O documento discute como o estresse no trânsito leva à agressividade de motoristas e apresenta histórias de atletas com deficiência que encontraram na prática esportiva uma forma de superação e recuperação da autoestima.
1. O documento discute iniciativas de esportistas e políticos para promover o esporte feminino e sua importância social.
2. A triatleta Fernanda Keller criou um instituto que oferece projetos sociais para crianças carentes por meio do esporte.
3. A deputada Luci Choinacki propôs um projeto de lei declarando 2013 como o ano nacional do esporte feminino para divulgar conquistas de mulheres e combater preconceitos.
A faculdade além da sala de aula os centros academicos e atléticasT&M Personalizados
O documento discute as atléticas e centros acadêmicos universitários. Ele explica o que são esses grupos, suas funções principais e os principais eventos esportivos que promovem, como os Jogos Universitários Brasileiros. Participar desses grupos oferece oportunidades para fazer novas amizades, praticar esportes e música, e participar de festas e competições.
Mulheres jogadoras de futebol do time São Francisco do Conde driblaram o preconceito ao se naturalizarem africanas e ajudarem a seleção da Guiné Equatorial a ser campeã da Copa Africana de Nações em 2008, o que lhes permitiu melhorar de vida com o dinheiro do prêmio. O futebol tem sido um caminho de mobilidade social para afrodescendentes, mas as mulheres enfrentam salários baixos e preconceito por quebrarem padrões de feminilidade.
Fundação Olimpíadas Especiais Brasil - ONG fundada em 1990 no Brasil como franquia da ONG Special Olympics presente em 172 paises com o objetivo de incluir e integrar pessoas com deficiência intelectual através do esporte.
A Special Olympics já impactou a vida de 5,7 milhões de pessoas com DI no mundo. O lema de nossos atletas é "Quero vencer, se não puder vencer quero ser valente na tentiva". Ou seja, diferentemente das paralimpíadas, que é uma organização voltada para atletas de alto rendimento, o objetivo da OEB é a participação e integração de todas as pessoas independente do seu nível de habilidade. No Brasil chegamos esse ano a quase 50 mil atletas participantes em diversas categorias e niveis de habilidade. Nosso objetivo é chegar logo a 1 milhão!
Este documento discute ginástica, dança e atividades circenses como práticas corporais. É dividido em três seções principais que abordam cada uma dessas manifestações de forma individual, apresentando sua estrutura, desenvolvimento e possibilidades de aplicação no contexto educacional.
OEB - Olimpíadas Especiais Brasil - Relatório anual 2015-2016George Millard
1) O Brasil teve uma excelente participação nos Jogos Mundiais de Los Angeles de 2015, trazendo 38 medalhas, incluindo 15 de ouro, com uma delegação de 38 atletas.
2) O documento destaca a importância da parceria entre a OEB e outras organizações para o sucesso dos atletas brasileiros.
3) A presidente da OEB destaca metas ambiciosas de ampliar o alcance do programa para mais regiões e atletas no Brasil.
O documento fornece informações sobre como estudar Educação Física para o ENEM, abordando quantas questões costumam cair, os principais conteúdos cobrados, como as questões costumam aparecer e dicas de estudo.
Special Olympics Brasil Relatorio Anual 2018-19George Millard
O documento resume as atividades e realizações das Olimpíadas Especiais no Brasil e no mundo em 2018. Destaca o crescimento no número de atletas, eventos e estados atendidos, além de projetos como Escolas Unificadas e Atletas Saudáveis.
1. O documento discute iniciativas de esportistas e políticos para promover o esporte feminino e sua importância social.
2. A triatleta Fernanda Keller criou um instituto que oferece projetos sociais para crianças carentes por meio do esporte.
3. A deputada Luci Choinacki propôs um projeto de lei declarando 2013 como o ano nacional do esporte feminino para divulgar conquistas de mulheres e combater preconceitos.
A faculdade além da sala de aula os centros academicos e atléticasT&M Personalizados
O documento discute as atléticas e centros acadêmicos universitários. Ele explica o que são esses grupos, suas funções principais e os principais eventos esportivos que promovem, como os Jogos Universitários Brasileiros. Participar desses grupos oferece oportunidades para fazer novas amizades, praticar esportes e música, e participar de festas e competições.
Mulheres jogadoras de futebol do time São Francisco do Conde driblaram o preconceito ao se naturalizarem africanas e ajudarem a seleção da Guiné Equatorial a ser campeã da Copa Africana de Nações em 2008, o que lhes permitiu melhorar de vida com o dinheiro do prêmio. O futebol tem sido um caminho de mobilidade social para afrodescendentes, mas as mulheres enfrentam salários baixos e preconceito por quebrarem padrões de feminilidade.
Fundação Olimpíadas Especiais Brasil - ONG fundada em 1990 no Brasil como franquia da ONG Special Olympics presente em 172 paises com o objetivo de incluir e integrar pessoas com deficiência intelectual através do esporte.
A Special Olympics já impactou a vida de 5,7 milhões de pessoas com DI no mundo. O lema de nossos atletas é "Quero vencer, se não puder vencer quero ser valente na tentiva". Ou seja, diferentemente das paralimpíadas, que é uma organização voltada para atletas de alto rendimento, o objetivo da OEB é a participação e integração de todas as pessoas independente do seu nível de habilidade. No Brasil chegamos esse ano a quase 50 mil atletas participantes em diversas categorias e niveis de habilidade. Nosso objetivo é chegar logo a 1 milhão!
Este documento discute ginástica, dança e atividades circenses como práticas corporais. É dividido em três seções principais que abordam cada uma dessas manifestações de forma individual, apresentando sua estrutura, desenvolvimento e possibilidades de aplicação no contexto educacional.
OEB - Olimpíadas Especiais Brasil - Relatório anual 2015-2016George Millard
1) O Brasil teve uma excelente participação nos Jogos Mundiais de Los Angeles de 2015, trazendo 38 medalhas, incluindo 15 de ouro, com uma delegação de 38 atletas.
2) O documento destaca a importância da parceria entre a OEB e outras organizações para o sucesso dos atletas brasileiros.
3) A presidente da OEB destaca metas ambiciosas de ampliar o alcance do programa para mais regiões e atletas no Brasil.
O documento fornece informações sobre como estudar Educação Física para o ENEM, abordando quantas questões costumam cair, os principais conteúdos cobrados, como as questões costumam aparecer e dicas de estudo.
Special Olympics Brasil Relatorio Anual 2018-19George Millard
O documento resume as atividades e realizações das Olimpíadas Especiais no Brasil e no mundo em 2018. Destaca o crescimento no número de atletas, eventos e estados atendidos, além de projetos como Escolas Unificadas e Atletas Saudáveis.
O documento apresenta um editorial da primeira edição da Revista Economix, que tem como objetivo ajudar os leitores a entender conceitos básicos da economia. O texto introduz os temas que serão abordados na publicação, como a história econômica do Brasil, a situação atual da economia brasileira e especialistas que irão explicar tópicos financeiros.
1) Alunos do ensino fundamental do estado de São Paulo tiveram uma leve melhora de 0,7% em seu rendimento escolar comparado ao ano anterior, segundo o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar (Saresp).
2) A favela Santo Eduardo na zona leste foi reurbanizada e agora tem esgoto tratado, iluminação, segurança e não corre mais risco de deslizamentos.
3) Uma nova estação de trem em São Miguel Paulista atenderá mais de 13 mil pessoas diariamente e terá bicicletário, internet públic
O documento relata as dificuldades enfrentadas por pessoas transgênero no mercado de trabalho no Brasil, apesar de muitas terem formação universitária. Ele descreve histórias de indivíduos trans que sofreram preconceito na família e na escola, o que os levou a abandonar os estudos ou a trabalhar em profissões pouco qualificadas. Também critica a falta de apoio e dados concretos de órgãos públicos sobre a inclusão de transgêneros.
Este documento discute como a moda influencia as escolhas das pessoas e como elas se vestem. A reportagem apresenta entrevistas com três pessoas com visões diferentes sobre como a moda afeta suas vidas: Daniella Almeida, que gosta de antecipar tendências; Adriano Oliveira, que usa a moda para se expressar; e Gisele Godoy, que é crítica da influência da indústria da moda em gerar consumo em massa.
O documento lista uma série de eventos sobre comunicação e marketing ocorridos entre 7 a 14 de maio de 2012 nos campi da Universidade Cruzeiro do Sul. Os eventos incluíram palestras sobre inovação em comunicação, mídias sociais, marketing de serviços, roteiro para cinema e relações públicas internacionais.
A comunidade Santo Eduardo, localizada na Zona Leste de São Paulo, passou por um processo de reurbanização e se tornou um bairro. Antes, os moradores enfrentavam problemas como esgoto a céu aberto e falta de infraestrutura, mas agora contam com melhorias como asfalto, iluminação e áreas de lazer. A reurbanização beneficiou mais de 124 famílias e proporcionou uma melhor qualidade de vida aos moradores.
1) TallyVault a Company
2) Activate Security Control for a Company
3) Create Security Levels and Assign Passwords
4) Activate TallyAudit and View the TallyAudit list of Vouchers/Ledgers
5) Backup and Restore Tally.ERP 9 Data
6) Split Company Data
7) Export and Import Data and Vouchers
8) Export Reports using ODBC
9) Use Web-Enabled, Print Preview and Online Help Features
10) Print Reports and Cheques
11) Tally.NET Features
12) Control Centre Capabilities
13) Advantages of Support Centre
El documento resume un congreso nacional sobre la gestión financiera en las pequeñas y medianas empresas. El congreso se llevará a cabo el 17 de mayo de 2011 en el Hotel Sorolla Palace en Valencia y contará con ponencias sobre temas como la financiación, la liquidez, la prevención de impagos, y la mejora de la competitividad. El evento está patrocinado por varias organizaciones y busca ofrecer herramientas a las pymes para sobrevivir y ser más competitivas en el actual entorno económico.
Craques do esporte como Ana Moser, Raí, Paula e Flávio Canto criaram ONGs para oferecer educação e oportunidades através do esporte para milhares de crianças e jovens. Apesar dos desafios para obter recursos, eles contam com a credibilidade conquistada na carreira esportiva para fazer com que os projetos sejam bem-sucedidos.
O documento discute a cobertura da mídia das Paraolimpíadas em comparação às Olimpíadas, propondo estratégias para promover uma maior divulgação e compreensão das Paraolimpíadas, como realizá-las simultaneamente às Olimpíadas e dar mais visibilidade aos atletas paraolímpicos para reduzir o preconceito.
