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LIVRO DE RESUMOS
Grande Auditório – 12 de Fevereiro às 8h15
Moderadores: João Costa e Marta Janeiro
1. Epidemiologia das mortes numa Unidade de Oncologia Pediátrica (2005-2014)
Patrícia Costa Reis
1
; Filipa Durão
1
; Teresa Martins
2
; Maria José Ribeiro
3
; Ana Neto
3
; Ximo Duarte
3
;
Gabriela Caldas
3
; Ana Teixeira
3
; Cristina Mendes
3
; Cláudia Constantino
3
; Sofia Nunes
3
; Ana Lacerda
3
;
Filomena Pereira
3
1 – Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 – Serviço de
Pediatria, Hospital Garcia da Orta; 3- Departamento de Oncologia da Criança e do Adolescente, Instituto Português de
Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG)
2. Fervores na auscultação pulmonar: um indicador sensível no diagnóstico da
bronquiolite obliterante pós-infecciosa
Cátia Pereira
1
; 2- Luísa Pereira
1
; 3- Ana Saianda
1
; 4- Rosário Ferreira
1
; 5- Teresa Bandeira
1
1 - Unidade de Pneumologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa
3. Alergia medicamentosa no Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica: experiência de 1
ano
Filipa Durão
1
; Rita Aguiar
2
; Catarina Gomes
1
; Cláudia Gomes
1
; Ricardo Fernandes
3
; Anabela Lopes
2
;
Ana Neves
3
; MA Pereira-Barbosa
2
; Maria do Céu Machado
1
1 - Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 - Serviço de
Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3 -Unidade de Alergologia,
Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de
Lisboa
4. Apendicite aguda em idade pediátrica: correlação de parâmetros analíticos de
inflamação com a gravidade da doença
Andreia Felizes
1
; Sara Lobo
1
; Miroslava Gonçalves
1
1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
5. Infecção a Neisseria gonorrhoeae no período pré-puberdade: a primeira evidência de
abuso sexual
Cátia R. Correia
1
, Paula Nunes
1
, Ana Caldeira
1
1 – Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO
Grande Auditório – 13 de Fevereiro às 8h15
Moderadores: Bárbara Águas, Ana Rita Sandes
6. Vitamina B1: o elo entre anemia, diabetes e surdez
Ana S. C. Fernandes
1
, Margarida Valério
2
, Brígida Robalo
1
, Carla Pereira
1
, Anabela Morais
3
, Maria de
Lurdes Sampaio
1
1-Unidade de Endocrinologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO; 3-Unidade de
Hematologia, Serviço de Pediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
7. Identificação do Risco Nutricional na Pediatria (resultados preliminares)
Ana Rita Silva
1
; Paulo Oom
1
1 – Serviço de Pediatria, Hospital Beatriz Ângelo
8. Crianças em Risco: A Função Social do Hospital. Casuística de dois anos.
COMUNICAÇÕES ORAIS
Bárbara Marques
1
; Ana Ventura
1
; Filipe Benito Garcia
2
; Sónia Almeida
3
; Bárbara Águas
1
; A. Siborro
Azevedo
1
1–Unidade de Pediatria Geral, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2- Serviço de Imuno-Alergologia, Hospital CUF Descobertas; 3–Serviço Social,
Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
9. Fotofitodermatose grave
Edgar Moreira
1
, Ana Luísa Rodrigues
2
, Ana de Sousa
3
, Filipa Prata
1
, Cristina Tapadinhas
4
, José
Gonçalo Marques
1
1- Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Pediatria, Hospital do Divino Espirito Santo de Ponta Delegada; 3-Serviço de
Cardiologia Pediátrica, Hospital de Santa Cruz, CHLO; 4-Serviço de Dermatologia, Hospital de Santa Maria, CHLN
10. Estado Nutricional, Atividade física e Qualidade de Vida em crianças e adolescentes
com Doença de Crohn: um estudo caso-controlo
Inês Asseiceira
1
; Sara Azevedo
2
; Catarina Maltez
2
, Teresa Rodrigues
3
; Ana Catarina Moreira
4
; Ana
Isabel Lopes
2
1- Serviço de Dietética e Nutrição, Hospital de Santa Maria, CHLN; 2-Unidade de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição;
Serviço de Pediatria Médica, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa; 3-Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina de Lisboa; 4 – Escola Superior de
Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa
Grande Auditório – 12 de Fevereiro às 16h30
Moderadores: Anabela Morais, João Albuquerque
11. Prevalência de anemia na apresentação da Doença de Crohn em doentes pediátricos:
experiência de um centro terciário
Rita Jotta
1
, Sara Azevedo
1
, Helena Loreto
1
, Paula Mourato
1
, Ana Isabel Lopes
1
1- Unidade de Gastrenterologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa
12. Quando a dorsalgia se mostra um desafio...
Sara Vaz
1
; Catarina Franco
1
; Teresa Jacinto
1
; Carolina Furtado
2
; Manuel Salgado
3
; Fernanda Gomes
1
1- Serviço de Pediatria, Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 2-Serviço de Reumatologia, Hospital do Divino
Espírito Santo de Ponta Delgada; 3-Serviço de Reumatologia, Hospital Pediátrico de Coimbra, CHUC
13. Infeções associadas aos cuidados de saúde: realidade Dinamarquesa vs Portuguesa
em unidades de cuidados intensivos neonatais
Joana Chagas
1
; Joana Saldanha
2
1 - Interna do Ano Comum, Hospital Garcia de Orta. 2 – Serviço de Neonatologia, Departamento de Pediatria, Hospital de
Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
14. Coagulopatia transitória por infecção a Mycoplasma pneumoniae
Catarina Lacerda
1
; Margarida Rafael
1
; Sofia Silva
1
; Ana Fernandes
1
; Carlos Barradas
1
; Nélia
Ferraria
1
1- Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Barreiro Montijo
15. O contributo da ecografia no diagnóstico da apendicite aguda na idade infantil
Stéfanie Pereira
1
, Mariana Morgado
1
, Miroslava Gonçalves
1
1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
POSTER COM APRESENTAÇÃO EM SALA
16. Análise retrospetiva das complicações da cirurgia de ambulatório em idade pediátrica
num hospital terciário
Andreia Felizes
1
; Sara Lobo
1
; Miroslava Gonçalves
2
1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
17. Pancreatite aguda em Cuidados Intensivos Pediátricos: para além da inflamação
Rita Lourenço
1
, Erica Torres
1
, Leonor Boto
1
, Joana Rios
1
, Cristina Camilo
1
, Francisco Abecassis
1
,
Marisa Vieira
1
1- Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa
18. Doença de Menkes: um diagnóstico raro a lembrar.
Maria Carlos Janeiro
1
, Ana Franco
2
, Sofia Quintas
3
, Patrícia Janeiro
4
, Patrícia Dias
5
, António Levy
3
1- Departamento de Pediatria, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca; 2- Serviço de Neurologia, Hospital de Santa Maria
– CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Unidade de Neuropediatria, Serviço de Pediatria Médica, Departamento
de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa, 4-Unidade de Doenças Metabólicas,
Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de
Lisboa; 5- Serviço de Genética, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina
de Lisboa
Grande Auditório – 13 de Fevereiro às 14h30
Moderadores: Lurdes Sampaio e Sara Azevedo
19. Eritema multiforme causado por vírus Parainfluenza-3 em duas lactentes gémeas
Ruben Duarte Ferreira
1
; Sara Pinto
2
; Ana Teixeira
3
; José Gonçalo Marques
2
1- Serviço de Imunoalergologia, CHLN – Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Unidade de Infecciologia, Serviço de
Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3-
Serviço de Dermatologia, CHLN – Centro Académico de Medicina de Lisboa
20. Alergia Alimentar no Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica – experiência de dois
anos
Sara Ferreira
1
, Marta Valente
1
, Joana Fermeiro
1
, Ricardo Fernandes
1
, Fátima Duarte
2
, Célia Costa
2
,
Ana Neves
1
, MA Pereira-Barbosa
2
, Maria do Céu Machado
1
1 – Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 – Serviço de
Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria – CHLN
21. Artrite idiopática juvenil sistémica: um diagnóstico a ter em conta
Catarina Franco
1
; Sara Vaz
1
; Teresa Jacinto
1
; Carolina Furtado
2
;Juan Gonçalves
1
1-Serviço de Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 2- Serviço de Reumatologia do Hospital do
Divino Espírito Santo de Ponta Delgada
22. Streptococcus pyogenes como causa de pneumonia adquirida na comunidade.
Oportunidade para registo nacional?
I. Carneiro
1
; T. Martins
2
; L. Oliveira
1
; E. Santos
3
; A. Saianda
3
; R. Ferreira
3
; L. Pereira
3
; T. Bandeira
3
1- Serviço de Pediatria Médica Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina
de Lisboa; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 3 - Unidade de Pneumologia, Serviço de Pediatria Médica,
Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
23. Displasia Septo-Óptica – revisão dos casos da Unidade de Endocrinologia Pediátrica
do HSM
Filipa Marçal
1
, Joana Gaspar
2
, Ana Filipa Martins
3
, Brígida Robalo
3
, Carla Pereira
3
, Lurdes Sampaio
4
1- Serviço de Pediatria, Hospital Central do Funchal; 2- Serviço de Pediatria, Hospital do Espírito Santo de Évora; Unidade de
Endocrinologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico
de Medicina de Lisboa
24. Infecção a Rickettsia complicada de meningoencefalite em lactente de dois meses
Ana Sousa
1
, Ana Luisa Rodrigues
2
, Joana Oliveira
3
, Marta Almeida
4
, Cristina Camilo
5
, Filipa Prata
6
,
Ana Mouzinho
6
, José Gonçalo Marques
6
1 - Serviço de Cardiologia Pediátrica, Hospital de Santa Cruz, CHLO; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital do Divino Espirito Santo
de Ponta Delegada; 3 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Funchal; 4 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 5
– Unidade de Cuidados Intensivos, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa. 6 - Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de
Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
25. Intervenção nutricional em crianças e adolescentes com fibrose quística - Resultados
preliminares de um estudo prospetivo
Sandra Mexia
1
; Inês Asseiceira
1
; Teresa Rodrigues
2
; Luísa Pereira
3
; Celeste Barreto
3
1 - Serviço de Dietética e Nutrição, Hospital de Santa Maria, CHLN; 2-Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina
de Lisboa; 3 -Centro Especializado de Fibrose Quística; Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa
26. Um Ano de Uroculturas num Serviço de Urgência Pediátrica - Que terapêutica
empírica escolher?
Edgar Moreira
1
, Joana Oliveira
1
, Sara Pinto
2
, Gabriela Sá
1
1 –Serviço de Urgência de Pediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa; 2-Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de
Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
27. Adesão à vacina pneumocócica conjugada nos cuidados de saúde primários –
amostragem de uma unidade de saúde familiar
Cátia R. Correia
1
; 2- Bruno Covelo
2
; 3- Joana Campina
2
1- Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO; 2 - USF Descobertas, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras
28. Diplegia facial como forma de apresentação de Síndrome de Guillain-Barré
Marta Pinto
1
, Erica Torres
1
, Marta Soares
1
, Andreia Pereira
1
, José Maio
1
1 – Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro
29. Endocardite Infecciosa: importância como diagnóstico diferencial
Alexandra P. Pinto
1
, Filipa Vila-Cova
2
, Joana Pimenta
2
, Vânia Gonçalves
3
, Georgina Monteiro
4
, Sofia
Granja
2
, Cláudia Moura
2
1- Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2- Serviço de
Cardiologia Pediátrica – C.H. São João; 3- Hospital Integrado de Pediatria – C. H. São João; 4- Serviço de Pediatria, Hospital de
São Teotónio
30. Artrite esternoclavicular em lactente – Kingella kingae?
Ricardo Monteiro
1
; Helena Pragosa
2
; José Gonçalo Marques
3
1– Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de Leiria; 2– Serviço de Pediatria, Hospital de São Francisco Xavier –CHLO; 3–
Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa
31. Síndrome de PFAPA - Caso clínico
Ana Raquel Moreira
1
; Tânia Lopes
1
; Alexandra Fernandes
1
; Fernanda Carvalho
1
; Sónia Carvalho
1
1 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Médio Ave
32. Estudo da casuística do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e
Adolescência, Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte
Mara Sousa
1
; Teresa Goldschmidt
1
; Suzana Henriques
1
; Cristina Rebordão
1
1- Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e Adolescência, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria -
CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
POSTER EM EXPOSIÇÃO
33. Trombocitopénia Imune - Casuística da Unidade de Hematologia Pediátrica do
Hospital de Santa Maria
Virgínia Machado
1
; Patrícia Marques
2
; Rita Martins
3
; Anabela Ferrão
4
; Anabela Morais
4
1-Serviço de Pediatria, Hospital de São Bernardo - Centro Hospitalar de Setúbal; 2-Serviço de Pediatria, Hospital Distrital de
Santarém; 3-Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 4 - Unidade de Hematologia, , Serviço de Pediatria Médica,
Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
34. Encefalite auto-imune
Sara Dias Leite
1
; Jorge Abreu
1
; Ana Dias
1
; João Paulo Gabriel
2
; Cristina Cândido
1
1 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e alto Douro; 2 - Serviço de Neurologia, Centro Hospitalar de
Trás-os-Montes e Alto Douro
35. Unidade de Pediatria Geral num Hospital Terciário – Casuística de um ano de
internamento
Bárbara Marques
1
; Francisca Palha
1
; Joana A. Oliveira
1
; Ana Ventura
1
; Edgar Moreira
1
; Rosa
Martins
1
; Ruben Ferreira
2
; João Marcelino
2
; Filipe Benito Garcia
3
; Bárbara Águas
1
; A. Siborro
Azevedo
1
1–Unidade de Pediatria Geral, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2–Serviço de Imuno-Alergologia, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa; 3–Serviço de Imuno-Alergologia, Hospital CUF Descobertas
36. Uma forma rara de Doença de von Willebrand - Caso Clínico
Patrícia Marques
1
; 2-Virgínia Machado
2
; 3-Rita Martins
3
; 4-Maria João Palaré
4
; 5-Artur Pereira
5
; 6-
Fátima Rodrigues
5
; 7-Cristina Catarino
5
; 8-Anabela Morais
4
1-Serviço de Pediatria, Hospital Distrital de Santarém; 2-Serviço de Pediatria, Hospital São Bernardo- Centro Hospitalar de
Setúbal; 3-Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Horta; 4-Unidade de Hematologia - Serviço de Pediatria Médica,
Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 5-Serviço de
Imunohemoterapia – Hospital de Santa Maria – CHLN
37. Meningite de etiologia pouco comum
Marta Soares
1
, Marta Pinto
1
, Erica Torres
1
, Pedro Cruz
1
, Guida Gama
1
, Maria João Virtuoso
1
, Maria
Filipe Barros
1
1 – Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro
38. Linfedema congénito primário hereditário: descrição de um caso clínico de
apresentação ao nascimento
Rita Espírito Santo
1
; Oana Moldovan
2
; Paula Costa
3
; André Graça
3
; Margarida Abrantes
3
1 - Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de
Genética, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Serviço
de Neonatologia, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
39. Choque séptico meningocócico: um caso clínico sem apresentação clássica
Patrícia Romão
1
, Isabel Periquito
1
, Catarina Lacerda
2
, Susana Castanhinha
2
, Cristina Camilo
1
, Marisa
Vieira
1
1-Unidade de Cuidados Intensivos de Pediatria, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa
Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 2-Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Barreiro-Montijo.
40. Internamentos por varicela no Hospital de Faro - revisão de 10 anos
Erica Torres
1
; Marta Pinto
1
; Marta Soares
1
; Maria João Virtuoso
1
; João Rosa
1
; Duarte Santos
1
1- Hospital de Faro, Centro Hospitalar do Algarve
41. Hepatoesplenomegália neonatal: para além das causas comuns
Filipa Durão
1
, Patrícia Romão
1
, Ana Rita Prior
2
, Sandra Valente
2
, Patrícia Janeiro
3
, Ana Gaspar
3
, Joana
Saldanha
2
1- Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de
Neonatologia, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3-
Unidade de Doenças Metabólicas, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa
42. Glicogenoses – doenças de armazenamento com grande heterogeneidade clínica
R. Machado
1
, J. Coelho
1
, P. Janeiro
2
, C. Costa
2
, A. Cabral
2
, M.J. Silva
3
, H.M. Santos
3
, I. Tavares de
Almeida
3
, H. Rocha
4
, M.L. Cardoso
4
, L. Vilarinho
4
, A. Gaspar
2
1- Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina
de Lisboa 2-Unidade de Doenças Metabólicas, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa
Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3-Grupo Metabolismos e Genética, iMed, Faculdade de Farmácia,
Universidade de Lisboa; 4-Unidade de Rastreio Neonatal Metabolismo e Genética, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo
Jorge
43. Profilaxia antibiótica em Cirurgia Pediátrica de ambulatório
Stéfanie Pereira
1
, Mariana Morgado
1
, Miroslava Gonçalves
1
1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
1. Epidemiologia das mortes numa Unidade de Oncologia Pediátrica (2005-2014)
Patrícia Costa Reis
1
; Filipa Durão
1
; Teresa Martins
2
; Maria José Ribeiro
3
; Ana Neto
3
; Ximo Duarte
3
;
Gabriela Caldas
3
; Ana Teixeira
3
; Cristina Mendes
3
; Cláudia Constantino
3
; Sofia Nunes
3
; Ana Lacerda
3
;
Filomena Pereira
3
1 – Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 – Serviço de
Pediatria, Hospital Garcia da Orta; 3- Departamento de Oncologia da Criança e do Adolescente, Instituto Português de
Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG)
Introdução: Apesar de rara, a doença oncológica constitui a segunda causa de morte dos 5-
14 anos. Novas estratégias terapêuticas têm melhorado significativamente a sobrevida,
mas associam-se a elevado risco de toxicidade. O objectivo deste trabalho é analisar as
mortes em Oncologia Pediátrica.
Métodos: Revisão retrospectiva dos processos clínicos dos doentes seguidos no
Departamento de Oncologia da Criança e do Adolescente do Instituto Português de
Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG), falecidos de Janeiro 2005 a Dezembro 2014.
Resultados: Em 10 anos faleceram 317 crianças, 177 do sexo masculino (56%), com idade
mediana de 6 anos (Q25=5anos; Q75=14anos). Cento e vinte e quatro crianças tinham
tumores sólidos (39%), 108 tumores do sistema nervoso central (34%) e 85
leucemias/linfomas (27%). A principal causa de morte foi doença progressiva (N=264,
83%), seguida de infecção (N=27, 9%). Em 19/27 diagnosticou-se choque séptico, 16/19 em
contexto de neutropenia. Oito crianças morreram após cirurgias (3%). A doença do
enxerto-contra-hospedeiro causou 3 mortes (1%). Duas crianças faleceram por
neurotoxicidade, uma por cardiotoxicidade e outra por anafilaxia. A mediana do
diagnóstico até à morte foi de 17 meses nas mortes por progressão e 7 meses nas mortes
tóxicas. A maioria das mortes por progressão ocorreram no IPOLFG (N=151, 57%); 80
crianças (30%) faleceram no hospital da área de residência e 33 (13%) no domicílio. Todos
os doentes com mortes tóxicas (N=48) faleceram num hospital, 23/48 em unidades de
cuidados intensivos.
Conclusões: A grande maioria das mortes em crianças com doença oncológica deveu-se a
progressão de doença; nestes casos a percentagem de morte em casa foi muito inferior ao
observado em países onde existem cuidados paliativos pediátricos. De entre as mortes
tóxicas as infecções representaram a principal causa de morte, pelo que a sua prevenção,
diagnóstico precoce e terapêutica agressiva devem ser uma preocupação constante no
cuidado destes doentes.
Palavras-chave: Oncologia; Mortalidade; Toxicidade.
2. Fervores na auscultação pulmonar: um indicador sensível no diagnóstico da
bronquiolite obliterante pós-infecciosa
Cátia Pereira
1
; 2- Luísa Pereira
1
; 3- Ana Saianda
1
; 4- Rosário Ferreira
1
; 5- Teresa Bandeira
1
1 - Unidade de Pneumologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa
Introdução e Objectivos: As infecções respiratórias baixas de etiologia viral são comuns em
idade pediátrica e, na sua maioria, curam. Em casos raros existe progressão para doença
pulmonar obstrutiva crónica, denominada bronquiolite obliterante pós-infecciosa (BOPI),
cuja suspeição é fundamental. O objectivo deste estudo é apresentar indicadores de
evolução para BOPI.
Metodologia: Estudo transversal duma série de doentes com o diagnóstico de BOPI em
acompanhamento activo numa consulta de Pneumologia Pediátrica (Jan 2011 - Jun 2014).
COMUNICAÇÕES ORAIS 12 de Fevereiro, 8h15
Revisão de processos clínicos com análise de dados demográficos, episódio agudo,
etiologia microbiológica, evolução clínica, exames complementares e terapêutica. O
diagnóstico foi validado pela presença de padrão em mosaico na tomografia
computorizada (TC) torácica e pelo menos 1 dos critérios: 1) história de
bronquiolite/pneumonia viral grave; 2) infecção por adenovírus; 3) padrão obstrutivo no
estudo funcional respiratório. Análise descritiva com o programa Excel.
Resultados: Incluíram-se 44 doentes com diagnóstico de BOPI confirmado por TC torácica;
31 (70,5%) rapazes; idade mediana actual 17 [4-27] anos. Em 39 (88,6%) houve história de
infecção pulmonar grave com internamento, 17 (38,6%) em Unidade de Cuidados
Intensivos, 13 (29,5%) com necessidade de ventilação mecânica. Adenovírus foi
identificado no episódio agudo em 18 (40,9%) doentes. Todos apresentaram fervores
persistentes na auscultação pulmonar após o episódio inicial de infecção pulmonar. Todos
os doentes realizaram estudo funcional respiratório, 42 (95,5%) com obstrução brônquica
e bronquiolar.
Comentários: A variabilidade da evolução clínica na BOPI torna difícil o diagnóstico.
Fervores persistentes na auscultação pulmonar após a infecção inicial, pode ser um
indicador sensível de progressão para BOPI. Estudos subsequentes devem ser efectuados
em centros de referência com experiência no acompanhamento destes doentes.
Palavras-chave: bronquiolite obliterante, adenovírus, fervores
3. Alergia medicamentosa no Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica: experiência de
1 ano
Filipa Durão
1
; Rita Aguiar
2
; Catarina Gomes
1
; Cláudia Gomes
1
; Ricardo Fernandes
3
; Anabela Lopes
2
;
Ana Neves
3
; MA Pereira-Barbosa
2
; Maria do Céu Machado
1
1 - Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 - Serviço de
Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3 -Unidade de Alergologia,
Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de
Lisboa
Introdução: A hipersensibilidade a medicamentos em idade pediátrica constitui um
verdadeiro problema de saúde pública, devido à elevada frequência da sua suspeita e aos
custos socioeconómicos inerentes. Embora qualquer fármaco possa desencadear uma
reação alérgica, os antibióticos são os mais frequentemente envolvidos, designadamente
os beta-lactâmicos. Com este trabalho, pretendeu-se caraterizar os casos suspeitos de
alergia medicamentosa (AM) observados num Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica
(HDAP).
Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo das crianças com suspeita de AM propostas
para sessão de HDAP num hospital universitário nível III, durante 14 meses. Avaliaram-se
dados demográficos, antecedentes pessoais, sintomas de apresentação e relação temporal
com a toma do fármaco e abordagem diagnóstica. Análise descritiva em Excel 2010®.
Resultados: Incluíram-se 24 crianças com suspeita de AM. A mediana da idade na primeira
observação foi 3,6 anos [1,4-10,2], 66,7% eram do género masculino, 37,5% tinham
antecedentes alergológicos. Identificaram-se 29 suspeitas de AM, 26 das quais envolvendo
antibióticos (92,3% beta-lactâmicos). A urticária aguda foi a apresentação inicial mais
frequente (22) e a reação foi imediata em 3 dos casos. O estudo alergológico inicial (teste
cutâneo por picada, teste intradérmico, IgE específica) foi negativo em todos os casos. A
mediana de tempo entre a reação suspeita e o estudo alergológico foi de 11,5 meses [4-
48]. Realizaram-se 25 provas de provocação, 3 das quais foram positivas (urticária não
imediata após amoxicilina/clavulanato). Nestes casos, foi mantida a recomendação da
evicção deste antibiótico.
