proteção
é especialmente importante nos circuitos
de iluminação noturna. Afinal, se ocorrer
um curto-circuito nesse período e a pro-
teção não atuar, é fogo na certa; e você
não estará no local para combatê-lo.
Emendas de derivação
5 a 10 voltas bem apertadas com alicate
· Ao realizar emendas nos fios, certifi-
que-se de que estejam bem feitas, a
fim evitar que se aqueçam ou se sol-
tem. Para isolá-las, use fitas apropria-
das para fios, nunca utilize fitas du-
rex, esparadrapos e outros materiais
não indicados.
Nas figuras a seguir você pode observar
como devem ser feitas as emendas, de acor-
do com o local onde vão ser empregadas.
Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
28
· Não realize emendas com fios de se-
ções diferentes.
· Procure não instalar fios de segunda
categoria que, apesar de serem mais
baratos, não são de boa qualidade.
Esses produtos, que se aquecem mais
facilmente, provocam, além do desper-
dício de energia, o envelhecimento
precoce do isolamento, dando origem
à fuga de corrente, choques e até
curtos-circuitos.
· Alguns materiais elétricos encontrados
no mercado não são feitos de cobre
ou latão, ou seja, são materiais
ferrosos apenas banhados com esses
materiais. E, quando utilizados numa
instalação elétrica, provocam sérios
problemas como faíscas, superaqueci-
mento e curtos-circuitos.
Uma boa dica para você não comprar “gato
por lebre” é levar consigo um ímã na hora
da compra. Se a ímã aderir ao produto,
certamente este não é de boa qualidade.
Emendas aéreas
1. Descasque os fios
2. Dê 2 a 3 voltas com a mão
3. Dê 10 voltas bem apertadas
Fio de seção (bitola) correta
Normal
Fio de seção (bitola) inadequada
Emendas em caixa de passagem
5 a 10 voltas bem apertadas com alicate
www.energia.sp.gov.br

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  • 1. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório
  • 2. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 1 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA Coordenadoria de Planejamento e Política Energética Rua Bela Cintra, 847 10º Andar Cep: 01415-000 - São Paulo - SP Fones: 11 3138.7412 / 11 3138.7545 www.energia@sp.gov.br Revisão: Agência para Conservação de Energia Fones: 11 289.9699 / 11 289.9095 Fax: 11 289.9045 ace@energiaracional.com.br
  • 3. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................... 3 LEIA. ISTO É DA SUA CONTA. ......................................................................... 4 Saiba como calcular a sua conta ............................................................... 4 Tudo sobre sua conta de energia elétrica .................................................... 5 Acompanhe seu consumo mês a mês .......................................................... 6 Acerte os ponteiros com sua concessionária de energia .................................. 6 ILUMINAÇÃO: DEIXANDO CLARO ESTE ASSUNTO .................................................. 7 Redução da iluminância: iluminar bem não significa iluminar demais. ...................... 7 Dicas para redução da iluminância ............................................................. 9 Melhorar a operação do sistema de iluminação: uma ação inteligente ............... 10 Atenção: Mudança na execução da limpeza noturna .................................... 11 O uso da luz natural: aproveite é de graça! ................................................ 12 Melhore as condições do ambiente.......................................................... 13 Lâmpadas .......................................................................................... 13 Luminárias ......................................................................................... 14 Reatores ........................................................................................... 15 Manutenção ...................................................................................... 15 Principais tipos de lâmpadas ................................................................... 16 Características gerais das luminárias ......................................................... 17 CONDICIONAMENTO DE AR, CONFORTO PARA SEU ESCRITÓRIO .............................. 18 Condicionadores de ar: aparelhos de janela ............................................... 18 Como comprar um condicionador de ar sem entrar em fria ............................ 18 Cuidados na instalação do condicionador de ar ........................................... 20 Dicas para o condicionador de ar não esquentar sua conta ............................ 20 Assistência técnica: um componente importante ......................................... 21 PEQUENOS EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIOS ................................................... 22 INSTALAÇÃO ELÉTRICA: SEGURANÇA E ECONOMIA POR UM FIO.............................. 24 Teste a saúde da sua instalação .............................................................. 24 Fuga de corrente ................................................................................ 25 Como proteger seus equipamentos .......................................................... 26 Instalação elétrica: repare bem .............................................................. 27
  • 4. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 3 É com prazer que a Secretaria de Energia reedita o manual “Como Economizar Energia Elétrica no Seu Escritório”. Este é mais um produto voltado aos consumidores atendidos em baixa tensão, que teve seu conteúdo revisado. Neste manual você vai encontrar informações práticas de como controlar sua conta de energia elétrica, quais são as principais técnicas para se economizar energia com ilumi- nação, ar condicionado e pequenos equipamentos elétricos de uso comum em escritó- rios. Aprenderá também sobre a importância da manutenção adequada das instalações elétri- cas para evitar gastos desnecessários com energia e aumentar a segurança. Boa leitura! INTRODUÇÃO
  • 5. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 4 LEIA. ISTO É DA SUA CONTA. Saiba como calcular a sua conta No faturamento de energia elétrica cobra- se a parcela referente ao consumo (kWh), mais a parcela referente ao tributo, que é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mer- cadorias e Prestação de Serviços). Valor da conta ) 1 1 ()( t TCCVC − ××= onde: VC = valor da conta (R$) C = consumo (kWh) TC = tarifa de consumo (R$/kWh) T = tributo (ICMS) OBS.:No caso do consumidor comercial, t = 0,18 (18%) Se um escritório atendido em baixa tensão registrou num determinado mês um consu- mo de 3.800 kWh e o valor da tarifa de ener- gia elétrica no mês foi de R$ 0,185/kWh, o valor da conta será de: ) 18,01 1 ()185,0800.3( − ××=VC VC = R$ 857,32 Alta tensão Baixa tensão Para que você compreenda facilmente como é cobrada a energia elétrica, é preciso conhecer alguns conceitos básicos ligados ao fornecimento desse insumo energético. Os consumidores de energia elétrica, em termos de faturamento, são subdivididos em função da tensão (voltagem) de fornecimen- to, a saber: Grupo A: - consumidores de alta tensão (tensão maior ou igual a 2.300 volts) e Grupo B: - consumidores de baixa tensão (tensão menor que 2.300 volts). Outra classificação dos grupos de consu- midores diz respeito à classe de consumo que define o setor econômico, no qual o consumidor está enquadrado. Assim sendo, se por exemplo, suas instala- ções são utilizadas como um escritório co- mercial, você está enquadrado como con- sumidor comercial, sendo faturado com a respectiva tarifa dessa classe de consumo. Daqui em diante, você já sabe que é um consumidor do Grupo B (baixa tensão) e classificado como consumidor comercial. Portanto, a partir de agora, trataremos ape- nas dos assuntos pertinentes a esse grupo de consumidores.
