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B, EPÍSTOLAS
s 11. A EPÍSTOLACOMOFORMALIrERÁR|AEM O NT 3'17
ensaio artisticamente elaborado e dirigido a um público
mais vasto, empregandoa forma epistolar apenascomo for-
ma externa. Enffe-as epístolas católicas, somente a segunda
e terceira epístolas de João são realmente cartas' com en-
dereços exatos e espúíficos.
O esquema segundoo qual são redigidas.as
epístolas
é o seguinte: logo no começo uma fórmula de saudação'
com o Àome do remetente e do destinatâtio; segue-seuma
Paulo, nas fórmulas com que se dirige às pessoas'aplgïi-
ma-semais da maneira oriental e judaica ao passoque'I'ia;
go (e as epístolascontidas em At 15,23 e 23,26) segte
ó uso helenístico neste particular.
I Cf. Schubert, Sanders, Mullins'
2 Ver Funk.
S 11. A rpísrore coMo FoRMl rrrenÁnrR
EM o Novo TTsTAMENTo
Dos escritos do NT, vinte e um rêm a Íotma de epís-
tola. Mas nem todos sãô realmentecartas,ou seja, escritot
endereçadosem ocasiõesespecíficasa pessoasdeterminadas
ou a círculo de pessoas,escritas com a finalidade de co-
municação íntima, sem intenção de maior divulgação. Em
Tiago, por ex., falta tudo o que constitui realmenteuma
çr
3í8 B. EPÍSTOLAS s 12.NoÇóESGEBATS 319
ça motriz paÍa a formação independente da forma epistolar
num meio'de autocomJnicação-Iitetátiada cristandadefoi
a rcal necessidadeda missão paft
^
edificação e insuução,
admoestaçãoe trabalho pastoral, defesa contra idéias errô-
neas, e manutenção da õrdem eclesial. A forma das epís-
tolas mais co-uÀt contidas no NT não está diretamente
telacionadacom a epístolahelenística (cf. Epicuro, Sêne-
ca) ou com a epístoia judeu-helenística (por ex., a Cafta
de Aristéias).
João. Mas também estaspoucas e íntimas liúas de paulo
ou do "presbítero", que nas suasintimaçõese alusõessó
são completamentecompreensíveispor aqueles que esta-
vam mais de perto envolvidos, são,-do mèsmo mbdo qre
as epístolaspaulinas maiores, não correspondênciaprivaãa,
mas frutos do trabalho missionário dos primeiros ãristãos.
. As epístolas_paulinas que chegaram até nós são epís-
tolas do Apóstolo ,em catàter ofiiial; servem para leïar
adiante sua atividade missionária,à distância.Nã pena do
Apóstolo, a forma da epístola toma todas as Íormas esti-
lísticas do discurso misiionário oruL falando de maneira
geral, desde a ptegaçãoda Palavta até a oruçãode adora-
sição doutrinátia, testemunho
)ntemente, na igreja primitiva
io escrita, tanto da literatura
rto teológico. Ocasionalmente
ue tinham sido anteriormente
cristãp-limitiva(porex.,r.ïrn'r"i3lj;lï T,?.oi'Htui,
6-11; Cl 1,,15-20); contudo o vocabulário e a origem de
tais trechos só podem ser afirmados conjecturalmeíte.
Em vista da maneira toda especial
'de
usar a Íotma
epistolar na primitiva missão cristã, as liúas demarcató-
ente ditas e as epístolas3 do
ttaçadas com precisão. Uma
sião toda especial,e que evi-
: todos os cristãos em deter-
27 ), uma epístola dirigida a
uma comunidade particular, e que deve sei permutadá com
outra dirigida a uma comunidade vizinha lcl 4,t6;, ou
epístolasdirigidas a váfias comunidades(Gl 1,2; cÍ. 2Cor
L,1), estão todas destinadasa se tomar textos literários
com caráter oficial. Por-ouffo lado, em epístolas de alcance
tão gelzl como lPd ou Hb, não f.alta alguma alusão a dè-
terminadascomunidadese a determinadal situações.A for-
J A distinção de Dissmann enue "carta" e "epístola" não cones-
ponde às características particulares das cartas da
-
cristandade antiga.
Doty, propõe a distinção-entre cartâs mais ou menos privadas.
I. EPÍSTOLAS PAULINáS
S 12. NoçõES GERAIS
t'
320 B. EpÍsrolAs
uma construçãoforçada da história, como o fizerum as cons-
truções posteriores2.
Juntamente com as quatro ,,grandes
gr1tas", a primeira carta aos Tessalonicenses,a caÍta aos
Filipenses e a Cafta a Filêmon devem ser dãfinitivamente
I Bruno .Bauer, A. Pierson, S. A. Naber, A. D, Loman, 17. C, van
Manen, G. A. van den Bergh van Eysinga,'R. Steck.
2 J. G. Rylands, A. Loisy, H. DelaÍãjse, entre ouros.
rl'l
s í2. NOçÕESGERATS 321
tadoresé bastanteincertar. Discute-setambém se as epís-
tolas autênticas contêm üechos inautênticos, e se devem
ser parcialmente explicadas como compilações de vátias
epístolas.
Paulo, sem dúvida alguma, ütava suas epístolas (Rm
L6,22), mas, de acordo com o costume da época, fazia
questão de marcar a sua autenticidade mediante uma sau-
dação final, escrita de própdo puúo. Esta prática, sem
dúvida al;;uma, continua sendo verdadefuapara todas as
epístolaspaulinas,mãs aparececlaramenteem algumas,pois,
quando as epístolas eram lidas em voz alta, eta somente
desta maneirâ que a comunidade podia ficar sabendo que
estaadiçãoera do próprio punho de Paulo (lCor 16,27; Gl
6,LL; Cl 4,I8; 2Ts 3,L7; Frn 19) 4. A suposiçãosegundo
a qual Paulo tetia confiado a redação de suas epístolas a
secretários5 é, em vista das numerosasindicaçõesde que
as palavras ditadas por Paulo eram interrompidas e tâm-
bém em vista da unidade das epístolas especificamentepau-
linas, impossível6.
Todas as epístolaspaulinas que chegaram até nós da-
tam da época do âpogeu e do final da atividade missioná-
ria t{o Apóstolo. Da primeira décadae da metade da sua
ativi.{ade, falta evidência de escritos seus. Mas, jâ na épo-
ca de suas epístolas mais antigas Paulo f.ala de seu hábito
epistolar (2Ts 3,L7). Portanto, estasepístolas mais anti-
gas dcvem ter sido perdidas.
.
I Contra a prova. de Morto.n, segundo 9 qual, a Íreqliência do teô
rico emprego inconsciente de kai é marcadamentemais baixo nas car-
tas principais do que no restante das cartas de Paulo, eÍgue-se esta
objeção "Antes que o próprio teste seja testado, o juízo só pode ser:
não aprovado" (Dinwoodie). Com fundamento no critério de Morton,
Rom 7 não seria de Paulo (O'Rourke); por ouuo lado, McArthur dc-
monstrou que sernelhantes diÍerenças na freqüência do Ëal podem ser
comprovadas,como em Paulo, também nas cartas de Inácio, Basílio de
Cesatéia e de Sinésio de Cirene.
4 Isso não prova que a amplitude da conclusão escrita pelo ptó-
prio punho de Paulo, fosse tão ampla (contra Bahr).
5 Assim pensa, sobtetudo, O. Roller, Das Formular der paulinischen
Briefe, L9fi; mas ver também Búr, CBQ L966, 465ss.
6 Ver sobre o assunto, ̀centemente, J. N. Sevenster, Do You
Knou Greek?, Supl. NovTest 19, 1968, 11s.
322 B. EPISToLAS
O próprio Apóstolo menciona duas epístolas aos co-
ríntios que não chegaramaté nós (lCor 5,9; 2Cor 2,4),
como também uma epístola aos laodicenses(Cl 4,16).
Esta útima referência deu azo ao aparecimento de uma
"Epístola de Paulo aos laodicenses"7 evidentemente falsi-
ficada. O autor dos Âtos de Paulo, apócrifos (c. 180),
pensandoem lCor 7,I;5,9, inventou ou aproveitou uma
epístolados coríntios a Paulo e uma respostade Paulo (ter-
ceira epístola aos coríntios) t. A troca de correspondência
em latim entre Paulo (seis epístolas) e o filósofo Sêneca
(oito epístolas) é uma produção attificial, provavelmente
do século IV.
S í3. CRONOLOGIADA VIDA DE PAULo 323
crição de Galião: A. Deissmann,Paul, 1967,261ss;DBS II, l%4, )55ss
(bibl.); B. Schwaú, "Der sog. Brief an Gallio und the Datierung des
I Thess", BZ, 15, 1971, 265ss.
Até hoje não temos datas fixadas par^ uma cronolo-
gia absolutade Paulo, isto é, o arranjo numérico dos acon-
tecimentos de sua vida no contexto da cronologia gerul.
Também se as datas da assunçãoda procuradoria do pro-
cônsul SérgioPaulo em Chipre (At 13,7ss) e da transfe-
tência da procuradoria da Judéia de Félix para Festo (At
24,27) pudessemsér Íixadas com certeza- o que não é
o casoI - pouco nos ajudaria, visto que a oÍdem das via-
gensmissionátias(At 13,14) é incerta, como resulta do re-
sumo que o próprio Paulo Íaz de sua atividade em Gl
L,16sse também porque é difícil decidir com certezase a
dietia mencionadaem At 24,27 se refere'aos anos em que
Félix permaneceu no cargo ou ao câtiveiro de Paulo em
Cesaréia(o que é mais provável). Por outro lado, resta-
nos uma possibilidade de chegar a uma cronologia absolu-
ta, isto é, a mençãodo governadot Galião, diante do qual
Paulo foi acusado,pelo fim de sua atividade em Corinto,
de acordo com At 18,12-18. Uma inscrição encontrada em
Delfos e publicada pela primefta vez em 1905, reproduz
uma catta do imperador Cláudio à cidade de Delfos, es-
crita quando Cláudio, depois de uma campanhamilitar bern
sucedida,fora proclamado "imperator" pela vigésima sexta
vez. Nomeia Lúcio Júnio Galião como predecessordo pro-
cônSul da província da Acaia pata este período. Os pro-
cônsules,para assumiro cargo, deviam deixar Roma pela
metade de abril. Nas províncias senatórias,às quais perten-
cia a Acaia, os procônsules ficavam no cargo por um ano.
Uma vez que a vigésima sexta aclamaçãode Cláudio deve
ter ocorddo entre 15 de janeiro de 52 a 1 de agosto de
52, o mandato,de Galião deve ser colocado provavelmente
entre a primavera de 51 e 522. O encontro de Paulo com
Galião talvez tenha tido lugar em maio ou junho de 51.
1 Ver OGG, ó0ss, l4óss.
2 As descobertas mais recentes, conferem mais certeza a essa de-
tenninação. Cf. Schwank (bibl.).
S 13. CnoNoLocIÁ DÁ vIDA DE PÁuLo
7 Ver essa justapoaiçãó irreflexiva de exptessõespaulinas, especial'
mente de Filipeirses,-em E. Hennecke-í. ScÏneemelcLer, Nt. Apokry'
phen ìn d.eatscherÜbersetzang, II, t* ed., 1964, 80ss.
8 Em Nl. Apokryphen... (ver nota 7), 258ss.
e Em Nr. Apokryphen... (ver nota 7), 84ss (bibl.). Sobre a to
talidade, cf. K. Pink, "Die pseudoPaúnisúen Briefe", Bb 6, 1925,
(rtlss, l79ss e D. Guthrie, "Aèts and Epistles in Apocryphal 'Writings",
Al Í(ì, ll8ss.
t
324 B. EPíSTOLAS
[)or esta época,Paulo jâ contava um ano e meio de per-
manênciaem Corinto (At 18,1L), portanto, desde o fim
de 49. At 18,2 contam que Paulo, quando viajou de Ate-
nas para Co,rinto, hospedou-seem casado casal Áquila e
Priscila, os quais, por causado edito de Cláudio relativo
aos judeus, tinham recentemente(prosphátos) viajado da
Itâlia paru Corinto. Esta expulsão dos judeus de Roma
(Suetônio, Claudius, 25: "Ele [Cláudio] expulsou os ju-
deus de Roma, pois estes provocavam continuamente per-
turbaçãoda ordem pública sob a instigaçãode Çhgsse" -
Judaeos impulsore Chresto assidue tumultuantes Roma
expulit) pode também ter ocorrido no ano 49. Pofianto,
a cronologia da atividade de Paulo pode set fixada com
certa probabilidade- retrospectivamente e progressiva-
mente - tendo por base este ponto cronológico fixado
da primeira estada do Apóstolo em Corinto.
Este procedímento,por cetto, é correto somentese ad-
mitido o pressupostode que a inÍ.ormaçãocronológica, que
pode ser inferida das cartas de Paulo, é essencialmente
compatível com o desenvolvimento da atividade de Faulo
nanada pelos Atos dos Apóstolos. Essa pressuposiçãof.oi
recentemente questionada com base na exigência metodo-
lógica segundo a qual a seqüência das cattas de Paulo só
pode ser estabelecidaignorando-se, como primeiro ponto
necessário,os Atos e, conseqüentemente,considerando as
cartas paulinas como fonte primária. Somente numa segun-
da etapa poder-se-áindagar se a seqüênciajá. estabelecida
pode ser harmonizada com as infotmações oferecidas pelos
Atos (Riddle, Knox, Suggs,Hurd, Bucl<e Taylor, Jewett).
Essa exigência metodológica é basicamentecorreta e
as várias tentãtivas Íeitas parz rcalizâ-laconcretamenteI de-
s í3. cRoNOLOGtADA V|DA DE PAULO 325
monstraramque, com base nas declaraçõesde Paulo a rcs-
peito da coleta para os cristãosde Jerusalém,pode-sccsrrr-
belecer com segurançaa seqüência: tCor, 2Cór 1-9, lìm.
Mas o atanjo cronológico das outrâs cartas só pode scr
conseguido com base em conjecturas problemáticas acerca
da evoluçãodo pensamentode Pauloa. Destarte, o método
não oferece resultados seguros para um delineamento com-
preensivoda atividade de Paulo. Campbell demonsrrou con-
vincentemente - e a aÍhmação será confirmada pelo que
segue---- que a seqüênciada atividade missionária de Paulo
deduzível das suas cattas é de tal forma compatível com
as informações oÍerecidas pelos Atos dos Apóstolos, que
temos motivos sólidos para derivar a cronologia rclativa à
atividade de Paulo de uma combinação ctltica das inÍorma-
ções contidas nas cartas paulinas com o'relato dos Atos.
Essa abordagem produz a seguinte cronologia, embora
não possamossituat com precisãoos acontecimentosneste
ou naquele ano: de acordo com os cálculos mais ptováveis,
passarâm-sedezesseisanos entre a vocaçãode Paulo e o
concílio apostólico, conforme Gl 1,L8;2,1. Ttês anos são
realmente poucos para o período que intercorre entÍe o
concflio apostólico e o encerramento dos dezoito mesesde
atividade em Corinto (Gl 2,11; lTs 2,2; Fl 4,15s; lTs
3.,1; 2Cor Il,7-9; At 15,30-78,18a).E o tempo necessá-
io paru o retoÌno de Corinto até a Ãsia Menor, passando-
-se pela Palestina, a permanência de mais de 2 anos em
Éfeso, a viagem a Corinto passandopela Macedônia com
a petmanência de ffês meses na Acaia, mais o tempo re-
querido para levat até Jerusalém o resultado da coleta
(lCor 76,8; 2Cor 2,'1.2s;9,4;Rm L5,25-27;At 18,18b-21,
'1.5), abrangemindubitavelmente, mais de três anos. Cal-
culando tudo, tomando como ponto de partida a permanên-
cia em Corinto (49-5t), temos as seguintesdatas:
4 Assim, especialmente,Hurd e Buck-Taylor, os quais, com o apoio
da teoria, prüamente atbitrâria, de uma fonte (ver acima, S 9; nota
74) pam os Atos, indicam uma ordem completamente ertada para as via-
gens apostólicas de Paulo, em Atos, e aÍirmam que todas as cartas de
Paulo teriam sido escritas enue 44 e 49-52.
326
Conversão
Primeira visita a Jerusalém
Permanênciana Síria e na Cilícia
Concílio apostólico
Primeira viagem à Ásia Menor e Grécia
Segundavisita à Ásia Menor e Grécia
Chegada a Jerusalém
B. EPÍSTOLAS
3r/32
34/)5
34/35-48
48
48-51152
51.152-55/56
c. 55/56
s 14. PRIMEIRA EPISTOLAAOS TFSSALONTOENSES
327
l. (ìrntcriclo
Dcpoisda saudaçãodc abcrtura(l,l) há uma expres-
são de agradecimentopela maneira exemplar com que a
comunidadeaceitoua fé cristã(I,2-I0). Em seguida,Pau-
Io, fazendo um retrospecto, defende sua obra missionária
em Tessalônica(2,L-1.2), e volta, mais uma vez, parz a
conduta do leitor (2,13-16). Ele conclui este trecho ini-
cialda epístolacom.um testemunhocheiode gratidão a res-
peito do seu relacionamentocom a comunidade (2,17-
-3,L0) e com uma intercessãoque se enquadrano esquema
de aberturada epístola.Nos capítulos4 e 5, vêm advertên-
cias e instruções:teavivarn-seas obrigaçõeséticas dos cris-
tãos tessalonicensespara com o -passado.pagão (4,1-1.2);
há uma instruçãoescatológicareferenteao destino dos mem-
bros da comunidadeque "adormeceram" antes da parusia,
acompanhadade um chamado à vigilância por parte dos vi-
vos (4,13-5,11), e de uma sériede conselhospormenori-
zadosparu a viáa da comunidade(5,12-22). Para encer-
rar, precese bênçãos(5,23-28).
2. Situação da comunidade
Tessalônica-
^té
1937, Saloniki -, capital da Pro-
vincia Romana da Macedônia, situa-se ao longo da grande
estrada militar, a Yia Egnatia, que ia de Dyrthachium a
Bizâncio, e pela qual Roma se ligava ao Oriente. Ela en,
naquela época,uma cidade populosa, que possuíauma si-
nagoga (At 17,L) corn muitos não-judeus " tementes a
Deus" (At 1,7,4).
Na chamadasegundaviagem missionária,por volta do
ano 49, Paulo foi de Filipos para Tessalônica,e aí fundou
a comunidadectistã, ajudado por Silvano (ou, como é cha'
mado em At, Silas) e Timóteo (cf. LTs 1,1.5-8;2,I-1,4;3,
1-6; Fl 4,L6; e ver At L7,I-1,0;18,5).A comunidaáeen
quasetoda pagã(t,9;2,14; At 77,4); Aristarco(At 20,4)
era um judeu ctistão de TessalônicasegundoCl 4,10s.
Daí, e pelo menos com base lazoâvel, certas afirma-
ções a respeito da cronologia não podem ser feitas, uma
vez que não sabemosquanto durou a prisão de Paulo em
Cesatéia. Do mesmo modo que o ponto de vista segundo
o qual teria sido matirizado (sob Nero?, I Clem. 5,7;
6,L), tambémo ponto de vista segundoo qual Paulo teria
sido posto em liberdade depois de dois anos de cariveiro
(At 28,30) e viajado pata a Espanha (cf. Rm 15,24; I
Clem. 5,7) não passade'uma suposiçãoprovável.
S 14. PnrrrarInn EpísroLA Âos TESSALoNTcENSES
Untersuchungenzu den Kleinen Plsbr., T1'Ê 25, 1965,89ss; B. Rigaux,
art. "Thess", LThK 10, L965, 105ss.
:ì28 B. EPÍSTOLAS
At I7,2 não prova que Paulo tenha ai atuado apenas
prlr três ou quatro semânas.Um relacionâmentode con-
ftança,como fica evidente em 2,9-I2.t7.I9s;3,6, não po-
deria ter-se desenvolvido em tão pouco tempo, e muito
menosa fé exemplar dos tessalonicensesteria tido oportu-
nidade de f.azero que fez (1,8ss). SegundoFl 4,16, os
cristãos de Filipos mais de uma vez enviaram auxílio para
o Apóstolo em Tessalônica,o que denota que sua perma-
nência na cidade deve ter sido de maior duração. Paulo
não ctiou em Tessalônica uma comunidade rigorosamente
organizada: 5,I2 não Í.alade " superiores e guias" no sen-
tido formal dos termos (cf. tTm 5,77), mas fáJo referin-
do-se a membros da comunidadeque voluntariamente cui-
dam dos irmãos, e as exortações(5,L4) não se dirigem a
autoridades estabelecidas,mas estimulam a própria comu-
nidade a assumir a responsabilidadedo bem-estar espiri-
tual de seus membros.
A comunidadedeve ter-sedesenvolvidorapidamentee
de maneira gratificante (1,3s;2,I3). Paulo caructerizaos
membros que a formam como exempiares(1,7s) para os
crentes da Macedôniae da Acaia.Os judeus, porém, inci-
taram o povo da cidade contra Paulo e Silas, a ponto de
terem eles de fugir durante a noite p^ra a Beréia (At 17,
5ss). Paulo deixou a cidade iustamente quando a pregação
est^va sendo Íortemente prejudicada pelos judeus de Tes-
salônica, e viajou primeiro paru Atenas e daí para Corinto
(At 17,13s).SegundoAt 17,14s,Silase Timóteo perma-
necerâm em Beréia, mas receberam ordens de Paulo em
Atenas para irem ter com ele o mais depressapossível;
vindos da Macedônia,encontraram-secom Paulo em Corinto
(At 18,5). Tais aÍirmaçõesnão concordamexatamentecom
ITs 3,1-6. Aí Paulo declaraque, em seu desejode receber
notícias da jovem comunidade, que ele tivera de deixar tão
apressadamente,"resolvemos ficar sozinhos em Atenas, e
enviamosTimóteo" (1s), isto é, para Tessalônica.Ele re-
pete a mesma coisa no versículo 5: "mandei", ponto em
que o versículo 5 retoma, depois de uma digressão,o ver-
sículo2 ("nós" em suâ forma editorial equivaleao "eu",
cm 1,6sse em outros'lugares,referindo-seã Paulo)..4 ex-
s 14.PRIMEIRAEPÍSTOLAAOS TESSALONTCENSES 329
pressão "resolvemos ficar sozinhosem Atenas" pressupõe
a presençade Timóteo no local. As várias tentaìivasãm-
preendidasno sentido de remover as conrradiçõesnão se
mostraÍam c pazesde provar o que se pretendia c foram
provavelmenteinúteis, já' que At não estãodevidamcnrein-
formadosa respeitodas viagensdos companheirosde PauloI
3. Época e ocasião da Epístola
lTs ofereceafirmaçõesque pressupõema situaçãoque
induziu Paulo a enviar Timóteo de Atenas para Tessalô-
nica (3,1s), a Íim de tomar algum conhecimentosobre o
estado da comunidade. Como, segundo l,I e 3,6, Timó-
teo e Silas se acham com Paulo, e Timóteo trouxe notí-
cias de Tessalônica,e como, além disto, Atenas é mencio-
nada em 3,1 dando a impressãode que Paulo não estives-
se mais lâ, a hipótese predominante é a de que LTs tenha
. sido escritaem Corinto, pata onde Paulo se dirigira ao dei-
xar Atenas, e onde, conforme At 18,5, Timóteo e Silas
novamentese encontraramcom Paulo. Uma vez que seria
necessárioreservar algum tempo para Timóteo viajar de
Atenas para Tessalônicae depois voltar a Corinto, e paru
transmitir as notícias sobre o estado da fé dos tessaloni-
censesna Macedôniae na Acaia (LTs 1,8s), a Primeira
Epístola aos Tessalonicensesdeve ter sido escritapor volta
do ano 50. lTs é, portanto, a mais antigaepístolade Paulo
até hoje sobrevivente.
Yfuias objeçõesforam feitas a tal suposição2:
a) Os opositorescontra os quais Paulo estava lutan-
do em lTs apresentavamos mesmospontos de vista (se-
gundo Schmithals,eram eles gnósticosjudeu-cristãos) que
os combatidos em Gl e em 2Cnr, e Paulo precisava defen-
der-secontra críticas idênticas.Isso leva a supor que 1Ts
1 Cf. von Dobschütz, Comw., I)ss.
2 Ver Lütgert, Hadorn, Michaelis, Schmithals; Buck-Taylot, 46ss.
330
dcva ter sido escritadurante o mesmoperíodo de atividade
de Paulo, no qual ele escreveuGl e 2Cor r.
b ) Os relatos referentesà difusão das notícias sobre
a Íé dos tessalonicensesna Macedônia e na Acaia, e na
verdade em todos os lugares (1,8s), os relativos à perse-
guição da comunidade (2,1,4) e à organizaçãoqlue nela
jâ existia (5,L2) implicam um espaçode tempo já decor-
rido desdea fundaçãoda comunidade,o qual pode ter sido
mais longo do que apenasalgunsmeses.
c) A ocorrênciade divetsos óbitos na comunidadeé
inconcebíveldentto de um período tão curto.
d) Como, segundoAt 17,L4;18,5,Timóteo não esta-
va com Paulo em Atenas, embora 1Ts 3,1 pressuponhaque
ele estivesse,a petmanênciaem Atenas mencionadaem LTs
não pode set idêntica à çitada em At. Conseqüentemente,
lTs deve ter sido escrita durante a terceira viagem missio'
nária, enquanto Paulo rcalizavasua "visita interina" a Co-
rinto (2Cor 2,L). Teríamos, pois, que supor uma estada
em Atenas durante esta viagem, ocasiãoem que Paulo se
fez acompanharpor Timóteo.
e) No início de sua breve permanênciaem Atenas (At
17,15ss), Paulo não pode ter planejadovárias vezesviaiar
até Tessalônica, sem haver sido capaz de pôr em prática
seusplanos(lTs 2,17s).
f ) lTs deve ter sido escrita em Atenas, depois que
Paulo veio de Corinto, porque, durante sua permanência
em Cotinto, Paulo ainda partilhava da exPectativa de que
todos os cristãosviveriam até a patusia, ao passo que, se-
gundo lTs 4,15ss,esta perspectivaiá não correspondeao
seu pensamentona época.
Tais argumentos,porém, não são convincentes.
a) É vetdade que, em lTs 2,1ss, Paulo se defende
contra censurassemelhantesàs implícitas em Gl e em lCor:
I Segundo Schmithals também lCor, Fl, Rm 16.
S 14.PRIMEIRAEPÍSTOLAAOS TESSALONICENSES 33í
de estar desviandooutros (2,3:2Cor 6,8); de intenções
enganosase motivos espúrios(2,3:2Cor 4,2); de ganân-
cia (2,5:2Cor L2,I6-78); de procurar sua glória pessoal
(2,6:2Cot 10,17s;3,I;4,5); de não permitir que a co-
munidade o sustente (2,7 -2Cor 11,9); de adular e de
buscaras boasgraçasdo povo (2,4s:Gl 1,10)4. Tal evi-
dência não requer que 1Ts provenha do período da luta
do Apóstolo contra os judaizantese os gnósticos.Judeus,
judaizantese gnósticosindubitavelmenteusaram rnuitas ve-
zes as mesmas arrnas contfa Paulo.
Em Tessalônica,foram evidentementeos judeus locais
que persuadiram a jovem comunidade cristã de que Paulo
era um mágico de espírito corrompido, gu€, servindo-sede
todo tipo de truques, tentava. autopromover-se empreen-
dendo uma propaganda ambiciosa.Em 2,1ss.18s,e ),9s,
Paulo procura defender-sede tais ataques,e não pensa com-
bater a falsa douttina que penetara na comunidade.Se o
contexto histórico erâ este, então o súbito golpe contra a
hostilidade do judaísmo contra os cristãos está Íacilmente
explicado(2,14-16).
b ) As referênciasà expansãoda f.amada fé dos tes-
salonicensese à perseguiçãoque eles soÍreram não exigem
um longo ,período de tempo, e não existe alusão alguma
a uma otganizaçãoestabelecida(ver p. 328).
c) Alguns óbitos poderiam ter oconido mesmo num
curto lapso de tempo.
d ) Os Atos dos Apóstolos não poderiam estar tão bem
infotmados sobre os companheiros de viagem de Paulo.
e) Não sabemos quanto tempo durou a permanência
de Paulo em Atenas, rêlataáaro lãngo do capíìulo 17 dos
Atos dos Apóstolos, e não podemosdeterminar a que obs-
4 CÍ. Schmithals, "Historische Situation", 100ss. Schmithals não
consegueprovar que essascensuras contra Paulo-procedem de .oposito-
res gãóstièos,os quais, desde a partida de Paulo, se introduziram na
comunidade de Tessalônica.
B. EPÍSTOLAS
!
332 B. EPíSTOLAS
táculosPaulo se rcÍeúa quando dizia: "Quisemos ir visitar-
lTs não poderia ter sido escrira nesta época.
f ) Não está provado que Paulo, na época de sua pri-
meira visita a Corinto, esperasseque todos os cristãos vi-
vessem até a patusia6. Assim sendo, tal argumento apre-
senta-sesimplesmenteinútil.
Mais importante, porém, do que estas asserçõesnega-
tivas, o que a epístola nos fala sobre o relacionamento de
Paulo com a comunidade, até essaépoca, constitui um ar-
gumento contra o fato de haver lTs sido escrita vários anos
depois da panida de Paulo de Tessalônica.Em L,5-2,L2,
alusões Íeitas ao tempo em que Paulo pela primeira vez
exerceu sua atividade missionária em Tessalônica(1,5.9;
2,2.8s.L2) e à sua "chegada"entre eles (1,9;2,L) indicam
como não pode haver objeçõescontra sua ida a Tessalô-
níca, como os tessalonicenses,pela sua conversão,se tor-
naÍam imitadores de Paulo e de Cristo (1,6), passando
assima servir de exemplopara outros (L,7).Com as con-
tínuas mudançasde expressão,o Apóstolo lembraJhes estes
fatos:"Bem sabeis"(1,5;2,1ss);"Ainda vos lembrais"(2,
9); "Vós sois testemunhas"(2,L0). Todas estassão lem-
brançasrecentes.Além disto (2,I7s), depois de sua par-
tida, Paulo sentiu-se" pròskairòn bóras privado de sua corn-
panhia" e, por isso, inclinado a dirigir-se a seus leitores.
Portanto, ele deve ter estado ausentede Tessalônica ainda
que por pouco tempo- As saudadesque tinha de sua co-
munidade oprimiram-no tanto, que ele decidiu, não um4
mas duas vezes, viajat até Tessalônica, a Íim de ver se a
comunidade permanecia firme no período de tribulação e
5 Schmithals,"Historische Situation", lJ3.
', É o que pensa Buck-Taylor, 47.
s 14.PR|ME|RAEPÍSTOLAAOS TESSALONTCENSES 333
_ Segundo3,6, LTs foi escrita imediatamentedepois da
volta de Timóteo e do enconrro deste com Paulo. d ApOs-
tolo viajara de Atenas para Corinto e começara a pregar
a1 na sinagoga,
^té
que Silas e Timóteo se enconrraram
4,9.13;5,7.L2).
As notícias livram Paulo de uma grande preocupação.:
a comunidadeperseverafirme na Íé e no amor (3,6); a
profunda alegria que ele experimenta com isto exprime-se
em termos que servem paru f.ortalecer a fé da comunidade
e para af.astaras suspeitassuscitadasconüa Paulo. Eviden-
cia-se aqui a dificuldade que os primeiros pagãos sentiram
diante da pregaçãode uma glória escatológicaiminente (cf.