Discussão: A maioria das suspeitas de AM envolveu antibióticos, em particular beta-
lactâmicos, que são fármacos de primeira linha em múltiplas infecções em idade
pediátrica. Embora existisse história de reacção adversa medicamentosa, apenas numa
minoria se confirmou AM. Com este estudo, pretendemos mostrar a importância de uma
adequada investigação alergológica na suspeita de AM, de forma a impedir evicções
desnecessárias, com implicações de natureza económica e na eficácia terapêutica.
Palavras-chave: Alergia Medicamentosa; Hospital de Dia
4. Apendicite aguda em idade pediátrica: correlação de parâmetros analíticos de
inflamação com a gravidade da doença
Andreia Felizes
1
; Sara Lobo
1
; Miroslava Gonçalves
1
1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
A apendicite aguda na idade pediátrica continua a constituir um desafio, justificável pela
elevada frequência de um quadro clínico atípico e pela possível gravidade. O valor de
leucócitos, neutrófilos e proteína C reativa (PCR) complementam a avaliação clinica na
aferição do diagnóstico, mas os estudos que correlacionam estes dados com a gravidade
da doença são escassos.
Os autores propuseram-se a caraterizar uma população pediátrica com o diagnóstico de
apendicite aguda e relacionar os parâmetros analíticos de inflamação com o diagnóstico
definitivo.
Estudou-se retrospetivamente, no período de um ano, a população pediátrica admitida no
serviço de urgência de um hospital terciário, com diagnóstico de apendicite aguda,
classificada em não complicada (grupo I) ou complicada (grupo II - com perfuração e
peritonite ou abcesso). Avaliaram-se os parâmetros analíticos de inflamação à admissão -
leucócitos, neutrófilos em % e PCR. Na análise estatística recorreu-se ao programa SPSS
20.0 (testes ANOVA, Eta e Chi-quadrado).
Incluíram-se 129 doentes, entre 3 e 17 anos (média 10 anos), 57% sexo masculino, 78%
pertencentes ao grupo I e 21% ao grupo II. Registou-se leucocitose em 63% (I) vs 74% (II);
neutrofilia em 95% (I) vs 100% (II) e uma média de valores de PCR de 3,1 (I) vs 11,3 mg/dl
(II). Constatou-se significância estatística na correlação do tipo de apendicite com o valor
de PCR pré-operatória (p <0,01; eta 0,526). Não se verificou correlação estatística quando
avaliada a leucocitose (p 0,208) e a neutrofilia (p 0,299).
Conclui-se que a PCR foi o único parâmetro analítico estudado em que se verificou uma
relação estatística significativa com a gravidade da apendicite, contrariando alguns dos
estudos encontrados na literatura. Os autores recomendam a avaliação dos parâmetros
analíticos de inflamação, dando especial ênfase à PCR, na suspeita de apendicite.
Palavras-chave: apendicite, parâmetros de inflamação, PCR
5. Infecção a Neisseria gonorrhoeae no período pré-puberdade: a primeira evidência de
abuso sexual
Cátia R. Correia
1
, Paula Nunes
1
, Ana Caldeira
1
1 – Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO
Introdução: A infecção a Neisseria gonorrhoeae (N. gonorrhoeae), antes da puberdade e
fora do período neonatal, deve ser considerada como presumível o contacto sexual e
fortemente indicativa de abuso sexual (AS). A infeção sexualmente transmitida (IST) pode
ser a única evidência física do AS.
Casos Clínicos: Caso 1: L.F., 3 anos, sexo masculino, saudável até à véspera do
internamento quando inicia edema, rubor e dor periorbitária direita, associado a exsudado
purulento. Laboratorialmente destacava-se ligeira leucocitose e PCR negativa. Realizou TC
orbitas que excluiu celulite pré e pós septal e, posteriormente, foi isolado no exsudado
conjuntival N. gonorrhoeae. Completou terapêutica com amoxicilina+acido clavulânico
(oral) e cloranfenicol (tópico) com melhoria. Foi referenciado ao Núcleo Hospitalar de
Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NHCJR)
Caso 2: L.L., 5 anos, sexo feminino, saudável até 5 dias antes do internamento quando
inicia edema do joelho direito e gonalgia intensa. Sem história de traumatismo, febre ou
outros sintomas. Apresentava PCR 20.1 mg/dL, a ecografia do joelho revelou derrame
articular e foi isolado no liquido articular N. gonorrhoeae (assim como no exsudado
orofaríngeo). Completou 10 dias de ceftriaxone (endovenoso) e 3 semanas de flucloxacilina
(oral). Articulou-se com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e Policia
Judiciaria, tendo-se confirmado o AS.
Caso 3: C.P., 6 anos, sexo feminino, referenciada para a consulta de Pediatria por
leucorreia com 15 dias de evolução, na qual foi isolada N. gonorrhoeae. Sem outras
queixas. Tratou-se com ceftriaxone (endovenoso). Na 2º consulta a criança confirmou o AS.
Articulou-se com NHCJR e foram realizadas as diligências necessárias.
Discussão: Aproximadamente 5% das crianças que são abusadas sexualmente adquirem
uma IST. As bactérias mais comummente identificadas são N. gonorrhoeae e Chlamydia
trachomatis. Guidelines internacionais recomendam que todos os casos de gonorreia no
período pré-puberdade sejam referenciados aos serviços de Pediatria e aos NHCJR.
Grande Auditório – 13 de Fevereiro às 8h15
Moderadores: Bárbara Águas, Ana Rita Sandes
6. Vitamina B1: o elo entre anemia, diabetes e surdez
Ana S. C. Fernandes
1
, Margarida Valério
2
, Brígida Robalo
1
, Carla Pereira
1
, Anabela Morais
3
, Maria de
Lurdes Sampaio
1
1-Unidade de Endocrinologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO; 3-Unidade de
Hematologia, Serviço de Pediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
Introdução: A diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é a causa mais frequente de diabetes em
idade pediátrica. Contudo, o diagnóstico de diabetes no lactente implica a exclusão de
formas monogénicas, particularmente quando se associa a outras manifestações clínicas.
Caso clínico: Lactente do sexo feminino com antecedentes familiares de DM1 e
antecedentes pessoais irrelevantes (rastreio auditivo perinatal por otoemissões acústicas
normal).
No contexto de síndrome febril foi internada aos nove meses por infecção urinária a
Escherichia coli, identificando-se glicosúria na análise sumária de urina. A avaliação
laboratorial revelou diabetes mellitus inaugural (glicemia 1000 mg/dL, cetonemia
150mg/dL, pH 7,26, bicarbonato 10,9 mg/dL e excesso de bases -16,1) e anemia com
evolução para bicitopenia (valores mínimos de hemoglobina 7,2g/dL, VGM 81,4fL,
leucócitos 7520 células/mcL, plaquetas 30000/mcL). Sem referência a poliúria, polidipsia
ou perda ponderal. Teve necessidade de suporte transfusional com melhoria dos
parâmetros hematológicos. Doseamento de glicose-6-fosfato-desidrogenase, electroforese
de hemoglobinas e mielograma sem alterações, e serologias negativas. Pesquisa de
anticorpos anti-dsDNA, antinucleares, anti-GAD, anti-ilhéus e anti-insulina negativa. Iniciou
insulinoterapia com bom controlo glicémico.
Aos 13 meses foi avaliada por otorrinolaringologia por suspeita de défice auditivo,
COMUNICAÇÕES ORAIS 13 de Fevereiro, 8h15
realizando potenciais evocados auditivos que confirmaram a presença de surdez
neurossensorial.
Por suspeita de síndrome TRMA (Thiamine-responsive megaloblastic anemia), iniciou
suplementação com tiamina (75 mg/dia) com bom controlo hematológico e necessidades
decrescentes de insulina, sem melhoria do défice auditivo (colocados implantes cocleares
aos 23 meses). O estudo genético identificou uma nova mutação do gene SLC19A2
responsável pelo síndrome.
Discussão: A associação de anemia megaloblástica e diabetes no lactente deve colocar a
suspeita de síndrome de TRMA. A surdez neurossensorial completa a tríade de sintomas
típica, podendo surgir posteriormente. O tratamento com tiamina associa-se a controlo
hematológico e da diabetes (com evolução frequente para insulino-dependência após a
puberdade), mas sem resposta do défice auditivo.
Palavras-chave: Diabetes mellitus, Sindrome TRMA, sindrome de Roger's, défice auditivo,
anemia megaloblástica
7. Identificação do Risco Nutricional na Pediatria (resultados preliminares)
Ana Rita Silva
1
; Paulo Oom
1
1 – Serviço de Pediatria, Hospital Beatriz Ângelo
As crianças internadas têm um maior risco de malnutrição. O seu estado nutricional tem
impacto nos resultados do internamento, nomeadamente no aumento da morbilidade
relacionada com a doença, prolongando o tempo internamento. Identificar o risco
nutricional das crianças na admissão é por isso um dado importante na sua avaliação
clinica. Identificar precocemente o risco nutricional permite uma intervenção nutricional
precoce e adequada para prevenir o impacto da malnutrição no crescimento da criança.
Objetivos: Identificar o risco nutricional na pediatria no Hospital Beatriz Ângelo através de
dois questionários – StrongKids e STAMP; Comparar os resultados obtidos; Verificar qual a
correlação entre o risco nutricional e o tempo de internamento. Metodologia: Este é um
estudo transversal, analítico; População-Alvo: Crianças internados Hospital Beatriz Ângelo;
Amostragem: 30 doentes selecionados aleatoriamente no serviço de Pediatria do Hospital
Beatriz Ângelo durante o mês de Novembro e Dezembro; Critérios de inclusão: Todas as
crianças com idade entre 1 e 18 anos; Instrumentos de medida: Questionário StrongKids e
STAMP.
Resultados e Discussão: Nesta amostra verificou-se que 73% das crianças internadas
apresentam risco nutricional moderado a elevado. O questionário StrongKids identificou
26,7% de crianças com baixo risco nutricional, 53,3% com risco moderado e 20% com risco
elevado; o STAMP identificou 26,7% sem risco nutricional; 23,3% com risco moderado e
50% com risco elevado. Foi também possível constatar que o risco nutricional varia
consoante o motivo de internamento, sendo que as crianças internadas por causas
gastrointestinais, respiratórias e infeciosas são as que apresentam maior risco nutricional.
Verificou-se uma correlação positiva moderada entre o score do StrongKids e o tempo de
internamento (r=0,772; p=0,05); e também entre os dois questionários (r=0,783; p=0,000).
Conclusão: A prevalência de crianças com risco nutricional à admissão é elevada e por isso,
a sua identificação deve ser parte integrante da avaliação inicial. Apesar das diferenças os
dois questionários são válidos.
Palavras-chave: Crianças; Risco Nutricional; Questionários; Desnutrição; Internamento
8. Crianças em Risco: A Função Social do Hospital. Casuística de dois anos.
Bárbara Marques
1
; Ana Ventura
1
; Filipe Benito Garcia
2
; Sónia Almeida
3
; Bárbara Águas
1
; A. Siborro
Azevedo
1
1–Unidade de Pediatria Geral, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2- Serviço de Imuno-Alergologia, Hospital CUF Descobertas; 3–Serviço Social,
Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
Introdução: Todos os profissionais de saúde têm o dever de detetar e sinalizar situações de
perigo ou de maus-tratos para a criança. A Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo,
de 1999, pretende promover os direitos e proteger crianças e jovens em perigo. O trabalho
realizado teve como objetivos analisar os motivos sociais que justificaram os
internamentos hospitalares e conhecer o impacto do risco social no internamento
pediátrico.
Métodos: Estudo retrospetivo e descritivo de crianças/jovens internados na Unidade de
Pediatria Geral de um hospital terciário, entre Janeiro de 2013 e Dezembro de 2014,
referenciados ao Serviço Social e/ou Núcleo de Apoio à Criança e à Família.
Resultados: Foram sinalizados 33 casos, 64% do sexo feminino (n=21), com uma idade
mediana de 26 dias (min: 6d; máx: 16A). Destes, 55% (n=18) corresponderam a recém-
nascidos (RN), 16 internados desde o nascimento. A duração média do internamento foi de
11 dias, com uma mediana de 5 dias (min 0; máx 49). Foram internadas por motivos
exclusivamente sociais 27 crianças (82%). Quarenta e cinco por cento dos pais tinham
menos de 30 anos (n=15) e 85% era de nacionalidade portuguesa (n=28). As mães estavam
desempregadas em 64% dos casos (n=21). Verificaram-se 10 casos de doença psiquiátrica
e/ou toxicodependência dos progenitores. No grupo dos RN, 67% das gestações não foram
vigiadas (n=12). O principal motivo de internamento foi a necessidade de internamento
protetor (55%, n=18) e 64% das crianças teve alta para o domicílio em contexto de
integração familiar (n=21).
Comentários: A necessidade de proteção de crianças e jovens em risco é indiscutível.
Contudo, o seu internamento numa enfermaria hospitalar traz outros riscos que não
podem ser desconsiderados, nomeadamente o risco de infeção hospitalar, bem como um
impacto económico significativo. Assim, há que avaliar todos os fatores em causa e
considerar alternativas.
Palavras-chave: Crianças, Jovens, Perigo, Proteção, Maus-tratos
9. Fotofitodermatose grave
Edgar Moreira
1
, Ana Luísa Rodrigues
2
, Ana de Sousa
3
, Filipa Prata
1
, Cristina Tapadinhas
4
, José
Gonçalo Marques
1
1- Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Pediatria, Hospital do Divino Espirito Santo de Ponta Delegada; 3-Serviço de
Cardiologia Pediátrica, Hospital de Santa Cruz, CHLO; 4-Serviço de Dermatologia, Hospital de Santa Maria, CHLN
Introdução: A fotofitodermatose é uma reacção fototóxica, que ocorre tipicamente após
exposição tópica a substâncias derivadas das plantas, com exposição solar subsequente.
Embora seja mais frequente em adultos por exposição ocupacional, pode acontecer em
crianças por contactos esporádicos em contexto recreativo. Neste trabalho relata-se o caso
de dois irmãos com uma reacção exuberante de fotofitodermatose após exposição
recreativa a plantas comuns.
Casos clínicos: Dois irmãos, de 6 e 10 anos, previamente saudáveis, apresentaram-se no
Serviço de Urgência com lesões cutâneas extensas, respectivamente nos membros inferior
direito e superior esquerdo, caracterizadas por eritema bem delimitado com flictenas,
associado a edema e dor, sem febre. Foram ambos internados e medicados com
antibioticoterapia sistémica. As lesões ocorreram 48h após exposição a urtigas, e posterior
fricção da pele com folhas de Rumex obtusifolius ("labaça") numa tentativa de aliviar o
prurido pelas urtigas. Neste contexto admitiu-se o diagnóstico de fotofitodermatose tendo
iniciado corticoterapia sistémica e tópica com melhoria gradual do quadro.
Discussão: Apresentamos um caso de fotofitodermatose exuberante, cujo diagnóstico foi
possível pela anamnese cuidada e pela evolução temporal do quadro. A espécie vegetal
implicada não está classicamente associada a fenómenos de fotossensibilização, e é
inclusive referida na tradição anglo-saxónica como útil no alívio tópico da dermatite de
contacto a urtigas.
Palavras-chave: Fotofitodermatose; Rumex obtusifolius
10. Estado Nutricional, Atividade física e Qualidade de Vida em crianças e adolescentes
com Doença de Crohn: um estudo caso-controlo
Inês Asseiceira
1
; Sara Azevedo
2
; Catarina Maltez
2
, Teresa Rodrigues
3
; Ana Catarina Moreira
4
; Ana
Isabel Lopes
2
1- Serviço de Dietética e Nutrição, Hospital de Santa Maria, CHLN; 2-Unidade de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição;
Serviço de Pediatria Médica, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa; 3-Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina de Lisboa; 4 – Escola Superior de
Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa
Introdução: A Doença de Crohn (DC) em idade pediátrica está reconhecidamente
associada a elevada prevalência de desnutrição. Por outro lado, o curso imprevisível da
doença torna-a disruptiva do ponto de vista psicológico, social e familiar, condicionando a
absentismo escolar e a diminuição da prática regular de atividade física (AF) e da qualidade
de vida (QV).
Objetivos: Avaliação do estado nutricional, das necessidades energéticas, da atividade
física e da qualidade de vida em crianças e adolescentes com DC e comparação com um
grupo de controlos “saudáveis”.
Metodologia: Estudo caso-controlo, transversal e observacional. Foram avaliadas, 30
crianças/adolescentes com DC e 50 controlos. A avaliação de ambos os grupos contemplou
a ingestão alimentar (registo alimentar de 3 dias), antropometria: peso, altura, índice de
massa corporal, perímetro braquial e prega cutânea tricipital; composição corporal obtida
por Bioimpedância (massa gorda (MG) e massa isenta em gordura (MIG)); atividade física
(questionário de Baecke e colaboradores) e qualidade de vida (KIDSCREEN® ou IMPACT
III®). No grupo de estudo, foram ainda avaliadas variáveis clinicas relacionadas com a
doença, nomeadamente localização, extensão e atividade da mesma, bem como alguns
parâmetros bioquímicos. Análise estatistica:IBM®SPSS® 22.
Discussão/conclusão: Os resultados do presente estudo, refletem que estes doentes
apesar de bem nutridos segundo o índice de massa corporal (IMC) exibem importantes
alterações na composição corporal caracterizadas, por um excesso de MG e um défice de
MIG. Além disso, estes doentes praticavam significativamente menos exercício do que o
grupo de controlos “saudáveis” podendo este fator contribuir para os desequilíbrios ao
nível da composição corporal. O presente estudo evidencia que os doentes apresentam
défices de ingestão de macro e micronutrientes específicos, dados estes que reforçam a
importância de um acompanhamento nutricional a longo termo, independentemente da
fase da doença. As crianças e adolescentes com DC apresentaram níveis de QV
semelhantes ao grupo de controlo.
Palavras-chave: Doença de Crohn, Estado Nutricional, Atividade Física e Qualidade de Vida
Grande Auditório – 12 de Fevereiro às 16h30
Moderadores: Anabela Morais, João Albuquerque
POSTER COM APRESENTAÇÃO EM SALA 12 de Fevereiro, 16h30
11. Prevalência de anemia na apresentação da Doença de Crohn em doentes pediátricos:
experiência de um centro terciário
Rita Jotta
1
, Sara Azevedo
1
, Helena Loreto
1
, Paula Mourato
1
, Ana Isabel Lopes
1
1- Unidade de Gastrenterologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa
Introdução: A anemia é uma manifestação frequente da doença inflamatória intestinal,
especialmente na doença de Crohn (DC). A anemia por défice de ferro (ADF) e a anemia da
doença crónica (ADC) têm um papel fundamental neste contexto, mas a sua prevalência
relativa na pediatria não está ainda estabelecida. Este estudo pretendeu avaliar a
prevalência da anemia (global, ADF e ADC) em doentes pediátricos com DC num centro
terciário.
Métodos: Estudo retrospetivo descritivo de doentes com DC referenciados a uma Unidade
de Gastrenterologia Pediátrica entre janeiro/2011-novembro/2014. Definiu-se anemia
baseada em critérios da OMS, estabelecendo-se a distinção entre ADF e ADC mediante
integração de parâmetros hematológicos e VS. Sintomatologia prévia ao diagnóstico,
classificação de Paris e atividade da doença foram obtidos em todos os doentes.
Resultados: Diagnosticados 56 doentes com DC (33 rapazes), idade mediana-17 anos (26-
7), idade mediana ao diagnóstico-12 anos (18-0,2), mediana de seguimento atual-54,5
meses (166-0,2). Incluídos 42 doentes (14 excluídos: falta de dados). Documentou-se
anemia ao diagnóstico em 32 doentes (76,2%), e doença ligeira nos 10 doentes sem
anemia. Dos 32 doentes com anemia, 16 (50%) tinham ADF (mediana Hb 10.7g/dL [11,9-
7,2], ferritina 34,7mg/dL [75,2-4,1], VS 46mm/h [93-2]); atividade da doença (11/16):
moderada:8, ligeira:3; 6 deles (37,5%) apresentavam envolvimento ileal. Dezasseis doentes
(50%) tinham ADC (mediana Hb 10,9g/dL [12-7,7], ferritina 220mg/dL [850-108,4], VS
71mm/h [120-11]); atividade da doença (14/16): grave:2, moderada:9, ligeira:3; 9 deles
(56,3%) apresentavam envolvimento ileal. Relativamente à duração da sintomatologia
prévia ao diagnóstico, os doentes com anemia tiveram uma mediana de 3 meses (87-0) e
os sem anemia de 2 meses (41-0).
Conclusão: Os resultados obtidos são concordantes com a evidência científica atual. A ADF
e ADC são frequentes ao diagnóstico da DC pediátrica, embora a ADC seja mais prevalente
na doença ativa. A localização da doença foi semelhante dos doentes com ADF e ADC.
Palavras-chave: Doença de Crohn, anemia
12. Quando a dorsalgia se mostra um desafio...
Sara Vaz
1
; Catarina Franco
1
; Teresa Jacinto
1
; Carolina Furtado
2
; Manuel Salgado
3
; Fernanda Gomes
1
1- Serviço de Pediatria, Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 2-Serviço de Reumatologia, Hospital do Divino
Espírito Santo de Ponta Delgada; 3-Serviço de Reumatologia, Hospital Pediátrico de Coimbra, CHUC
Introdução: A osteomielite crónica multifocal recorrente (OCMR) é uma patologia
autoinflamatória da infância e adolescência, afetando maioritariamente as metáfises dos
ossos longos, podendo raramente afectar o esqueleto axial. Caracteriza-se pela existência
de períodos de exacerbação e remissão, com múltiplas lesões ósseas dolorosas e elevada
incapacidade funcional.
Descrição de caso: Rapariga de 13 anos de idade, previamente saudável, com queixas de
dorsalgia de ritmo misto e agravamento progressivo, com três meses de evolução. À
admissão, apresentava-se com dorsalgia de intensidade moderada, hipersudorese e
anorexia, sem febre. Ao exame objetivo apresentava curva cifótica dorsal e deformação
esternal anterior. Realizou TC de tórax, que demonstrou colapso vertebral em D3 e D4.
Analiticamente, salientava-se: VS máxima de 58 mm/h; hemograma normal; exames
culturais e virológicos negativos, e marcadores tumorais negativos. A RMN confirmou
processo de natureza infecciosa/inflamatória a nível de D3, D4 e D5 com destruição
resultando em colapso vertebral sequencial. Fez vários cursos de antibioterapia
endovenosa e tuberculostáticos até obter os resultado dos exames culturais, que foram
todos negativos.
Transferida para o Serviço de Ortopedia Infantil do Hospital Pediátrico de Coimbra onde
realizou biópsia óssea, documentando presença de infiltrado inflamatório crónico, sem
bactérias ou granulomas e cintigrafia óssea que mostrou áreas de hipercaptação na coluna
dorsal superior, refletindo foco inflamatório compatível com osteomielite não bacteriana.
Postulado o diagnóstico de OCMR com envolvimento axial inicial em avaliação
subsequente pela Reumatologia, iniciou pamidronato (0.5-1 mg/kg/dose) endovenoso
durante 3 dias, com melhoria imediata das queixas álgicas. Aos 3 meses de seguimento,
completou o segundo ciclo de pamidronato, mantendo-se em remissão clínica.
Conclusão: O diagnóstico de OCMR é difícil por ser de exclusão, embora seja cada vez mais
reconhecido atualmente. O diagnóstico diferencial de dorsalgia na criança e adolescente
inclui a dor óssea, sendo a OCMR um diagnóstico a considerar nos quadros de dor
persistente e refratária.