Amigos, Clientes, Inspiradores: sócios da MILK®Beia Carvalho
Na matéria de capa da Revista GOL/127 "ELES TIRAM
LEITE DO ASFALTO, tudo sobre os sócios da MILK®, Ricardo Santos e Rodrigo Raso. MILK® é uma das agências de comunicação que mais entendem de esporte no país e que transformaram a rotina de pedalar e correr no maior trunfo da empresa. Matéria de Anna Paula Alfano, fotos de Carol Quintanilha.
Somos uma ação que luta para que crianças em cadeiras de rodas vivam novas experiências. No dia 21 de junho de 2015, acontecerá a segunda etapa do Circuito Infantil de Corridas de Rua de Curitiba 2015. Participarão dela 20 crianças e 60 corredores voluntários, ajudando-as a sentir o vento na cara, o sorriso no rosto e a sensação de liberdade.
O documento discute deficiência motora, incluindo suas causas, tipos e impactos. Também descreve como os jogos paralímpicos permitem que pessoas com deficiência motora participem de esportes. O documento final conta a história de Rita e como ela lida com sua deficiência.
A palestra discute estratégias de motivação e superação pessoal, abordando temas como pessoas, mundo, circunstâncias e como criar oportunidades. A palestrante, M. Cristina Prey, fala sobre sua jornada após um acidente que a deixou paraplégica e como usou o esporte para superação, citando a importância do trabalho em equipe.
O documento resume as atividades e projetos realizados pela Escola Estadual São José nos anos de 2011 e 2012, incluindo passeios educativos, projetos que estimulam a leitura e a escrita, e a participação de alunos em competições externas.
O Clube A é uma Associação sem fins lucrativos criada pelo Grupo Itaú Unibanco, com o objetivo de estimular o convívio e a valorização de pessoas aposentadas, por meio do desenvolvimento de atividades sociais, de lazer e cultura. Ao promover as atividades, temos a missão de incluir os aposentados/idosos na sociedade em que vivem; ensinando-os a buscar a qualidade de vida e o constante aprendizado.
O projeto como um todo pretende melhorar da qualidade de vida, auxiliar na melhoria da saúde física e mental, resgatar a auto-estima e tornar o aposentado independente, valorizado e respeitado em sua comunidade
Pl cria a olimpíada estudantil no município de cabo frio e dá outras providên...drtaylorjr
O projeto de lei cria a Olimpíada Estudantil no município de Cabo Frio, Brasil, para ser realizada anualmente com modalidades esportivas como futebol, basquete, vôlei e atletismo para estudantes do ensino fundamental e médio.
O documento discute como a educação e o esporte podem promover a inclusão social. Apresenta o caso de Leonel Dutra Vianna, que criou projetos esportivos voltados para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social na cidade de Taquari, RS. Seu trabalho, focado em melhorar a qualidade de vida dos participantes e desenvolver suas habilidades sociais, já ajudou na recuperação de alguns que estavam em conflito com a lei.
2011 pl cria a olimpíada estudantil no município de cabo frio e dá outras p...drtaylorjr
O projeto de lei cria a Olimpíada Estudantil no município de Cabo Frio, realizada anualmente pela Secretaria Municipal de Esporte e incluindo modalidades como futebol, basquete, vôlei e atletismo. A competição é aberta a alunos das redes pública e privada do ensino fundamental e médio mediante inscrição e atestado médico.
O documento discute os impactos econômicos e legados dos megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo e Olimpíadas, no Brasil. Questiona se esses eventos realmente deixam um legado positivo para o país ou se as cidades acabam arcando com custos excessivos para sediá-los. Também reflete sobre como fomentar políticas públicas de esporte e lazer para toda população brasileira.
1) O documento lista a diretoria do Rotary Club de Itapecerica/MG para o ano de 2014, incluindo a Presidente Maria das Graças Meijon Castelano.
2) É feita uma homenagem ao companheiro Alberto, membro falecido do clube, destacando sua trajetória de vida e serviços prestados ao Rotary.
3) Março é celebrado como o Mês da Alfabetização e várias atividades são realizadas pelo clube em prol da educação na região.
O documento discute a qualidade de vida de corredores de rua de elite do estado de Goiás, Brasil. A pesquisa aplicou questionários socioeconômicos e de qualidade de vida a 20 atletas (10 homens e 10 mulheres). Os resultados mostraram que os atletas se satisfazem mais com a dimensão sócio-ambiental da qualidade de vida do que com a dimensão psicológica.
O documento apresenta um editorial da primeira edição da Revista Economix, que tem como objetivo ajudar os leitores a entender conceitos básicos da economia. O texto introduz os temas que serão abordados na publicação, como a história econômica do Brasil, a situação atual da economia brasileira e especialistas que irão explicar tópicos financeiros.
1) Alunos do ensino fundamental do estado de São Paulo tiveram uma leve melhora de 0,7% em seu rendimento escolar comparado ao ano anterior, segundo o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar (Saresp).
2) A favela Santo Eduardo na zona leste foi reurbanizada e agora tem esgoto tratado, iluminação, segurança e não corre mais risco de deslizamentos.
3) Uma nova estação de trem em São Miguel Paulista atenderá mais de 13 mil pessoas diariamente e terá bicicletário, internet públic
O documento relata as dificuldades enfrentadas por pessoas transgênero no mercado de trabalho no Brasil, apesar de muitas terem formação universitária. Ele descreve histórias de indivíduos trans que sofreram preconceito na família e na escola, o que os levou a abandonar os estudos ou a trabalhar em profissões pouco qualificadas. Também critica a falta de apoio e dados concretos de órgãos públicos sobre a inclusão de transgêneros.
Este documento discute como a moda influencia as escolhas das pessoas e como elas se vestem. A reportagem apresenta entrevistas com três pessoas com visões diferentes sobre como a moda afeta suas vidas: Daniella Almeida, que gosta de antecipar tendências; Adriano Oliveira, que usa a moda para se expressar; e Gisele Godoy, que é crítica da influência da indústria da moda em gerar consumo em massa.
O documento lista uma série de eventos sobre comunicação e marketing ocorridos entre 7 a 14 de maio de 2012 nos campi da Universidade Cruzeiro do Sul. Os eventos incluíram palestras sobre inovação em comunicação, mídias sociais, marketing de serviços, roteiro para cinema e relações públicas internacionais.
A comunidade Santo Eduardo, localizada na Zona Leste de São Paulo, passou por um processo de reurbanização e se tornou um bairro. Antes, os moradores enfrentavam problemas como esgoto a céu aberto e falta de infraestrutura, mas agora contam com melhorias como asfalto, iluminação e áreas de lazer. A reurbanização beneficiou mais de 124 famílias e proporcionou uma melhor qualidade de vida aos moradores.
1) TallyVault a Company
2) Activate Security Control for a Company
3) Create Security Levels and Assign Passwords
4) Activate TallyAudit and View the TallyAudit list of Vouchers/Ledgers
5) Backup and Restore Tally.ERP 9 Data
6) Split Company Data
7) Export and Import Data and Vouchers
8) Export Reports using ODBC
9) Use Web-Enabled, Print Preview and Online Help Features
10) Print Reports and Cheques
11) Tally.NET Features
12) Control Centre Capabilities
13) Advantages of Support Centre
El documento resume un congreso nacional sobre la gestión financiera en las pequeñas y medianas empresas. El congreso se llevará a cabo el 17 de mayo de 2011 en el Hotel Sorolla Palace en Valencia y contará con ponencias sobre temas como la financiación, la liquidez, la prevención de impagos, y la mejora de la competitividad. El evento está patrocinado por varias organizaciones y busca ofrecer herramientas a las pymes para sobrevivir y ser más competitivas en el actual entorno económico.
Craques do esporte como Ana Moser, Raí, Paula e Flávio Canto criaram ONGs para oferecer educação e oportunidades através do esporte para milhares de crianças e jovens. Apesar dos desafios para obter recursos, eles contam com a credibilidade conquistada na carreira esportiva para fazer com que os projetos sejam bem-sucedidos.
O documento discute a cobertura da mídia das Paraolimpíadas em comparação às Olimpíadas, propondo estratégias para promover uma maior divulgação e compreensão das Paraolimpíadas, como realizá-las simultaneamente às Olimpíadas e dar mais visibilidade aos atletas paraolímpicos para reduzir o preconceito.
Amigos, Clientes, Inspiradores: sócios da MILK®Beia Carvalho
Na matéria de capa da Revista GOL/127 "ELES TIRAM
LEITE DO ASFALTO, tudo sobre os sócios da MILK®, Ricardo Santos e Rodrigo Raso. MILK® é uma das agências de comunicação que mais entendem de esporte no país e que transformaram a rotina de pedalar e correr no maior trunfo da empresa. Matéria de Anna Paula Alfano, fotos de Carol Quintanilha.
Somos uma ação que luta para que crianças em cadeiras de rodas vivam novas experiências. No dia 21 de junho de 2015, acontecerá a segunda etapa do Circuito Infantil de Corridas de Rua de Curitiba 2015. Participarão dela 20 crianças e 60 corredores voluntários, ajudando-as a sentir o vento na cara, o sorriso no rosto e a sensação de liberdade.
O documento discute deficiência motora, incluindo suas causas, tipos e impactos. Também descreve como os jogos paralímpicos permitem que pessoas com deficiência motora participem de esportes. O documento final conta a história de Rita e como ela lida com sua deficiência.
A palestra discute estratégias de motivação e superação pessoal, abordando temas como pessoas, mundo, circunstâncias e como criar oportunidades. A palestrante, M. Cristina Prey, fala sobre sua jornada após um acidente que a deixou paraplégica e como usou o esporte para superação, citando a importância do trabalho em equipe.
O documento resume as atividades e projetos realizados pela Escola Estadual São José nos anos de 2011 e 2012, incluindo passeios educativos, projetos que estimulam a leitura e a escrita, e a participação de alunos em competições externas.
O Clube A é uma Associação sem fins lucrativos criada pelo Grupo Itaú Unibanco, com o objetivo de estimular o convívio e a valorização de pessoas aposentadas, por meio do desenvolvimento de atividades sociais, de lazer e cultura. Ao promover as atividades, temos a missão de incluir os aposentados/idosos na sociedade em que vivem; ensinando-os a buscar a qualidade de vida e o constante aprendizado.