  • 6. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 5 Tudo sobre sua conta de energia elétrica Você recebe mensalmente a conta no pró- prio escritório ou na rede bancária. Nela você encontra informações que são úteis para o controle do consumo de ener- gia elétrica, contabilização de custos e contato com a concessionária. É importante que você atente para as in- formações contidas na conta de energia elétrica, sobretudo aquelas descritas a se- guir: A – CONSUMO: Indica o total de energia elétrica consumida em kWh, no período de faturamento, normalmente de 30 dias. B - LEITURA: Número extraído mensalmen- te do medidor pelo funcionário da conces- sionária. C – FORNECIMENTO: Indica o valor (em reais) relativo ao consumo de energia elé- trica. D – ICMS: Indica o valor da conta em reais relativo à tributação. E - TOTAL A PAGAR: É o valor total da conta em reais. F – VENCIMENTO: Refere-se à data em que deverá ser liquidada a conta de ener- gia elétrica. Se a conta não for paga na data de vencimento, sofrerá um acréscimo aplicado sobre o valor do importe, e o su- primento estará sujeito a corte sem aviso prévio; G - DATA DA LEITURA: Refere-se ao dia em que o funcionário da concessionária efe- tuou a leitura no medidor de energia elé- trica. H - CONSTANTE DE FATURAMENTO: É o número que multiplicado pela diferença de leitura, resulta no consumo registrado no mês. I - HISTÓRICO DO CONSUMO DE ENER- GIA ELÉTRICA NOS ÚLTIMOS MESES.
  • 7. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 6 Acompanhe seu consumo mês a mês Você já sabe que a energia elétrica tam- bém pode ser desperdiçada, onerando bas- tante a conta no final do mês. Assim sendo, é importante estar sempre atento às variações de consumo que po- dem, por exemplo, indicar defeitos nos equipamentos, má utilização ou danos na instalação elétrica. A seguir, é sugerida uma tabela que lhe per- mitirá acompanhar mensalmente o consu- mo de energia elétrica e verificar qualquer anormalidade. Os dados a serem utilizados devem ser extraídos das contas. É importante que você verifique a data da leitura na conta de energia elétrica, pois MÊS / ANO CONSUMO (kWh) TOTAL DA CONTA (R$) Acerte os ponteiros com sua concessionária de energia eventualmente o período de faturamento, ou seja, a diferença de dias entre duas lei- turas pode variar, alterando o consumo e conseqüentemente a comparação entre os meses. Você mesmo pode efetuar a leitura no medidor de energia elétrica, para contro- le próprio, ou para esclarecer quaisquer dúvidas sobre leitura efetuada pelo funci- onário da concessionária. Existem dois tipos de medidor normalmen- te utilizados em instalações de baixa ten- são: o ciclométrico e o de ponteiros. No medidor ciclométrico a leitura é efetu- ada diretamente, como mostra o exemplo a seguir: Leitura do mês anterior Leitura atual Para saber o consumo mensal basta efetu- ar a subtração entre leitura atual e a do mês anterior, multiplicando-a pela constante que você encontrará na conta de energia elétrica. Consumo mensal= (4.805 – 4.590) x 1 (constante) = 215 kWh No medidor de ponteiros, que constitui o caso mais comum, a leitura deve ser feita da esquerda para a direita, de acordo com o sentido dos ponteiros dos relógios, con- forme mostra a figura a seguir: O consumo será obtido subtraindo-se a lei- tura do mês anterior da leitura atual, e multiplicando-se o resultado pela constan- te que você encontra na conta de energia elétrica. Consumo mensal= (4.805 – 4.590) x 1 (constante) = 215 kWh
  • 8. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 7 ILUMINAÇÃO: DEIXANDO CLARO ESTE ASSUNTO A iluminação é responsável por boa parte do consumo de energia elétrica dos escri- tórios. Nesses estabelecimentos, ela pode ser responsável por até 80% do consumo. Se o escritório tem condicionadores de ar, este percentual diminui, mantendo-se, po- rém, na faixa de 40% a 60%. Contudo, reduzir o consumo não significa necessariamente reduzir a iluminação. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e outra. Mas como é possível reduzir o consumo de energia com iluminação sem diminuir seus benefícios? Muito simples: basta utilizar a iluminação mais adequada e bem planeja- da, que você conseguirá o mesmo resulta- do, ou até melhor, com economia no con- sumo de energia elétrica. Lembre-se: um bom projeto de iluminação deve propiciar o conforto visual, despertar a atenção e estimular a eficiência. Para que você compreenda como isso pode ser feito, vamos ver antes alguns con- ceitos e unidades comumente utilizadas quando se trabalha com iluminação. O que é a luz? A luz é uma radiação capaz de estimular e excitar os olhos. Nem todas as radiações são visíveis; assim, os raios X, ultravioleta e infravermelhos são exemplos de radia- ções que não são perceptíveis a olho nu. A luz que definimos como branca é na re- alidade uma combinação de radiações de diversas cores. Fluxo luminoso é a quantidade de luz emi- tida por uma fonte luminosa durante um intervalo de tempo. O fluxo se mede em lumens. Por exemplo, o fluxo luminoso de uma lâmpada incandescente de 100 W é de 1.300 lumens. A iluminância define o fluxo luminoso rece- bido por uma superfície e é medida em lux. Depois de saber o que é luz, fluxo luminoso e iluminância, você poderá entender mais facil- mente as informações que virão adiante. Redução da iluminância: iluminar bem não significa iluminar demais. Em todas as áreas iluminadas, normalmente verificam-se locais onde a iluminação pode ser reduzida, ou eliminada, sem prejuízo das atividades nelas desenvolvidas. Nestes lo- cais pode-se reduzir o número de lâmpadas e ou luminárias em operação com significa- tiva economia de eletricidade. Portanto, para diminuir o gasto com ener- gia elétrica em sistema de iluminação de Foco luminoso Fluxo luminoso Lúmem (lm) Iluminância lux (lx)