Palavras-chave: Osteomielite crónica multifocal recorrente (OCMR); dorsalgia; dor óssea;
autoinflamatória
13. Infeções associadas aos cuidados de saúde: realidade Dinamarquesa vs Portuguesa
em unidades de cuidados intensivos neonatais
Joana Chagas
1
; Joana Saldanha
2
1 - Interna do Ano Comum, Hospital Garcia de Orta. 2 – Serviço de Neonatologia, Departamento de Pediatria, Hospital de
Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
Introdução e Objectivos: As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde são um problema
proeminente e determinante durante o internamento dos recém-nascidos (RN), sobretudo
prematuros, nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN). A vulnerabilidade dos
RN a infeções deve-se a factores intrínsecos imutáveis, como a imaturidade do sistema
imune, e a factores extrínsecos, relacionados com procedimentos de diagnóstico e
terapêutica assim como condições físicas, recursos humanos e dinâmica interna das UCIN.
Procurou-se fazer um estudo comparativo entre a incidência de isolamentos de
microrganismos de amostras de locais estéreis em duas UCIN, Hospital Santa Maria (HSM),
Lisboa, e Rigshospitalet (RH),Copenhaga, e as diferentes condições de trabalho nas UCIN.
Materiais e Métodos: Foram obtidos os dados de isolamentos bacteriológicos de amostras
de locais estéreis entre 2007 e 2009 e informações acerca das UCIN por entrevista aos
profissionais de saúde dedicados ao controlo de infeção.
Resultados: A UCIN do HSM é constituída por 3 salas (total 22 camas), com ratio
enfermeira:recém-nascido entre 1:2 e 1:4. A UCIN do RH é constituída por 18 quartos (total
36 camas) e ratio máximo de 1:2. A taxa de isolamentos de microrganismos no HSM variou
entre 7,3% e 10,1% (média 8,5%) dos recém-nascidos anualmente internados, enquanto no
RH foi entre 6,8% e 8,3% (média 7,7%). A amostra na qual mais frequentemente os
microrganismos foram isolados foi o sangue, com maior prevalência do Staphilococcus
epidermidis.
Discussão: A UCIN do RH apresenta melhores condições de espaço físico e maior ratio
enfermeira:recém-nascido do que o HSM, mas constatámos que a taxa de isolamentos de
microrganismos de amostras de locais estéreis não foi diferente entre as UCIN. As taxas de
incidência calculadas, o tipo de amostra onde mais frequentemente foram isolados
microrganismos e os agentes infecciosos mais prevalentes são coincidentes com os
descritos na literatura para estas populações de RN de risco.
Palavras-chaves: Recém-nascidos, Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Infeções
Associadas aos Cuidados de Saúde, Surtos, Microrganismos
14. Coagulopatia transitória por infecção a Mycoplasma pneumoniae
Catarina Lacerda
1
; Margarida Rafael
1
; Sofia Silva
1
; Ana Fernandes
1
; Carlos Barradas
1
; Nélia
Ferrria
1
1- Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Barreiro Montijo
O Mycoplasma pneumoniae é um agente bem conhecido causador de infecções do trato
respiratório. Pode, menos frequentemente, cursar com um largo espectro de
manifestações extra-pulmonares, nomeadamente hematológicas. Relata-se um caso de
coagulopatia transitória induzida por infecção a Mycoplasma pneumoniae.
Criança do sexo feminino, 5 anos, com antecedentes irrelevantes e sem história pessoal ou
familiar de coagulopatia. Recorreu à urgência por febre com 8 dias de evolução associada a
odinofagia e tosse produtiva, sem resposta à terapêutica com amoxicilina + ácido
clavulânico instituída quatro dias antes.
O exame objectivo revelou hepatomegalia discreta, com auscultação cardiopulmonar
normal e sem outras alterações. A radiografia torácica revelou reforço hilar bilateral. Da
avaliação laboratorial realizada destaca-se aPTT de 79,9s para controlo de 30,9s, com TP e
fibrinogénio normais, sem outras alterações relevantes. A serologia para Mycoplasma
revelou IgM positivo, com restantes serologias virais negativas. Por aumento do aPTT foi
feita investigação clinica com doseamento de factor VIII, IX, XI, anticorpo inibidor do factor
VIII, anticoagulante lupico, factor de Von Willebrand e cofactor de ristocetina que se
revelaram normais. Cumpriu terapêutica com claritromicina com regressão da febre e da
sintomatologia respiratória. Clinicamente nunca apresentou sinais de discrasia
hemorrágica, notando-se uma gradual e progressiva normalização do aPTT após a
regressão do quadro respiratório.
Neste caso, o aumento isolado de aPTT foi coincidente com infecção aguda a Mycoplasma,
com posterior normalização e sem necessidade de terapêutica específica, traduzindo uma
manifestação extra-pulmonar pouco conhecida da infecção a Mycoplasma pneumoniae.
Palavas-chave: Mycoplasma pneumoniae, coagulopatia, manifestações extra-pulmonares
15. O contributo da ecografia no diagnóstico da apendicite aguda na idade infantil
Stéfanie Pereira
1
, Mariana Morgado
1
, Miroslava Gonçalves
1
1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
A apendicite aguda é a causa mais frequente de abdómen cirúrgico na criança, com
incidência na segunda década de vida. A apresentação clínica é variável, dificultando o
diagnóstico. A tomografia computorizada abdomino-pélvica é o exame imagiológico com
maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico, contudo expõe a criança a
radiação. No nosso hospital, recorremos à ecografia abdominal para primeira linha.
O objetivo deste trabalho consiste em correlacionar os dados ecográficos com a clínica e
achados intra-operatórios em crianças operadas com suspeita de apendicite aguda.
Realizou-se um estudo retrospectivo referente a 2014, sobre a população pediátrica
admitida no serviço de urgência (hospital terciário) com diagnóstico de apendicite aguda.
Avaliaram-se os pedidos e resultados ecográficos nesses doentes. A análise estatística foi
feita no programa SPSS 20.0 (teste chi-square e Vcramer).
Analisaram-se 136 doentes, com idades entre os 3 e 17 anos (média de 10 anos), com
predominância masculina. Em 71,3% dos casos foi solicitada ecografia, cuja sensibilidade
foi de 79,4% para o diagnóstico, registando-se 6,2% de falsos-negativos e 14,4% de
resultados inconclusivos.
Dos doentes com Score Alvarado 5-6 (apendicite possível) e com score 9-10 (apendicite
muito provável), o resultado ecográfico foi positivo em 80% de cada amostra. Nos doentes
com Score Alvarado 7-8 (apendicite provável) a ecografia foi positiva em 68% dos casos e
em 26% foi inconclusiva. Correlação sem significado estatístico. Neste estudo, a ecografia
foi uma mais-valia para a decisão cirúrgica nos doentes com Score Alvarado 5-6. No
entanto, nos doentes com Score Alvarado 7-8, a decisão cirúrgica não foi influenciada pelo
resultado ecográfico, pois todos os doentes foram operados e intraoperatoriamente
confirmou-se o diagnóstico clínico. Concluímos que neste subgrupo, o cirurgião deverá ser
contactado antes de se solicitar a ecografia.
A ecografia abdominal, no nosso hospital, revelou uma sensibilidade similar à da literatura,
com uma taxa de falsos negativos pouco significativa, comprovando a sua acurácia
diagnóstica.
Palavras-chave: apendicite, ecografia, Score Alvarado, urgência, criança
16. Análise retrospetiva das complicações da cirurgia de ambulatório em idade
pediátrica num hospital terciário
Andreia Felizes
1
; Sara Lobo
1
; Miroslava Gonçalves
1
1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa
A cirurgia de ambulatório consiste num modelo de cuidados centrado no doente, que na
criança se associa a uma menor rotura da dinâmica familiar e menor impacto psicológico,
associado a melhor rentabilização dos recursos humanos e materiais do sistema nacional
de saúde.
Os autores procuraram avaliar as complicações inerentes aos procedimentos realizados em
cirurgia de ambulatório no sentido de identificar atitudes passíveis de melhoria.
Procedeu-se a um estudo retrospetivo da população pediátrica operada em regime de
ambulatório num hospital terciário, por um período de 18 meses. Das variáveis estudadas
destacam-se: diagnóstico, cirurgia, fatores de risco, terapêutica pré, intra e pós-operatória,
complicações, necessidade de prolongamento do internamento, reinternamento e follow-
up.
No período referido foram operadas 854 crianças em regime de ambulatório,
correspondentes a 940 procedimentos, com idades compreendidas entre 1 mês e os 17
anos, com predominância masculina (83,6%). Registou-se 6,1% complicações cirúrgicas
(3,8% precoces e 2,3% tardias) e 3,2% de complicações anestésicas. A circuncisão foi a
cirurgia mais frequente (43%), com taxa de complicações de 5%, destacando-se a
hemorragia em 5 casos. Não foram encontrados possíveis fatores de risco para a
hemorragia, à exceção de um caso com toma anti-inflamatório em intra-operatório. A
maioria das complicações não teve repercussão a médio prazo e em nenhum caso houve
necessidade de reintervenção cirúrgica. De acordo com a classificação Clavien-Dindo, a
maioria das complicações foram Grau I (84,5%). Relativamente às complicações
anestésicas, o vómito foi a mais prevalente (2,1%), destacando-se 3 internamentos por
este motivo.
A amostra estudada é representativa das principais patologias de ambulatório de um
serviço de Cirurgia Pediátrica, pelo que permitiu com fiabilidade uma análise da taxa de
complicações, essencial para controlo de qualidade. Nos casos de prolongamento da
estadia hospitalar (por menos de 48 horas) as principais causas encontradas foram do foro
anestésico, dados compatíveis com a literatura.
Palavras-chave: ambulatótio, complicações
17. Pancreatite aguda em Cuidados Intensivos Pediátricos: para além da inflamação
Rita Lourenço
1
, Erica Torres
1
, Leonor Boto
1
, Joana Rios
1
, Cristina Camilo
1
, Francisco Abecassis
1
,
Marisa Vieira
1
1- Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa
Introdução: A Pancreatite Aguda (PA) é uma entidade rara em idade pediátrica com uma
apresentação clínica e gravidade muito variáveis.
Objetivo: Caracterizar os internamentos por PA numa unidade de cuidados intensivos
pediátricos (UCIPed).
Material e Métodos: Estudo retrospetivo, analítico e transversal, incluindo doentes <18
anos, internados na UCIPed, com o diagnóstico de PA, entre 1 janeiro de 2007 e 31
dezembro de 2014.
Resultados: Admitidos 15 casos de PA (0,5% das admissões), média de idade 10,9 anos.
Mediana de internamento 6 dias (2-54 dias). Catorze casos de pancreatite ligeira
(edematosa-intersticial) e um caso de pancreatite grave (necrótico-hemorrágica). Onze
doentes tinham doença crónica, sendo a etiologia farmacológica (5), metabólica (3), biliar
(2) e multifactorial (1). Quatro doentes tinham etiologia traumática. Apresentação clínica
predominante: dor abdominal, vómitos e febre. Dez crianças apresentaram síndrome de
resposta inflamatória sistémica nas primeiras 24h, cinco com choque hipovolémico,
necessitando de bólus de soro fisiológico (5), hemoderivados (3) e aminas (1). Nenhum
doente foi ventilado e um necessitou de hemodiafiltração. Achados imagiológicos mais
frequentes: edema pancreático, líquido livre intra-peritoneal e derrame pleural. Pausa
alimentar em 14 doentes com reinício da alimentação entre D2 e D4 em 11 casos. Quatro
doentes necessitaram de nutrição parentérica. Antibioticoterapia em 13 casos, por
suspeita de infecção. Analgesia com opiáceos em 14 doentes. Colocada prótese no canal
de Wirsung em três PA traumáticas. Complicações locais (abcesso retroperitoneal e
pseudoquisto) em dois doentes. Um óbito após alta da UCIPed, no doente com PA grave,
por necrose pancreática com erosão vascular e hemorragia maciça.
Conclusões: A PA constituiu um motivo raro de admissão. A maioria das PA foi ligeira e
ocorreu em doentes com patologia prévia. A colocação de prótese nas pancreatites
traumáticas poderá ter contribuído para a reduzida morbilidade. O caso com desfecho
desfavorável realça a importância da monitorização apertada de possíveis complicações.
Palavras-chave: Pancreatite Aguda; Pancreatite Aguda Complicada; Unidade de Cuidados
Intensivos
18. Doença de Menkes: um diagnóstico raro a lembrar.
Maria Carlos Janeiro
1
, Ana Franco
2
, Sofia Quintas
3
, Patrícia Janeiro
4
, Patrícia Dias
5
, António Levy
3
1- Departamento de Pediatria, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca; 2- Serviço de Neurologia, Hospital de Santa Maria
– CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Unidade de Neuropediatria, Serviço de Pediatria Médica, Departamento
de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa, 4-Unidade de Doenças Metabólicas,
Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de
Lisboa; 5- Serviço de Genética, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina
de Lisboa
Introdução: A Doença de Menkes (DM) é uma patologia genética com hereditariedade
ligada ao X recessiva, causada pela deficiência/disfunção da enzima ATPase transportadora
de cobre, codificada pelo gene ATP7A. Dada a raridade da doença, pretendemos chamar a
atenção para os seus aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos.
Descrição de caso: Lactente de 5 meses, sexo masculino, história familiar de meio-irmão
materno falecido por DM associado a deleção do exão 1 do gene ATP7, a pesquisa desta
mutação em sangue periférico na mãe foi negativa. Prematuro de 33 semanas, RCIU, com
progressão estaturo-ponderal e perímetro cefálico adequados. Aos 3 meses admitido no
SU em estado de mal convulsivo, com necessidade de entubação endotraqueal e cuidados
intensivos. TAC-CE mostrou acentuação de hipodensidade da substância branca subcortical
hemisférica cerebral bilateralmente e quistos temporais. Electroencefalograma evidenciou
actividade paroxística multifocal de predomínio temporal bilateral. Medicado com
fenobarbital e midazolam. No exame objetivo: hipotonia generalizada, pele pálida, cabelo
esparso, hipopigmentado e quebradiço, fronte alta e bochechas rechonchudas. Evoluiu
com crises epilépticas focais de díficil controle, sendo necessária politerapia anti-epiléptica.
Da investigação: níveis séricos baixos de ceruplasmina e cobre, RMN-CE com ligeiro atraso
na mielinização, a nível temporal, apresentando algum grau de insuflação, com aspecto
quístico e Angio RM cerebral com tortuosidade e alongamento das artérias endocranianas.
Pesquisa de mutação familiar no gene ATP7A, concluiu presença de deleção do exão 1
concordante com o diagnóstico clínico de DM. Iniciou terapêutica com cobre, fisioterapia e
intervenção precoce. Actualmente com 6 meses, tem mantido ADPM, epilepsia e infecções
respiratórias recorrentes.
Discussão: Trata-se de uma doença multissistémica grave, com neurodegeneração
progressiva. A terapêutica é limitada, apenas a reposição com cobre tem sido usada, os
resultados clínicos permanecem pouco claros. Este é o primeiro caso de mosaicismo
gonadal na DM conhecido, salientando-se a importância de disponibilizar o diagnóstico
pré-natal para todas as mulheres com antecedentes de filho com DM.
Palavras-chave: Doença de Menkes, cobre, epilepsia, mosaicismo gonadal
19. Eritema multiforme causado por vírus Parainfluenza-3 em duas lactentes gémeas
Ruben Duarte Ferreira
1
; Sara Pinto
2
; Ana Teixeira
3
; José Gonçalo Marques
2
1- Serviço de Imunoalergologia, CHLN – Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Unidade de Infecciologia, Serviço de
Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3-
Serviço de Dermatologia, CHLN – Centro Académico de Medicina de Lisboa
Lactente de dois meses, previamente saudável, trazida ao Serviço de Urgência por erupção
maculopapular com três dias de evolução. A erupção iniciou-se no tornezelo esquerdo, por
eritema e edema, e progrediu com disseminação, bilateral e simétrica, incluindo
superfícies palmo-plantares, poupando mucosas e fâneras, sendo constituída por máculas
e pápulas redondas ou ovaladas, muitas das quais em alvo. No terceiro dia de doença,
apresentou ainda febre e ligeira obstrução nasal com rinorreia seromucosa.
Concomitantemente, a irmã gémea desenvolveu erupção semelhante. Os pais
apresentavam sintomas de infecção respiratória superior viral. As lactentes não estavam
sob qualquer medicação e tinham sido vacinadas segundo o programa nacional de
vacinação. Analiticamente verificou-se elevação da proteína C-reactiva (6,3 mg.dL-1), sem
outras alterações. Ambas as lactentes foram internadas e iniciaram ceftriaxone
endovenoso. A biópsia cutânea realizada mostrou infiltrado inflamatório misto, linfocitário
com alguns neutrófilos e eosinófilos, de localização difusa e perivascular. O estudo por RT-
PCR das secreções nasais identificou o vírus Parainfluenza-3 em ambas as lactentes. As
hemoculturas e as serologias virais para CMV, Parvovirus e EBV foram negativas. O
exantema regrediu completamente ao segundo dia de internamento e as lactentes tiveram
alta completamente assintomáticas. O diferencial de tempo entre o aparecimento dos
sintomas em ambas as lactentes favorece a etiologia infecciosa. O vírus Parainfluenza tipo
3 associa-se habitualmente a pneumonia e bronquiolite nos primeiros seis meses de vida
mas não está descrito na literatura como causa de eritema multiforme, como neste caso.
Palavras-chave: Parainfluenza, rash, agudo, lactente, eritema multiforme
20. Alergia Alimentar no Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica – experiência de dois
anos
POSTER COM APRESENTAÇÃO EM SALA 13 de Fevereiro, 14h30
Sara Ferreira
1
, Marta Valente
1
, Joana Fermeiro
1
, Ricardo Fernandes
1
, Fátima Duarte
2
, Célia Costa
2
,
Ana Neves
1
, MA Pereira-Barbosa
2
, Maria do Céu Machado
1
1 – Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 – Serviço de
Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria – CHLN
Introdução: A alergia alimentar afeta cerca de 5% das crianças com menos de 3 anos e
associa-se a morbilidade importante. A prova de provocação oral constitui o gold-standard
para a confirmação quer do diagnóstico quer da aquisição de tolerância.
Objetivos, Material e Métodos: Procedeu-se a um estudo descritivo, retrospetivo,
mediante a consulta de processo clínico, com o objetivo de caracterizar os doentes com
alergia alimentar submetidos a prova de provocação oral em regime de Hospital de Dia
entre Outubro de 2012 e Outubro de 2014.
Resultados: Foram estudados 48 doentes (61 provas), sendo 27 (56,2%) do sexo feminino,
com uma idade média à data da primeira prova de provocação de 2,67 anos.
As reações descritas no episódio index após ingestão do alimento suspeito foram
sobretudo mucocutâneas (56,2% dos doentes). Destaca-se ocorrência de anafilaxia em
10,4%.
As provas realizadas foram do tipo prova aberta em 60 (98%) doentes e apenas uma foi
realizada em ocultação simples. Quanto ao objetivo da realização 51 (83%) provas foram
realizadas para verificação de tolerância e 10 (16%) para diagnóstico.
Relativamente ao tipo de alimento testado, em 20 (32,8%) foi testado o leite, em 19
(31,2%) a gema de ovo, em 14 (22,9%) a clara, em 3 (4,9%) o trigo, em 2 (3,3%) o camarão,
em 2 (3,3%) a amêijoa e num doente (1,6%) o atum. Do total de provas realizadas 53 foram
negativas (88%) e 6 positivas (10%), tendo sido as manifestações clínicas sobretudo
mucocutâneas e gastrintestinais. Não existiu nenhum caso de anafilaxia ou descrição de
reações tardias.
Conclusão: O presente estudo revela que a realização de prova de provocação oral em
Hospital de Dia é segura e permite evitar dietas de evicção prolongadas desnecessárias,
pelo que deve constituir uma realidade no seguimento de doentes pediátricos com alergia
alimentar.
Palavras-chave: Alergia alimentar, prova de provocação oral, Hospital de Dia
21. Artrite idiopática juvenil sistémica: um diagnóstico a ter em conta
Catarina Franco
1
; Sara Vaz
1
; Teresa Jacinto
1
; Carolina Furtado
2
;Juan Gonçalves
1
1-Serviço de Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 2- Serviço de Reumatologia do Hospital do
Divino Espírito Santo de Ponta Delgada
Introdução: A artrite idiopática juvenil sistémica (AIJs) é uma doença autoinflamatória,
associada à desregulação do sistema imune inato. Clinicamente, caracteriza-se pela
presença de febre persistente, exantema evanescente e artralgias. É diagnóstico de
exclusão de doenças inflamatórias, auto-imunes e neoplásicas. As opções terapêuticas
incluem AINEs, corticoides sistémicos, DMARDs convencionais e, mais recentemente,
DMARDs biológicos. Este trabalho pretende caracterizar uma amostra de 4 crianças com
AIJs num hospital ultraperiférico.
Material e métodos: Estudo descritivo retrospectivo, realizado através da consulta do
processo clínico das crianças com AIJs seguidas no Serviço de Pediatria do HDES. Foram
colhidos dados relativos às manifestações clínicas, achados laboratoriais ao diagnóstico,
evolução e duração da doença e terapêutica instituída.
Resultados: Todos os casos de AIJs eram caucasianos, sem predomínio de género (2M/2F)
e diagnosticados entre os 2 e 8 anos de idade. Clinicamente, apresentaram febre,
artralgias/artrite e exantema (4), seguindo-se, por ordem de frequência adenomegalias (2),
odinofagia (2), serosite/pericardite (1), anorexia e emagrecimento (1) e dor abdominal(1).
Analiticamente, todos apresentaram elevação dos reagentes de fase aguda da inflamação
(ferritina 489 – 2461ng/ml). Coincidentemente, observou-se padrão evolutivo monocíclico
nas raparigas e policíclico nos rapazes. O tempo mediano de doença foi 5,5 anos (2-14).
Todos os doentes iniciaram AINEs e corticóides sistémicos ao diagnóstico, um deles
imunoglobulina endovenosa. Os dois casos com forma evolutiva policíclica iniciaram
terapêutica com metotrexato, mantendo queixas articulares intermitentes,
posteriormente iniciando DMARD biológico anakinra (1) ou tocilizumab (2). Como efeitos
adversos, salienta-se hepatoxicidade (1) durante terapêutica dupla com metotrexato e
tocilizumab e neutropenia moderada (1) em monoterapia com tocilizumab.
Conclusão: Ambas as AIJs monocíclicas apresentaram bom prognóstico, em concordância
com a literatura atual, enquanto as formas policíclicas com atingimento articular
necessitaram de terapêutica crónica com várias combinações de DMARDs. Os DMARDs
biológicos têm-se mostrado opções terapêuticas eficazes, embora os efeitos laterais sejam
proeminentes na nossa amostra.
Palavras-chave: Artrite idiopática juvenil sistémica, DMARDs de síntese, DMARDs
biológicos, neutropenia, hepatotoxicidade
22. Streptococcus pyogenes como causa de pneumonia adquirida na comunidade.
Oportunidade para registo nacional?
I. Carneiro
1
; T. Martins
2
; L. Oliveira
1
; E. Santos
3
; A. Saianda
3
; R. Ferreira
3
; L. Pereira
3
; T. Bandeira
3
1- Serviço de Pediatria Médica Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina
de Lisboa; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 3 - Unidade de Pneumologia, Serviço de Pediatria Médica,
Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
Introdução: A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) a S.pyogenes tem sido
raramente descrita.
Objectivos: Descrever (a)progressão de doença até diagnóstico de PAC; (b)evolução e
complicações; (c)critérios de gravidade (internamento em unidade de cuidados intensivos
(UCI), ventilação mecânica (VM), duração de internamento, outras morbilidades),
(d)intervenções terapêuticas.