O projeto como um todo pretende melhorar da qualidade de vida, auxiliar na melhoria da saúde física e mental, resgatar a auto-estima e tornar o aposentado independente, valorizado e respeitado em sua comunidade
Pl cria a olimpíada estudantil no município de cabo frio e dá outras providên...drtaylorjr
O projeto de lei cria a Olimpíada Estudantil no município de Cabo Frio, Brasil, para ser realizada anualmente com modalidades esportivas como futebol, basquete, vôlei e atletismo para estudantes do ensino fundamental e médio.
O documento discute como a educação e o esporte podem promover a inclusão social. Apresenta o caso de Leonel Dutra Vianna, que criou projetos esportivos voltados para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social na cidade de Taquari, RS. Seu trabalho, focado em melhorar a qualidade de vida dos participantes e desenvolver suas habilidades sociais, já ajudou na recuperação de alguns que estavam em conflito com a lei.
2011 pl cria a olimpíada estudantil no município de cabo frio e dá outras p...drtaylorjr
O projeto de lei cria a Olimpíada Estudantil no município de Cabo Frio, realizada anualmente pela Secretaria Municipal de Esporte e incluindo modalidades como futebol, basquete, vôlei e atletismo. A competição é aberta a alunos das redes pública e privada do ensino fundamental e médio mediante inscrição e atestado médico.
O documento discute os impactos econômicos e legados dos megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo e Olimpíadas, no Brasil. Questiona se esses eventos realmente deixam um legado positivo para o país ou se as cidades acabam arcando com custos excessivos para sediá-los. Também reflete sobre como fomentar políticas públicas de esporte e lazer para toda população brasileira.
1) O documento lista a diretoria do Rotary Club de Itapecerica/MG para o ano de 2014, incluindo a Presidente Maria das Graças Meijon Castelano.
2) É feita uma homenagem ao companheiro Alberto, membro falecido do clube, destacando sua trajetória de vida e serviços prestados ao Rotary.
3) Março é celebrado como o Mês da Alfabetização e várias atividades são realizadas pelo clube em prol da educação na região.
O documento discute a qualidade de vida de corredores de rua de elite do estado de Goiás, Brasil. A pesquisa aplicou questionários socioeconômicos e de qualidade de vida a 20 atletas (10 homens e 10 mulheres). Os resultados mostraram que os atletas se satisfazem mais com a dimensão sócio-ambiental da qualidade de vida do que com a dimensão psicológica.
Este documento apresenta uma webgincana sobre modalidades esportivas com perguntas e desafios para equipes responderem. A webgincana tem o objetivo de ensinar sobre esportes como badminton, fisiculturismo, judô, atletismo e cultura brasileira através do esporte. As equipes competem para ver quem consegue mais pontos respondendo corretamente sobre as modalidades esportivas.
O documento apresenta a primeira edição da revista "Maicon Fitness & Esporte", discutindo diversos tópicos relacionados a fitness, bem-estar e esporte. Inclui artigos sobre musculação, pilates, treinamento funcional, futebol, corrida, lutas e os Jogos Olímpicos Rio 2016. O objetivo é oferecer uma publicação de qualidade sobre essas atividades no Brasil.
O documento discute a importância da educação olímpica e como os valores do esporte podem ser agregados à prática esportiva quando orientada corretamente por profissionais. Apesar do discurso sobre educação, os investimentos focam no alto rendimento e resultados, negligenciando a formação integral dos atletas. É necessário incluir a educação olímpica nas atividades esportivas para desenvolver não só campeões, mas cidadãos.
O documento discute como os idosos de hoje são mais ativos do que gerações passadas, praticando esportes e mantendo estilos de vida saudáveis para desafiar estereótipos sobre a velhice. Um homem de 91 anos é destacado como o jogador de futebol mais velho do mundo, e um homem de 88 anos fala sobre suas realizações esportivas como corrida e paraquedismo. A longevidade saudável depende de atitudes positivas e atividades sociais.
O esporte é um dos melhores caminhos para o desenvolvimento da cidadania. O brasil tem uma cultura de um esporte único e isso dificulta a criação de uma cultura de esporte que esteja intrínsica aos cidadãos e consequentemente dificulta o alcance à cidadania. Iniciativas são cada vez mais nencessárias e precisam estar cada vez mais integradas com o ambiente da população local. Ensinando não somente a prática esportiva, mas também ensinar pensar no esporte como uma disciplina e uma cultura que deve ser desenvolvida.
O documento discute vários projetos humanitários propostos pelo Rotary Club de Juiz de Fora para o ano rotário de 2013-2014, incluindo campanhas de doação de sangue, atividades físicas para deficientes visuais, aulas de dança, ginástica para idosos, e programas de saúde para hipertensos e diabéticos. O objetivo geral destes projetos é melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover a inclusão social.
Semelhante a Jornal cidadão diagramado dez 2011 (20)
O documento discute iniciativas de desenvolvimento na região leste de São Paulo, incluindo a reforma do Mercado Municipal de São Miguel Paulista e projetos de reciclagem que usam pneus descartados para construção. Também aborda o uso de microcrédito para apoiar pequenos negócios locais e melhorar as vendas no final do ano.
O jornal descreve vários bairros da Zona Leste de São Paulo, incluindo Anália Franco, Tatuapé, Belém e Brás. O Anália Franco é destacado como um bairro em plena expansão, com aumento nas vendas e aluguéis de imóveis, tornando-se auto-sustentável. No Tatuapé, a violência preocupa os moradores devido ao excesso de bares e comércio. Na Vila Maria Zélia, imóveis históricos pertencentes ao poder público estão abandonados. O Brás
O documento discute o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, o terceiro reajuste durante o mandato do prefeito Gilberto Kassab. O reajuste de 11,11% elevou o valor da passagem para R$3,00, a mais cara do país. O Movimento Passe Livre realizou protestos contra o aumento, defendendo um transporte público gratuito e de qualidade para todos.
Este jornal aborda diversos temas como:
1) A escola EMEF Marechal Juarez Távora que oferece apoio para alunos com necessidades especiais.
2) O projeto Ecoponto da prefeitura que recebe entulho e materiais recicláveis.
3) A restauração da capela de São Miguel Arcanjo, a mais antiga de São Paulo com 387 anos.
1) O Centro de Referência do Idoso em São Miguel Paulista recebe idosos que buscam estimulação mental, física e cultural. 2) Jovens de São Miguel Paulista produzem um jornal alternativo para falar de sua comunidade após participarem de uma oficina de comunicação. 3) A Associação Aqualiprof Pedro Nunes luta há 10 anos para transformar um antigo aterro sanitário em um parque público para o bairro.
1) O documento discute vários temas relacionados à mulher, incluindo mães de crianças deficientes, mulheres no mercado de trabalho e no crime, doação de leite materno, e futebol feminino.
2) Uma história de destaque é de uma mulher que matou seu padrasto após anos de abuso sexual e físico contra ela e sua mãe, e não se arrepende do crime.
3) O editorial defende a luta contínua da mulher por direitos e reconhecimento, e contra estereótipos.
O documento descreve:
1) A Associação Casa de Cultura Sapopemba busca voluntários para incentivar atividades culturais na região.
2) Lojistas e ambulantes disputam espaço nas calçadas da Avenida Sapopemba.
3) O mau cheiro do Aterro São João preocupa moradores da região.
[1] Jornal produzido por alunos da Universidade Cruzeiro do Sul analisa queda de audiência no Big Brother Brasil 11 e expansão possível da linha 6 do metrô até a região do Anália Franco.
[2] Reportagem discute campanha do Ministério da Saúde contra a AIDS durante o Carnaval e lançamento da Ecofrota na Zona Leste com ônibus movidos a biodiesel.
[3] Matérias abordam chegada da tecnologia 3D aos ambientes domésticos e debate sobre uso
1) Priscilla Cardena revela os preconceitos que enfrentou como primeira locutora feminina na Rádio Serra do Mar.
2) Ela fala com orgulho sobre sua carreira de 14 anos, incluindo seu trabalho de 3 anos apresentando o programa MetroNight.
3) Apesar de ter saído do MetroNight, Priscilla afirma ainda se sentir presente no programa e disposta a voltar.
[1] O cantor e compositor evangélico Ronaldo Bezerra discute a importância da música em sua vida e carreira. [2] Ele fala sobre como decidiu seguir a carreira musical desde criança e os desafios de deixar o Brasil para estudar música no México. [3] Bezerra também comenta sobre como administra a fama e a divulgação de seu trabalho nas redes sociais.
1) O professor Everaldo de Oliveira defende que existem ditaduras camufladas e formas sutis de controle social em supostas democracias.
2) Ele acredita que Brasil e países da América Latina compartilham uma cultura e problemas sociais e econômicos semelhantes, apesar das diferenças históricas.
3) Seu livro "A Revolução Boliviana" analisa a importante revolução boliviana de 1952 que mostrou a capacidade do povo boliviano de criar uma nova perspectiva para o país depois de
[1] O dançarino Felipe Gomes explica as origens e inspirações do estilo de dança Locking e Popping no cenário brasileiro. [2] Ele discute as dificuldades iniciais em aprender a dançar e a falta de informações sobre os estilos, mas que o Brasil vem chamando atenção internacional com dançarinos de sucesso. [3] Felipe acredita que qualquer pessoa pode aprender a dançar independentemente do conhecimento prévio, mas requer dedicação para melhorar.
A entrevistada fala sobre os objetivos iniciais da produtora Kikiza Ópera Pop, que eram montar uma companhia de artes com foco na educação em escolas e preencher lacunas na educação das crianças. Ela também destaca o papel terapêutico das artes, especialmente o teatro, para as crianças expressarem suas emoções, e como as artes desenvolvem melhor as crianças social e culturalmente. Por fim, aborda a resistência das pessoas às artes no Brasil.
A entrevista discute a profissionalização do carnaval no Brasil. Lia Picci deixou o jornalismo para se tornar carnavalesca por amor à cultura e criatividade envolvidas. Ela defende a profissão de carnavalesco e a importância das escolas de samba para a sociedade através da cultura e projetos sociais.
A entrevista discute a carreira e visão de Costa Senna sobre a literatura de cordel. Senna iniciou sua carreira no teatro na década de 1980 e desenvolveu projetos para crianças e adolescentes como "Cordel nas Escolas". Ele acredita que a literatura de cordel deve estar presente nas escolas e que os professores que levam o cordel para a sala de aula conseguem engajar melhor os estudantes.
