SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 121
Baixar para ler offline
APOCALIPSE 1
1. A Revelação – Propriamente assim chamada; porque as coisas, antes encobertas estão
aqui reveladas, ou desvelada. Nenhuma profecia no Velho Testamento tem este título; ele
foi reservado para este somente no Novo. É, por assim dizer, um manifesto, em que o
Herdeiro de todas as coisas declara, que todo o poder é dado a ele no céu e terra, e que ele,
no final, gloriosamente exercerá aquele poder, a despeito de toda a oposição de todos os
seus inimigos.
De Jesus Cristo – Não de "João, o Divino", um título acrescentado nas épocas recentes.
Certo é que esta apelação, o Divino, não foi trazida dentro da igreja, muito menos, ela foi
afixada para João o apóstolo, até muito tempo depois da era apostólica. Foi João, de fato,
quem escreveu este livro, mas o autor dele é Jesus Cristo.
Que Deus deu junto a ele – De acordo com sua santa, glorificada humanidade, assim o
grande profeta da igreja. Deus deu a Revelação para Jesus Cristo; Jesus Cristo a tornou
conhecida aos seus servos.
Para mostrar – Esta palavra recorre (capítulo 22:6) "E disse-me: Estas palavras são fiéis e
verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos
as coisas que em breve hão de acontecer"; e, em muitos lugares as partes deste livro se refere
um ao outro. De fato, toda a estrutura dele respira a sabedoria de Deus, incluindo, em um
compêndio melhor terminado, coisas vindouras, muitas, várias; próximas, intermediárias,
remotas, as maiores, as menores; terríveis, confortáveis; antigas, novas; longas, curtas; e
esses entrelaçamentos, oponentes, compostos; relativos um ao outro, a uma distância
pequena, a uma distância grande; e, portanto, algumas vezes, por assim dizer,
desaparecendo, irrompendo, suspendendo, e, mais tarde, inexplicavelmente e mais
ocasionalmente, aparecendo novamente. Em todas as suas partes, ele tem uma variedade
admirável, com a mais exata harmonia, belamente ilustradas por aquelas próprias
digressões que parecem interrompê-la. Neste assunto, ele dispõe as múltiplas sabedorias
de Deus, brilhando na administração da igreja, através de muitas eras.
Seus servos – Muito é compreendido nesta apelação, É uma grande coisa ser um servo de
Jesus Cristo. Este livro é dedicado especificamente aos servos de Cristo, nas sete igrejas na
Ásia; mas não exclusiva a todos os outros servos, em todas as nações e épocas. É uma
simples Revelação, e, ainda assim, suficiente, para todos eles, do tempo em que foi escrita,
até o fim do mundo. Serve tu, o Senhor Jesus Cristo, em verdade: Assim tu deverás
aprender o segredo dele neste livro; sim, e tu sentirás em teu coração, se este livro é divino
ou não.
As coisas que devem em breve acontecer – As coisas contidas nesta profecia começaram a
ser cumpridas, pouco tempo depois que foram dadas; e o todo poderia ser dito, acontecerá
brevemente, no mesmo sentido em que Pedro diz: "O fim de todas as coisas está à mão"; e o
próprio nosso Senhor: "Observem que eu venho rapidamente". Existe neste livro um tesouro
rico de todas as doutrinas pertencentes à fé e santidade. Mas esses são também entregues
em outras partes do Escrito Santo; de maneira que a Revelação não precisa ter sido dada
por causa desses. O objetivo específico disto é mostrar as coisas que devem acontecer. E
isto nós especialmente temos diante de nossos olhos, onde quer que o leiamos ou ouçamos.
É dito, mais tarde: "Escreve o que tu vês"; e novamente: "Escreve o que tu tens visto, e o que é, e
o que deverá ser daqui por diante"; mas, aqui, onde a extensão do gancho é mostrada, é
apenas dito: as coisas que deverão acontecer. Assim sendo, o mostrar coisas vindouras, é o
grande ponto em vista, através do todo. E João escreve o que ele viu, e o que é, apenas
quando isto tem uma influência sobre, ou fornece conhecimento para o que deverá ser. E
ele – Jesus Cristo.
As enviou e anunciou – Mostrou-as, através de sinais e emblemas: assim a palavra grega
propriamente significa.
Através de seu anjo – Peculiarmente chamado, na seqüência, "o anjo de Deus", e,
particularmente mencionado no (capítulos 17:1) "E veio um dos sete anjos que tinham as sete
taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está
assentada sobre muitas águas"; (21:9) "E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças
cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do
Cordeiro"; (22:6, 16) "E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos
santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de
acontecer (...) Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz
e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã". Ao seu servo João – Um título dado a
nenhuma outra pessoa em especial, em todo o livro.
2. Quem testificara – No livro seguinte.
A palavra de Deus – Dada diretamente por Deus.
E o testemunho de Jesus – Que ele nos deixou, como testemunho fiel e verdadeiro.
Quaisquer coisas que ele viu – De tal maneira, como uma completa confirmação do
original divino deste livro.
3. Feliz aquele que lê e aqueles que ouvem as palavras desta profecia - Alguns têm
miseravelmente manipulado este livro. Por isso, outros estão temerosos de tocá-lo; e,
enquanto eles desejam saber todas as coisas mais, rejeitam apenas o conhecimento
daquelas que Deus tem mostrado. Eles inquirem, em busca de alguma, preferivelmente a
esta; como se estivesse escrito: "Feliz aquele que não lê esta profecia".
Mais ainda: feliz aquele que lê e aqueles que ouvem, e mantêm as palavras dele –
Especialmente, neste tempo, quando tão considerável parte dele está a ponto de ser
cumprida. Nem necessita de ajuda, para que algum inquiridor sincero e diligente possa
entender o que ele lê nele. O próprio livro é escrito, da maneira mais cuidadosa possível.
Ele distingue as diversas coisas, por meio das quais ele trata, através das sete epístolas;
sete selos; sete trombetas; sete frascos; cada um destes sete é divido em quatro e três.
Muitas coisas, o próprio livro explica; como as sete estrelas; os sete castiçais; o cordeiro;
seus sete chifres, e sete olhos; o incenso; o dragão; as cabeças e chifres das bestas; o fino
linho; o testemunho de Jesus: e muita luz surge do comparar esta com as antigas profecias,
e as predições em outros livros do Novo Testamento. Neste livro, nosso Senhor incluiu o
que estava faltando naquelas profecias, no tocante ao tempo em que se seguiram à sua
ascensão, e o final da diplomacia judaica. Assim sendo, ele atinge, da velha Jerusalém à
nova, reduzindo todas as coisas em uma soma, na mais exata ordem, e com uma
semelhança próxima aos profetas antigos. A introdução e conclusão concordam com
Daniel; a descrição do filho do homem, e as promessas de Sião, com Isaías; o julgamento da
Babilônia, com Jeremias; novamente, a determinação dos tempos, com Daniel; a
arquitetura da cidade santa, com Ezequiel; os emblemas dos cavalos, os castiçais, etc., com
Zacarias. Muitas coisas largamente descritas, pelos profetas, estão aqui resumidamente
repetidas; e, freqüentemente nas mesmas palavras. A eles, nós podemos, então, recorrer
utilmente.
Ainda assim, o Apocalipse satisfaz a própria explanação, até mesmo, se nós ainda não
entendemos aquelas profecias; sim, ele lança muita luz sobre elas. Freqüentemente, onde
existe uma semelhança, existe uma diferença também; o Apocalipse, por assim dizer,
tomando um sortimento de um dos profetas antigos, e inserindo um novo enxerto nele.
Assim, Zacarias fala de duas oliveiras; e assim João; mas com um significado diferente.
Daniel tem uma besta com dez chifres; assim tem João; mas não completamente a mesma
significação. E aqui a diferença de palavras, emblemas, coisas, tempos, deve
estudiosamente ser observada. Nosso Senhor predisse muitas coisas, antes de sua paixão;
mas não todas as coisas; porque ainda não era a época. Muitas coisas, igualmente, seu
Espírito profetizou nos escritos dos apóstolos, tanto quanto as necessidades daqueles
tempos requereram: agora ele os compreende todos em um livro resumido; em que
pressupondo todas as outras profecias, e, ao mesmo tempo, explicando, continuando, e
aperfeiçoando-as em uma linha.
É correto, portanto, compará-las; mas não medi-las na plenitude dessas, pela escassez
daquelas precedentes. Cristo, quando sobre a terra, predisse o que viria acontecer em um
curto tempo; acrescentando uma breve descrição das últimas coisas. Aqui ele prediz as
coisas intermediarias; de modo que, ambas, colocadas juntas, constituem uma completa
série de profecia. Este livro é, portanto, não apenas a somatória e a chave de todas as
profecias que precedem, mas igualmente, um suplemento para todas; os selos sendo
fechados antes. Em conseqüência, ele contém muitas específicas, não reveladas em alguma
outra parte das Escrituras. Eles, portanto, têm pequena gratidão a Deus, por tal
Revelação, reservada para a exaltação de Cristo, que atrevidamente rejeitam o que quer
que eles encontrem aqui que não foi revelado, ou não tão claramente, em outras partes das
Escrituras.
Ele que lê e aqueles que ouvem. – João provavelmente envia este livro, através de uma
simples pessoa, na Ásia, que o lê nas igrejas, enquanto muitos ouvem. Mas isto,
igualmente, em um sentido secundário, refere-se a todos que deverão devidamente ler ou
ouvi-lo em todas as épocas.
As palavras desta profecia – É a Revelação com respeito a Cristo que a dá; a profecia, com
respeito a João que a entrega às igrejas.
E mantém as coisas que são escritas nele – De tal maneira, quanto à natureza delas
requeira; ou seja, com arrependimento, fé, paciência, oração, obediência, vigilância,
constância. Convém a todo cristão, em todas as oportunidades, ler o que está escrito nos
oráculos de Deus; e ler este precioso livro, em especial, freqüentemente, reverentemente, e
atentamente.
Para o tempo – Do seu início, a ser concluído. Está perto – Até mesmo quando João
escreveu. Quão mais perto de nós está, até mesmo, do completo cumprimento desta
preciosa profecia!
4. João – A dedicação deste livro está contida no quarto, quinto, sexto versos; mas todo o
Apocalipse é uma espécie de carta.
Às sete igrejas que estão na Ásia – Aquela parte da Ásia Menor, que era, então, uma
província romana. Elas viram outras diversas igrejas plantadas aqui; mas parece que essas
eram agora as mais eminentes; e foi em meio a essas que João trabalhou mais durante sua
moradia na Ásia. Nessas cidades havia muitos judeus. Tais que acreditavam em cada um
que estivesse reunido com os crentes gentios em uma igreja.
Graça e paz sejam junto a ti – O favor de Deus, com todas as bênçãos temporais e eternas.
Dele que é, e quem foi, e quem vem, ou está por vir – Uma tradução maravilhosa do
grande nome JEOVÁ: ele foi, no passado; é agora; e será; ou seja, será para sempre.
E dos sete espíritos, que estão diante do seu trono – Cristo é aquele que "tem os sete espíritos
de Deus". As sete lâmpadas que queimam diante do trono são os sete espíritos de Deus. O
cordeiro tem sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus. Sete foi um
número sagrado na igreja judaica: mas ele nem sempre implicou um número preciso. Ele,
algumas vezes, é tomado figurativamente, para denotar inteireza ou perfeição. Através
desses sete espíritos, não sete anjos criados, mas o Espírito Santo é para ser entendido. Os
anjos nunca são denominados espíritos neste livro: e, quando todos os anjos se levantam,
enquanto as quatro criaturas viventes, e os vinte e quatro anciãos adoram a ele que se
senta no trono, e o Cordeiro, os sete espíritos nem se levantam, nem adoram. A esses, os
"sete espíritos", as sete igrejas, para os quais o Espírito fala tantas coisas, estão
subordinadas; como estão também seus anjos; sim, e "os sete anjos que estão diante de Deus".
Ele é chamado de sete espíritos; não com respeito à sua essência; que é uma, mas com
respeito às suas múltiplas operações.
5. E de Jesus Cristo, a testemunha fiel, o Primogênito da morte, e o príncipe dos reis da
terra – Três gloriosas apelações são aqui dadas a ele, e na ordem própria delas. Ele foi a
testemunha fiel de toda a vontade de Deus, diante de sua morte, e permanece tal na glória.
Ele se ergueu dos mortos, como "os primeiros frutos deles que dormiram"; e agora têm todo o
poder, ambos no céu e terra. Ele está aqui denominado um príncipe: mas, logo, ele ouve
seu título de rei; sim, "Rei dos reis; e Senhor dos senhores". Esta frase, os reis da terra,
significa o poder e multidão deles, e, também a natureza do seu reino. Torna-se Majestade
Divina chamá-los reis, com uma limitação; especialmente, neste manifesto de seu reino
celeste; porque nenhuma criatura; muito menos, um pecador, pode carregar o título de rei,
no sentido absoluto diante dos olhos de Deus.
6. A ele que nos amou, e daquela liberdade, amor abundante, tem nos lavado da culpa e
poder de nossos pecados, com seu próprio sangue, e nos fez reis – Parceiros de seu
presente, e herdeiros de seu eterno, reino.
E sacerdotes, juntos a seu Deus e Pai – Para quem nós continuamente nos oferecemos,
como um sacrifício vivo e santo.
A ele, seja a glória – Por seu amor e redenção.
E o poder – Por meio do qual, ele governa todas as coisas.
7. Observa – Neste e no próximo verso está a proposição, e o sumário de todo o livro.
Ele vem – Jesus Cristo – Através deste livro, quando quer que seja dito: Ele vem, isto
significa sua vinda gloriosa. A preparação para isto começou na destruição de Jerusalém, e,
mais especificamente, no tempo de escrever este livro; e segue, sem interrupção alguma,
até que aquele grande evento seja concluído. Portanto, nunca é dito neste livro, Ele virá,
mas, Ele vem. E ainda assim, não é dito, Ele vem novamente: porque quando ele veio
antes, não foi como ele mesmo; mas "na forma de um servo". Mas seu aparecer na glória é
propriamente seu vir; ou seja, na maneira merecedora do Filho de Deus.
E todo olho – do judeu em específico.
Deverá vê-lo – Mas com quais emoções diferentes, de acordo como eles o receberam ou
rejeitaram.
E eles que o pregaram – Eles, acima de todos, que pregaram suas mãos, ou pés, ou lado.
Tomé viu a marca desses ferimentos, até mesmo depois de sua ressurreição. E o mesmo,
sem dúvida, será visto por todos, quando ele vier nas nuvens do céu.
E todas as tribos da terra – A palavra tribos, em Apocalipse, sempre significa os Israelitas;
mas onde outra palavra, tais como nações ou pessoas, está junto a ela, isto implica
igualmente (como aqui) todo o resto da humanidade.
Deverá lamentar, por causa dele – Pelo terror e dor, se eles não lamentaram antes, devido
ao arrependimento verdadeiro.
Sim, Amém – Isto se refere a que todo olho deverá vê-lo. Ele que vem diz: sim; ele que
testifica isto, Amém. A palavra traduzida, sim, é Grega; Amém é Hebraica: porque o que é
aqui falado diz respeito a ambos, aos judeus e aos gentios.
8. Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus – Alfa é a primeira, Ômega, a última, letra no
alfabeto grego. Que seus inimigos se vangloriem e enfureçam-se tanto, no tempo
intermediário, ainda assim, o Senhor Deus é ambos o Alfa, ou começo, e o Ômega, o fim, de
todas as coisas. Deus é o começo, como ele é o Autor e Criador de todas as coisas, e como
ele propõe, declara, e promete tão grandes coisas: ele é o fim, quando ele traz todas as
coisas que estão aqui reveladas, para uma conclusão completa e gloriosa. Novamente, o
começo e o fim de uma coisa é a escritura denominada de toda a coisa. Portanto, Deus é o