  • 9. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 8 Ambientes/Tarefas Iluminância (lux) Atendimento ao público 500 Contabilidade e estatística 500 Salas de gerentes 500 Recepção 150 Salas de conferências 200 Arquivos 300 Salas de cartografia e registros 1.000 Salas de desenho, engenharia e arquitetura 1.000 Salas de desenho decorativo e esboço 500 Normalmente os escritórios apresentam um padrão de iluminação uniforme que propor- ciona iluminâncias elevadas para atender algumas tarefas que requerem muita luz, tornando a iluminação excessiva para aque- las que não exigem uma iluminância alta. Pode-se optar por uma iluminação seletiva que proporcione a iluminância realmente requerida por uma única tarefa ou por um grupo de tarefas similares. Na prática deve- se agrupar tarefas que requerem iluminâncias semelhantes, facilitando a im- plantação de um sistema de iluminação se- letivo. Uma outra solução muito utilizada é optar pela iluminação localizada que pode ser feita, por exemplo, através da instalação de luminárias acopladas à mobília, permi- tindo assim a redução da iluminação geral do ambiente. A iluminação acoplada à mobília, além de proporcionar uma iluminância mais adequada a cada tarefa, deixa o controle a cargo do usuário que, consciente da importância de se conservar energia, pode otimizar a sua utilização proporcionando maior redução de consumo. Além disso, esse sistema se adapta facilmente à mudança de layout do escritório. Para reduzir a iluminação excessiva,pode- se optar pela desativação de lâmpadas e ou luminárias. Para tanto devemos tomar alguns cuidados. Alguns sistemas de iluminação são compos- tos por luminárias com duas lâmpadas fluo- rescentes e, neste caso, para reduzir a iluminância, será necessário desativar ambas lâmpadas. escritórios, devemos procurar reduzir a iluminância desnecessária encontrada nos diversos locais que compõem o ambiente. Este procedimento deve ser adotado sem- pre tomando como base as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que prevêem a iluminância mínima neces- sária para as diversas tarefas realizadas no escritório. Alguns valores são apresentados no quadro a seguir:
  • 10. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 9 Tipos de Lâmpada Potência (W) Perdas (W) Fluorescente 1 x 20 2 x 20 1 x 40 2 x 40 1 x 32 2 x 32 1 x 110 2 x 110 15 18 16 20 15 22 37 46 Obs: Dados obtidos em catálogos de fabricantes para reatores eletromagnéticos com partida rápida Exemplo de avaliação da economia de energia com redução da iluminância através da remoção de lâmpadas Em um escritório com 150 luminárias com 2 lâmpadas de 110 Watts cada uma, foram desativadas 30 luminárias que ficavam ace- sas 9 horas por dia e 22 dias por mês. PL = Potência total das luminári- as desativadas PL = 30 luminárias x 2 lâmpadas x 110 W PL = 6.600 W Perdas nos reatores: conforme a ta- bela anterior, a perda no reator duplo para 2 lâmpadas fluorescentes de 110 Watts é de 46 Watts. Portanto: Pr = Perda no reator eletromagnético Pr = 30 luminárias x 46 Watts Pr = 1.380 W Logo a economia total (E) será de: E = (PL + Pr) x 9 horas x 22 dias E = [(6.600 + 1.380) x 9 x 22]/1000 E = 1.580 kWh/mês Dicas para redução da iluminância · Desligue a iluminação que seja estrita- mente decorativa. · Instale a iluminação de segurança ape- nas nos locais onde ela é exigida, como janelas e entradas e procure reduzi-la onde o problema de segurança é míni- mo. · Em salões ou salas de espera substitua a iluminação geral forte por ilumina- ção localizada, como por exemplo: sobre balcões de informação, mesas de recepção e abajur em mesas junto a cadeiras ou sofás. · Remova lâmpadas desnecessárias para proporcionar a iluminância desejada. Em sistemas compostos por luminárias com quatro lâmpadas, duas devem ser removi- das, e com luminárias de três lâmpadas, uma poderá ser removida. Ao desativarmos lâmpadas fluorescentes devemos também desligar os reatores que, caso contrário, continuarão gastando ener- gia para o seu funcionamento. Para avaliar a economia obtida na redução da iluminância através da remoção de lâm- padas, você deve somar as potências das lâmpadas a serem desativadas mais as per- das nos reatores (quando existirem reato- res) e multiplicar o resultado pelo número médio de horas mensais que essas lâmpa- das ficam acesas. (Veja tabela a seguir).
  • 11. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 10 Apagar as luzes quando sair da sala ou quan- do verificar que um ambiente está vazio deve ter o mesmo sentido ter o mesmo sentido para o usuário, como lavar as mãos antes das refeições. Dispositivos de Controle e Comando Além da instalação de interruptores, que são os dispositivos mais simples, outros equi- pamentos como dimers, fotocélulas e sensores de presença podem ser aplicados, resultando em significativas economias de energia elétrica. O uso de reator eletrônico dimerizável per- mite a regulagem do fluxo luminoso por in- termédio de controle manual ou automáti- co (através de sensores fotoelétricos). As- sim é possível regular (diminuir ou aumen- tar) o fluxo luminoso de acordo com a luz natural disponível no ambiente. Os sensores de presença também são uma boa opção para economia de energia, pois permitem o acionamento dos sistemas de iluminação sem a necessidade de ação do usuário. Contudo convém lembrar que o número de acendimentos e desligamentos tem grande influência na vida útil das lâm- padas fluorescentes. Por isso ao optar pela instalação de sensores de presença, não se esqueça de verificar o regime de acendimentos e desligamentos ao qual as lâmpadas serão submetidas. · Remova o reator quando desativar lâm- padas de descargas (fluorescentes, vapor de mercúrio, etc.). · Quando for trocar lâmpadas use aque- las mais eficientes. Melhorar a operação do sistema de iluminação: uma ação inteligente É comum encontrarmos pessoas que crê- em que manter a iluminação fluorescente ligada o tempo todo, ao invés de desligá-la quando ela não for necessária, economiza energia. Isto é uma idéia falsa. Quando a iluminação artificial não é necessária, desligue-a. Entretanto, para apagar a luz é necessário um “interruptor” . Geralmente em muitos escritórios a ilumi- nação é ligada através de interruptores que controlam andares inteiros. Esse tipo de controle é extremamente ineficiente porque mantém ligada a ilumi- nação em lugares desocupados, sem que os usuários possam atuar sobre ela. Uma boa solução é instalar novos interruptores que permitam um melhor controle de ilu- minação, em lugares de fácil acesso ao usu- ário. Assim, a iluminação do ambiente po- derá ser desligada nos locais desocupados. A economia de energia com instalação de interruptores é bastante expressiva, con- tudo eles não servem para nada se não forem usados. O aspecto mais importante da utilização racional de energia com a ins- talação de interruptores é a atitude do usuário.