4,1ls.L3ss;5,1ss.14), mas patenteia-setambém a necessi-
dade de inserir numa harmonia vital a responsabilidade
ainda futura em face de Deus, e a sóbria obrigação moral
relativaao momento presente(5,6ss;4,3ss.5,L2s.79s).Em-
bora em lTs falte qualquer tipo de instrução sistemática,
ela é uma epístola real em todo o resto de sua estrutura,
uma epístola que nasceu numa situação especíÍicae única,
um testemunhopessoalda obra missionáriade Paulo.
t|
334
4. Autenricidadee integtidade
. Es'eargumento.porém,só poderaseÌ considerâdová-
IIdo, se âceirarúosa pressuposiçáode que lls provenha
de Paulo.na íormaem-queloi riansmiridaàsgeraiõespos
Por outro lado, E. Fuchs,, Eckart e Schmithalsì0
preÍeririampro,,ar de vírjas maneirasque lTs se compõe
de duas epísrobs aurénricâsrenoeridâsaos tessalonicen-
sesrt. Com asduasepístolasaos tessalonicensesSchmithals
reLonstiluiquarróepísrolas'origirais",dasqraisa segun
da incÌuilfs 1,t-2.12| 4.2-5,íE,e â qual; âbrange
"tTs
2,114.1. SegundoSchmirhals,existemdoi" fundamenros
e.I. Fuchs,"HebeneuÌik?', ThViâÌ7, 1960,46sst=E F, Gtdrbe
,"t E4ëhtz.r. 1965.rre,s)
_..._.r0DÌ ao.do cod V Schmk,'D.Ì I Kor âts Bliefsanntuns.,'/NI 6A, ]969, 21)
Ìr (:onúr â posiçãode EckÍt, ú Künmel (vú .ÒÌá s), 220*
S 14 PnÌÍllEiFAEPlsÌoLA AOS ÌESSALONTCENSES
J35
tanto,estemodo de agir do rcdatoré incompreensível.
B EPÍSÌOLAS
t
336 B EPÍSÌOLAS
O Íato é qr:e a hipótese de uma coleção originâl de serc
cpístolâspaulinâs, em si, não esrá provâdâ (ver 5 J5.2).
O que acontece,porém, é que não há ninguém que aduza
motivos na reâlidadeconvincentespara demonstrar que al
ËJem,que náo fosseo auLororiginal.haja reunidodiver
sas das epísrolasde Paulo, excluindo alguns rrechos e re-
elaborando outros!t.
O patalelo acrcscentadopor G. Borúamm t6
- a
provável combinâçãoJna Carta de Policarpo aos Íiüpenses,
de duas epístolas: 7-72 e 1)-74 r7 - nâde plova a res-
peito dessa conexão, porquânto, no caso, duas efstolas são
colocadaslado a lado, ao passo que, na hipóresedos tes-
salonicenses,as epístolassão mistuÌadasÍormando um mes-
Se é verdade que "na ântigüidade não existem para-
lelos" para tal combinaçãode epístolas1x,então â hipótese
de que as duas epístolasâos tessalonicensesÍoram combi-
nadas pârâ formar â nossa 1Ts deve ser consideradaim-
5 15 SEGIJNDAEPÍSÌOLAAOS ÌESSaLONICENSES 337
slonicherbrieÍes",ZI.IXI 14, 1952/53, 1,r2s' (=Güahhlhe Statlièk ."d
NT aid rìd* Udueu, 1962, 20ts); P D,y, "Thc Pdcti.âl Purpo*
ôÍ SIìúd Th6salúi,rs', ATR 45, 1961, 20ls; D L hrm.nn, DdJ
Olle"bzt,netue5tiinrln6 beì Psrlt! r, den pdÀhh]che" Genetaden,
!íMANT 16, 1965, 109$
l. Conreúdo
Depoisde uma fótmula de saudaçãointrodutória(1,
1-2), Paulo agrzdecepela preseÌvaçãoda comunidadena
fé e no amor, e, princìpalmente, pela paciênciade seus
membrosem suportaro soÍrimento,Adverre-ossobre a
parusiae o juízo final, e encertaa introduçãoda epístoÌa
comumasúplicapelacomunidade(1,1-12).
 epístola propriamente dita, começâcom urn apelo
em favor do equiÍbrio e da ponderaçãoem Íâce de umâ
expectativâex4geÌadada parusia,que estavâocoÌrendonâ
comunidâdede Tessalônica:o dia do Senlor ainda não
veio; pÌiheiÌo devevir 'o Adversário'.Este já estátâ-
balhandosetretameore,mas serácoibido por um poder co
nhecido da comunidadeDepois desta rnanifestação,ele
serádesttuldopor ocasiãoda parusia(2,1-12).
Seguem-seagradecimentospela escolhados cristãos,
gue recebemo mnseÌhode s€ mantetenrfirmes.Repete-se
o pedidorelativo à conÍiançaque meÌecea Íidelidadede
Cristoe de Deus (2,11-1,5).
Vêm depoisinstruçõesespeciaisâ propósitodos que
levamvida desordenada,preferindoa pÍeguiçae â ociosi-
dadepor causada proximidadeda paÌì.Ìsia(1,6-16).
Á epístolaterminacom saudaçõesde Pauloenviadas
de propflo puhho {J.r/-lõi.
2. Seqúênciacronológicada
I e ll EpisLoÌasaos tessaìonicenses
DesdeHugo GÌotius (1ó41), repetidâsvezestem-se
propostoque ã segundaEpístola aos tessalonicensesfoi
S 15, SscuNoe EpÍsÍor-Á Áos rEssÁLoNtcENsEs
Alén dâ bibÌiosúfiâ .o $ 14: ì{ ì(Ìrede,Die Echthêìí des2 Thüs,
TU, NF 9, 2, 1901i Á. Hünack, "Des Probled dcs 2 The$", S,{B
rer0, r60$i J. W@1, Die tchtteit dps2 Íhat Lsk,tt.rt, BSi 19,4,
raf6; J. C,rÍ"n, Dp Echth.it d8 2 B?hkt a" .!p Tba,'lÒDknÌ,
NT,4 14, t, l9l0; E. Schvejzer,"Der Thcs ei! Phil2" -IbZ r, 1945,
90ssi286ss;2, 1946,74sj nourroseotido,ver: V. Miúae]is, ThZ 1,
282sj H Brá!n, "Zur nrchtpaulinischcnHúku.ft des neiten Ths-
It CÍ W MióáeÌis, - TeiÌursshypotbesenbeì PrdusbrieÍe', ThZ
14,1958,12lss
raC Borúr'm, Ae Voryd.hi.hte da "az Zuaren K.a*bet
ffi./.Í, SAH 1461,2, 14, norá Ì11.
l'Ve, B. Alraner.A.Strih"Í, PdtoloaÊ, 0ô6, 7' ed, ìs.
rB5 t ì Ìhrl!, 'B:rÍloDDo.iriolen, ,la. A reÍerênciade J Srhm.d
llhRv 62, 1966,J05) ãos€soiÌosdc SiDeãodã Msopo,âúi., como
'nr ,empln diíi. note podelfld à algumpmgEso, pois âqur ndb
'','.'r !1" câ',.. e.iì, prcaveìrenÌc.de d(epçõester I. Qúi'.
I I PrtúLtp, Illi 1960,164s)
I
338 8 EPISÌOLAS
(scfitâanresda primeira'.Os ÍundamenrosapÌesenÌâdos
lura Íustrticaresládaraan.eriorde 2Ts são:
1) lTs Íoi colocadâantesde 2Ts no cânoneporque
erâ mâisÌonga.
. 2) Timóteo,ao serenviadoa Tessâlônice,ffouxe com
ele uma epístolâ.
3) 4 pr"vaçaoem 2Ts refere,seao presente;em 1Ts,
ao passado.
. 5) A. referénciaà assinalurapessoalem 2Ts f,t7 ú
teÌlasenttdose iossees!âa primeiraepÍsrola
-
6), A. observaçãode que a comu,ridadenào rin_hane
cessrdadede ser rnstruídano tocanteao tempoe âo prazo
(1Ts 5,1) ÍicaÌia meÌhoÍ entendidase seui rnembràsjá
houvessemlido 2Ts 2,3ss.
8) A escatologiae a cristologiaem 2Ts apresenrâm-
semars.pnmf,vasdo queasexposrasem lTs.
târsárg!men1os,porém.não sáoabsoluramenrecon-
l) Nãohá fundamentoprra seconi€cLurârumâÌrrns.
posiçãodenLÌoda coleçãodasepíslolaspâulinâs.
..
I n(rnchmk Alberp, Appel r2Tr Íoi sômenreenv:adr d,es de
HadoÌn, llóa8i T. l(. Msnson; Ì. ìí-s. DaJ Lt/.rri
';tt'üa 1qt7 21,.s: B ú fâylôÌ, tr0$. ì.úirh.ls co;sidèÌ, ),r 12:
'.ò
rÍ onô pimeiro sdro dc paulo pàÌr . Iess,lóni(á.
I 1s SEGUNDAEPiSÌOLAAos ÌÉSSALoNICENSES 339
2) Timóteo é um mensageiro,um irmão qrrc loi
enviâdopoÌ PauÌo.Por isto, ele não poderia ter lcvltlo
corìsigoa epístola.
3) Segundo1Ts l,ls, aindaperduramasdiÍicLrldadcs,
e levando-seem conta âs condiçóesexistentesem Tessalô-
nica, elaspoderiam recrudesaernovâmenteâ qualquer mo-
mento. Aliás, é o que 2Ts 1,4ssmostra que Ìealmcntc
4) Pâulo, por ocasiãoda fundaçãoda comunidade,
1áhaviaadvertidocohtrâuma tendênciaà ociosidade,que
esravasJÌgindocomo conseqüénciâdo en.usia.moescaLo.
lógico (lTs 4,11); ele tÌ^t^ do âssurìtoem lTs 4,10s e
etn 5,14. Em conttapâÌtidâ,na segundeEpístolaaos tes-
salonicenses,Paulo precisoutomar medidasenérgicas,e,
parâ isto, nâturalmenterecorÌemaisà instruçãooral dada
quandoâ comunidádefoi fr:ndada,do que a aÌusõesa lTs
4,10s;5,14
5; PaulorecordacomunicaóesescÌitâsânreÌiormenLe
não sóem lcor 5,9i 2CoÌ 2,3ssi7,8.12,Ínastambémem
2Ts 2,15. E 2Ts talvezpressuponhâque ulna epístolaes'
púia de Paulo esteia úcuìando em Tessâìônica.Tâl con'
jectura,porém,justiÍicade sobraa obseÌvaçãocontidaem
2Ts 1,17 sobreseucostumequandoescrevecartas.
6) 1Ts 5,rs âludeà insruçãoorâ1,comoo fâz iguâl-
menteo trecholTs 4,9.
7t Nadaindicaque âs questõeserrsrentesna comu-
nidadeÍossemocasionadaspor uma epístolade Paulo
8) 2Ts não mencionaos que moÌrernaDtesda patu
sia, mas isso nada implica a proEísitode uma visão es-
341340 s EPÍSÌOLAS
({ìjrìrnidadeconúâriâdecisjvâmentea suposiçãodeque lTs
rcja a segund-aepisrolaes.Íila à comunÌdadi.A seqüência
canónicadeve,port nro. ser a oÌiginâl.
J. Autênticidadee unidade
O primeiro â coltestaÌ a autentícidadede 2Ts, Íoi
J. E, ClnistianSchmidtem Venflut neenüber díe beiden
Brielean die ThessalonkherÍ1798): JuasadveÌrênciâsem
2,1'12recomenrlandoqueconÍiemnumaepístolaescritaem
seu nome, onde Paulo afirma a proximidade da parusia,
sãotão antipaulinâsquanroas fantasiasnatrada"iobre á
AnticÌisÌo.
F, H, Kernr acÌescentoua estateotiâ a suDosicãode
que 2Ts era literariamentedependentede 1Ts,-e indicou
expressõesnão-paulinase o trecho2Ts 3,17. Tal reÍerên-
cia evidencisa tenrarivade querer mnseguirqüe ptedo-
minc a aceitaçãoda inautenticidadeda cartacomoepístola
PâUlrnâ,
Durantevárias décadas,a pesquisade Kern foi en-
cârâdacomonormadva.ì0. íredè, ao estabelecera inau-
tenticidadedâ epístola,enfatizoüa dependêncialiterária
de 2Ts em reJaçãoa lTs: 2Ts é quaserotáImanredepen-
dentede lTs. AJémdisro,se Paulopudesseter jmaginado
que seu nome seriaindevidamenteusadonuma cata Íot-
iada 2Ts 2,2;3,171,ter.se-iadetido mais longamenreno
assunto.Esta críticade Wrede,em rods a sua exrmsão,
repousana negâçàohodiernada autentìcidadede 2Ts, mas.
,lem dlsto, Ìessalta o seÂulnte:
a) a incornparibildlde de 2Ts2,1-12 corn as passâ-
gensescatológicasde lTs 4,1lss e lCot 15,20ss!;
b) o tom moralìzantede 2Ts 1,5sse 2,12 eíít con-
fronrocoma árirudecornumem Paulo';
? Âc€@ da hisúriâ dâ cÌlücr, cí. Rjs?ü, Conn, r24ss
I "Sobre 2Ts 2,1'12", 121Ï 1819, 14t$.
a Mtrson, Fuü*, Mds.n, G ZieDer, GANT, l05i Lührnmn
S 15 SÉGIJNDAEPÍSTOLAAOS ÌESSALONICENSES
c) o enÍoque consistentedo aÌgumento conÌido
2Ts sobre a aütoridâde do âpóstolo 6.
2Ts tâbbém se codpõe de duas epístolas,e que â seme
lhançaliterrtia entre 1 e 2Ts pode ser expJicadapela ma-
neirâ pârecida de combinar duas epístolas em ambas âs
epístolascanônicas.
 suposiçãoda origem não-paulinade 2Ts sofre o de-
safio de importantes consideÌaçóes,contudo. Àtgumentos
contrâ â qutenticidâdebaseadosem atitudesdiÍetentesdian
te da expectativâdo Fim em lTs e em 2Ts não Podem
set consideradosv,ilidos. Os conceitosempregadosem 2Ts
constituein um material apocalíptìcotadicional; o homem
ímpio (2Ts 2,1) e aquele qüe Ìetém (katéchok, o misr6
rio dá iniqüidade em 2,7 são figuras apocalípticas3; os
aconrecimentos que o lrecho z.Jss PressuPõe são
64,r97Ì,EE3
3 Vd Dibelius, ,l lo.
342 B EPISÌOLAS
rctémo mistériodâ iniqüidade).Convémlembrarque as
duasconcepções- o Fim chegandorcpenÌinamente,e o
Fim rendo an.ecedenLeshisLóricos- ocorremjunras na
àpocalipricado iudaísmoe do oisrianismoprjmirivo, e re-
pousâmnâ mesmapeÌspectrva.Tambémnãoé verdadeque
Paulo,em nenhumoutrc Ìugâr,âpresenteum tâl d€tâÌhe
apocâlíptico(cf. 1Ts 4,15-17;1Cor15,23-78.5Is).
A 'escatologiaconsümadâ"e dos falsosmesttesque
proclamam:'O Dia do Senhorjá esú próxino" l2Ts 2,
2)ro, de maneiraalguma,deveriaseÌ Ìelacionadecom o
gnosticjsmo.Além do mais, Paulo, apesarde re{erências
, àcontecimenrosque aindaretardamo fim, pressupôe,em
2Ts 2,1, que"o mistérioda impiedadeaindaestejaagin
do", e, desremodo, calc..rlaque os eventosescatológicos
esrejamcomeçando.Emboraos relatos,que a ele chega'
ram, sobrea expectativaescatológicasuper.entusiástÌcade
algunsoistãosem Tessalônica,compreensivelmente,levam-
-noa enlatizaros fatoresque contribuemparâ â demora,
ainda que, mesmoassim,ele conservevivâ â expectativâ
oe uma patuslaLmlnente
Âs outÌâs objeçõescontta o Íato de haver Paulo es-
crito 2Ts tambémnão são convincmtes,e, realmente,al-
guns Íarotesservemde apoio à süposiçãode que eìe a
tenhâ escÌito-
É claro que, baseadonos relâtosrecebidos,Paulo Ìi-
nha razãode admitit que umacartâespútia,escritaem seu
nome,estivessecirculando(2,2), e, pot câusadisso,em
1,17 ele alude âos traçoscaracterístrcosde todâsas suâs
cartas.Não há nada,porém,que justiÍiquea afirmaçãode
que eÌepudesseter ido maislonge,na tentativade escla-
recermelhoro assr.rnto,iá que,principâlmenteem Gl 6,11,
aooiadoem outros Íu:ndaDrentos.ele ambém se ÉÍeriu à
arrtenticidadeda Epístolaaosgálatas,recorÌendoà meÍ|ção
de suaassinaturafeirade p6prio punho.
q
Á$im Dêns R H. FulÌe!, Lr, 59.
'o
A ÌespeiÌô d.!sa ìínis ródução .,ssiÉl de eãésthehcr, cl
S.hmirÌrÍls. "Histo.ische Sitü&iô.", l46s
9 !s SÉGUNDÁEPÍSÌOLAAOS ÌESSALONTCENSÊS 343
Embora Braun tivessedesejadover ern 2Ts uma ex-
tensãomoralizadoÌada teologiacontidâem 1Ts,poÌ causâ
da prediçãodo julgamentodivino para os optessoresda
comunidade(1,5ss),existeum julgamentoanálogodos ju
deusque se opõemà misúo no tÌecho lTs 2,16. E 2'fs
1,11mosira que,em 2TsJnão existeabsolutementeumâ
expectativaque assumisseo câÌáterde utnaaceitaçãogeral
doscristãosdiantedo julgamento,pelo simplesÍato de se-
rem eles crisrãosrr.'Indicarum tipo nìais cohsisterìtedÈ
apoìo à autoridadedo Apóstolo e da tÌadrção transmiddâ
por eLe| 2,2,1);t,1.6.tu,12,tÍ+),Cloque nâsourrâsepìi-
tolasde Pauloeqr.rivalea minimizaro Íato de que Paulo,
em 1Ts4,1s;lCot 7,25.40;1,4,37;Gl 5,2; FI 2,12,Dáo
dá umaênÍasemenosexpìícitaà suaautoridadeapostólica.
Enquantoasobjeçõ€scontÌaá autoÌiapaulinade 2Ts
não sãoâbsoÌulameúteDersuâsivâs.existernváÌios elemen-
tos que falama favor di suaâut€nticidade.
A linglageme o estilo de 2Ts, com exceçãode pou'
caspalavÌes,sãode cuhho proÍundâmentepaulino: epipbá-
xeìa pzf;^a paÌusiasó ocoÌreem 2Ts 2,8 e nas epístolâs
Pastorais.Este, porém, não constitui o íÍt.o tetmifius
techfiìcrsem 2Ts. Seocasionalmenteem 2Ts (2,!);3,16)
klios é vado em vez ée theós( 1Ts-1,4;5,2J), encontra'
-se iguaìrnentesubstituiçãosehelhânteem outros lugares
lITs 2,12; cÍ. Cl 1,10). Os vínculoslitetáriosentre 2Ts
e lTs são, sem a menoÍ dúvida, rnuito estreitost2, mas,
ao coítÍârio do que afirma lwrede,os pontosde contato
não ocoÌremna m€smâseqüênciaao longo dasepísolas,
e âchâm-seespalhadosern apenâsceÌca de um terço da
segr]ndaepístola,de modo que nadahá que nos induzââ
supot que exista uma dependêncialitetária. A mudança
de tom - coÌnpaïem-se2Ts 1);2,1) e chalisteiflopÈei-
lomenam íTs 12:2,13 elcha stoúmen- é compÌeensí
vel, tendo-seem vista a censuÌâque Paulo precisafazer
11Ouros arNnenrôs conÍ, BMün cú Schniü.Ìs, "BÌiefkonpo
t2 C{ a úbua m RiÊâux.Coz, rlls
5 í5 SEGUNDA EPÍSÍOLÁ AOS ÌESSATONICÉNSES
344
em 2Ts, e quer atás, cortespondeao estiÌo litúrgico (I
CIem)8,4; Batn5)),
A hipótesede inaurenricrdade,po!ém,crja suaspró-
priasdifículdades.Como, a partit do início do séculoII
(Policarpo,Filipenses,11,4; MâÌcião) 2Ts passou,iÍcon-
resravelmente,e izzet p^Ìre dosescritosPâulinos,elâ deve
ter sido escdtabem maistaúe, nos primeirosaDosdo se_
cllo IL Mas a controvérstasobÌe a "escetoloqiacotrsuma-
da", que constituio ponto centÌâl da epístoú, não pode
ser expücadade acordocom as tendêDciaspós-pauìioasno
século L Na verdade, 2Ts 2,4 Íoi evidentemente
dizer, do que um autor que o imite conscientemente-
EvidenrcmeÍrte,tal argumeno só seú váiido s€ esti'
ver pressumsroque 2Ts representauma rlnidadeliteníria
dentro da'Íorma em que fói uansmitida.Contraesta su
cio de umafórmulaconclutivaem 2,16sno contettoori
pinalde umaeDicrolâDâulina.E isto enquantonàosecom-
i'orar o dadoìndemonsrrãvele injustifi;dvelde quePaulo
Lr (lí lTs 1,12 e lon Dobrhütz fo commtÁlio À essa pass4em
tenha sempreconservadoo mesmoesquemaliterário em
todâsas suâsepístolas,O cotrjünto d€ eÌementosevidmciâ
antes que 2Ts constitui üma segundaepístola de Paulo à
comunidadede Tessalônica.
Restaâindaexplicara inteÍessantecircustânciade qÌre
Paulo deveriatet escritoà mesmacomunidâdeuma epís-
tola em vários pontos semelhânteà ante ot. Fizeram'se
tenÍâtrvâspâra evitar as conseqüêÍÌciâsda Íorça de tal hi-
Fítese, mediente a aÍiÌmâçãode que a epístolaÍora origi
ÍÁÌiamente ender€çadaã umâ miooÌiá judeu.cristãem Tes-
salôaicara,ou , um grupo especjaldentro da igejar5. ou
à comunid.rdede Berãafr ou de FiÌiposL?,Todai estashi-
póteses,porém, são iontrove$idaspelo fato de que, no
caso,o endereçooriginalprecisariateÌ sido altetado(por
quê?),e de que,segundo2Ts 2,15, Paulojá haviaescÌito
uma epístoÌaÀ mesmâcomÌüridade.
2Ts setia,pois, mais compreensívelse o ptóptio Pau-
lo a houvesseesctito âlgumessemânrsdepois de ter es-
crito 1Ts, quando esta priheiÌâ carta ainda se eoconüavâ
hem dtida em sua mente.
olâ-pão" (l,lls), á taÌ ponro que Páulo se vê obÌigado
a recomendarcertasmedidaspata a disciplinada igreia
contÍa essetipo de Íanatismo(3,6ss.11ss).
ü Alb€rÌz, ll$Eck.
It Dibelils,
16Goêuel.
B EPÍSÌOLAS 5 16 PBIMEIBAEPISÌOLAAOS COBÍNÌIOS 347
ritadosde 1Ts, que Íez com que lTs 2,1-r,10 ainda Per-
mânecesseessendalmente lnusltadâ.
náricos.
Se 2Ts rrãotivessesido esuita muito tempo depois
de lTs, eotãopoder-se-iadeduzitque o lugaÌ provávelde
sua ÌedaçãoÍosse Corinto e a época prováveÌos anos
50151
óbm, W G Kümhel, ThLZ 91, tots); lì Llotcy,"Pauls InkÌ,cÌions
wirh the Coínthìans', JBL 81, L9ó5, Ll9ssi J. HaÍisôn, 'SÌ Pâuls
laÍec ro rfc Colinüians, [xrT 11, 19óó, 26r!st Á FaìilLeÌ, DBS
VII, 1966, 17lsj l. B Richüd!, 'Ronâns âDd I Corinthhns: Their
Ch!o!olop',,1 R.laÌior.h,o and Coroam,:r" Dtk, . NTS lJ. 196ú167.
l4*: N -  D,hl. P,ul rd rhe úrú I GÚrh
^c.oÍdina
,o I
Corinrhims 1:r0.4:2r", Cbtirti'n HÉtdt ú,1 I'te.p,et'tìo' Fe'tscbt.
l. K"ox, 1961, ltls; J. C ì( FÌeebom, "Thc DereloDncnr oí h('
oilc ar Corinth", SrEv IV, Tu 102, 1968, 404*; R BuÌtúánn, il4iÍd
!"d Nath des Chlhdìche, Eìr. A,slequr| ,ah 1 Ko/ 1,1-J,4,N'lA,
NF 5, 1968j lí. Scbenk, 'Dú 1 Kof als Bri.fsannbne , ZNìí 60,
1969, 219s, R Jeverr, Prl,t Arthrcpalôs'@l Teth, IG'IU 1a,
1971, 2Jts
1. Conteúdo
Depois do proêmio e da expressãode agradecimento
pelâ açã; de Deìs no seio da comunidade,Paulo, baseado
em reiarrjrios(1,11r,discuÌeos coníÌito"exisrenlesna co-
Ínuhidade(1,10-4,21): teagindocontta â estima erïâda_
menresuperválorüadâpeloscheiesoistãosprimitivos,con
sideradosindividualmente, Paulo ÌeÍeÌe-se à não'esseÂclâ'
lidadedo pregadorindividualdo evangelho,já queo evan-
nos reÍetentesà comunidade(o enviode Timóreo,que já
se veriÍicara,e seuptóptio plano de ir até lá).
Por causade umacomìrnjcâçãoposteÌior(r,1), suÌge
uma discussãosobreproblemassexuais:5,1-1J,o câsode
aosídolos(8,1-11,1).(Digressãoern 9,1-27sobreo-di
teito que âssisteao Apóstõlo de Ìecebetsustento,sobÌe
suâmâ;utençãooscilânte,e sobtesuacapacidadede seadap-
tat em beneÍíciode sua missãoieÍn 10,1_11trata-sedo
$ 16. Puvrrn,r EPísroLÁÁos coRiNTlos
349 B EPISÍOIÀS
perigodos abtepâssadosno desertoe do perigoânáÌogo
que existepáraos cristãos).
Passa.seentão para problemasrclacionadotcom o
culto (11,2-14,40); e, em 6eqüência,abordam-seproble-
masrelativos à conveniênciada cabeçacobettapâm asmu_
lheresno culto (11,J-16), à corÌetâ celebraçãodâ Ceia
do Senhor(11,17-14), e ao l:gar dos donsdo Espírito
nas assembléiasda comunidade(12,1-14,40). (Nova di-
daçõese bênção(16,19-24).
Vê-sedaramenteque a epístolanão obedeceâ ümâ
seqüéncielócicade idéias,mas vai abordandodiverso.as
sunrostobÌe-a vida e a Íé da comunidadecrisrã,baseando-
-se nos relatóÌiosda comunidadee procurandoÌespofldeÌ
a umâ calta enviadapela comunidade.Por isto, não existe
2. Situaçãods comunidade
Em 146 a.C.,a ricâ e antrgacidadede Corinro'Íoi
destruída. César Ì€ÉoDstÌuiua cidade, dela fazendo uma
colônia romana, e, àe 29 aÊ. em diante, Corinto ficou
Releuvanenrea CoÌúto, v.! Th Le-$hlu Pí 3upl 4 lq2a
,9t. 6. 1rJ5. tal* 4at'pit CÒìirth A CuidP to thè Lx.duatton!
1960, 6s'cd.r R. M. Grúr, BhHv lÌ, 1964, 988s
5 16 PBTMETBÀEPÍSTOIÂÂOS COBINÌ|OS 349
smdo a sededo procônsul,e a capitalda provincr.Ìscnrr.
torial da Acaia.Localizadaàsmargensde doismaresc com
portosI leste (Cêncteas) e a oeste(Lecheeum),era cln
um cenüo de comércio natuÌal entre o Oriente e o
Ocidente.
epÍstolasaos coÌínÌios.
pois de um anoe meiode ministériode Pâulo(Át 18,11)
al: iâ havíauma comunidadeÍlorescente,que consistiâde
gen;os cristãosllGÍ 12,2), na maioriápÌocedenlesìas
classesmaisbai:as ( ICor 1,26ss),maso elemenloiudeu-
2 Â .lim.éo, mpldotc diÍlrdida d€ que
'ìo
l@Dlo de. 4qD
d'r., n. .cúpol. de Cdirro. dâ iords@@k pnüc.d... p!o5ü.ruç$'
não <orsDof,de,q tâto5(L€! tu prevâsc6 rI (rnz.únanD.
^on4'nd die Ìúìidct"ezdet AphtudiÌe Zu Relisontc.r.bkbt. dPt tadt lao'
tì'th, N^G t961, 8).
350 3 EPISÌOLAS
Àntes de lCor, Paulo já escÌeverauma epístola aos
coríntios( lCot 5,9ss),na qualproibita que4 comunidâde
tivessequâlquertipo de relacionamentocom pessoâssen-
suaise ávidasde ptazer.Em Colinto, isto foÍa intetPre-
radocomose o Aprjstolo sereferissr â pcssoasimorais que
viviam fora da cdmunidade.O problemade saberse eita
"€pÍstolaanteÌio!" a lCor se pirdeu ou se,em parte ou
nJ todo, pode ser reconstituíd;por meio das duas epís-
tolasaoscoríntiosque se conservâÌâmJé algo a que só se
pode rcsponderem conexãocom a qllestão reÌstiva à uni_
dadedasduasepísrolas
5 13, PATMETFAEPÍSÌOLAAOS COÀINÌIOS 351
gãos(8,10). Durantea Ceiado Senhor,os ricos se eÍn,
PanturravaÍnde cornjdae bebidaque tráziamcoÍlsigo,âo
passoque os pobrespermaneciamcom Íome (11,17ss).
O culto acaba pot degenemr em desordem, enquafito â
glo*solalia,cuja práticr era exaltaÁl-como smdo o caris-
tna cristão poÌ excelêffiá, ameaçzvasupÌi-mjroutÌâs óÌâs
do Espírito (14). Toda a idéia da cença cdstãna ressuÌ
reiçãodos moÌtos erâ negadápor umeparceìada comu-
nidrde ( I5,12).
No entanto, Pâulo preocupava.sepriocipalmente com
a noúcia de discórdiase cisõesderìtÌo da comunidade.PeÍo
fato de Paulo, no início de s€uscomentáriossobrc tal si-
tuâçãona coÍnunidâde(1-4), dizer que existiad pessoâs
na comunidadeque se identificavamcomorpeftencendoa
Par.rlo,Ápolo, Crfas ou Gisto" (1,12), tem havido,a co-
meçar coh F. C. Baurr, discr:súo a pmÉsito de "peÌú-
dos" em Cotintoí. Fizeram-serent4tivasro sentidode es-
DecificâÌos "oartidos" individualmeotee de distribuir a
lolêrnica hclúda na epístola de modo a coÍrelecionála
com os PâÌtlclos'.
Com baseno rúro de Gl (2,llss), é fáciì perceber
que os adeptosde Pedro eram repÌesentarÌtesde um cris-
tianisrlÌo judaico, que âpelâveÍÍìparâ os apóstolosoÍiginá-
rios de Jetusalém,emborâem lCor não ouçamosnada a
Ìespeito do c!-oìpÌimento da Lei, nem saibamoscoisa al-
guma sobre a cstadade Pedro em Corinto6. Ápoiados en
At 1E,24e €rh lcor l,18sspoderíamostambémdeÍender
a hipótesede que Àpolo representasseum tlpo de cÌistia-
nicmo indinâdo a desmvolver a rctórice e a eúeir sabedo-
, F. C. Bru!. "Die chrkhrlDríeí in der koÌinrtó.n Gdeh&'
erc,,'tzT 4, 1831,61ss(:F. e. R, Aase'uôhh. W*kê ií ÊiDzt.a
tstbeb, ed. w K, Scholde!,I, 1961, l$))i qcúto m VGK, NT
lrE$
. !q. Sclmiúúls, D^ kç.blith. Apolt.hht, FIU-ÁNT 81, 1961, 191,
noú 4ó2 fdr dê l@ '(rJl]Mid.d. D€úio-.
t Ve! o rcsllm seÉl d. situ.ção @ Hurd, 9ú6.