Métodos: Estudo transversal por consulta de processos clínicos identificados a partir de
base de registos de Unidade de Pneumologia especializada. Considerou-se diagnóstico de
pneumonia a S.pyogenes (PSA) quando isolamento do agente em hemocultura (HC) ou
liquido pleural (LP) e pneumonia com presumível etiologia a S.pyogenes (PPSA) no
isolamento concomitante em exsudado nasofaríngeo ou secreções brônquicas.
Resultados: Entre Jan 2008 e Jan 2015 foram internados 10 doentes; 7 com PSA e 3 com
PPSA; 7 (70%) nos últimos 3 anos. Cinco (50%) sexo masculino, mediana de idades
3,9anos[5M-16A]. Sintomas mais frequentes na apresentação: febre(100%), tosse(100%),
polipneia e sinais de esforço respiratório(70%), toracalgia (30%) hipoxemia(10%). A
mediana da duração da febre pre-internamento foi de 4[1-10]dias. Um doente apresentava
situação crónica (paralisia cerebral). Na admissão mediana de neutrófilos 17323[4807-
37857]/uL e mediana do valor de PCR de 24,4[1,2-40]mg/dL. A duração mediana da febre
sob antibiótico foi 10[2-22]dias. Em 8 doentes registaram-se complicações: 7 derrames
pleurais, 6 com características de empiema, todos no grupo PSA; 5 com necrotização (2
PPSA). Foram admitidos em UCI 4 doentes, durante 5[211]dias, 1 com necessidade de VM.
A duração mediana de internamento foi 15[330]dias. A terapêutica antibiótica (AB) inicial
foi ampicilina, AB dupla em 8 doentes, duração mediana de 16,5[14–37]dias. Foram
realizadas 2 toracocenteses, 1 toracoscopia, em 6 drenagem torácica, em um fibrinólise
intrapleural. Não houve mortalidade.
Conclusões: A pneumonia a S.pyogenes tem taxa elevada de complicações em crianças
saudáveis. A maior ocorrência coincide com dados de estudos nacionais de doença a
S.pyogenes. Sugere-se a inserção em registo nacional.
Palavras-chave: Streptococcus pyogenes, pneumonia
23. Displasia Septo-Óptica – revisão dos casos da Unidade de Endocrinologia Pediátrica
do HSM
Filipa Marçal
1
, Joana Gaspar
2
, Ana Filipa Martins
3
, Brígida Robalo
4
, Carla Pereira
4
, Lurdes Sampaio
4
1- Serviço de Pediatria, Hospital Central do Funchal; 2- Serviço de Pediatria, Hospital do Espírito Santo de Évora; Unidade de
Endocrinologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico
de Medicina de Lisboa
Introdução: A displasia septo-óptica é uma síndroma que cursa com alterações do
desenvolvimento embrionário cerebral, caracterizado pela tríade clássica: hipoplasia dos
nervos ópticos, alteração do desenvolvimento de estruturas da linha média e hipoplasia
hipofisária, associada a défices hormonais variados. Métodos: Revisão retrospectiva dos
processos clínicos de todos os doentes, entre 1990 e 2014, com diagnóstico de displasia
septo-óptica, seguidos na Unidade de Endocrinologia Pediátrica de um hospital de nível III.
Caso Clínico: Apresentam-se 4 casos de displasia septo-óptica, 3 do sexo masculino.
Gestações de 35 a 41 semanas, todos os recém-nascidos tiveram necessidade de
internamento em Unidades de Neonatologia no primeiro dia de vida. Das alterações
registadas no período neonatal destacam-se 3 casos com hipoglicémias neonatais, 2 com
suspeita de défice visual, 1 com suspeita de défice auditivo, 3 com alterações fenotípicas
(turricefalia, macrocrânea) e 1 com micropénis. A confirmação diagnóstica com RMN-CE foi
obtida antes do primeiro ano de vida em 2 casos, no 2º ano de vida em 1 caso, e um
diagnóstico tardio aos 9 anos. Identificou-se défice de hormona de crescimento em todos
os doentes, de forma isolada em um caso e nos restantes em associação com outros
défices endócrinos (TSH; diabetes insípida; défice de ACTH, gonodotrofinas e
hipotiroidismo central). Todos os doentes foram medicados com Hormona de crescimento,
um caso em monoterapia, os restantes 3 casos em associação diversa: Triptorelina e
Desmopressina em 1 doente, outro com hormona tiroideia e por fim com Hidrocortisona,
Levotiroxina, Somatropina, Testosterona e HCG. Todos os casos apresentaram ADPM e má
progressão estaturo-ponderal. Actualmente 1 doente mantém seguimento em consulta de
Endocrinologia Pediátrica.
Conclusão: A displasia septo-óptica é uma patologia do neurodesenvolvimento com
manifestações clínicas e gravidade heterogéneas. Os défices endócrinos podem ser únicos
ou múltiplos, e surgir ao longo de todo o crescimento, pelo que a suspeita clínica e a
vigilância endocrinológica são fundamentais para melhorar o prognóstico e qualidade de
vida dos doentes.
Palavras-chave: Displasia Septo-Óptica; hipoplasia dos nervos ópticos; Défices hormonais
24. Infecção a Rickettsia complicada de meningoencefalite em lactente de dois meses
Ana Sousa
1
, Ana Luisa Rodrigues
2
, Joana Oliveira
3
, Marta Almeida
4
, Cristina Camilo
5
, Filipa Prata
6
,
Ana Mouzinho
6
, José Gonçalo Marques
6
1 - Serviço de Cardiologia Pediátrica, Hospital de Santa Cruz, CHLO; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital do Divino Espirito Santo
de Ponta Delegada; 3 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Funchal; 4 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 5
– Unidade de Cuidados Intensivos, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,
Centro Académico de Medicina de Lisboa. 6 - Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de
Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
A febre escaro-nodular é a rickettsiose mais prevalente em Portugal, sendo causada pelas
estirpes de Rickettsia conorii Malish e Israeli tick tiphus. A incidência é mais alta entre o um
e os quatro anos de idade. O envolvimento do sistema nervoso central é extremamente
raro nas crianças.
Descrevemos o caso de um lactente de dois meses, previamente saudável, transferido para
o nosso Hospital por um quadro com seis dias de evolução de febre elevada, irritabilidade,
exantema inicialmente maculo-papular e mais tarde purpúrico ascendente e convulsões
generalizadas que surgiram no dia de transferência. Habitava em zona rural com contacto
com cães. À admissão estava reactivo mas não fixava o olhar e apresentava a fontanela
anterior abaulada, exantema purpúrico generalizado e uma crosta com halo eritematoso
no joelho esquerdo. A análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) mostrou:
230células/mm3, com predominância de polimorfonucleares, proteínas 171mg/dL e
glicorráquia de 35% da glicémia. Estava medicado há dois dias com ceftriaxone e iniciou
vancomicina, ampicilina e aciclovir. A ressonância magnética cerebral mostrou múltiplas
lesões punctiformes da substância branca com restrição do sinal de difusão e reforço
leptomeningeo. A serologia para Rickettsia foi positiva (IgM 512U, IgG 1024U), tendo
iniciado doxiciclina em D13 de doença. A hemocultura e o exame bacteriológico do LCR
foram negativos. A pesquisa no sangue de DNA de rickettsias por PCR foi negativa. Houve
melhoria clínica progressiva desde D9, com resolução completa após um mês. A serologia
duas semanas depois mantinha-se positiva com títulos mais baixos. A serologia materna
negativa para rickettsias e a presença de título alto de IgM excluíram a possibilidade de
serologia positiva por transferência placentária de anticorpos maternos.
Realçamos a importância de considerar a infecção por Rickettsia em crianças de qualquer
idade, na presença de meningoencefalite e num contexto clinico-epidemiológico sugestivo.
Palavras-chave: Rickettssia, rickettsiose, febre escaro-nodular, serologia,
meningoencefalite
25. Intervenção nutricional em crianças e adolescentes com fibrose quística - Resultados
preliminares de um estudo prospetivo
Sandra Mexia
1
; Inês Asseiceira
1
; Teresa Rodrigues
2
; Luísa Pereira
3
; Celeste Barreto
3
1 - Serviço de Dietética e Nutrição, Hospital de Santa Maria, CHLN; 2-Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina
de Lisboa; 3 -Centro Especializado de Fibrose Quística; Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa
Introdução: Na fibrose quística (FQ) em idade pediátrica, a malnutrição está associada a
piores outcomes clínicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e a
ingestão alimentar de crianças/adolescentes com FQ após uma intervenção nutricional
estruturada.
Metodologia: Estudo prospetivo com 39 crianças/adolescentes seguidos na consulta de FQ
do Hospital de Santa Maria. Foram recolhidos dados demográficos e clínicos: sexo, idade,
genótipo, função pancreática e pulmonar; dados antropométricos: peso a altura e índice
de massa corporal (IMC). A ingestão alimentar foi avaliada pelo recall de 24h.Todos os
dados foram recolhidos em dois tempos diferentes T0(2012) e T2(2014). Análise
estatistica:IBM®SPSS® 22.
Resultados: Dos 39 doentes avaliados, 53.8% eram do sexo masculino; idade média de
10.0±4.5Y em T0 e 11.0±4.5Y em T2. Relativamente ao genótipo, 76,9% dos doentes eram
homozigóticos para a mutação ∆F508; 92.3% dos doentes apresentaram insuficiência
pancreática. O FEV1 diminuiu de 88.9±22.9% em T0 para 85.9±24.5% em T2.
Em relação ao IMC 23.1% em T0 e 20.5% em T2 tinham baixo peso, 61.5% em T0 e 69.2%
em T2 estavam em eutrofia e 15.4% em T0 e 10.3% em T2 apresentavam excesso de peso.
Verificou-se uma correlação positiva entre o FEV1 e o z-score de IMC (T0: r=0.530, p=0.002
and T2: r=0.463, p=0.007). As crianças avaliadas consumiram em média 1987 Kcal em T0 e
2436 Kcal em T2 das quais 19% proteínas, 47.4% glícidos e 31.9% lípidos em T0 e 17.8%
proteínas, 43.9% glícidos e 32.1% lípidos em T2. A prescrição de suplementos nutricionais
decresceu de 51.3% em T0 para 35.9% em T2.
Conclusão: A intervenção nutricional, baseada em parâmetros clínicos, antropométricos e
na ingestão alimentar permitiu melhorar o EN dos doentes avaliados. Em suma, verificou-
se uma diminuição da prevalência de baixo peso e de excesso de peso, bem como uma
diminuição da prescrição de suplementos nutricionais.
Palavras-chave: Fibrose Quística, Estado Nutricional, Intervenção Nutricional
26. Um Ano de Uroculturas num Serviço de Urgência Pediátrica - Que terapêutica
empírica escolher?
Edgar Moreira
1
, Joana Oliveira
1
, Sara Pinto
2
, Gabriela Sá
1
1 –Serviço de Urgência de Pediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro Académico de
Medicina de Lisboa; 2-Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa
Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
Introdução: A vigilância epidemiológica é uma ferramenta essencial para a prática clínica
no Serviço de Urgência. As crianças com suspeita de infecção do tracto urinário (ITU) são
frequentemente medicadas empiricamente no Serviço de Urgência Pediátrica (SUP), mas
só o resultado da urocultura confirma o diagnóstico e a eventual necessidade de alteração
terapêutica perante agentes resistentes. Este estudo tem por objectivo estimar localmente
a prevalência e perfil de resistência dos agentes de ITUs, no contexto das recomendações
de antibioticoterapia empírica de primeira linha.
Métodos: Estudo retrospectivo descritivo, incidindo sobre uroculturas realizadas a utentes
dum SUP, no período de Set/2013-Ago/2014. Utilizando o SPSS Statistics v22, foi feita
análise estatística da frequência de isolamentos, tipo de agente e perfil de resistência a
antibióticos, globalmente e nas faixas etárias acima e abaixo dos 36 meses, em particular
para a amoxicilina/ácido clavulânico (A+AC), cefuroxima (CEF) e a nitrofurantoína (NFR).
Resultados/Discussão: Foram incluídas 1298 uroculturas de 1199 crianças, com idades
entre 1 mês e 18 anos (mediana de 4,0 anos), 65,7% do sexo feminino. Obtiveram-se 268
(20,6%) uroculturas positivas, 944 (72,7% negativas) e 86 (6,6%) contaminadas, sem
associações significativas com sexo, idade e mês de colheita. Foram mais frequentemente
isoladas E. coli (61,9%), P. mirabilis (18,3%), S. saprophyticus (7,8%) e K. pneumoniae
(5,6%). Das enterobacteriáceas isoladas, 16,9% foram resistentes à A+AC e 5,8%
resistentes à CEF; cerca de 2/3 dos casos de resistência à A+AC foram sensíveis à CEF.
Abaixo dos 36 meses, houve significativamente mais resistência à CEF (11,4%) mas não à
A+AC (18,1%). Dos casos de adolescentes do sexo feminino, 21,7% foram resistentes à
NFR. Todas as não-enterobacteriáceas foram sensíveis à A+AC.
Conclusão: O presente estudo suporta, num contexto local, a preferência pela terapêutica
com cefuroxima, para a qual o perfil resistência dos agentes habitualmente isolados é mais
favorável.
Palavras-chave: Urocultura, antibioticoterapia empírica, infecção urinária.
27. Adesão à vacina pneumocócica conjugada nos cuidados de saúde primários –
amostragem de uma unidade de saúde familiar
Cátia R. Correia
1
; 2- Bruno Covelo
2
; 3- Joana Campina
2
1- Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO; 2 - USF Descobertas, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras
Introdução: A vacina pneumocócica conjugada (Pn) é eficaz na redução da doença invasiva
pneumocócica. Comercializada em Portugal desde 2001, não faz parte do Programa
Nacional de Vacinação (PNV). Os objectivos foram estimar a cobertura vacinal da Pn na
Unidade de Saúde Familiar (USF) Descobertas e verificar quais os factores associados à
iniciativa ou recusa de vacinação.
Metodologia: Para estimar a cobertura vacinal analisou-se a base de dados do programa
POSTER EM EXPOSIÇÃO
SINUS® de todas as crianças inscritas na USF Descobertas, com idades entre os 2M e os
5A11M. Aplicou-se um questionário aos pais de uma amostra de conveniência constituído
por crianças, entre as idades acima referidas, que foram observadas na USF Descobertas
entre Agosto e Dezembro 2014. Colheram-se dados relativos às características sócio-
demográficas, estado vacinal e factores associadas à iniciativa ou recusa da vacinação.
Resultados: 41% das crianças com ≥18M completaram o esquema da Pn e 22% das
crianças ≥12M realizaram a primovacinação. Realizaram-se 65 questionários: 55,4% das
crianças eram do género feminino com mediana de idade de 16M; a idade média materna
foi de 31.9 anos e a escolaridade paterna média de 13.1 anos; 81% das crianças não tinha
nenhum dos pais desempregados. A mediana de idade de entrada para o infantário foi de
7M. 31 crianças realizaram a Pn por recomendação do Pediatra e 16 por recomendação do
médico de família. Nas crianças não vacinadas, a principal razão evocada foi o custo
elevado da vacina (n=9). 10 afirmaram que vacinavam os seus filhos se esta fizesse parte
do PNV e 5 se o médico assistente tivesse recomendado.
Discussão: Encontrou-se uma cobertura vacinal elevada para a Pn, apesar dos custos para
os utentes. Não se identificaram factores socio-demográficos associados à não adesão
vacinal. A vacinação foi feita, fundamentalmente, por indicação do Pediatra. A principal
razão para a recusa da vacinação foi o custo da mesma.
Palavras-chave: Cobertura vacinal; vacina pneumocócica
28. Diplegia facial como forma de apresentação de Síndrome de Guillain-Barré
Marta Pinto
1
, Erica Torres
1
, Marta Soares
1
, Andreia Pereira
1
, José Maio
1
1 – Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro
Descrita como uma polineuropatia periférica inflamatória desmielinizante aguda, a
Síndrome de Guillain-Barré caracteriza-se por fraqueza muscular progressiva e arreflexia
ascendentes, podendo haver envolvimento de pares cranianos em 50% dos casos. De
etiologia desconhecida, atinge cerca de 1.1-1.8/100.000 habitantes na Europa,
observando-se em 85% resolução total dos sintomas.
Reporta-se o caso clínico de uma adolescente de 13 anos que recorre ao Serviço de
Urgência por dor e noção de perda de força nos membros inferiores, associadas a discreta
alteração da marcha e da mímica facial, bem como disfagia progressiva, com 5 dias de
evolução. Refere ter realizado 2ªdose da vacina anti-HPV 1 mês antes. Analiticamente sem
parâmetros de infeção, revelando o exame citoquímico do LCR (líquido cefalorraquidiano)
discreta pleiocitose (12cél/mm3, predomínio mononucleares) com proteinorraquia
marcada (517mg/dL). Por suspeita de Síndrome de Guillain-Barré é internada e incia
imunoglobulina endovenosa, que manteve durante 5 dias. No 4º dia de internamento por
resultado de serologia para Borrelia burgdoferi sugestivo de infeção aguda é instituído
tratamento com ceftriaxone endovenoso (que manteve durante 21 dias). A pesquisa da
PCR para Borrelia no LCR foi entretanto negativa, o que permitiu infirmar o diagnóstico de
neuroborreliose. Durante o internamento observou-se melhoria progressiva dos sintomas
apesar de manter diplegia facial à data da alta.
Ao fim de 3 meses recuperou por completo a força distal e os reflexos osteotendinosos nos
membros inferiores, mantendo alteração da mímica facial por um período superior a 6
meses, após o início dos sintomas.
Salienta-se a importância do caso dado o facto da diplegia facial surgir como forma de
apresentação inicial e se manter como alteração importante até à completa resolução dos
sintomas.
Palavras-chave: polineuropatia periférica inflamatória desmielinizante aguda, arreflexia,
diplegia facial
29. Endocardite Infecciosa: importância como diagnóstico diferencial
Alexandra P. Pinto
1
, Filipa Vila-Cova
2
, Joana Pimenta
2
, Vânia Gonçalves
3
, Georgina Monteiro
4
, Sofia
Granja
2
, Cláudia Moura
2
1- Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2- Serviço de
Cardiologia Pediátrica – C.H. São João; 3- Hospital Integrado de Pediatria – C. H. São João; 4- Serviço de Pediatria, Hospital de
São Teotónio
Introdução: A Endocardite Infecciosa (EI) é uma infeção do endocárdio, válvulas ou
estruturas cardíacas por um ou vários microrganismos. Pode ser súbita e aguda mas
frequentemente é arrastada o que pode retardar o diagnóstico. Rara na infância apresenta
morti-morbilidade importante mesmo em crianças sem lesões.
Caso clínico: Adolescente 15 anos do sexo feminino, com Prolapso da Válvula Mitral (PVM)
trazida ao SU por febre elevada (40ºC) em D4 de evolução associada a odinofagia, náuseas
e cefaleias em pico febril. Observada em D1 de doença e medicada com penicilina 1.2
M.U.I. Em D2 por persistência de febre e trismo recorre ao SU sendo observada por ORL
que excluiu complicações locais mantendo indicação de penicilina i.m. Em D3 inicia queixas
álgicas no 5º dedo do pé esquerdo com agravamento e aparecimento de sufusões
hemorrágicas locais.
Na admissão com hipotensão, leucopenia e trombocitopenia (40 000), PCR 184 mg/L.
Citólise hepática, com função renal e coagulação bem. Ecocardiograma com “ prolapso da
válvula mitral…sem massas intracardíacas”. Internada com hipótese diagnóstica de
meningococcémia /endocardite infecciosa com embolia arterial do membro inferior
esquerdo. Punção lombar sem sucesso. PCR para meningococo negativa e em 2
hemoculturas (HC) crescimento de S. aureus resistentes penicilina G.
Confirmado diagnóstico de EI cumprindo os critérios de Duke – 1 major (2 HC em ocasiões
diferentes) e 3 minor – febre, PVM e lesões de Janeway. Feito reajuste terapêutico
cumprindo 8 dias de ceftriaxone e gentamicina e 4 semanas de flucloxacilina após 1ª HC
negativa. Hemodinamicamente estável, apirexia mantida com regressão das lesões
cutâneas. Do estudo complementar destaca-se estabilização dos parâmetros inflamatórios
com estudo ecocardiográfico, imunológico e protrombótico sem alterações.
Discussão/ Conclusão: Este caso pretende ser paradigmático da importância de considerar
a EI como hipótese diagnóstica em doentes com febre prolongada e evidência de
envolvimento vascular, mesmo em crianças sem doença cardíaca congénita.
Palavras-chave: Endocardite Infecciosa, lesão, coração, diagnóstico
30. Artrite esternoclavicular em lactente – Kingella kingae?
Ricardo Monteiro
1
; Helena Pragosa
2
; José Gonçalo Marques
3
1– Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de Leiria; 2– Serviço de Pediatria, Hospital de São Francisco Xavier –CHLO; 3–
Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro
Académico de Medicina de Lisboa
Introdução: Estima-se que a Kingella kingae seja responsável por 50% das artrites sépticas
da criança, atingindo 75% abaixo dos 2 anos de idade. O seu predomínio sobre outros
agentes é superior quando estão atingidas pequenas articulações. É frequentemente
precedido por infeção respiratória alta e/ou lesões aftosas orais. É no entanto
subdiagnosticada entre nós, uma vez que o método diagnóstico com maior sensibilidade –
a reação-em-cadeia-de-polimerase no líquido articular – não é habitualmente realizada.
Descrição do Caso: Lactente de 9 meses, do sexo feminino, observada por diminuição da
mobilização ativa do membro superior esquerdo (MSE) e noção de dor, com evolução no
próprio dia. Sem história de traumatismo. Refere um episódio recente, de febre com
faringite, auto-limitado com dois dias de evolução, estando apirética há 2 dias. Sem outros
antecedentes patológicos. Frequenta infantário há 2 meses. À entrada apresentava-se
febril, com dor à mobilização do MSE, sem sinais inflamatórios locais. Radiografia de
ombro/braço sem alterações; 9960 leucócitos/mm3 (neutrófilos 39,8%), Velocidade-de-
sedimentação 87mm/h, proteína-C-reativa4,3mg/dl. Doze horas depois observou-se dor à
palpação da articulação esternoclavicular esquerda. A ecografia articular mostrou “ligeiro
derrame e distensão capsular com alteração de ecostrutura dos tecidos adjacentes,
compatíveis com artrite séptica”. Não foi colhido líquido articular. Por suspeita de infeção
por Kingella kingae cumpriu 3 semanas de amoxicilina oral (100mg/kg/dia). Apresentou
melhoria clínica significativa desde D3. Reavaliação em D10 com melhoria ecográfica e
assintomática. Mantinha-se assintomática às sete semanas. A hemocultura foi negativa.
Conclusões: Na avaliação de hipomotilidade do MS é importante a palpação da articulação
esternoclavicular. A idade da criança e localização da artrite, a moderada repercussão
inflamatória e a faringite recente tornam provável a etiologia por Kingella kingae tal como
a excelente evolução sob amoxicilina oral. Há que procurar ativamente esta etiologia na
osteo-artrite da criança menor de 4 anos para perceber o verdadeiro impacto no nosso
país.
Palavras-chave: Artrite; esternoclavicular; Kingella kingae
31. Síndrome de PFAPA - Caso clínico
Ana Raquel Moreira
1
; Tânia Lopes
1
; Alexandra Fernandes
1
; Fernanda Carvalho
1
; Sónia Carvalho
1
1 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Médio Ave
A síndrome de PFAPA (Periodic Fever, Aphtous stomatitis, Pharyngitis, Adenitis) foi descrita
pela primeira vez por Marshall et al. em 1987. É diagnosticada habitualmente em crianças
entre os 2 e os 5 anos, mas o seu início pode ser mais precoce, o que dificulta o
diagnóstico. Estes episódios febris normalmente cessam antes dos 10 anos, com raros
casos na idade adulta. A causa e a etiopatogenia da PFAPA ainda não estão bem
esclarecidas.