A Polícia Federal abre investigação sobre ossadas encontradas no cemitério da Vila Formosa que podem pertencer a militantes mortos durante a ditadura militar no Brasil. A Lei antifumo autua o primeiro bar em São Paulo por permitir fumantes dentro do estabelecimento. O Movimento Nossa Zona Leste organiza manifestação para implantar a primeira Universidade Federal na região da Zona Leste de São Paulo.
La Unión Europea ha acordado un paquete de sanciones contra Rusia por su invasión de Ucrania. Las sanciones incluyen restricciones a las importaciones de productos rusos de alta tecnología y a las exportaciones de bienes de lujo a Rusia. Además, se congelarán los activos de varios oligarcas rusos y se prohibirá el acceso de los bancos rusos a los mercados financieros de la UE.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui um preço mais acessível em comparação aos modelos anteriores para atrair mais consumidores. O lançamento ocorrerá no próximo mês e a empresa espera que o novo smartphone ajude a aumentar suas vendas e participação no mercado.
O documento trata sobre o primeiro número do Zine da Duca, um fanzine criado por alunos do curso de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul para discutir o tema do analfabetismo funcional no Brasil.
No editorial, os alunos apresentam as motivações e objetivos do projeto, que é oferecer uma mídia questionadora sobre um assunto relevante de forma despojada. A primeira página traz uma entrevista com a educadora Elizabeth Cury. Na sequência, há uma matéria explicando o que é analfabet
1. O documento apresenta um projeto de um fanzine chamado "Zine da Duca" que tem como objetivo combater o analfabetismo funcional no Brasil.
2. O fanzine será publicado quinzenalmente em formato A3 e terá artigos, entrevistas, charges e espaço para participação do público sobre temas relacionados à leitura e educação.
3. A equipe responsável pelo fanzine é formada por 6 estudantes de jornalismo que irão dividir tarefas como reportagens, entrevistas, diagramação e
1. Jornal-laboratório produzido pelos alunos de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul
Ano XII - Número 40 - Dezembro de 2011
Agressividade ao volante pode
trazer sérias consequências
Especialistas explicam o que leva os motoristas a
agirem de modo agressivo e sugerem formas de
lidar com esse problema. Página 3
Ecopontos da
prefeitura
recolhem
entulho
gratuitamente
O material recolhido
é reciclado e pode ser
usado em obras de
calçamento, sarjetas e
asfalto. Página 4
Passatempo profissional
Nossos entrevistados revelam por que decidi-
ram deixar de lado uma carreira profissional
estabilizada para se dedicarem a um hobby.
Página 3
Arquivo
Déborah
Aranhos
Acadêmicos do Tatuapé comemora 60 anos
Conheça a trajetória da escola que recebeu prêmio de melhor samba-
enredo do Carnaval 2012, com música em homenagem à cantora e
compositora Leci Brandão. Página 5
Campeões em superação
Atletas com necessidades especiais relatam a importância do esporte na
recuperação de sua autoestima. Página 2
Relatos de quem vive
ou já viveu nas ruas
Santos (foto) afirma que foi acolhido e fez
amigos no período em que esteve desabrigado.
Página 4
Aula de música nas escolas passa
a ser obrigatória em todo o país
Nova lei gera controvérsia entre
profissionais da área. Página 6
Depender do transporte
público traz transtornos à
pessoa com deficiência
As principais reclamações envolvem o desres-
peito ao Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Página 6
Espetáculo a céu aberto
Apesar de não agradarem a todos e serem alvo
de repressão, os artistas de rua não desistem de
apresentar seu trabalho. Página 7
Rafael
Biazão
Talita
Cricca
Cleane
Brito
2. Segundo dados levantados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia
Estatística (IBGE) no último censo
realizado no Brasil, em 2000 exis-
tiam cerca de 24,6 milhões de pesso-
as que se declararam portadoras de
deficiência, número que correspon-
de a 14,5% da população, que cres-
ceu 20 milhões entre 2000 e 2010.
Ações para a inclusão de pessoas
com deficiência têm sido feitas por
instituições como o Serviço Social
da Indústria (SESI), que abre suas
instalações esportivas para incenti-
var a prática de esportes adaptados.
O voleibol é umas dessas modali-
dades, que, para Antônio Carlos de
Oliveira Pinto, 31 anos, jogador do
time de vôlei adaptado do SESI, foi
uma opção para voltar a viver bem
e recuperar a autoestima. “A prática
do esporte me ajudou tanto finan-
ceiramente como intelectualmente.
Consegui construir uma família,
ter a minha casa, aprendi a valo-
rizar mais a vida”. Quanto ao pre-
conceito, o atleta diz que não leva
a sério. “A gente sofre mais com os
olhares das pessoas. Às vezes você
chega perto e as pessoas se afastam,
mas a gente leva na brincadeira”.
A seleção Brasileira Feminina
de Vôlei Paraolímpico conseguiu
recentemente o vice-campeonato
Parapanamericano, o que garantiu
sua classificação para as Paraolimpí-
adas de Londres. “Foi a primeira vez
que uma equipe feminina de volei-
bol sentado conseguiu se classificar
para uma Paraolimpíada”, afirma
o orientador de esportes de rendi-
mento Ronaldo Oliveira, 41 anos.
Treinador de pessoas com de-
ficiência há mais de uma década,
Oliveira diz que, para ele, treiná-
-los não tem nada de especial. “O
treino que eu dou para qualquer
pessoa, eu dou para eles. É só ques-
tão de verificar qual a deficiência e
o tipo de adaptação que você vai
fazer. Depois de passar 12 anos, eu
os vejo como qualquer outra pes-
soa. Cobro, brigo, mando embora
quando tem que mandar. Para mim,
é exatamente igual. É muito fácil
adaptar o treino para o deficiente.”
Uma das conquistadoras da
vaga nas Paraolimpíadas de Lon-
dres foi Regiane Cristina Costa,
36 anos. Para ela, essa é uma gran-
de vitória, pois o vôlei feminino
é um pouco esquecido. Segundo
Regiane, o time está treinando e
se desempenhando muito para
“chegar lá e fazer bonito”. “Falta
muita divulgação ainda, porque
a gente sediando uma competi-
ção de alto nível como essa (Pa-
rapanamericano), ninguém ficou
sabendo”. A atleta acredita que o
problemacomadivulgaçãotambém
é o que faz com que a procura pelo
esporte seja escassa.
“Hoje eu não vivo sem o esporte,
o esporte é a minha vida. Eu moro
no interior de São Paulo, venho de
São José do Rio Preto (para Suzano)
toda semana para treinar, então são
quase oito horas de viagem”, revela
Regiane, que afirma ter sido a práti-
ca esportiva a responsável por tê-la
livrado da depressão após ter sofrido
o acidente que lhe causou a ampu-
tação do membro inferior direito.
ESPORTE
PÁGINA 2 - DEZEMBRO DE 2011
Paraolimpíadas: uma forma de recomeçar
A prática esportiva pode recuperar a autoestima e a força de vontade de pessoas com deficiência
Os jogadores do SESI treinam às segundas, quartas e sextas na unidade de Suzano
Regiane joga na Seleção de Vôlei
Paraolímpico e encontrou no es-
porte uma saída para a superação
Daniele Motta
Déborah Aranhos
Gabriela Gundim
Déborah
Aranhos
Déborah
Aranhos
Editorial
Primeira experiência
Esta é a primeira edição
do Jornal Cidadão elabora-
da pelos alunos do 3º e 4º
semestres do curso de Jor-
nalismo, campi Anália Fran-
co e São Miguel Paulista.
A editoria Esporte (p. 2)
apresentahistóriasdesupera-
çãodeatletascomnecessida-
des especiais que encontra-
ram no voleibol uma forma de
recuperar a autoestima.
Em Comportamento (p.
3), são discutidas as causas
da agressividade dos moto-
ristas no trânsito da cidade
de São Paulo.
A editoria Mercado de
Trabalho (p. 3) traz relatos de
pessoas que transformaram
seus hobbies em profissão.
A reciclagem de entu-
lho é o tema da editoria
Meio Ambiente (p. 4), servi-
ço oferecido gratuitamente
pela prefeitura em diversos
ecopontos espalhados pela
cidade, mas ainda pouco
conhecido pela população.
Em Urbano (p. 4), são
apresentados relatos de pes-
soas que viveram e ainda vi-
vem nas ruas de São Paulo,
dentre eles, Kaká, que hoje
é líder de uma ONG que tem
como objetivo resgatar a au-
toestima dessas pessoas, e
Salústio Pessoa, que sonha
em terminar os estudos para
conquistar uma vida melhor.
A história da escola de
samba Acadêmicos do Ta-
tuapé, fundada em 1952
e premiada por melhor
samba-enredo do Carnaval
2012, é o assunto da editoria
Memória (p.5).
A editoria Educação (p.
6) aborda os prós e con-
tras da nova lei que de-
termina a obrigatoriedade
do ensino de música nas
escolas públicas e priva-
das do país ainda este ano.
Em Direitos Humanos (p.
6), pessoas com deficiência
falam das dificuldades que
enfrentam ao utilizar o trans-
porte público (ônibus e Me-
trô). Lucimara e Bernardo,
moradores da Zona Leste,
criticam o despreparo dos
funcionários em relação a
seus direitos e revelam como
lidam com o preconceito.
A editoria Cultura (p. 7)
apresenta o trabalho de artis-
tas de rua da cidade, como o
músico Tiago Ortaet e a es-
tátua viva Ruan Fernandes.
Esperamos que essa
nossa primeira experiên-
cia em jornalismo impresso
agrade a você, leitor.
Boa leitura!
Antônio Carlos diz não ter escolhido
o vôlei, e sim ter sido escolhido pelo
esporte
Paraolimpíadas Escolares
As Paraolimpíadas Escolares são a principal competição en-
tre alunos da rede pública e privada de todo o país. O evento,
que já está em sua 5ª edição e ocorre sempre no mês de agos-
to, conta com a participação de adolescentes de 12 a 19 anos.
A competição ajuda a recuperar a força de vontade e autoestima
de jovens que têm deficiência desde pequenos e sofrem com dificul-
dades financeiras. São aproximadamente 1.200 atletas que são inclusos
na sociedade e se tornam mais saudáveis com a prática dos esportes.