Alfa e o Ômega; o começo e o fim; ou seja, alguém que está em todas as coisas, e sempre o
mesmo.
9. Eu, João. – A instrução e a preparação do apóstolo para a obra são descritas, do novo ao
vigésimo versículo.
Seu irmão – Na fé comum.
E companheiro na aflição – Porque a mesma perseguição, que o levou para Ptmos os
dirigiu para dentro da Ásia. Este livro, peculiarmente pertence a esses que estão, debaixo
dos cuidados da cruz. Foi dado a um homem banido; e homens em aflição entendem e
apreciam isto ainda mais. Assim sendo, foi pouco estimado pelas igrejas asiáticas, depois da
época de Constantino; mas altamente valorizado por todas as igrejas Africanas, como tinha
sido, desde, então, por todos os filhos de Deus.
Na aflição, e reino e paciência de Jesus – O reino se situa no meio. É principalmente
debaixo de várias aflições, que a fé obtém sua parte no reino; e quem quer que seja um
parceiro deste reino, não está temeroso de sofrer por Jesus (II Timóteo 2:12) "Se
sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará".
Eu estava na Ilha de Patmos – No reino de Domitiano e de Nerva. E lá ele viu e escreveu
tudo que se segue. Foi um local peculiarmente próprio para essas visões. Ele tinha
defronte dele, a uma pequena distância, a Ásia e as sete igrejas; seguindo do lado oriente,
Jerusalém e a terra de Canaã; e além desta, a Antioquia; sim, e todo o continente asiático.
Para o ocidente, ele tinha os romanos, Itália, e toda a Europa, mergulhando, por assim
dizer, no mar; para o sul, Alexandria e o Nilo com suas vazões, Egito, e toda a África; e
para o norte, o que foi mais tarde chamado Constantinopla, nos estreitos entre Europa e
Ásia. Assim, ele teve todas as três partes do mundo que eram, então, conhecidas, por toda
a Cristandade, por assim dizer, diante de seus olhos; um largo teatro para todas as várias
cenas que estavam por passar diante dele; como se esta ilha tivesse sido feita,
principalmente, para esta finalidade, para servir como um observatório para o apóstolo.
Para pregar a palavra de Deus, ele foi banido para lá, e para o testemunho de Jesus – Para
testificar que ele é o Cristo.
10. Eu estava no Espírito – Ou seja, em êxtase, uma visão profética, tão subjugada com o
poder, e preenchida com a luz, do Espírito Santo, de maneira a estar inconsciente das
coisas exteriores, e totalmente elevado com o espiritual e divino. O que se segue é uma
visão, simples, ligada entre si, que João viu um dia; e, portanto, ele que poderia entendê-la,
levaria seu pensamento direto através do todo, sem interrupção. Os outros livros
proféticos são coleções de profecias distintas, fornecidas em várias ocasiões: mas aqui é um
tratado simples, em que todas as partes exatamente dependem umas das outras. (capítulo
4:1) "Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os
mortos, na sua vinda e no seu reino", está ligado com o versículo 19 "Saúda a Prisca e a
Áqüila, e à casa de Onesíforo"; e o que é entregue no quarto capítulo, segue em frente,
diretamente para o vigésimo-segundo.
No dia do Senhor – Neste, nosso Senhor se ergueu dos mortos: neste, os anciãos
acreditaram que ele viria para o julgamento. Foi, portanto, com a mais extrema
propriedade, que João neste dia, tanto viu e descreveu sua vinda.
E eu ouvi, atrás de mim – João tinha sua face para o leste: nosso Senhor, igualmente, nesta
aparência, olhou para o oriente, em direção à Ásia, para onde o apóstolo escreveria.
Uma grande voz, como de uma trombeta – Que era peculiarmente apropriado para
proclamar a vinda do grande Rei, e sua vitória sobre todos os seus inimigos.
11. Dizendo: O que tu viste – E ouviste. Este comando se estenda a todo o livro. Todos os
livros do Novo Testamento foram escritos pela vontade de Deus; mas nenhum foi tão
expressamente ordenado que fosse escrito.
No livro - Assim todo o Apocalipse é apenas um livro: nem a carta para o anjo de cada
igreja pertence a ele, ou sua igreja apenas; mas a todo o livro que foi enviado a eles todos.
Para as igrejas – Daqui por diante intitulada; e através deles das igrejas todas, em todas as
épocas e nações.
A Éfeso – Sr. Thomas Smith, quem, no ano de 1671, viajou através de todas essas cidades,
observa, que, de Éfeso a Esmirna são quarenta e seis milhas inglesas; de Esmirna à
Pergamos, sessenta e oito; de Pergamos a Tiatira, quarenta e oito; de Tiatira a Sardis,
trinta e três; de Sardis a Filadélfia, vinte e sete; de Filadélfia a Laodicéia, por volta de
quarenta e duas milhas.
12, 13. E eu me virei para ver a voz – Ou seja, para ver aquele de quem era a voz.
E me virando, eu vi – Parece que a visão se apresentou gradualmente. Primeiro, ele ouviu
a voz; e, ao olhar para trás, ele viu os castiçais de ouro, e, então, no meio dos castiçais, o
que foi colocado em um círculo, ele viu alguém como o filho do homem – Ou seja, uma
forma humana. Um homem parecido com nosso Senhor, sem dúvida, aparece no céu:
embora não exatamente nesta maneira simbólica, em que ele se apresenta como a cabeça
de sua igreja. A seguir, observou que nosso Senhor estava vestido com uma vestimenta até
os pés, e amarrado com um cinto dourado –Tal como os sumos sacerdotes judeus usavam.
Mas ambos são aqui marcas da dignidade real, igualmente.
Amarrado em volta do peito – ele que está em uma jornada, amarra seu quadril.
Amarrando o peito, foi um emblema do descanso solene. Parece que o apóstolo tendo visto
todas as coisas, olhou para cima para observar a face de nosso Senhor: mas recuou pela
aparição de seus olhos flamejantes, que fez com que ele mais especificamente observasse
seus pés. Recebendo força para levantar seus olhos novamente, ele viu as estrelas em sua
mão direta, e a espada saindo de sua boca: mas, no observar o brilho de seu semblante
glorioso, que, provavelmente foi muito aumentado, desde o primeiro relance que o
apóstolo teve dele, ele "caiu aos seus pés como morto". Durante o tempo em que João estava
descobrindo estas diversas particulares, nosso Senhor parece ter falado. E, sem dúvida, até
mesmo sua voz, bem no princípio, anunciou a Deus: embora tão magnificamente como sua
aparência gloriosa.
14. Sua cabeça e seus cabelos – Ou seja, os cabelos de sua cabeça, e não toda sua cabeça.
Eram brancos como a lã – Como nos Dias Antigos, representou a visão de Daniel (Daniel
7:9) "Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua
veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de
fogo, e as suas rodas de fogo ardente". A lã supõe-se comumente ser um emblema da
eternidade. Como a neve – Indicando sua pureza imaculada. E seus olhos como uma chama
de fogo – Atravessando todas as coisas, um toque de sua Onisciência.
15. E seus pés como metal fino – Denotando sua estabilidade e força.
Como se eles queimassem em uma fornalha – Como se tendo sido derretido e refinado, eles
estivessem ainda incandescentes.
E sua voz – Para o conforto de seus amigos, e o terror de seus inimigos.
Como a voz de muitas águas – Rugindo alto, e pressionando todos diante deles.
16. E ele tinha em sua mão direita, sete estrelas – Como uma indicação de seu favor e
proteção poderosa.
E de sua boca saiu uma espada afiada de dois gumes – Significando sua justiça e ira justa,
continuamente apontada contra seus inimigos, como uma espada; afiada; de dois gumes,
para cortar.
E seu semblante foi como o brilho do sol na força dele – Sem qualquer névoa ou nuvem.
17. E eu caí aos pés dele, como morto – A natureza humana não sendo capaz de suportar
tão gloriosa aparição. Assim, ele estava preparado (como Daniel do passado, a quem ele
peculiarmente se assemelha) para receber tão valorosa profecia. Uma grande queda da
natureza, usualmente precede uma grande comunicação das coisas celestes. João, antes do
que nosso Senhor sofreu, foi tão íntimo com ele, de maneira a recostar-se em seu peito, e
deitar-se em seu colo. Ainda assim, agora, perto de setenta anos depois, o velho apóstolo,
é, por um relance jogado ao chão. Que glória deve ser isto! Vocês, pecadores, estejam
temerosos de limparem suas mãos: purificarem seus corações. Vocês, santos, sejam
humildes, se preparem: regozijem-se. Mas regozijem-se junto a ele com reverência: uma
reverência crescente em direção a esta majestade maravilhosa não pode ser prejudicial à
sua fé. Que toda a petulância, com toda a curiosidade vã, esteja longe, enquanto você está
pensando e lendo sobre essas coisas.
E ele impõe sua mão direta sobre mim – A mesma em que ele segurou as sete estrelas. O
que João, então, sentiu em si mesmo?
Dizendo: Não tema – Seu olho aterroriza, seu discurso fortalece. Ele não chama João pelo
seu nome (com os anjos fizeram com Zacarias e outros), mas fala como seu bem conhecido
mestre. O que se segue é também falado para fortalecê-lo e encorajá-lo.
Eu sou – Quando em seu estado de humilhação, ele falou de sua glória, ele freqüentemente
falou na terceira pessoa, como (Mateus 26:64) "Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos,
porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens
do céu". Mas ele agora fala de sua própria glória, sem qualquer véu, em termos claros e
diretos. O primeiro e o último – Ou seja, o único e eterno Deus, que é de vida eterna a vida
eterna. (Isaías 41:4) "Quem operou e fez isto, chamando as gerações desde o princípio? Eu o
Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo".
18. E ele que vive – Um outro título peculiar de Deus.
E eu tenho as chaves da morte e do hades – Ou seja, do mundo invisível. No estado
intermediário, o corpo habita na morte, a alma no hades. Cristo tem as chaves deles, ou
seja, o poder sobre ambos; matando ou vivificando o corpo, e dispondo-se da alma, como
isto lhe agradar. Ele deu a Pedro as chaves do reino dos céus; mas não as chaves da morte
ou do hades. Como, então, seu suposto sucessor, em Roma, tem as chaves do purgatório?
Da descrição precedente, a maioria das vezes, são tomados os títulos dados a Cristo, nas
cartas seguintes, particularmente nas quatro primeiras.
19. Escreva as coisas que tu tens visto – Este dia: que, portanto, está escrito. (versículo
11-18). E que são – As instruções referentes ao estado presente das sete igrejas. Essas
estão escritas (versículo 20 – capítulo 3:22). E que deverá ser daqui para frente – Até o
fim do mundo. Escrito no (capítulo 4:1 em diante).
20. Escreva primeiro o mistério – O significado misterioso das sete estrelas – João sabia
melhor do que nós, em quantos aspectos, essas estrelas eram um emblema próprio
daqueles anjos: quão proximamente eles se assemelham uns aos outros, e quanto eles
diferem na magnitude, brilho, etc., e outras circunstâncias.
As sete estrelas são anjos das sete igrejas – Mencionadas no verso décimo-primeiro. Em
cada igreja existia um pastor ou um ministro em vigor, a quem todo os demais estavam
subordinados. Este pastor, bispo, ou supervisor, tinham o cuidado especial com aquele
rebanho: dele, a prosperidade daquela congregação, em uma grande medida, dependia, e
ele deveria responder por todas aquelas almas no trono do julgamento de Cristo. E os sete
castiçais são as sete igrejas. Quão significativo emblema é este! Porque um castiçal, embora
de ouro, não tem luz em si mesmo; nem tem alguma igreja ou filho do homem. Mas eles
recebem de Cristo, a luz da verdade, santidade, conforto, para que possam brilhar para
todos em volta deles. Tão logo isto foi falado, João anotou, até mesmo isto que está
contido no primeiro capítulo. Mais tarde, o que estava contido no segundo e terceiro
capítulos foi ditado a ele, de maneira semelhante.
APOCALIPSE 2
Das cartas seguintes aos anjos das sete igrejas, pode ser necessário falar, primeiro, em
geral, e, então, especificamente. No geral, nós podemos observar, quando os israelitas
estavam para receber a lei do Monte Sinai, eles deveriam primeiro ser purificados; e
quando o reino de Deus estava à mão, João, o Batista, preparou homens para ele, através
do arrependimento. Em igual maneira, estamos preparados, através dessas cartas para a
recepção merecedora de sua Revelação gloriosa. Seguindo as direções dadas nele,
expulsando incorrigivelmente homens maus, e tirando fora toda maldade, aquelas igrejas
foram preparadas para receber este depósito precioso. E quem quer que, em alguma época,
adequadamente, possa ler ou ouvir, deverá observar as mesmas admoestações. Essas cartas
eram uma espécie de prefácio sétuplo para o livro. Cristo agora aparece na forma de um
homem (não ainda, sob o emblema de um cordeiro), e fala, na maioria das vezes, em
palavras apropriadas, e não figuradas. Não é até que João entre nesta grande visão
(capítulo 4:1) "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira
voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que
depois destas devem acontecer"; que toma o restante do livro. Existe em cada uma dessas,
cartas:
1º. Uma ordem para escrever para o anjo da igreja;
2º. Um título glorioso de Cristo;
3º. Um endereçamento para o anjo daquela igreja, contendo: um testemunho de seu estado
promíscuo, ou bom, ou ruim; uma exortação ao arrependimento e constância; uma
declaração do que acontecerá, geralmente, da vinda do Senhor;
4º. Uma promessa para aquele que domina; junto com a exortação: "Aquele que tem ouvido,
que ouça, deixe-o ouvir". O discurso em cada carta está expresso em palavras claras; a
promessa, em figuradas. No discurso, nosso Senhor fala para o anjo de cada igreja, que,
então, havia, e para os membros dela diretamente; considerando que na promessa, ele fala
de todos que poderiam dominar, em qualquer igreja ou época, e distribuir a eles uma das
preciosas promessas (antecipadamente), dos últimos capítulos do livro.
1. Escreva – Assim Cristo ditou a ele cada palavra.
Essas coisas, diz aquele que mantém as sete estrelas, em sua mão direita – Tal é seu
grandioso poder! Tal seu favor a eles e cuidado sobre eles, para que possam, de fato,
brilhar como estrelas, ambos pela pureza da doutrina e santidade de vida! Quem caminha –
De acordo com sua promessa: "eu estou com vocês sempre, até o fim do mundo". No meio dos
castiçais de ouro – Observando todas as obras e pensamentos deles, e pronto para "remover
o castiçal do seu lugar". Se algum, sendo advertido, não se arrepender. Talvez, aqui exista
igualmente uma alusão ao ofício dos sacerdotes, no arrumar as lâmpadas, de maneira a
mantê-las sempre queimando diante do Senhor.
2. Eu sei - Jesus sabe todo o bem, e todo o mal, que seus servos e seus inimigos sofrem e
fazem. Palavra grave: "Eu sei", quão terrível será algum dia sondar o mau, e quão doce o
justo! As igrejas e seus anjos devem estar atônitos, ao encontrarem as condições gerais
deles, tão exatamente descritas, até mesmo, na ausência do apóstolo, e não poderia deixar
de reconhecer o olho que tudo vê de Cristo, e de seu Espírito. Com respeito a nós, para
cada um de nós também ele diz: "Eu conheço tuas obras". Feliz é aquele que imagina, menos
bem de si mesmo, do que Cristo conhece, concernente a ele. E teu trabalho – Depois do
geral, três específicos são nomeados, e, então, mais largamente descritos na ordem
invertida:
1º. Teu trabalho.
6. Tu nasceste, por causa do meu nome, e não fraquejaste.
2º. Tua paciência.
5. Tu tens paciência:
3º. Tu não podes.
4º. Tu tens provado aqueles que dizem que eles têm as características de homens maus:
apóstolos, e não são, e os tem considerado mentirosos. E tua paciência – Não obstante o
que, tu não podes suportar, que os homens incorrigivelmente maus possam permanecer no