Relata-se o caso de uma criança do sexo masculino com episódios febris até 6 dias de
duração, recorrentes (com intervalos de 4 semanas) desde os 6 meses de idade. Internado
aos 16 meses efetua despiste de hiperIgD e estudo genético para Febre Mediterrânica
Familiar, que foram negativos. Aos 20 meses, em contexto de novo episódio febril com
prostração marcada e proteína C reativa (PCR) elevada, foi internado. Efetuou terapêutica
com ceftriaxona ev sem melhoria clínica ou analítica. Por suspeita de PFAPA, realiza ao
quarto dia de febre prova terapêutica com prednisolona 2mg/kg/dia ev, dose única, tendo-
se verificado apirexia sustentada e normalização dos valores de PCR. Iniciou a posteriori
colchicina profilática com resolução completa dos quadros febris após 3 meses de
tratamento.
A síndrome de PFAPA é uma doença benigna e autolimitada, sem repercussão no
crescimento e desenvolvimento da criança. O seu diagnóstico é clínico mas uma toma
única de corticoide pode ser usada como prova diagnóstica, como aconteceu neste caso.
Apesar de não haver tratamento específico, a toma única de corticoide nas agudizações
atenua a sintomatologia e a colchicina pode prevenir as recaídas febris.
Palavras-chave: PFAPA, febre, prednisolona
32. Estudo da casuística do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e
Adolescência, Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte
Mara Sousa
1
; Teresa Goldschmidt
1
; Suzana Henriques
1
; Cristina Rebordão
1
1- Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e Adolescência, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria -
CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
O Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e da Adolescência (SPSMIA) integrado
no Departamento de Pediatria (DdP) do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) pretende
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Livro de resumos - XXI Jornadas de Pediatria

  • 2. Grande Auditório – 12 de Fevereiro às 8h15 Moderadores: João Costa e Marta Janeiro 1. Epidemiologia das mortes numa Unidade de Oncologia Pediátrica (2005-2014) Patrícia Costa Reis 1 ; Filipa Durão 1 ; Teresa Martins 2 ; Maria José Ribeiro 3 ; Ana Neto 3 ; Ximo Duarte 3 ; Gabriela Caldas 3 ; Ana Teixeira 3 ; Cristina Mendes 3 ; Cláudia Constantino 3 ; Sofia Nunes 3 ; Ana Lacerda 3 ; Filomena Pereira 3 1 – Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 – Serviço de Pediatria, Hospital Garcia da Orta; 3- Departamento de Oncologia da Criança e do Adolescente, Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG) 2. Fervores na auscultação pulmonar: um indicador sensível no diagnóstico da bronquiolite obliterante pós-infecciosa Cátia Pereira 1 ; 2- Luísa Pereira 1 ; 3- Ana Saianda 1 ; 4- Rosário Ferreira 1 ; 5- Teresa Bandeira 1 1 - Unidade de Pneumologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 3. Alergia medicamentosa no Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica: experiência de 1 ano Filipa Durão 1 ; Rita Aguiar 2 ; Catarina Gomes 1 ; Cláudia Gomes 1 ; Ricardo Fernandes 3 ; Anabela Lopes 2 ; Ana Neves 3 ; MA Pereira-Barbosa 2 ; Maria do Céu Machado 1 1 - Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 - Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3 -Unidade de Alergologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 4. Apendicite aguda em idade pediátrica: correlação de parâmetros analíticos de inflamação com a gravidade da doença Andreia Felizes 1 ; Sara Lobo 1 ; Miroslava Gonçalves 1 1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 5. Infecção a Neisseria gonorrhoeae no período pré-puberdade: a primeira evidência de abuso sexual Cátia R. Correia 1 , Paula Nunes 1 , Ana Caldeira 1 1 – Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO Grande Auditório – 13 de Fevereiro às 8h15 Moderadores: Bárbara Águas, Ana Rita Sandes 6. Vitamina B1: o elo entre anemia, diabetes e surdez Ana S. C. Fernandes 1 , Margarida Valério 2 , Brígida Robalo 1 , Carla Pereira 1 , Anabela Morais 3 , Maria de Lurdes Sampaio 1 1-Unidade de Endocrinologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO; 3-Unidade de Hematologia, Serviço de Pediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 7. Identificação do Risco Nutricional na Pediatria (resultados preliminares) Ana Rita Silva 1 ; Paulo Oom 1 1 – Serviço de Pediatria, Hospital Beatriz Ângelo 8. Crianças em Risco: A Função Social do Hospital. Casuística de dois anos. COMUNICAÇÕES ORAIS
  • 3. Bárbara Marques 1 ; Ana Ventura 1 ; Filipe Benito Garcia 2 ; Sónia Almeida 3 ; Bárbara Águas 1 ; A. Siborro Azevedo 1 1–Unidade de Pediatria Geral, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2- Serviço de Imuno-Alergologia, Hospital CUF Descobertas; 3–Serviço Social, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 9. Fotofitodermatose grave Edgar Moreira 1 , Ana Luísa Rodrigues 2 , Ana de Sousa 3 , Filipa Prata 1 , Cristina Tapadinhas 4 , José Gonçalo Marques 1 1- Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Pediatria, Hospital do Divino Espirito Santo de Ponta Delegada; 3-Serviço de Cardiologia Pediátrica, Hospital de Santa Cruz, CHLO; 4-Serviço de Dermatologia, Hospital de Santa Maria, CHLN 10. Estado Nutricional, Atividade física e Qualidade de Vida em crianças e adolescentes com Doença de Crohn: um estudo caso-controlo Inês Asseiceira 1 ; Sara Azevedo 2 ; Catarina Maltez 2 , Teresa Rodrigues 3 ; Ana Catarina Moreira 4 ; Ana Isabel Lopes 2 1- Serviço de Dietética e Nutrição, Hospital de Santa Maria, CHLN; 2-Unidade de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição; Serviço de Pediatria Médica, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3-Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina de Lisboa; 4 – Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa Grande Auditório – 12 de Fevereiro às 16h30 Moderadores: Anabela Morais, João Albuquerque 11. Prevalência de anemia na apresentação da Doença de Crohn em doentes pediátricos: experiência de um centro terciário Rita Jotta 1 , Sara Azevedo 1 , Helena Loreto 1 , Paula Mourato 1 , Ana Isabel Lopes 1 1- Unidade de Gastrenterologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 12. Quando a dorsalgia se mostra um desafio... Sara Vaz 1 ; Catarina Franco 1 ; Teresa Jacinto 1 ; Carolina Furtado 2 ; Manuel Salgado 3 ; Fernanda Gomes 1 1- Serviço de Pediatria, Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 2-Serviço de Reumatologia, Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 3-Serviço de Reumatologia, Hospital Pediátrico de Coimbra, CHUC 13. Infeções associadas aos cuidados de saúde: realidade Dinamarquesa vs Portuguesa em unidades de cuidados intensivos neonatais Joana Chagas 1 ; Joana Saldanha 2 1 - Interna do Ano Comum, Hospital Garcia de Orta. 2 – Serviço de Neonatologia, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 14. Coagulopatia transitória por infecção a Mycoplasma pneumoniae Catarina Lacerda 1 ; Margarida Rafael 1 ; Sofia Silva 1 ; Ana Fernandes 1 ; Carlos Barradas 1 ; Nélia Ferraria 1 1- Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Barreiro Montijo 15. O contributo da ecografia no diagnóstico da apendicite aguda na idade infantil Stéfanie Pereira 1 , Mariana Morgado 1 , Miroslava Gonçalves 1 1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa POSTER COM APRESENTAÇÃO EM SALA
  • 4. 16. Análise retrospetiva das complicações da cirurgia de ambulatório em idade pediátrica num hospital terciário Andreia Felizes 1 ; Sara Lobo 1 ; Miroslava Gonçalves 2 1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 17. Pancreatite aguda em Cuidados Intensivos Pediátricos: para além da inflamação Rita Lourenço 1 , Erica Torres 1 , Leonor Boto 1 , Joana Rios 1 , Cristina Camilo 1 , Francisco Abecassis 1 , Marisa Vieira 1 1- Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 18. Doença de Menkes: um diagnóstico raro a lembrar. Maria Carlos Janeiro 1 , Ana Franco 2 , Sofia Quintas 3 , Patrícia Janeiro 4 , Patrícia Dias 5 , António Levy 3 1- Departamento de Pediatria, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca; 2- Serviço de Neurologia, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Unidade de Neuropediatria, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa, 4-Unidade de Doenças Metabólicas, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 5- Serviço de Genética, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Grande Auditório – 13 de Fevereiro às 14h30 Moderadores: Lurdes Sampaio e Sara Azevedo 19. Eritema multiforme causado por vírus Parainfluenza-3 em duas lactentes gémeas Ruben Duarte Ferreira 1 ; Sara Pinto 2 ; Ana Teixeira 3 ; José Gonçalo Marques 2 1- Serviço de Imunoalergologia, CHLN – Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Serviço de Dermatologia, CHLN – Centro Académico de Medicina de Lisboa 20. Alergia Alimentar no Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica – experiência de dois anos Sara Ferreira 1 , Marta Valente 1 , Joana Fermeiro 1 , Ricardo Fernandes 1 , Fátima Duarte 2 , Célia Costa 2 , Ana Neves 1 , MA Pereira-Barbosa 2 , Maria do Céu Machado 1 1 – Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 – Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria – CHLN 21. Artrite idiopática juvenil sistémica: um diagnóstico a ter em conta Catarina Franco 1 ; Sara Vaz 1 ; Teresa Jacinto 1 ; Carolina Furtado 2 ;Juan Gonçalves 1 1-Serviço de Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 2- Serviço de Reumatologia do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada 22. Streptococcus pyogenes como causa de pneumonia adquirida na comunidade. Oportunidade para registo nacional? I. Carneiro 1 ; T. Martins 2 ; L. Oliveira 1 ; E. Santos 3 ; A. Saianda 3 ; R. Ferreira 3 ; L. Pereira 3 ; T. Bandeira 3 1- Serviço de Pediatria Médica Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 3 - Unidade de Pneumologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 23. Displasia Septo-Óptica – revisão dos casos da Unidade de Endocrinologia Pediátrica do HSM Filipa Marçal 1 , Joana Gaspar 2 , Ana Filipa Martins 3 , Brígida Robalo 3 , Carla Pereira 3 , Lurdes Sampaio 4 1- Serviço de Pediatria, Hospital Central do Funchal; 2- Serviço de Pediatria, Hospital do Espírito Santo de Évora; Unidade de Endocrinologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 24. Infecção a Rickettsia complicada de meningoencefalite em lactente de dois meses
  • 5. Ana Sousa 1 , Ana Luisa Rodrigues 2 , Joana Oliveira 3 , Marta Almeida 4 , Cristina Camilo 5 , Filipa Prata 6 , Ana Mouzinho 6 , José Gonçalo Marques 6 1 - Serviço de Cardiologia Pediátrica, Hospital de Santa Cruz, CHLO; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital do Divino Espirito Santo de Ponta Delegada; 3 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Funchal; 4 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 5 – Unidade de Cuidados Intensivos, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa. 6 - Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 25. Intervenção nutricional em crianças e adolescentes com fibrose quística - Resultados preliminares de um estudo prospetivo Sandra Mexia 1 ; Inês Asseiceira 1 ; Teresa Rodrigues 2 ; Luísa Pereira 3 ; Celeste Barreto 3 1 - Serviço de Dietética e Nutrição, Hospital de Santa Maria, CHLN; 2-Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina de Lisboa; 3 -Centro Especializado de Fibrose Quística; Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 26. Um Ano de Uroculturas num Serviço de Urgência Pediátrica - Que terapêutica empírica escolher? Edgar Moreira 1 , Joana Oliveira 1 , Sara Pinto 2 , Gabriela Sá 1 1 –Serviço de Urgência de Pediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 27. Adesão à vacina pneumocócica conjugada nos cuidados de saúde primários – amostragem de uma unidade de saúde familiar Cátia R. Correia 1 ; 2- Bruno Covelo 2 ; 3- Joana Campina 2 1- Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO; 2 - USF Descobertas, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 28. Diplegia facial como forma de apresentação de Síndrome de Guillain-Barré Marta Pinto 1 , Erica Torres 1 , Marta Soares 1 , Andreia Pereira 1 , José Maio 1 1 – Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro 29. Endocardite Infecciosa: importância como diagnóstico diferencial Alexandra P. Pinto 1 , Filipa Vila-Cova 2 , Joana Pimenta 2 , Vânia Gonçalves 3 , Georgina Monteiro 4 , Sofia Granja 2 , Cláudia Moura 2 1- Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2- Serviço de Cardiologia Pediátrica – C.H. São João; 3- Hospital Integrado de Pediatria – C. H. São João; 4- Serviço de Pediatria, Hospital de São Teotónio 30. Artrite esternoclavicular em lactente – Kingella kingae? Ricardo Monteiro 1 ; Helena Pragosa 2 ; José Gonçalo Marques 3 1– Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de Leiria; 2– Serviço de Pediatria, Hospital de São Francisco Xavier –CHLO; 3– Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 31. Síndrome de PFAPA - Caso clínico Ana Raquel Moreira 1 ; Tânia Lopes 1 ; Alexandra Fernandes 1 ; Fernanda Carvalho 1 ; Sónia Carvalho 1 1 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Médio Ave 32. Estudo da casuística do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e Adolescência, Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte Mara Sousa 1 ; Teresa Goldschmidt 1 ; Suzana Henriques 1 ; Cristina Rebordão 1 1- Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e Adolescência, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa POSTER EM EXPOSIÇÃO
  • 6. 33. Trombocitopénia Imune - Casuística da Unidade de Hematologia Pediátrica do Hospital de Santa Maria Virgínia Machado 1 ; Patrícia Marques 2 ; Rita Martins 3 ; Anabela Ferrão 4 ; Anabela Morais 4 1-Serviço de Pediatria, Hospital de São Bernardo - Centro Hospitalar de Setúbal; 2-Serviço de Pediatria, Hospital Distrital de Santarém; 3-Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 4 - Unidade de Hematologia, , Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 34. Encefalite auto-imune Sara Dias Leite 1 ; Jorge Abreu 1 ; Ana Dias 1 ; João Paulo Gabriel 2 ; Cristina Cândido 1 1 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e alto Douro; 2 - Serviço de Neurologia, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro 35. Unidade de Pediatria Geral num Hospital Terciário – Casuística de um ano de internamento Bárbara Marques 1 ; Francisca Palha 1 ; Joana A. Oliveira 1 ; Ana Ventura 1 ; Edgar Moreira 1 ; Rosa Martins 1 ; Ruben Ferreira 2 ; João Marcelino 2 ; Filipe Benito Garcia 3 ; Bárbara Águas 1 ; A. Siborro Azevedo 1 1–Unidade de Pediatria Geral, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2–Serviço de Imuno-Alergologia, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3–Serviço de Imuno-Alergologia, Hospital CUF Descobertas 36. Uma forma rara de Doença de von Willebrand - Caso Clínico Patrícia Marques 1 ; 2-Virgínia Machado 2 ; 3-Rita Martins 3 ; 4-Maria João Palaré 4 ; 5-Artur Pereira 5 ; 6- Fátima Rodrigues 5 ; 7-Cristina Catarino 5 ; 8-Anabela Morais 4 1-Serviço de Pediatria, Hospital Distrital de Santarém; 2-Serviço de Pediatria, Hospital São Bernardo- Centro Hospitalar de Setúbal; 3-Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Horta; 4-Unidade de Hematologia - Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 5-Serviço de Imunohemoterapia – Hospital de Santa Maria – CHLN 37. Meningite de etiologia pouco comum Marta Soares 1 , Marta Pinto 1 , Erica Torres 1 , Pedro Cruz 1 , Guida Gama 1 , Maria João Virtuoso 1 , Maria Filipe Barros 1 1 – Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro 38. Linfedema congénito primário hereditário: descrição de um caso clínico de apresentação ao nascimento Rita Espírito Santo 1 ; Oana Moldovan 2 ; Paula Costa 3 ; André Graça 3 ; Margarida Abrantes 3 1 - Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Genética, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Serviço de Neonatologia, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 39. Choque séptico meningocócico: um caso clínico sem apresentação clássica Patrícia Romão 1 , Isabel Periquito 1 , Catarina Lacerda 2 , Susana Castanhinha 2 , Cristina Camilo 1 , Marisa Vieira 1 1-Unidade de Cuidados Intensivos de Pediatria, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 2-Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Barreiro-Montijo. 40. Internamentos por varicela no Hospital de Faro - revisão de 10 anos Erica Torres 1 ; Marta Pinto 1 ; Marta Soares 1 ; Maria João Virtuoso 1 ; João Rosa 1 ; Duarte Santos 1 1- Hospital de Faro, Centro Hospitalar do Algarve 41. Hepatoesplenomegália neonatal: para além das causas comuns Filipa Durão 1 , Patrícia Romão 1 , Ana Rita Prior 2 , Sandra Valente 2 , Patrícia Janeiro 3 , Ana Gaspar 3 , Joana Saldanha 2 1- Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Neonatologia, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Unidade de Doenças Metabólicas, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
  • 7. 42. Glicogenoses – doenças de armazenamento com grande heterogeneidade clínica R. Machado 1 , J. Coelho 1 , P. Janeiro 2 , C. Costa 2 , A. Cabral 2 , M.J. Silva 3 , H.M. Santos 3 , I. Tavares de Almeida 3 , H. Rocha 4 , M.L. Cardoso 4 , L. Vilarinho 4 , A. Gaspar 2 1- Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa 2-Unidade de Doenças Metabólicas, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3-Grupo Metabolismos e Genética, iMed, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa; 4-Unidade de Rastreio Neonatal Metabolismo e Genética, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge 43. Profilaxia antibiótica em Cirurgia Pediátrica de ambulatório Stéfanie Pereira 1 , Mariana Morgado 1 , Miroslava Gonçalves 1 1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
  • 8. 1. Epidemiologia das mortes numa Unidade de Oncologia Pediátrica (2005-2014) Patrícia Costa Reis 1 ; Filipa Durão 1 ; Teresa Martins 2 ; Maria José Ribeiro 3 ; Ana Neto 3 ; Ximo Duarte 3 ; Gabriela Caldas 3 ; Ana Teixeira 3 ; Cristina Mendes 3 ; Cláudia Constantino 3 ; Sofia Nunes 3 ; Ana Lacerda 3 ; Filomena Pereira 3 1 – Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 – Serviço de Pediatria, Hospital Garcia da Orta; 3- Departamento de Oncologia da Criança e do Adolescente, Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG) Introdução: Apesar de rara, a doença oncológica constitui a segunda causa de morte dos 5- 14 anos. Novas estratégias terapêuticas têm melhorado significativamente a sobrevida, mas associam-se a elevado risco de toxicidade. O objectivo deste trabalho é analisar as mortes em Oncologia Pediátrica. Métodos: Revisão retrospectiva dos processos clínicos dos doentes seguidos no Departamento de Oncologia da Criança e do Adolescente do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG), falecidos de Janeiro 2005 a Dezembro 2014. Resultados: Em 10 anos faleceram 317 crianças, 177 do sexo masculino (56%), com idade mediana de 6 anos (Q25=5anos; Q75=14anos). Cento e vinte e quatro crianças tinham tumores sólidos (39%), 108 tumores do sistema nervoso central (34%) e 85 leucemias/linfomas (27%). A principal causa de morte foi doença progressiva (N=264, 83%), seguida de infecção (N=27, 9%). Em 19/27 diagnosticou-se choque séptico, 16/19 em contexto de neutropenia. Oito crianças morreram após cirurgias (3%). A doença do enxerto-contra-hospedeiro causou 3 mortes (1%). Duas crianças faleceram por neurotoxicidade, uma por cardiotoxicidade e outra por anafilaxia. A mediana do diagnóstico até à morte foi de 17 meses nas mortes por progressão e 7 meses nas mortes tóxicas. A maioria das mortes por progressão ocorreram no IPOLFG (N=151, 57%); 80 crianças (30%) faleceram no hospital da área de residência e 33 (13%) no domicílio. Todos os doentes com mortes tóxicas (N=48) faleceram num hospital, 23/48 em unidades de cuidados intensivos. Conclusões: A grande maioria das mortes em crianças com doença oncológica deveu-se a progressão de doença; nestes casos a percentagem de morte em casa foi muito inferior ao observado em países onde existem cuidados paliativos pediátricos. De entre as mortes tóxicas as infecções representaram a principal causa de morte, pelo que a sua prevenção, diagnóstico precoce e terapêutica agressiva devem ser uma preocupação constante no cuidado destes doentes. Palavras-chave: Oncologia; Mortalidade; Toxicidade. 2. Fervores na auscultação pulmonar: um indicador sensível no diagnóstico da bronquiolite obliterante pós-infecciosa Cátia Pereira 1 ; 2- Luísa Pereira 1 ; 3- Ana Saianda 1 ; 4- Rosário Ferreira 1 ; 5- Teresa Bandeira 1 1 - Unidade de Pneumologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução e Objectivos: As infecções respiratórias baixas de etiologia viral são comuns em idade pediátrica e, na sua maioria, curam. Em casos raros existe progressão para doença pulmonar obstrutiva crónica, denominada bronquiolite obliterante pós-infecciosa (BOPI), cuja suspeição é fundamental. O objectivo deste estudo é apresentar indicadores de evolução para BOPI. Metodologia: Estudo transversal duma série de doentes com o diagnóstico de BOPI em acompanhamento activo numa consulta de Pneumologia Pediátrica (Jan 2011 - Jun 2014). COMUNICAÇÕES ORAIS 12 de Fevereiro, 8h15
  • 9. Revisão de processos clínicos com análise de dados demográficos, episódio agudo, etiologia microbiológica, evolução clínica, exames complementares e terapêutica. O diagnóstico foi validado pela presença de padrão em mosaico na tomografia computorizada (TC) torácica e pelo menos 1 dos critérios: 1) história de bronquiolite/pneumonia viral grave; 2) infecção por adenovírus; 3) padrão obstrutivo no estudo funcional respiratório. Análise descritiva com o programa Excel. Resultados: Incluíram-se 44 doentes com diagnóstico de BOPI confirmado por TC torácica; 31 (70,5%) rapazes; idade mediana actual 17 [4-27] anos. Em 39 (88,6%) houve história de infecção pulmonar grave com internamento, 17 (38,6%) em Unidade de Cuidados Intensivos, 13 (29,5%) com necessidade de ventilação mecânica. Adenovírus foi identificado no episódio agudo em 18 (40,9%) doentes. Todos apresentaram fervores persistentes na auscultação pulmonar após o episódio inicial de infecção pulmonar. Todos os doentes realizaram estudo funcional respiratório, 42 (95,5%) com obstrução brônquica e bronquiolar. Comentários: A variabilidade da evolução clínica na BOPI torna difícil o diagnóstico. Fervores persistentes na auscultação pulmonar após a infecção inicial, pode ser um indicador sensível de progressão para BOPI. Estudos subsequentes devem ser efectuados em centros de referência com experiência no acompanhamento destes doentes. Palavras-chave: bronquiolite obliterante, adenovírus, fervores 3. Alergia medicamentosa no Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica: experiência de 1 ano Filipa Durão 1 ; Rita Aguiar 2 ; Catarina Gomes 1 ; Cláudia Gomes 1 ; Ricardo Fernandes 3 ; Anabela Lopes 2 ; Ana Neves 3 ; MA Pereira-Barbosa 2 ; Maria do Céu Machado 1 1 - Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 - Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3 -Unidade de Alergologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: A hipersensibilidade a medicamentos em idade pediátrica constitui um verdadeiro problema de saúde pública, devido à elevada frequência da sua suspeita e aos custos socioeconómicos inerentes. Embora qualquer fármaco possa desencadear uma reação alérgica, os antibióticos são os mais frequentemente envolvidos, designadamente os beta-lactâmicos. Com este trabalho, pretendeu-se caraterizar os casos suspeitos de alergia medicamentosa (AM) observados num Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica (HDAP). Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo das crianças com suspeita de AM propostas para sessão de HDAP num hospital universitário nível III, durante 14 meses. Avaliaram-se dados demográficos, antecedentes pessoais, sintomas de apresentação e relação temporal com a toma do fármaco e abordagem diagnóstica. Análise descritiva em Excel 2010®. Resultados: Incluíram-se 24 crianças com suspeita de AM. A mediana da idade na primeira observação foi 3,6 anos [1,4-10,2], 66,7% eram do género masculino, 37,5% tinham antecedentes alergológicos. Identificaram-se 29 suspeitas de AM, 26 das quais envolvendo antibióticos (92,3% beta-lactâmicos). A urticária aguda foi a apresentação inicial mais frequente (22) e a reação foi imediata em 3 dos casos. O estudo alergológico inicial (teste cutâneo por picada, teste intradérmico, IgE específica) foi negativo em todos os casos. A mediana de tempo entre a reação suspeita e o estudo alergológico foi de 11,5 meses [4- 48]. Realizaram-se 25 provas de provocação, 3 das quais foram positivas (urticária não imediata após amoxicilina/clavulanato). Nestes casos, foi mantida a recomendação da evicção deste antibiótico. Discussão: A maioria das suspeitas de AM envolveu antibióticos, em particular beta- lactâmicos, que são fármacos de primeira linha em múltiplas infecções em idade pediátrica. Embora existisse história de reacção adversa medicamentosa, apenas numa