6 Â]sn de 6 mscionados o Hurd (100, nota l), a hipótea
dê h niristédo de PedF. oìr Elo nsos de ma su. .!t.dá €n
Co!in!o, úontr. defensors em Éurtt, "Cephas", 5s, e SúDiÌhals,
Gtoti', )! èd,.,)54s.
352 B EPÍSÌOLAS
dè Cbìstotâ
7 CoD nuir. !eão, a ptopolb de qDe P.!lo en lcar steja
potcmiando onrn u.
-bdE.;re
de su, eu@ridcde, .htuldo.p€ros
ãdeor6 de AFlo. 03 auâjs * *'ao, pd loto. dt @b quc
^pooã.àãìã ï* iiri,""i- aËõ'i;6. .o i"ir" FÌ cr.sinod, cdrc íú,4
iiüi iõ"-ii-i".ãìi, úá., *;.H. M;nt.rioe,cazz o' H,á, BNrc
1964,22Ès).
3 F C- Bá!!i FeinelB€hr
q
c. vei^iid.ú. D.! A}dtolit.hc z.itdttè dã .hdttlkh'n Kit'hc
tA92, ! eÀ.,277s: E. Bod;ê|, TIZ tt, r95r,4r2
Io LieEdn@; Jiilichd Fáeàd.
11Lülcqt, Schniúals, Jd.tt.
12Mr.son. Jr., 207.
ti R^erÌ- Chhttiaritl. 284.
tt úiú.i. ttGú. -1. vJ.h: cocúel,Michad'sivilcl.ns: H
Mcb(h, ',4roío{ori; úe NI", StTh2, t94c/t0, te6
s 1ô,PÊjME|FAËPISTOLAAOSCOFINÌ|OS 353
OutÌos rèm discrtidoo Íarode que não hâvraíbsolu
!ârDentesecraÌismonem Íâcçóesem Corinto, e acabaÌâm
por.apresentãro ponro de vhra de que o que exisriaem
UoÌinto €râ siÌnpÌesmenteoposiçâoa Paulo, ranro assim
que, cenamentepor isro, o priprio Paulo, mediânteo
sloganegò dè cbüstoít prcr:u"?estábelecerâ únicâ posição
coÌletacontraosJogansde "grupo" que,â tíruìode exem
plo, eJe[ormular'. Óonudo,
"nráu
há que sr:girarer sido
o própdo Pauloquemcriou os slogau en 1,12 - e mui-
to menos o últimd deles como expressãode seu ponto
de vistâ!
 divisãonão surgiucomoÍesultadodâ meÍapresen-
ça de diÍerentesmestresou tendênciasnâ comunidáde,mas
em cohseqüêricidde uma esúmaindébitadedjcadaa mes-
tres humanos,pÌilìcipâlmehte àquelesque usaÌafl hatismos
entre os coríntios dando ao batismo umâ inteÌpÌetaçãoim
pregnadade um sabotdiÍerentede mistério(l,72ss;4,15;
cÍ. 4,6: "Ninguémse ensoberbeça,tomandoo partido de
um conrrao ourro ),
a t^l aÍtÍÍtâúo valor diverso do que cle Ã*t aosslogans
citados posteriormeDte,Baseando-nosna contÌové$iâ em
lCor 1.4, nãopodemosJporranto,conclui!com segurança
que nestaepíEtolaPaulo estelateôtândoestâbeleceÌumâ
polêmicaem duasÍtentes(ou mais). Com o apoiode ou-
tros fundrtDentos,isto é impmvável.
It Assim!m!.n, dF lor6rB divsss, À,lunck,Dâu, 129,B4uánn.
,0, ,4s; R. Ì..iraníeiô, DE hclknútú.hpd MrttoPn.elicto,c". te21.
hii; l.ri9":
I(iiffim, "EinÍiihnnB d F. c R'!' . A*zeudbh.
S 16- PFIMEJFAEPÍSTOLAAOS COÀÍNTIOS354 B EPÍSTOLAS
Nada existe em lCrr com â ÍoÌma de uma polêmica
tionável â asserção,fundamentada na suposição de que
Paulo estivesseinsuÍícientementeinÍormado sobte os pon-
cos como o pérequisito necessárioPaÌal| Pesso, se man-
rer ficl à pregaçãode JesLtsCÌislo que Íoi crucificâdo e
4. Autenticidade e integddade
 autenticidadede lCor não é discutida: a epístola
ìr é claramenteconhecidaem I Clem 17.5;47.1-3r49,J;
Ínácio, E/ Io.1;18,t; Rn 5,1', FIad 3,1. Reperidasve
l Conrtâ f4ansoli H I S(hoeps,Pdul't lctq 1r'
^ . . , .
./ A$iD, por crúplo, Fulk'. R. M Gmnt: 4á'x!en; chhtn. s
Dinlrú, FGhoÍo, Jeeett."
"
iji*
-i,áãii".ç- d. c.trolqiâ d6 snôticosde,coriÌb'
Ier.ã oor Scfrirhá1s. d. rccen.merte, Coülnáf,n Ãot' rvi .!rL
na_n. 20.5. 28oi H. R Balz, /íatÒdi!.he PtÒbl.qP der nt L'ttrotaqt'
ìíMÂNT 2t, 1967, 1r7s
menLosobreo assunto,porém,dào coostitui fundamento
adequadopâraaÍúmermosque existeumâ interpolâção,O
mandamenro.ou melhor,â ordem:..Estejamcaladasasmu_
lheresnssassembléias.. ." (lC-ot 14,33b-j5|36l) não cria
tensãocom 1l)3ss, e 14,33aleva suavementea 14,37,
!9 pas_soque 14,3)h.36 não se auto-explicano conlexto.
Não obstantelalein e eperatânsão proibidosem 14,34s,
zf P. CíEhr.Ì, Perrs tnd !an. Zei!, 19t8. )|ss
Ì /(,1
uã,11"ï:'*i1'í3'alt Fi4keht de' K"'hc ú1 P'64'!t dP'
,r V.i Lietzn.Dn-KüDm.l,r't to.
B- ÉPISTOLAS s 16. pnrMÊrFAEPISÌOLAAOS@BlNÌlOS 357
358
B EPÍSÌOLAS
J, CJ H von SôdÊF "Sdt@ór und Lrhü bci P'ul!r"' ch H
,. s'. i;#";;;;";;ì c;;;"h;; í ret-!' zras; G Bornk"ro
:À.ï..ïiú-i,ìã-l*t'" úi P",r*'
-
G R sì!'tiedz! A't'k'
,"1 Chntteìttd, BevTh 2E, I95q U,$
Jr ar Bárêt e Coô*lndn, ,? roa
ìa McNeilcìíiliaN, Itt, 116.
5 16- PÂjME|FAEPÍSToLAAOS COFINÌ|OS 359
cÌr:ída, qtrando pârÍi ísto não se consegueâpres€nrârne-
hìum motil,o pìausível.Deste modo, a suposiçãode uma
compilação secundríria de lCor deve ser rejeitada como
extremament€improvável,
5. Data e lugaÌ de composição
ÂÌgum tempo antes da redaçãode 1Cor, Paulo havia
enviado Timóteo á CoÌinto, arravésda Macedônia (4,17;
r' Ìok, 4?: rmelhalcnenrcSrhn.|.ah.Gro-n, ì, cd., cì
b SeelndoHud. Prulo ,ssl4! úá posiçlo'c-'ka", úiein.
nrhdre (.sih rÍmá ràDb€b Fc.bomì. Em sur-'priocrm oiu',
porém,ele s. mpenha o prcmoverú Corinro r obs.rvtucâ do
''Je rao apor!óco_, ,tuc fese í"'crin .'" reiroJ,
360
B EPÍSTOLAS g 1?, SECUNDAEPÍSÌOLAAOS COBJNÌIOS 361
S 17 SecuNo,rEPÍsÍoLÂ ÁoscoRÍNaÍos
)t  d€du(ão de 5J, ..gundt â qüâl
'
clrr! Eú sido csiE d'
!H'"1ï#'Ëtri*ffï$:l'*iï*'g#i-i#r.Ttr1962.r%).
; $i.';r ;-#".,IïJio.x"',i?il"J'fi'Ì:1,1:''j
*" "
1970/11,2))ss.
. 1. Conteúdo
Á epístolacompõe.sede três parteçque úo apÌ€-
sentamumaconexãoclaraentresi: 1.7;8-9;10.1J.
1
362 B EP|SÌOLAS
Em 7,5-16,Pauloprossegueaté o Íim a pÌé-históÌiâ
da epístola.Em 8,7-24,sem nenhumat.aÍìsição,continuá
a recomendaçãoreÍetenteà coleta pâÌa Jerusaléme aos
companìeirosde trabalho de Paulo oue Íoram enviados
pati recollrê-la.O trecho 9,1-15 retorni a discussãodo pro
bÌemada coleta,novamentemencionao envio de colabo-
râdores,e conclui com umâ hêrìção-
Em 10,1 surgeum hício completamentenovo, com
urÌl,l sevctaadvertênciae urnâ firme deÍesâcontracensu.
râse acusâts€s,deÍesaque o levaà "loucum" de um ar.rto.
-elogiosob a forma de justificâtiva(11,1-12-lJ).
No treúo 12,14.1J,10a acusaçãode haverele lesado
â comuôidadeé negada,e os pÌanosde viagemsão dis-
Parâ encerrar,voros e uma tríplice bênçãoem lt,
1r-11
2. PÉ-história e ocasiâo
A epístola provoca uma impressãomuito contraditó-
ria. Não existe uma conexãoclara entre âs tÌËs Dartes,
l-7,8-9,10-ll,o remadacoleracm 8 e 9 e abordadõduas
vezessemumÁ relaçãonítida entre âmbâs,e a epístolâ se
ditige à comunidadeern 10.1J num tom completamentedi
Íerente do empregadotro trecto l-9. AIém disto, mesmoa
primeiraparte ( 1-7) nãorepresentaem si uma unidade.
A narrativasobrea histódeque ptecedea tedaçãoda
epístoÌaintemompe-seen 2,1, e, depois,reapareceresu-
midaem 7,5; a transiçãode 6,2 pat^ 6,J é muito abÍüptâ,
e ó,J realmenreseiigariamelhorcom 5,ll; por cons€guin.
Ê, 5,14-6,2Íuncionacomouma digressào. advertência
getal (6,14-7,l) inlerÌompea expânsãopessoâlem 6,11-
l) e 1,2-4ãe maneiramuiro ústica. Compreende-ce,por-
tanto,quehajadúvidasamplamentediÍundidâsde que estâ
epístola,em suaoÌigem,teúâ constituídoum todo único.
A suDosiçãode que a eoistola.tal comoa remoshoic,
nao se aihe inr".,,
'u.r
sendo apoiadapela diÍiculdade
s 17 SEGUNDAEP|SÌOLAAOS CORÍNÌLOS
363
que enconr. nos em_determinarcom nitidez a pré-história
e a ocasiãodá epístola.
ção è, em parre. muito opaca. É possível chegarmosa al
gumâsconctusõescomo as seguintes:
1. 2cor é posrerior a 1Cor. Pouco dntes de esce,
noÌogicaÍneDteútil.
2. 2cot vrs , enüre outras, â hera de acábar de umâ
vez poÌ todas com o conflito entre o A1úotolo e a igteja.
Segundo 12,4;13,1, Paulo pretende ir-em breve a- io,
rinto pela terceiravez. Em sua segundavisita, elejá amea-
.
i Páúlo oio Fde €ns sc Éíúindo âqui uni@.nre @ ereiro po
duzdo mlc p.lrr más nc í.i., p oenren.e de aorinÌô ,coFo pmq
364
s EPISTOLAS
çara que, (e tivessede voltar, não usâíâ de condescen_
dènciJnemde meiasmedrdas(l],2; cf l2,20sr'Portânro,
suâsequndavisitâprovomusinâisde tensãoentreele e â
coÍnuúud.. 2,lss vai mâis Ìongedo que isso,pois' se
gundo este trecho, Pâulojá se enrristecerauma vez em
Grinto, e, * verdade,eleúmbém câu6ouuislez: aosque
o fizeramsoÍrer.
Esta sezundavisita não pode ter ocorÌido antesde
1Cor.Em 1Õor nãohá naàaque Írdique algumatensão:
Paulo íala à comunidadesempÌe aliúentândo a esPeÌânça
Á segundavisita, pois, ocoÌÌe entre 1CoÍ e 2cor (a
visita intenoediária).
Na realidade,a inÍormaçãosobreos planosde viagem
de Paulonão constituium todo uúicado Ao mesmotem-
s 17 sEcuNDAEPISÌOLAÀOS COFINÌ|OS 365
o mais rápidopossíveÌ,e, por isso,servecomoum aÌgu
mento a mâis contra ürnâ conexãoorieinal entÌe 1.9 e
10-13(ver adianre,p 372).
). A lazAodo abalono relacionamentode Paulocom
a comunidadeé diÍícil de detetminarexatamente.Seeundo
12,21e 1r,2, duÌmte suâsegundavisita,Paulodeve ter-
-se sentidotriste com os membrosda comunidade.oue
aindanáo sehaviamarrependidode suavida imoral.Mìs,
como lJ,2 mencioDãiguâlmente " todos os outros [pecâ-
doresl", deduz-seque haja outrasofensasem questão.O
temaé desenvolvidoem 7.12. onde se menciohauh ho-
memque cometeuumá injustiçapessoalcontraPaulo (Do
adì*ésas),e em 2,5ss, onde há teÍerência a alguém que
"causoutristeza"não a Paulo,porém à maio â, ou, ba'
sicahenteâ toda a comurudade.À situacãoa oue estas
duas passzçnsaludempode ter surgido'apenesna épe
ca em que Paulo se achavaÌá {2,1 l, e. por conseguinte.
deveter ocorido durantesua segundâ€stadâem Corinto
(1,1r), e não durantea primeira,quandoelc estavâfun-
dandoa comunidade.
A pessoaque procedeumal (2,5;7,12)não deveser
identificadacomo homemincestuosode 1C-ôr5,lss. For-
tes razõesimpedemque s€ consideÌeos dois comoumá ú
pessoa,inteÌpÍetâçãoque âÌiá6já Íoi rejeiradapot Ter-
tuÌiano'?.A exclusãodo pecadoÌda assembléiâ,pedidaem
lCnr 5,1s,z mtrega do mesmoa Satanás,de maneiraal
gumâestãocoerentescom a brandaatitudede 2Cor 2,6ss
t Paratal fomem,bastaa censurainfligidapelamaìoria").
É concebÍvelque Paulo, que escreveu-lCor 6,l2ss; lTs
4,3ss;Rm 11,12,rivess€posreÌioÌmenteatenuadosuaopi-
nião a tespeitode um casogrâvede desviosexual.Md6 â
injustiçe contra Paulo também pode não seÌ levâda
eÍtr consideração(2CoÌ 12,16ss)- diziamque Pauloes'
tâtia usandoem beneÍlciopróptio o dinheiroda coleta-,
já que tal suspeitanão é atdbuídaâ nenhunapessoaes-
pecífica e não pode ser caracterizrdâcomo algo que esti-
, Tcr.ul-oo. r'e D,l tl. S.eoh.!sr. 'InteúÃ". 9ó. rtrorrider'
r idenÌif'coàod. diÉ;.,, @m o ócc*uoo dc Có.in-o (tcor sr.
366 B EPísïoLAs
seguedeLernìinârnem se , pessoáde mau procederera
membroda comunidade,nrarë cerroque a comunidade
emitiu um juÌgamentoa respeitodelar.
4. De.de que lCor Íoi enviada.DarecereÌse inreì
sificadoa polêmicaconuaPaulo* .o.,loidrd" de Corinto.
Dt um lado, ao longo da epístoÍa,Paulo teve de se reÍerir
aosataquescontm suapessoa:a mudançados planosde
viagemreveÌâ instabilidade(1,15ss); suas epístolasnão
dizemclaramenteo que ele pensa(1,11s);ele deixade
âptesentaÌumacâïtade recomendâção(3,1;4,2);seuevan-
gelho não é claro (4,1); seu comportamentoé obscuro,
Corinto semâutorização(10,11s); ele é iníerior aos que
chamade "eminentesápóstolos"(11,5; 12,11);não que-
ria correÌo risco de ser sustentadopelâ comunidâde(11,
7ss; 12,!)); ele não é absolutamenteâFóstolo(12,12)i
de fato,Cristonão Íalapor ÍDeiodele (1r,r).
Está maísdo que claÌo que, aqui, Paulo se envolve
numa polêmica, nâo contra umâ perversão gnóstica da
mensagemcfistã, mas contÌâ pessoastesldentesem co-
Ìjnto que criticam â pessoade Paulo como apósrolode
JesusCristo e que contestâmseu ministérioâposrólico.
Além do mais,pode+epeÌceberque em 2Cor Paulocom-
bate pessoasespecíficâsque o
^t^c
rztn dentro da comu'
nidade.Uma mtnoria(2,6;L0,2)que âceirapâgar(2,17;
11,20) e que conseguiurcessoà comunidademediante
' SesunJo8,r"". Feí,.h' SÌàhli". r5r, ad*.rr, eid um v-,r'
hr Jd om.n,d.d"de Con-ro,I q-rl. pô'êm,nõoroÌou uìJ po,,çi
cÌan cm iâ!ôr .le P:1,1.
5 17 SEGUNDAEPÍSÌOLAAOS COFINÌIOS
367
cârtâsde recomendaçãoe de auro-ïecomendação(1,1;10,
12.18) se vangìori:de ceflosprivilégiost5.t2i 11.12.t8):
sao pessoasque tém êxtâses(J,l)il2,7l; conhecemCriç-
Paulo reprora-as por esrâÌem pregando ourro Crisro
e ourro evangelho( | 1,4), avenrurando-s
I ì,fánson. KA€oam hupelza opo,totot. rr,5, .ãÒ Ind,.r dtr,s
rurorid,d.s de Jerustér aqin, <onria Bü;,,, NÌS l97O 7lr, mI
oposi,o,€sd Coijnro (ver RôloÍÍ, 79, OsÈndorp, 11, not. 16).
B. TPÍSÌOLAS
deu-cristãositinerâÂtes,Pâraos quâis "o respeitoà letra
tradicional da Lei e a autoconsciênciâPneurnáticÊ"deviam
estarcombinadaseotre si; elesencaravamJesuscomo um
theiosan&', oÌr "pessoasde EstËlanas",isroé, iudeushe-
lenistas que pteÍètiram ser consideladoscofio the?o1
te pèni. Búeü, NTS 1970/71,252s.
s r7. SEGUNDAEPÍSÌOLAAOS COÀÍNÌ|OS 369
Laneamenre,atingema comunidadeu, que aindanào se li
berLaratotaloenLedasconcepçõesgnósiicas1cÍ. 12,20s1,c
que se mostÍe indecisâ dieDte dos opositoresde Paulo.
Cortra os dois iipos de oposição,ele-deÍende,ao longo
da efstola, a legiLimidadeu do seuminisrérioapostóliõ.
5. Pâulo escreverxu-mâc!Ìüa à comunidadeentre 1
munidade.a cDísrolasihrâ-seno Derrodode maior tmsão.
Tudo indìca que o porradoi da epístolateúa sido
Tito, em quem Paulovia'Íirmeza,perspicíciae tato súi-
crertes pârâ conseguiÌ fâzÊÌ a comunidade aceihÌ bova-
mentea autoridadedo Apóstolo.Dante da diÍiculdadeda
lareÍá,foi necessáriomuiio esÍorçopâra peÌsuadirTito Â
aceiE-ra missão(7,1rs). Elc combinaracom Tito, com
bâstantepÌecisão,o roteiÌo e a épocada viagemde volta.
Esperavaencontiar-secom Tito -em
Trôades"(2,12s). A
demotade Tito deixouPauÌomuito preocupado.Pof isso,
apesârdos óüimosresultadosmissionííos, ele saiu de Túa-
pâÌâ plosseguiÌ a instru@o e pâÌa rrâbslhar em beoeÍício
da colerâ(8,6;12,17s).
6, Deste modo, o quadro seguinteemergedos âcon-
tecinenros ocoÌÌidos eDüe 1 e 2Côr: o envio de Tt:rróteo
a Corinto ílCor 4,17116.10)nào püece ter alcânçádo
pÌeno sucesso;peÌo conrrârio,Timóteo trouxeramás no-
u Cí. Córs, C.caô, nts: C. W. M*R.c, 'Â!d-Du.lbÌ PoLmic
i^ 2ç,or.4.61". StEv IV. TU 102. 1968.4!0..
1, Kiisemd,
t
B EPISÌOLAS S J7 SÉGUNDAEPiSÌOLAAOS COFÍNÌIOS 371370
úciasde Corinto.Mesmolcor não despertouum Ìespeíto
duradourodiantede Par.:lo.Por issoPaulo- talvezlogo
depoisde lCor - saiude ÉfesoparaCorinto.a íim de
ai'estabelecera oÍdem. No enlanio, o que ocorreu foi
","i'.*aïilili,Ti",il'iï'*.1""5.i:ï"Ë:iJi',i;l';:.F:l:
J. Áurenticidade e unidade
Á autenticidadede 2Cor como um todo é incontestá-
vel. Por outro lado, a origem paulina de 2C-r:r6,14-1,1
suscitou por múto tempo sérias dúvidastt, ao passo que
outtos estudiosospensâmque um texto €xtraído por Pâulo
do cristianismo judaico ou de Qumrã tenha sido errada-
mente aí inserido16.Decisivo para estâ suposiçãoé não
tanto o fato inconÌestávelde que este trecho irnpropriâ-
mente 6e âdapta ao seÌÌ coDtexto- o texto então pode-
ria ser paulÌno, poÉm erradrmente i-oserido no lugat em
que se âchâ17-, mâs muito mais o nrímero relativamente
grande de palavrasque não ocoÍÌem em Pâulo ou oo NT
como um todo, a combirÌaçeo de termos habituâlmente
ÍÌão usâdospor PÀt)lo,tliollxttlòs sarkòs kaì pneumatos17,
I) e koixonla pút (6,14), e a afinidade impressionante-
mente Íorte com os conceitos da comunidade de Qum
rã'3. Mas, ainda que estejacerÌo dizer que o dua-lismode
Deus e Belial é câracterístico de Qum; e que Paulo em
outros lugares não Íala de molytmòs saíkòt kaì pneumalot,
deve+e igualmenteobservarque PauÌo não possìli ìrm ter-
' { 6c$;o náo e D,ulii, Fb ürqã. E{e e o ponto d€ ú61â
de l-rller, H;r,.sro-, lÚ.úe! tásch.r, Mâdr'; Dnl,.* (vc! 5 to':
BornJ.ámm.F:Lznter. cliLfâ. Geolai: R. üln.ú. Íhpalad. í1"' NT
la5E, ìr id.,2oo, oou l; L. Blck, "Der C;ube dÊ, P.rlus" in
L. R., Paalú, die Phdtbiiú a^d dat NT, 961, 7s; G Fri.drich, "ChÌis
r A Ì.sFno do Èl*iôndenro oh Orfft, FÌ pormenoret em
Fitmyr,, GnilÌd, Amuh, Càme, (vcÌ nolrs 15, t7); tb. H V HUD
pmbi.-q, Dal Mcair .avh.n zse Wplt.n AThANI )4. lct9, t9,
372 B EPÍSÌOLAS
mo lingüstico Íixo pata designaro Demônio, e que lCor
7,14 pressupõea possibilidadede profanaçãodo sôna kaì
lfletinta. Não se pode piovar que o trecho seja paulino
(cf., porém, o patalelismode koinoftía e metêchehlem lcor
10,16 e 2Cnt 6,141). Menos ainda se pode provât que
ele não possa vir de Paulo ou qüe devâ vir de Qumrã.
De qualquer maneira, a fráfl coÍrexão com o contexto Ìe-
quet uma expücação.Além do mais, Súmithals 1' tentou
mostÌar que 2Cor 3,17.18b, e 5,16 são gÌosas gnósticas
Mesmo assim, nâo existe Íundâmento adeqr:adopara
Íato de se saber se 10-1J peÍteoce ao mesmo texto que
1-9r enquanto eÌn l-7 Paulo maniÍesta a suâ aÌegria poj
haver terminado o cohflito com a cornunidade e pode ad-
veÌtfu corìtra uh castigo demâsiado ri+otoso p r^ adikésas
te Scbnithâls, Glo$e,; prro o qne diz resF€iÌo â 5,16, @ncorda
S 17 SEGUNDAEPÍSÍOLAAOs conÍNÌlos 373
násqüe se Íevestemda atirudede servosda iustiçâ" (11,
15), etc.
Paulo receia que, ao chegar, não encontre os corín_
tios corno gostaÌia de encontrálos (12,20). Ele adverte
que então. nãousaráde meiasÌnedidasnovâmeÍte' ( | 3,2), e
espeÌâ que, "à sua chegada", "não teúâ de agir com
sevetidade" (11,10). Como estes tÌaços evídenciam uma
situaçãocompletamentediÍerente do teÌacionamentoentre
Paulo e a i$eja de Corinto em 1-9, se compaÌadâ com
10-11, este segundotrecho, desde a época de J. S. Sem-
cviso seral em 6,14-7,1fun(iona como uÍna inserçàoes
rraúaìas observaçõespessoaisdirigidasà comunidadelo.
ll-1317,2-4J, e os dois avisossobÍe â coleta em 8 e 9 pa-
recem não teÌ estado reunidos oÍiginâlmente,
,0 J. S SeÍúe!, Patdphtdes II EPìstslae ad Cointbos, 776
2J Ded, Dnler, veÌ g 16j Blltma.n
374 B EPÍSÌOLAS
drária (1073)'11, e, nesre câso, 8-9 seria consideradouma
outras possibilidades.
, .Acon.eceale que. em visra des-ashipdresescnrico-
trlerinas,â. resposrâa d!ras pergunÍacse Âpresenlamdis
a) Será que o texto, ral como nos foi trânsmirido,
nos compele a afirmrr que o material foi combinado de
maneirâ secundáÉa?
br Podese ponenrura perceberum morivo convin
cente pâra a combinaçãotaÌ como nos Íoi tmnsmitidal
a. O problema crucial consiste em saber se 1-9 e
l0-lJ reËamconçriruídopâflesda m."ma episLola.já que
a diíicr-ldadeno Ìelacion;menroen,r. ..'u' dua' parìe"
não é meta questão de idéias sutilmenre compatíveis,mâs
de fasesdiÍerentes de PauÌo no seu relâcmnamenÌocom â
comunidade.Não se pode discutir que haja diÍerenças(ver
p. 37)), tÃastâmbém não é possível minimízar o Íato de
que Paulo de forma aÌguma aÍirma em 1,7 que tudo em
Corinto esteja errr ordem3. Pelo contráÍio, esre tÌecho da
epístolaestá repleto de deÍesascontrâ más interpret4ções
a respeito do pÌocedimento de Paulo (1,13ss.23ss;4,2s;
5,11ss;7,2), e de polêmica coDta outros missionários (2,
17s;3,1), e somente uÍÌìâ minoriâ da comunidrde aquies-
ceu aos desejosde Paulo (2,6).
Pot outro lado, mesmo em 10-11 Paulo dedara que
apenascertâs pessgaso âtacam (10,2.711s;11,5.12s.18.
2a'ì/sdÌ,ndj FulleÍ, Maixrnr Schnlthals, ver g 16, Borúmm,
cm-e_ r L. M an. 1 t" rÒ-nd.Ò, al the PoLh.e I orpÀr tars.
,s C Ceo,si. "KolleÌ
" . ro.s :ckle, Ì7. O rra. h!d,"se. em
Loslel. /'r. LÚ,2.8"..i cune. lhi lI b2,s S(hn.hal., G,o..,
(ver $ 16), l" ed, 121.
,6 Cf. sobre o Nsuntô. SÈphenson, Ì,resltr, 87ssi Bãres, 6ls,
Pí€, 100
5 17 SEGUNDAEPISÌOLAAOS COH|NÌjOS 375
20;I2,ll.27;13,2J , e o resto da comunidade se vê ,mea-
çâdâpor tais pessoas(11,1b.416:12,11.19.1),2). CoíÌttã
a suposiçãode que 10-1J esteja Ìelâcionado com a epís
toÌa intermedifuia exíste mais uma evidência a de que
12,18, com bastante clateza, se ïelere) cono ocorrê14cia
pasrada,ao envio de Tito e de um "iÌrnão" mencionado
em 8,6.16-18, e de que o evento do quâl se tratá, nâ epís-
Ìol, intermediáÌiâ, segundo2,3-5,9, já não é de todo abor-
dado en 10-11, e, inveÌsâmenie,2,3ss e 7,8ss nada dizem
a respeito da reâÉo da comunidâdeà polêmica contra os
"âpóstolos eminentes" em 10-11, coisa que dificiÌmente
acontecedâse 10-11 fosse, de Íaro, um trecho dâ epístola
Ìnterhediária.
A conjectura de que 10'19 Íaça parte de uma epís-
tola esoita depois de 1-9 é conttariada pelo Íâto de que
10 13 não contérÌ)nenhuma âlusãoao conhecimentode Pau
1o a propósito da situação em CoÌinto, situação que se
deteriorou depois da tedação de sua carta (1-9) e qìre
com pouquíssimâprobâbilidadedeixaria de ser ÌÌrencionada.
Estas duas hipóteses (a de que 10-13 constltuâ â
epístoÌa intermediária, ou de que seja uma carta poste
rioÌ) requerem uma suposiçãoadicional: a de que o fim
da epístola 1-9 e o começoda epístola 10-13 (ou da epís-
tolâ mais extens, de que este tÌecho é âpenâsuma parte)
Íoram reriradosdo Lerto. E. para isso. não se conregLe
apÍesenrarnelhumâ expìicaCãopÌarsiveì.
Embom seja somentebem remota a possibilidadede
' Ì0,ì e a co1'uqo do próori" ou.ho de P,ulo,'ecu_do fetoe
.Aerdr B!.s, M DbeÌlN, Cd.,{r" tlpl Lt brj,tlibp" t prdtüt tL.
1926, 2r. P^tlD t*ebeu novs .orícias, sesundoR M. GmnÌ, Húri.e-
con, lülichd-Fascheri Price, 1o2i MuncÌ, ver S Ì6. Entre 19 e 10ll
376 B EPISÍOLÂS
bem que poderiam seÌ deixadrsde ledo, já que úo pâs-
sâmlodaselasde coniecturzsimprováveis.
Mas seráque a uddade originôl de 1.9 pode ser sus-
tentada?Embotanão haja duvida de que 2,14-7,4repre.
senLeuma interrupçiiono Íelârcda Íeaçãodâ comlrnidade
diante da epístolainreÌmedjdriâ,é plenamenrecompreen.
sível que Paulo, êo mencionâr(2,11) seu enconüocom
Tito, tivesseÍeito deleuma opottunidadeprrs seexpandt
numadoxologie(d. E,1ó; Rm 9,5), ptosseguindodepois
das passagmsabnrptas do singular pata o plutal e de
pnetômaparasárx8,
Ernbota não haja necessidadeimptescindívelde enca'
Éfiulrs 2,14-7,4@raoum4 inserçãoseofdÁtia, merecedes-
taque o Íâto de que, no capln:lo 9, Paulo m4is ìr-Ea v€z
Ìetoma a drscussãosobre as providêacias relativas à co-
leta, depois ée, em 8,24, haver conclúdo suás ÌeÍoÍ)en-
dar-lhe um novo cllúo de úgênciâ.
Uma difio-rldede,que rcalmmtepossuipoucasprobâ'
biüdadesde set
".!oluii",
é apresentaàapclo uecho 6 t4'
-7,1, que intelrohpe â razoávelconexãoenïÍe 6,1) e 7,2,
M uba noirc oúe Peulo D.tsd d clúo, como PcDr Uemúb Dú'
üds rct@ do .urcnticid.à. d mud@ç' .ú Co.into, csdt E, Èpen
úl|.lmÌe Paulo, s.sunò Gutlúie c dtM.