Vários tipos de modalidades fazem parte das Paraolimpía-
das Escolares, entre elas, natação, futebol, vôlei, atletismo e bocha.
Déborah
Aranhos
Reitora
Profª. Drª. Sueli Cristina Marquesi
Pró-Reitor de Graduação
Prof. Dr. Luiz Henrique Amaral
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Prof. Dr. Danilo Antonio Duarte
Pró-Reitor de Extensão e
Assuntos Comunitários
Prof. Dr. Renato Padovese
Coordenador dos Cursos
de Comunicação Social
Prof. Ms. Carlos Barros Monteiro
Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da
Universidade Cruzeiro do Sul
Ano XII – Número 40 – Dezembro de 2011
Telefone para contato: (11) 2037-5706
Tiragem: 1.500 exemplares
Impressão: Jornal Última Hora (11) 4226-7272
Diagramação Final: Eduardo Vianna
Professores Orientadores:
Drª. Flávia Serralvo e Ms. Regina Tavares
Também participaram desta edição:
Aline Santos, André Miranda, Cristiano Hurtado,
Daniela Gomes, Dener Sabino, Efraim Caetano,
Estefano Perez, Kaíque Ferreira, Marco Antônio
Ramos, Mariana Rocha, Maurício Pizani,
Nataly Sales e Vitor Araújo
Observação: algumas pessoas declararam possuir mais de um tipo de defi-
ciência. Por isto, quando somadas as ocorrências de deficiências, o número
é maior do que 24,6 milhões.
3. Antônio Adriano de Jesus Dias,
39 anos, motorista desde os 18, sen-
te na pele diariamente os problemas
acarretados pelo estresse no trânsito.
Ele revela que, para extravasar sua
raiva em determinados momentos do
dia, bate no volante e no painel de seu
veículo, pois fica muito irritado e não
consegue pensar em mais nada.
O trânsito caótico e os motoris-
tas com pouca capacidade de con-
duzir veículos são as causas da irrita-
ção de Dias, e isso influencia em sua
vida fora do trabalho. “Quando eu
chego em casa, quero ficar quieto,
sozinho e não quero conversar nem
com a minha esposa. Às vezes ela
me pergunta alguma coisa e eu peço
para me deixar em paz. São reflexos
do estresse que passei no trânsito”.
Dias reconhece o fato de que a
maioria dos motoristas muda de com-
portamento ao conduzir um veículo,
principalmente se a pessoa tem um
problema em casa ou no trabalho e
assume o volante, qualquer coisa é
motivo para ficar com raiva.
Segundo a psicóloga Carla Cris-
tine de Almeida Zottino, do Centro
de Apoio Social da Polícia Militar
(CAS–PM), as pessoas têm comporta-
mentos diferentes quando são pedes-
tres e quando estão atrás do volante.
“Como pedestres, são mais fragiliza-
das. Já com o carro, mostram a força
que têm e passam a se comportar de
uma forma diferente, passam a agir
como se estivessem acima do pedestre,
usam o carro como forma de poder”.
Carla ressalta que essa situação vem se
agravando devido ao estresse do dia a
dia, mas sua origem é bastante antiga.
Já na década de 1950, os Estúdios
Walt Disney desenvolveram uma ani-
mação em que o personagem Pateta
vivencia exatamente a situação des-
crita por Carla a respeito dos motoris-
tas das grandes metrópoles. Segundo
Alexandre Pelegi, coordenador do
Núcleo de Comunicação Social de
Educação de Trânsito da Secretaria
Municipal de Transportes (SMT), o
desenho mostra que, quando o con-
dutor é pedestre, comporta-se como
uma pessoa pacata e gentil. Em con-
trapartida, quando está dirigindo seu
carro, transforma-se em um monstro.
“Se uma pessoa está andando de
carro na rua e fica nervosa porque o
trânsito não anda e começa a buzinar
insistentemente, não será multada por
buzinar, mas o motorista que fizer isso
será condenado de forma moral pelos
demais, por demonstrar sua agressi-
vidade através de uma ação sonora, a
buzina”, afirma Pelegi.
Analisando esse tipo de comporta-
mento, a psicóloga Leila Letícia Silva,
do CAS–PM, conclui que as pessoas
estãosetornandointolerantes,poiselas
dependem daquele veículo para chegar
ao compromisso no horário marcado,
desencadeando a má educação e o des-
respeitocomasinalização.“Os paulis-
tanos precisam se conscientizar de
que talvez o transporte coletivo seja
mais viável. É necessário mesmo es-
tar sozinho dentro de um carro? Po-
demos recorrer àquelas situações de
grupo para sair, cada dia no carro de
uma pessoa. Essa é a solução”, pro-
põe Leila.
Para Pelegi, uma série de medidas
que tenham como prioridade o trans-
porte público poderiam ser tomadas,
tais como preferência no trânsito para
ônibus que transportam o mesmo que
100 carros; duas vias exclusivas para
os coletivos circularem, com semá-
foro e operações de tráfego que deem
preferência a sua circulação, além da
implantação do pedágio urbano.
A psicóloga Carla defende a me-
lhoria do processo seletivo para adqui-
rir a Carteira Nacional de Habilitação
(CNH), tendo em vista que se visa
principalmente ao lucro. “Não é inte-
ressante para o psicólogo que está ava-
liando ver o perfil do motorista, nem
é viável reprovar muita gente para não
perder clientes”. Carla afirma ainda
que um maior rigor no momento da
avaliação identificaria se a pessoa tem
tendência a ter mais agressividade e
impulsividade ao conduzir essa “arma”
que é o veículo.
COMPORTAMENTO
PÁGINA 3 - DEZEMBRO DE 2011
Dias sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e, segundo os médicos, a principal causa foi seu trabalho como motorista
Talita
Cricca
Trânsito: agressividade atrás do volante
Especialistas analisam as causas do comportamento agressivo dos motoristas que trafegam pelas ruas da capital paulista
Pelegi, que atua na Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo,
acredita que é preciso priorizar o transporte público
Lucilene
Gomes
Gustavo Oliveira
Lucilene Gomes
Suellen Grangeiro
Diante de uma época de globali-
zação, o mercado de trabalho é sub-
metido a inúmeras mudanças: novas
oportunidades surgem, enquanto
outras tornam-se antigas e deixam
de existir. Com as inovações tecno-
lógicas, o mercado fica cada vez mais
competitivo entre empresas que,
consequentemente, passam a exi-
gir ainda mais de seus candidatos.
Uma das carreiras mais inovado-
ras na atualidade é o trabalho baseado
em hobbies. Pessoas que optam por
trabalhar com algo de que gostam
(que, até então, era apenas uma for-
ma de diversão ou lazer) passam a de-
dicar-se à prática, utilizando-a como
meio de sobrevivência.
Márcia Zoladz, 56 anos, é exem-
plo de profissional que abandonou
uma carreira e se dedicou inteiramen-
te a um hobby. Formada em design
gráfico com passagem pelo Califor-
nia College of Arts, em Oakland, nos
EUA, e com estudos de pós-gradua-
ção em Comunicação na Ruhr-Uni-
versität, em Bochum, Alemanha, ela
também trabalhou como diretora de
arte na revista Claudia e foi colunista
doUOL.Porém,optoupor abrir mão
de sua carreira ao sentir necessidade
de se dedicar a assuntos relacionados
ao mundo da culinária, que tanto
apreciava e que surgiu após sua visita
a uma feira do livro, em Frankfurt.
Hoje, Márcia tem diversos livros
de receitas publicados no Brasil e na
Alemanha, tais como “Muito prazer”
(2000) e “Brigadeiros e Bolinhas”
(2011). Ela é responsável pelo blog
“Etiquetéssima” e pelo site “Cozinha
da Márcia”. No início, conciliava
seu trabalho com suas receitas, para
que pudesse se manter. No entanto,
atualmente, dedica-se inteiramente
à culinária. “Eu não diria que errei a
minha carreira. Sempre gostei mui-
to de trabalhar com comunicação
de massa, mas sempre admirei as
comidas e suas histórias”, comenta.
Outro profissional que aban-
donou sua profissão para seguir
um hobby é o fotógrafo Alexandre
Peregrino, 37 anos. Ele trabalhava
como diretor de marketing de uma
casa noturna quando, para cortar
custos, passou a ser o responsável
pelas fotos do local. “Comprei uma
maquininha fotográfica, mandei o
fotógrafo embora e comecei a tirar
as fotos eu mesmo. Não foi uma op-
ção de profissão e, até então, não era
um hobby, mas, de certa forma, eu
me divertia fazendo aquilo”, revela.
Assim, Peregrino deu início a
uma carreira que o levou a traba-
lhar em diversas revistas, como Ca-
pricho, Tititi e Contigo. Fotogra-
fou também para a revista Playboy,
familiarizando-se então com o estilo
de fotografia com o qual passaria
a trabalhar: nudez e sensualidade.
Deixar que um hobby torne-se
uma profissão foge do padrão exigido
pela sociedade atual. Por conta disso,
não é raro que uma decisão como
essa, quando tomada, seja submetida
a diversas críticas direcionadas a sua
utilização como plano de carreira,
bem como a própria adaptação do
indivíduo no uso cotidiano de seu
hobby como trabalho. Para a analista
de recursos humanos Denise Couti-
nho, além de bons salários, o que as
pessoas procuram em suas profissões
hoje em dia é a satisfação com o que
estão exercendo. “Atualmente, as pes-
soas estão em busca do trabalho que
as satisfaça, que esteja envolvido com
sua área de interesse”, afirma Denise.
Vale ressaltar que tanto Márcia
quanto Peregrino estavam consolida-
dosemsuascarreirasantesdeoptarem
por seguir seus hobbies. Apesar de as
duas histórias citadas terem sido bem-
-sucedidas, é preciso tomar cuidado
ao se lançar a uma nova experiência
profissional para não se arrepender
depois. Márcia confessa que deixou
a culinária como um “plano B”, já
que levou um bom tempo até aban-
donar de fato a sua profissão para se
“aventurar” com os livros de cozinha.
Um hobby, por mais prazeroso
que seja, também exige dedicação,
entusiasmo, especialização e conhe-
cimentos no assunto. Embora, para
muitos, essa utilização seja simples e
fácil, sua prática demanda todos os
requisitos de uma tarefa comum no
ambiente de trabalho. A grande dife-
rença está no prazer em fazê-la e ter a
consciência da elaboração de algo que
realmente lhe proporcione benefí-
cios, tanto ao corpo quanto à mente.