  • 12. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 11 Atenção: Mudança na execução da limpeza noturna Em muitos escritórios é comum a limpeza dos locais de trabalho ser efetuada após o término do expediente. Normalmente quando isto é feito, existe um significativo desperdício de energia. Se este for o seu caso, faça um levanta- mento atual da limpeza noturna observan- do: horários em que ela é realizada, núme- ro de funcionários envolvidos, distribuição destes pelos locais de trabalho, sistemáti- ca da execução da limpeza e tempo gasto no serviço. Com o levantamento efetuado, procure identificar uma nova sistemática de traba- lho que permita reduzir o tempo gasto no serviço de limpeza e, conseqüentemente, reduzir o tempo de funcionamento da ilu- minação em cada local. Procure concen- trar o trabalho de limpeza em cada uma das áreas, mantendo o restante da iluminação desligada ou, se possível, transfira a limpe- za para o horário matutino, antes do início do expediente, onde você poderá aprovei- tar a luz natural. Vejamos qual a economia que a instalação de interruptores e a mudança na execu- ção da limpeza noturna podem trazer a um escritório, conforme exemplo a seguir: N = número de luminárias = 250 n = número de lâmpadas por luminária = 2 P = Potência das lâmpadas = 32 W Perdas nos reatores: conforme tabe- la mostrada anteriormente, a perda no reator para duas lâmpadas fluores- centes de 32 Watts é de 22 Watts. Pr = Perda no reator eletromagnético duplo Pr = 250 luminárias x 22 W = 5.500 W ou Pr = 5,5 kW Pt = Potência total RT P PnN P + ×× = 1000 kWPT 50,21= kWPT 5,5 1000 322250 + ×× =
  • 13. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 12 O uso da luz natural: aproveite é de graça! Ao longo dos anos nos acostumamos a usar a iluminação artificial, como sendo o único meio eficiente de se obter luz em quanti- dade e qualidade desejadas. Podemos verificar que hoje em dia, vários edifícios possuem fachadas envidraçadas, utilizando a iluminação artificial o dia todo, mesmo havendo luz natural abundante. Esta deve ser sempre utilizada quando dis- ponível, desde que não prejudique o con- forto desejado ao ambiente. O importante é usá-la criteriosamente para que não ocor- ra falta de iluminância, nem aumento ex- cessivo de carga térmica no ambiente. Para utilizar a luz natural é necessário que você tome alguns cuidados: · Sempre que possível agrupe as tarefas que precisam de melhor iluminação junto às janelas. · Desligue a iluminação dos ambientes quando a luz natural é suficiente. · Para reduzir o ofuscamento, não per- mita a incidência direta de raios sola- res sobre o plano de trabalho. · Mantenha as janelas sempre limpas. · Instale veneziana ou cortinas para con- trolar a entrada de luz natural, evitan- do a incidência de luz solar direta. · Quando possível, utilize vidros com fil- tros de radiação que não permitem a entrada de radiações que aquecem o ambiente. a) Cálculo da energia elétrica consumida com iluminação por período integral, das 8 às 19h durante 22 dias. Ca = PT x horas x dias Ca = 21,50 x (19 – 8) x 22 Ca = 5.203 kWh/mês b) Cálculo da economia de energia elétrica com iluminação, com períodos de desliga- mento (horário de almoço e limpeza notur- na por etapas): · Horário de almoço das 12 às 13h30. · Limpeza por etapas (metade da ilumina- ção ligada num período de duas horas). Economia obtida no horário de almoço (Eb1 ): Eb1 = PT x horas de desligamento x dias Eb1 = 21,50 x 1,5 x 22 Eb1 = 710 kWh Economia obtida no horário da limpeza noturna (Eb2 ): diashoras P E T b ××= 2 2 222 2 50,21 2 ××=bE kWhEb 4732 = Economia total obtida (ETb ) ETb = Eb1 + Eb2 = 710 + 473 = 1.183 kWh c) Novo consumo (Nc): Nc = Ca – ETb = 5.203 – 1.183 kWh Nc = 4.020 kWh
  • 14. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 13 Melhore as condições do ambiente Uma grande quantidade de luz é refletida pelas superfícies de um ambiente antes de atingir uma tarefa visual. Quanto maior for o ambiente e mais claros os acabamentos, menor será a absorção de luz e maior será iluminação que incide so- bre o plano de trabalho. Assim sendo, se você melhorar as condi- ções do ambiente poderá reduzir o gasto de energia com iluminação sem prejuízo do conforto visual. Algumas dicas são especialmente importan- tes para você melhorar as condições do ambiente: · Mantenha limpas as paredes, tetos e pisos. · Quando reformar o ambiente use co- res claras que refletem melhor a luz. · Numa eventual mudança do layout do escritório, procure criar espaços mais amplos para reduzir o consumo de energia elétrica com iluminação. · Quando as divisórias não puderem ser removidas totalmente, instale divisóri- as baixas para reduzir a absorção de luz e permitir o uso da luz das áreas adjacentes. · Selecione mobiliários com cores cla- ras, que não tenham superfícies bri- lhantes (lustrosas) ou que não propor- cionem reflexões indesejáveis. · Em ambientes com pé direito muito alto, verifique a possibilidade de re- baixar as luminárias, tomando cuidado com o ofuscamento. Lâmpadas Ao entrarmos numa loja de materiais elétri- cos, descobriremos centenas de tipos, modelos e tamanhos de lâmpada, criando um sério embaraço na hora da escolha. Porque existem tantos tipos de lâmpadas? A principal razão é que cada lâmpada pro- cura atender a uma determinada exigência técnica. O primeiro passo para um bom projeto de iluminação é escolher a lâmpada mais ade- quada e mais econômica para cada tarefa. Como mostra o gráfico a seguir, a eficiência luminosa da lâmpada é medida em lumens por watt e é bem diferente para cada tipo.