2â Eâlff. TilJ, 9, mr. 2t.
È vú Sr.Dh.Bon, "Prririon Theon6', í2
S 17SEGUNDAEPISÌOLAAOSCOFINIIOS 377
e que não tee vínc,ulotemático com seu coDtexto. ,APc_
sarde oão haver bosesuÉcientepaÌâ encaÌâro texto coÍIìo
Dão-pâulilo, o rDáxfuDoque se pode dizer sobÌe â pr€sen
ça deste trcclo no ponto eln que se 6châ é que, a PâÌtir
de 6,1, Paulo, com hesitâçõese intetrupÉes, resume sua
correspondêncía,pâra retoúáI4 substancialEÌenteem 6,14-
-7,1,mÍn o conselhode que se abstenhamdo pecado,as'
sunto que cle começaraem 6,1. Mesmoassifi,como co_
mço dàsravolta à ìua correspondêncissobre remaspes_
soais,6,1-11intetòmpe a advértência:6,1 estámuito mal
coDectâdocom 6,2! Isto, porém, rcaimeotel1ão aPreseDtâ
uma explicaçãoesclatecedora,e á suposiçãod4 hserção se_
cundáriãde um ÍÌagmentopauÌino passââ ser pratica'
mentenec€ssális,Mas como poderÍarnosgâranLfua inseÌ-
çãode tal recho exâtâmenteno Pontoem que está?
378 B EPÍSÌOLAS
omitisse suas pattes introdurótms ou títulos, e seus pós_
dade está antecipadamentepteseÍÌte.
Se 2Cor fosse considetada uma epGtola de nossos
tivos em {âvor da coleta, e que o faça com uma certâ
descon{iança.
s 17 SEGUNOÁEPTSTOLAAOS COFÍNÌjOS 37S
Em 10,1, o Apóstolo começâmais uma vez â apte-
senrar,s sâudaçõesÍinais; no entanro.novamentemani_
festa preocupaçãocom o {utuÌo da comunidade,que ain
da se acha âmeâçadapor seüs opositoÌes. ParaÌelos mais
breves deste tipo d€ severasobsetvaçõesfinais enconttam_
-se também em Gl 6,12ss; lCot 16,22; Rm 16,17ss. No
entanto,um voto eÍpressivodo desejode concíliaçãoe uma
saudação(11,11 1l) são as últimas palâvÍasda epístoÌâ.
4. Jlpoca e local da redação
Se a reconstitúção acimâ adotâda (5 17.26) pata
os acontecimentosocortidos entÌe 1 e 2cor repÍesefltaÌum
trabalho cuidadoso,então €ntÍe a redaçãode 1Cot, na pri_
maverz áe 54 ou 55, e â redação de 2Cor, dever'se-ão
situat a volta de Timóteo de Corinto, a viagem de PauJo
12Â rrDosi(ao de que enúe I e 2cor p,s'trãmse âpe!á' se'e
.*-"". . àe qu" d ,er;dcia en 2cor a á e_Íeea d, le /fr 20ì
que
-"st'ar
que 2cor fo: 6r't, "o rerpo de Penr"úJes 'BLCL
.Tavlor, 20), aúiáse d prdsupotios onPGlaúe.re DsusÌstave6
380 B. CPISÌOIaS
um ano e meio ebtte a ledaçãode lCor e a de 2Cor. Sem
a menor dúvida, 2Cor Íoi escrita na Macedônia.
É orovável que 2Cor tenha posto teÌmo deíinitiva_
meore aà conÍüto
-com
a coounidâde de Corinro, porque
a Epístola aos romanos, presumivelmmte escÌitâ em Co_
rinto, não demonstra quaiiquer di{iculdadescom á comu_
oidade.
1. Conteúdo
Depolsda intodução (que se expandeao longo de
aìgumaslioÀasapologéricaslI,l-5), conrrariamenteao M-
bito episrolarpaulino, não se seguemagÌadeciÍnenlosaos
destinatários,nem açõesde graçastendidaspoÍ câusade-
Ìes. Paulo, porém, coíneçâimediatamentesuâs reÍetêmiâs
à situaçãona comuhidade,nas quais censuraos leitores
por seu atraadono do evangelho e pronuncia seu julge'
meotoa respeitodos sedutoresdos gálatas(1,ó,10). Vem
ernpÌimeiro l:.Jgat(Pineira pafie: l,l1'2,21) uúa defesâ
pessoalfeita por Paulo contrââtaquesque atirgrám seu
ministérioapostólico:seu evangelhonão pÍocedede seres
humzros;ele o Ìecebeudiretarlentede Deus,pela tevela-
éo de Cristo à enrrada de Damasco,Íato de onde se ori-
gina sua independênciaem relaçãoao chamadopara ser
missionário,que lhe {oi dirigido desdeo primeiÌo die (1,
ll-24). Exptessamentèe em suaÍormaespecíficâ,seuevân-
gelho foi aprovado e recoohecldopel igÌeja primitiva de
Jenrsalém,e pelos primeiros apóstolosna reuoião apostó
licâ (2,1-10), Por ocasiãode uma visita de Pedro a Án-
tioquia,Paulodemonstrara,nun enconltocom o pdmeiro
chefe dos apóstolos,s dep€ndênciadeste em Íace de seres
humanose defenderaa vetdadedo evancelhocoÍno lei Ìi
beÌradorâ(2,tl-21).
A Seguda paúe (J,1-J,12) demonstra,atÍavésde Ìe-
cursos exegéticose refeÉocias à experiênciado leitot, a
necessidadeda liberdade diante da Lei. É a Íé que alcan-
ça a salvação,e Ì1ãors obtas.A justilicâçãoestávinculadâ,
umâ oposiçãoreoproczmente€xclusivâ. PoÌ meio de Gis_
,o, a Lei ugorap.tde a suafuoção í),15-24), e chegou
o tempo de nos toÍnâÌmosÍilhos de Deus (J,25.4,7t
Como. com isso a escravidãoaos elementosdo mr:ndo
5 i3- EPISTOTAAOS GÁLÁTAS 381
S 18. EPísÍoLA
^os
GÁLraÁl
383382 B ÉPISÌOLAS S IA- EPISÌOLÂ AOS GÁLAÌAS
foi aboÌida,os gAâLasnuncamais devemousar- cust€
o que cusÌar- se submeLernovamentea eles(4,8_ll).
Deiois de um âpelopessoala elesdiúgido no .enridode
conservatembem vivo na menteo âmot que existeentÌe
eìese seuApóstolo{4.12-20).segue-seumaprovaescriru
rísticaem Íavor da liberdadedps cristãos,baseadaem uma
interpretâçãoalegóricada râÌrativa de Agat e Sara (411-
-ll), e de umâadmoestaçiLorenovadaparâque renunciem
à escravidãoà Lei (5,1-12).
A TerceirapoTte(5,136,10) r, que se üga ao tema
da Ìiberdadedoscristãos,adverte.osa fim de que preser
vem - na liherdade em face da Ì,ei - a liberdade que
lhesÍoi dada,e que o ÍaçampoÌ meio dâ obediênciaao
Espírito; o texto Íinalizacom lnsttuÉes concÌetas.
. A saudaçãofinal, escritade.própriopunho (6,11-18)
âdmoeStanovamentea Ìespeltocl€ mestresque enslnamo
erÍo e que só buscama si mesrnos,mas nãq.cantémne_
nhumaüudaçãopessoâl!e epenasumâ bênção.
2. Tertirório da Galócio
I O. Múk deúonstrcu( Der BeeeiDder P.liinesen G'1"' ZNv
60, 196t, E1$) a veúsibjlhançáde què e patanêseó cooeçacon ,'ll
com qÌande{reqüência,e não possúamnenhLrmnomeoÍi
cialmmteuniÍicado.A desigaaçãoabreviadapara a provín-
cla, Galácia,é usadaàs vezespeÌosescdtoresdo período
imperiâI,mashão é encohtradaem inscrições.O nome de
gáÌatâssó é empregadopaÌa os habitantesdo distrito da
Galáciaorooriamentedita'z.
I Destinatátios <la Epístola
Na épocada redaçãoda Epístolaâos gáÌatas,havia
na Galáciavárias dssembléiasou coÍnuhidâdeslocâlizadâs
em lugatesdestituídosde nome especíÍico(1,2), A epís-
tola nadadiz e respeitodâ épocaem que foram f'.:ndadas.
O livro dos Atos dos Apóstolosmencionââs teÌrâs dâ
Galáciaduasvezes:em 16,6, a passâgemdo Apóstolo e
de seuscompanheirosattavésda Galáciae da Ftígiaé men-
cionada;segundo18,23,existiamdiscípulosna Galáciae
nâ Fígiâ no inicio da úamada terceiraviagemmissiooá-
Ìiá, o que signiÍicâ que havia igrejaslnesta região. S€Ìá
paraessascomunidades"das terrasda Gaìácia"que PauÌo
DuasÌespostâsse opóementÌe si: as teoÍiasIaÌsamen',
te denominadasda "Galáciado Sul" e "Galáciado Notte'.
A tmria da Galáciado Sul, ou melhot,a teoriâdâ pÍovín-
cia. reÍere-'eàs igrejâsde Antioq.ria,Listra,Derbe e lcò-
nio,enLreourras(AÌ 1],14), fundadasna Pisídiae na Li
caôniâdurânteâ primeirâvisita missionáriae novammte
visitadaspot Paulo na segundaviagem missionária(At 16,
lss). Á t€oriâda Galáciado Norte, ou melhot,a hilútese
do tertitório, vê os destinaários da epístola nos habirân-
tes da âtuâl Galácia, o distúto da Galácia. Apesardo si'
lênciodosÀtos dosÁpóstolos,a mençãode igÍ€jâsem At
18,2' Ieváà hipóresede que Paulo,ao passarpelo dis-
rriro da Galácis(At 16,ót, imprimiuum novo esrimulo
à Íundaçãode igrejas.
, Ci H Schìlcr, Mevú VU, 1962, 12' ed, lt!
385384 B EPISÌOLAS s 13 EprsÌoLAaos ôÁLAÍas
regiãopaÌâ onde vaì, primeiÌo de Sítia, o tertitório dâ
SeÌêucidaondeÍica Antioquia.En lTs 2,14, quandoÍâlâ
das comunidadescÍistAsda Judéia,ele de Íato estápen.
sandona regiãoda Judéia,e*atamentecomo em 2Coi 1,
16. E Atábia, pata onde Paulofoi depoisde suâ conveÌ-
sãoe de suavocação(Gl 1,17), eÌa um nomenão oÍicìal
patao reino nabaeu
2) Os textos que deveriam reÍerir-se a judeus crÌs
tãosnas comunidedêsl),2s|)s.23s;4,2.5;5,1)Íalamdos
cÌistãosem geÌâl; más,se nos bâseÍÌÌmosern 4,8;5,2s;6,
12s, setá mais do que certo que os gálatasem questão
eram gentioscristãos,Os textos mencionadosrealmente
atestâmqÌÌe um âhtigo judeu PauÌo era naturalmentede
opiniãode que a Lei do AT tinha validadeparatodaa hu-
manidade,já que a morteredentorade Cristo ljberta mes-
mo os gentiosdo jugo da Lei.
l) Em Ât 20,4, os ÌepÌesentântesda Âcaia também
Íaltam na delegaçãoda coleta,emboraÍossede esperarque
estivessemprcsentessegundo1C.or 16.1ss.Aliás, conti-
nuâ questão âbertâ â pesquisâpâÌâ sâb€r se Gaio tenâ
sido ou não um macedôniot
4) Se os opositoresna Galáciaforem reelmenrepes-
soasenviadasde Jen-rsalém(ver adiante,pp J86Ês),€n-
tão não sâbeÌemosâbsolutâmefitemais nada sobie as via-
gensdeles,e, portanto,esÌeargumentoseÍáinútil.
Por outro lado. Delomenosdois Iatotesservemde
apoioà suposiçãode que GJ teúa sido escÌitapâre co-
munidadescistãe cstebel€cidasna regiãoda Galácia:
Ì) Se a Epístolaâosgálatâshouvessesido dirigida a
igrejas furdadas durante a primeira viaçm missionária,
Paulo diÍicilmenteleria es$ito o trecho seguinte(2,1):
"Então fui paraes regiõesdâ SíÍia e dâ Cilícia",mas an'
5 ü. Ar 1929 . 20,4, e ú DoubLe)os òek s.t lido como
rm D sis c{. f. G Kcnyon,Ttp T,tt Òl tte Ca"h BìbÌc.1949,214
mrz I cooüáro. H.cnchcD{vêr noD 4). 4es
A teoria da pÍovíncia surgiu pela primeita vez com
Ìoh. ÌoachimSchmidt(1748), e, como ela era vigoÌosa'
mentelideÌadapoÌ 7. Ramsaye Th Zâhn, encontroü
logomuitosadeptos'.Os princiPaisargumentosparaâ teo_
ria sãoos seguiates:
2) Nasiereiasda Caláciahaviajudeusde nasclmen-
to, o que so pioditiuo.orr., nâ pÌovinciâda Galácia.por_
que na utuul regiàodos gálátasìinguém
"abe
o que seja
judeu.
úeiro.
4) Á atividadedos emissáriosde Jerusalém-
ter-se-iâ
exeÌcidomâiqorovavelmentena parremeridronaldas mon'
tanhasdo Tauio, do que no intérior da Ásìa Menor. qua'
se inacessível.
Enttetanto, nenhum deôsesârgumentosé tealmente
decisivo.
r pordmpro.core.RiddcÌq6,st:nnt,
$h,r*..F#i .ffi.ê.d Gdthlie Éedd. Hetrsh'w, Klijn McNeil€'
ì:-M;'ï:'o;À;ã: ïru"" e-.i, ourresddm"ore' dá 'ese
E'ú
;i'4!.-."*,Ít''""1*':'.''x,f!i,:{'i:,:-i'::'ì;lo"o;",,
386 B, EPÍSÌOLAS Iì II! IPISÌOLA AOS GÁLAÌAS 387
rcs hâveriedito: 'Então fui à Síria e à Cilícia,e depois
atévós".
2) laulo possivelrrentenão poderiatec escritozos
ticaônio.e aoshabilanresda Pisídia: O ga'larasírsensz-
tos" (Gl 1,1), ulnavezquetal usonãoé encohtrrdoem
4. Situâçãohistóricâ
Paradetetminarâ ocasiãohistóricaem que â eplstolâ
{oi escrita,precisamosprimelto ser câpâzesde iesPonoer
a dr'r" p.ig"n,rs, ambai muito discutidas:
a) Quem sãoos âdversáriosque Pauloatacaem GI?
b) Que acontecimentosna vida de PauÌoa Epístola
aosgálâta;pÌessuPõequ€ tenhamocotri'lô?
'Ai'n !_1.,m.Bolnrd, Ireuúânn rh { Cocu'l R À'í c'r"
HáirinuÌDniilnhd-Piçh",. VÌi'_i, Múrse_ .heu'l. Ll â-dr: I
C'Èi;ã .,;'-
";;
l- iõi, u eò'., "Diewu-drãrcunJde'rú.
ã*u.*r'.ii;. s2. ÁrÉ'iq, ieio, q7 e R Jruel Pa'tt Á"thúpoloekzl
T.tnt, AG^N 10, 1971,l7s
prova está nos Prólogos antimarcionrtasà Epístola aos gá
lxt^ - Galatae... tcnptati vn a lal:i, apo,tolis.tt in
cgh et .trcum.ìsìonenIe eteitrr t"O. gâlaus.erri-
rarn-setentados pelos falsos apóstolos a voltar à Lei e à
circuncisão") - deduziu-seque os ìudeus cristãos vindos
de Jerusaléme adversáriosdË Paulo, os mesmosque erâm
, hamadosde judaizantes.penetrâram nas igrejas de Paulo
e tentaram persuadir,os gentios cÍisrãos,que viviam_livres
da Lei, a aceitâr a citcuncisãoe, assim,a adotar a Lei iu-
daica. De diversos pontos de vista, em épocasmais recen:
tes surgiram dúvidas sobre esta suposição.
De trm lado, afrrmava-se que os adversários na Ga-
lácie só Fodiam ser cristãos gendos, que desejavamÍazer
outros cristãos gentios âdotâreÍna circuncisãoque eles já
adotavam,e qüe somehtedestemodo se explicariamo exa-
geto sarcásticoa ptopósito da exigênciada circunscisão(5,
12), o uso do tempo presenteem hoì perítemnómenoiem
7 D. ÍoÚa âleuna,s Fde Ér úa alusóoâ P€db (cono p€n-
e H. Li.rznún, izw€i Noúis
^
Paulus", SÁÌ L9)0, r54=H. L.
K,t,e Sc5alte, ÍÍ, TU ò8, le'8 28EJ Conkdrd a esa tcor.r' .;o
B EP|SÌOIÂS il III EPISÌOLAAOS GÁLAÌAS
389388
6,1), e a
^le}
eãode que os ptóptiosopositoresnão guar-
d,"em a Lri 3.
flJ"Hï,,"ïffit'H#'"*ffit;#'iff':i,'JÌ):,
'l,r:,'Ot tao serrio. que há pouco3e tomtÉn prcêrÍor
'
prcpu_
ffird lubhcÌeFie ã orondsáo
ïti:íïifff:; schris,purlet.-M,*. el*üre; courÀÍierd
S.iü'u".-Íiir'i.-", T.1b.í, Kij6-Ìcr,SÌlI mailer' Jeveí; H
-R
pl|z'
ia"ìt'àà;',t, p.otÈ-, ttet d! Chtiído4ir' vÀ'rNT 25' 196? 162'
tt SchnitháLs,Vcs.nst. Gücs.óanns
rncntede baseem GÌ.
conseguirqueosgílatasobservema l-Êtld, 5,2s.6.12Itb).
Os adversárioserem,sema menor sombrade dúvida,
juderx cristãos, que pregâvrm, eotes de majs nada, a cir
"
A ássc!Éo de que o crlendário d,3 Íesrs (4,10) devia tc! bse
sim.tísriq (aim pe@ liìhÌmÍn,69, Jwetr, 20E) não ren foçr
f, Âqd d! nFÌDrdaao Ãe paitêúnóãdoì = "or qúe s Ía2d
ci!t{ncid,r", cÍ. Jevert, 202!.
$ l0 EPISÌOLAÁOs GÁLAÌAS 39í
Jos nosAros dos Apcisrclo." respeirodasviagensde pau-
lo a Jerusa)éme do seuencontrocon os apoirolosai tÁr
lS.lssl)
ComoPaulo só Íala de duasvisitasz Ìerusalém.in-
cluindonelaso enconrrocomos apó.rolos{ôl 1,t8i2.1).
ao passoqÌreÂt mencionarès 19,26;lt ,10;12,25;15,4 , e
questãodecisivâconsisteem saberse os dois textos- Gl
2,1sse At 15,1ss- relatamo mesmoepisódio,e, se for
esteo caso,er4 descobrirde que modo devemser expli-
cadasas viìtss a Jensalémnaj duasÍonres1?.
1. A soÌuçâoÍnai66inplesé a de negarque os doi6
ÌelaLos{Cl 2 e Ar 15) sereÌiÌâmao mesmoâconreclmento.
Paraapoiar€ste ponto de vista. podemosacÌescmtârque
a arsênciado DecreLoAposrólicode At 1í em Gl 2 Í;cs,
4t 12,25.
Nestecasotambém,o ConcílioApostólicode At 15,
1ssocorreudepoisda redaçãoda EpGtolaaosgálatas.Maô,
para sc conseguirsituar a rcdaçãode Át antesdo Concíio
Apostólicode Â[ 15,1ss,seÌianecessárioâ{irmaÌáindaque
euegellitámenhymin tò próteton (Gl 4,13) se reÍereâpe.
nasa urnâvisit. de Pauloàs igrejasda provínciada Galá-
ciâ- ou, no máximo,à suâesradaduÌentea Íundaçãodas
igrejas(At l3,lt-14,20), â quâl Íicâ equilibrâdapela via-
gemde volta (Át 14,21ss).Nestecâso,Gl setiaa majsan-
riga epísLolade Pauloconservada,escriÌaenlre a viagem
missionáriade At 11,14e o ConcílíoApostólicodeAt 15 rr
17V.r o eLcncod6 oobin ço€s pGsiveis d Trlb€Í. 26, mrr L
e á úbur m l. C. Hnld (v€Ì nob l), 18.
rs Rèce.Ènentc deÍeodcm esa teoria, Colei Gurhrie; HeaÌd, Hcn.
sh.v; Ofrbdd, BNcej D R. Há11, 'SÌ Pâul ând Fânirc Relielr A
Studi in G.Ìatiá.5 2,10", ExpT 82, 1970/7r, t9gs- Tãlb.lt defmdc a
prcFsta aioda hais impNiv€|, ssüdo a qü.1 Prulo idb 6ciÌo a
c'rÌá ao! s:íáras pooco depois dâ visit! À pmvínciá dâ G.ÌÁcn, narada
em Aros 16,1-4, pô! oc6ião da qlrl elê transmilju a esa comnidrde
352 B EPISÌOLAS
de cl.rmprita Lei,
2. Se a teoriamáisprovávelÍot a de queGl 2,1sse
Át 15.1ssesteiamÌelatandoos mestuosacotrt€cimeDtos,áin'
da restatãoduaspossibilidadespara esclarecera situáçãore'
lâtiva à visitasa Jcrusâlém:
â) o ,contecimenlonâÌrâdoemAt 15,1ss( =Gl 2,lss)
foi erradamentetratrsPostoPaÌâdepoisde Ât 1J'14 - em-
bora haia ocorddoréal-enì"
"a
épocade Ât l1'3o e 12,
)i -,'r,
"o
caso,a viagcmde Át 15 constituiuma du'
plicâçãoerrada;ou:
b) Át l5.1ssestáno ÌuPârceÌIo,maserÌa âo men'
cionarumevisirade Pauloa-Jerusalémem AI tl.l0i12,
25, situândo-ÊehtteduasviagensrGl 1,18 (=At 9,26) e
Gl 2,r (=At 15,4J.
O telato dos Atos dos Âpóstolos constitui üm etto
em embosos cásos.A PriÍneiÌahipótese'a), que tem en'
cohtrsdornÌritosdefensóreste, deve não só coÌocâte pri
"
ddêto ãD6tólko d. Ar lt. Gl 2ls é d Ehto da viasem t J''
uzlém. nâi.& .h At ll,l0 . l22t' o P.6s qú o €lì@h Ú'
*'fiJ'*]t""€.í#f."ïiR1**ï'li;*ror, 2ss:rs reio.2ós
,"-bé.'ú";;.d, C B.';k"" P,l6 UÌb.nBüóer rle D le6e,64
5 rs. EPlsÌOt AOGGATATAS 393
meira viagen missioÍ,íÌia (At rr-14) depois do Concílio
Apostólico - do contúrio, não M neDhumâcl:úa razãa
que justiÍique o dado -, mas tambémutilizar, como uma
narraçãoútil, o conteìídoinquestionáveldas notas Íragmeo
táriasinduídaseÍDÁt 11,27sse 12,25ss.Ás duassulnsi
Ìitório".
Haveriaapoiosubstâncialparaestadecisãose outÌos
fundamentosnâodemonsrasserna probabilidadede que Gl
Lenhasidoescriradepoisde Ar 18,2!,e, por consegrinLe.
deooisda sesundavisitâà reciãodosqálatase loqo no prin
rípio da per-manèncirernÉÍãso(Àt -19,tt"t. De Íaro.íoi
Já Íoi observadoque a terminologiae a linguagemde
Cl possuempootosde conuto significâtivoscomRm, prin-
c;pa]menLenà erteÍrso uso da tcr-minologiaücadâ à justiÍi-
câçãoexistenteneslasduaseplstolas,como igualmentesob
394 B EPjSÌOLAS
Tudo isto mostraque a tedaçãode Gl, cronoÌogica-
mente,não sedbtancìada de 2Cnre da de Rm. Por ouüo
lado, a tentativaposteÌiorde demonsrrarque Rm cotnbi
nâ idéiascronologicamentepróximâsdas epístolasGl e
2Cor", ou de que Gl se situa etrtre 2CoÌ e Rm no seu
ensinamentosobreo Espíritoe sobrea cnÌ7 e a ressurrei-
çãoa, nãoobteveêxito. Comoas observaçóesapÌesentadas
sãosuÍicientespâramosttarqueGl seacha'cÍonologicâmen-
te pÍóximáde 2Cr.Ìê d€ Rm, a hipótesedo territóÌio ficâ
malsümâvezconilÌmadâ-
5. Tempo e lugar da redação
O tempoe o lugarda redaçãode GJ úo podemser
determinadoscom muitaexâtidãodentto dos limites acima
indicados.Uma data sitada no fim do períododa perma-
nênciade Pauloem ÉÍeso" é tão possívelquântoo é â
suposi@ode que Gl teúa sido escrita,como 2Cor, na Ma'
cedônia.É rnenosptovávelque Gl tenhasido escritaem
Corinr antesda Ephtola âosromânos(na épocâmehcio
nadaem Át 20,2s)zí, porqueentãoas drÍetençasÌeâiÊen-
tre Gl e Rm nãopodêriâmserlevadasem conta
A redaçãode Gl, depoisde Rm, no camiúo de Co-
Ìinto páÌa JeÌusâlém,não pode bâseer-senâ interpÌetação
de hoi sy enoì pântesadelphoí(1,2) comosesereferisse
aos delegados*dascomunidadesque acompanhavamPaulo
Destâv1âgem_'
Pot conseguinte,podemosapresentarcomo data para
Gt cercade 54 ou 55. e comolusar ÉÍesoou a Macedônia
} Buck: B!.k Tallor. E2s.
,a Fâv dúm, a atcriçaotanbém parâ a f.hà de heÀção dos coL"'
boaddp. e dá acnruãção dÒ enceÌgo apoÌóüco rJn.o no endereçoda
(ìd G sáhtr' omo nr Cnrá s.ntc nr$ãs dutr.
2t O Pditoso maEìoniÌâ já ,Íúnàs.
'.tìbe"t
eir .b Epbero
26 Á$in p.nM Bonnúd
,? Foeht.r De.M o conúárni
6. Âutenticidade
As dúvidasmais antigas,qr.lecom {reqüêncisrepÌe-
sentâvâmhipótesesde interpolaçãoou compilaçãode Gl,,
hoje em dia sãorâraÍnentediscutidass,e isto é que esrá
É indiscuÌívelque a EpístolaaosgãJatasconitirui uma
epístolareal e genuína
S 19. EPísroLA Áos RoMÂNos
,3 Rêldivamen!. à üítlca mdicâì msis a.tjsa, cf. J. Gloel, D,"
ìiì"sste kìtick dêt Gal aul ihre Bdühtisarc s,piilt, i89O Recenre.
nóle â â!Ìedricidrde foi Dôía em dila$ão boÍ Mccúre.
ã Cf. C. CIo.n, Dì. Eì,be,ti.híat ,1e, ì,arli"ìtchú Blele, rs94,
" A l-porão úb. rr:ã) ae í Koepp, ,esunco r quál uú di
drdxe sobre AbBão .eria lido n.Tido nelá 'Dle Àbhhrm.M dÌÈ
schiókeÍÌ. ds G,l .ls das voÌpaÌìinischc hiedtrhristÌiche UÍheoloÊu.
n6on", Vìsse"Ìhzltlicbe Zenlcbii det U'iEÃità! Rütok 2, ÇÃ;tl
schaiÌs lnd Sp.achwssens.h^Íti ). r9t2/tt 181s), é ú€ncionadã €d
K. Weiss, DLZ 89, 1968, 299
919 EPTSIOLAaOS ROMANOS 395
' I Conteúdo
s 19,EPíSÌOLAAOS BOMANOS 397
ele é Íorça de Deus para a salvaçãode todo aquele que
ctê, em prirneÍto lugar do judeu, mas rambémdo grego.
Porquenele a justiçade Deus se tevelada lé para a Íé,
conÍoroe esuí escrito: O justo viveté.ü Íé".
O desenvolvimentodo tema mostra, pÌineiÌarneÍte,
os âspectospositivoe negativodo ato salvíficode Deus
em Ctisto, o úlico ato que possibilitaa justificaçãopela
Íé (L,18425. Sob o aspectoregetivo, o auto! âpontâ
o fato de que aquelesque se mântêm Íora do evangelho
permanecemsob â iú de Der:s (1,1E-3,20),Segue+eo
aspectopositivo 11,21-4,251:o novo ato justiÍicante,ba-
seadona gag, medrrnte â fé em Gisto (),21-26); FoÍi
a nova rJrelação de Deus à fé, toda espéciede orgulho
e âuto+uficiênciáficam excluídos(),27.-)0), a objeção
de que a I*i se tomou ineÍiciente é conttariada pela te-
ferência a Abraão, que Íoi jr.rstificadopela fé.
Depois desta demonsttaçãosobreo fundaÌnenloda
tedençãô,colocadotro ato salvíico de Deus,há um tetta-
!o d, Ìealidadedo novo set dos ctistãos(5,1-8.19)1.
B EPISÍOLAS
396
Gè'dnhclk Aul'àt., IV 1971 120ss)
3gg B EPÍSÌOLAS
o pecado e â morte nos homens que se âchâm debaixo
dela (a Lei), mas que já não possui poder algum graçâs
ao ato salvífico de Ctisto (7,7.25); quem se deixa guiar
pelo Espíríto estálivÌe do pecadoe da mone (8,1-11), a
possedo Espítito gatânte â cettezâdâ redenção( 8,12-17);
destemodo, â esperânçada eterna saÌvaçãoÍica cettamente
asseglrada(8,.18-30), pelo que Paulo rende jubilosasações
de gÌaças( 8,11.19)
Paulo voÌta depois ao assuntodo fundamentoda cren-
ça judaica no advento do tempo dâ salvâçãoem 9-11. O
fato inconcebível da atual rejeição de Ìstael é conÍron-
tado com os beneÍíciosda Ìedençãoque este povo recebeu
(9,1-5); mâs, ao rejeìtar os judeus,Deus não voltou âtrás
na sua promessaa Israel, e ele goza da liberdade de acei-
tar ou reieitâr (9,6-29); o pecado do homem constitui
a causa real da rejeição 19,30-10,21); a rejeição dos iu
deus, porém, repÌesenta úma medída meramente provisó-
ria no plano redenrordivino (11,1-12); estalinba de pen-
samentoé encertadacom um hino (ll)3-36).
Com o trecho de 12,1-2, Paulo inlroduz umâ séri€
de a[irmaçoesporenêl:cas:adverténciâsgeraispára o coÍn_
Êm 14,1-15,6, a questão coocÌetâ dos Íortes e dos
fracos na comunidaderomana é discutida: âdver!ênciaâos
fracos na {é (14,13-15,6); admoestaçãogeÌâl tomândo
como ponto de referênciao exemplo de Cristo (15,7 1l).
panteiros de Pado; 16,2527 é unra doxoÌogia
519 IPISTOLAAOS FOMANOS
2. PriÍnórdios da comunidaderomana
A pÌovâ seguÍâÍÌlâisâhtigada exisrênciade uma co
munidaderomanaé a própÌiaEpístolaaosÌomâDos,acoÍn
panhadapor At 28,15 com o relatode que cristãosvindos
de RomaÌevaramPaulopara lá.