  • 10. minoria se confirmou AM. Com este estudo, pretendemos mostrar a importância de uma adequada investigação alergológica na suspeita de AM, de forma a impedir evicções desnecessárias, com implicações de natureza económica e na eficácia terapêutica. Palavras-chave: Alergia Medicamentosa; Hospital de Dia 4. Apendicite aguda em idade pediátrica: correlação de parâmetros analíticos de inflamação com a gravidade da doença Andreia Felizes 1 ; Sara Lobo 1 ; Miroslava Gonçalves 1 1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa A apendicite aguda na idade pediátrica continua a constituir um desafio, justificável pela elevada frequência de um quadro clínico atípico e pela possível gravidade. O valor de leucócitos, neutrófilos e proteína C reativa (PCR) complementam a avaliação clinica na aferição do diagnóstico, mas os estudos que correlacionam estes dados com a gravidade da doença são escassos. Os autores propuseram-se a caraterizar uma população pediátrica com o diagnóstico de apendicite aguda e relacionar os parâmetros analíticos de inflamação com o diagnóstico definitivo. Estudou-se retrospetivamente, no período de um ano, a população pediátrica admitida no serviço de urgência de um hospital terciário, com diagnóstico de apendicite aguda, classificada em não complicada (grupo I) ou complicada (grupo II - com perfuração e peritonite ou abcesso). Avaliaram-se os parâmetros analíticos de inflamação à admissão - leucócitos, neutrófilos em % e PCR. Na análise estatística recorreu-se ao programa SPSS 20.0 (testes ANOVA, Eta e Chi-quadrado). Incluíram-se 129 doentes, entre 3 e 17 anos (média 10 anos), 57% sexo masculino, 78% pertencentes ao grupo I e 21% ao grupo II. Registou-se leucocitose em 63% (I) vs 74% (II); neutrofilia em 95% (I) vs 100% (II) e uma média de valores de PCR de 3,1 (I) vs 11,3 mg/dl (II). Constatou-se significância estatística na correlação do tipo de apendicite com o valor de PCR pré-operatória (p <0,01; eta 0,526). Não se verificou correlação estatística quando avaliada a leucocitose (p 0,208) e a neutrofilia (p 0,299). Conclui-se que a PCR foi o único parâmetro analítico estudado em que se verificou uma relação estatística significativa com a gravidade da apendicite, contrariando alguns dos estudos encontrados na literatura. Os autores recomendam a avaliação dos parâmetros analíticos de inflamação, dando especial ênfase à PCR, na suspeita de apendicite. Palavras-chave: apendicite, parâmetros de inflamação, PCR 5. Infecção a Neisseria gonorrhoeae no período pré-puberdade: a primeira evidência de abuso sexual Cátia R. Correia 1 , Paula Nunes 1 , Ana Caldeira 1 1 – Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO Introdução: A infecção a Neisseria gonorrhoeae (N. gonorrhoeae), antes da puberdade e fora do período neonatal, deve ser considerada como presumível o contacto sexual e fortemente indicativa de abuso sexual (AS). A infeção sexualmente transmitida (IST) pode ser a única evidência física do AS. Casos Clínicos: Caso 1: L.F., 3 anos, sexo masculino, saudável até à véspera do internamento quando inicia edema, rubor e dor periorbitária direita, associado a exsudado purulento. Laboratorialmente destacava-se ligeira leucocitose e PCR negativa. Realizou TC orbitas que excluiu celulite pré e pós septal e, posteriormente, foi isolado no exsudado conjuntival N. gonorrhoeae. Completou terapêutica com amoxicilina+acido clavulânico
  • 11. (oral) e cloranfenicol (tópico) com melhoria. Foi referenciado ao Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NHCJR) Caso 2: L.L., 5 anos, sexo feminino, saudável até 5 dias antes do internamento quando inicia edema do joelho direito e gonalgia intensa. Sem história de traumatismo, febre ou outros sintomas. Apresentava PCR 20.1 mg/dL, a ecografia do joelho revelou derrame articular e foi isolado no liquido articular N. gonorrhoeae (assim como no exsudado orofaríngeo). Completou 10 dias de ceftriaxone (endovenoso) e 3 semanas de flucloxacilina (oral). Articulou-se com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) e Policia Judiciaria, tendo-se confirmado o AS. Caso 3: C.P., 6 anos, sexo feminino, referenciada para a consulta de Pediatria por leucorreia com 15 dias de evolução, na qual foi isolada N. gonorrhoeae. Sem outras queixas. Tratou-se com ceftriaxone (endovenoso). Na 2º consulta a criança confirmou o AS. Articulou-se com NHCJR e foram realizadas as diligências necessárias. Discussão: Aproximadamente 5% das crianças que são abusadas sexualmente adquirem uma IST. As bactérias mais comummente identificadas são N. gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. Guidelines internacionais recomendam que todos os casos de gonorreia no período pré-puberdade sejam referenciados aos serviços de Pediatria e aos NHCJR. Grande Auditório – 13 de Fevereiro às 8h15 Moderadores: Bárbara Águas, Ana Rita Sandes 6. Vitamina B1: o elo entre anemia, diabetes e surdez Ana S. C. Fernandes 1 , Margarida Valério 2 , Brígida Robalo 1 , Carla Pereira 1 , Anabela Morais 3 , Maria de Lurdes Sampaio 1 1-Unidade de Endocrinologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO; 3-Unidade de Hematologia, Serviço de Pediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: A diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é a causa mais frequente de diabetes em idade pediátrica. Contudo, o diagnóstico de diabetes no lactente implica a exclusão de formas monogénicas, particularmente quando se associa a outras manifestações clínicas. Caso clínico: Lactente do sexo feminino com antecedentes familiares de DM1 e antecedentes pessoais irrelevantes (rastreio auditivo perinatal por otoemissões acústicas normal). No contexto de síndrome febril foi internada aos nove meses por infecção urinária a Escherichia coli, identificando-se glicosúria na análise sumária de urina. A avaliação laboratorial revelou diabetes mellitus inaugural (glicemia 1000 mg/dL, cetonemia 150mg/dL, pH 7,26, bicarbonato 10,9 mg/dL e excesso de bases -16,1) e anemia com evolução para bicitopenia (valores mínimos de hemoglobina 7,2g/dL, VGM 81,4fL, leucócitos 7520 células/mcL, plaquetas 30000/mcL). Sem referência a poliúria, polidipsia ou perda ponderal. Teve necessidade de suporte transfusional com melhoria dos parâmetros hematológicos. Doseamento de glicose-6-fosfato-desidrogenase, electroforese de hemoglobinas e mielograma sem alterações, e serologias negativas. Pesquisa de anticorpos anti-dsDNA, antinucleares, anti-GAD, anti-ilhéus e anti-insulina negativa. Iniciou insulinoterapia com bom controlo glicémico. Aos 13 meses foi avaliada por otorrinolaringologia por suspeita de défice auditivo, COMUNICAÇÕES ORAIS 13 de Fevereiro, 8h15
  • 12. realizando potenciais evocados auditivos que confirmaram a presença de surdez neurossensorial. Por suspeita de síndrome TRMA (Thiamine-responsive megaloblastic anemia), iniciou suplementação com tiamina (75 mg/dia) com bom controlo hematológico e necessidades decrescentes de insulina, sem melhoria do défice auditivo (colocados implantes cocleares aos 23 meses). O estudo genético identificou uma nova mutação do gene SLC19A2 responsável pelo síndrome. Discussão: A associação de anemia megaloblástica e diabetes no lactente deve colocar a suspeita de síndrome de TRMA. A surdez neurossensorial completa a tríade de sintomas típica, podendo surgir posteriormente. O tratamento com tiamina associa-se a controlo hematológico e da diabetes (com evolução frequente para insulino-dependência após a puberdade), mas sem resposta do défice auditivo. Palavras-chave: Diabetes mellitus, Sindrome TRMA, sindrome de Roger's, défice auditivo, anemia megaloblástica 7. Identificação do Risco Nutricional na Pediatria (resultados preliminares) Ana Rita Silva 1 ; Paulo Oom 1 1 – Serviço de Pediatria, Hospital Beatriz Ângelo As crianças internadas têm um maior risco de malnutrição. O seu estado nutricional tem impacto nos resultados do internamento, nomeadamente no aumento da morbilidade relacionada com a doença, prolongando o tempo internamento. Identificar o risco nutricional das crianças na admissão é por isso um dado importante na sua avaliação clinica. Identificar precocemente o risco nutricional permite uma intervenção nutricional precoce e adequada para prevenir o impacto da malnutrição no crescimento da criança. Objetivos: Identificar o risco nutricional na pediatria no Hospital Beatriz Ângelo através de dois questionários – StrongKids e STAMP; Comparar os resultados obtidos; Verificar qual a correlação entre o risco nutricional e o tempo de internamento. Metodologia: Este é um estudo transversal, analítico; População-Alvo: Crianças internados Hospital Beatriz Ângelo; Amostragem: 30 doentes selecionados aleatoriamente no serviço de Pediatria do Hospital Beatriz Ângelo durante o mês de Novembro e Dezembro; Critérios de inclusão: Todas as crianças com idade entre 1 e 18 anos; Instrumentos de medida: Questionário StrongKids e STAMP. Resultados e Discussão: Nesta amostra verificou-se que 73% das crianças internadas apresentam risco nutricional moderado a elevado. O questionário StrongKids identificou 26,7% de crianças com baixo risco nutricional, 53,3% com risco moderado e 20% com risco elevado; o STAMP identificou 26,7% sem risco nutricional; 23,3% com risco moderado e 50% com risco elevado. Foi também possível constatar que o risco nutricional varia consoante o motivo de internamento, sendo que as crianças internadas por causas gastrointestinais, respiratórias e infeciosas são as que apresentam maior risco nutricional. Verificou-se uma correlação positiva moderada entre o score do StrongKids e o tempo de internamento (r=0,772; p=0,05); e também entre os dois questionários (r=0,783; p=0,000). Conclusão: A prevalência de crianças com risco nutricional à admissão é elevada e por isso, a sua identificação deve ser parte integrante da avaliação inicial. Apesar das diferenças os dois questionários são válidos. Palavras-chave: Crianças; Risco Nutricional; Questionários; Desnutrição; Internamento 8. Crianças em Risco: A Função Social do Hospital. Casuística de dois anos. Bárbara Marques 1 ; Ana Ventura 1 ; Filipe Benito Garcia 2 ; Sónia Almeida 3 ; Bárbara Águas 1 ; A. Siborro Azevedo 1
  • 13. 1–Unidade de Pediatria Geral, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2- Serviço de Imuno-Alergologia, Hospital CUF Descobertas; 3–Serviço Social, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: Todos os profissionais de saúde têm o dever de detetar e sinalizar situações de perigo ou de maus-tratos para a criança. A Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, de 1999, pretende promover os direitos e proteger crianças e jovens em perigo. O trabalho realizado teve como objetivos analisar os motivos sociais que justificaram os internamentos hospitalares e conhecer o impacto do risco social no internamento pediátrico. Métodos: Estudo retrospetivo e descritivo de crianças/jovens internados na Unidade de Pediatria Geral de um hospital terciário, entre Janeiro de 2013 e Dezembro de 2014, referenciados ao Serviço Social e/ou Núcleo de Apoio à Criança e à Família. Resultados: Foram sinalizados 33 casos, 64% do sexo feminino (n=21), com uma idade mediana de 26 dias (min: 6d; máx: 16A). Destes, 55% (n=18) corresponderam a recém- nascidos (RN), 16 internados desde o nascimento. A duração média do internamento foi de 11 dias, com uma mediana de 5 dias (min 0; máx 49). Foram internadas por motivos exclusivamente sociais 27 crianças (82%). Quarenta e cinco por cento dos pais tinham menos de 30 anos (n=15) e 85% era de nacionalidade portuguesa (n=28). As mães estavam desempregadas em 64% dos casos (n=21). Verificaram-se 10 casos de doença psiquiátrica e/ou toxicodependência dos progenitores. No grupo dos RN, 67% das gestações não foram vigiadas (n=12). O principal motivo de internamento foi a necessidade de internamento protetor (55%, n=18) e 64% das crianças teve alta para o domicílio em contexto de integração familiar (n=21). Comentários: A necessidade de proteção de crianças e jovens em risco é indiscutível. Contudo, o seu internamento numa enfermaria hospitalar traz outros riscos que não podem ser desconsiderados, nomeadamente o risco de infeção hospitalar, bem como um impacto económico significativo. Assim, há que avaliar todos os fatores em causa e considerar alternativas. Palavras-chave: Crianças, Jovens, Perigo, Proteção, Maus-tratos 9. Fotofitodermatose grave Edgar Moreira 1 , Ana Luísa Rodrigues 2 , Ana de Sousa 3 , Filipa Prata 1 , Cristina Tapadinhas 4 , José Gonçalo Marques 1 1- Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Serviço de Pediatria, Hospital do Divino Espirito Santo de Ponta Delegada; 3-Serviço de Cardiologia Pediátrica, Hospital de Santa Cruz, CHLO; 4-Serviço de Dermatologia, Hospital de Santa Maria, CHLN Introdução: A fotofitodermatose é uma reacção fototóxica, que ocorre tipicamente após exposição tópica a substâncias derivadas das plantas, com exposição solar subsequente. Embora seja mais frequente em adultos por exposição ocupacional, pode acontecer em crianças por contactos esporádicos em contexto recreativo. Neste trabalho relata-se o caso de dois irmãos com uma reacção exuberante de fotofitodermatose após exposição recreativa a plantas comuns. Casos clínicos: Dois irmãos, de 6 e 10 anos, previamente saudáveis, apresentaram-se no Serviço de Urgência com lesões cutâneas extensas, respectivamente nos membros inferior direito e superior esquerdo, caracterizadas por eritema bem delimitado com flictenas, associado a edema e dor, sem febre. Foram ambos internados e medicados com antibioticoterapia sistémica. As lesões ocorreram 48h após exposição a urtigas, e posterior fricção da pele com folhas de Rumex obtusifolius ("labaça") numa tentativa de aliviar o prurido pelas urtigas. Neste contexto admitiu-se o diagnóstico de fotofitodermatose tendo iniciado corticoterapia sistémica e tópica com melhoria gradual do quadro. Discussão: Apresentamos um caso de fotofitodermatose exuberante, cujo diagnóstico foi
  • 14. possível pela anamnese cuidada e pela evolução temporal do quadro. A espécie vegetal implicada não está classicamente associada a fenómenos de fotossensibilização, e é inclusive referida na tradição anglo-saxónica como útil no alívio tópico da dermatite de contacto a urtigas. Palavras-chave: Fotofitodermatose; Rumex obtusifolius 10. Estado Nutricional, Atividade física e Qualidade de Vida em crianças e adolescentes com Doença de Crohn: um estudo caso-controlo Inês Asseiceira 1 ; Sara Azevedo 2 ; Catarina Maltez 2 , Teresa Rodrigues 3 ; Ana Catarina Moreira 4 ; Ana Isabel Lopes 2 1- Serviço de Dietética e Nutrição, Hospital de Santa Maria, CHLN; 2-Unidade de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição; Serviço de Pediatria Médica, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3-Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina de Lisboa; 4 – Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa Introdução: A Doença de Crohn (DC) em idade pediátrica está reconhecidamente associada a elevada prevalência de desnutrição. Por outro lado, o curso imprevisível da doença torna-a disruptiva do ponto de vista psicológico, social e familiar, condicionando a absentismo escolar e a diminuição da prática regular de atividade física (AF) e da qualidade de vida (QV). Objetivos: Avaliação do estado nutricional, das necessidades energéticas, da atividade física e da qualidade de vida em crianças e adolescentes com DC e comparação com um grupo de controlos “saudáveis”. Metodologia: Estudo caso-controlo, transversal e observacional. Foram avaliadas, 30 crianças/adolescentes com DC e 50 controlos. A avaliação de ambos os grupos contemplou a ingestão alimentar (registo alimentar de 3 dias), antropometria: peso, altura, índice de massa corporal, perímetro braquial e prega cutânea tricipital; composição corporal obtida por Bioimpedância (massa gorda (MG) e massa isenta em gordura (MIG)); atividade física (questionário de Baecke e colaboradores) e qualidade de vida (KIDSCREEN® ou IMPACT III®). No grupo de estudo, foram ainda avaliadas variáveis clinicas relacionadas com a doença, nomeadamente localização, extensão e atividade da mesma, bem como alguns parâmetros bioquímicos. Análise estatistica:IBM®SPSS® 22. Discussão/conclusão: Os resultados do presente estudo, refletem que estes doentes apesar de bem nutridos segundo o índice de massa corporal (IMC) exibem importantes alterações na composição corporal caracterizadas, por um excesso de MG e um défice de MIG. Além disso, estes doentes praticavam significativamente menos exercício do que o grupo de controlos “saudáveis” podendo este fator contribuir para os desequilíbrios ao nível da composição corporal. O presente estudo evidencia que os doentes apresentam défices de ingestão de macro e micronutrientes específicos, dados estes que reforçam a importância de um acompanhamento nutricional a longo termo, independentemente da fase da doença. As crianças e adolescentes com DC apresentaram níveis de QV semelhantes ao grupo de controlo. Palavras-chave: Doença de Crohn, Estado Nutricional, Atividade Física e Qualidade de Vida Grande Auditório – 12 de Fevereiro às 16h30 Moderadores: Anabela Morais, João Albuquerque POSTER COM APRESENTAÇÃO EM SALA 12 de Fevereiro, 16h30
  • 15. 11. Prevalência de anemia na apresentação da Doença de Crohn em doentes pediátricos: experiência de um centro terciário Rita Jotta 1 , Sara Azevedo 1 , Helena Loreto 1 , Paula Mourato 1 , Ana Isabel Lopes 1 1- Unidade de Gastrenterologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: A anemia é uma manifestação frequente da doença inflamatória intestinal, especialmente na doença de Crohn (DC). A anemia por défice de ferro (ADF) e a anemia da doença crónica (ADC) têm um papel fundamental neste contexto, mas a sua prevalência relativa na pediatria não está ainda estabelecida. Este estudo pretendeu avaliar a prevalência da anemia (global, ADF e ADC) em doentes pediátricos com DC num centro terciário. Métodos: Estudo retrospetivo descritivo de doentes com DC referenciados a uma Unidade de Gastrenterologia Pediátrica entre janeiro/2011-novembro/2014. Definiu-se anemia baseada em critérios da OMS, estabelecendo-se a distinção entre ADF e ADC mediante integração de parâmetros hematológicos e VS. Sintomatologia prévia ao diagnóstico, classificação de Paris e atividade da doença foram obtidos em todos os doentes. Resultados: Diagnosticados 56 doentes com DC (33 rapazes), idade mediana-17 anos (26- 7), idade mediana ao diagnóstico-12 anos (18-0,2), mediana de seguimento atual-54,5 meses (166-0,2). Incluídos 42 doentes (14 excluídos: falta de dados). Documentou-se anemia ao diagnóstico em 32 doentes (76,2%), e doença ligeira nos 10 doentes sem anemia. Dos 32 doentes com anemia, 16 (50%) tinham ADF (mediana Hb 10.7g/dL [11,9- 7,2], ferritina 34,7mg/dL [75,2-4,1], VS 46mm/h [93-2]); atividade da doença (11/16): moderada:8, ligeira:3; 6 deles (37,5%) apresentavam envolvimento ileal. Dezasseis doentes (50%) tinham ADC (mediana Hb 10,9g/dL [12-7,7], ferritina 220mg/dL [850-108,4], VS 71mm/h [120-11]); atividade da doença (14/16): grave:2, moderada:9, ligeira:3; 9 deles (56,3%) apresentavam envolvimento ileal. Relativamente à duração da sintomatologia prévia ao diagnóstico, os doentes com anemia tiveram uma mediana de 3 meses (87-0) e os sem anemia de 2 meses (41-0). Conclusão: Os resultados obtidos são concordantes com a evidência científica atual. A ADF e ADC são frequentes ao diagnóstico da DC pediátrica, embora a ADC seja mais prevalente na doença ativa. A localização da doença foi semelhante dos doentes com ADF e ADC. Palavras-chave: Doença de Crohn, anemia 12. Quando a dorsalgia se mostra um desafio... Sara Vaz 1 ; Catarina Franco 1 ; Teresa Jacinto 1 ; Carolina Furtado 2 ; Manuel Salgado 3 ; Fernanda Gomes 1 1- Serviço de Pediatria, Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 2-Serviço de Reumatologia, Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 3-Serviço de Reumatologia, Hospital Pediátrico de Coimbra, CHUC Introdução: A osteomielite crónica multifocal recorrente (OCMR) é uma patologia autoinflamatória da infância e adolescência, afetando maioritariamente as metáfises dos ossos longos, podendo raramente afectar o esqueleto axial. Caracteriza-se pela existência de períodos de exacerbação e remissão, com múltiplas lesões ósseas dolorosas e elevada incapacidade funcional. Descrição de caso: Rapariga de 13 anos de idade, previamente saudável, com queixas de dorsalgia de ritmo misto e agravamento progressivo, com três meses de evolução. À admissão, apresentava-se com dorsalgia de intensidade moderada, hipersudorese e anorexia, sem febre. Ao exame objetivo apresentava curva cifótica dorsal e deformação esternal anterior. Realizou TC de tórax, que demonstrou colapso vertebral em D3 e D4. Analiticamente, salientava-se: VS máxima de 58 mm/h; hemograma normal; exames culturais e virológicos negativos, e marcadores tumorais negativos. A RMN confirmou processo de natureza infecciosa/inflamatória a nível de D3, D4 e D5 com destruição