rebanho de Cristo. E tu tens provado aqueles que dizem que eles são apóstolos, e não são –
Porque o Senhor não os enviou.
4. Mas eu tenho contra ti, que tu deixaste teu primeiro amor – Aquele amor pelo qual
todas estas igrejas eram tão eminentes, quando Paulo escreveu sua epístola a eles. Ele não
precisava ter deixado isto. Ele deveria tê-lo preservado, inteiro até o fim. E ele não o
preservou em parte, ou não teria permanecido tanto do que era recomendável nele. Mas
ele não manteve, como deveria ter feito, o primeiro amor terno em seu vigor e calor.
Leitor, tu tens?
5. Não é possível para alguém recuperar seu primeiro amor, a não ser tomando estes três
passos:
1º. Lembrar-te:
2º. Arrepender-te:
3º. Pratica as primeiras obras. Lembra-te de onde tu caíste – De que grau da fé, amor,
santidade, embora, talvez, inconscientemente. E arrependa-te – O que em um sentido
menor implica uma profunda e viva convicção de tua queda. Dos sete anjos, dois, em Éfeso,
e em Pergamo, estavam em um estado misturado; dois em Sardis e Laodicéia, estavam
grandemente corrompidos: todos esses eram exortados a arrependerem-se; como os
seguidores de Jezebel e Tiatira: dois, em Esmina e Filadélfia, estavam em um estado
florescente, e eram, portanto, apenas exortados à firmeza. Não pode haver estado, que para
algum pastor, igreja, ou pessoa comum, que não tenha aqui instruções adequadas. Todos,
quer eles sejam ministros, ou ouvintes, junto com seus inimigos ocultos ou declarados, em
todas os lugares, e em todas as épocas, podem esboçar disto, necessariamente
autoconhecimento, reprovação, recomendação, advertência, ou confirmação. Quer alguém
esteja tão morto quanto o anjo em Sardis; ou tão vivo quanto o anjo em Filadélfia, este
livro é enviado a ele, e o Senhor Jesus tem alguma coisa para dizer a ele, nele. Porque as
sete igrejas representam, com seus anjos, toda a igreja cristã, dispersa por todo o mundo,
já que ela subsiste, não como alguns têm imaginado, em uma era após a outra, mas em
todas as épocas. Este é um ponto de profunda importância, e sempre necessário de ser
lembrado: que essas sete igrejas sejam, por assim dizer, um modelo de toda a igreja de
Cristo, assim como foram, então, como são agora, e como serão em todas as épocas.
Pratica as primeiras obras – Exteriormente e interiormente, ou tu nunca poderás
recuperar o primeiro amor. Mas, se não – Através desta palavra está a advertência severa
àquelas cinco igrejas que foram chamadas ao arrependimento; porque, se Éfeso foi
ameaçada, quanto mais Sardis e Laodicéia deverão estar temerosas! E, portanto, quando
elas obedecem ao chamado ou não, existe uma promessa ou uma ameaça. (versículo 5, 16,
22) "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. (...) Arrepende-te,
pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca (...) Eis
que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se
arrependerem das suas obras"; (capítulo 3:3, 20) "Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido,
e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que
hora sobre ti virei. (...) Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta,
entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo". Mas, até mesmo na ameaça, a promessa
está inserida, no caso do verdadeiro arrependimento. Eu virei a ti, e removerei teu castiçal
do lugar – E removerei, a menos que tu te arrependas; o rebanho que está agora sob teu
cuidado, para outro lugar, onde deverão ser mais bem cuidados. Mas do estado florescente
da igreja de Éfeso, depois disto, existe motivo para crer que eles se arrependeram.
6. Mas tu tens isto – Graça divina busca, o que quer que possa ajudar aquele que está caído
a recuperar seu estado. Que tu tens as obras dos Nicolaitas – Provavelmente assim
chamados de Nicolas, um dos sete diáconos. (Atos 6:5) "E este parecer contentou a toda a
multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e
Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia". A doutrina e a vida deles
eram igualmente corruptas. Eles admitiam as mais abomináveis lascívias e adultérios,
assim como sacrifício para ídolos; tudo que eles colocavam em meio às coisas medíocres, e
reivindicavam para os ramos da liberdade cristã.
7. Ele que tem ouvido, que ouça – Todo homem, quem quer que possa ouvir, afinal, deve
cuidadosamente ouvir isto. O que o Espírito diz – Nestas grandes e preciosas promessas.
Para as igrejas. E nelas, a todo aquele que conquista; que segue em frente, de fé em fé, para
a completa vitória sobre o mundo, e a carne, e o diabo. Nestas sete cartas, doze promessas
estão contidas, que são um extrato de todas as promessas de Deus. Algumas delas não são
expressamente mencionadas, como "a árvore da vida" (capítulo 22:2) "No meio da sua
praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu
fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações"; livramento da "segunda
morte"; (capítulo 20:6) "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição;
sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com
ele mil anos"; o nome no "livro da vida"; (capítulo 20:12) " E vi os mortos, grandes e pequenos,
que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os
mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras"; (21:27)
" E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que
estão inscritos no livro da vida do Cordeiro"; e permanecendo "no tempo de Deus" (capítulo
7:15); a inscrição do "nome de Deus e do Cordeiro" (capítulo 14:1) " E olhei, e eis que estava o
Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham
escrito o nome de seu Pa"; (22:4) "E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome". Nestas
promessas, algumas vezes, o desfrute dos mais altos bens; algumas vezes, o livramento dos
maiores males, é mencionado. E cada um encerra o outro; de modo que, onde parte é
expressa, o todo deve ser entendido. Aquela parte é expressa que tem mais semelhança
com as virtudes ou obras dele que estava falando na carta precedente.
Comer da árvore da vida – A primeira coisa prometida nestas cartas é de última e mais alta
no cumprimento capítulo 22:2, 14, 19) "No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio,
estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da
árvore são para a saúde das nações (...) Bem-aventurados aqueles que guardam os seus
mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas...
E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da
vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro". A árvore da vida e da água da
vida seguem juntas (capítulo 22:1,2) "E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como
cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado
do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas
da árvore são para a saúde das nações"; ambos implicando o viver com Deus eternamente.
No paraíso do meu Deus – A palavra paraíso significa um jardim de prazer. No paraíso
terrestre havia uma árvore da vida: não existem outras árvores no paraíso de Deus.
8. Essas coisas, diz o primeiro e o último; aquele que estava morto e está vivo – Quão
diretamente esta descrição tende a confirmá-lo contra o medo da morte! (versículos 10,
11) "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão,
para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa
da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano
da segunda morte". Até mesmo o conforto em que o próprio João foi consolado (capítulo
1:17, 18) "E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-
me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para
todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno"; deverá o anjo desta igreja ser
confortado.
9. Eu conheço esta aflição e pobreza – Uma pobre prerrogativa aos olhos do mundo! O
anjo em Filadélfia igualmente tinha na luz deles, a não ser "uma pequena força". E, ainda
assim, essas duas foram as mais honradas de todas aos olhos do Senhor. Mas tu és rico –
Na fé e amor, de mais valor do que todos os reinos da terra. Quem diz que eles são judeus
– O próprio povo de Deus. E não são – Eles não são judeus interiormente, não circuncisos
no coração. Mas a sinagoga de satanás – Que, como eles, foi um mentiroso e assassino,
desde o início.
10. As primeiras e as últimas palavras deste verso são particularmente direcionadas ao
ministro, de onde nós podemos reunir que seu sofrimento e a aflição da igreja eram, ao
mesmo tempo, e na mesma duração.
Não temas alguma dessas coisas que tu estás prestes a sofrer – Provavelmente, por
significar os falsos judeus.
Observa – Isto anuncia a proximidade da aflição. Talvez, em dez dias começou no mesmo
dia que a Revelação foi lida em Esmirna, ou, pelo menos, muito pouco tempo depois.
O diabo - Que coloca todos os opressores para trabalharem; e estes mais especificamente.
Esta para arremessar alguns de vocês – Cristãos em Esmirna; onde, nas primeiras épocas,
o sangue de muitos mártires foi derramado.
Na prisão, que vocês podem ser provados – Para sua vantagem inexplicável (I Pedro 4:12,
14) "Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa
estranha vos acontecesse; (...) Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque
sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a
vós, é glorificado".
E vocês deverão ter aflição – Tanto em si mesmos, ou pela simpatia com seus irmãos.
Dez dias – (literalmente tomados) no final da perseguição de Domitiano, que foi
interrompida pelo edito do Imperador Nerva.
É tu fiel – Nosso Senhor não diz, "até que eu venha", como nas outras cartas, mas junto a
morte. Significando que o anjo desta igreja rapidamente depois selou seu testemunho com
seu sangue; cinqüenta anos antes do martírio de Policarpo, pelo qual alguns o têm
confundido.
E eu darei a ti a coroa da vida – A recompensa peculiar daqueles que são fiéis junto à
morte.
11. A segunda morte – O lago de fogo, a porção do medroso, que não domina (capítulo
21:8) "Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos
fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que
arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte".
12. A espada – Com a qual eu eliminarei o impenitente (versículo 16) "Arrepende-te, pois,
quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca".
13. Onde o trono de satanás está – Pergamo estava desmedidamente entregue à idolatria:
assim satanás tinha seu trono e completa moradia lá.
Tu reténs rapidamente meu nome – Abertamente e resolutamente confessando-me diante
de homens.
Até mesmo no dia em que Antipas – Martirizado, sob a ordem de Domitiano.
Foi minha testemunha fiel – Feliz é aquele que conhece Jesus, a testemunha fiel e
verdadeira, dá tal testemunho!
14. Mas tu tens lá – A quem tu deves ter imediatamente lançado fora do rebanho.
Aqueles que mantêm a doutrina de Balaão – Doutrina proximamente semelhante à dele.
Quem ensinou Balaque – E o restante dos Moabitas.
Para lançar uma pedra de tropeço diante dos filhos homens de Israel – Eles são
geralmente denominados, os filhos, mas aqui, filhos homens, de Israel, em oposição às
filhas de Moabe, através das quais Balaão as seduziu à fornicação e idolatria.
Comer coisas sacrificadas a ídolos – Que, em cidade tão idólatra, como Pergamo, foi, no
mais alto grau, prejudicial ao Cristianismo.
E cometer fornicação – Que estava constantemente unida com o adorar ídolos pelos ateus.
15. Em igual maneira tu também - Assim como o anjo de Éfeso.
Eles mantinham a doutrina dos Nicolaítas – E tu admitiste que eles permanecessem no
rebanho.
16. Se não, eu virei a ti – que não escapará totalmente quando eu os punir.
E eu lutarei com ele – Não com os Nicolaitas, que são mencionados apenas de passagem,
mas os seguidores de Balaão.
Com a espada em minha boca – Com meu justo e penetrante desprazer. O próprio Balaão,
primeiro, teve a oposição do anjo do Senhor, com "sua espada desembainhada". (Números
22:23) "Viu, pois, a jumenta o anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua espada
desembainhada na mão; pelo que se desviou a jumenta do caminho, indo pelo campo; então Balaão
espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho"; e, mais tarde, assassinado com a espada".
(Números 31:8) "Mataram também, além dos que já haviam sido mortos, os reis dos midianitas:
a Evi, e a Requém, e a Zur, e a Hur, e a Reba, cinco reis dos midianitas; também a Balaão, filho de
Beor, mataram à espada".
17. A ele que vence – E não come daqueles sacrifícios.
Eu darei o maná oculto – Descrito em (João 6). O novo nome responde a isto: está agora
"oculto com Cristo, em Deus". O maná judaico foi mantido na antiga arca da aliança. A arca
celestial da aliança aparece sob a trombeta dos sete anjos. (Apocalipse 11:19) "E abriu-se
no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e
vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva"; onde também o maná oculto é mencionado
novamente. Parece propriamente significar, a completa, gloriosa, eterna realização de
Deus.
E eu darei a ele uma pedra branca – Os antigos, em muitas ocasiões, deram seus votos no
julgamento, através de pequenas pedras; através das pretas, eles condenavam; através das
brancas, eles absolviam. Algumas vezes, também, eles escreviam em pequenas pedras lisas.
Aqui pode ser uma alusão a ambas.
E um novo nome – Assim, Jacó, depois de sua vitória, ganhou o novo nome de Israel. Tu
saberias dizer o que teu nome será? O caminho para isto é claro: - vencer. Até, então, todas
as tuas perguntas serão em vão. Tu, então, lerás isto na pedra branca.
18. E o anjo da igreja em Tiatira – Onde o fiel era apenas um pequeno rebanho.
Essas coisas, diz o Filho de Deus – Veja quão grande ele é, que apareceu "como um filho do
homem". (verso 1:13) "E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até
aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro".
Quem tem olhos como uma chama de fogo – "Sondando as mentes e o coração", (verso 23)
"E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e
os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras". E pés como de metal fino –
Denotando sua força imensa. Jó contém a ambas, sua sabedoria para discernir o que quer
que seja inoportuno, e seu poder para vingar isto, em uma sentença. (Jó 42:2) "Nenhum
pensamento está oculto para ele, e ele pode fazer todas as coisas".
19. Eu conheço teu amor – Quão diferente característica é esta, daquela do anjo da igreja
em Éfeso! O último não poderia admitir o mau, e odiava as obras dos Nicolaitas; mas havia
deixado seu primeiro amor e as primeiras obras. O anterior reteve seu primeiro amor, e
teve mais e mais obras, mas admitiam os maus, e não se opuseram a eles, com conveniente
veemência. Características misturadas, ambas; ainda assim, o último, não o primeiro, é
reprovado por sua queda, e ordenado a arrepender-se.
E a fé, e teu serviço, e perseverança – O amor é mostrado, exercitado, e melhorado por
servir a Deus e nosso próximo; assim é fé, pela perseverança e boas obras.
20. Mas tu admitiste aquela mulher Jezebel – Quem não deveria ensinar, afinal (I
Timóteo 2:12) "Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido,
mas que esteja em silêncio".
Para ensinar e seduzir meus servos – Em Pergamo, estavam muitos seguidores de Balaão;
em Tiatira, um grande enganador. Muitos dos antigos disseram que esta era a esposa do
próprio pastor. Jezebel do passado conduziu o povo de Deus à declarada idolatria. Esta
Jezebel, adequadamente chamada pelo seu nome, pela semelhança entre as obras deles, os