Em Rm f5,22s (cf. f,f3), Paulo€screveque duranre
vários anospÌetendetaiÌ visitar os irmãos€m Rorna,o
que significaquejá deviahâvercdstãosna capitaldo Im
pelian Romantm desde os anos 50 A observaçãodo es-
critoÌ ÌomânoSuetônioeÍn suaVida de Cláudio,25 (ca
1,2o) Íaz-nosretrocedeta uma data orovavelmenteante-
riot: [Claudius] ludaeos ìmputsoteChìesto assid.*etunut-
t antet Ramaetpulít  -Cláuàio)
"expulsouos judeusde
Roma porqueviviam continuâmenteprovocândopeÌturba
ções,instigadospor certo Crestos")-C{,moCbrcuos poàe
ser ouÌrâ merieimde escreverCrlrjros, tratândo-se,por-
tanto, do mesmonoÍDe,SuetônioprovavelEÌenteestá in'
reressado,nàopor um judeuanarquistaresidenteemRoma
e conhecidopelo nomede Chrestos'?,maspor JesusCris-
to, cujo evangelhottouxeragrandemal-estâtpaÌâ a comu-
nidadejudaicaem Roma.chegandoa propiciarao impera-
dor Cláudiooportunidadepara expulsaros judeusou par
re deles.O telato, que não é muito claro,baseiase numa
informaçãoinexátadadapor um escritotpagão.Ta1infor-
maçãonão implicâ necessaÍiamentea deduçãode que o
crisrianismotenh:chegadoa Romapelaprimeiu vezpou
co antesdo edito de CÌáudio,que ocotreuno ano 49 (ver
5 13), mas o Íato é que, nessaépoca,ele já se achava
efetrvamentedifundidoentre os judeusromanos,a ponro
de orovocarlutas ÍerozesentÌe os cue mânrinhâma Íé
anti;a e os que âderiÌâmà Íé em Gisìo.
De qualquermaneira,Pedro não foi o Íundadorda
igrejaromana,nemexerceuâtividadeem Roma antesque
Paulo escrevessea Epístolaáos românos.Contra a süpo_
siçãode que Pedro dirìgirauma missãoem Roma ântes
, St. Benko, "Tbe Edici of Claudú of A D 49 and the ln$is.ktr
ChEços', ThZ 2t. 1969,406sr
399
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  • 1. {l: B, EPÍSTOLAS s 11. A EPÍSTOLACOMOFORMALIrERÁR|AEM O NT 3'17 ensaio artisticamente elaborado e dirigido a um público mais vasto, empregandoa forma epistolar apenascomo for- ma externa. Enffe-as epístolas católicas, somente a segunda e terceira epístolas de João são realmente cartas' com en- dereços exatos e espúíficos. O esquema segundoo qual são redigidas.as epístolas é o seguinte: logo no começo uma fórmula de saudação' com o Àome do remetente e do destinatâtio; segue-seuma Paulo, nas fórmulas com que se dirige às pessoas'aplgïi- ma-semais da maneira oriental e judaica ao passoque'I'ia; go (e as epístolascontidas em At 15,23 e 23,26) segte ó uso helenístico neste particular. I Cf. Schubert, Sanders, Mullins' 2 Ver Funk. S 11. A rpísrore coMo FoRMl rrrenÁnrR EM o Novo TTsTAMENTo Dos escritos do NT, vinte e um rêm a Íotma de epís- tola. Mas nem todos sãô realmentecartas,ou seja, escritot endereçadosem ocasiõesespecíficasa pessoasdeterminadas ou a círculo de pessoas,escritas com a finalidade de co- municação íntima, sem intenção de maior divulgação. Em Tiago, por ex., falta tudo o que constitui realmenteuma
  • 2. çr 3í8 B. EPÍSTOLAS s 12.NoÇóESGEBATS 319 ça motriz paÍa a formação independente da forma epistolar num meio'de autocomJnicação-Iitetátiada cristandadefoi a rcal necessidadeda missão paft ^ edificação e insuução, admoestaçãoe trabalho pastoral, defesa contra idéias errô- neas, e manutenção da õrdem eclesial. A forma das epís- tolas mais co-uÀt contidas no NT não está diretamente telacionadacom a epístolahelenística (cf. Epicuro, Sêne- ca) ou com a epístoia judeu-helenística (por ex., a Cafta de Aristéias). João. Mas também estaspoucas e íntimas liúas de paulo ou do "presbítero", que nas suasintimaçõese alusõessó são completamentecompreensíveispor aqueles que esta- vam mais de perto envolvidos, são,-do mèsmo mbdo qre as epístolaspaulinas maiores, não correspondênciaprivaãa, mas frutos do trabalho missionário dos primeiros ãristãos. . As epístolas_paulinas que chegaram até nós são epís- tolas do Apóstolo ,em catàter ofiiial; servem para leïar adiante sua atividade missionária,à distância.Nã pena do Apóstolo, a forma da epístola toma todas as Íormas esti- lísticas do discurso misiionário oruL falando de maneira geral, desde a ptegaçãoda Palavta até a oruçãode adora- sição doutrinátia, testemunho )ntemente, na igreja primitiva io escrita, tanto da literatura rto teológico. Ocasionalmente ue tinham sido anteriormente cristãp-limitiva(porex.,r.ïrn'r"i3lj;lï T,?.oi'Htui, 6-11; Cl 1,,15-20); contudo o vocabulário e a origem de tais trechos só podem ser afirmados conjecturalmeíte. Em vista da maneira toda especial 'de usar a Íotma epistolar na primitiva missão cristã, as liúas demarcató- ente ditas e as epístolas3 do ttaçadas com precisão. Uma sião toda especial,e que evi- : todos os cristãos em deter- 27 ), uma epístola dirigida a uma comunidade particular, e que deve sei permutadá com outra dirigida a uma comunidade vizinha lcl 4,t6;, ou epístolasdirigidas a váfias comunidades(Gl 1,2; cÍ. 2Cor L,1), estão todas destinadasa se tomar textos literários com caráter oficial. Por-ouffo lado, em epístolas de alcance tão gelzl como lPd ou Hb, não f.alta alguma alusão a dè- terminadascomunidadese a determinadal situações.A for- J A distinção de Dissmann enue "carta" e "epístola" não cones- ponde às características particulares das cartas da - cristandade antiga. Doty, propõe a distinção-entre cartâs mais ou menos privadas. I. EPÍSTOLAS PAULINáS S 12. NoçõES GERAIS
  • 3. t' 320 B. EpÍsrolAs uma construçãoforçada da história, como o fizerum as cons- truções posteriores2. Juntamente com as quatro ,,grandes gr1tas", a primeira carta aos Tessalonicenses,a caÍta aos Filipenses e a Cafta a Filêmon devem ser dãfinitivamente I Bruno .Bauer, A. Pierson, S. A. Naber, A. D, Loman, 17. C, van Manen, G. A. van den Bergh van Eysinga,'R. Steck. 2 J. G. Rylands, A. Loisy, H. DelaÍãjse, entre ouros. rl'l s í2. NOçÕESGERATS 321 tadoresé bastanteincertar. Discute-setambém se as epís- tolas autênticas contêm üechos inautênticos, e se devem ser parcialmente explicadas como compilações de vátias epístolas. Paulo, sem dúvida alguma, ütava suas epístolas (Rm L6,22), mas, de acordo com o costume da época, fazia questão de marcar a sua autenticidade mediante uma sau- dação final, escrita de própdo puúo. Esta prática, sem dúvida al;;uma, continua sendo verdadefuapara todas as epístolaspaulinas,mãs aparececlaramenteem algumas,pois, quando as epístolas eram lidas em voz alta, eta somente desta maneirâ que a comunidade podia ficar sabendo que estaadiçãoera do próprio punho de Paulo (lCor 16,27; Gl 6,LL; Cl 4,I8; 2Ts 3,L7; Frn 19) 4. A suposiçãosegundo a qual Paulo tetia confiado a redação de suas epístolas a secretários5 é, em vista das numerosasindicaçõesde que as palavras ditadas por Paulo eram interrompidas e tâm- bém em vista da unidade das epístolas especificamentepau- linas, impossível6. Todas as epístolaspaulinas que chegaram até nós da- tam da época do âpogeu e do final da atividade missioná- ria t{o Apóstolo. Da primeira décadae da metade da sua ativi.{ade, falta evidência de escritos seus. Mas, jâ na épo- ca de suas epístolas mais antigas Paulo f.ala de seu hábito epistolar (2Ts 3,L7). Portanto, estasepístolas mais anti- gas dcvem ter sido perdidas. . I Contra a prova. de Morto.n, segundo 9 qual, a Íreqliência do teô rico emprego inconsciente de kai é marcadamentemais baixo nas car- tas principais do que no restante das cartas de Paulo, eÍgue-se esta objeção "Antes que o próprio teste seja testado, o juízo só pode ser: não aprovado" (Dinwoodie). Com fundamento no critério de Morton, Rom 7 não seria de Paulo (O'Rourke); por ouuo lado, McArthur dc- monstrou que sernelhantes diÍerenças na freqüência do Ëal podem ser comprovadas,como em Paulo, também nas cartas de Inácio, Basílio de Cesatéia e de Sinésio de Cirene. 4 Isso não prova que a amplitude da conclusão escrita pelo ptó- prio punho de Paulo, fosse tão ampla (contra Bahr). 5 Assim pensa, sobtetudo, O. Roller, Das Formular der paulinischen Briefe, L9fi; mas ver também Búr, CBQ L966, 465ss. 6 Ver sobre o assunto, Í€centemente, J. N. Sevenster, Do You Knou Greek?, Supl. NovTest 19, 1968, 11s.
  • 4. 322 B. EPISToLAS O próprio Apóstolo menciona duas epístolas aos co- ríntios que não chegaramaté nós (lCor 5,9; 2Cor 2,4), como também uma epístola aos laodicenses(Cl 4,16). Esta útima referência deu azo ao aparecimento de uma "Epístola de Paulo aos laodicenses"7 evidentemente falsi- ficada. O autor dos Âtos de Paulo, apócrifos (c. 180), pensandoem lCor 7,I;5,9, inventou ou aproveitou uma epístolados coríntios a Paulo e uma respostade Paulo (ter- ceira epístola aos coríntios) t. A troca de correspondência em latim entre Paulo (seis epístolas) e o filósofo Sêneca (oito epístolas) é uma produção attificial, provavelmente do século IV. S í3. CRONOLOGIADA VIDA DE PAULo 323 crição de Galião: A. Deissmann,Paul, 1967,261ss;DBS II, l%4, )55ss (bibl.); B. Schwaú, "Der sog. Brief an Gallio und the Datierung des I Thess", BZ, 15, 1971, 265ss. Até hoje não temos datas fixadas par^ uma cronolo- gia absolutade Paulo, isto é, o arranjo numérico dos acon- tecimentos de sua vida no contexto da cronologia gerul. Também se as datas da assunçãoda procuradoria do pro- cônsul SérgioPaulo em Chipre (At 13,7ss) e da transfe- tência da procuradoria da Judéia de Félix para Festo (At 24,27) pudessemsér Íixadas com certeza- o que não é o casoI - pouco nos ajudaria, visto que a oÍdem das via- gensmissionátias(At 13,14) é incerta, como resulta do re- sumo que o próprio Paulo Íaz de sua atividade em Gl L,16sse também porque é difícil decidir com certezase a dietia mencionadaem At 24,27 se refere'aos anos em que Félix permaneceu no cargo ou ao câtiveiro de Paulo em Cesaréia(o que é mais provável). Por outro lado, resta- nos uma possibilidade de chegar a uma cronologia absolu- ta, isto é, a mençãodo governadot Galião, diante do qual Paulo foi acusado,pelo fim de sua atividade em Corinto, de acordo com At 18,12-18. Uma inscrição encontrada em Delfos e publicada pela primefta vez em 1905, reproduz uma catta do imperador Cláudio à cidade de Delfos, es- crita quando Cláudio, depois de uma campanhamilitar bern sucedida,fora proclamado "imperator" pela vigésima sexta vez. Nomeia Lúcio Júnio Galião como predecessordo pro- cônSul da província da Acaia pata este período. Os pro- cônsules,para assumiro cargo, deviam deixar Roma pela metade de abril. Nas províncias senatórias,às quais perten- cia a Acaia, os procônsules ficavam no cargo por um ano. Uma vez que a vigésima sexta aclamaçãode Cláudio deve ter ocorddo entre 15 de janeiro de 52 a 1 de agosto de 52, o mandato,de Galião deve ser colocado provavelmente entre a primavera de 51 e 522. O encontro de Paulo com Galião talvez tenha tido lugar em maio ou junho de 51. 1 Ver OGG, ó0ss, l4óss. 2 As descobertas mais recentes, conferem mais certeza a essa de- tenninação. Cf. Schwank (bibl.). S 13. CnoNoLocIÁ DÁ vIDA DE PÁuLo 7 Ver essa justapoaiçãó irreflexiva de exptessõespaulinas, especial' mente de Filipeirses,-em E. Hennecke-í. ScÏneemelcLer, Nt. Apokry' phen ìn d.eatscherÜbersetzang, II, t* ed., 1964, 80ss. 8 Em Nl. Apokryphen... (ver nota 7), 258ss. e Em Nr. Apokryphen... (ver nota 7), 84ss (bibl.). Sobre a to talidade, cf. K. Pink, "Die pseudoPaúnisúen Briefe", Bb 6, 1925, (rtlss, l79ss e D. Guthrie, "Aèts and Epistles in Apocryphal 'Writings", Al Í(ì, ll8ss.
  • 5. t 324 B. EPíSTOLAS [)or esta época,Paulo jâ contava um ano e meio de per- manênciaem Corinto (At 18,1L), portanto, desde o fim de 49. At 18,2 contam que Paulo, quando viajou de Ate- nas para Co,rinto, hospedou-seem casado casal Áquila e Priscila, os quais, por causado edito de Cláudio relativo aos judeus, tinham recentemente(prosphátos) viajado da Itâlia paru Corinto. Esta expulsão dos judeus de Roma (Suetônio, Claudius, 25: "Ele [Cláudio] expulsou os ju- deus de Roma, pois estes provocavam continuamente per- turbaçãoda ordem pública sob a instigaçãode Çhgsse" - Judaeos impulsore Chresto assidue tumultuantes Roma expulit) pode também ter ocorrido no ano 49. Pofianto, a cronologia da atividade de Paulo pode set fixada com certa probabilidade- retrospectivamente e progressiva- mente - tendo por base este ponto cronológico fixado da primeira estada do Apóstolo em Corinto. Este procedímento,por cetto, é correto somentese ad- mitido o pressupostode que a inÍ.ormaçãocronológica, que pode ser inferida das cartas de Paulo, é essencialmente compatível com o desenvolvimento da atividade de Faulo nanada pelos Atos dos Apóstolos. Essa pressuposiçãof.oi recentemente questionada com base na exigência metodo- lógica segundo a qual a seqüência das cattas de Paulo só pode ser estabelecidaignorando-se, como primeiro ponto necessário,os Atos e, conseqüentemente,considerando as cartas paulinas como fonte primária. Somente numa segun- da etapa poder-se-áindagar se a seqüênciajá. estabelecida pode ser harmonizada com as infotmações oferecidas pelos Atos (Riddle, Knox, Suggs,Hurd, Bucl<e Taylor, Jewett). Essa exigência metodológica é basicamentecorreta e as várias tentãtivas Íeitas parz rcalizâ-laconcretamenteI de- s í3. cRoNOLOGtADA V|DA DE PAULO 325 monstraramque, com base nas declaraçõesde Paulo a rcs- peito da coleta para os cristãosde Jerusalém,pode-sccsrrr- belecer com segurançaa seqüência: tCor, 2Cór 1-9, lìm. Mas o atanjo cronológico das outrâs cartas só pode scr conseguido com base em conjecturas problemáticas acerca da evoluçãodo pensamentode Pauloa. Destarte, o método não oferece resultados seguros para um delineamento com- preensivoda atividade de Paulo. Campbell demonsrrou con- vincentemente - e a aÍhmação será confirmada pelo que segue---- que a seqüênciada atividade missionária de Paulo deduzível das suas cattas é de tal forma compatível com as informações oÍerecidas pelos Atos dos Apóstolos, que temos motivos sólidos para derivar a cronologia rclativa à atividade de Paulo de uma combinação ctltica das inÍorma- ções contidas nas cartas paulinas com o'relato dos Atos. Essa abordagem produz a seguinte cronologia, embora não possamossituat com precisãoos acontecimentosneste ou naquele ano: de acordo com os cálculos mais ptováveis, passarâm-sedezesseisanos entre a vocaçãode Paulo e o concílio apostólico, conforme Gl 1,L8;2,1. Ttês anos são realmente poucos para o período que intercorre entÍe o concflio apostólico e o encerramento dos dezoito mesesde atividade em Corinto (Gl 2,11; lTs 2,2; Fl 4,15s; lTs 3.,1; 2Cor Il,7-9; At 15,30-78,18a).E o tempo necessá- io paru o retoÌno de Corinto até a Ãsia Menor, passando- -se pela Palestina, a permanência de mais de 2 anos em Éfeso, a viagem a Corinto passandopela Macedônia com a petmanência de ffês meses na Acaia, mais o tempo re- querido para levat até Jerusalém o resultado da coleta (lCor 76,8; 2Cor 2,'1.2s;9,4;Rm L5,25-27;At 18,18b-21, '1.5), abrangemindubitavelmente, mais de três anos. Cal- culando tudo, tomando como ponto de partida a permanên- cia em Corinto (49-5t), temos as seguintesdatas: 4 Assim, especialmente,Hurd e Buck-Taylor, os quais, com o apoio da teoria, prüamente atbitrâria, de uma fonte (ver acima, S 9; nota 74) pam os Atos, indicam uma ordem completamente ertada para as via- gens apostólicas de Paulo, em Atos, e aÍirmam que todas as cartas de Paulo teriam sido escritas enue 44 e 49-52.
  • 6. 326 Conversão Primeira visita a Jerusalém Permanênciana Síria e na Cilícia Concílio apostólico Primeira viagem à Ásia Menor e Grécia Segundavisita à Ásia Menor e Grécia Chegada a Jerusalém B. EPÍSTOLAS 3r/32 34/)5 34/35-48 48 48-51152 51.152-55/56 c. 55/56 s 14. PRIMEIRA EPISTOLAAOS TFSSALONTOENSES 327 l. (ìrntcriclo Dcpoisda saudaçãodc abcrtura(l,l) há uma expres- são de agradecimentopela maneira exemplar com que a comunidadeaceitoua fé cristã(I,2-I0). Em seguida,Pau- Io, fazendo um retrospecto, defende sua obra missionária em Tessalônica(2,L-1.2), e volta, mais uma vez, parz a conduta do leitor (2,13-16). Ele conclui este trecho ini- cialda epístolacom.um testemunhocheiode gratidão a res- peito do seu relacionamentocom a comunidade (2,17- -3,L0) e com uma intercessãoque se enquadrano esquema de aberturada epístola.Nos capítulos4 e 5, vêm advertên- cias e instruções:teavivarn-seas obrigaçõeséticas dos cris- tãos tessalonicensespara com o -passado.pagão (4,1-1.2); há uma instruçãoescatológicareferenteao destino dos mem- bros da comunidadeque "adormeceram" antes da parusia, acompanhadade um chamado à vigilância por parte dos vi- vos (4,13-5,11), e de uma sériede conselhospormenori- zadosparu a viáa da comunidade(5,12-22). Para encer- rar, precese bênçãos(5,23-28). 2. Situação da comunidade Tessalônica- ^té 1937, Saloniki -, capital da Pro- vincia Romana da Macedônia, situa-se ao longo da grande estrada militar, a Yia Egnatia, que ia de Dyrthachium a Bizâncio, e pela qual Roma se ligava ao Oriente. Ela en, naquela época,uma cidade populosa, que possuíauma si- nagoga (At 17,L) corn muitos não-judeus " tementes a Deus" (At 1,7,4). Na chamadasegundaviagem missionária,por volta do ano 49, Paulo foi de Filipos para Tessalônica,e aí fundou a comunidadectistã, ajudado por Silvano (ou, como é cha' mado em At, Silas) e Timóteo (cf. LTs 1,1.5-8;2,I-1,4;3, 1-6; Fl 4,L6; e ver At L7,I-1,0;18,5).A comunidaáeen quasetoda pagã(t,9;2,14; At 77,4); Aristarco(At 20,4) era um judeu ctistão de TessalônicasegundoCl 4,10s. Daí, e pelo menos com base lazoâvel, certas afirma- ções a respeito da cronologia não podem ser feitas, uma vez que não sabemosquanto durou a prisão de Paulo em Cesatéia. Do mesmo modo que o ponto de vista segundo o qual teria sido matirizado (sob Nero?, I Clem. 5,7; 6,L), tambémo ponto de vista segundoo qual Paulo teria sido posto em liberdade depois de dois anos de cariveiro (At 28,30) e viajado pata a Espanha (cf. Rm 15,24; I Clem. 5,7) não passade'uma suposiçãoprovável. S 14. PnrrrarInn EpísroLA Âos TESSALoNTcENSES Untersuchungenzu den Kleinen Plsbr., T1'Ê 25, 1965,89ss; B. Rigaux, art. "Thess", LThK 10, L965, 105ss.
  • 7. :ì28 B. EPÍSTOLAS At I7,2 não prova que Paulo tenha ai atuado apenas prlr três ou quatro semânas.Um relacionâmentode con- ftança,como fica evidente em 2,9-I2.t7.I9s;3,6, não po- deria ter-se desenvolvido em tão pouco tempo, e muito menosa fé exemplar dos tessalonicensesteria tido oportu- nidade de f.azero que fez (1,8ss). SegundoFl 4,16, os cristãos de Filipos mais de uma vez enviaram auxílio para o Apóstolo em Tessalônica,o que denota que sua perma- nência na cidade deve ter sido de maior duração. Paulo não ctiou em Tessalônica uma comunidade rigorosamente organizada: 5,I2 não Í.alade " superiores e guias" no sen- tido formal dos termos (cf. tTm 5,77), mas fáJo referin- do-se a membros da comunidadeque voluntariamente cui- dam dos irmãos, e as exortações(5,L4) não se dirigem a autoridades estabelecidas,mas estimulam a própria comu- nidade a assumir a responsabilidadedo bem-estar espiri- tual de seus membros. A comunidadedeve ter-sedesenvolvidorapidamentee de maneira gratificante (1,3s;2,I3). Paulo caructerizaos membros que a formam como exempiares(1,7s) para os crentes da Macedôniae da Acaia.Os judeus, porém, inci- taram o povo da cidade contra Paulo e Silas, a ponto de terem eles de fugir durante a noite p^ra a Beréia (At 17, 5ss). Paulo deixou a cidade iustamente quando a pregação est^va sendo Íortemente prejudicada pelos judeus de Tes- salônica, e viajou primeiro paru Atenas e daí para Corinto (At 17,13s).SegundoAt 17,14s,Silase Timóteo perma- necerâm em Beréia, mas receberam ordens de Paulo em Atenas para irem ter com ele o mais depressapossível; vindos da Macedônia,encontraram-secom Paulo em Corinto (At 18,5). Tais aÍirmaçõesnão concordamexatamentecom ITs 3,1-6. Aí Paulo declaraque, em seu desejode receber notícias da jovem comunidade, que ele tivera de deixar tão apressadamente,"resolvemos ficar sozinhos em Atenas, e enviamosTimóteo" (1s), isto é, para Tessalônica.Ele re- pete a mesma coisa no versículo 5: "mandei", ponto em que o versículo 5 retoma, depois de uma digressão,o ver- sículo2 ("nós" em suâ forma editorial equivaleao "eu", cm 1,6sse em outros'lugares,referindo-seã Paulo)..4 ex- s 14.PRIMEIRAEPÍSTOLAAOS TESSALONTCENSES 329 pressão "resolvemos ficar sozinhosem Atenas" pressupõe a presençade Timóteo no local. As várias tentaìivasãm- preendidasno sentido de remover as conrradiçõesnão se mostraÍam c pazesde provar o que se pretendia c foram provavelmenteinúteis, já' que At não estãodevidamcnrein- formadosa respeitodas viagensdos companheirosde PauloI 3. Época e ocasião da Epístola lTs ofereceafirmaçõesque pressupõema situaçãoque induziu Paulo a enviar Timóteo de Atenas para Tessalô- nica (3,1s), a Íim de tomar algum conhecimentosobre o estado da comunidade. Como, segundo l,I e 3,6, Timó- teo e Silas se acham com Paulo, e Timóteo trouxe notí- cias de Tessalônica,e como, além disto, Atenas é mencio- nada em 3,1 dando a impressãode que Paulo não estives- se mais lâ, a hipótese predominante é a de que LTs tenha . sido escritaem Corinto, pata onde Paulo se dirigira ao dei- xar Atenas, e onde, conforme At 18,5, Timóteo e Silas novamentese encontraramcom Paulo. Uma vez que seria necessárioreservar algum tempo para Timóteo viajar de Atenas para Tessalônicae depois voltar a Corinto, e paru transmitir as notícias sobre o estado da fé dos tessaloni- censesna Macedôniae na Acaia (LTs 1,8s), a Primeira Epístola aos Tessalonicensesdeve ter sido escritapor volta do ano 50. lTs é, portanto, a mais antigaepístolade Paulo até hoje sobrevivente. Yfuias objeçõesforam feitas a tal suposição2: a) Os opositorescontra os quais Paulo estava lutan- do em lTs apresentavamos mesmospontos de vista (se- gundo Schmithals,eram eles gnósticosjudeu-cristãos) que os combatidos em Gl e em 2Cnr, e Paulo precisava defen- der-secontra críticas idênticas.Isso leva a supor que 1Ts 1 Cf. von Dobschütz, Comw., I)ss. 2 Ver Lütgert, Hadorn, Michaelis, Schmithals; Buck-Taylot, 46ss.
  • 8. 330 dcva ter sido escritadurante o mesmoperíodo de atividade de Paulo, no qual ele escreveuGl e 2Cor r. b ) Os relatos referentesà difusão das notícias sobre a Íé dos tessalonicensesna Macedônia e na Acaia, e na verdade em todos os lugares (1,8s), os relativos à perse- guição da comunidade (2,1,4) e à organizaçãoqlue nela jâ existia (5,L2) implicam um espaçode tempo já decor- rido desdea fundaçãoda comunidade,o qual pode ter sido mais longo do que apenasalgunsmeses. c) A ocorrênciade divetsos óbitos na comunidadeé inconcebíveldentto de um período tão curto. d) Como, segundoAt 17,L4;18,5,Timóteo não esta- va com Paulo em Atenas, embora 1Ts 3,1 pressuponhaque ele estivesse,a petmanênciaem Atenas mencionadaem LTs não pode set idêntica à çitada em At. Conseqüentemente, lTs deve ter sido escrita durante a terceira viagem missio' nária, enquanto Paulo rcalizavasua "visita interina" a Co- rinto (2Cor 2,L). Teríamos, pois, que supor uma estada em Atenas durante esta viagem, ocasiãoem que Paulo se fez acompanharpor Timóteo. e) No início de sua breve permanênciaem Atenas (At 17,15ss), Paulo não pode ter planejadovárias vezesviaiar até Tessalônica, sem haver sido capaz de pôr em prática seusplanos(lTs 2,17s). f ) lTs deve ter sido escrita em Atenas, depois que Paulo veio de Corinto, porque, durante sua permanência em Cotinto, Paulo ainda partilhava da exPectativa de que todos os cristãosviveriam até a patusia, ao passo que, se- gundo lTs 4,15ss,esta perspectivaiá não correspondeao seu pensamentona época. Tais argumentos,porém, não são convincentes. a) É vetdade que, em lTs 2,1ss, Paulo se defende contra censurassemelhantesàs implícitas em Gl e em lCor: I Segundo Schmithals também lCor, Fl, Rm 16. S 14.PRIMEIRAEPÍSTOLAAOS TESSALONICENSES 33í de estar desviandooutros (2,3:2Cor 6,8); de intenções enganosase motivos espúrios(2,3:2Cor 4,2); de ganân- cia (2,5:2Cor L2,I6-78); de procurar sua glória pessoal (2,6:2Cot 10,17s;3,I;4,5); de não permitir que a co- munidade o sustente (2,7 -2Cor 11,9); de adular e de buscaras boasgraçasdo povo (2,4s:Gl 1,10)4. Tal evi- dência não requer que 1Ts provenha do período da luta do Apóstolo contra os judaizantese os gnósticos.Judeus, judaizantese gnósticosindubitavelmenteusaram rnuitas ve- zes as mesmas arrnas contfa Paulo. Em Tessalônica,foram evidentementeos judeus locais que persuadiram a jovem comunidade cristã de que Paulo era um mágico de espírito corrompido, gu€, servindo-sede todo tipo de truques, tentava. autopromover-se empreen- dendo uma propaganda ambiciosa.Em 2,1ss.18s,e ),9s, Paulo procura defender-sede tais ataques,e não pensa com- bater a falsa douttina que penetara na comunidade.Se o contexto histórico erâ este, então o súbito golpe contra a hostilidade do judaísmo contra os cristãos está Íacilmente explicado(2,14-16). b ) As referênciasà expansãoda f.amada fé dos tes- salonicensese à perseguiçãoque eles soÍreram não exigem um longo ,período de tempo, e não existe alusão alguma a uma otganizaçãoestabelecida(ver p. 328). c) Alguns óbitos poderiam ter oconido mesmo num curto lapso de tempo. d ) Os Atos dos Apóstolos não poderiam estar tão bem infotmados sobre os companheiros de viagem de Paulo. e) Não sabemos quanto tempo durou a permanência de Paulo em Atenas, rêlataáaro lãngo do capíìulo 17 dos Atos dos Apóstolos, e não podemosdeterminar a que obs- 4 CÍ. Schmithals, "Historische Situation", 100ss. Schmithals não consegueprovar que essascensuras contra Paulo-procedem de .oposito- res gãóstièos,os quais, desde a partida de Paulo, se introduziram na comunidade de Tessalônica. B. EPÍSTOLAS
  • 9. ! 332 B. EPíSTOLAS táculosPaulo se rcÍeúa quando dizia: "Quisemos ir visitar- lTs não poderia ter sido escrira nesta época. f ) Não está provado que Paulo, na época de sua pri- meira visita a Corinto, esperasseque todos os cristãos vi- vessem até a patusia6. Assim sendo, tal argumento apre- senta-sesimplesmenteinútil. Mais importante, porém, do que estas asserçõesnega- tivas, o que a epístola nos fala sobre o relacionamento de Paulo com a comunidade, até essaépoca, constitui um ar- gumento contra o fato de haver lTs sido escrita vários anos depois da panida de Paulo de Tessalônica.Em L,5-2,L2, alusões Íeitas ao tempo em que Paulo pela primeira vez exerceu sua atividade missionária em Tessalônica(1,5.9; 2,2.8s.L2) e à sua "chegada"entre eles (1,9;2,L) indicam como não pode haver objeçõescontra sua ida a Tessalô- níca, como os tessalonicenses,pela sua conversão,se tor- naÍam imitadores de Paulo e de Cristo (1,6), passando assima servir de exemplopara outros (L,7).Com as con- tínuas mudançasde expressão,o Apóstolo lembraJhes estes fatos:"Bem sabeis"(1,5;2,1ss);"Ainda vos lembrais"(2, 9); "Vós sois testemunhas"(2,L0). Todas estassão lem- brançasrecentes.Além disto (2,I7s), depois de sua par- tida, Paulo sentiu-se" pròskairòn bóras privado de sua corn- panhia" e, por isso, inclinado a dirigir-se a seus leitores. Portanto, ele deve ter estado ausentede Tessalônica ainda que por pouco tempo- As saudadesque tinha de sua co- munidade oprimiram-no tanto, que ele decidiu, não um4 mas duas vezes, viajat até Tessalônica, a Íim de ver se a comunidade permanecia firme no período de tribulação e 5 Schmithals,"Historische Situation", lJ3. ', É o que pensa Buck-Taylor, 47. s 14.PR|ME|RAEPÍSTOLAAOS TESSALONTCENSES 333 _ Segundo3,6, LTs foi escrita imediatamentedepois da volta de Timóteo e do enconrro deste com Paulo. d ApOs- tolo viajara de Atenas para Corinto e começara a pregar a1 na sinagoga, ^té que Silas e Timóteo se enconrraram 4,9.13;5,7.L2). As notícias livram Paulo de uma grande preocupação.: a comunidadeperseverafirme na Íé e no amor (3,6); a profunda alegria que ele experimenta com isto exprime-se em termos que servem paru f.ortalecer a fé da comunidade e para af.astaras suspeitassuscitadasconüa Paulo. Eviden- cia-se aqui a dificuldade que os primeiros pagãos sentiram diante da pregaçãode uma glória escatológicaiminente (cf. 4,1ls.L3ss;5,1ss.14), mas patenteia-setambém a necessi- dade de inserir numa harmonia vital a responsabilidade ainda futura em face de Deus, e a sóbria obrigação moral relativaao momento presente(5,6ss;4,3ss.5,L2s.79s).Em- bora em lTs falte qualquer tipo de instrução sistemática, ela é uma epístola real em todo o resto de sua estrutura, uma epístola que nasceu numa situação especíÍicae única, um testemunhopessoalda obra missionáriade Paulo.