  • 16. resultando em colapso vertebral sequencial. Fez vários cursos de antibioterapia endovenosa e tuberculostáticos até obter os resultado dos exames culturais, que foram todos negativos. Transferida para o Serviço de Ortopedia Infantil do Hospital Pediátrico de Coimbra onde realizou biópsia óssea, documentando presença de infiltrado inflamatório crónico, sem bactérias ou granulomas e cintigrafia óssea que mostrou áreas de hipercaptação na coluna dorsal superior, refletindo foco inflamatório compatível com osteomielite não bacteriana. Postulado o diagnóstico de OCMR com envolvimento axial inicial em avaliação subsequente pela Reumatologia, iniciou pamidronato (0.5-1 mg/kg/dose) endovenoso durante 3 dias, com melhoria imediata das queixas álgicas. Aos 3 meses de seguimento, completou o segundo ciclo de pamidronato, mantendo-se em remissão clínica. Conclusão: O diagnóstico de OCMR é difícil por ser de exclusão, embora seja cada vez mais reconhecido atualmente. O diagnóstico diferencial de dorsalgia na criança e adolescente inclui a dor óssea, sendo a OCMR um diagnóstico a considerar nos quadros de dor persistente e refratária. Palavras-chave: Osteomielite crónica multifocal recorrente (OCMR); dorsalgia; dor óssea; autoinflamatória 13. Infeções associadas aos cuidados de saúde: realidade Dinamarquesa vs Portuguesa em unidades de cuidados intensivos neonatais Joana Chagas 1 ; Joana Saldanha 2 1 - Interna do Ano Comum, Hospital Garcia de Orta. 2 – Serviço de Neonatologia, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução e Objectivos: As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde são um problema proeminente e determinante durante o internamento dos recém-nascidos (RN), sobretudo prematuros, nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN). A vulnerabilidade dos RN a infeções deve-se a factores intrínsecos imutáveis, como a imaturidade do sistema imune, e a factores extrínsecos, relacionados com procedimentos de diagnóstico e terapêutica assim como condições físicas, recursos humanos e dinâmica interna das UCIN. Procurou-se fazer um estudo comparativo entre a incidência de isolamentos de microrganismos de amostras de locais estéreis em duas UCIN, Hospital Santa Maria (HSM), Lisboa, e Rigshospitalet (RH),Copenhaga, e as diferentes condições de trabalho nas UCIN. Materiais e Métodos: Foram obtidos os dados de isolamentos bacteriológicos de amostras de locais estéreis entre 2007 e 2009 e informações acerca das UCIN por entrevista aos profissionais de saúde dedicados ao controlo de infeção. Resultados: A UCIN do HSM é constituída por 3 salas (total 22 camas), com ratio enfermeira:recém-nascido entre 1:2 e 1:4. A UCIN do RH é constituída por 18 quartos (total 36 camas) e ratio máximo de 1:2. A taxa de isolamentos de microrganismos no HSM variou entre 7,3% e 10,1% (média 8,5%) dos recém-nascidos anualmente internados, enquanto no RH foi entre 6,8% e 8,3% (média 7,7%). A amostra na qual mais frequentemente os microrganismos foram isolados foi o sangue, com maior prevalência do Staphilococcus epidermidis. Discussão: A UCIN do RH apresenta melhores condições de espaço físico e maior ratio enfermeira:recém-nascido do que o HSM, mas constatámos que a taxa de isolamentos de microrganismos de amostras de locais estéreis não foi diferente entre as UCIN. As taxas de incidência calculadas, o tipo de amostra onde mais frequentemente foram isolados microrganismos e os agentes infecciosos mais prevalentes são coincidentes com os descritos na literatura para estas populações de RN de risco. Palavras-chaves: Recém-nascidos, Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde, Surtos, Microrganismos
  • 17. 14. Coagulopatia transitória por infecção a Mycoplasma pneumoniae Catarina Lacerda 1 ; Margarida Rafael 1 ; Sofia Silva 1 ; Ana Fernandes 1 ; Carlos Barradas 1 ; Nélia Ferrria 1 1- Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Barreiro Montijo O Mycoplasma pneumoniae é um agente bem conhecido causador de infecções do trato respiratório. Pode, menos frequentemente, cursar com um largo espectro de manifestações extra-pulmonares, nomeadamente hematológicas. Relata-se um caso de coagulopatia transitória induzida por infecção a Mycoplasma pneumoniae. Criança do sexo feminino, 5 anos, com antecedentes irrelevantes e sem história pessoal ou familiar de coagulopatia. Recorreu à urgência por febre com 8 dias de evolução associada a odinofagia e tosse produtiva, sem resposta à terapêutica com amoxicilina + ácido clavulânico instituída quatro dias antes. O exame objectivo revelou hepatomegalia discreta, com auscultação cardiopulmonar normal e sem outras alterações. A radiografia torácica revelou reforço hilar bilateral. Da avaliação laboratorial realizada destaca-se aPTT de 79,9s para controlo de 30,9s, com TP e fibrinogénio normais, sem outras alterações relevantes. A serologia para Mycoplasma revelou IgM positivo, com restantes serologias virais negativas. Por aumento do aPTT foi feita investigação clinica com doseamento de factor VIII, IX, XI, anticorpo inibidor do factor VIII, anticoagulante lupico, factor de Von Willebrand e cofactor de ristocetina que se revelaram normais. Cumpriu terapêutica com claritromicina com regressão da febre e da sintomatologia respiratória. Clinicamente nunca apresentou sinais de discrasia hemorrágica, notando-se uma gradual e progressiva normalização do aPTT após a regressão do quadro respiratório. Neste caso, o aumento isolado de aPTT foi coincidente com infecção aguda a Mycoplasma, com posterior normalização e sem necessidade de terapêutica específica, traduzindo uma manifestação extra-pulmonar pouco conhecida da infecção a Mycoplasma pneumoniae. Palavas-chave: Mycoplasma pneumoniae, coagulopatia, manifestações extra-pulmonares 15. O contributo da ecografia no diagnóstico da apendicite aguda na idade infantil Stéfanie Pereira 1 , Mariana Morgado 1 , Miroslava Gonçalves 1 1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa A apendicite aguda é a causa mais frequente de abdómen cirúrgico na criança, com incidência na segunda década de vida. A apresentação clínica é variável, dificultando o diagnóstico. A tomografia computorizada abdomino-pélvica é o exame imagiológico com maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico, contudo expõe a criança a radiação. No nosso hospital, recorremos à ecografia abdominal para primeira linha. O objetivo deste trabalho consiste em correlacionar os dados ecográficos com a clínica e achados intra-operatórios em crianças operadas com suspeita de apendicite aguda. Realizou-se um estudo retrospectivo referente a 2014, sobre a população pediátrica admitida no serviço de urgência (hospital terciário) com diagnóstico de apendicite aguda. Avaliaram-se os pedidos e resultados ecográficos nesses doentes. A análise estatística foi feita no programa SPSS 20.0 (teste chi-square e Vcramer). Analisaram-se 136 doentes, com idades entre os 3 e 17 anos (média de 10 anos), com predominância masculina. Em 71,3% dos casos foi solicitada ecografia, cuja sensibilidade foi de 79,4% para o diagnóstico, registando-se 6,2% de falsos-negativos e 14,4% de resultados inconclusivos. Dos doentes com Score Alvarado 5-6 (apendicite possível) e com score 9-10 (apendicite muito provável), o resultado ecográfico foi positivo em 80% de cada amostra. Nos doentes com Score Alvarado 7-8 (apendicite provável) a ecografia foi positiva em 68% dos casos e em 26% foi inconclusiva. Correlação sem significado estatístico. Neste estudo, a ecografia
  • 18. foi uma mais-valia para a decisão cirúrgica nos doentes com Score Alvarado 5-6. No entanto, nos doentes com Score Alvarado 7-8, a decisão cirúrgica não foi influenciada pelo resultado ecográfico, pois todos os doentes foram operados e intraoperatoriamente confirmou-se o diagnóstico clínico. Concluímos que neste subgrupo, o cirurgião deverá ser contactado antes de se solicitar a ecografia. A ecografia abdominal, no nosso hospital, revelou uma sensibilidade similar à da literatura, com uma taxa de falsos negativos pouco significativa, comprovando a sua acurácia diagnóstica. Palavras-chave: apendicite, ecografia, Score Alvarado, urgência, criança 16. Análise retrospetiva das complicações da cirurgia de ambulatório em idade pediátrica num hospital terciário Andreia Felizes 1 ; Sara Lobo 1 ; Miroslava Gonçalves 1 1 - Serviço de Cirurgia Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa A cirurgia de ambulatório consiste num modelo de cuidados centrado no doente, que na criança se associa a uma menor rotura da dinâmica familiar e menor impacto psicológico, associado a melhor rentabilização dos recursos humanos e materiais do sistema nacional de saúde. Os autores procuraram avaliar as complicações inerentes aos procedimentos realizados em cirurgia de ambulatório no sentido de identificar atitudes passíveis de melhoria. Procedeu-se a um estudo retrospetivo da população pediátrica operada em regime de ambulatório num hospital terciário, por um período de 18 meses. Das variáveis estudadas destacam-se: diagnóstico, cirurgia, fatores de risco, terapêutica pré, intra e pós-operatória, complicações, necessidade de prolongamento do internamento, reinternamento e follow- up. No período referido foram operadas 854 crianças em regime de ambulatório, correspondentes a 940 procedimentos, com idades compreendidas entre 1 mês e os 17 anos, com predominância masculina (83,6%). Registou-se 6,1% complicações cirúrgicas (3,8% precoces e 2,3% tardias) e 3,2% de complicações anestésicas. A circuncisão foi a cirurgia mais frequente (43%), com taxa de complicações de 5%, destacando-se a hemorragia em 5 casos. Não foram encontrados possíveis fatores de risco para a hemorragia, à exceção de um caso com toma anti-inflamatório em intra-operatório. A maioria das complicações não teve repercussão a médio prazo e em nenhum caso houve necessidade de reintervenção cirúrgica. De acordo com a classificação Clavien-Dindo, a maioria das complicações foram Grau I (84,5%). Relativamente às complicações anestésicas, o vómito foi a mais prevalente (2,1%), destacando-se 3 internamentos por este motivo. A amostra estudada é representativa das principais patologias de ambulatório de um serviço de Cirurgia Pediátrica, pelo que permitiu com fiabilidade uma análise da taxa de complicações, essencial para controlo de qualidade. Nos casos de prolongamento da estadia hospitalar (por menos de 48 horas) as principais causas encontradas foram do foro anestésico, dados compatíveis com a literatura. Palavras-chave: ambulatótio, complicações 17. Pancreatite aguda em Cuidados Intensivos Pediátricos: para além da inflamação Rita Lourenço 1 , Erica Torres 1 , Leonor Boto 1 , Joana Rios 1 , Cristina Camilo 1 , Francisco Abecassis 1 , Marisa Vieira 1 1- Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa
  • 19. Introdução: A Pancreatite Aguda (PA) é uma entidade rara em idade pediátrica com uma apresentação clínica e gravidade muito variáveis. Objetivo: Caracterizar os internamentos por PA numa unidade de cuidados intensivos pediátricos (UCIPed). Material e Métodos: Estudo retrospetivo, analítico e transversal, incluindo doentes <18 anos, internados na UCIPed, com o diagnóstico de PA, entre 1 janeiro de 2007 e 31 dezembro de 2014. Resultados: Admitidos 15 casos de PA (0,5% das admissões), média de idade 10,9 anos. Mediana de internamento 6 dias (2-54 dias). Catorze casos de pancreatite ligeira (edematosa-intersticial) e um caso de pancreatite grave (necrótico-hemorrágica). Onze doentes tinham doença crónica, sendo a etiologia farmacológica (5), metabólica (3), biliar (2) e multifactorial (1). Quatro doentes tinham etiologia traumática. Apresentação clínica predominante: dor abdominal, vómitos e febre. Dez crianças apresentaram síndrome de resposta inflamatória sistémica nas primeiras 24h, cinco com choque hipovolémico, necessitando de bólus de soro fisiológico (5), hemoderivados (3) e aminas (1). Nenhum doente foi ventilado e um necessitou de hemodiafiltração. Achados imagiológicos mais frequentes: edema pancreático, líquido livre intra-peritoneal e derrame pleural. Pausa alimentar em 14 doentes com reinício da alimentação entre D2 e D4 em 11 casos. Quatro doentes necessitaram de nutrição parentérica. Antibioticoterapia em 13 casos, por suspeita de infecção. Analgesia com opiáceos em 14 doentes. Colocada prótese no canal de Wirsung em três PA traumáticas. Complicações locais (abcesso retroperitoneal e pseudoquisto) em dois doentes. Um óbito após alta da UCIPed, no doente com PA grave, por necrose pancreática com erosão vascular e hemorragia maciça. Conclusões: A PA constituiu um motivo raro de admissão. A maioria das PA foi ligeira e ocorreu em doentes com patologia prévia. A colocação de prótese nas pancreatites traumáticas poderá ter contribuído para a reduzida morbilidade. O caso com desfecho desfavorável realça a importância da monitorização apertada de possíveis complicações. Palavras-chave: Pancreatite Aguda; Pancreatite Aguda Complicada; Unidade de Cuidados Intensivos 18. Doença de Menkes: um diagnóstico raro a lembrar. Maria Carlos Janeiro 1 , Ana Franco 2 , Sofia Quintas 3 , Patrícia Janeiro 4 , Patrícia Dias 5 , António Levy 3 1- Departamento de Pediatria, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca; 2- Serviço de Neurologia, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Unidade de Neuropediatria, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa, 4-Unidade de Doenças Metabólicas, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 5- Serviço de Genética, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: A Doença de Menkes (DM) é uma patologia genética com hereditariedade ligada ao X recessiva, causada pela deficiência/disfunção da enzima ATPase transportadora de cobre, codificada pelo gene ATP7A. Dada a raridade da doença, pretendemos chamar a atenção para os seus aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos. Descrição de caso: Lactente de 5 meses, sexo masculino, história familiar de meio-irmão materno falecido por DM associado a deleção do exão 1 do gene ATP7, a pesquisa desta mutação em sangue periférico na mãe foi negativa. Prematuro de 33 semanas, RCIU, com progressão estaturo-ponderal e perímetro cefálico adequados. Aos 3 meses admitido no SU em estado de mal convulsivo, com necessidade de entubação endotraqueal e cuidados intensivos. TAC-CE mostrou acentuação de hipodensidade da substância branca subcortical hemisférica cerebral bilateralmente e quistos temporais. Electroencefalograma evidenciou actividade paroxística multifocal de predomínio temporal bilateral. Medicado com fenobarbital e midazolam. No exame objetivo: hipotonia generalizada, pele pálida, cabelo
  • 20. esparso, hipopigmentado e quebradiço, fronte alta e bochechas rechonchudas. Evoluiu com crises epilépticas focais de díficil controle, sendo necessária politerapia anti-epiléptica. Da investigação: níveis séricos baixos de ceruplasmina e cobre, RMN-CE com ligeiro atraso na mielinização, a nível temporal, apresentando algum grau de insuflação, com aspecto quístico e Angio RM cerebral com tortuosidade e alongamento das artérias endocranianas. Pesquisa de mutação familiar no gene ATP7A, concluiu presença de deleção do exão 1 concordante com o diagnóstico clínico de DM. Iniciou terapêutica com cobre, fisioterapia e intervenção precoce. Actualmente com 6 meses, tem mantido ADPM, epilepsia e infecções respiratórias recorrentes. Discussão: Trata-se de uma doença multissistémica grave, com neurodegeneração progressiva. A terapêutica é limitada, apenas a reposição com cobre tem sido usada, os resultados clínicos permanecem pouco claros. Este é o primeiro caso de mosaicismo gonadal na DM conhecido, salientando-se a importância de disponibilizar o diagnóstico pré-natal para todas as mulheres com antecedentes de filho com DM. Palavras-chave: Doença de Menkes, cobre, epilepsia, mosaicismo gonadal 19. Eritema multiforme causado por vírus Parainfluenza-3 em duas lactentes gémeas Ruben Duarte Ferreira 1 ; Sara Pinto 2 ; Ana Teixeira 3 ; José Gonçalo Marques 2 1- Serviço de Imunoalergologia, CHLN – Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 3- Serviço de Dermatologia, CHLN – Centro Académico de Medicina de Lisboa Lactente de dois meses, previamente saudável, trazida ao Serviço de Urgência por erupção maculopapular com três dias de evolução. A erupção iniciou-se no tornezelo esquerdo, por eritema e edema, e progrediu com disseminação, bilateral e simétrica, incluindo superfícies palmo-plantares, poupando mucosas e fâneras, sendo constituída por máculas e pápulas redondas ou ovaladas, muitas das quais em alvo. No terceiro dia de doença, apresentou ainda febre e ligeira obstrução nasal com rinorreia seromucosa. Concomitantemente, a irmã gémea desenvolveu erupção semelhante. Os pais apresentavam sintomas de infecção respiratória superior viral. As lactentes não estavam sob qualquer medicação e tinham sido vacinadas segundo o programa nacional de vacinação. Analiticamente verificou-se elevação da proteína C-reactiva (6,3 mg.dL-1), sem outras alterações. Ambas as lactentes foram internadas e iniciaram ceftriaxone endovenoso. A biópsia cutânea realizada mostrou infiltrado inflamatório misto, linfocitário com alguns neutrófilos e eosinófilos, de localização difusa e perivascular. O estudo por RT- PCR das secreções nasais identificou o vírus Parainfluenza-3 em ambas as lactentes. As hemoculturas e as serologias virais para CMV, Parvovirus e EBV foram negativas. O exantema regrediu completamente ao segundo dia de internamento e as lactentes tiveram alta completamente assintomáticas. O diferencial de tempo entre o aparecimento dos sintomas em ambas as lactentes favorece a etiologia infecciosa. O vírus Parainfluenza tipo 3 associa-se habitualmente a pneumonia e bronquiolite nos primeiros seis meses de vida mas não está descrito na literatura como causa de eritema multiforme, como neste caso. Palavras-chave: Parainfluenza, rash, agudo, lactente, eritema multiforme 20. Alergia Alimentar no Hospital de Dia de Alergologia Pediátrica – experiência de dois anos POSTER COM APRESENTAÇÃO EM SALA 13 de Fevereiro, 14h30
  • 21. Sara Ferreira 1 , Marta Valente 1 , Joana Fermeiro 1 , Ricardo Fernandes 1 , Fátima Duarte 2 , Célia Costa 2 , Ana Neves 1 , MA Pereira-Barbosa 2 , Maria do Céu Machado 1 1 – Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 – Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria – CHLN Introdução: A alergia alimentar afeta cerca de 5% das crianças com menos de 3 anos e associa-se a morbilidade importante. A prova de provocação oral constitui o gold-standard para a confirmação quer do diagnóstico quer da aquisição de tolerância. Objetivos, Material e Métodos: Procedeu-se a um estudo descritivo, retrospetivo, mediante a consulta de processo clínico, com o objetivo de caracterizar os doentes com alergia alimentar submetidos a prova de provocação oral em regime de Hospital de Dia entre Outubro de 2012 e Outubro de 2014. Resultados: Foram estudados 48 doentes (61 provas), sendo 27 (56,2%) do sexo feminino, com uma idade média à data da primeira prova de provocação de 2,67 anos. As reações descritas no episódio index após ingestão do alimento suspeito foram sobretudo mucocutâneas (56,2% dos doentes). Destaca-se ocorrência de anafilaxia em 10,4%. As provas realizadas foram do tipo prova aberta em 60 (98%) doentes e apenas uma foi realizada em ocultação simples. Quanto ao objetivo da realização 51 (83%) provas foram realizadas para verificação de tolerância e 10 (16%) para diagnóstico. Relativamente ao tipo de alimento testado, em 20 (32,8%) foi testado o leite, em 19 (31,2%) a gema de ovo, em 14 (22,9%) a clara, em 3 (4,9%) o trigo, em 2 (3,3%) o camarão, em 2 (3,3%) a amêijoa e num doente (1,6%) o atum. Do total de provas realizadas 53 foram negativas (88%) e 6 positivas (10%), tendo sido as manifestações clínicas sobretudo mucocutâneas e gastrintestinais. Não existiu nenhum caso de anafilaxia ou descrição de reações tardias. Conclusão: O presente estudo revela que a realização de prova de provocação oral em Hospital de Dia é segura e permite evitar dietas de evicção prolongadas desnecessárias, pelo que deve constituir uma realidade no seguimento de doentes pediátricos com alergia alimentar. Palavras-chave: Alergia alimentar, prova de provocação oral, Hospital de Dia 21. Artrite idiopática juvenil sistémica: um diagnóstico a ter em conta Catarina Franco 1 ; Sara Vaz 1 ; Teresa Jacinto 1 ; Carolina Furtado 2 ;Juan Gonçalves 1 1-Serviço de Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada; 2- Serviço de Reumatologia do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada Introdução: A artrite idiopática juvenil sistémica (AIJs) é uma doença autoinflamatória, associada à desregulação do sistema imune inato. Clinicamente, caracteriza-se pela presença de febre persistente, exantema evanescente e artralgias. É diagnóstico de exclusão de doenças inflamatórias, auto-imunes e neoplásicas. As opções terapêuticas incluem AINEs, corticoides sistémicos, DMARDs convencionais e, mais recentemente, DMARDs biológicos. Este trabalho pretende caracterizar uma amostra de 4 crianças com AIJs num hospital ultraperiférico. Material e métodos: Estudo descritivo retrospectivo, realizado através da consulta do processo clínico das crianças com AIJs seguidas no Serviço de Pediatria do HDES. Foram colhidos dados relativos às manifestações clínicas, achados laboratoriais ao diagnóstico, evolução e duração da doença e terapêutica instituída. Resultados: Todos os casos de AIJs eram caucasianos, sem predomínio de género (2M/2F) e diagnosticados entre os 2 e 8 anos de idade. Clinicamente, apresentaram febre, artralgias/artrite e exantema (4), seguindo-se, por ordem de frequência adenomegalias (2), odinofagia (2), serosite/pericardite (1), anorexia e emagrecimento (1) e dor abdominal(1). Analiticamente, todos apresentaram elevação dos reagentes de fase aguda da inflamação
  • 22. (ferritina 489 – 2461ng/ml). Coincidentemente, observou-se padrão evolutivo monocíclico nas raparigas e policíclico nos rapazes. O tempo mediano de doença foi 5,5 anos (2-14). Todos os doentes iniciaram AINEs e corticóides sistémicos ao diagnóstico, um deles imunoglobulina endovenosa. Os dois casos com forma evolutiva policíclica iniciaram terapêutica com metotrexato, mantendo queixas articulares intermitentes, posteriormente iniciando DMARD biológico anakinra (1) ou tocilizumab (2). Como efeitos adversos, salienta-se hepatoxicidade (1) durante terapêutica dupla com metotrexato e tocilizumab e neutropenia moderada (1) em monoterapia com tocilizumab. Conclusão: Ambas as AIJs monocíclicas apresentaram bom prognóstico, em concordância com a literatura atual, enquanto as formas policíclicas com atingimento articular necessitaram de terapêutica crónica com várias combinações de DMARDs. Os DMARDs biológicos têm-se mostrado opções terapêuticas eficazes, embora os efeitos laterais sejam proeminentes na nossa amostra. Palavras-chave: Artrite idiopática juvenil sistémica, DMARDs de síntese, DMARDs biológicos, neutropenia, hepatotoxicidade 22. Streptococcus pyogenes como causa de pneumonia adquirida na comunidade. Oportunidade para registo nacional? I. Carneiro 1 ; T. Martins 2 ; L. Oliveira 1 ; E. Santos 3 ; A. Saianda 3 ; R. Ferreira 3 ; L. Pereira 3 ; T. Bandeira 3 1- Serviço de Pediatria Médica Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 3 - Unidade de Pneumologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) a S.pyogenes tem sido raramente descrita. Objectivos: Descrever (a)progressão de doença até diagnóstico de PAC; (b)evolução e complicações; (c)critérios de gravidade (internamento em unidade de cuidados intensivos (UCI), ventilação mecânica (VM), duração de internamento, outras morbilidades), (d)intervenções terapêuticas. Métodos: Estudo transversal por consulta de processos clínicos identificados a partir de base de registos de Unidade de Pneumologia especializada. Considerou-se diagnóstico de pneumonia a S.pyogenes (PSA) quando isolamento do agente em hemocultura (HC) ou liquido pleural (LP) e pneumonia com presumível etiologia a S.pyogenes (PPSA) no isolamento concomitante em exsudado nasofaríngeo ou secreções brônquicas. Resultados: Entre Jan 2008 e Jan 2015 foram internados 10 doentes; 7 com PSA e 3 com PPSA; 7 (70%) nos últimos 3 anos. Cinco (50%) sexo masculino, mediana de idades 3,9anos[5M-16A]. Sintomas mais frequentes na apresentação: febre(100%), tosse(100%), polipneia e sinais de esforço respiratório(70%), toracalgia (30%) hipoxemia(10%). A mediana da duração da febre pre-internamento foi de 4[1-10]dias. Um doente apresentava situação crónica (paralisia cerebral). Na admissão mediana de neutrófilos 17323[4807- 37857]/uL e mediana do valor de PCR de 24,4[1,2-40]mg/dL. A duração mediana da febre sob antibiótico foi 10[2-22]dias. Em 8 doentes registaram-se complicações: 7 derrames pleurais, 6 com características de empiema, todos no grupo PSA; 5 com necrotização (2 PPSA). Foram admitidos em UCI 4 doentes, durante 5[211]dias, 1 com necessidade de VM. A duração mediana de internamento foi 15[330]dias. A terapêutica antibiótica (AB) inicial foi ampicilina, AB dupla em 8 doentes, duração mediana de 16,5[14–37]dias. Foram realizadas 2 toracocenteses, 1 toracoscopia, em 6 drenagem torácica, em um fibrinólise intrapleural. Não houve mortalidade. Conclusões: A pneumonia a S.pyogenes tem taxa elevada de complicações em crianças saudáveis. A maior ocorrência coincide com dados de estudos nacionais de doença a S.pyogenes. Sugere-se a inserção em registo nacional. Palavras-chave: Streptococcus pyogenes, pneumonia