  • 15. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 14 cobrir as fontes de iluminação. As lâmpadas fluorescentes ou incandescentes eram embutidas, e os lustres eram feitos de modo a impedir a visão direta do filamento ou tubo. De fato, essas soluções eliminam o ofuscamento; contudo, esses sistemas de proteção absorvem uma parcela elevada de fluxo luminoso. Conforme o tipo de luminária a proteção pode absorver de 20% a 70% da luz. Nos projetos modernos de iluminação, re- conhece-se que a lâmpada descoberta nem sempre se apresenta como um mal; grande parte da iluminação comercial é feita com lâmpadas fluorescentes descobertas. Para evitar o ofuscamento, é suficiente que a lâmpada seja instalada acima do campo visual ou, se estiver baixa, utilizar um ante- paro que cubra parcialmente, concentran- do-se o fluxo de luz sobre a tarefa visual. Embora haja uma grande variedade de lumi- nárias podemos classificá-las em cinco fa- mílias, conforme o quadro “Características gerais das luminárias”. Evidentemente, para cada uso e para cada efeito que se deseja obter, há um tipo de luminária mais adequado. Ao fazer a esco- lha, não se esqueça de considerar também o consumo de energia elétrica que o mo- delo requer. Afinal, a luminária se paga uma vez, mas a conta de energia elétrica deve ser paga todos os meses. As luminárias modernas são fabricadas com materiais que proporcionam alta reflexão, como é o caso do alumínio polido de alta pureza. Como a quantidade de tipos e modelos de lâmpadas existentes hoje no mercado é muito vasta, descreveremos no quadro “Principais tipos de lâmpadas” a seguir, as características mais importantes dos prin- cipais tipos. Luminárias A luminária não é simplesmente uma peça decorativa. Ela deve, além de sustentar a lâmpada e garantir a alimentação elétrica, dirigir o fluxo luminoso, assegurando con- forto visual com o máximo de eficiência. Apesar de parecerem óbvias, essas funções são muito importantes. Uma luminária geralmente é projetada para uma determinada aplicação e um determi- nado tipo de lâmpada. A finalidade de dirigir o fluxo luminoso é imprescindível para evitar o fenômeno do ofuscamento, sensação desagradável que se verifica quando o olho recebe um fluxo lu- minoso excessivo ou sofre um contraste muito forte de luz em um mesmo ambiente. A sensibilidade ao ofuscamento varia muito de indivíduo para indivíduo. Antigamente, costumava-se afirmar que o único meio de eliminar o ofuscamento era
  • 16. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 15 Manutenção Parte do desperdício de energia elétrica em luminárias, normalmente, ocorre pela manutenção inadequada desses equipamen- tos. Com o passar do tempo, a poeira vai se acu- mulando na luminária e, conseqüentemen- te, reduzindo a intensidade de fluxo lumi- noso fazendo com que a luz ambiente dimi- nua. Se isto ocorre na sua instalação, você está gastando energia elétrica para aquecer a poeira, não para iluminar. Na prática, po- demos afirmar que com a manutenção ina- dequada das luminárias perdemos cerca de 20% de luz no ambiente. Adotando um programa de manutenção efi- ciente, com uma limpeza periódica das lu- minárias, você poderá evitar o acúmulo de poeira, aproveitando melhor a iluminação. Reatores Os reatores são equipamentos que têm por função a partida e a limitação de corrente das lâmpadas de descarga. Para cada tipo de lâmpada existe um tipo adequado de reator. Os reatores utilizados para lâmpadas fluorescentes podem ser duplos ou simples, ou seja, podem acionar um conjunto de duas lâmpadas ou apenas uma. Encontram-se disponíveis no mercado rea- tores eletromagnéticos e eletrônicos. Os eletromagnéticos podem ser de partida rá- pida ou convencional. Os reatores eletrônicos além de apresen- tar menores perdas, aumentam a eficiên- cia da lâmpada, possibilitam o controle de fluxo luminoso (dimerização), reduzem o aquecimento do ambiente, evitam o efeito estroboscópico, etc. Sempre que um reator eletromagnético queimar verifique a possibilidade de trocá- lo por um eletrônico.