  • 10. t| 334 4. Autenricidadee integtidade . Es'eargumento.porém,só poderaseÌ considerâdová- IIdo, se âceirarúosa pressuposiçáode que lls provenha de Paulo.na íormaem-queloi riansmiridaàsgeraiõespos Por outro lado, E. Fuchs,, Eckart e Schmithalsì0 preÍeririampro,,ar de vírjas maneirasque lTs se compõe de duas epísrobs aurénricâsrenoeridâsaos tessalonicen- sesrt. Com asduasepístolasaos tessalonicensesSchmithals reLonstiluiquarróepísrolas'origirais",dasqraisa segun da incÌuilfs 1,t-2.12| 4.2-5,íE,e â qual; âbrange "tTs 2,114.1. SegundoSchmirhals,existemdoi" fundamenros e.I. Fuchs,"HebeneuÌik?', ThViâÌ7, 1960,46sst=E F, Gtdrbe ,"t E4ëhtz.r. 1965.rre,s) _..._.r0DÌ ao.do cod V Schmk,'D.Ì I Kor âts Bliefsanntuns.,'/NI 6A, ]969, 21) Ìr (:onúr â posiçãode EckÍt, ú Künmel (vú .ÒÌá s), 220* S 14 PnÌÍllEiFAEPlsÌoLA AOS ÌESSALONTCENSES J35 tanto,estemodo de agir do rcdatoré incompreensível. B EPÍSÌOLAS
  • 11. t 336 B EPÍSÌOLAS O Íato é qr:e a hipótese de uma coleção originâl de serc cpístolâspaulinâs, em si, não esrá provâdâ (ver 5 J5.2). O que acontece,porém, é que não há ninguém que aduza motivos na reâlidadeconvincentespara demonstrar que al ËJem,que náo fosseo auLororiginal.haja reunidodiver sas das epísrolasde Paulo, excluindo alguns rrechos e re- elaborando outros!t. O patalelo acrcscentadopor G. Borúamm t6 - a provável combinâçãoJna Carta de Policarpo aos Íiüpenses, de duas epístolas: 7-72 e 1)-74 r7 - nâde plova a res- peito dessa conexão, porquânto, no caso, duas efstolas são colocadaslado a lado, ao passo que, na hipóresedos tes- salonicenses,as epístolassão mistuÌadasÍormando um mes- Se é verdade que "na ântigüidade não existem para- lelos" para tal combinaçãode epístolas1x,então â hipótese de que as duas epístolasâos tessalonicensesÍoram combi- nadas pârâ formar â nossa 1Ts deve ser consideradaim- 5 15 SEGIJNDAEPÍSÌOLAAOS ÌESSaLONICENSES 337 slonicherbrieÍes",ZI.IXI 14, 1952/53, 1,r2s' (=Güahhlhe Statlièk ."d NT aid rìd* Udueu, 1962, 20ts); P D,y, "Thc Pdcti.âl Purpo* ôÍ SIìúd Th6salúi,rs', ATR 45, 1961, 20ls; D L hrm.nn, DdJ Olle"bzt,netue5tiinrln6 beì Psrlt! r, den pdÀhh]che" Genetaden, !íMANT 16, 1965, 109$ l. Conreúdo Depoisde uma fótmula de saudaçãointrodutória(1, 1-2), Paulo agrzdecepela preseÌvaçãoda comunidadena fé e no amor, e, princìpalmente, pela paciênciade seus membrosem suportaro soÍrimento,Adverre-ossobre a parusiae o juízo final, e encertaa introduçãoda epístoÌa comumasúplicapelacomunidade(1,1-12). Â epístola propriamente dita, começâcom urn apelo em favor do equiÍbrio e da ponderaçãoem Íâce de umâ expectativâex4geÌadada parusia,que estavâocoÌrendonâ comunidâdede Tessalônica:o dia do Senlor ainda não veio; pÌiheiÌo devevir 'o Adversário'.Este já estátâ- balhandosetretameore,mas serácoibido por um poder co nhecido da comunidadeDepois desta rnanifestação,ele serádesttuldopor ocasiãoda parusia(2,1-12). Seguem-seagradecimentospela escolhados cristãos, gue recebemo mnseÌhode s€ mantetenrfirmes.Repete-se o pedidorelativo à conÍiançaque meÌecea Íidelidadede Cristoe de Deus (2,11-1,5). Vêm depoisinstruçõesespeciaisâ propósitodos que levamvida desordenada,preferindoa pÍeguiçae â ociosi- dadepor causada proximidadeda paÌì.Ìsia(1,6-16). Á epístolaterminacom saudaçõesde Pauloenviadas de propflo puhho {J.r/-lõi. 2. Seqúênciacronológicada I e ll EpisLoÌasaos tessaìonicenses DesdeHugo GÌotius (1ó41), repetidâsvezestem-se propostoque ã segundaEpístola aos tessalonicensesfoi S 15, SscuNoe EpÍsÍor-Á Áos rEssÁLoNtcENsEs Alén dâ bibÌiosúfiâ .o $ 14: ì{ ì(Ìrede,Die Echthêìí des2 Thüs, TU, NF 9, 2, 1901i Á. Hünack, "Des Probled dcs 2 The$", S,{B rer0, r60$i J. W@1, Die tchtteit dps2 Íhat Lsk,tt.rt, BSi 19,4, raf6; J. C,rÍ"n, Dp Echth.it d8 2 B?hkt a" .!p Tba,'lÒDknÌ, NT,4 14, t, l9l0; E. Schvejzer,"Der Thcs ei! Phil2" -IbZ r, 1945, 90ssi286ss;2, 1946,74sj nourroseotido,ver: V. Miúae]is, ThZ 1, 282sj H Brá!n, "Zur nrchtpaulinischcnHúku.ft des neiten Ths- It CÍ W MióáeÌis, - TeiÌursshypotbesenbeì PrdusbrieÍe', ThZ 14,1958,12lss raC Borúr'm, Ae Voryd.hi.hte da "az Zuaren K.a*bet ffi./.Í, SAH 1461,2, 14, norá Ì11. l'Ve, B. Alraner.A.Strih"Í, PdtoloaÊ, 0ô6, 7' ed, ìs. rB5 t ì Ìhrl!, 'B:rÍloDDo.iriolen, ,la. A reÍerênciade J Srhm.d llhRv 62, 1966,J05) ãos€soiÌosdc SiDeãodã Msopo,âúi., como 'nr ,empln diíi. note podelfld à algumpmgEso, pois âqur ndb '','.'r !1" câ',.. e.iì, prcaveìrenÌc.de d(epçõester I. Qúi'. I I PrtúLtp, Illi 1960,164s)
  • 12. I 338 8 EPISÌOLAS (scfitâanresda primeira'.Os ÍundamenrosapÌesenÌâdos lura Íustrticaresládaraan.eriorde 2Ts são: 1) lTs Íoi colocadâantesde 2Ts no cânoneporque erâ mâisÌonga. . 2) Timóteo,ao serenviadoa Tessâlônice,ffouxe com ele uma epístolâ. 3) 4 pr"vaçaoem 2Ts refere,seao presente;em 1Ts, ao passado. . 5) A. referénciaà assinalurapessoalem 2Ts f,t7 ú teÌlasenttdose iossees!âa primeiraepÍsrola - 6), A. observaçãode que a comu,ridadenào rin_hane cessrdadede ser rnstruídano tocanteao tempoe âo prazo (1Ts 5,1) ÍicaÌia meÌhoÍ entendidase seui rnembràsjá houvessemlido 2Ts 2,3ss. 8) A escatologiae a cristologiaem 2Ts apresenrâm- semars.pnmf,vasdo queasexposrasem lTs. târsárg!men1os,porém.não sáoabsoluramenrecon- l) Nãohá fundamentoprra seconi€cLurârumâÌrrns. posiçãodenLÌoda coleçãodasepíslolaspâulinâs. .. I n(rnchmk Alberp, Appel r2Tr Íoi sômenreenv:adr d,es de HadoÌn, llóa8i T. l(. Msnson; Ì. ìí-s. DaJ Lt/.rri ';tt'üa 1qt7 21,.s: B ú fâylôÌ, tr0$. ì.úirh.ls co;sidèÌ, ),r 12: '.ò rÍ onô pimeiro sdro dc paulo pàÌr . Iess,lóni(á. I 1s SEGUNDAEPiSÌOLAAos ÌÉSSALoNICENSES 339 2) Timóteo é um mensageiro,um irmão qrrc loi enviâdopoÌ PauÌo.Por isto, ele não poderia ter lcvltlo corìsigoa epístola. 3) Segundo1Ts l,ls, aindaperduramasdiÍicLrldadcs, e levando-seem conta âs condiçóesexistentesem Tessalô- nica, elaspoderiam recrudesaernovâmenteâ qualquer mo- mento. Aliás, é o que 2Ts 1,4ssmostra que Ìealmcntc 4) Pâulo, por ocasiãoda fundaçãoda comunidade, 1áhaviaadvertidocohtrâuma tendênciaà ociosidade,que esravasJÌgindocomo conseqüénciâdo en.usia.moescaLo. lógico (lTs 4,11); ele tÌ^t^ do âssurìtoem lTs 4,10s e etn 5,14. Em conttapâÌtidâ,na segundeEpístolaaos tes- salonicenses,Paulo precisoutomar medidasenérgicas,e, parâ isto, nâturalmenterecorÌemaisà instruçãooral dada quandoâ comunidádefoi fr:ndada,do que a aÌusõesa lTs 4,10s;5,14 5; PaulorecordacomunicaóesescÌitâsânreÌiormenLe não sóem lcor 5,9i 2CoÌ 2,3ssi7,8.12,Ínastambémem 2Ts 2,15. E 2Ts talvezpressuponhâque ulna epístolaes' púia de Paulo esteia úcuìando em Tessâìônica.Tâl con' jectura,porém,justiÍicade sobraa obseÌvaçãocontidaem 2Ts 1,17 sobreseucostumequandoescrevecartas. 6) 1Ts 5,rs âludeà insruçãoorâ1,comoo fâz iguâl- menteo trecholTs 4,9. 7t Nadaindicaque âs questõeserrsrentesna comu- nidadeÍossemocasionadaspor uma epístolade Paulo 8) 2Ts não mencionaos que moÌrernaDtesda patu sia, mas isso nada implica a proEísitode uma visão es-
  • 13. 341340 s EPÍSÌOLAS ({ìjrìrnidadeconúâriâdecisjvâmentea suposiçãodeque lTs rcja a segund-aepisrolaes.Íila à comunÌdadi.A seqüência canónicadeve,port nro. ser a oÌiginâl. J. Autênticidadee unidade O primeiro â coltestaÌ a autentícidadede 2Ts, Íoi J. E, ClnistianSchmidtem Venflut neenüber díe beiden Brielean die ThessalonkherÍ1798): JuasadveÌrênciâsem 2,1'12recomenrlandoqueconÍiemnumaepístolaescritaem seu nome, onde Paulo afirma a proximidade da parusia, sãotão antipaulinâsquanroas fantasiasnatrada"iobre á AnticÌisÌo. F, H, Kernr acÌescentoua estateotiâ a suDosicãode que 2Ts era literariamentedependentede 1Ts,-e indicou expressõesnão-paulinase o trecho2Ts 3,17. Tal reÍerên- cia evidencisa tenrarivade querer mnseguirqüe ptedo- minc a aceitaçãoda inautenticidadeda cartacomoepístola PâUlrnâ, Durantevárias décadas,a pesquisade Kern foi en- cârâdacomonormadva.ì0. íredè, ao estabelecera inau- tenticidadedâ epístola,enfatizoüa dependêncialiterária de 2Ts em reJaçãoa lTs: 2Ts é quaserotáImanredepen- dentede lTs. AJémdisro,se Paulopudesseter jmaginado que seu nome seriaindevidamenteusadonuma cata Íot- iada 2Ts 2,2;3,171,ter.se-iadetido mais longamenreno assunto.Esta críticade Wrede,em rods a sua exrmsão, repousana negâçàohodiernada autentìcidadede 2Ts, mas. ,lem dlsto, Ìessalta o seÂulnte: a) a incornparibildlde de 2Ts2,1-12 corn as passâ- gensescatológicasde lTs 4,1lss e lCot 15,20ss!; b) o tom moralìzantede 2Ts 1,5sse 2,12 eíít con- fronrocoma árirudecornumem Paulo'; ? Âc€@ da hisúriâ dâ cÌlücr, cí. Rjs?ü, Conn, r24ss I "Sobre 2Ts 2,1'12", 121Ï 1819, 14t$. a Mtrson, Fuü*, Mds.n, G ZieDer, GANT, l05i Lührnmn S 15 SÉGIJNDAEPÍSTOLAAOS ÌESSALONICENSES c) o enÍoque consistentedo aÌgumento conÌido 2Ts sobre a aütoridâde do âpóstolo 6. 2Ts tâbbém se codpõe de duas epístolas,e que â seme lhançaliterrtia entre 1 e 2Ts pode ser expJicadapela ma- neirâ pârecida de combinar duas epístolas em ambas âs epístolascanônicas. Â suposiçãoda origem não-paulinade 2Ts sofre o de- safio de importantes consideÌaçóes,contudo. Àtgumentos contrâ â qutenticidâdebaseadosem atitudesdiÍetentesdian te da expectativâdo Fim em lTs e em 2Ts não Podem set consideradosv,ilidos. Os conceitosempregadosem 2Ts constituein um material apocalíptìcotadicional; o homem ímpio (2Ts 2,1) e aquele qüe Ìetém (katéchok, o misr6 rio dá iniqüidade em 2,7 são figuras apocalípticas3; os aconrecimentos que o lrecho z.Jss PressuPõe são 64,r97Ì,EE3 3 Vd Dibelius, ,l lo.
  • 14. 342 B EPISÌOLAS rctémo mistériodâ iniqüidade).Convémlembrarque as duasconcepções- o Fim chegandorcpenÌinamente,e o Fim rendo an.ecedenLeshisLóricos- ocorremjunras na àpocalipricado iudaísmoe do oisrianismoprjmirivo, e re- pousâmnâ mesmapeÌspectrva.Tambémnãoé verdadeque Paulo,em nenhumoutrc Ìugâr,âpresenteum tâl d€tâÌhe apocâlíptico(cf. 1Ts 4,15-17;1Cor15,23-78.5Is). A 'escatologiaconsümadâ"e dos falsosmesttesque proclamam:'O Dia do Senhorjá esú próxino" l2Ts 2, 2)ro, de maneiraalguma,deveriaseÌ Ìelacionadecom o gnosticjsmo.Além do mais, Paulo, apesarde re{erências , àcontecimenrosque aindaretardamo fim, pressupôe,em 2Ts 2,1, que"o mistérioda impiedadeaindaestejaagin do", e, desremodo, calc..rlaque os eventosescatológicos esrejamcomeçando.Emboraos relatos,que a ele chega' ram, sobrea expectativaescatológicasuper.entusiástÌcade algunsoistãosem Tessalônica,compreensivelmente,levam- -noa enlatizaros fatoresque contribuemparâ â demora, ainda que, mesmoassim,ele conservevivâ â expectativâ oe uma patuslaLmlnente Âs outÌâs objeçõescontta o Íato de haver Paulo es- crito 2Ts tambémnão são convincmtes,e, realmente,al- guns Íarotesservemde apoio à süposiçãode que eìe a tenhâ escÌito- É claro que, baseadonos relâtosrecebidos,Paulo Ìi- nha razãode admitit que umacartâespútia,escritaem seu nome,estivessecirculando(2,2), e, pot câusadisso,em 1,17 ele alude âos traçoscaracterístrcosde todâsas suâs cartas.Não há nada,porém,que justiÍiquea afirmaçãode que eÌepudesseter ido maislonge,na tentativade escla- recermelhoro assr.rnto,iá que,principâlmenteem Gl 6,11, aooiadoem outros Íu:ndaDrentos.ele ambém se ÉÍeriu à arrtenticidadeda Epístolaaosgálatas,recorÌendoà meÍ|ção de suaassinaturafeirade p6prio punho. q Á$im Dêns R H. FulÌe!, Lr, 59. 'o A ÌespeiÌô d.!sa ìínis ródução .,ssiÉl de eãésthehcr, cl S.hmirÌrÍls. "Histo.ische Sitü&iô.", l46s 9 !s SÉGUNDÁEPÍSÌOLAAOS ÌESSALONTCENSÊS 343 Embora Braun tivessedesejadover ern 2Ts uma ex- tensãomoralizadoÌada teologiacontidâem 1Ts,poÌ causâ da prediçãodo julgamentodivino para os optessoresda comunidade(1,5ss),existeum julgamentoanálogodos ju deusque se opõemà misúo no tÌecho lTs 2,16. E 2'fs 1,11mosira que,em 2TsJnão existeabsolutementeumâ expectativaque assumisseo câÌáterde utnaaceitaçãogeral doscristãosdiantedo julgamento,pelo simplesÍato de se- rem eles crisrãosrr.'Indicarum tipo nìais cohsisterìtedÈ apoìo à autoridadedo Apóstolo e da tÌadrção transmiddâ por eLe| 2,2,1);t,1.6.tu,12,tÍ+),Cloque nâsourrâsepìi- tolasde Pauloeqr.rivalea minimizaro Íato de que Paulo, em 1Ts4,1s;lCot 7,25.40;1,4,37;Gl 5,2; FI 2,12,Dáo dá umaênÍasemenosexpìícitaà suaautoridadeapostólica. Enquantoasobjeçõ€scontÌaá autoÌiapaulinade 2Ts não sãoâbsoÌulameúteDersuâsivâs.existernváÌios elemen- tos que falama favor di suaâut€nticidade. A linglageme o estilo de 2Ts, com exceçãode pou' caspalavÌes,sãode cuhho proÍundâmentepaulino: epipbá- xeìa pzf;^a paÌusiasó ocoÌreem 2Ts 2,8 e nas epístolâs Pastorais.Este, porém, não constitui o íÍt.o tetmifius techfiìcrsem 2Ts. Seocasionalmenteem 2Ts (2,!);3,16) klios é vado em vez ée theós( 1Ts-1,4;5,2J), encontra' -se iguaìrnentesubstituiçãosehelhânteem outros lugares lITs 2,12; cÍ. Cl 1,10). Os vínculoslitetáriosentre 2Ts e lTs são, sem a menoÍ dúvida, rnuito estreitost2, mas, ao coítÍârio do que afirma lwrede,os pontosde contato não ocoÌremna m€smâseqüênciaao longo dasepísolas, e âchâm-seespalhadosern apenâsceÌca de um terço da segr]ndaepístola,de modo que nadahá que nos induzââ supot que exista uma dependêncialitetária. A mudança de tom - coÌnpaïem-se2Ts 1);2,1) e chalisteiflopÈei- lomenam íTs 12:2,13 elcha stoúmen- é compÌeensí vel, tendo-seem vista a censuÌâque Paulo precisafazer 11Ouros arNnenrôs conÍ, BMün cú Schniü.Ìs, "BÌiefkonpo t2 C{ a úbua m RiÊâux.Coz, rlls
  • 15. 5 í5 SEGUNDA EPÍSÍOLÁ AOS ÌESSATONICÉNSES 344 em 2Ts, e quer atás, cortespondeao estiÌo litúrgico (I CIem)8,4; Batn5)), A hipótesede inaurenricrdade,po!ém,crja suaspró- priasdifículdades.Como, a partit do início do séculoII (Policarpo,Filipenses,11,4; MâÌcião) 2Ts passou,iÍcon- resravelmente,e izzet p^Ìre dosescritosPâulinos,elâ deve ter sido escdtabem maistaúe, nos primeirosaDosdo se_ cllo IL Mas a controvérstasobÌe a "escetoloqiacotrsuma- da", que constituio ponto centÌâl da epístoú, não pode ser expücadade acordocom as tendêDciaspós-pauìioasno século L Na verdade, 2Ts 2,4 Íoi evidentemente dizer, do que um autor que o imite conscientemente- EvidenrcmeÍrte,tal argumeno só seú váiido s€ esti' ver pressumsroque 2Ts representauma rlnidadeliteníria dentro da'Íorma em que fói uansmitida.Contraesta su cio de umafórmulaconclutivaem 2,16sno contettoori pinalde umaeDicrolâDâulina.E isto enquantonàosecom- i'orar o dadoìndemonsrrãvele injustifi;dvelde quePaulo Lr (lí lTs 1,12 e lon Dobrhütz fo commtÁlio À essa pass4em tenha sempreconservadoo mesmoesquemaliterário em todâsas suâsepístolas,O cotrjünto d€ eÌementosevidmciâ antes que 2Ts constitui üma segundaepístola de Paulo à comunidadede Tessalônica. Restaâindaexplicara inteÍessantecircustânciade qÌre Paulo deveriatet escritoà mesmacomunidâdeuma epís- tola em vários pontos semelhânteà ante ot. Fizeram'se tenÍâtrvâspâra evitar as conseqüêÍÌciâsda Íorça de tal hi- Fítese, mediente a aÍiÌmâçãode que a epístolaÍora origi ÍÁÌiamente ender€çadaã umâ miooÌiá judeu.cristãem Tes- salôaicara,ou , um grupo especjaldentro da igejar5. ou à comunid.rdede Berãafr ou de FiÌiposL?,Todai estashi- póteses,porém, são iontrove$idaspelo fato de que, no caso,o endereçooriginalprecisariateÌ sido altetado(por quê?),e de que,segundo2Ts 2,15, Paulojá haviaescÌito uma epístoÌaÀ mesmâcomÌüridade. 2Ts setia,pois, mais compreensívelse o ptóptio Pau- lo a houvesseesctito âlgumessemânrsdepois de ter es- crito 1Ts, quando esta priheiÌâ carta ainda se eoconüavâ hem dtida em sua mente. olâ-pão" (l,lls), á taÌ ponro que Páulo se vê obÌigado a recomendarcertasmedidaspata a disciplinada igreia contÍa essetipo de Íanatismo(3,6ss.11ss). ü Alb€rÌz, ll$Eck. It Dibelils, 16Goêuel.
  • 16. B EPÍSÌOLAS 5 16 PBIMEIBAEPISÌOLAAOS COBÍNÌIOS 347 ritadosde 1Ts, que Íez com que lTs 2,1-r,10 ainda Per- mânecesseessendalmente lnusltadâ. náricos. Se 2Ts rrãotivessesido esuita muito tempo depois de lTs, eotãopoder-se-iadeduzitque o lugaÌ provávelde sua ÌedaçãoÍosse Corinto e a época prováveÌos anos 50151 óbm, W G Kümhel, ThLZ 91, tots); lì Llotcy,"Pauls InkÌ,cÌions wirh the Coínthìans', JBL 81, L9ó5, Ll9ssi J. HaÍisôn, 'SÌ Pâuls laÍec ro rfc Colinüians, [xrT 11, 19óó, 26r!st Á FaìilLeÌ, DBS VII, 1966, 17lsj l. B Richüd!, 'Ronâns âDd I Corinthhns: Their Ch!o!olop',,1 R.laÌior.h,o and Coroam,:r" Dtk, . NTS lJ. 196ú167. l4*: N - D,hl. P,ul rd rhe úrú I GÚrh ^c.oÍdina ,o I Corinrhims 1:r0.4:2r", Cbtirti'n HÉtdt ú,1 I'te.p,et'tìo' Fe'tscbt. l. K"ox, 1961, ltls; J. C ì( FÌeebom, "Thc DereloDncnr oí h(' oilc ar Corinth", SrEv IV, Tu 102, 1968, 404*; R BuÌtúánn, il4iÍd !"d Nath des Chlhdìche, Eìr. A,slequr| ,ah 1 Ko/ 1,1-J,4,N'lA, NF 5, 1968j lí. Scbenk, 'Dú 1 Kof als Bri.fsannbne , ZNìí 60, 1969, 219s, R Jeverr, Prl,t Arthrcpalôs'@l Teth, IG'IU 1a, 1971, 2Jts 1. Conteúdo Depois do proêmio e da expressãode agradecimento pelâ açã; de Deìs no seio da comunidade,Paulo, baseado em reiarrjrios(1,11r,discuÌeos coníÌito"exisrenlesna co- Ínuhidade(1,10-4,21): teagindocontta â estima erïâda_ menresuperválorüadâpeloscheiesoistãosprimitivos,con sideradosindividualmente, Paulo ÌeÍeÌe-se à não'esseÂclâ' lidadedo pregadorindividualdo evangelho,já queo evan- nos reÍetentesà comunidade(o enviode Timóreo,que já se veriÍicara,e seuptóptio plano de ir até lá). Por causade umacomìrnjcâçãoposteÌior(r,1), suÌge uma discussãosobreproblemassexuais:5,1-1J,o câsode aosídolos(8,1-11,1).(Digressãoern 9,1-27sobreo-di teito que âssisteao Apóstõlo de Ìecebetsustento,sobÌe suâmâ;utençãooscilânte,e sobtesuacapacidadede seadap- tat em beneÍíciode sua missãoieÍn 10,1_11trata-sedo $ 16. Puvrrn,r EPísroLÁÁos coRiNTlos
  • 17. 349 B EPISÍOIÀS perigodos abtepâssadosno desertoe do perigoânáÌogo que existepáraos cristãos). Passa.seentão para problemasrclacionadotcom o culto (11,2-14,40); e, em 6eqüência,abordam-seproble- masrelativos à conveniênciada cabeçacobettapâm asmu_ lheresno culto (11,J-16), à corÌetâ celebraçãodâ Ceia do Senhor(11,17-14), e ao l:gar dos donsdo Espírito nas assembléiasda comunidade(12,1-14,40). (Nova di- daçõese bênção(16,19-24). Vê-sedaramenteque a epístolanão obedeceâ ümâ seqüéncielócicade idéias,mas vai abordandodiverso.as sunrostobÌe-a vida e a Íé da comunidadecrisrã,baseando- -se nos relatóÌiosda comunidadee procurandoÌespofldeÌ a umâ calta enviadapela comunidade.Por isto, não existe 2. Situaçãods comunidade Em 146 a.C.,a ricâ e antrgacidadede Corinro'Íoi destruída. César Ì€ÉoDstÌuiua cidade, dela fazendo uma colônia romana, e, àe 29 aÊ. em diante, Corinto ficou Releuvanenrea CoÌúto, v.! Th Le-$hlu Pí 3upl 4 lq2a ,9t. 6. 1rJ5. tal* 4at'pit CÒìirth A CuidP to thè Lx.duatton! 1960, 6s'cd.r R. M. Grúr, BhHv lÌ, 1964, 988s 5 16 PBTMETBÀEPÍSTOIÂÂOS COBINÌ|OS 349 smdo a sededo procônsul,e a capitalda provincr.Ìscnrr. torial da Acaia.Localizadaàsmargensde doismaresc com portosI leste (Cêncteas) e a oeste(Lecheeum),era cln um cenüo de comércio natuÌal entre o Oriente e o Ocidente. epÍstolasaos coÌínÌios. pois de um anoe meiode ministériode Pâulo(Át 18,11) al: iâ havíauma comunidadeÍlorescente,que consistiâde gen;os cristãosllGÍ 12,2), na maioriápÌocedenlesìas classesmaisbai:as ( ICor 1,26ss),maso elemenloiudeu- 2  .lim.éo, mpldotc diÍlrdida d€ que 'ìo l@Dlo de. 4qD d'r., n. .cúpol. de Cdirro. dâ iords@@k pnüc.d... p!o5ü.ruç$' não <orsDof,de,q tâto5(L€! tu prevâsc6 rI (rnz.únanD. ^on4'nd die Ìúìidct"ezdet AphtudiÌe Zu Relisontc.r.bkbt. dPt tadt lao' tì'th, N^G t961, 8).
  • 18. 350 3 EPISÌOLAS Àntes de lCor, Paulo já escÌeverauma epístola aos coríntios( lCot 5,9ss),na qualproibita que4 comunidâde tivessequâlquertipo de relacionamentocom pessoâssen- suaise ávidasde ptazer.Em Colinto, isto foÍa intetPre- radocomose o Aprjstolo sereferissr â pcssoasimorais que viviam fora da cdmunidade.O problemade saberse eita "€pÍstolaanteÌio!" a lCor se pirdeu ou se,em parte ou nJ todo, pode ser reconstituíd;por meio das duas epís- tolasaoscoríntiosque se conservâÌâmJé algo a que só se pode rcsponderem conexãocom a qllestão reÌstiva à uni_ dadedasduasepísrolas 5 13, PATMETFAEPÍSÌOLAAOS COÀINÌIOS 351 gãos(8,10). Durantea Ceiado Senhor,os ricos se eÍn, PanturravaÍnde cornjdae bebidaque tráziamcoÍlsigo,âo passoque os pobrespermaneciamcom Íome (11,17ss). O culto acaba pot degenemr em desordem, enquafito â glo*solalia,cuja práticr era exaltaÁl-como smdo o caris- tna cristão poÌ excelêffiá, ameaçzvasupÌi-mjroutÌâs óÌâs do Espírito (14). Toda a idéia da cença cdstãna ressuÌ reiçãodos moÌtos erâ negadápor umeparceìada comu- nidrde ( I5,12). No entanto, Pâulo preocupava.sepriocipalmente com a noúcia de discórdiase cisõesderìtÌo da comunidade.PeÍo fato de Paulo, no início de s€uscomentáriossobrc tal si- tuâçãona coÍnunidâde(1-4), dizer que existiad pessoâs na comunidadeque se identificavamcomorpeftencendoa Par.rlo,Ápolo, Crfas ou Gisto" (1,12), tem havido,a co- meçar coh F. C. Baurr, discr:súo a pmÉsito de "peÌú- dos" em Cotintoí. Fizeram-serent4tivasro sentidode es- DecificâÌos "oartidos" individualmeotee de distribuir a lolêrnica hclúda na epístola de modo a coÍrelecionála com os PâÌtlclos'. Com baseno rúro de Gl (2,llss), é fáciì perceber que os adeptosde Pedro eram repÌesentarÌtesde um cris- tianisrlÌo judaico, que âpelâveÍÍìparâ os apóstolosoÍiginá- rios de Jetusalém,emborâem lCor não ouçamosnada a Ìespeito do c!-oìpÌimento da Lei, nem saibamoscoisa al- guma sobre a cstadade Pedro em Corinto6. Ápoiados en At 1E,24e €rh lcor l,18sspoderíamostambémdeÍender a hipótesede que Àpolo representasseum tlpo de cÌistia- nicmo indinâdo a desmvolver a rctórice e a eúeir sabedo- , F. C. Bru!. "Die chrkhrlDríeí in der koÌinrtó.n Gdeh&' erc,,'tzT 4, 1831,61ss(:F. e. R, Aase'uôhh. W*kê ií ÊiDzt.a tstbeb, ed. w K, Scholde!,I, 1961, l$))i qcúto m VGK, NT lrE$ . !q. Sclmiúúls, D^ kç.blith. Apolt.hht, FIU-ÁNT 81, 1961, 191, noú 4ó2 fdr dê l@ '(rJl]Mid.d. D€úio-. t Ve! o rcsllm seÉl d. situ.ção @ Hurd, 9ú6. 6 Â]sn de 6 mscionados o Hurd (100, nota l), a hipótea dê h niristédo de PedF. oìr Elo nsos de ma su. .!t.dá €n Co!in!o, úontr. defensors em Éurtt, "Cephas", 5s, e SúDiÌhals, Gtoti', )! èd,.,)54s.