  • 23. 23. Displasia Septo-Óptica – revisão dos casos da Unidade de Endocrinologia Pediátrica do HSM Filipa Marçal 1 , Joana Gaspar 2 , Ana Filipa Martins 3 , Brígida Robalo 4 , Carla Pereira 4 , Lurdes Sampaio 4 1- Serviço de Pediatria, Hospital Central do Funchal; 2- Serviço de Pediatria, Hospital do Espírito Santo de Évora; Unidade de Endocrinologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria – CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: A displasia septo-óptica é uma síndroma que cursa com alterações do desenvolvimento embrionário cerebral, caracterizado pela tríade clássica: hipoplasia dos nervos ópticos, alteração do desenvolvimento de estruturas da linha média e hipoplasia hipofisária, associada a défices hormonais variados. Métodos: Revisão retrospectiva dos processos clínicos de todos os doentes, entre 1990 e 2014, com diagnóstico de displasia septo-óptica, seguidos na Unidade de Endocrinologia Pediátrica de um hospital de nível III. Caso Clínico: Apresentam-se 4 casos de displasia septo-óptica, 3 do sexo masculino. Gestações de 35 a 41 semanas, todos os recém-nascidos tiveram necessidade de internamento em Unidades de Neonatologia no primeiro dia de vida. Das alterações registadas no período neonatal destacam-se 3 casos com hipoglicémias neonatais, 2 com suspeita de défice visual, 1 com suspeita de défice auditivo, 3 com alterações fenotípicas (turricefalia, macrocrânea) e 1 com micropénis. A confirmação diagnóstica com RMN-CE foi obtida antes do primeiro ano de vida em 2 casos, no 2º ano de vida em 1 caso, e um diagnóstico tardio aos 9 anos. Identificou-se défice de hormona de crescimento em todos os doentes, de forma isolada em um caso e nos restantes em associação com outros défices endócrinos (TSH; diabetes insípida; défice de ACTH, gonodotrofinas e hipotiroidismo central). Todos os doentes foram medicados com Hormona de crescimento, um caso em monoterapia, os restantes 3 casos em associação diversa: Triptorelina e Desmopressina em 1 doente, outro com hormona tiroideia e por fim com Hidrocortisona, Levotiroxina, Somatropina, Testosterona e HCG. Todos os casos apresentaram ADPM e má progressão estaturo-ponderal. Actualmente 1 doente mantém seguimento em consulta de Endocrinologia Pediátrica. Conclusão: A displasia septo-óptica é uma patologia do neurodesenvolvimento com manifestações clínicas e gravidade heterogéneas. Os défices endócrinos podem ser únicos ou múltiplos, e surgir ao longo de todo o crescimento, pelo que a suspeita clínica e a vigilância endocrinológica são fundamentais para melhorar o prognóstico e qualidade de vida dos doentes. Palavras-chave: Displasia Septo-Óptica; hipoplasia dos nervos ópticos; Défices hormonais 24. Infecção a Rickettsia complicada de meningoencefalite em lactente de dois meses Ana Sousa 1 , Ana Luisa Rodrigues 2 , Joana Oliveira 3 , Marta Almeida 4 , Cristina Camilo 5 , Filipa Prata 6 , Ana Mouzinho 6 , José Gonçalo Marques 6 1 - Serviço de Cardiologia Pediátrica, Hospital de Santa Cruz, CHLO; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital do Divino Espirito Santo de Ponta Delegada; 3 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Funchal; 4 - Serviço de Pediatria, Hospital Garcia de Orta; 5 – Unidade de Cuidados Intensivos, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa. 6 - Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa A febre escaro-nodular é a rickettsiose mais prevalente em Portugal, sendo causada pelas estirpes de Rickettsia conorii Malish e Israeli tick tiphus. A incidência é mais alta entre o um e os quatro anos de idade. O envolvimento do sistema nervoso central é extremamente raro nas crianças. Descrevemos o caso de um lactente de dois meses, previamente saudável, transferido para o nosso Hospital por um quadro com seis dias de evolução de febre elevada, irritabilidade, exantema inicialmente maculo-papular e mais tarde purpúrico ascendente e convulsões
  • 24. generalizadas que surgiram no dia de transferência. Habitava em zona rural com contacto com cães. À admissão estava reactivo mas não fixava o olhar e apresentava a fontanela anterior abaulada, exantema purpúrico generalizado e uma crosta com halo eritematoso no joelho esquerdo. A análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) mostrou: 230células/mm3, com predominância de polimorfonucleares, proteínas 171mg/dL e glicorráquia de 35% da glicémia. Estava medicado há dois dias com ceftriaxone e iniciou vancomicina, ampicilina e aciclovir. A ressonância magnética cerebral mostrou múltiplas lesões punctiformes da substância branca com restrição do sinal de difusão e reforço leptomeningeo. A serologia para Rickettsia foi positiva (IgM 512U, IgG 1024U), tendo iniciado doxiciclina em D13 de doença. A hemocultura e o exame bacteriológico do LCR foram negativos. A pesquisa no sangue de DNA de rickettsias por PCR foi negativa. Houve melhoria clínica progressiva desde D9, com resolução completa após um mês. A serologia duas semanas depois mantinha-se positiva com títulos mais baixos. A serologia materna negativa para rickettsias e a presença de título alto de IgM excluíram a possibilidade de serologia positiva por transferência placentária de anticorpos maternos. Realçamos a importância de considerar a infecção por Rickettsia em crianças de qualquer idade, na presença de meningoencefalite e num contexto clinico-epidemiológico sugestivo. Palavras-chave: Rickettssia, rickettsiose, febre escaro-nodular, serologia, meningoencefalite 25. Intervenção nutricional em crianças e adolescentes com fibrose quística - Resultados preliminares de um estudo prospetivo Sandra Mexia 1 ; Inês Asseiceira 1 ; Teresa Rodrigues 2 ; Luísa Pereira 3 ; Celeste Barreto 3 1 - Serviço de Dietética e Nutrição, Hospital de Santa Maria, CHLN; 2-Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina de Lisboa; 3 -Centro Especializado de Fibrose Quística; Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: Na fibrose quística (FQ) em idade pediátrica, a malnutrição está associada a piores outcomes clínicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e a ingestão alimentar de crianças/adolescentes com FQ após uma intervenção nutricional estruturada. Metodologia: Estudo prospetivo com 39 crianças/adolescentes seguidos na consulta de FQ do Hospital de Santa Maria. Foram recolhidos dados demográficos e clínicos: sexo, idade, genótipo, função pancreática e pulmonar; dados antropométricos: peso a altura e índice de massa corporal (IMC). A ingestão alimentar foi avaliada pelo recall de 24h.Todos os dados foram recolhidos em dois tempos diferentes T0(2012) e T2(2014). Análise estatistica:IBM®SPSS® 22. Resultados: Dos 39 doentes avaliados, 53.8% eram do sexo masculino; idade média de 10.0±4.5Y em T0 e 11.0±4.5Y em T2. Relativamente ao genótipo, 76,9% dos doentes eram homozigóticos para a mutação ∆F508; 92.3% dos doentes apresentaram insuficiência pancreática. O FEV1 diminuiu de 88.9±22.9% em T0 para 85.9±24.5% em T2. Em relação ao IMC 23.1% em T0 e 20.5% em T2 tinham baixo peso, 61.5% em T0 e 69.2% em T2 estavam em eutrofia e 15.4% em T0 e 10.3% em T2 apresentavam excesso de peso. Verificou-se uma correlação positiva entre o FEV1 e o z-score de IMC (T0: r=0.530, p=0.002 and T2: r=0.463, p=0.007). As crianças avaliadas consumiram em média 1987 Kcal em T0 e 2436 Kcal em T2 das quais 19% proteínas, 47.4% glícidos e 31.9% lípidos em T0 e 17.8% proteínas, 43.9% glícidos e 32.1% lípidos em T2. A prescrição de suplementos nutricionais decresceu de 51.3% em T0 para 35.9% em T2. Conclusão: A intervenção nutricional, baseada em parâmetros clínicos, antropométricos e na ingestão alimentar permitiu melhorar o EN dos doentes avaliados. Em suma, verificou- se uma diminuição da prevalência de baixo peso e de excesso de peso, bem como uma diminuição da prescrição de suplementos nutricionais. Palavras-chave: Fibrose Quística, Estado Nutricional, Intervenção Nutricional
  • 25. 26. Um Ano de Uroculturas num Serviço de Urgência Pediátrica - Que terapêutica empírica escolher? Edgar Moreira 1 , Joana Oliveira 1 , Sara Pinto 2 , Gabriela Sá 1 1 –Serviço de Urgência de Pediatria, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2-Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: A vigilância epidemiológica é uma ferramenta essencial para a prática clínica no Serviço de Urgência. As crianças com suspeita de infecção do tracto urinário (ITU) são frequentemente medicadas empiricamente no Serviço de Urgência Pediátrica (SUP), mas só o resultado da urocultura confirma o diagnóstico e a eventual necessidade de alteração terapêutica perante agentes resistentes. Este estudo tem por objectivo estimar localmente a prevalência e perfil de resistência dos agentes de ITUs, no contexto das recomendações de antibioticoterapia empírica de primeira linha. Métodos: Estudo retrospectivo descritivo, incidindo sobre uroculturas realizadas a utentes dum SUP, no período de Set/2013-Ago/2014. Utilizando o SPSS Statistics v22, foi feita análise estatística da frequência de isolamentos, tipo de agente e perfil de resistência a antibióticos, globalmente e nas faixas etárias acima e abaixo dos 36 meses, em particular para a amoxicilina/ácido clavulânico (A+AC), cefuroxima (CEF) e a nitrofurantoína (NFR). Resultados/Discussão: Foram incluídas 1298 uroculturas de 1199 crianças, com idades entre 1 mês e 18 anos (mediana de 4,0 anos), 65,7% do sexo feminino. Obtiveram-se 268 (20,6%) uroculturas positivas, 944 (72,7% negativas) e 86 (6,6%) contaminadas, sem associações significativas com sexo, idade e mês de colheita. Foram mais frequentemente isoladas E. coli (61,9%), P. mirabilis (18,3%), S. saprophyticus (7,8%) e K. pneumoniae (5,6%). Das enterobacteriáceas isoladas, 16,9% foram resistentes à A+AC e 5,8% resistentes à CEF; cerca de 2/3 dos casos de resistência à A+AC foram sensíveis à CEF. Abaixo dos 36 meses, houve significativamente mais resistência à CEF (11,4%) mas não à A+AC (18,1%). Dos casos de adolescentes do sexo feminino, 21,7% foram resistentes à NFR. Todas as não-enterobacteriáceas foram sensíveis à A+AC. Conclusão: O presente estudo suporta, num contexto local, a preferência pela terapêutica com cefuroxima, para a qual o perfil resistência dos agentes habitualmente isolados é mais favorável. Palavras-chave: Urocultura, antibioticoterapia empírica, infecção urinária. 27. Adesão à vacina pneumocócica conjugada nos cuidados de saúde primários – amostragem de uma unidade de saúde familiar Cátia R. Correia 1 ; 2- Bruno Covelo 2 ; 3- Joana Campina 2 1- Serviço de Pediatria, Hospital São Francisco Xavier, CHLO; 2 - USF Descobertas, ACES Lisboa Ocidental e Oeiras Introdução: A vacina pneumocócica conjugada (Pn) é eficaz na redução da doença invasiva pneumocócica. Comercializada em Portugal desde 2001, não faz parte do Programa Nacional de Vacinação (PNV). Os objectivos foram estimar a cobertura vacinal da Pn na Unidade de Saúde Familiar (USF) Descobertas e verificar quais os factores associados à iniciativa ou recusa de vacinação. Metodologia: Para estimar a cobertura vacinal analisou-se a base de dados do programa POSTER EM EXPOSIÇÃO
  • 26. SINUS® de todas as crianças inscritas na USF Descobertas, com idades entre os 2M e os 5A11M. Aplicou-se um questionário aos pais de uma amostra de conveniência constituído por crianças, entre as idades acima referidas, que foram observadas na USF Descobertas entre Agosto e Dezembro 2014. Colheram-se dados relativos às características sócio- demográficas, estado vacinal e factores associadas à iniciativa ou recusa da vacinação. Resultados: 41% das crianças com ≥18M completaram o esquema da Pn e 22% das crianças ≥12M realizaram a primovacinação. Realizaram-se 65 questionários: 55,4% das crianças eram do género feminino com mediana de idade de 16M; a idade média materna foi de 31.9 anos e a escolaridade paterna média de 13.1 anos; 81% das crianças não tinha nenhum dos pais desempregados. A mediana de idade de entrada para o infantário foi de 7M. 31 crianças realizaram a Pn por recomendação do Pediatra e 16 por recomendação do médico de família. Nas crianças não vacinadas, a principal razão evocada foi o custo elevado da vacina (n=9). 10 afirmaram que vacinavam os seus filhos se esta fizesse parte do PNV e 5 se o médico assistente tivesse recomendado. Discussão: Encontrou-se uma cobertura vacinal elevada para a Pn, apesar dos custos para os utentes. Não se identificaram factores socio-demográficos associados à não adesão vacinal. A vacinação foi feita, fundamentalmente, por indicação do Pediatra. A principal razão para a recusa da vacinação foi o custo da mesma. Palavras-chave: Cobertura vacinal; vacina pneumocócica 28. Diplegia facial como forma de apresentação de Síndrome de Guillain-Barré Marta Pinto 1 , Erica Torres 1 , Marta Soares 1 , Andreia Pereira 1 , José Maio 1 1 – Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Faro Descrita como uma polineuropatia periférica inflamatória desmielinizante aguda, a Síndrome de Guillain-Barré caracteriza-se por fraqueza muscular progressiva e arreflexia ascendentes, podendo haver envolvimento de pares cranianos em 50% dos casos. De etiologia desconhecida, atinge cerca de 1.1-1.8/100.000 habitantes na Europa, observando-se em 85% resolução total dos sintomas. Reporta-se o caso clínico de uma adolescente de 13 anos que recorre ao Serviço de Urgência por dor e noção de perda de força nos membros inferiores, associadas a discreta alteração da marcha e da mímica facial, bem como disfagia progressiva, com 5 dias de evolução. Refere ter realizado 2ªdose da vacina anti-HPV 1 mês antes. Analiticamente sem parâmetros de infeção, revelando o exame citoquímico do LCR (líquido cefalorraquidiano) discreta pleiocitose (12cél/mm3, predomínio mononucleares) com proteinorraquia marcada (517mg/dL). Por suspeita de Síndrome de Guillain-Barré é internada e incia imunoglobulina endovenosa, que manteve durante 5 dias. No 4º dia de internamento por resultado de serologia para Borrelia burgdoferi sugestivo de infeção aguda é instituído tratamento com ceftriaxone endovenoso (que manteve durante 21 dias). A pesquisa da PCR para Borrelia no LCR foi entretanto negativa, o que permitiu infirmar o diagnóstico de neuroborreliose. Durante o internamento observou-se melhoria progressiva dos sintomas apesar de manter diplegia facial à data da alta. Ao fim de 3 meses recuperou por completo a força distal e os reflexos osteotendinosos nos membros inferiores, mantendo alteração da mímica facial por um período superior a 6 meses, após o início dos sintomas. Salienta-se a importância do caso dado o facto da diplegia facial surgir como forma de apresentação inicial e se manter como alteração importante até à completa resolução dos sintomas. Palavras-chave: polineuropatia periférica inflamatória desmielinizante aguda, arreflexia, diplegia facial
  • 27. 29. Endocardite Infecciosa: importância como diagnóstico diferencial Alexandra P. Pinto 1 , Filipa Vila-Cova 2 , Joana Pimenta 2 , Vânia Gonçalves 3 , Georgina Monteiro 4 , Sofia Granja 2 , Cláudia Moura 2 1- Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa; 2- Serviço de Cardiologia Pediátrica – C.H. São João; 3- Hospital Integrado de Pediatria – C. H. São João; 4- Serviço de Pediatria, Hospital de São Teotónio Introdução: A Endocardite Infecciosa (EI) é uma infeção do endocárdio, válvulas ou estruturas cardíacas por um ou vários microrganismos. Pode ser súbita e aguda mas frequentemente é arrastada o que pode retardar o diagnóstico. Rara na infância apresenta morti-morbilidade importante mesmo em crianças sem lesões. Caso clínico: Adolescente 15 anos do sexo feminino, com Prolapso da Válvula Mitral (PVM) trazida ao SU por febre elevada (40ºC) em D4 de evolução associada a odinofagia, náuseas e cefaleias em pico febril. Observada em D1 de doença e medicada com penicilina 1.2 M.U.I. Em D2 por persistência de febre e trismo recorre ao SU sendo observada por ORL que excluiu complicações locais mantendo indicação de penicilina i.m. Em D3 inicia queixas álgicas no 5º dedo do pé esquerdo com agravamento e aparecimento de sufusões hemorrágicas locais. Na admissão com hipotensão, leucopenia e trombocitopenia (40 000), PCR 184 mg/L. Citólise hepática, com função renal e coagulação bem. Ecocardiograma com “ prolapso da válvula mitral…sem massas intracardíacas”. Internada com hipótese diagnóstica de meningococcémia /endocardite infecciosa com embolia arterial do membro inferior esquerdo. Punção lombar sem sucesso. PCR para meningococo negativa e em 2 hemoculturas (HC) crescimento de S. aureus resistentes penicilina G. Confirmado diagnóstico de EI cumprindo os critérios de Duke – 1 major (2 HC em ocasiões diferentes) e 3 minor – febre, PVM e lesões de Janeway. Feito reajuste terapêutico cumprindo 8 dias de ceftriaxone e gentamicina e 4 semanas de flucloxacilina após 1ª HC negativa. Hemodinamicamente estável, apirexia mantida com regressão das lesões cutâneas. Do estudo complementar destaca-se estabilização dos parâmetros inflamatórios com estudo ecocardiográfico, imunológico e protrombótico sem alterações. Discussão/ Conclusão: Este caso pretende ser paradigmático da importância de considerar a EI como hipótese diagnóstica em doentes com febre prolongada e evidência de envolvimento vascular, mesmo em crianças sem doença cardíaca congénita. Palavras-chave: Endocardite Infecciosa, lesão, coração, diagnóstico 30. Artrite esternoclavicular em lactente – Kingella kingae? Ricardo Monteiro 1 ; Helena Pragosa 2 ; José Gonçalo Marques 3 1– Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de Leiria; 2– Serviço de Pediatria, Hospital de São Francisco Xavier –CHLO; 3– Unidade de Infecciologia, Serviço de Pediatria Médica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa Introdução: Estima-se que a Kingella kingae seja responsável por 50% das artrites sépticas da criança, atingindo 75% abaixo dos 2 anos de idade. O seu predomínio sobre outros agentes é superior quando estão atingidas pequenas articulações. É frequentemente precedido por infeção respiratória alta e/ou lesões aftosas orais. É no entanto subdiagnosticada entre nós, uma vez que o método diagnóstico com maior sensibilidade – a reação-em-cadeia-de-polimerase no líquido articular – não é habitualmente realizada. Descrição do Caso: Lactente de 9 meses, do sexo feminino, observada por diminuição da mobilização ativa do membro superior esquerdo (MSE) e noção de dor, com evolução no próprio dia. Sem história de traumatismo. Refere um episódio recente, de febre com faringite, auto-limitado com dois dias de evolução, estando apirética há 2 dias. Sem outros antecedentes patológicos. Frequenta infantário há 2 meses. À entrada apresentava-se febril, com dor à mobilização do MSE, sem sinais inflamatórios locais. Radiografia de
  • 28. ombro/braço sem alterações; 9960 leucócitos/mm3 (neutrófilos 39,8%), Velocidade-de- sedimentação 87mm/h, proteína-C-reativa4,3mg/dl. Doze horas depois observou-se dor à palpação da articulação esternoclavicular esquerda. A ecografia articular mostrou “ligeiro derrame e distensão capsular com alteração de ecostrutura dos tecidos adjacentes, compatíveis com artrite séptica”. Não foi colhido líquido articular. Por suspeita de infeção por Kingella kingae cumpriu 3 semanas de amoxicilina oral (100mg/kg/dia). Apresentou melhoria clínica significativa desde D3. Reavaliação em D10 com melhoria ecográfica e assintomática. Mantinha-se assintomática às sete semanas. A hemocultura foi negativa. Conclusões: Na avaliação de hipomotilidade do MS é importante a palpação da articulação esternoclavicular. A idade da criança e localização da artrite, a moderada repercussão inflamatória e a faringite recente tornam provável a etiologia por Kingella kingae tal como a excelente evolução sob amoxicilina oral. Há que procurar ativamente esta etiologia na osteo-artrite da criança menor de 4 anos para perceber o verdadeiro impacto no nosso país. Palavras-chave: Artrite; esternoclavicular; Kingella kingae 31. Síndrome de PFAPA - Caso clínico Ana Raquel Moreira 1 ; Tânia Lopes 1 ; Alexandra Fernandes 1 ; Fernanda Carvalho 1 ; Sónia Carvalho 1 1 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Médio Ave A síndrome de PFAPA (Periodic Fever, Aphtous stomatitis, Pharyngitis, Adenitis) foi descrita pela primeira vez por Marshall et al. em 1987. É diagnosticada habitualmente em crianças entre os 2 e os 5 anos, mas o seu início pode ser mais precoce, o que dificulta o diagnóstico. Estes episódios febris normalmente cessam antes dos 10 anos, com raros casos na idade adulta. A causa e a etiopatogenia da PFAPA ainda não estão bem esclarecidas. Relata-se o caso de uma criança do sexo masculino com episódios febris até 6 dias de duração, recorrentes (com intervalos de 4 semanas) desde os 6 meses de idade. Internado aos 16 meses efetua despiste de hiperIgD e estudo genético para Febre Mediterrânica Familiar, que foram negativos. Aos 20 meses, em contexto de novo episódio febril com prostração marcada e proteína C reativa (PCR) elevada, foi internado. Efetuou terapêutica com ceftriaxona ev sem melhoria clínica ou analítica. Por suspeita de PFAPA, realiza ao quarto dia de febre prova terapêutica com prednisolona 2mg/kg/dia ev, dose única, tendo- se verificado apirexia sustentada e normalização dos valores de PCR. Iniciou a posteriori colchicina profilática com resolução completa dos quadros febris após 3 meses de tratamento. A síndrome de PFAPA é uma doença benigna e autolimitada, sem repercussão no crescimento e desenvolvimento da criança. O seu diagnóstico é clínico mas uma toma única de corticoide pode ser usada como prova diagnóstica, como aconteceu neste caso. Apesar de não haver tratamento específico, a toma única de corticoide nas agudizações atenua a sintomatologia e a colchicina pode prevenir as recaídas febris. Palavras-chave: PFAPA, febre, prednisolona 32. Estudo da casuística do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e Adolescência, Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte Mara Sousa 1 ; Teresa Goldschmidt 1 ; Suzana Henriques 1 ; Cristina Rebordão 1 1- Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e Adolescência, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN, Centro Académico de Medicina de Lisboa O Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e da Adolescência (SPSMIA) integrado no Departamento de Pediatria (DdP) do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) pretende