MERCADO DE TRABALHO
Hobby: quando a diversão vira profissão
Carolina Coutinho
Denis Pritsch
Diego Motoda
Do hobby à profissão: Alexandre Peregrino, que antes era diretor de
marketing de uma casa noturna, hoje é fotógrafo profissional
Joaz
Nunes
Em busca da satisfação profissional, pessoas transformam seus hobbies em atividades lucrativas
4. MEIO AMBIENTE DEZEMBRO DE 2011 - PÁGINA 4
Reciclagem de entulho cresce em São Paulo
Prefeitura tem serviço que recolhe o material gratuitamente, mas população sofre com descarte irregular
Benedito Carlos de Souza, 50
anos, trabalha com reciclagem de
entulho há cerca de um ano. “Não
é fácil, mas é um trabalho, e é dig-
no”. Souza trabalha no ecoponto
Jardim São Nicolau, um dos 45
ecopontos da prefeitura de São
Paulo, que são postos de entrega
voluntária de entulho. Os postos
foram criados principalmente para
evitar o descarte irregular de entu-
lho, que muitas vezes vai parar em
acostamentos, praças municipais
e terrenos baldios. A criação dos
ecopontos deu à população a chan-
ce de descartar, gratuita e correta-
mente, esse tipo de material, além
de incentivar outra questão im-
portante: a reciclagem do entulho.
Segundo Laura Maria Mar-
ques Paulo, técnica em edificações
formada pelo Instituto Paula Sou-
za, a reciclagem desse material na
construção civil é vantajosa sob
muitos aspectos. “A vantagem prin-
cipal é a preservação dos recursos
naturais”, afirma Laura. “Quando
você usa uma areia que veio de re-
ciclagem, você poupa a da jazida
natural, preservando esse recurso
e deixando de simplesmente des-
cartar o entulho, que pode ser re-
aproveitado”. Os benefícios da re-
ciclagem não param por aí: o custo
da obra pode cair muito quando
são usados materiais reciclados.
O processo de reciclagem é re-
lativamente simples. O entulho re-
colhido passa por uma máquina de
trituramento até atingir diferentes
tamanhos de pedra e areia, o último
estágio de trituração. Esse material,
depois de triturado, substitui seus
equivalentes naturais com a mes-
ma garantia de qualidade, e pode
ser usado em todo tipo de obras
de calçamento, sarjetas e asfalto.
“O entulho reciclado só não pode
ser usado em obras estruturais, na
construção de prédios, por exem-
plo, mas em todo o resto o material
pode ser substituído pelo reciclado
sem problemas”, explica Laura.
Antes de trabalhar com entu-
lho, Souza era segurança e se diz à
vontade com o novo emprego. Para
ele, a parte mais difícil do trabalho
é o relacionamento com o públi-
co: “A gente lida com muita gente
mal educada, que não entende
que o ecoponto tem regras, limi-
tes e normas. Tem material que a
gente não pode receber e ainda as-
sim as pessoas vêm e insistem em
discutir”. Alguns materiais resul-
tantes da construção civil, como
gesso, tintas e solventes, não po-
dem ser descartados no ecopon-
to. “Esse tipo de material é consi-
derado lixo tóxico e não pode ser
reciclado, precisa ir para um ater-
ro e ter um descarte específico”,
afirma a técnica em edificações.
Cada pessoa pode levar gra-
tuitamente para o ecoponto até
10 metros cúbicos de material por
dia. De acordo com o site da pre-
feitura, entre janeiro e agosto des-
te ano, os ecopontos recolheram
mais de 30 mil metros cúbicos só
de entulho. Os volumosos, como
móveis velhos e restos de podas de
árvores, também são recolhidos nos
ecopontos, e, no mesmo período,
as entregas somaram mais de 120
mil metros cúbicos de material. Os
recicláveis, como vidro e alumínio,
somam quase 6 mil metros cúbicos.
E a tendência é melhorar. “Vai con-
tinuar dando certo, sim, e ficando
cada vez melhor”, acredita Souza.
Segundo ele, a reciclagem de entu-
lho é uma área promissora, e ele não
tem planos de sair dela tão cedo.
A presença dos ecopontos na ci-
dade ajuda as pessoas que, depois de
uma reforma simples em casa, não
sabem o que fazer com o entulho.
Por falta de informação, a maioria
desse lixo é dispensada em terrenos
baldios e esquinas, o que prejudi-
ca a população. Luzinete da Silva,
69 anos, é moradora do Jardim
Nordeste, na Zona Leste de São
Paulo, e sofre com esse problema.
Segundo ela, o entulho se acumula
na beira do córrego Tiquatira, per-
to de onde mora. “As pessoas não
têm consciência, os ratos e outros
bichos aparecem aqui por causa
desses lixos amontoados. Quando
chove, a gente só vê os sofás e espu-
mas boiando.” Luzinete não sabia
da existência dos ecopontos.
O que falta é principalmente
conscientização. “Convencer as pes-
soas a fazer a coisa certa é muito di-
fícil. Aqui do lado do ecoponto tem
uma praça, e os carros vêm e deixam
o entulho jogado lá, quando pode-
riam deixar aqui de graça”, conta
Souza. Se é preconceito? “Não, é
preguiça mesmo”, ele completa e ri.
Para saber mais sobre a entrega
voluntária de entulho, localização
e horário de funcionamento dos
ecopontos, acesse: www.prefeitura.
sp.gov.br.
Aline Romero
Gisele Moniz
Entulho recolhido no ecoponto Jardim São Nicolau
Gisele
Moniz
O que mais se vê pelas esquinas
de São Paulo são pessoas dormindo
pelos cantos, enfiadas em buracos
ou em caixas de papelão, tentando
se proteger do frio, da violência e,
principalmente, da indiferença hu-
mana. Um estudo feito pela Funda-
ção Instituto de Pesquisas Econô-
micas (FIPE) em 2009 revelou que
existem cerca de 18.000 moradores
de rua em São Paulo, porém, segun-
do a prefeitura da cidade, o número
total é de cerca de 13.000 morado-
res. Deles, 84% são homens com
idade média de 40 anos. A maior
parte dos desabrigados está concen-
trada no centro da cidade, que con-
ta com 40 albergues da prefeitura.
Neles, cada morador de rua custa
R$ 350,00 mensais ao governo.
Todos os dados citados ante-
riormente foram divulgados pela
FIPE, já que os moradores de rua
não participam do censo do Ins-
tituto Brasileiro de Pesquisa de
Geografia e Estatística (IBGE),
pois não possuem residência e, na
maioria das vezes, nem mesmo RG.
Com base nessas estatísticas,
nossa equipe foi conhecer um pou-
co mais da história de algumas pes-
soas que vivem ou viveram nas ruas
da capital. Marivaldo da Silva San-
tos, 36 anos, saiu de Feira da San-
tana, na Bahia, com o intuito de
conseguir uma situação de vida me-
lhor. Porém, envolveu-se com dro-
gas, álcool e prostituição, o que o
prejudicou em seu emprego e o fez
perder o contato com sua família.
“Você é um semianalfabeto, ne-
gro, nordestino e, se você sair dessa
empresa hoje, não terá outra opor-
tunidade na vida”. Foi essa frase,
pronunciada pelo antigo patrão de
Santos durante uma conversa sobre
seu emprego, que o fez abandonar o
trabalho e passar a morar nas ruas.
Hoje, ele diz que essa frase teve
papel fundamental na sua mudan-
ça de vida em todos os aspectos.
Nas ruas, Santos foi acolhido e
fez alguns amigos. “O interessante
é que, quando você chega às ruas,
as pessoas que vivem lá já sabem
exatamente a qual grupo você vai
pertencer”, comenta. Após presen-
ciar o assassinato de alguns de seus
colegas, a conclusão era inevitável:
ou ele mudava aquela situação ou
viveria nas ruas para sempre. A par-
tir daí, Santos começou a passar
as noites em albergues, por con-
siderar que lá estaria mais seguro.
Além disso, retomou e concluiu
os estudos por meio de um dos
projetos sociais que auxiliam pes-
soas que estão em situação de rua.
Atualmente, Santos trabalha
como orientador ambiental institu-
cional na ONG BomPar, que ofe-
rece oportunidades para moradores
de rua trabalharem como agentes
comunitários. Para fazer parte do
quadro de colaboradores da ONG,
é preciso atender a dois pré-requi-
sitos:játervividoemsituaçãoderuae
ter concluído o ensino fundamental.
Salústio Nonato Pessoa, 46
anos, deixou Fortaleza em busca
de uma vida melhor em São Paulo,
por acreditar que, aqui, teria mais
oportunidades para concluir seus
estudos. Assim como Santos, ele já
morou nas ruas da capital e hoje re-
side em uma propriedade invadida
no bairro da Mooca. “Sei que essa
situação de vida não é fácil, mas te-
nho total certeza de que os estudos
são o caminho para minhas con-
quistas”. Sem emprego fixo e com a
responsabilidade de cuidar da mãe
idosa e de uma sobrinha pequena
que vieram do Ceará para viver
com ele, Pessoa trabalha esporadi-
camente como cabeleireiro e conta
com doações de ONGs, como a
Anjos da Noite.
Liderada por Antenor Ferrei-
ra, 58 anos, conhecido com Kaká,
a ONG Anjos da Noite foi criada
depois de um encontro com um
morador de rua em uma noite
muito fria de São Paulo. “O senhor
estava em uma situação deplorável,
com uma blusa totalmente rasgada
e sem calçados. Eu o levei para to-
mar um lanche e lá conversamos.
Ao nos despedirmos, ele segurou
em minha mão e disse: ‘você é um
anjo da noite’. Essas palavras ecoa-
ram em minha cabeça e foi aí que
resolvi montar o grupo Anjos da
Noite”, revela Kaká, que traba-
lha ainda como coordenador de
estágios obrigatórios da Supe-
rintendência Federal da Agri-
cultura no Estado de São Paulo.
O objetivo principal da ONG
é resgatar a autoestima dos mora-
dores de rua para possibilitar sua
reintegração social. “A mídia expõe
e não propõe mudanças. É neces-
sário desmistificar essa imagem de
que morador de rua é marginal. Não
bastasómudaronomedefavelapara
comunidade. É preciso uma quebra
de paradigma entre a sociedade, o
governo e a mídia”, propõe Kaká.