conduziu a tomarem parte da idolatria dos pagãos. Isto ela parece ter feito, primeiro,
seduzindo-os à fornicação, exatamente como Balaão fizera: considerando que em Pergamo,
eles eram primeiro seduzidos à idolatria, e, mais tarde à fornicação.
21. E eu dei tempo a ela para arrepender-se – Tão grande é o poder de Cristo! Mas ela não
se arrependerá – Assim, embora o arrependimento seja o dom de Deus, o homem pode
recusá-lo; Deus não irá obrigar.
22. Eu a lançarei na cama, em grande aflição – e eles que cometem, quer adultério carnal
ou espiritual com ela, exceto que se arrependam – Ela teve sua chance antes.
Das obras dela – Aquelas às quais ela induziu a deles, e com as quais ela os havia
comprometido. Observa-se que o anjo da igreja em Tiatira estava apenas envergonhado
por aceitá-la. Esta falta cessou, quando Deus trouxe vingança sobre ela. Portanto, ele não
está expressamente exortando a arrependerem-se, embora esteja contido.
23. Eu matarei os filhos dela – Aqueles a quem ela arrastou para o adultério, e aqueles a
quem ela seduziu.
Com a morte – Esta expressão denota morte, através de praga, ou por algum golpe
manifesto da mão de Deus. Provavelmente, a vingança notável, levada sobre os filhos dela,
foi o sinal da certeza de tudo o mais.
E todas as igrejas – Para as quais tu agora escreves.
Devem saber que eu sondo as mentes – Os desejos.
E os corações – Pensamentos.
24. Mas eu digo a vocês que não mantêm esta doutrina – De Jezebel.
Quem não conhece as profundezas de satanás – Ó feliz ignorância! À medida que falam –
Isto foi continuamente alardeando as coisas das profundezas que eles ensinaram. Nosso
Senhor reconhece que eles estavam no fundo, até mesmo, no fundo como no inferno:
porque eles estavam nas mesmas profundezas de satanás. Foram sobre estas, o mesmo que
Martinho Lutero fala? Seria bom que não houvesse alguns de seus compatriotas agora na
Inglaterra que as conheçam tão bem! Eu colocarei sobre vocês nenhum outro fardo – Do
que aqueles que vocês já sofrem de Jezebel e seus adeptos.
25. O que vocês – Ambos o anjo e a igreja têm.
26. Através das obras – Aquelas que eu tenho ordenado.
A ele eu darei poder sobre as nações – Ou seja, eu darei a ele o compartilhar comigo
daquela vitória gloriosa que o Pai me prometeu sobre todas as nações, quem até agora me
resistiu (Salmos 2:8, 9) "Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua
possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de
oleiro".
27. E ele deverá governá-las – Ou seja, deverá compartilhar comigo, quando eu fizer isto.
Com bastão de ferro – Com poder irresistível empregado naqueles apenas que do contrário
não se submeterão; os quais, por meio disto, serão feitos em pedaços – Totalmente
conquistados.
28. Eu darei a ele a estrela da manhã – Tu, ó Jesus, és a estrela da manhã! Ó dá-me a ti
mesmo! Então, eu não desejarei o sol, apenas a ti, que és o sol também. Aquele a quem está
estrela ilumina tem sempre manhã e não, noite. Os deveres e promessas aqui respondem
uns aos outros; o conquistador valente tem poder sobre as nações obstinadas. E ele que,
depois de ter conquistado seus inimigos, mantém as palavras de Cristo até o fim, terá a
estrela da manhã – um brilho inexprimível, e domínio pacífico nele.
APOCALIPSE 3
1. Os sete espíritos de Deus – O Espírito Santo, de quem somente toda a vida e força
espiritual procede.
E as sete estrelas – que estão subordinadas a ele.
Tu tens um nome que tu vives – Uma justa reputação, uma aparência exterior agradável.
Mas aquele Espírito vê através de todas as coisas, e cada aparência vazia desaparece diante
dele.
2. As coisas que permanecem – Na tua alma; conhecimento da verdade, bons desejos, e
convicções.
O que estava pronto para morrer – Onde quer que o orgulho, indolência, ou leviandade
revivem, todos os frutos do Espírito estão prontos para morrer.
3. Lembra-te como – Humildemente, zelosamente, seriamente – Tu recebeste a graça de
Deus, uma vez, e ouviste – Sua palavra.
E seguraste firme – A graça que tu recebeste.
E arrependa-te – De acordo com a palavra que tu tens ouvido.
4. Ainda assim, tu tens poucos nomes – Ou seja, pessoas, Mas embora poucos, eles não se
separaram do restante; do contrário, o anjo de Sardes não os teria. Ainda assim, não foi
virtude dele, que eles estivessem imaculados. Considerando que foi sua falta que eles
fossem a não ser, poucos.
Quem não tem corrompido suas vestes – Quer por macularem a si mesmos, quer por
compartilharem dos pecados de outros homens.
Eles deverão caminhar comigo puros – na alegria. Em perfeita santidade; na glória.
Eles são merecedores – Alguns poucos bons, entre muitos maus, são indubitavelmente
aceitáveis para Deus. Ó, quão mais feliz é este mérito, do que aquele mencionado em
Apocalipse 16:6 "Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes
deste o sangue a beber; porque disto são merecedores".
5. Ele deverá ser vestido com vestes brancas – A cor da vitória, alegria, e triunfo.
E eu não mancharei seu nome do livro da vida – Como aquele do anjo da igreja de Sardes:
mas ele deverá viver para sempre.
Eu confessarei seu nome – Como um dos meus servos fiéis e soldados.
7. O santo, o verdadeiro – Dois grandes e gloriosos nomes, ele que tem a chave de Davi –
Um chefe de uma família, ou um príncipe, tem uma ou mais chaves, com as quais ele pode
abrir e fechar todas as portas de sua casa oi palácio. Assim Davi tem a chave, um toque do
direito e soberania, que foi, mais tarde, ordenado a Eliaquim (Isaías 22:22) "E porei a chave
da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará; e fechará, e ninguém abrirá".
Muito mais tem Cristo, o Filho de Davi, a chave da cidade espiritual de Davi, a Nova
Jerusalém; o supremo direito, poder, e autoridade, como em sua própria casa. Ele abriu isto
a eles que conquistaram, e ninguém fechou: ele a fechou contra todos os medrosos, e
ninguém abriu. Igualmente, quando ele abriu a porta na terra para suas obras e seus
servos, ninguém pode fechar; e quando ele fechar, contra o que quer que possa ferir ou
corromper, ninguém poderá abrir.
8. Eu dei, diante de ti, abri a porta – Para entrar na alegria de teu senhor; e, neste meio
tempo, seguir desimpedido em toda boa obra.
Tu tens uma pequena força – mas pouca força humana exterior; uma companhia pequena,
pobre, simples, e desprezível. Ainda assim, tu tens mantido minha palavra – Ambos no
julgamento e prática.
9. Observe, eu – que tenho todo o poder; e eles devem, então, condescender.
Eu irei fazê-los vir e curvarem-se diante de teus pés – Prestarem a ti a mais profunda
referência.
E sei – Por fim, que tudo depende do meu amor, e que tu tens um lugar nele. Ó, quão
freqüentemente o julgamento das pessoas mudam completamente, quando o Senhor olha
para elas! (Jó 42:7, em diante) "Sucedeu que, acabando o Senhor de falar a Jó aquelas
palavras, o Senhor disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus
dois amigos, porque não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó".
10. Porque tu tens mantido a palavra de minha perseverança – A palavra de Cristo é, de
fato, uma palavra de perseverança. Eu também manterei a ti – Ó, feliz isenção daquela
calamidade espalhada! Da hora da tentação – De maneira que tu não deverás cair em
tentação; mas ela passará por sobre ti. A hora denota o curto tempo de sua continuidade;
ou seja, em qualquer lugar. A todos foi muito violenta, embora curta; em que a grande
disposição não foi negligente. (capítulo 2:10) "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis
que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez
dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida". Cuja hora virá sobre toda a terra - Todo
o Império Romano. Foi sobre os cristãos, e sobre os judeus e pagãos; embora em de uma
maneira muito diferente. Foi a hora da perseguição, sob o comando aparentemente
virtuoso do imperador Trajano. As duas perseguições precedentes estavam debaixo desses
monstros, Nero e Domitiano; mas Trajano era tão admirado, pela sua bondade, e sua
perseguição foi de tal natureza, que ela foi uma tentação de fato, e tentou totalmente a eles
que habitavam sobre a terra.
11. Tua coroa – Que está pronta para ti, se tu agüentar até o fim;
12. E eu farei dele um pilar no templo de meu Deus – Eu o fixarei como bonito, tão útil, e
tão inalterável, como um pilar na igreja de Deus.
E ele não deverá ir mais embora – Mas deverá ser santo e feliz para sempre.
E eu irei escrever junto a ele o nome de meu Deus – De maneira que a natureza e a
imagem de Deus deva aparecer visivelmente junto a ele.
E o nome da cidade de meu Deus – Dando a ele um título para habitar na Nova Jersualém.
E meu novo nome – Uma porção naquela alegria, com em que eu entrei, depois de dominar
todos meus inimigos.
14. Para o anjo da Igreja de Lodicéia – Por esses, Paulo tinha uma grande preocupação.
(Colossenses 2:1) "Porque quero que saibais quão grande combate tenho por vós, e pelos que
estão em Laodicéia, e por quantos não viram o meu rosto em carne".
Essas coisas, diz o Amém – Ou seja, O Verdadeiro, o Deus da verdade.
O princípio – O Autor, Príncipe, Governador.
Da criação de Deus – De todas as criaturas; o princípio, ou Autor, através de quem Deus
fez todos eles.
15. Eu conheço tuas obras; que tu nem és frio, nem quente: eu gostaria que tu fosses frio
ou quente.
Que tu és nem frio – Um estranho completo para as coisas de Deus, tendo nenhum cuidado
ou pensamento a respeito delas.
Nem quente – Como água fervente: assim devemos ser penetrados e aquecidos pelo fogo
do amor.
O que tu és – Isto deseja nosso Senhor plenamente concluir que ele não opera sobre nós
irresistivelmente, como o fogo faz sobre a água que ele ferve.
Frio ou calor – Até mesmo, se tu fores frio, sem algum pensamento ou profissão de
religião, haveria mais esperança de tua recuperação.
16. Assim, porque tu és morno – O efeito da água morna é bem conhecido.
Eu estou prestes a vomitar-te – Eu irei lançar-te fora de mim extremamente; ou seja,
exceto se te arrependeres.
17. Porque tu dizes – Portanto "Eu aconselho a ti", etc.
Eu sou rico – Nos dons e graça, assim como bens mundanos.
E não sabes que tu és – no relato de Deus, vil e deplorável.
18. Eu aconselho a ti – que és pobre, e cego, e nu.
A comprar de mim – Sem dinheiro ou valor.
Deus purificou no fogo – Fé viva, e verdadeira, que é purificada na fornalha da aflição.
E vestimenta branca – Santidade verdadeira.
E olho Salvador – Iluminação spiritual; a "unção do Espírito único", que ensina todas as
coisas.
19. A quem quer que eu ame – Até mesmo a ti, tu pobre Laodiceanos! Ó, quanto mais tem
seu amor incansável a fazer! Eu repreendo – Pelo que é passado.
E repreendo – Para que eles possam emendar-se para o tempo vindouro.
20. Eu permaneço à porta, e bato – Até mesmo, neste instante; enquanto ele está falando
esta palavra.
Se algum homem abre – Prontamente, receba-me.
Eu cearei com ele – Renovando-o com minhas graças e dons, e me encantando no que eu
tenho dado.
E ele comigo – Na vida eterna.
21. Eu permitirei a ele sentar-se comigo em meu trono – Uma felicidade e glória
inexplicáveis. Em outras partes, o próprio céu é denominado o trono de Deus: mas este
trono está no céu.
22. Ele que tem ouvido, que ouça… - Isto se situa nas primeiras cartas, antes da promessa;
nas quatro últimas, depois dela; claramente dividindo as sete em duas partes; a primeira
contendo três; a última, quatro cartas. Os títulos dados a nosso Senhor, nas primeiras três
cartas, peculiarmente, se referem ao seu poder, depois de sua ressurreição e ascensão;
particularmente, sobre sua igreja; aquelas, nas quatro cartas, sua divina glória, e a unidade
com o Pai e o Espírito Santo. Novamente, esta palavra, colocada antes das promessas, nas
três primeiras cartas, exclui os falsos profetas em Éfeso; os falsos judeus em Esmirna; e os
parceiros com os ateus em Pergamo, de terem alguma porção nela. Nas quatro cartas,
sendo colocadas depois delas, deixa as promessas imediatamente juntas com o discurso de
Cristo ao anjo da igreja, para mostrar que o cumprimento dessas estava próximo;
considerando que as outras alcançam além do fim do mundo. Deve-se observar, que o
domínio, ou vitória (ao que, somente, essas promessas peculiares estão anexadas), não é a
vitória comum obtida por cada crente; mas a vitória especial sobre as grandes e peculiares
tentações, através desses que são fortes na fé.
CAPÍTULO 4
1. Depois dessas coisas – Como se ele tivesse dito: Depois de eu ter escrito essas cartas, da
boca de meu Senhor. Através da pequena parte e, das diversas partes desta profecia são
usualmente ligadas: através da expressão, depois dessas coisas, elas são distinguidas umas
das outras (capítulo 7:9) "Depois destas coisas, eu olhei, e eis aqui uma multidão, a qual
ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e
perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos". (19:1) "E, depois destas
coisas, eu ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia!
Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus". Através daquela
expressão, e depois dessas coisas, elas são distinguidas, e ainda assim, ligadas. (capítulo
7:1) "E depois destas coisas, eu vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo
os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem
contra árvore alguma".(15:5) "E depois disto, eu olhei, e eis que o templo do tabernáculo do
testemunho se abriu no céu". (18:1) "E depois destas coisas, eu vi descer do céu outro anjo, que
tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória". João sempre viu e ouviu, e, então,
imediatamente anotou uma parte depois outra: e uma parte é constantemente dividida da
outra, por algumas dessas expressões.
Eu vi – Aqui começa a relação da visão principal, que está ligada totalmente; como aparece
"do trono, e dele que se senta nele"; "o Cordeiro", (quem até aqui tem aparecido na forma de um
homem); "as quatro criaturas vias"; e "os vinte e quatro anciãos", representados deste lugar até
o fim. Deste lugar, é absolutamente necessário manter em mente as ordens genuínas dos
textos, como se situam na lista precedente.
A porta abriu no céu – Diversas dessas aberturas são sucessivamente mencionadas. Aqui
uma porta é aberta; mais yarde, "o templo de Deus no céu". (apocalipse 11:19) "E homens de
vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não
permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros"; (15:5) "E depois disto olhei, e eis
que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu"; e, por fim, o próprio "céu" (19:11)
"E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e
Verdadeiro; e julga e peleja com justiça". Através de cada um desses, João ganha uma nova e
mais extensiva perspectiva.
E a primeira voz que eu ouvi – Ou seja, aquela de Cristo: mais tarde, ele ouviu as vozes de
muitos outros.
Disse: Venha para cá – Não em corpo, mas em espírito; que foi imediatamente feita.
2. E imediatamente eu estava em espírito – Até mesmo, no mais alto grau do que antes
(capítulo 1:10) "Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma
grande voz, como de trombeta".
E, observe, um trono estava colocado no céu – João vai escrever: "coisas que deverão ser"; e,
com este objetivo, ele é aqui mostrado, depois de uma maneira celeste, como, o quer que
"deva ser", se bom ou mau, flui de fontes invisíveis; e como, depois disto ser feito no teatro