  • 17. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 16 Principais tipos de lâmpadas
  • 18. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 17 Características gerais das luminárias
  • 19. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 18 Como comprar um condicionador de ar sem entrar em fria Um equipamento de condicionamento de ar normalmente pode tanto resfriar como CONDICIONAMENTO DE AR, CONFORTO PARA SEU ESCRITÓRIO É muito importante que o seu escritório ofereça conforto para seus clientes e fun- cionários. Isto não significa necessariamente que o ambiente tenha que ser climatizado artifi- cialmente. O conforto pode ser obtido também atra- vés de ventilação forçada ou de uma climatização natural. A climatização natural depende de vários fatores, que são definidos pela localização do estabelecimento, clima e padrão arqui- tetônico da edificação. Se você for construir novas instalações, é muito importante que você atente para esses detalhes (consulte um técnico espe- cializado). Não sendo possível eliminar a climatização artificial do ambiente, vamos tratar da utili- zação racional dos condicionadores de ar, de forma a otimizar o consumo. Condicionadores de ar: aparelhos de janela Os condicionadores de ar são equipamen- tos de potência relativamente alta e de uso intenso. Essas características lhes conferem um alto consumo de energia elétrica; portanto, você deve tomar alguns cuidados na sua utilização. Nas instalações atendidas em baixa tensão como no seu caso, a maioria dos aparelhos de condicionamento de ar encontrados são os de janela, que se caracterizam pelo aten- dimento a um único ambiente de pequenas dimensões. Existem, também, instalações com outros sistemas, chamados semicentralizados e centralizados, que não serão abordados neste manual. Se este for o seu caso, suge- rimos que você procure o responsável pela manutenção do equipamento (assistência técnica), para se informar sobre a melhor forma de utilização desses sistemas. Entretanto, boa parte das medidas que aqui serão apresentadas podem ser aplicadas a eles. A economia de energia começa na aquisi- ção do condicionador de ar, através de um dimensionamento adequado da capacidade do aparelho, nos cuidados na instalação, na sua utilização racional e na adoção de uma rotina de manutenção eficiente. aquecer o ambiente. Contudo, trataremos aqui do resfriamento, por ser o de uso mais
  • 20. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 19 Área em m2 Face Sul sombra o dia todo Face Leste sol de manhã Face Oeste ou Norte sol à tarde ou o dia todo A B C A B C A B C 15 6.000 7.000 8.000 8.000 10.000 11.000 10.000 12.000 14.000 20 6.000 8.000 11.000 8.000 12.000 14.000 11.000 14.000 14.000 30 6.000 10.000 14.000 8.000 14.000 18.000 12.000 16.000 17.000 40 7.000 12.000 16.000 10.000 14.000 18.000 13.000 17.000 22.000 60 10.000 16.000 22.000 14.000 20.000 30.000 17.000 23.000 30.000 70 10.000 18.000 23.000 14.000 22.000 30.000 18.000 30.000 30.000 90 12.000 22.000 30.000 16.000 30.000 35.000 20.000 30.000 40.000 A- Ambiente sob outro pavimento B – Ambiente sob telhado com forro C- Ambiente sob laje descoberta Exemplo para aplicação da tabela Deseja-se refrigerar um ambiente com 30 m2 , na face Norte de um edifício. Tratando-se de edifício, a coluna corres- pondente é “A” – Ambiente sob outro pavi- mento. Como o ambiente está localizado na face Norte – “sol a tarde ou o dia todo” – e a sua área é de 30 m2 , será necessário um equipamento com capacidade de 12.000 Btu/h, ou seja, uma capacidade equivalen- te a 3.000 kcal/h. Quando a capacidade do aparelho vier expressa em kcal/h basta multiplicá-la por 4 (quatro) para obtê-la em Btu/h. Lembre-se: com um equipamento bem dimensionado, você estará economizando energia elétrica e reduzindo suas despesas. característico, devido às nossas condições climáti- cas. Para se fazer a seleção de um condicionador de ar, ou seja, definir sua capa- cidade a fim de obter-se o conforto térmico deseja- do, é necessário que se de- Tabela prática para cálculo de carga térmica Capacidade em Btu/h termine a carga térmica de resfriamento do ambiente. A seguir, apresentamos uma tabela prática de determinação da carga térmica de resfriamento (aproximada), que você pode- rá utilizar facilmente, toda vez que adquirir um novo aparelho ou para verificar se o aparelho existente está corretamente dimensionado.
  • 21. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 20 Dicas para o condicionador de ar não esquentar sua conta O uso racional do condicionador de ar, além de propiciar economia de energia elétrica, pode até aumentar a vida útil do aparelho. Leia com atenção as medidas de economia que você poderá adotar. Elas vão implicar em mudanças nos hábitos de utilização e, portanto, quando for aplicá- las, é importante também que seus funcio- nários estejam informados das mudanças e se habituem a elas. Cuidados na instalação do condicionador de ar Quando você for instalar condicionadores de ar no seu escritório, é importante que sejam atendidas algumas condições que resultarão em economia de energia elétri- ca e segurança, conforme descrevemos a seguir: · O equipamento normalmente exige que o circuito elétrico seja independen- te, com condutores e dispositivos de proteção adequados. Essas condições de instalação são muito importantes, pois quando não atendidas podem pro- vocar perdas de energia (aquecimen- to dos cabos) e até risco de incêndio. · Não instale o condicionador de ar em locais com incidência direta de raios solares ou próximos a fontes de calor. · Sempre que possível, instale o apare- lho de frente para a maior dimensão do ambiente, facilitando as condições de refrigeração. · Evite instalar o aparelho com a face externa voltada para locais fechados como garagens, forros, etc. Caso con- trário, não estará garantida a qualida- de do ar que circula no ambiente a ser condicionado. · Os aparelhos de janela normalmente têm um controle que permite direta ou indiretamente variar a temperatura no ambiente. Procure trabalhar com a temperatura adequada, ou seja, aque- la que lhe proporcione conforto. Tem- peraturas muito baixas, além de aumen- tar o consumo, podem causar danos à saúde. Lembre-se que o condiciona- dor está adequado quando proporcio- na sensação de conforto e não de frio.
  • 22. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 21 · Não obstrua o aparelho com cortinas ou outros objetos, dificultando a livre circulação de ar. Esse procedimento é responsável por um significativo des- perdício de energia elétrica. · Desligue o aparelho toda vez que o ambiente estiver desocupado e orien- te seus funcionários para procederem dessa forma. · Mantenha as portas e janelas fecha- das, de forma a impedir a entrada de ar externo com temperatura mais ele- vada. Uma boa maneira de se conse- guir isto é através da colocação de cartazes nas portas ou janelas, orien- tando os usuários para mantê-las fe- chadas. · Em dias frios ou de temperatura não muito alta, ligue o aparelho apenas quando for necessário. Uma boa dica é utilizar o ar externo para refrescar o ambiente, utilizando-se apenas o sis- tema de ventilação do aparelho. Assistência técnica: um componente importante Uma rotina de manutenção permitirá a você economizar energia e aumentar a vida útil do aparelho. Esse trabalho deverá ser realizado periodi- camente, por empresa especializada. A pe- riodicidade pode variar em função das con- dições da instalação, quantidade de apare- lhos e de sua disponibilidade de recursos. Você poderá acompanhar ou até realizar alguns itens de manutenção, como limpeza do filtro e do condensador.