Superação e felicidade também moram na rua
Apesar das dificuldades de viver nas ruas, há quem consiga sorrir e sonhar com um futuro melhor
Pessoa saiu de Fortaleza para tentar uma vida melhor em São Paulo.
Hoje, reside em uma propriedade invadida no bairro da Mooca
URBANO
Rafael Galindo
Raphael Rufino
Raquel Torres
Cleane
Brito
5. MEMÓRIA DEZEMBRO DE 2011 - PÁGINA 5
Acadêmicos do Tatuapé: 60 anos de tradição
A história de uma comunidade que, além de unida, tem a música correndo nas veias e nos pés
O samba começou na Praça da
Sé, e o sucesso a tornou uma das
pioneiras do Carnaval de São Pau-
lo. O dia 26 de outubro de 1952
marcou o início de uma trajetória
de força, dedicação e união. Ini-
cialmente chamada de Unidos de
Vila Isabel, a Acadêmicos do Ta-
tuapé foi fundada por Osvaldo
Vilaça, conhecido como “Mala”,
na época, morador da região. “Em
1964, ele veio morar no bairro
e mudou o nome da escola para
Grêmio Recreativo Escola de Sam-
ba Acadêmicos do Tatuapé, como
é conhecida hoje”, conta o vice-
-presidente, Eduardo dos Santos.
Ainda garoto, ele iniciou suas
participações no Carnaval por volta
dos seis anos e conta que enfrentou
dificuldades devido às condições fi-
nanceiras. “Sou de uma época em
que o cara tinha um calçado. Ele
usava o mesmo para ir trabalhar, ir
à missa, para tudo. No Carnaval,
pintávamos os sapatos com cal para
que eles ficassem brancos para o des-
file. Depois era só lavar e continuar
usando. Hoje, a pessoa tem um para
o ensaio, outro para a apresentação
e outro para desfilar. Não sei se o
Carnaval de antigamente era mais
bonito do que o atual. Mas essas
coisas, como pintar o calçado, era
algo romântico”, recorda Santos.
As recompensas chegaram em
1968, com a classificação da Aca-
dêmicos do Tatuapé como vice-
-campeã do Grupo de Acesso. A
partir daí, começaram a desfilar
no Grupo Especial. “A quadra era
na rua Antônio de Barros, e a es-
cola saía no bairro com uma taça
na mão, de porta em porta, pe-
gando dinheiro para fazer o Car-
naval”, revela Roberto Munhoz,
presidente, sobre a diferença en-
tre os cenários de hoje e da época.
O declínio ocorreu em 1987,
quando foram desclassificados do
Grupo 2 - União das Escolas de
Samba Paulistanas (UESP), passan-
do três anos sem desfilar. Retorna-
ram à avenida em 1991 e conquista-
ram o 5º lugar no Grupo de Seleção
A. Em 2003, com o enredo “Abram
Alas Para o Rei Abacaxi”, de Babú
Energia, foram campeões do Grupo
de Acesso. Venceram grandes no-
mes do Carnaval, como a Impera-
dor do Ipiranga, Pérola Negra, Tom
Maior e Mancha Verde.
Munhoz, Santos e o coordena-
dor de casais Marcos Antônio da
Silva, conhecido como Toninho,
destacam o mesmo ponto como o
grande diferencial: ser uma “escola-
-família”. “Nunca ouvimos falar
que alguém foi visto usando drogas
aqui, e jamais veremos isso. Quan-
do as pessoas chegam são bem
recebidas, e quando vão embora
choram de saudade. Pai, mãe e fi-
lhos desfilam. Isto é uma família”,
comenta Toninho.
Ilza Moraes, 58 anos, desfila há
nove anos na escola. Ela começou
como baiana e hoje faz parte da
harmonia. “Na época em que fui
convidada, fazia parte do projeto
de caminhada do shopping Metrô
Tatuapé. A professora convidou al-
gumas senhoras para serem baianas
da escola. Eu fui, gostei e fiquei, e
quero continuar por muito tempo.
A Tatuapé, para mim, é como uma
família”. Este ano, a Acadêmicos
do Tatuapé conquistou o 6º lugar
no Grupo de Acesso, com o enre-
do “O Domingo é Especial”, in-
terpretado pelo carioca Preto Jóia,
tricampeão da Sapucaí e vencedor
de dois Estandartes de Ouro: em
1989 (melhor samba-enredo) e
1993 (melhor intérprete).
A escola irá para a avenida no
dia 19 de fevereiro de 2012 e, em
meio ao Carnaval, irá comemorar
os seus 60 anos de história e tradi-
ção. A música homenageará a can-
tora e compositora Leci Brandão, e
conta com direção do Carnavalesco
Mauro Xuxa, que tem 31 anos de
experiência. “Um dos maiores pro
blemas na minha função são deter-
minações da escola. Mas eu nunca
tive repressão no meu trabalho.
Aqui no Tatuapé, tenho liberdade
total para trabalhar”, declara Xuxa.
Leci acompanhou de perto a es-
colha do enredo. “A história da Aca-
dêmicos do Tatuapé é da Zona Les-
te. Tenho uma grande identificação
com eles. Sempre cantei aqui, mas
não esperava que fossem lembrar de
mim em seus 60 anos. Estou muito
feliz”, comenta. Tanto a identidade
da escola quanto a da cantora estão
na letra do enredo “Da arte do sam-
ba, nasci pra comunidade, defesa e
essência, sou guerreira, sou Leci
Brandão!”, que buscou unir ambas
em uma só canção.
Compositores recebem prêmio de melhor samba-enredo do Carnaval 2012
Eliene
Santana
Gustavo Lima
Rafael Biazão
Tayane Garcia
Rafael
Biazão
A cantora Leci Brandão, entre o mestre-sala e a porta-bandeira, é a
homenageada no Carnaval 2012
Ilza Moraes, que começou como baiana e hoje faz parte da harmonia da
escola, literalmente veste a camisa da Acadêmicos do Tataupé. “Aqui,
para mim, é como uma família”
Rafael
Biazão
6. Andando pela cidade, pode-
mos observar a quantidade de pes-
soas com deficiência que procuram
tratamento em São Paulo e que
convivem com a necessidade de
utilizar o transporte público para
esse fim. Renan Augusto Bernar-
do, 19 anos, é um desses cidadãos.
Ele convive com agenesia sacral e
mielomeningocele, uma má for-
mação da coluna e uma leve difi-
culdade de locomoção que o fazem
mancar, e conta com o transporte
público para fazer seu tratamento
na Associação de Assistência às
Crianças com Deficiência (AACD)
às terças-feiras.
Bernardo, que utiliza o trans-
porte público para realizar diversas
atividades, como o estudo, espor-
te, lazer e trabalho, critica o desca-
so dos passageiros e, segundo ele,
o maior problema é fazer valer seu
direito dentro do ônibus. Ele ale-
ga que já precisou discutir e brigar
com outras pessoas para usufruir
o direito ao assento preferencial e
acredita que isso só mudará quan-
do as crianças forem ensinadas, na
escola, a respeitar e a auxiliar as
pessoas com deficiência, ao invés de
agirem com descaso ou indiferença.
Lucimara Novaes de Oliveira,
42 anos, funcionária aposentada
do Metrô, também convive com
uma deficiência e depende do
transporte público para se locomo-
ver. Ela perdeu os movimentos dos
braços devido a uma doença dege-
nerativa que foi identificada origi-
nalmente como uma tendinite e,
após uma cirurgia, não possui con-
dições de realizar tarefas simples,
como vestir-se, comer ou tomar
banho sozinha. Ela, que conta com
a ajuda da mãe e dos filhos, man-
tém uma vida ativa, apesar das difi-
culdades de locomoção, indo cons-
tantemente ao shopping e fazendo
diversos programas em família.
A aposentada diz que prefere
utilizar o Metrô, pois os funcioná-
rios são muito prestativos e estão
sempre disponíveis para ajudá-la a
se locomover pelas estações, e res-
salta que, apesar de já ter tido que
esperar por atendimento, nunca foi
maltratada, o que não é o caso dos
ônibus. Lucimara conta que, além
de ser mais complicado andar de
ônibus por conta da paralisia nos
braços, ela tem que conviver com
o descaso e muitas vezes a ignorân-
cia dos funcionários que não reco-
nhecem os direitos garantidos pelo
Estatuto do Deficiente, no qual
é permitido, por exemplo, que o
acompanhante do deficiente físico
também não pague pela passagem.
“A dificuldade do acesso ao
transporte público pode dificultar
o tratamento da pessoa com defici-
ência e afeta sua disponibilidade e
acesso à cultura e ao lazer”, afirma
a psicóloga Alessandra Quintana
Narti, que trabalha com pessoas
em situação social precária. Ela
ressalta que o cidadão que convive
com uma deficiência passa a sentir,
devido ao preconceito e às dificul-
dades, que não está bem situado
na sociedade, o que atinge forte-
mente sua autoestima, fazendo-o
ficar isolado e não lutar por seus
direitos, e que a pessoa com defici-
ência deve ir contra estes fatores e
fazer valer a lei.
A psicóloga acredita que o
transporte público e os passa-
geiros não estão preparados para
receber esses cidadãos e que não
há um número suficiente de fun-
cionários devidamente treinados
para realizar um atendimento
qualificado e satisfatório. Mas,
segundo a Secretaria Municipal
da Pessoa com Deficiência e Mo-
bilidade Reduzida, existem mais
de 5.633 ônibus adaptados cir-
culando na cidade e mais de 140
mil bilhetes especiais distribuídos
para pessoas com deficiência que
necessitam de acompanhante.
Por meio de sua assessoria, a
Secretaria alega também que to-
dos os funcionários do transporte
público da cidade de São Paulo
são treinados para lidar com os
equipamentos e com a pessoa com
deficiência dentro dos veículos
adaptados, que são constantemen-
te revisados. Ainda de acordo com
a Secretaria, conforme o Estatuto
da Pessoa com Deficiência, “Os
prestadores de serviço de transpor-
te público interestadual de passa-
geiros são obrigados a reservar, em
cada viagem, quantidade de assen-
tos equivalente a 5% (cinco por
cento) da capacidade indicada de
cada veículo”, por isso os funcio-
nários devem também fiscalizar o
uso devido dos assentos durante os
percursos do ônibus e Metrô, para
que a lei não se torne um mero re-
lato formal e seja aplicada correta-
mente no cotidiano urbano.