visível do mundo e da igreja, flui de volta novamente para o mundo invisível, como sua
extensão apropriada e final. Aqui os comentaristas se dividem: alguns procedem
teologicamente; outros, historicamente; conseqüentemente, a maneira correta é reunir
ambos. A corte do céu está aqui colocada aberta; e o trono de Deus é, por assim dizer, o
centro do qual tudo no mundo visível parte, e para o qual tudo retorna. Aqui, também o
reino de satanás é exposto; e, conseqüentemente, nós podemos extrair as coisas mais
importantes da maioria compreensiva, e, ao mesmo tempo, a historia mais secreta do reino
do inferno e céu. Mas nisto nós devemos estar satisfeito em conhecer apenas o que é
expressamente revelado neste livro. Isto descreve, não meramente que bem ou mal é
sucessivamente conduzidos sobre a terra, mas como cada um brota do reino da luz ou das
trevas, e continuamente tende à fonte de onde ela surge: De modo que nenhum homem
pode explicar tudo que está contido nela, da história da igreja militante apenas. E ainda
assim, as histórias das épocas passadas têm seu uso, como este livro é propriamente
profético. Quanto mais, portanto, nós observamos o cumprimento dele, tanto mais
podemos louvar a Deus, em sua verdade, sabedoria, justiça, e poder onipotente, e aprender
adequar a nós mesmo ao tempo, de acordo com as direções notáveis contidas na profecia.
E alguém se sentou no torno – Como um rei, governador, e juiz. Aqui está descrito Deus,
Onipotente; o Pai do céu, em sua majestade, glória e domínio.
3. E ele que se sentava era na aparência – Brilhava com um brilho visível, como aquele das
pedras preciosas cintilante, tais como aqueles que estavam no passado, sobre o peitoral do
sumo sacerdote, e aquelas colocadas quando das fundações da nova Jerusalém (capítulo
21:19, 20) "E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O
primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; O
quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo,
crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista". Se existe alguma coisa emblemática nas
cores destas pedras, possivelmente o jaspe, que é transparente e de branco resplandecente,
com uma mistura de bonitas cores, possa ser um símbolo da pureza de Deus, com várias
outras perfeições, que brilha em todas as suas dispensações. A pedra sardinha, de um
vermelho vivo, pode ser um emblema da justiça, e a vingança que ele está prestes a
executar sobre seus inimigos. Uma esmeralda, sendo verde, pode indicar favor para o bem;
um arco-íris, a aliança eterna. Veja (Gênesis 9:9) "E eu, eis que estabeleço a minha aliança
convosco e com a vossa descendência depois de vós". E isto estando em volta de toda a largura
do trono, fixada da distância daqueles que permaneceram ou se sentaram ao redor dele.
4. E em volta do trono – Em um círculo, estão os vinte e quatro tronos, e sobre os tronos
vinte e quatro anciãos – O mais santo de todas as primeiras épocas (Isaías 24:23) "E a lua
se envergonhará, e o sol se confundirá quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte Sião e em
Jerusalém, e perante os seus anciãos gloriosamente"; (Hebreus 12:1) "Portanto, nós também, pois
que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o
pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta";
representando todo o corpo dos santos.
Sentado – Em geral; mas caindo ao chão, quando eles adoraram.
Vestido em vestes brancas – Este e as coroas de ouro deles mostram que eles já
terminaram seu curso, tomado o lugar deles, em meio aos cidadãos do céu. Eles nunca são
denominados, almas, e, disto, é provável que eles já têm seus corpos glorificados. Compare
com (Mateus 27:52) "E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram
ressuscitados".
5. E do trono saem luzes – Que afeta a vista.
Vozes – Que afetam o ouvir.
Trovões – Que fazem todo o corpo tremer. Homens fracos consideram tudo isto terrível;
mas para os habitantes dos céus, é uma mera fonte de alegria e prazer, misturado com
reverência à Majestade Divina. Até mesmo para os santos na terra, esses transmitem luz e
proteção; mas para seus inimigos, terror e destruição.
6. E diante do trono está um mar como vidro, como cristal – Amplo e profundo; puro e
claro; transparente e suave. Ambas as "sete lâmpadas de fogo", e este mar está diante do
trono; e ambos podem significar "os sete espíritos de Deus", o Espírito Santo; cujos poderes e
operações são freqüentemente representados, ambos sob o emblema do fogo e água. Nós
lemos novamente (capítulo 15:2) "E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também
os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que
estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus"; de "um mar como de vidro", onde
não existe menção das "as sete lâmpadas de fogo"; mas, ao contrário, o próprio mar está
"misturado com fogo". Nos lemos também (capítulo 22:1) "E mostrou-me o rio puro da água
da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro"; de "uma corrente de
água da vida, clara como cristal". Agora, o mar que está diante do trono, e a correnteza que
sai dele, podem ambos significar o mesmo; ou seja, o Espírito de Deus.
E, no meio do trono – Com respeito à sua altura.
Em volta do trono – Ou seja, em direção aos quatro cantos, leste, oeste, norte e sul.
Havia quatro criaturas vivas – Não bestas, não mais do que pássaros. Esses parecem ser
tomados do querubim, nas visões de Isaías e Ezequiel, e no Santíssimo. Havia, sem dúvida,
alguns dos poderes principais dos céus; mas de que ordem, não é fácil determinar. É muito
provável que os vinte e quatro anciãos possam representar a igreja judaica: suas harpas
parecem anunciar o seu terem pertencido ao serviço do tabernáculo antigo, onde era
costume usá-las. Se assim, as criaturas viventes podem representar a igreja cristã. Seu
número, também é simbólico da universalidade e graus com a dispensação do Evangelho,
que se estendeu a todas as nações debaixo do céu. E a "canção nova", que eles todos cantam
diz: "Tu redimiste a nós de todo parentesco, e língua, e pessoas e nação". (capítulo 5:9) "E
cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste
morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação";
não poderia possivelmente ajustar o judeu, sem a igreja cristã.
A primeira criatura vivente era como um leão – Para significar coragem destemida.
A segunda como um bezerro – Ou boi (Ezequiel 1:10) "E a semelhança dos seus rostos era
como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo
todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro".; para
significar paciência incansável.
A terceira, com a face de um homem – Para significar prudência e compaixão.
A quarta – como uma águia – Para significar atividade e vigor.
Cheio de olhos – Para indicar sabedoria e conhecimento.
Diante – Para ver a face daquele que se senta no trono.
E atrás – Para ver o que é feito, entre as criaturas.
7. E o primeiro – Exatamente tal eram os quatro querubins em Ezequiel, que sustentavam
o movimento do trono de Deus, conseqüentemente cada um desses que obscureciam o
trono da misericórdia do Santíssimo tinham todas essas quatro faces: de onde um grande
homem, recentemente falecido, os supõe terem sido emblemáticos da Trindade, e a
encarnação da segunda Pessoa.
Uma água voando – Com as asas expandidas.
8. Cada uma delas tem seis asas – Como tinha cada um dos serafins na visão de Isaías.
"Duas cobriam sua face", como sinal de humildade e reverência: "duas seus pés", talvez, em
sinal de prontidão e diligência por executarem incumbências divinas.
Em volta e dentro elas eram cheias de olhos – Em volta – Para ver todas as coisas que
estão além do trono do que elas mesmas estão.
E dentro – Na parte interior do círculo, que elas fizeram com uma outra. Primeiro, elas
olharam do centro para a circunferência, então, da circunferência para o centro.
E elas não descansaram – Ó, feliz desassossego! Dia e noite! – Como falamos na terra. Mas
não existe noite no céu.
E dizem: Santo, santo, santo – É o Deus Trino. Existem duas palavras no original, muito
diferente uma da outra. ; ambas que traduzimos santos. Uma significa, propriamente,
misericordioso; mas a outra, que ocorre aqui, implica muito mais. Esta santidade é a soma
de todo louvor, que é dado ao Criador Onipotente, por tudo que ele faz e revela,
concernente a si mesmo, até que a nova canção traga consigo a nova matéria de glória.
Esta palavra significa propriamente separada, ambas, em Hebreu e outras línguas. E
quando Deus é denominado santo, isto denota aquela excelência que é completamente
peculiar a si mesmo; e a glória fluindo de todos os seus atributos, unidos, brilhando adiante
de todas as suas obras, e escurecendo todas as coisas além de si mesmo, por meio da qual
ele está, e eternamente permanece, de uma maneira incompreensível, separada, e à uma
distância, não apenas de tudo que é impuro, mas igualmente de tudo que é criado. Deus
está separado de todas as coisas. Ele está, e as obras de si mesmo; provinda de si mesmo;
em si mesmo; através de si mesmo; para si mesmo. Portanto, ele é o primeiro e o último, o
único e o Eterno, vivo e feliz, infinito, e imutável; Onipotente, Onisciente; sábio e
verdadeiro; justo e fiel; gracioso e misericordioso. Por esta razão é que santo e santidade
significam o mesmo como Deus e Divindade: e como nós dizemos de um rei: "Sua
Majestade"; assim as Escrituras dizem de Deus: "Sua Santidade". (Hebreus 12:10) "Porque
aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para
nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade". O Espírito Santo é o Espírito de
Deus. Quando se fala de Deus, ele é freqüentemente nomeado, "o Espírito Único": e como
Deus jura pelo seu nome, assim ele também, pela sua santidade; ou seja, por si mesmo.
Esta santidade é freqüentemente denominada glória: freqüentemente sua santidade e
glória são celebradas juntas. (Levíticos 10:3) "E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor
falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo
o povo. Porém Arão calou-se"; (Isaías 6:3) "E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo,
Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória". Porque santidade é glória
oculta, e glória é santidade revelada. As Escrituras falam abundantemente de santidade e
glória do Pai, Filho e Espírito Santo. E, por meio disto, está o mistério da Santa Trindade,
eminentemente confirmada. Também é chamado santo o que é consagrado a ele, e por tal
finalidade separado das outras coisas: e assim é que dentro podemos ser como Deus, ou
unido a ele. No hino semelhante a isto, registrado por Isaías (Isaias 6:3), é acrescentado:
"toda a terra é cheia de sua glória". Mas isto é adiado na Revelação, até que a glória do
Senhor (seus inimigos sendo destruídos) preencha a terra.
9 – 10. E quando as criaturas vivas dão glória, os anciãos caíram – Ou seja, tão
freqüentemente quanto as criaturas vivas dão glória, imediatamente os anciãos caem ao
chão. A expressão implica que eles caíram, assim, ao mesmo tempo, e que eles ambos,
fazem isto freqüentemente. As criaturas vivas não dizem diretamente: "Santo, santo, santo és
tu"; mas apenas se curvam um pouco, da profunda reverência e dizem: "Santo, santo, santo é
o Senhor". Mas os anciãos, quando eles caem, pode dizer: "Merecedor és tu, ó Senhor nosso
Deus".
11. Merecedor és tu de receber – Isto ele recebe não apenas quando ele é assim louvado,
mas também quando ele destrói seus inimigos e glorifica a si mesmo novamente.
A glória e a honra e o poder – Respondendo o trino-santo das criaturas vivas (verso 9).
Porque tu criaste todas as coisas – Criação é o alicerce de todas as obras de Deus:
portanto, por isto, assim como por suas outras obras, ele será louvado por toda a
eternidade.
E através de ti, eles serão – Eles começaram a ser. É para a livre, graciosa vontade Dele,
quem não pode possivelmente precisar de alguma coisa, operando poderosamente, para
que todas as coisas possuam a primeira existência delas.
E são criadas - Ou seja, continuam na existência sempre, desde que foram criadas.
CAPÍTULO 5
1. E eu vi – Esta é a continuação da mesma narrativa.
Na mão direta – O emblema de seu poder todo governante. Ele a mantinha abertamente,
com o objetivo de dá-lo a ele que era merecedor. É escassamente necessário observar, que
não existe no céu algum livro verdadeiro ou pergaminho, ou papel, ou o que Cristo
realmente coloque lá, na forma de um leão ou de um cordeiro. Nem existe na terra alguma
besta monstruosa com sete cabeças ou dez chifres. Mas como existe sobre a terra alguma
coisa que, em seu tipo, responde a tal representação, então existem nos conselhos e
transações divinos celestes respondíveis a essas expressões figuradas. Tudo isto foi
representado a João, em Patmos, em um dia, através de visão. Mas o cumprimento dela se
estende daquele tempo, através de todas as épocas. Escritos servem para nos informar de
coisas distantes e futuras. E destas coisas que estão ainda para vier são figurativamente
ditas estarem "escritas no livro de Deus"; assim eram naquele tempo os conteúdos desta
profecia valiosa. Mas o livro foi selado. Agora vem a abertura e execução também das
grandes coisas que são, por assim dizer, as letras dele.
Um livro escrito dentro e fora – Ou seja, nenhuma parte dele é branca; é cheia de matéria.
Selado com sete selos – De acordo com as sete partes principais contidas nele, um do lado
de fora de cada. Os livros usuais dos antigos não eram iguais aos nossos, mas eram
volumes, ou longas peças de pergaminho, enrolados junto a um longo bastão, como
freqüentemente enrolamos fios de seda. Tal era isto representado, o que foi selado com
sete selos. Não, como se o apóstolo visse todos os selos de uma vez; porque havia sete
volumes empacotado um dentro do outro, cada qual estava selado: de maneira que abrindo
e desenrolando o primeiro, o segundo pareceria estar selado, até que fosse aberto, e assim
seguinte até o sétimo. O livro e seus selos representam todo o poder no céu e terra dado
para Cristo. Uma cópia deste livro está contida nos capítulos seguintes. Através "das
trombetas", contida, sob os sete selos, o reino do mundo é estremecido, para que ele possa,
por fim, tornar-se o reino de Cristo. Através "dos frascos", sob as sete trombetas, o poder da
besta e o que quer que esteja ligado a ela, seja quebrado. Esta soma de todos, nós devemos
ter continuamente diante de nossos olhos: de modo que toda a Revelação flua em sua
ordem natural.
2. E eu vi um anjo forte – Esta proclamação a toda criatura foi tão grande para um homem
fazer, e, ainda assim, não se tornou o próprio Cordeiro. Foi, portanto, feita por um anjo, e
um de eminência incomum.
3. E ninguém – Nenhuma criatura; não, nem a própria Maria.
No céu, ou na terra; nem debaixo da terra – Ou seja, ninguém no universo. Porque estas
são as três grandes regiões dentro do que toda a criação é dividida.
Mas capaz de abrir o livro – De declarar os conselhos de Deus.
Não para olhar sobre ele – De modo a entender alguma parte dele.
4. E eu choro muito – Um choro que brota da grandeza da mente. A ternura do coração
que ele sempre teve aparece mais claramente agora que ele esteve fora de seu próprio
poder. A Revelação não foi escrita sem lágrimas; nem sem lágrimas será entendida. Quão
longe estão eles do temperamento de João que inquiriu, segundo alguma coisa melhor do
que os conteúdos deste livro! Sim. Quem aplaude a própria clemência deles, se eles