  • 23. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 22 Além dos sistemas de iluminação e condici- onamento de ar, outros pequenos equipa- mentos que compõem um escritório tam- bém consomem energia elétrica, como mostramos a seguir: Geladeira É um equipamento de consumo médio que, em boas condições (geladeira pequena ou média de 120 a 220l) gasta entre 20 e 40 kWh/mês . Via de regra, não vale a pena desligá-la durante a noite e nos fins de se- mana. A instalação elétrica deve ter, prefe- rencialmente, um circuito independente para atender este equipamento. Bebedouro Se o equipamento estiver em boas condi- ções, gasta entre 15 e 30 kWh/mês. O seu consumo depende muito do uso. Procure eliminar vazamentos no registro de água que provocam desperdícios de eletricidade. É recomendável desligá-lo à noite e nos fins de semana. PEQUENOS EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIOS Máquinas de café O consumo depende do modelo e do uso. Os tipos mais comuns, de 12 e 24 cafés, gastam cerca de 40 a 80 Watts/hora. Esses equipamentos gastam pouco quando são bem usados, se permanecerem ligados o tempo todo podem gastar de 15 a 30 kWh/ mês a mais do que deveriam. Aquecedor elétrico de alimentos São equipamentos de elevado consumo e merecem uma atenção especial. Se perma- necerem ligados por muito tempo podem consumir centenas de kWh/mês. Uma boa dica é concentrar o seu uso, aquecendo toda comida de uma só vez. Dessa forma o consumo será reduzido a valores da ordem de 5 a 15 kWh/mês. Microcomputadores O consumo individual destes equipamentos é de modo geral baixo (10 kWh/mês em média). No entanto, em um escritório com vários computadores a participação no con- sumo total poderá ser significativa. Assim sendo, procure orientar os usuários a desligá-los quando não forem utilizados por longos períodos e, a utilizar sempre que possível os recursos de economia de ener- gia disponibilizados pela grande maioria dos computadores, o programa “Energy Star”.
  • 24. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 23 Copiadoras Entre os equipamentos citados, existem também as copiadoras eletrostáticas que apresentam maior consumo, devido ao fato do cilindro de fixação da cópia ser mantido aquecido. Estas máquinas, se ligadas per- manentemente, podem gastar muita ener- gia elétrica. Para economizar energia elétrica com co- piadoras, o melhor a fazer é juntar um nú- mero razoável de originais a serem copia- dos de uma só vez e, após o uso, desligá-la. As copiadoras modernas também têm pro- gramas economizadores de energia que di- minuem o consumo quando estes equipa- mentos não estão operando. O INMETRO com o apoio do PROCEL instituiu o PBE – Programa Brasileiro de Etiquetagem que oferece informações ao consumidor sobre a eficiência energética dos equipamentos testados, como geladeiras, condicionadores de ar, motores elétricos, aquecedores solares, etc. Além da etiqueta, os equipamentos elétricos mais eficientes recebem anualmente o selo do PROCEL de economia de energia. Portanto quando for necessário substituir um equipamento elétrico é aconselhável procurar aqueles que tenham eficiência energética comprovada. Transformadores e estabilizadores Com a difusão de equipamentos eletrôni- cos, está aumentando o uso de aparelhos de transformação e estabilização da ten- são (voltagem). Estes apresentam um con- sumo reduzido (tipicamente da ordem de 5% a 15% da potência nominal de placa do equipamento) porque o consumo efetivo é dado pelo equipamento ligado a eles. Ainda assim, se permanentemente ligados, podem apresentar um consumo sensível. Por exem- plo, um estabilizador de 500 Watts, típico para uso com microcomputador pode gas- tar cerca de 20 a 30 kWh/mês. É, portanto, recomendável, desligar o equipamento e também e estabilizador.
  • 25. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 24 INSTALAÇÃO ELÉTRICA: SEGURANÇA E ECONOMIA POR UM FIO A instalação elétrica se constitui num item de vital importância nas edificações de um modo geral. Nela podem ocorrer perdas de energia por aquecimento dos cabos (efeito Joule), fu- gas de corrente, etc., colocando em risco a segurança das pessoas e de toda a insta- lação. A grande maioria dos incêndios ocorridos nos edifícios comerciais é causada por cur- tos-circuitos na instalação elétrica. Por isso, você deve estar sempre atento, mantendo-a em perfeito estado e preser- vando, assim, o seu patrimônio. No projeto de uma instalação elétrica é prevista uma série de circuitos para aten- der os pontos de consumo, com a prote- ção geral no quadro terminal de distribui- ção. Essa condição de projeto raramente é mantida, porque as modificações de layout provocam alterações. Na prática, essas alterações são feitas sem o menor critério, transformado os circui- tos num verdadeiro emaranhado de fios. Normalmente, surgem extensões e emen- das mal feitas, uso de benjamins, etc. Naturalmente, tudo isso provoca uma série de inconvenientes, entre eles o desperdí- cio de energia elétrica e o risco de incên- dios. A concessionária é responsável pela manu- tenção e fornecimento de energia elétrica até o medidor (relógio de luz). A partir des- se ponto, a manutenção da instalação elé- trica é de responsabilidade do usuário. Portanto, é importante que você mante- nha a instalação em ordem, evitando pro- blemas futuros. Apresentamos a seguir alguns componen- tes da instalação elétrica, bem como as recomendações e cuidados que você deve ter. Teste a saúde da sua instalação O correto dimensionamento dos circuitos de distribuição é de grande importância para manter o desempenho normal dos equi- pamentos, bem como para manter a segu- rança. Quando um circuito se encontra sobrecar- regado, os equipamentos apresentam um baixo desempenho, os cabos se aquecem, aumentando as perdas de energia elétrica e os riscos de incêndios.Vejamos o que acontece na fiação de um circuito sobre- carregado: · Com a sobrecarga, a fiação se aque- ce, provocando desperdício de ener- gia elétrica. · Depois de algum tempo, o fio perde