EDUCAÇÃO DEZEMBRO DE 2011 - PÁGINA 6
Lei determina educação musical nas escolas
Após 40 anos de ausência, a disciplina de música volta a fazer parte da grade curricular brasileira
De acordo com a Lei 11.769,
aprovada em 2008, todas as escolas
do país devem ter em sua grade cur-
ricular aulas de música, ou incluir
um conteúdo mínimo e obrigatório
nas aulas de artes dos ensinos infan-
til e fundamental. O prazo para que
as escolas se adaptem à lei acaba este
ano. Essa nova disciplina tem como
objetivo principal desenvolver a mu-
sicalidade, ou seja, ritmo, coordena-
ção motora, audição, entre outros.
O ensino de música já fez parte
das grades curriculares das escolas do
país, porém, foi retirado na década
de 1970. A senadora Roseana Sar-
ney apresentou ao Congresso o pro-
jeto de retorno dessa disciplina, que
surgiu com a mobilização do GAP
(Grupo de Articulação Parlamentar
Pró-Música), formado por 86 enti-
dades, como associações, universida-
des e cooperativas de músicos.
O ano de 2011 é o prazo final
para que todas as escolas, públicas e
privadas, incluam o ensino de músi-
ca em sua grade curricular. A nova
lei, aprovada pelo ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, altera a LDB
(Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção), que determina o aprendizado
de Artes, mas não especifica o conte-
údo. Seu principal objetivo não é for-
mar músicos, e sim desenvolver sen-
sibilidade, criatividade e integração.
“A música ajuda na formação
do intelectual, na construção do
ser humano através dos conceitos
trabalhados. E a importância disso
no aspecto mundo é que a música
te situa na sociedade, tanto na parte
cultural, social e filosófica”, afirma
o professor de música Elias Gomes.
Para ele, existe uma grande defici-
ência de profissionais de música no
país, e essa nova lei é um grande
passo para o Brasil suprir essa neces-
sidade, porém, deve-se atentar para
o planejamento da forma de ensino.
O ex-presidente Lula vetou o ar-
tigodaleiquepreviaaformaçãoespe-
cífica de professores na área musical
para ministrar a disciplina. As razões
do veto foram publicadas oficial-
mente pela Subchefia para Assuntos
Jurídicos da Presidência da Repúbli-
ca e publicadas no Diário Oficial da
União ainda em agosto. De acordo
com o texto, “a música é uma prá-
tica social e no Brasil existem diver-
sos profissionais atuantes nessa área
sem formação acadêmica ou oficial
em música e que são reconhecidos
nacionalmente. Esses profissionais
estariam impossibilitados de minis-
trar tal conteúdo na maneira em que
este dispositivo está proposto”.
Gabriel Souza, 15 anos, é aluno
de música desde os 8 anos. Suas pri-
meiras aulas foram no serviço social
do grupo Perseverança, que, em par-
ceria com a prefeitura de São Paulo,
auxilia crianças de baixa renda. Seu
primeiro instrumento foi o violão, e
hoje toca quase todos os instrumen-
tos de corda. “Desde que comecei, a
música se tornou um grande hobby.
Hoje, já não vejo mais um futuro
sem ela”, comenta o adolescente.
Para ele, a música serviu ainda como
auxílio a matérias básicas, como Ma-
temática e Física.
Souza acredita que, se mais jo-
vens tivessem acesso a aulas de mú-
sica, a criminalidade diminuiria.
“Todo tempo depositado na música
não foi desperdício, mas, se eu não
tivesse depositado esse tempo, onde
eu estaria? Assistindo à TV, jogando
videogame? Talvez pelo lugar onde
eu moro e pela falta de instrução,
até nas drogas”.
Por mais que o planejamento
seja de livre escolha e responsabi-
lidade da instituição de ensino, o
Ministério da Educação recomenda
que, além das noções básicas de mú-
sica, dos cantos cívicos nacionais e
dos sons de instrumentos de orques-
tra, os alunos aprendam cantos, rit-
mos, danças e sons de instrumentos
regionais e folclóricos para, assim,
conhecerem a diversidade cultural
do Brasil.
Alexandre Ulbanele, regente
pela Universidade de São Paulo e
Mestre em Musicologia e Etnomu-
sicologia pela Universidade Estadual
Paulista, acredita que a exigência do
ensino de música nas escolas foi mal
planejada. “Essa lei é tardia e está
sendo discutida há mais de dez anos
no Congresso. O problema é que
não existe interesse em fazer conhe-
cer música, porque, se você conhece
música, você para de consumir as
músicas que você consome. Isso gera
um problema grave, porque tudo
gira em torno da idiotização”.
Fernando Aumada
Maris Landim
Renata Vieira
Gomes: “A música ajuda na forma-
ção do intelectual, na construção
do ser humano”
Arquivo
pessoal
Souza estuda música há sete anos e acredita que, se mais jovens tives-
sem acesso a aulas de música, a criminalidade diminuiria
Fernando
Aumada
DIREITOS HUMANOS
Anderson
Duschek
Utilizar o transporte público ainda é um
Moradores da Zona Leste revelam se os seus direitos têm sido respeitados nos ônibus e no Metrô da cidade
Bernardo afirma que já precisou
brigar para garantir o direito de
utilizar o assento preferencial
desafio para pessoas com deficiência
Anderson Duschek
Eduardo Silva
Rafaela Pietra
7. Estátuas vivas, músicos, poetas
e dançarinos representam o mundo
da arte de rua. O trabalho de um
saltimbanco (denominação atri-
buída a atores de rua que se apre-
sentavam na antiguidade) consiste
em apresentar a arte que domina
publicamente em locais de gran-
de movimentação de pessoas. Em
troca, recebe o reconhecimento do
espectador com aplausos e algum
“trocado”, que vai desde moedas a
notas de dinheiro de grande valor,
que serve como compensação ao
seu esforço após o espetáculo de rua.
A prática da arte urbana ser-
ve tanto como sustento para a vida
quanto válvula de escape por meio
da qual a expressão de seu trabalho
artístico é realizada. Segundo Ruan
de Freitas Fernandes, 49 anos, está-
tua viva, a arte vai além do dinhei-
ro arrecadado. “Eu gosto de alegrar
os outros, essa é minha função.
Eu assusto os outros e eles gos-
tam. A gente tem que fazer as coi-
sas não por dinheiro, tem que
fazer por amor. Eu faço isso por-
que eu me sinto bem”, afirma.
De acordo com o pintor de
azulejos Marcos Aparecido, 39
anos, o êxito de seu trabalho ga-
rante sua sobrevivência. “É uma
arte artesanal, mas eles [os poli-
ciais] falam que eu só poderia estar
demonstrando meu trabalho e não
vendendo, mas a gente precisa co-
mer e pagar aluguel, então eu me
arrisco e vendo meus trabalhos”.
O apreço pela arte também
atinge o público infantil. O grupo
de teatro de rua Buraco d’Oráculo
apresenta-se há mais de 13 anos no
bairro de São Miguel Paulista, Zona
Leste de São Paulo, e também nas
dependências das estações de trens
da CPTM (Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos). O conteúdo
das apresentações do grupo visa à co-
micidade para entreter.
Em contrapartida, há a deprecia-
çãoaotrabalhorealizadoporartistasde
rua. Em novembro de 2010, Gilberto
Kassab, prefeito de São Paulo, causou
polêmica com a “Operação Delega-
da”, que proibiu o trabalho de artistas
de rua na Avenida Paulista, principal
centro financeiro da capital. Contudo,
em julho deste ano, a prefeitura assi-
nou um decreto que permitiu a regula-
mentação desses profissionais, porém,
com restrições que proíbem a venda
de produtos do artista, a reserva de
espaço para apresentação e o desres-
peito aos limites da lei do silêncio
(“Psiu”). Sobre o ocorrido, Tiago
Ortaet, 28 anos, professor de artes
na rede estadual, é contrário à lei
dos artistas de rua. “Artista não pre-
cisa de cartilha. Desde que as leis de
convivência sejam respeitadas, pre-
zando pela ética e o respeito, não há
limites para a criação artística, até
porque todo artista é um contesta-
dor nato, ele é o personagem da vida
real que sempre irá subverter a reali-
dade a fim de expressar suas ideias”.
Espetáculos a céu aberto não
agradam a todos. O gerente de loja
Zinel Silva Teixeira de Souza, 36
anos, comenta que a montagem de
aparelhos de som é perturbadora.
“Eu não tenho nada contra, mas eu
não gosto do barulho, o som muito
alto. Me incomoda”. Mas o profis-
sional, que trabalha no centro da
cidade, mostra-se tolerante quanto
ao trabalho dos artistas de rua. “O
pessoal às vezes chama a polícia.
Eu jamais vou fazer isso, porque
é o meio de vida dele. Ele está ga-
nhando o pão de cada dia. É o tra-
balho dele, eu gostando ou não.”
Aliada ao preconceito, está a
barreira da repressão à base da vio-
lência à qual os artistas são subme-
tidos. Ortaet relembra uma inter-
venção artística que marcou sua
vida. “Em 2009, numa situação
no Metrô Tucuruvi, estávamos re-
alizando uma performance teatral
intitulada “Ecos”, sobre os maus
tratos às crianças. Na ocasião, 25
alunos e eu caminhávamos na cal-
çada da estação, mascarados, com
tochas e carregando um caixão.
Imediatamente, os seguranças do
Metrô agiram truculentos, disse-
ram que não podíamos ficar ali”.
São muitos os percalços que
envolvem a vida de um artista de
rua, mas isso não impede que a
arte seja veiculada e esteja viva na
sociedade. Com dificuldades ou
não, sempre haverá um artista
para se apresentar nos mais diver-
sos locais, pois sua vida é dividida
como as máscaras do teatro gre-
go: entre a alegria e a tragédia.
CULTURA
PÁGINA 7 - DEZEMBRO DE 2011
A tortuosa caminhada do artista de rua
Eles fazem das ruas seu palco e lá recebem aplausos e xingamentos, mas nada os tira do espetáculo
Heila Lima
Henrique Santiago
Tamiris Gomes
Arte nas ruas: grupo de teatro Buraco d’Oráculo empolga público infantil na Zona Leste
Juliana
Cardoso
Tamiris
Gomes
Fernandes, 49 anos: ator que representa estátua viva no centro de São Paulo
Tamiris
Gomes
Músico traduz sua arte em forma de notas musicais