perdoam aqueles que inquirem neles!
5. E um dos anciãos – Provavelmente, um daqueles que se erguem com Cristo, e, mais
tarde, ascendem ao céu. Talvez, um dos patriarcas. Alguns pensam que foi Jacó, de cuja
profecia o nome do Leão é dado a ele. (Gênesis 49:9) "Judá é um leãozinho, da presa subiste,
filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?".
O Leão da tribo de Judá – O príncipe vitorioso que é, como um leão, capaz de rasgar todos
os seus inimigos em pedaços.
Uma raiz de Davi – Um Deus, a raiz e fonte da família de Davi (Isaías 11:1, 10) "Porque
brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. (...) E acontecerá
naquele dia que a raiz de Jessé, a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos
gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso".
Tem prevalecido para abrir o livro – Tem superado todas as obstruções, e obtido a honra
para revelar os conselhos divinos.
6. E viu – (1) Cristo no, ou no meio do trono; (2) as quarto criaturas viventes fazendo um
círculo em volta dele; e, (3) os vinte e quatro anciãos fazer um circulo maior em volta dele
e deles.
De pé – Ele não mais se deita. Ele não mais cai em sua face; os dias de sua fraqueza e
murmúrio estão terminados. Ele está agora na postura de prontidão para executar todos
os seus ofícios de profeta, sacerdote, e rei;
Como se ele tivesse sido assassinado – Sem dúvida, com as marcas das machucaduras que
ele uma vez recebeu. E porque ele foi assassinado, ele é merecedor de abrir o livro (verso
9), para a alegria de seu próprio povo, e terror de seus inimigos.
Tendo sete chifres – Como um rei, o emblema da força perfeita.
E sete olhos – O emblema do conhecimento e sabedoria perfeitos. Através desses, ele
cumpre o que está contido no livro, ou seja, através de seu poderoso e todo-sábio Espírito.
A esses sete chifres e sete olhos, respondem os sete selos, e as sétuplas canções louvor
(verso 12) "Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e
riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças". Em Zacarias, igualmente
(Zacarias 3:9) "Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete
olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta
terra num só dia". (Zacarias 4:10) "Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esses
sete se alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobabel; esses são os sete olhos do Senhor, que
percorrem por toda a terra"; menção é feita "dos sete olhos do Senhor, que segue em frente sobre
toda a terra". Os quais – Ambos os chifres e os olhos.
E os sete espíritos de Deus enviado para toda a terra – Para a obra efetiva do Espírito de
Deus, através de toda a criação, e isto, no mundo natural, assim como no espiritual. Porque
poderia a mera matéria agir ou mover-se? Poderia ela gravitar ou atrair? Tanto quanto ela
poderia pensar ou falar.
7. E ele vem – Aqui estava "Peça-me". (Salmos 2:8) "Pede-me, e eu te darei os gentios por
herança, e os fins da terra por tua possessão"; cumprida da maneira mais gloriosa.
E pega – é um estado de exaltação que alcança da ascensão de nosso Senhor para sua vinda
na glória. Ainda assim, este estado admite os vários graus. Em sua ascensão: "anjos e
principados, e potestades foram subjugados a ele". Dez dias depois, ele recebeu do Pai e enviou,
o Espírito Santo. E agora ele pegou o livro da mão direita dele que estava junto ao trono –
quem deu a ele, como um sinal de ter entregue a ele todo o poder sobre o céu e terra. Ele
recebeu isto, como sinal de ser capaz e desejoso de cumprir tudo que estava escrito nele.
8. E quando ele pegou o livro, as quatro criaturas viventes caíram – Agora a honra é feita
ao Cordeiro, por toda criatura. Essas, junto com os anciãos, criam o começo; e, mais tarde,
a conclusão. (capítulo 5:14) "E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos
prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o sempre"; e juntos, cantam a nova canção,
como ele fizeram antes, louvando a Deus, juntos. (capítulo 4:8 etc.) "E os quatro animais
tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não
descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-
Poderoso, que era, e que é, e que há de vir (...)".
Tendo cada um – Dos anciãos, não das criaturas viventes.
Uma harpa – O que foi um dos principais instrumentos usados para a ação de graças no
serviço do templo: um emblema adequado da melodia dos corações deles.
E frascos dourados – Taças ou incensórios.
Cheios de incenso, que são as orações dos santos – Não dos próprios anciãos, mas dos
outros santos ainda sobre a terra, cujas orações estavam assim emblematicamente
representadas no céu.
9. E eles cantam uma nova canção – Uma que nem eles, nem algum outro tinham cantado
antes.
Tu nos redimiste – Assim as criaturas vivas também foram do número dos redimidos. Isto
não se refere tanto ao ato de redenção; que foi muito antes, quanto ao fruto dele; e tanto
mais diretamente àqueles que tinham terminado o curso deles, "quem fora redimido da
terra" (capítulo 14:1) "E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e
quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai"; de cada tribo, e
língua, e povo, e nação – Ou seja de toda a humanidade.
10. E os fez – Os redimidos – Assim eles falam de si mesmos também, na terceira pessoa,
da profunda humilhação própria.
Eles reinarão sobre a terra – A nova terra: em que concordam as coroas de ouro dos
anciãos. O reino dos santos em geral se segue, sob a trombeta do sétimo anjo;
especialmente, depois da primeira ressurreição, como também na eternidade (capítulo
11:18) "E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o
tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a
pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra". (15:7) "E um dos quatro
animais deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o
sempre".(20:4) "E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as
almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não
adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e
viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos".(22:5) "E ali não haverá mais noite, e não
necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo
o sempre".(Daniel 7:27) "E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu
serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o
servirão, e lhe obedecerão". (Salmos 49:14) "Como ovelhas são postos na sepultura; a morte se
alimentará deles e os retos terão domínio sobre eles na manhã, e a sua formosura se consumirá na
sepultura, a habitação deles".
11. E eu vi – Os muitos anjos.
E ouvi – a voz e o número deles.
Em volta dos anciãos – Assim, formando o terceiro círculo. É notável, que homens são
representados, através de toda esta visão, como mais perto de Deus do que algum dos
anjos.
E o número deles era – Pelo menos, duzentos milhões, e dois milhões acima. E ainda
assim, esses eram, a não ser parte do anjos santos. Mais tarde, João os ouve todos.
(capítulos 7:11) "E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro
animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus".
12. Merecedor é o Cordeiro – Os anciãos disseram: "Merecedor és tu". (capítulo 5:9) "E
cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste
morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação".
Eles estavam mais proximamente aliados a ele do que os anjos.
Para receber o poder... – Este sétupla aprovação responde aos sete selos, dos quais, os
primeiros quatro descrevem todas as coisas visíveis; o último, todas as invisíveis, feitas
submissas ao Cordeiro. E cada uma dessas sete palavras carrega uma semelhança com o
selo que ela responde.
13. E cada criatura – Em todo o universo, boa ou má.
No céu, na terra, e debaixo da terra, no mar – Com essas quatro regiões do mundo,
concorda com a palavra quádrupla do louvor. O que está no céu, anuncia bênção; o que
está na terra, honra; o que está debaixo da terra, glória; o que está no mar, força; está junto
a ele. Este louvor de todas as criaturas comera antes do abrir do primeiro selo; mas
continua daquele momento até a eternidade, de acordo com a capacidade de cada. Seus
inimigos devem reconhecer sua glória; mas aqueles no céu dizem: Abençoados, sejam Deus
e o Cordeiro. Este manifesto real é, por assim dizer, uma proclamação, mostrando como
Cristo cumpre todas as coisas, e "todo joelho se dobra a ele", não apenas na terra, mas
também no céu, e debaixo da terra. Este livro extenua todas as coisas (I Coríntios 15:27-
28) "Porque todas as coisas, ele sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas
lhe estão sujeitas, isto está claro, que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando
todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as
coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos"; e é adequado ao coração ampliar-se como
a areia do mar. Ele inspira a atenção e inteligência do leitor com tal magnanimidade, que
ele considera nada neste mundo grande; não, nem toda a estrutura da natureza visível,
comparada à imensa grandeza do que é aqui chamado a observar, sim, e em parte, herdar.
João tem, em estudo, através de toda a visão seguinte, o que ele agora tem descrito, ou
seja, as quatro criaturas, os anciãos, os anjos e todas as criaturas, olhando juntas, ao abrir
dos sete selos.
CAPÍTULO 6
1. Eu ouvi uma – Ou seja, a primeira. Das criaturas vivas – Que olha adiante, em direção
ao oriente.
2. E eu vi, e observei um cavalo branco e ele que se senta nele e tem um arco – Esta cor, e
o arco atirando flechas, ao longe, sinalizam vitória, triunfo, prosperidade, ampliação do
império, e domínio sobre muitas pessoas. Um outro cavaleiro, na verdade, e de outro tipo
completamente diferente, aparece no cavalo branco. (capítulo 19:11) "E vi o céu aberto, e
eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja
com justiça". Mas ele de quem se fala no primeiro selo, deve ser tão compreendido quanto
carregar uma proporção aos cavaleiros, no segundo, terceiro, e quatro selo. Nerva sucedeu
o imperador Domitiano, ao mesmo tempo, quando Apocalipse foi escrito, no ano 96 de
nosso Senhor. Ele reinou escassamente um ano apenas; e três meses antes de sua morte,
ele nomeou Trajano seu colega e sucessor, e morrei no ano de 98. A sucessão de Trajano
ao império parece ser a aurora dos sete selos.
E uma coroa é dada a ele – Isto, considerando sua descendência, Trajano teria nenhuma
esperança de obter. Mas Deus deu isto a ele, pela mão de Nerva; e, então, o oriente logo
sentiu seu poder.
E ele seguiu conquistando e para conquistar – Ou seja, de uma vitória a outra. No ano de
108, o já vitorioso Trajano seguiu em frente em direção ao oriente, para conquistar não
apenas a Armênia, Assíria e Mesopotâmia, mas também as cidades além do Tigre,
carregando os limites do Império romano, para uma extensão ainda maior do que nunca.
Nós não encontramos um imperador como ele para realizar conquistas. Ele não almejou
coisa alguma mais; ele viveu apenas para conquistar. Entretanto, nele estava
eminentemente cumprido o que tinha sido profetizado no quarto império, de que ele
deveria "devorar, esmagar, e quebrar em pedaços toda a terra". (Daniel 2:40) "E o quarto reino
será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as
coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços". (Daniel 7:23) "Disse assim: O quarto animal será
o quarto reino na terra, o qual será diferente, de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará
aos pés, e a fará em pedaços".
3. E quando ele abriu o segundo selo, eu ouvi a segunda criatura vivente – Que olhou em
direção ao ocidente.
Dizendo: Vem – A cada selo foi necessário virar em direção àquele quarto do mundo, a que
mais ele dizia respeito imediatamente.
4. Seguiu adiante um outro cavalo que era vermelho – Uma cor adequada ao
derramamento de sangue.
E a ele que se sentou nele foi dado tomar a paz da terra – Vespasiano, no ano de 75, tinha
dedicado um templo para a Paz; mas, depois de um tempo, nós ouvimos bem pouco de paz.
Tudo estava cheio de guerra e derramamento de sangue, principalmente, no mundo
ocidental, onde os principais homens de negócios pareciam existir para matar um ao outro.
A este cavaleiro foi dada uma grande espada; e ele tinha muito a fazer com ela; porque tão
logo Trajano ascendeu ao trono, a paz foi tomada da terra. Decebalus, rei de Dacia, que se
situa à oeste de Patmos, colocou os romanos em um não pequeno problema. A guerra
durou cinco anos, e consumiu abundância de homens de ambos os lados; ainda assim, foi
apenas um prelúdio de muitos outros derramamentos de sangue, que se seguiram, por uma
longa época. Tudo isto foi significado pela grande espada que atinge aqueles que estão
perto, assim como o arco faz com aqueles que estão à uma distância.
5. E quando ele abriu o terceiro selo, eu ouvi a terceira criatura vivente – Em direção ao
sul.
Dizendo: Vem. E observei um cavalo negro – Um símbolo adequado do murmurar e
aflição, peculiarmente da penúria negra, como os poetas antigos a denominam.
E ele que se sentou nele, tinha um par de balanças em sua mão – Quando há grande
abundância, os homens escassamente pensam que vale a pena pesarem e medirem todas as
coisas (Gênesis 41:49) "Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que
cessou de contar; porquanto não havia numeração". Assim sendo, essas balanças significavam
escassez. Elas servem também como sinal de que todos os frutos da terra, e
conseqüentemente de todos os céus, com seus cursos e influências; que todas as estações
do ano, com o que quer que elas produzam, na natureza, ou estados, estão sujeitos a Cristo.
Assim sendo, sua mãe é maravilhosa, não apenas nas guerras e vitórias, mas igualmente
em todo o curso da natureza.
6. E eu ouvi uma voz – Parece do próprio Deus.
Dizendo – Para o cavalheiro "Até aqui, tu vens, e não mais além". Que exista uma medida de
trigo por um pêni - A palavra traduzida, medida, foi uma medida grega, proximamente
igual a nosso quarto [Inglês]. Esta era a mesada diária de um escravo. O pêni romano,
tanto quanto um trabalhador, então, ganhou em um dia, era por volta de sete pênis,
metade de um pêni inglês. De acordo com isto, o trigo seria perto de vinte xelins por
alqueire. Isto deve ter sido cumprido, enquanto a medida grega e o dinheiro romano
estavam ainda em uso; assim como também onde aquela medida era a medida comum, e
este dinheiro a moeda corrente. Foi assim no Egito, sob o governo de Trajano.
E três medidas de cevada, por um pêni – Quer cevada fosse, em comum, muito mais barata,
entre os anciãos do que o trigo, ou a profecia menciona isto como alguma coisa peculiar.
E não danifique o óleo e o vinho – Que não haja escassez de todas as coisas. Que haja
alguma provisão restante, para suprir a necessidade dos demais. Isto foi também cumprido
no reino de Trajano, especialmente, no Egito, que se estendia ao sul de Patmos. Nesta
região que usou ser o celeiro do império, havia uma carência incomum, bem no início do
reino; de maneira que ele foi obrigado a suprir o próprio Egito com milho de outras
regiões. A mesma escassez que havia no décimo-terceiro ano de seu reinado, a colheita
caindo por falta de elevação do Nilo: e isto não apenas no Egito, mas em todas aquelas
outras partes da África, onde o Nilo usa alagar.
7. Eu ouvi a voz da quarta criatura vivente – Em direção ao norte.
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse
John wesley   apocalipse