  • 19. 352 B EPÍSÌOLAS dè Cbìstotâ 7 CoD nuir. !eão, a ptopolb de qDe P.!lo en lcar steja potcmiando onrn u. -bdE.;re de su, eu@ridcde, .htuldo.p€ros ãdeor6 de AFlo. 03 auâjs * *'ao, pd loto. dt @b quc ^pooã.àãìã ï* iiri,""i- aËõ'i;6. .o i"ir" FÌ cr.sinod, cdrc íú,4 iiüi iõ"-ii-i".ãìi, úá., *;.H. M;nt.rioe,cazz o' H,á, BNrc 1964,22Ès). 3 F C- Bá!!i FeinelB€hr q c. vei^iid.ú. D.! A}dtolit.hc z.itdttè dã .hdttlkh'n Kit'hc tA92, ! eÀ.,277s: E. Bod;ê|, TIZ tt, r95r,4r2 Io LieEdn@; Jiilichd Fáeàd. 11Lülcqt, Schniúals, Jd.tt. 12Mr.son. Jr., 207. ti R^erÌ- Chhttiaritl. 284. tt úiú.i. ttGú. -1. vJ.h: cocúel,Michad'sivilcl.ns: H Mcb(h, ',4roío{ori; úe NI", StTh2, t94c/t0, te6 s 1ô,PÊjME|FAËPISTOLAAOSCOFINÌ|OS 353 OutÌos rèm discrtidoo Íarode que não hâvraíbsolu !ârDentesecraÌismonem Íâcçóesem Corinto, e acabaÌâm por.apresentãro ponro de vhra de que o que exisriaem UoÌinto €râ siÌnpÌesmenteoposiçâoa Paulo, ranro assim que, cenamentepor isro, o priprio Paulo, mediânteo sloganegò dè cbüstoít prcr:u"?estábelecerâ únicâ posição coÌletacontraosJogansde "grupo" que,â tíruìode exem plo, eJe[ormular'. Óonudo, "nráu há que sr:girarer sido o própdo Pauloquemcriou os slogau en 1,12 - e mui- to menos o últimd deles como expressãode seu ponto de vistâ! Â divisãonão surgiucomoÍesultadodâ meÍapresen- ça de diÍerentesmestresou tendênciasnâ comunidáde,mas em cohseqüêricidde uma esúmaindébitadedjcadaa mes- tres humanos,pÌilìcipâlmehte àquelesque usaÌafl hatismos entre os coríntios dando ao batismo umâ inteÌpÌetaçãoim pregnadade um sabotdiÍerentede mistério(l,72ss;4,15; cÍ. 4,6: "Ninguémse ensoberbeça,tomandoo partido de um conrrao ourro ), a t^l aÍtÍÍtâúo valor diverso do que cle Ã*t aosslogans citados posteriormeDte,Baseando-nosna contÌové$iâ em lCor 1.4, nãopodemosJporranto,conclui!com segurança que nestaepíEtolaPaulo estelateôtândoestâbeleceÌumâ polêmicaem duasÍtentes(ou mais). Com o apoiode ou- tros fundrtDentos,isto é impmvável. It Assim!m!.n, dF lor6rB divsss, À,lunck,Dâu, 129,B4uánn. ,0, ,4s; R. Ì..iraníeiô, DE hclknútú.hpd MrttoPn.elicto,c". te21. hii; l.ri9": I(iiffim, "EinÍiihnnB d F. c R'!' . A*zeudbh.
  • 20. S 16- PFIMEJFAEPÍSTOLAAOS COÀÍNTIOS354 B EPÍSTOLAS Nada existe em lCrr com â ÍoÌma de uma polêmica tionável â asserção,fundamentada na suposição de que Paulo estivesseinsuÍícientementeinÍormado sobte os pon- cos como o pérequisito necessárioPaÌal| Pesso, se man- rer ficl à pregaçãode JesLtsCÌislo que Íoi crucificâdo e 4. Autenticidade e integddade  autenticidadede lCor não é discutida: a epístola ìr é claramenteconhecidaem I Clem 17.5;47.1-3r49,J; Ínácio, E/ Io.1;18,t; Rn 5,1', FIad 3,1. Reperidasve l Conrtâ f4ansoli H I S(hoeps,Pdul't lctq 1r' ^ . . , . ./ A$iD, por crúplo, Fulk'. R. M Gmnt: 4á'x!en; chhtn. s Dinlrú, FGhoÍo, Jeeett." " iji* -i,áãii".ç- d. c.trolqiâ d6 snôticosde,coriÌb' Ier.ã oor Scfrirhá1s. d. rccen.merte, Coülnáf,n Ãot' rvi .!rL na_n. 20.5. 28oi H. R Balz, /íatÒdi!.he PtÒbl.qP der nt L'ttrotaqt' ìíMÂNT 2t, 1967, 1r7s menLosobreo assunto,porém,dào coostitui fundamento adequadopâraaÍúmermosque existeumâ interpolâção,O mandamenro.ou melhor,â ordem:..Estejamcaladasasmu_ lheresnssassembléias.. ." (lC-ot 14,33b-j5|36l) não cria tensãocom 1l)3ss, e 14,33aleva suavementea 14,37, !9 pas_soque 14,3)h.36 não se auto-explicano conlexto. Não obstantelalein e eperatânsão proibidosem 14,34s, zf P. CíEhr.Ì, Perrs tnd !an. Zei!, 19t8. )|ss Ì /(,1 uã,11"ï:'*i1'í3'alt Fi4keht de' K"'hc ú1 P'64'!t dP' ,r V.i Lietzn.Dn-KüDm.l,r't to.
  • 21. B- ÉPISTOLAS s 16. pnrMÊrFAEPISÌOLAAOS@BlNÌlOS 357
  • 22. 358 B EPÍSÌOLAS J, CJ H von SôdÊF "Sdt@ór und Lrhü bci P'ul!r"' ch H ,. s'. i;#";;;;";;ì c;;;"h;; í ret-!' zras; G Bornk"ro :À.ï..ïiú-i,ìã-l*t'" úi P",r*' - G R sì!'tiedz! A't'k' ,"1 Chntteìttd, BevTh 2E, I95q U,$ Jr ar Bárêt e Coô*lndn, ,? roa ìa McNeilcìíiliaN, Itt, 116. 5 16- PÂjME|FAEPÍSToLAAOS COFINÌ|OS 359 cÌr:ída, qtrando pârÍi ísto não se consegueâpres€nrârne- hìum motil,o pìausível.Deste modo, a suposiçãode uma compilação secundríria de lCor deve ser rejeitada como extremament€improvável, 5. Data e lugaÌ de composição ÂÌgum tempo antes da redaçãode 1Cor, Paulo havia enviado Timóteo á CoÌinto, arravésda Macedônia (4,17; r' Ìok, 4?: rmelhalcnenrcSrhn.|.ah.Gro-n, ì, cd., cì b SeelndoHud. Prulo ,ssl4! úá posiçlo'c-'ka", úiein. nrhdre (.sih rÍmá ràDb€b Fc.bomì. Em sur-'priocrm oiu', porém,ele s. mpenha o prcmoverú Corinro r obs.rvtucâ do ''Je rao apor!óco_, ,tuc fese í"'crin .'" reiroJ,
  • 23. 360 B EPÍSTOLAS g 1?, SECUNDAEPÍSÌOLAAOS COBJNÌIOS 361 S 17 SecuNo,rEPÍsÍoL ÁoscoRÍNaÍos )t  d€du(ão de 5J, ..gundt â qüâl ' clrr! Eú sido csiE d' !H'"1ï#'Ëtri*ffï$:l'*iï*'g#i-i#r.Ttr1962.r%). ; $i.';r ;-#".,IïJio.x"',i?il"J'fi'Ì:1,1:''j *" " 1970/11,2))ss. . 1. Conteúdo Á epístolacompõe.sede três parteçque úo apÌ€- sentamumaconexãoclaraentresi: 1.7;8-9;10.1J.
  • 24. 1 362 B EP|SÌOLAS Em 7,5-16,Pauloprossegueaté o Íim a pÌé-históÌiâ da epístola.Em 8,7-24,sem nenhumat.aÍìsição,continuá a recomendaçãoreÍetenteà coleta pâÌa Jerusaléme aos companìeirosde trabalho de Paulo oue Íoram enviados pati recollrê-la.O trecho 9,1-15 retorni a discussãodo pro bÌemada coleta,novamentemencionao envio de colabo- râdores,e conclui com umâ hêrìção- Em 10,1 surgeum hício completamentenovo, com urÌl,l sevctaadvertênciae urnâ firme deÍesâcontracensu. râse acusâts€s,deÍesaque o levaà "loucum" de um ar.rto. -elogiosob a forma de justificâtiva(11,1-12-lJ). No treúo 12,14.1J,10a acusaçãode haverele lesado â comuôidadeé negada,e os pÌanosde viagemsão dis- Parâ encerrar,voros e uma tríplice bênçãoem lt, 1r-11 2. PÉ-história e ocasiâo A epístola provoca uma impressãomuito contraditó- ria. Não existe uma conexãoclara entre âs tÌËs Dartes, l-7,8-9,10-ll,o remadacoleracm 8 e 9 e abordadõduas vezessemumÁ relaçãonítida entre âmbâs,e a epístolâ se ditige à comunidadeern 10.1J num tom completamentedi Íerente do empregadotro trecto l-9. AIém disto, mesmoa primeiraparte ( 1-7) nãorepresentaem si uma unidade. A narrativasobrea histódeque ptecedea tedaçãoda epístoÌaintemompe-seen 2,1, e, depois,reapareceresu- midaem 7,5; a transiçãode 6,2 pat^ 6,J é muito abÍüptâ, e ó,J realmenreseiigariamelhorcom 5,ll; por cons€guin. Ê, 5,14-6,2Íuncionacomouma digressào. advertência getal (6,14-7,l) inlerÌompea expânsãopessoâlem 6,11- l) e 1,2-4ãe maneiramuiro ústica. Compreende-ce,por- tanto,quehajadúvidasamplamentediÍundidâsde que estâ epístola,em suaoÌigem,teúâ constituídoum todo único. A suDosiçãode que a eoistola.tal comoa remoshoic, nao se aihe inr".,, 'u.r sendo apoiadapela diÍiculdade s 17 SEGUNDAEP|SÌOLAAOS CORÍNÌLOS 363 que enconr. nos em_determinarcom nitidez a pré-história e a ocasiãodá epístola. ção è, em parre. muito opaca. É possível chegarmosa al gumâsconctusõescomo as seguintes: 1. 2cor é posrerior a 1Cor. Pouco dntes de esce, noÌogicaÍneDteútil. 2. 2cot vrs , enüre outras, â hera de acábar de umâ vez poÌ todas com o conflito entre o A1úotolo e a igteja. Segundo 12,4;13,1, Paulo pretende ir-em breve a- io, rinto pela terceiravez. Em sua segundavisita, elejá amea- . i Páúlo oio Fde €ns sc Éíúindo âqui uni@.nre @ ereiro po duzdo mlc p.lrr más nc í.i., p oenren.e de aorinÌô ,coFo pmq
  • 25. 364 s EPISTOLAS çara que, (e tivessede voltar, não usâíâ de condescen_ dènciJnemde meiasmedrdas(l],2; cf l2,20sr'Portânro, suâsequndavisitâprovomusinâisde tensãoentreele e â coÍnuúud.. 2,lss vai mâis Ìongedo que isso,pois' se gundo este trecho, Pâulojá se enrristecerauma vez em Grinto, e, * verdade,eleúmbém câu6ouuislez: aosque o fizeramsoÍrer. Esta sezundavisita não pode ter ocorÌido antesde 1Cor.Em 1Õor nãohá naàaque Írdique algumatensão: Paulo íala à comunidadesempÌe aliúentândo a esPeÌânça Á segundavisita, pois, ocoÌÌe entre 1CoÍ e 2cor (a visita intenoediária). Na realidade,a inÍormaçãosobreos planosde viagem de Paulonão constituium todo uúicado Ao mesmotem- s 17 sEcuNDAEPISÌOLAÀOS COFINÌ|OS 365 o mais rápidopossíveÌ,e, por isso,servecomoum aÌgu mento a mâis contra ürnâ conexãoorieinal entÌe 1.9 e 10-13(ver adianre,p 372). ). A lazAodo abalono relacionamentode Paulocom a comunidadeé diÍícil de detetminarexatamente.Seeundo 12,21e 1r,2, duÌmte suâsegundavisita,Paulodeve ter- -se sentidotriste com os membrosda comunidade.oue aindanáo sehaviamarrependidode suavida imoral.Mìs, como lJ,2 mencioDãiguâlmente " todos os outros [pecâ- doresl", deduz-seque haja outrasofensasem questão.O temaé desenvolvidoem 7.12. onde se menciohauh ho- memque cometeuumá injustiçapessoalcontraPaulo (Do adì*ésas),e em 2,5ss, onde há teÍerência a alguém que "causoutristeza"não a Paulo,porém à maio â, ou, ba' sicahenteâ toda a comurudade.À situacãoa oue estas duas passzçnsaludempode ter surgido'apenesna épe ca em que Paulo se achavaÌá {2,1 l, e. por conseguinte. deveter ocorido durantesua segundâ€stadâem Corinto (1,1r), e não durantea primeira,quandoelc estavâfun- dandoa comunidade. A pessoaque procedeumal (2,5;7,12)não deveser identificadacomo homemincestuosode 1C-ôr5,lss. For- tes razõesimpedemque s€ consideÌeos dois comoumá ú pessoa,inteÌpÍetâçãoque âÌiá6já Íoi rejeiradapot Ter- tuÌiano'?.A exclusãodo pecadoÌda assembléiâ,pedidaem lCnr 5,1s,z mtrega do mesmoa Satanás,de maneiraal gumâestãocoerentescom a brandaatitudede 2Cor 2,6ss t Paratal fomem,bastaa censurainfligidapelamaìoria"). É concebÍvelque Paulo, que escreveu-lCor 6,l2ss; lTs 4,3ss;Rm 11,12,rivess€posreÌioÌmenteatenuadosuaopi- nião a tespeitode um casogrâvede desviosexual.Md6 â injustiçe contra Paulo também pode não seÌ levâda eÍtr consideração(2CoÌ 12,16ss)- diziamque Pauloes' tâtia usandoem beneÍlciopróptio o dinheiroda coleta-, já que tal suspeitanão é atdbuídaâ nenhunapessoaes- pecífica e não pode ser caracterizrdâcomo algo que esti- , Tcr.ul-oo. r'e D,l tl. S.eoh.!sr. 'InteúÃ". 9ó. rtrorrider' r idenÌif'coàod. diÉ;.,, @m o ócc*uoo dc Có.in-o (tcor sr.
  • 26. 366 B EPísïoLAs seguedeLernìinârnem se , pessoáde mau procederera membroda comunidade,nrarë cerroque a comunidade emitiu um juÌgamentoa respeitodelar. 4. De.de que lCor Íoi enviada.DarecereÌse inreì sificadoa polêmicaconuaPaulo* .o.,loidrd" de Corinto. Dt um lado, ao longo da epístoÍa,Paulo teve de se reÍerir aosataquescontm suapessoa:a mudançados planosde viagemreveÌâ instabilidade(1,15ss); suas epístolasnão dizemclaramenteo que ele pensa(1,11s);ele deixade âptesentaÌumacâïtade recomendâção(3,1;4,2);seuevan- gelho não é claro (4,1); seu comportamentoé obscuro, Corinto semâutorização(10,11s); ele é iníerior aos que chamade "eminentesápóstolos"(11,5; 12,11);não que- ria correÌo risco de ser sustentadopelâ comunidâde(11, 7ss; 12,!)); ele não é absolutamenteâFóstolo(12,12)i de fato,Cristonão Íalapor ÍDeiodele (1r,r). Está maísdo que claÌo que, aqui, Paulo se envolve numa polêmica, nâo contra umâ perversão gnóstica da mensagemcfistã, mas contÌâ pessoastesldentesem co- Ìjnto que criticam â pessoade Paulo como apósrolode JesusCristo e que contestâmseu ministérioâposrólico. Além do mais,pode+epeÌceberque em 2Cor Paulocom- bate pessoasespecíficâsque o ^t^c rztn dentro da comu' nidade.Uma mtnoria(2,6;L0,2)que âceirapâgar(2,17; 11,20) e que conseguiurcessoà comunidademediante ' SesunJo8,r"". Feí,.h' SÌàhli". r5r, ad*.rr, eid um v-,r' hr Jd om.n,d.d"de Con-ro,I q-rl. pô'êm,nõoroÌou uìJ po,,çi cÌan cm iâ!ôr .le P:1,1. 5 17 SEGUNDAEPÍSÌOLAAOS COFINÌIOS 367 cârtâsde recomendaçãoe de auro-ïecomendação(1,1;10, 12.18) se vangìori:de ceflosprivilégiost5.t2i 11.12.t8): sao pessoasque tém êxtâses(J,l)il2,7l; conhecemCriç- Paulo reprora-as por esrâÌem pregando ourro Crisro e ourro evangelho( | 1,4), avenrurando-s I ì,fánson. KA€oam hupelza opo,totot. rr,5, .ãÒ Ind,.r dtr,s rurorid,d.s de Jerustér aqin, <onria Bü;,,, NÌS l97O 7lr, mI oposi,o,€sd Coijnro (ver RôloÍÍ, 79, OsÈndorp, 11, not. 16).
  • 27. B. TPÍSÌOLAS deu-cristãositinerâÂtes,Pâraos quâis "o respeitoà letra tradicional da Lei e a autoconsciênciâPneurnáticÊ"deviam estarcombinadaseotre si; elesencaravamJesuscomo um theiosan&', oÌr "pessoasde EstËlanas",isroé, iudeushe- lenistas que pteÍètiram ser consideladoscofio the?o1 te pèni. Búeü, NTS 1970/71,252s. s r7. SEGUNDAEPÍSÌOLAAOS COÀÍNÌ|OS 369 Laneamenre,atingema comunidadeu, que aindanào se li berLaratotaloenLedasconcepçõesgnósiicas1cÍ. 12,20s1,c que se mostÍe indecisâ dieDte dos opositoresde Paulo. Cortra os dois iipos de oposição,ele-deÍende,ao longo da efstola, a legiLimidadeu do seuminisrérioapostóliõ. 5. Pâulo escreverxu-mâc!Ìüa à comunidadeentre 1 munidade.a cDísrolasihrâ-seno Derrodode maior tmsão. Tudo indìca que o porradoi da epístolateúa sido Tito, em quem Paulovia'Íirmeza,perspicíciae tato súi- crertes pârâ conseguiÌ fâzÊÌ a comunidade aceihÌ bova- mentea autoridadedo Apóstolo.Dante da diÍiculdadeda lareÍá,foi necessáriomuiio esÍorçopâra peÌsuadirTito  aceiE-ra missão(7,1rs). Elc combinaracom Tito, com bâstantepÌecisão,o roteiÌo e a épocada viagemde volta. Esperavaencontiar-secom Tito -em Trôades"(2,12s). A demotade Tito deixouPauÌomuito preocupado.Pof isso, apesârdos óüimosresultadosmissionííos, ele saiu de Túa- pâÌâ plosseguiÌ a instru@o e pâÌa rrâbslhar em beoeÍício da colerâ(8,6;12,17s). 6, Deste modo, o quadro seguinteemergedos âcon- tecinenros ocoÌÌidos eDüe 1 e 2Côr: o envio de Tt:rróteo a Corinto ílCor 4,17116.10)nào püece ter alcânçádo pÌeno sucesso;peÌo conrrârio,Timóteo trouxeramás no- u Cí. Córs, C.caô, nts: C. W. M*R.c, 'Â!d-Du.lbÌ PoLmic i^ 2ç,or.4.61". StEv IV. TU 102. 1968.4!0.. 1, Kiisemd,
  • 28. t B EPISÌOLAS S J7 SÉGUNDAEPiSÌOLAAOS COFÍNÌIOS 371370 úciasde Corinto.Mesmolcor não despertouum Ìespeíto duradourodiantede Par.:lo.Por issoPaulo- talvezlogo depoisde lCor - saiude ÉfesoparaCorinto.a íim de ai'estabelecera oÍdem. No enlanio, o que ocorreu foi ","i'.*aïilili,Ti",il'iï'*.1""5.i:ï"Ë:iJi',i;l';:.F:l: J. Áurenticidade e unidade Á autenticidadede 2Cor como um todo é incontestá- vel. Por outro lado, a origem paulina de 2C-r:r6,14-1,1 suscitou por múto tempo sérias dúvidastt, ao passo que outtos estudiosospensâmque um texto €xtraído por Pâulo do cristianismo judaico ou de Qumrã tenha sido errada- mente aí inserido16.Decisivo para estâ suposiçãoé não tanto o fato inconÌestávelde que este trecho irnpropriâ- mente 6e âdapta ao seÌÌ coDtexto- o texto então pode- ria ser paulÌno, poÉm erradrmente i-oserido no lugat em que se âchâ17-, mâs muito mais o nrímero relativamente grande de palavrasque não ocoÍÌem em Pâulo ou oo NT como um todo, a combirÌaçeo de termos habituâlmente ÍÌão usâdospor PÀt)lo,tliollxttlòs sarkòs kaì pneumatos17, I) e koixonla pút (6,14), e a afinidade impressionante- mente Íorte com os conceitos da comunidade de Qum rã'3. Mas, ainda que estejacerÌo dizer que o dua-lismode Deus e Belial é câracterístico de Qum; e que Paulo em outros lugares não Íala de molytmòs saíkòt kaì pneumalot, deve+e igualmenteobservarque PauÌo não possìli ìrm ter- ' { 6c$;o náo e D,ulii, Fb ürqã. E{e e o ponto d€ ú61â de l-rller, H;r,.sro-, lÚ.úe! tásch.r, Mâdr'; Dnl,.* (vc! 5 to': BornJ.ámm.F:Lznter. cliLfâ. Geolai: R. üln.ú. Íhpalad. í1"' NT la5E, ìr id.,2oo, oou l; L. Blck, "Der C;ube dÊ, P.rlus" in L. R., Paalú, die Phdtbiiú a^d dat NT, 961, 7s; G Fri.drich, "ChÌis r A Ì.sFno do Èl*iôndenro oh Orfft, FÌ pormenoret em Fitmyr,, GnilÌd, Amuh, Càme, (vcÌ nolrs 15, t7); tb. H V HUD pmbi.-q, Dal Mcair .avh.n zse Wplt.n AThANI )4. lct9, t9,
  • 29. 372 B EPÍSÌOLAS mo lingüstico Íixo pata designaro Demônio, e que lCor 7,14 pressupõea possibilidadede profanaçãodo sôna kaì lfletinta. Não se pode piovar que o trecho seja paulino (cf., porém, o patalelismode koinoftía e metêchehlem lcor 10,16 e 2Cnt 6,141). Menos ainda se pode provât que ele não possa vir de Paulo ou qüe devâ vir de Qumrã. De qualquer maneira, a fráfl coÍrexão com o contexto Ìe- quet uma expücação.Além do mais, Súmithals 1' tentou mostÌar que 2Cor 3,17.18b, e 5,16 são gÌosas gnósticas Mesmo assim, nâo existe Íundâmento adeqr:adopara Íato de se saber se 10-1J peÍteoce ao mesmo texto que 1-9r enquanto eÌn l-7 Paulo maniÍesta a suâ aÌegria poj haver terminado o cohflito com a cornunidade e pode ad- veÌtfu corìtra uh castigo demâsiado ri+otoso p r^ adikésas te Scbnithâls, Glo$e,; prro o qne diz resF€iÌo â 5,16, @ncorda S 17 SEGUNDAEPÍSÍOLAAOs conÍNÌlos 373 násqüe se Íevestemda atirudede servosda iustiçâ" (11, 15), etc. Paulo receia que, ao chegar, não encontre os corín_ tios corno gostaÌia de encontrálos (12,20). Ele adverte que então. nãousaráde meiasÌnedidasnovâmeÍte' ( | 3,2), e espeÌâ que, "à sua chegada", "não teúâ de agir com sevetidade" (11,10). Como estes tÌaços evídenciam uma situaçãocompletamentediÍerente do teÌacionamentoentre Paulo e a i$eja de Corinto em 1-9, se compaÌadâ com 10-11, este segundotrecho, desde a época de J. S. Sem- cviso seral em 6,14-7,1fun(iona como uÍna inserçàoes rraúaìas observaçõespessoaisdirigidasà comunidadelo. ll-1317,2-4J, e os dois avisossobÍe â coleta em 8 e 9 pa- recem não teÌ estado reunidos oÍiginâlmente, ,0 J. S SeÍúe!, Patdphtdes II EPìstslae ad Cointbos, 776 2J Ded, Dnler, veÌ g 16j Blltma.n
  • 30. 374 B EPÍSÌOLAS drária (1073)'11, e, nesre câso, 8-9 seria consideradouma outras possibilidades. , .Acon.eceale que. em visra des-ashipdresescnrico- trlerinas,â. resposrâa d!ras pergunÍacse Âpresenlamdis a) Será que o texto, ral como nos foi trânsmirido, nos compele a afirmrr que o material foi combinado de maneirâ secundáÉa? br Podese ponenrura perceberum morivo convin cente pâra a combinaçãotaÌ como nos Íoi tmnsmitidal a. O problema crucial consiste em saber se 1-9 e l0-lJ reËamconçriruídopâflesda m."ma episLola.já que a diíicr-ldadeno Ìelacion;menroen,r. ..'u' dua' parìe" não é meta questão de idéias sutilmenre compatíveis,mâs de fasesdiÍerentes de PauÌo no seu relâcmnamenÌocom â comunidade.Não se pode discutir que haja diÍerenças(ver p. 37)), tÃastâmbém não é possível minimízar o Íato de que Paulo de forma aÌguma aÍirma em 1,7 que tudo em Corinto esteja errr ordem3. Pelo contráÍio, esre tÌecho da epístolaestá repleto de deÍesascontrâ más interpret4ções a respeito do pÌocedimento de Paulo (1,13ss.23ss;4,2s; 5,11ss;7,2), e de polêmica coDta outros missionários (2, 17s;3,1), e somente uÍÌìâ minoriâ da comunidrde aquies- ceu aos desejosde Paulo (2,6). Pot outro lado, mesmo em 10-11 Paulo dedara que apenascertâs pessgaso âtacam (10,2.711s;11,5.12s.18. 2a'ì/sdÌ,ndj FulleÍ, Maixrnr Schnlthals, ver g 16, Borúmm, cm-e_ r L. M an. 1 t" rÒ-nd.Ò, al the PoLh.e I orpÀr tars. ,s C Ceo,si. "KolleÌ " . ro.s :ckle, Ì7. O rra. h!d,"se. em Loslel. /'r. LÚ,2.8"..i cune. lhi lI b2,s S(hn.hal., G,o.., (ver $ 16), l" ed, 121. ,6 Cf. sobre o Nsuntô. SÈphenson, Ì,resltr, 87ssi Bãres, 6ls, Pí€, 100 5 17 SEGUNDAEPISÌOLAAOS COH|NÌjOS 375 20;I2,ll.27;13,2J , e o resto da comunidade se vê ,mea- çâdâpor tais pessoas(11,1b.416:12,11.19.1),2). CoíÌttã a suposiçãode que 10-1J esteja Ìelâcionado com a epís toÌa intermedifuia exíste mais uma evidência a de que 12,18, com bastante clateza, se ïelere) cono ocorrê14cia pasrada,ao envio de Tito e de um "iÌrnão" mencionado em 8,6.16-18, e de que o evento do quâl se tratá, nâ epís- Ìol, intermediáÌiâ, segundo2,3-5,9, já não é de todo abor- dado en 10-11, e, inveÌsâmenie,2,3ss e 7,8ss nada dizem a respeito da reâÉo da comunidâdeà polêmica contra os "âpóstolos eminentes" em 10-11, coisa que dificiÌmente acontecedâse 10-11 fosse, de Íaro, um trecho dâ epístola Ìnterhediária. A conjectura de que 10'19 Íaça parte de uma epís- tola esoita depois de 1-9 é conttariada pelo Íâto de que 10 13 não contérÌ)nenhuma âlusãoao conhecimentode Pau 1o a propósito da situação em CoÌinto, situação que se deteriorou depois da tedação de sua carta (1-9) e qìre com pouquíssimâprobâbilidadedeixaria de ser ÌÌrencionada. Estas duas hipóteses (a de que 10-13 constltuâ â epístoÌa intermediária, ou de que seja uma carta poste rioÌ) requerem uma suposiçãoadicional: a de que o fim da epístola 1-9 e o começoda epístola 10-13 (ou da epís- tolâ mais extens, de que este tÌecho é âpenâsuma parte) Íoram reriradosdo Lerto. E. para isso. não se conregLe apÍesenrarnelhumâ expìicaCãopÌarsiveì. Embom seja somentebem remota a possibilidadede ' Ì0,ì e a co1'uqo do próori" ou.ho de P,ulo,'ecu_do fetoe .Aerdr B!.s, M DbeÌlN, Cd.,{r" tlpl Lt brj,tlibp" t prdtüt tL. 1926, 2r. P^tlD t*ebeu novs .orícias, sesundoR M. GmnÌ, Húri.e- con, lülichd-Fascheri Price, 1o2i MuncÌ, ver S Ì6. Entre 19 e 10ll
  • 31. 376 B EPISÍOLÂS bem que poderiam seÌ deixadrsde ledo, já que úo pâs- sâmlodaselasde coniecturzsimprováveis. Mas seráque a uddade originôl de 1.9 pode ser sus- tentada?Embotanão haja duvida de que 2,14-7,4repre. senLeuma interrupçiiono Íelârcda Íeaçãodâ comlrnidade diante da epístolainreÌmedjdriâ,é plenamenrecompreen. sível que Paulo, êo mencionâr(2,11) seu enconüocom Tito, tivesseÍeito deleuma opottunidadeprrs seexpandt numadoxologie(d. E,1ó; Rm 9,5), ptosseguindodepois das passagmsabnrptas do singular pata o plutal e de pnetômaparasárx8, Ernbota não haja necessidadeimptescindívelde enca' Éfiulrs 2,14-7,4@raoum4 inserçãoseofdÁtia, merecedes- taque o Íâto de que, no capln:lo 9, Paulo m4is ìr-Ea v€z Ìetoma a drscussãosobre as providêacias relativas à co- leta, depois ée, em 8,24, haver conclúdo suás ÌeÍoÍ)en- dar-lhe um novo cllúo de úgênciâ. Uma difio-rldede,que rcalmmtepossuipoucasprobâ' biüdadesde set ".!oluii", é apresentaàapclo uecho 6 t4' -7,1, que intelrohpe â razoávelconexãoenïÍe 6,1) e 7,2, M uba noirc oúe Peulo D.tsd d clúo, como PcDr Uemúb Dú' üds rct@ do .urcnticid.à. d mud@ç' .ú Co.into, csdt E, Èpen úl|.lmÌe Paulo, s.sunò Gutlúie c dtM. 2â Eâlff. TilJ, 9, mr. 2t. È vú Sr.Dh.Bon, "Prririon Theon6', í2 S 17SEGUNDAEPISÌOLAAOSCOFINIIOS 377 e que não tee vínc,ulotemático com seu coDtexto. ,APc_ sarde oão haver bosesuÉcientepaÌâ encaÌâro texto coÍIìo Dão-pâulilo, o rDáxfuDoque se pode dizer sobÌe â pr€sen ça deste trcclo no ponto eln que se 6châ é que, a PâÌtir de 6,1, Paulo, com hesitâçõese intetrupÉes, resume sua correspondêncía,pâra retoúáI4 substancialEÌenteem 6,14- -7,1,mÍn o conselhode que se abstenhamdo pecado,as' sunto que cle começaraem 6,1. Mesmoassifi,como co_ mço dàsravolta à ìua correspondêncissobre remaspes_ soais,6,1-11intetòmpe a advértência:6,1 estámuito mal coDectâdocom 6,2! Isto, porém, rcaimeotel1ão aPreseDtâ uma explicaçãoesclatecedora,e á suposiçãod4 hserção se_ cundáriãde um ÍÌagmentopauÌino passââ ser pratica' mentenec€ssális,Mas como poderÍarnosgâranLfua inseÌ- çãode tal recho exâtâmenteno Pontoem que está?