  • 26. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 25 parte do isolamento, que se torna quebra- diço devido ao aque- cimento. · A fita isolante das emendas perde suas propriedades, causan- do fugas de corrente, faíscas, etc. Todos esses problemas que ocorrem no circuito so- brecarregado podem re- sultar em um curto-cir- cuito de conseqüências sérias. Portanto, se você no- tar que existe aqueci- mento da fiação, ou quando for instalar al- gum equipamento novo, de potência rela- tivamente alta, chame um ele- tricista habilitado para verificar se os cabos e proteção existen- tes estão dimensionados corre- tamente e se suportarão o au- mento de carga. Outro problema que pode ocor- rer na instalação elétrica cha- ma-se desequilíbrio de fases, que pode ser a causa de aque- cimento dos cabos, queima de fusíveis e mau funcionamento dos equipamentos. Este problema sur- ge quando existe diferença de car- regamento entre fases. É importante que você corrija esse desequilíbrio e, se necessário, procure um eletricista habilitado. (Veja figuras abaixo). Fuga de corrente Além dos problemas citados, podem ocor- rer fugas de corrente na instalação elétri- ca, que provocam inclusive aumento de consumo de energia. As fugas de corrente são provocadas por emendas mal feitas, fios desencapados ou com isolação envelhecida e ainda por equi- pamentos com defeito. Fase Neutro Fase 100w 60w 100w 60w DEPOIS Fase Neutro Fase 100w 60w 100w 60w ANTES Aumento de consumo Fio bem isolado Fio mal isolado Vazamento Choque
  • 27. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 26 Se houver fios desencapados ou muito ve- lhos na sua instalação, não hesite em trocá- los. Para saber se existe fuga de corrente pro- ceda da seguinte forma: a. Fuga de corrente na instalação: 1. Desligue a iluminação e todos os equi- pamentos das tomadas. 2. Verifique se o disco do medidor conti- nua girando. Em caso afirmativo, exis- te fuga de corrente. 3. Constatada a fuga de corrente, para identificar sua origem, desligue a cha- ve geral. Se o disco parar de girar, o problema está na instalação elétrica. Para resolvê-lo procure o auxílio de um eletricista habilitado. 4. Se o disco do medidor continuar gi- rando com a chave geral desligada, o problema poderá estar no próprio medidor. Neste caso, procure a con- cessionária de energia elétrica. b. Fuga de corrente nos equipamentos 1. Ligue um equipamento por vez na to- mada, exceto aqueles de regime de funcionamento variável, como frigobar, condicionadores de ar, bebedouros, etc., pois funcionam automaticamen- te, podendo consumir energia duran- te o teste. 2. Se o disco do medidor começar a gi- rar, com o interruptor do equipamen- to desligado, está comprovado que este está com defeito. Procure corrigir o problema ou, se necessário, chame a assistência técnica. Como proteger seus equipamentos Toda instalação elétrica deve ser dotada de dispositivos de proteção contra acrés- cimo de corrente (sobrecorrente), causa- do por sobrecargas ou curto-circuitos. No instante em que esses dispositivos de proteção atuarem, ou seja, um disjuntor desarmar, desligue a chave geral e procure verificar o que ocorreu (curto-circuito, sobrecarga, etc.). Se o problema foi sanado, substitua o fusí- vel por outro de mesma capacidade (amperagem) ou rearme os disjuntores. Nunca substitua fusíveis por moedas, ara- mes, ou quaisquer outros objetos. Com esse procedimento você estará colocando em risco toda a sua instalação. Existem no mercado vários tipos de disposi- tivos de proteção, entre eles os fusíveis tipo rolha, cartucho, faca, diazed, NH e disjun- tores, mais comumente usados em instala- ções elétricas de baixa tensão. Cada um desses dispositivos apresenta ca- racterísticas particulares e portanto, deve ser utilizado de acordo com algumas condi- ções definidas em projeto. É aconselhável que nas instalações mais antigas sejam realizadas reformas na prote- ção. Nesse caso, é necessário o auxílio de um eletricista habilitado. Disjuntor “Quick lag”
  • 28. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 27 Instalação elétrica: repare bem Quando você for realizar alguns reparos na instalação, atente para os seguintes deta- lhes: · Antes de fazer qualquer reparo, cer- tifique-se que a chave geral se encon- tra desligada. Você pode observar que o fio neutro não é dotado de dispositivos de segurança. Essa condição deve ser mantida, pois a sua in- terrupção pode causar danos aos equipa- mentos e queima de lâmpadas. O dimensionamento adequado da proteção é especialmente importante nos circuitos de iluminação noturna. Afinal, se ocorrer um curto-circuito nesse período e a pro- teção não atuar, é fogo na certa; e você não estará no local para combatê-lo. Emendas de derivação 5 a 10 voltas bem apertadas com alicate · Ao realizar emendas nos fios, certifi- que-se de que estejam bem feitas, a fim evitar que se aqueçam ou se sol- tem. Para isolá-las, use fitas apropria- das para fios, nunca utilize fitas du- rex, esparadrapos e outros materiais não indicados. Nas figuras a seguir você pode observar como devem ser feitas as emendas, de acor- do com o local onde vão ser empregadas.
  • 29. Manual de Economia de Energia Elétrica no Escritório 28 · Não realize emendas com fios de se- ções diferentes. · Procure não instalar fios de segunda categoria que, apesar de serem mais baratos, não são de boa qualidade. Esses produtos, que se aquecem mais facilmente, provocam, além do desper- dício de energia, o envelhecimento precoce do isolamento, dando origem à fuga de corrente, choques e até curtos-circuitos. · Alguns materiais elétricos encontrados no mercado não são feitos de cobre ou latão, ou seja, são materiais ferrosos apenas banhados com esses materiais. E, quando utilizados numa instalação elétrica, provocam sérios problemas como faíscas, superaqueci- mento e curtos-circuitos. Uma boa dica para você não comprar “gato por lebre” é levar consigo um ímã na hora da compra. Se a ímã aderir ao produto, certamente este não é de boa qualidade. Emendas aéreas 1. Descasque os fios 2. Dê 2 a 3 voltas com a mão 3. Dê 10 voltas bem apertadas Fio de seção (bitola) correta Normal Fio de seção (bitola) inadequada Emendas em caixa de passagem 5 a 10 voltas bem apertadas com alicate