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

4 fundamentos bíblicos escatológicos ii
4 fundamentos bíblicos escatológicos ii4 fundamentos bíblicos escatológicos ii
4 fundamentos bíblicos escatológicos iifaculdadeteologica
 
Comentário bíblico moody completo
Comentário bíblico moody completoComentário bíblico moody completo
Comentário bíblico moody completoPaulo Roberto
 
Cronologia Bíblica do Antigo Testamento
Cronologia Bíblica do Antigo TestamentoCronologia Bíblica do Antigo Testamento
Cronologia Bíblica do Antigo TestamentoAmor pela EBD
 
Bibliologia - Inspiração - Cânon das Escrituras Sagradas
Bibliologia - Inspiração - Cânon das Escrituras SagradasBibliologia - Inspiração - Cânon das Escrituras Sagradas
Bibliologia - Inspiração - Cânon das Escrituras SagradasErivelton Rodrigues Nunes
 
Da criação à Páscoa - Livro para colorir.pdf
Da criação à Páscoa - Livro para colorir.pdfDa criação à Páscoa - Livro para colorir.pdf
Da criação à Páscoa - Livro para colorir.pdfFreekidstories
 
Abraão, a esperança do pai da fé - Lição 03 - 4º Trimestre de 2016
Abraão, a esperança do pai da fé - Lição 03 - 4º Trimestre de 2016Abraão, a esperança do pai da fé - Lição 03 - 4º Trimestre de 2016
Abraão, a esperança do pai da fé - Lição 03 - 4º Trimestre de 2016Pr. Andre Luiz
 
Panorama do AT - Gênesis
Panorama do AT - GênesisPanorama do AT - Gênesis
Panorama do AT - GênesisRespirando Deus
 

Mais procurados (20)

Jeremias (moody)
Jeremias (moody)Jeremias (moody)
Jeremias (moody)
 
4. O Evangelho Segundo Marcos
4. O Evangelho Segundo Marcos4. O Evangelho Segundo Marcos
4. O Evangelho Segundo Marcos
 
Bibliologia
BibliologiaBibliologia
Bibliologia
 
Altos e baixos na vida do apóstolo pedro.
Altos e baixos na vida do apóstolo pedro.Altos e baixos na vida do apóstolo pedro.
Altos e baixos na vida do apóstolo pedro.
 