  • 32. 378 B EPÍSÌOLAS omitisse suas pattes introdurótms ou títulos, e seus pós_ dade está antecipadamentepteseÍÌte. Se 2Cor fosse considetada uma epGtola de nossos tivos em {âvor da coleta, e que o faça com uma certâ descon{iança. s 17 SEGUNOÁEPTSTOLAAOS COFÍNÌjOS 37S Em 10,1, o Apóstolo começâmais uma vez â apte- senrar,s sâudaçõesÍinais; no entanro.novamentemani_ festa preocupaçãocom o {utuÌo da comunidade,que ain da se acha âmeâçadapor seüs opositoÌes. ParaÌelos mais breves deste tipo d€ severasobsetvaçõesfinais enconttam_ -se também em Gl 6,12ss; lCot 16,22; Rm 16,17ss. No entanto,um voto eÍpressivodo desejode concíliaçãoe uma saudação(11,11 1l) são as últimas palâvÍasda epístoÌâ. 4. Jlpoca e local da redação Se a reconstitúção acimâ adotâda (5 17.26) pata os acontecimentosocortidos entÌe 1 e 2cor repÍesefltaÌum trabalho cuidadoso,então €ntÍe a redaçãode 1Cot, na pri_ maverz áe 54 ou 55, e â redação de 2Cor, dever'se-ão situat a volta de Timóteo de Corinto, a viagem de PauJo 12Â rrDosi(ao de que enúe I e 2cor p,s'trãmse âpe!á' se'e .*-"". . àe qu" d ,er;dcia en 2cor a á e_Íeea d, le /fr 20ì que -"st'ar que 2cor fo: 6r't, "o rerpo de Penr"úJes 'BLCL .Tavlor, 20), aúiáse d prdsupotios onPGlaúe.re DsusÌstave6
  • 33. 380 B. CPISÌOIaS um ano e meio ebtte a ledaçãode lCor e a de 2Cor. Sem a menor dúvida, 2Cor Íoi escrita na Macedônia. É orovável que 2Cor tenha posto teÌmo deíinitiva_ meore aà conÍüto -com a coounidâde de Corinro, porque a Epístola aos romanos, presumivelmmte escÌitâ em Co_ rinto, não demonstra quaiiquer di{iculdadescom á comu_ oidade. 1. Conteúdo Depolsda intodução (que se expandeao longo de aìgumaslioÀasapologéricaslI,l-5), conrrariamenteao M- bito episrolarpaulino, não se seguemagÌadeciÍnenlosaos destinatários,nem açõesde graçastendidaspoÍ câusade- Ìes. Paulo, porém, coíneçâimediatamentesuâs reÍetêmiâs à situaçãona comuhidade,nas quais censuraos leitores por seu atraadono do evangelho e pronuncia seu julge' meotoa respeitodos sedutoresdos gálatas(1,ó,10). Vem ernpÌimeiro l:.Jgat(Pineira pafie: l,l1'2,21) uúa defesâ pessoalfeita por Paulo contrââtaquesque atirgrám seu ministérioapostólico:seu evangelhonão pÍocedede seres humzros;ele o Ìecebeudiretarlentede Deus,pela tevela- éo de Cristo à enrrada de Damasco,Íato de onde se ori- gina sua independênciaem relaçãoao chamadopara ser missionário,que lhe {oi dirigido desdeo primeiÌo die (1, ll-24). Exptessamentèe em suaÍormaespecíficâ,seuevân- gelho foi aprovado e recoohecldopel igÌeja primitiva de Jenrsalém,e pelos primeiros apóstolosna reuoião apostó licâ (2,1-10), Por ocasiãode uma visita de Pedro a Án- tioquia,Paulodemonstrara,nun enconltocom o pdmeiro chefe dos apóstolos,s dep€ndênciadeste em Íace de seres humanose defenderaa vetdadedo evancelhocoÍno lei Ìi beÌradorâ(2,tl-21). A Seguda paúe (J,1-J,12) demonstra,atÍavésde Ìe- cursos exegéticose refeÉocias à experiênciado leitot, a necessidadeda liberdade diante da Lei. É a Íé que alcan- ça a salvação,e Ì1ãors obtas.A justilicâçãoestávinculadâ, umâ oposiçãoreoproczmente€xclusivâ. PoÌ meio de Gis_ ,o, a Lei ugorap.tde a suafuoção í),15-24), e chegou o tempo de nos toÍnâÌmosÍilhos de Deus (J,25.4,7t Como. com isso a escravidãoaos elementosdo mr:ndo 5 i3- EPISTOTAAOS GÁLÁTAS 381 S 18. EPísÍoLA ^os GÁLraÁl
  • 34. 383382 B ÉPISÌOLAS S IA- EPISÌOL AOS GÁLAÌAS foi aboÌida,os gAâLasnuncamais devemousar- cust€ o que cusÌar- se submeLernovamentea eles(4,8_ll). Deiois de um âpelopessoala elesdiúgido no .enridode conservatembem vivo na menteo âmot que existeentÌe eìese seuApóstolo{4.12-20).segue-seumaprovaescriru rísticaem Íavor da liberdadedps cristãos,baseadaem uma interpretâçãoalegóricada râÌrativa de Agat e Sara (411- -ll), e de umâadmoestaçiLorenovadaparâque renunciem à escravidãoà Lei (5,1-12). A TerceirapoTte(5,136,10) r, que se üga ao tema da Ìiberdadedoscristãos,adverte.osa fim de que preser vem - na liherdade em face da Ì,ei - a liberdade que lhesÍoi dada,e que o ÍaçampoÌ meio dâ obediênciaao Espírito; o texto Íinalizacom lnsttuÉes concÌetas. . A saudaçãofinal, escritade.própriopunho (6,11-18) âdmoeStanovamentea Ìespeltocl€ mestresque enslnamo erÍo e que só buscama si mesrnos,mas nãq.cantémne_ nhumaüudaçãopessoâl!e epenasumâ bênção. 2. Tertirório da Galócio I O. Múk deúonstrcu( Der BeeeiDder P.liinesen G'1"' ZNv 60, 196t, E1$) a veúsibjlhançáde què e patanêseó cooeçacon ,'ll com qÌande{reqüência,e não possúamnenhLrmnomeoÍi cialmmteuniÍicado.A desigaaçãoabreviadapara a provín- cla, Galácia,é usadaàs vezespeÌosescdtoresdo período imperiâI,mashão é encohtradaem inscrições.O nome de gáÌatâssó é empregadopaÌa os habitantesdo distrito da Galáciaorooriamentedita'z. I Destinatátios <la Epístola Na épocada redaçãoda Epístolaâos gáÌatas,havia na Galáciavárias dssembléiasou coÍnuhidâdeslocâlizadâs em lugatesdestituídosde nome especíÍico(1,2), A epís- tola nadadiz e respeitodâ épocaem que foram f'.:ndadas. O livro dos Atos dos Apóstolosmencionââs teÌrâs dâ Galáciaduasvezes:em 16,6, a passâgemdo Apóstolo e de seuscompanheirosattavésda Galáciae da Ftígiaé men- cionada;segundo18,23,existiamdiscípulosna Galáciae nâ Fígiâ no inicio da úamada terceiraviagemmissiooá- Ìiá, o que signiÍicâ que havia igrejaslnesta região. S€Ìá paraessascomunidades"das terrasda Gaìácia"que PauÌo DuasÌespostâsse opóementÌe si: as teoÍiasIaÌsamen', te denominadasda "Galáciado Sul" e "Galáciado Notte'. A tmria da Galáciado Sul, ou melhot,a teoriâdâ pÍovín- cia. reÍere-'eàs igrejâsde Antioq.ria,Listra,Derbe e lcò- nio,enLreourras(AÌ 1],14), fundadasna Pisídiae na Li caôniâdurânteâ primeirâvisita missionáriae novammte visitadaspot Paulo na segundaviagem missionária(At 16, lss). Á t€oriâda Galáciado Norte, ou melhot,a hilútese do tertitório, vê os destinaários da epístola nos habirân- tes da âtuâl Galácia, o distúto da Galácia. Apesardo si' lênciodosÀtos dosÁpóstolos,a mençãode igÍ€jâsem At 18,2' Ieváà hipóresede que Paulo,ao passarpelo dis- rriro da Galácis(At 16,ót, imprimiuum novo esrimulo à Íundaçãode igrejas. , Ci H Schìlcr, Mevú VU, 1962, 12' ed, lt!
  • 35. 385384 B EPISÌOLAS s 13 EprsÌoLAaos ôÁLAÍas regiãopaÌâ onde vaì, primeiÌo de Sítia, o tertitório dâ SeÌêucidaondeÍica Antioquia.En lTs 2,14, quandoÍâlâ das comunidadescÍistAsda Judéia,ele de Íato estápen. sandona regiãoda Judéia,e*atamentecomo em 2Coi 1, 16. E Atábia, pata onde Paulofoi depoisde suâ conveÌ- sãoe de suavocação(Gl 1,17), eÌa um nomenão oÍicìal patao reino nabaeu 2) Os textos que deveriam reÍerir-se a judeus crÌs tãosnas comunidedêsl),2s|)s.23s;4,2.5;5,1)Íalamdos cÌistãosem geÌâl; más,se nos bâseÍÌÌmosern 4,8;5,2s;6, 12s, setá mais do que certo que os gálatasem questão eram gentioscristãos,Os textos mencionadosrealmente atestâmqÌÌe um âhtigo judeu PauÌo era naturalmentede opiniãode que a Lei do AT tinha validadeparatodaa hu- manidade,já que a morteredentorade Cristo ljberta mes- mo os gentiosdo jugo da Lei. l) Em Ât 20,4, os ÌepÌesentântesda Âcaia também Íaltam na delegaçãoda coleta,emboraÍossede esperarque estivessemprcsentessegundo1C.or 16.1ss.Aliás, conti- nuâ questão âbertâ â pesquisâpâÌâ sâb€r se Gaio tenâ sido ou não um macedôniot 4) Se os opositoresna Galáciaforem reelmenrepes- soasenviadasde Jen-rsalém(ver adiante,pp J86Ês),€n- tão não sâbeÌemosâbsolutâmefitemais nada sobie as via- gensdeles,e, portanto,esÌeargumentoseÍáinútil. Por outro lado. Delomenosdois Iatotesservemde apoioà suposiçãode que GJ teúa sido escÌitapâre co- munidadescistãe cstebel€cidasna regiãoda Galácia: Ì) Se a Epístolaâosgálatâshouvessesido dirigida a igrejas furdadas durante a primeira viaçm missionária, Paulo diÍicilmenteleria es$ito o trecho seguinte(2,1): "Então fui paraes regiõesdâ SíÍia e dâ Cilícia",mas an' 5 ü. Ar 1929 . 20,4, e ú DoubLe)os òek s.t lido como rm D sis c{. f. G Kcnyon,Ttp T,tt Òl tte Ca"h BìbÌc.1949,214 mrz I cooüáro. H.cnchcD{vêr noD 4). 4es A teoria da pÍovíncia surgiu pela primeita vez com Ìoh. ÌoachimSchmidt(1748), e, como ela era vigoÌosa' mentelideÌadapoÌ 7. Ramsaye Th Zâhn, encontroü logomuitosadeptos'.Os princiPaisargumentosparaâ teo_ ria sãoos seguiates: 2) Nasiereiasda Caláciahaviajudeusde nasclmen- to, o que so pioditiuo.orr., nâ pÌovinciâda Galácia.por_ que na utuul regiàodos gálátasìinguém "abe o que seja judeu. úeiro. 4) Á atividadedos emissáriosde Jerusalém- ter-se-iâ exeÌcidomâiqorovavelmentena parremeridronaldas mon' tanhasdo Tauio, do que no intérior da Ásìa Menor. qua' se inacessível. Enttetanto, nenhum deôsesârgumentosé tealmente decisivo. r pordmpro.core.RiddcÌq6,st:nnt, $h,r*..F#i .ffi.ê.d Gdthlie Éedd. Hetrsh'w, Klijn McNeil€' ì:-M;'ï:'o;À;ã: ïru"" e-.i, ourresddm"ore' dá 'ese E'ú ;i'4!.-."*,Ít''""1*':'.''x,f!i,:{'i:,:-i'::'ì;lo"o;",,
  • 36. 386 B, EPÍSÌOLAS Iì II! IPISÌOLA AOS GÁLAÌAS 387 rcs hâveriedito: 'Então fui à Síria e à Cilícia,e depois atévós". 2) laulo possivelrrentenão poderiatec escritozos ticaônio.e aoshabilanresda Pisídia: O ga'larasírsensz- tos" (Gl 1,1), ulnavezquetal usonãoé encohtrrdoem 4. Situâçãohistóricâ Paradetetminarâ ocasiãohistóricaem que â eplstolâ {oi escrita,precisamosprimelto ser câpâzesde iesPonoer a dr'r" p.ig"n,rs, ambai muito discutidas: a) Quem sãoos âdversáriosque Pauloatacaem GI? b) Que acontecimentosna vida de PauÌoa Epístola aosgálâta;pÌessuPõequ€ tenhamocotri'lô? 'Ai'n !_1.,m.Bolnrd, Ireuúânn rh { Cocu'l R À'í c'r" HáirinuÌDniilnhd-Piçh",. VÌi'_i, Múrse_ .heu'l. Ll â-dr: I C'Èi;ã .,;'- ";; l- iõi, u eò'., "Diewu-drãrcunJde'rú. ã*u.*r'.ii;. s2. ÁrÉ'iq, ieio, q7 e R Jruel Pa'tt Á"thúpoloekzl T.tnt, AG^N 10, 1971,l7s prova está nos Prólogos antimarcionrtasà Epístola aos gá lxt^ - Galatae... tcnptati vn a lal:i, apo,tolis.tt in cgh et .trcum.ìsìonenIe eteitrr t"O. gâlaus.erri- rarn-setentados pelos falsos apóstolos a voltar à Lei e à circuncisão") - deduziu-seque os ìudeus cristãos vindos de Jerusaléme adversáriosdË Paulo, os mesmosque erâm , hamadosde judaizantes.penetrâram nas igrejas de Paulo e tentaram persuadir,os gentios cÍisrãos,que viviam_livres da Lei, a aceitâr a citcuncisãoe, assim,a adotar a Lei iu- daica. De diversos pontos de vista, em épocasmais recen: tes surgiram dúvidas sobre esta suposição. De trm lado, afrrmava-se que os adversários na Ga- lácie só Fodiam ser cristãos gendos, que desejavamÍazer outros cristãos gentios âdotâreÍna circuncisãoque eles já adotavam,e qüe somehtedestemodo se explicariamo exa- geto sarcásticoa ptopósito da exigênciada circunscisão(5, 12), o uso do tempo presenteem hoì perítemnómenoiem 7 D. ÍoÚa âleuna,s Fde Ér úa alusóoâ P€db (cono p€n- e H. Li.rznún, izw€i Noúis ^ Paulus", SÁÌ L9)0, r54=H. L. K,t,e Sc5alte, ÍÍ, TU ò8, le'8 28EJ Conkdrd a esa tcor.r' .;o
  • 37. B EP|SÌOIÂS il III EPISÌOLAAOS GÁLAÌAS 389388 6,1), e a ^le} eãode que os ptóptiosopositoresnão guar- d,"em a Lri 3. flJ"Hï,,"ïffit'H#'"*ffit;#'iff':i,'JÌ):, 'l,r:,'Ot tao serrio. que há pouco3e tomtÉn prcêrÍor ' prcpu_ ffird lubhcÌeFie ã orondsáo ïti:íïifff:; schris,purlet.-M,*. el*üre; courÀÍierd S.iü'u".-Íiir'i.-", T.1b.í, Kij6-Ìcr,SÌlI mailer' Jeveí; H -R pl|z' ia"ìt'àà;',t, p.otÈ-, ttet d! Chtiído4ir' vÀ'rNT 25' 196? 162' tt SchnitháLs,Vcs.nst. Gücs.óanns rncntede baseem GÌ. conseguirqueosgílatasobservema l-Êtld, 5,2s.6.12Itb). Os adversárioserem,sema menor sombrade dúvida, juderx cristãos, que pregâvrm, eotes de majs nada, a cir " A ássc!Éo de que o crlendário d,3 Íesrs (4,10) devia tc! bse sim.tísriq (aim pe@ liìhÌmÍn,69, Jwetr, 20E) não ren foçr f, Âqd d! nFÌDrdaao Ãe paitêúnóãdoì = "or qúe s Ía2d ci!t{ncid,r", cÍ. Jevert, 202!.
  • 38. $ l0 EPISÌOLAÁOs GÁLAÌAS 39í Jos nosAros dos Apcisrclo." respeirodasviagensde pau- lo a Jerusa)éme do seuencontrocon os apoirolosai tÁr lS.lssl) ComoPaulo só Íala de duasvisitasz Ìerusalém.in- cluindonelaso enconrrocomos apó.rolos{ôl 1,t8i2.1). ao passoqÌreÂt mencionarès 19,26;lt ,10;12,25;15,4 , e questãodecisivâconsisteem saberse os dois textos- Gl 2,1sse At 15,1ss- relatamo mesmoepisódio,e, se for esteo caso,er4 descobrirde que modo devemser expli- cadasas viìtss a Jensalémnaj duasÍonres1?. 1. A soÌuçâoÍnai66inplesé a de negarque os doi6 ÌelaLos{Cl 2 e Ar 15) sereÌiÌâmao mesmoâconreclmento. Paraapoiar€ste ponto de vista. podemosacÌescmtârque a arsênciado DecreLoAposrólicode At 1í em Gl 2 Í;cs, 4t 12,25. Nestecasotambém,o ConcílioApostólicode At 15, 1ssocorreudepoisda redaçãoda EpGtolaaosgálatas.Maô, para sc conseguirsituar a rcdaçãode Át antesdo Concíio Apostólicode Â[ 15,1ss,seÌianecessárioâ{irmaÌáindaque euegellitámenhymin tò próteton (Gl 4,13) se reÍereâpe. nasa urnâvisit. de Pauloàs igrejasda provínciada Galá- ciâ- ou, no máximo,à suâesradaduÌentea Íundaçãodas igrejas(At l3,lt-14,20), â quâl Íicâ equilibrâdapela via- gemde volta (Át 14,21ss).Nestecâso,Gl setiaa majsan- riga epísLolade Pauloconservada,escriÌaenlre a viagem missionáriade At 11,14e o ConcílíoApostólicodeAt 15 rr 17V.r o eLcncod6 oobin ço€s pGsiveis d Trlb€Í. 26, mrr L e á úbur m l. C. Hnld (v€Ì nob l), 18. rs Rèce.Ènentc deÍeodcm esa teoria, Colei Gurhrie; HeaÌd, Hcn. sh.v; Ofrbdd, BNcej D R. Há11, 'SÌ Pâul ând Fânirc Relielr A Studi in G.Ìatiá.5 2,10", ExpT 82, 1970/7r, t9gs- Tãlb.lt defmdc a prcFsta aioda hais impNiv€|, ssüdo a qü.1 Prulo idb 6ciÌo a c'rÌá ao! s:íáras pooco depois dâ visit! À pmvínciá dâ G.ÌÁcn, narada em Aros 16,1-4, pô! oc6ião da qlrl elê transmilju a esa comnidrde
  • 39. 352 B EPISÌOLAS de cl.rmprita Lei, 2. Se a teoriamáisprovávelÍot a de queGl 2,1sse Át 15.1ssesteiamÌelatandoos mestuosacotrt€cimeDtos,áin' da restatãoduaspossibilidadespara esclarecera situáçãore' lâtiva à visitasa Jcrusâlém: â) o ,contecimenlonâÌrâdoemAt 15,1ss( =Gl 2,lss) foi erradamentetratrsPostoPaÌâdepoisde Ât 1J'14 - em- bora haia ocorddoréal-enì" "a épocade Ât l1'3o e 12, )i -,'r, "o caso,a viagcmde Át 15 constituiuma du' plicâçãoerrada;ou: b) Át l5.1ssestáno ÌuPârceÌIo,maserÌa âo men' cionarumevisirade Pauloa-Jerusalémem AI tl.l0i12, 25, situândo-ÊehtteduasviagensrGl 1,18 (=At 9,26) e Gl 2,r (=At 15,4J. O telato dos Atos dos Âpóstolos constitui üm etto em embosos cásos.A PriÍneiÌahipótese'a), que tem en' cohtrsdornÌritosdefensóreste, deve não só coÌocâte pri " ddêto ãD6tólko d. Ar lt. Gl 2ls é d Ehto da viasem t J'' uzlém. nâi.& .h At ll,l0 . l22t' o P.6s qú o €lì@h Ú' *'fiJ'*]t""€.í#f."ïiR1**ï'li;*ror, 2ss:rs reio.2ós ,"-bé.'ú";;.d, C B.';k"" P,l6 UÌb.nBüóer rle D le6e,64 5 rs. EPlsÌOt AOGGATATAS 393 meira viagen missioÍ,íÌia (At rr-14) depois do Concílio Apostólico - do contúrio, não M neDhumâcl:úa razãa que justiÍique o dado -, mas tambémutilizar, como uma narraçãoútil, o conteìídoinquestionáveldas notas Íragmeo táriasinduídaseÍDÁt 11,27sse 12,25ss.Ás duassulnsi Ìitório". Haveriaapoiosubstâncialparaestadecisãose outÌos fundamentosnâodemonsrasserna probabilidadede que Gl Lenhasidoescriradepoisde Ar 18,2!,e, por consegrinLe. deooisda sesundavisitâà reciãodosqálatase loqo no prin rípio da per-manèncirernÉÍãso(Àt -19,tt"t. De Íaro.íoi Já Íoi observadoque a terminologiae a linguagemde Cl possuempootosde conuto significâtivoscomRm, prin- c;pa]menLenà erteÍrso uso da tcr-minologiaücadâ à justiÍi- câçãoexistenteneslasduaseplstolas,como igualmentesob
  • 40. 394 B EPjSÌOLAS Tudo isto mostraque a tedaçãode Gl, cronoÌogica- mente,não sedbtancìada de 2Cnre da de Rm. Por ouüo lado, a tentativaposteÌiorde demonsrrarque Rm cotnbi nâ idéiascronologicamentepróximâsdas epístolasGl e 2Cor", ou de que Gl se situa etrtre 2CoÌ e Rm no seu ensinamentosobreo Espíritoe sobrea cnÌ7 e a ressurrei- çãoa, nãoobteveêxito. Comoas observaçóesapÌesentadas sãosuÍicientespâramosttarqueGl seacha'cÍonologicâmen- te pÍóximáde 2Cr.Ìê d€ Rm, a hipótesedo territóÌio ficâ malsümâvezconilÌmadâ- 5. Tempo e lugar da redação O tempoe o lugarda redaçãode GJ úo podemser determinadoscom muitaexâtidãodentto dos limites acima indicados.Uma data sitada no fim do períododa perma- nênciade Pauloem ÉÍeso" é tão possívelquântoo é â suposi@ode que Gl teúa sido escrita,como 2Cor, na Ma' cedônia.É rnenosptovávelque Gl tenhasido escritaem Corinr antesda Ephtola âosromânos(na épocâmehcio nadaem Át 20,2s)zí, porqueentãoas drÍetençasÌeâiÊen- tre Gl e Rm nãopodêriâmserlevadasem conta A redaçãode Gl, depoisde Rm, no camiúo de Co- Ìinto páÌa JeÌusâlém,não pode bâseer-senâ interpÌetação de hoi sy enoì pântesadelphoí(1,2) comosesereferisse aos delegados*dascomunidadesque acompanhavamPaulo Destâv1âgem_' Pot conseguinte,podemosapresentarcomo data para Gt cercade 54 ou 55. e comolusar ÉÍesoou a Macedônia } Buck: B!.k Tallor. E2s. ,a Fâv dúm, a atcriçaotanbém parâ a f.hà de heÀção dos coL"' boaddp. e dá acnruãção dÒ enceÌgo apoÌóüco rJn.o no endereçoda (ìd G sáhtr' omo nr Cnrá s.ntc nr$ãs dutr. 2t O Pditoso maEìoniÌâ já ,Íúnàs. '.tìbe"t eir .b Epbero 26 Á$in p.nM Bonnúd ,? Foeht.r De.M o conúárni 6. Âutenticidade As dúvidasmais antigas,qr.lecom {reqüêncisrepÌe- sentâvâmhipótesesde interpolaçãoou compilaçãode Gl,, hoje em dia sãorâraÍnentediscutidass,e isto é que esrá É indiscuÌívelque a EpístolaaosgãJatasconitirui uma epístolareal e genuína S 19. EPísroLA Áos RoMÂNos ,3 Rêldivamen!. à üítlca mdicâì msis a.tjsa, cf. J. Gloel, D," ìiì"sste kìtick dêt Gal aul ihre Bdühtisarc s,piilt, i89O Recenre. nóle â â!Ìedricidrde foi Dôía em dila$ão boÍ Mccúre. ã Cf. C. CIo.n, Dì. Eì,be,ti.híat ,1e, ì,arli"ìtchú Blele, rs94, " A l-porão úb. rr:ã) ae í Koepp, ,esunco r quál uú di drdxe sobre AbBão .eria lido n.Tido nelá 'Dle Àbhhrm.M dÌÈ schiókeÍÌ. ds G,l .ls das voÌpaÌìinischc hiedtrhristÌiche UÍheoloÊu. n6on", Vìsse"Ìhzltlicbe Zenlcbii det U'iEÃità! Rütok 2, ÇÃ;tl schaiÌs lnd Sp.achwssens.h^Íti ). r9t2/tt 181s), é ú€ncionadã €d K. Weiss, DLZ 89, 1968, 299 919 EPTSIOLAaOS ROMANOS 395
  • 41. ' I Conteúdo s 19,EPíSÌOLAAOS BOMANOS 397 ele é Íorça de Deus para a salvaçãode todo aquele que ctê, em prirneÍto lugar do judeu, mas rambémdo grego. Porquenele a justiçade Deus se tevelada lé para a Íé, conÍoroe esuí escrito: O justo viveté.ü Íé". O desenvolvimentodo tema mostra, pÌineiÌarneÍte, os âspectospositivoe negativodo ato salvíficode Deus em Ctisto, o úlico ato que possibilitaa justificaçãopela Íé (L,18425. Sob o aspectoregetivo, o auto! âpontâ o fato de que aquelesque se mântêm Íora do evangelho permanecemsob â iú de Der:s (1,1E-3,20),Segue+eo aspectopositivo 11,21-4,251:o novo ato justiÍicante,ba- seadona gag, medrrnte â fé em Gisto (),21-26); FoÍi a nova rJrelação de Deus à fé, toda espéciede orgulho e âuto+uficiênciáficam excluídos(),27.-)0), a objeção de que a I*i se tomou ineÍiciente é conttariada pela te- ferência a Abraão, que Íoi jr.rstificadopela fé. Depois desta demonsttaçãosobreo fundaÌnenloda tedençãô,colocadotro ato salvíico de Deus,há um tetta- !o d, Ìealidadedo novo set dos ctistãos(5,1-8.19)1. B EPISÍOLAS 396 Gè'dnhclk Aul'àt., IV 1971 120ss)
  • 42. 3gg B EPÍSÌOLAS o pecado e â morte nos homens que se âchâm debaixo dela (a Lei), mas que já não possui poder algum graçâs ao ato salvífico de Ctisto (7,7.25); quem se deixa guiar pelo Espíríto estálivÌe do pecadoe da mone (8,1-11), a possedo Espítito gatânte â cettezâdâ redenção( 8,12-17); destemodo, â esperânçada eterna saÌvaçãoÍica cettamente asseglrada(8,.18-30), pelo que Paulo rende jubilosasações de gÌaças( 8,11.19) Paulo voÌta depois ao assuntodo fundamentoda cren- ça judaica no advento do tempo dâ salvâçãoem 9-11. O fato inconcebível da atual rejeição de Ìstael é conÍron- tado com os beneÍíciosda Ìedençãoque este povo recebeu (9,1-5); mâs, ao rejeìtar os judeus,Deus não voltou âtrás na sua promessaa Israel, e ele goza da liberdade de acei- tar ou reieitâr (9,6-29); o pecado do homem constitui a causa real da rejeição 19,30-10,21); a rejeição dos iu deus, porém, repÌesenta úma medída meramente provisó- ria no plano redenrordivino (11,1-12); estalinba de pen- samentoé encertadacom um hino (ll)3-36). Com o trecho de 12,1-2, Paulo inlroduz umâ séri€ de a[irmaçoesporenêl:cas:adverténciâsgeraispára o coÍn_ Êm 14,1-15,6, a questão coocÌetâ dos Íortes e dos fracos na comunidaderomana é discutida: âdver!ênciaâos fracos na {é (14,13-15,6); admoestaçãogeÌâl tomândo como ponto de referênciao exemplo de Cristo (15,7 1l). panteiros de Pado; 16,2527 é unra doxoÌogia 519 IPISTOLAAOS FOMANOS 2. PriÍnórdios da comunidaderomana A pÌovâ seguÍâÍÌlâisâhtigada exisrênciade uma co munidaderomanaé a própÌiaEpístolaaosÌomâDos,acoÍn panhadapor At 28,15 com o relatode que cristãosvindos de RomaÌevaramPaulopara lá. Em Rm f5,22s (cf. f,f3), Paulo€screveque duranre vários anospÌetendetaiÌ visitar os irmãos€m Rorna,o que significaquejá deviahâvercdstãosna capitaldo Im pelian Romantm desde os anos 50 A observaçãodo es- critoÌ ÌomânoSuetônioeÍn suaVida de Cláudio,25 (ca 1,2o) Íaz-nosretrocedeta uma data orovavelmenteante- riot: [Claudius] ludaeos ìmputsoteChìesto assid.*etunut- t antet Ramaetpulít -Cláuàio) "expulsouos judeusde Roma porqueviviam continuâmenteprovocândopeÌturba ções,instigadospor certo Crestos")-C{,moCbrcuos poàe ser ouÌrâ merieimde escreverCrlrjros, tratândo-se,por- tanto, do mesmonoÍDe,SuetônioprovavelEÌenteestá in' reressado,nàopor um judeuanarquistaresidenteemRoma e conhecidopelo nomede Chrestos'?,maspor JesusCris- to, cujo evangelhottouxeragrandemal-estâtpaÌâ a comu- nidadejudaicaem Roma.chegandoa propiciarao impera- dor Cláudiooportunidadepara expulsaros judeusou par re deles.O telato, que não é muito claro,baseiase numa informaçãoinexátadadapor um escritotpagão.Ta1infor- maçãonão implicâ necessaÍiamentea deduçãode que o crisrianismotenh:chegadoa Romapelaprimeiu vezpou co antesdo edito de CÌáudio,que ocotreuno ano 49 (ver 5 13), mas o Íato é que, nessaépoca,ele já se achava efetrvamentedifundidoentre os judeusromanos,a ponro de orovocarlutas ÍerozesentÌe os cue mânrinhâma Íé anti;a e os que âderiÌâmà Íé em Gisìo. De qualquermaneira,Pedro não foi o Íundadorda igrejaromana,nemexerceuâtividadeem Roma antesque Paulo escrevessea Epístolaáos românos.Contra a süpo_ siçãode que Pedro dirìgirauma missãoem Roma ântes , St. Benko, "Tbe Edici of Claudú of A D 49 and the ln$is.ktr ChEços', ThZ 2t. 1969,406sr 399