4 fundamentos bíblicos escatológicos ii
4 fundamentos bíblicos escatológicos ii4 fundamentos bíblicos escatológicos ii
4 fundamentos bíblicos escatológicos ii
 
Comentário bíblico moody completo
Comentário bíblico moody completoComentário bíblico moody completo
Comentário bíblico moody completo
 
NOVA JERUSALÉM.pptx
NOVA JERUSALÉM.pptxNOVA JERUSALÉM.pptx
NOVA JERUSALÉM.pptx
 
70 semanas-de-daniel
70 semanas-de-daniel70 semanas-de-daniel
70 semanas-de-daniel
 
Cronologia Bíblica do Antigo Testamento
Cronologia Bíblica do Antigo TestamentoCronologia Bíblica do Antigo Testamento
Cronologia Bíblica do Antigo Testamento
 
Daniel 11
Daniel 11Daniel 11
Daniel 11
 
Os reis do Norte e do Sul
Os reis do Norte e do SulOs reis do Norte e do Sul
Os reis do Norte e do Sul
 
45. o profeta malaquias
45. o profeta malaquias45. o profeta malaquias
45. o profeta malaquias
 
Bibliologia - Inspiração - Cânon das Escrituras Sagradas
Bibliologia - Inspiração - Cânon das Escrituras SagradasBibliologia - Inspiração - Cânon das Escrituras Sagradas
Bibliologia - Inspiração - Cânon das Escrituras Sagradas
 
Mapas biblicos
Mapas biblicosMapas biblicos
Mapas biblicos
 
Da criação à Páscoa - Livro para colorir.pdf
Da criação à Páscoa - Livro para colorir.pdfDa criação à Páscoa - Livro para colorir.pdf
Da criação à Páscoa - Livro para colorir.pdf
 
Daniel 4
Daniel 4Daniel 4
Daniel 4
 
Abraão, a esperança do pai da fé - Lição 03 - 4º Trimestre de 2016
Abraão, a esperança do pai da fé - Lição 03 - 4º Trimestre de 2016Abraão, a esperança do pai da fé - Lição 03 - 4º Trimestre de 2016
Abraão, a esperança do pai da fé - Lição 03 - 4º Trimestre de 2016
 
Panorama do AT - Gênesis
Panorama do AT - GênesisPanorama do AT - Gênesis
Panorama do AT - Gênesis
 
Lingua hebraica 01
Lingua hebraica 01Lingua hebraica 01
Lingua hebraica 01
 
32. O Profeta Ezequiel
32. O Profeta Ezequiel32. O Profeta Ezequiel
32. O Profeta Ezequiel
 

Semelhante a John wesley apocalipse

1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx
1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx
1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docxRovanildoVieiraSoare
 
35 livro-de-apocalipse
35 livro-de-apocalipse35 livro-de-apocalipse
35 livro-de-apocalipseINOVAR CLUB
 
9 apocalipseedwinr-thiele-110522135227-phpapp02
9 apocalipseedwinr-thiele-110522135227-phpapp029 apocalipseedwinr-thiele-110522135227-phpapp02
9 apocalipseedwinr-thiele-110522135227-phpapp02Osvair Munhoz
 
O profeta do século xx
O profeta do século xxO profeta do século xx
O profeta do século xxComandodafe
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ
 
- ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA/PRODUÇAÕ/AGROPECUÁRIA E ESTUDA...
- ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA/PRODUÇAÕ/AGROPECUÁRIA E ESTUDA...- ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA/PRODUÇAÕ/AGROPECUÁRIA E ESTUDA...
- ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA/PRODUÇAÕ/AGROPECUÁRIA E ESTUDA...Antonio Inácio Ferraz
 
ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM NÍVEL MÉDIO PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA/TÉCNICO E...
ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM NÍVEL MÉDIO PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA/TÉCNICO E...ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM NÍVEL MÉDIO PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA/TÉCNICO E...
ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM NÍVEL MÉDIO PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA/TÉCNICO E...ANTONIO INACIO FERRAZ
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ
 
Apocalipse por Edwin R. Thiele
Apocalipse por Edwin R. ThieleApocalipse por Edwin R. Thiele
Apocalipse por Edwin R. ThieleApocalipse Facil
 
Ajuda ao apocalipse watchman nee
Ajuda ao apocalipse   watchman neeAjuda ao apocalipse   watchman nee
Ajuda ao apocalipse watchman neeCassiusDanilo
 
Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Vol.4 – Isaias a Malaqu...
Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento  Vol.4 – Isaias a Malaqu...Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento  Vol.4 – Isaias a Malaqu...
Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Vol.4 – Isaias a Malaqu...SANDRO SALOMÃO
 
Introdução à Sagrada Escritura - A Revelação Divina.
Introdução à Sagrada Escritura - A Revelação Divina.  Introdução à Sagrada Escritura - A Revelação Divina.
Introdução à Sagrada Escritura - A Revelação Divina. Rayman Assunção
 

Semelhante a John wesley apocalipse (20)

Apocalipse cap. 1
Apocalipse cap. 1Apocalipse cap. 1
Apocalipse cap. 1
 
Amostra apocalipse
Amostra apocalipseAmostra apocalipse
Amostra apocalipse
 
02 o estudo do apocalipse
02   o estudo do apocalipse02   o estudo do apocalipse
02 o estudo do apocalipse
 
Apocalipse - Capitulo 01
Apocalipse - Capitulo 01Apocalipse - Capitulo 01
Apocalipse - Capitulo 01
 
1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx
1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx
1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx
 
1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx
1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx
1. 1- 3 BEM VINDO AO APOCALIPSE.docx
 
35 livro-de-apocalipse
35 livro-de-apocalipse35 livro-de-apocalipse
35 livro-de-apocalipse
 
9 apocalipseedwinr-thiele-110522135227-phpapp02
9 apocalipseedwinr-thiele-110522135227-phpapp029 apocalipseedwinr-thiele-110522135227-phpapp02
9 apocalipseedwinr-thiele-110522135227-phpapp02
 
O profeta do século xx
O profeta do século xxO profeta do século xx
O profeta do século xx
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
 
- ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA/PRODUÇAÕ/AGROPECUÁRIA E ESTUDA...
- ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA/PRODUÇAÕ/AGROPECUÁRIA E ESTUDA...- ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA/PRODUÇAÕ/AGROPECUÁRIA E ESTUDA...
- ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA/PRODUÇAÕ/AGROPECUÁRIA E ESTUDA...
 
ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM NÍVEL MÉDIO PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA/TÉCNICO E...
ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM NÍVEL MÉDIO PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA/TÉCNICO E...ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM NÍVEL MÉDIO PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA/TÉCNICO E...
ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM NÍVEL MÉDIO PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA/TÉCNICO E...
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
 
Apocalipse por Edwin R. Thiele
Apocalipse por Edwin R. ThieleApocalipse por Edwin R. Thiele
Apocalipse por Edwin R. Thiele
 
Apocaliplição 1
Apocaliplição 1Apocaliplição 1
Apocaliplição 1
 
Ajuda ao apocalipse watchman nee
Ajuda ao apocalipse   watchman neeAjuda ao apocalipse   watchman nee
Ajuda ao apocalipse watchman nee
 
Ajuda ao apocalipse
Ajuda ao apocalipseAjuda ao apocalipse
Ajuda ao apocalipse
 
Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Vol.4 – Isaias a Malaqu...
Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento  Vol.4 – Isaias a Malaqu...Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento  Vol.4 – Isaias a Malaqu...
Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Vol.4 – Isaias a Malaqu...
 
A Revelação Divina
A Revelação DivinaA Revelação Divina
A Revelação Divina
 
Introdução à Sagrada Escritura - A Revelação Divina.
Introdução à Sagrada Escritura - A Revelação Divina.  Introdução à Sagrada Escritura - A Revelação Divina.
Introdução à Sagrada Escritura - A Revelação Divina.
 

Mais de Francisco Deuzilene

Jonathan edwards a eternidade dos tormentos do inferno
Jonathan edwards   a eternidade dos tormentos do infernoJonathan edwards   a eternidade dos tormentos do inferno
Jonathan edwards a eternidade dos tormentos do infernoFrancisco Deuzilene
 
Fugindo de sodoma! jonathan edwards
Fugindo de sodoma!   jonathan edwardsFugindo de sodoma!   jonathan edwards
Fugindo de sodoma! jonathan edwardsFrancisco Deuzilene
 
Pecadores nas maos de um deus irado jonathan edwards
Pecadores nas maos de um deus irado   jonathan edwardsPecadores nas maos de um deus irado   jonathan edwards
Pecadores nas maos de um deus irado jonathan edwardsFrancisco Deuzilene
 
Como saber se você e um verdadeiro cristão jonathan edwards
Como saber se você e um verdadeiro cristão   jonathan edwardsComo saber se você e um verdadeiro cristão   jonathan edwards
Como saber se você e um verdadeiro cristão jonathan edwardsFrancisco Deuzilene
 
A parte do mau jonathan edwards - 1735
A parte do mau   jonathan edwards - 1735A parte do mau   jonathan edwards - 1735
A parte do mau jonathan edwards - 1735Francisco Deuzilene
 
Santíssima trindade john wesley
Santíssima trindade   john wesleySantíssima trindade   john wesley
Santíssima trindade john wesleyFrancisco Deuzilene
 
John wesley carta de john wesley a george lavington i
John wesley   carta de john wesley a george lavington iJohn wesley   carta de john wesley a george lavington i
John wesley carta de john wesley a george lavington iFrancisco Deuzilene
 
John wesley carta de george whitefield ao rev. sr. john wesley
John wesley   carta de george whitefield ao rev. sr. john wesleyJohn wesley   carta de george whitefield ao rev. sr. john wesley
John wesley carta de george whitefield ao rev. sr. john wesleyFrancisco Deuzilene
 
John wesley as marcas do nascimento
John wesley   as marcas do nascimentoJohn wesley   as marcas do nascimento
John wesley as marcas do nascimentoFrancisco Deuzilene
 
Explicacao clara da_perfeicao_crista - wesley
Explicacao clara da_perfeicao_crista - wesleyExplicacao clara da_perfeicao_crista - wesley
Explicacao clara da_perfeicao_crista - wesleyFrancisco Deuzilene
 
Desperta, tu que dormes! charles wesley
Desperta, tu que dormes!   charles wesleyDesperta, tu que dormes!   charles wesley
Desperta, tu que dormes! charles wesleyFrancisco Deuzilene
 
Desperta, tu que dormes! charles wesley
Desperta, tu que dormes!   charles wesleyDesperta, tu que dormes!   charles wesley
Desperta, tu que dormes! charles wesleyFrancisco Deuzilene
 
Coletanea da teologia_de_joao_wesley
Coletanea da teologia_de_joao_wesleyColetanea da teologia_de_joao_wesley
Coletanea da teologia_de_joao_wesleyFrancisco Deuzilene
 
Coletanea da teologia_de_joao_wesley
Coletanea da teologia_de_joao_wesleyColetanea da teologia_de_joao_wesley
Coletanea da teologia_de_joao_wesleyFrancisco Deuzilene
 

Mais de Francisco Deuzilene (20)

Jonathan edwards a eternidade dos tormentos do inferno
Jonathan edwards   a eternidade dos tormentos do infernoJonathan edwards   a eternidade dos tormentos do inferno
Jonathan edwards a eternidade dos tormentos do inferno
 
Fugindo de sodoma! jonathan edwards
Fugindo de sodoma!   jonathan edwardsFugindo de sodoma!   jonathan edwards
Fugindo de sodoma! jonathan edwards
 
Pecadores nas maos de um deus irado jonathan edwards
Pecadores nas maos de um deus irado   jonathan edwardsPecadores nas maos de um deus irado   jonathan edwards
Pecadores nas maos de um deus irado jonathan edwards
 
Como saber se você e um verdadeiro cristão jonathan edwards
Como saber se você e um verdadeiro cristão   jonathan edwardsComo saber se você e um verdadeiro cristão   jonathan edwards
Como saber se você e um verdadeiro cristão jonathan edwards
 
A parte do mau jonathan edwards - 1735
A parte do mau   jonathan edwards - 1735A parte do mau   jonathan edwards - 1735
A parte do mau jonathan edwards - 1735
 
Pregadores1
Pregadores1Pregadores1
Pregadores1
 
Santíssima trindade john wesley
Santíssima trindade   john wesleySantíssima trindade   john wesley
Santíssima trindade john wesley
 
John wesley o grande julgamento
John wesley o grande julgamentoJohn wesley o grande julgamento
John wesley o grande julgamento
 
John wesley médico de gileade
John wesley   médico de gileadeJohn wesley   médico de gileade
John wesley médico de gileade
 
John wesley i corintios
John wesley   i corintiosJohn wesley   i corintios
John wesley i corintios
 
John wesley carta de john wesley a george lavington i
John wesley   carta de john wesley a george lavington iJohn wesley   carta de john wesley a george lavington i
John wesley carta de john wesley a george lavington i
 
John wesley carta de george whitefield ao rev. sr. john wesley
John wesley   carta de george whitefield ao rev. sr. john wesleyJohn wesley   carta de george whitefield ao rev. sr. john wesley
John wesley carta de george whitefield ao rev. sr. john wesley
 
John wesley atos dos apóstolos
John wesley   atos dos apóstolosJohn wesley   atos dos apóstolos
John wesley atos dos apóstolos
 
John wesley as marcas do nascimento
John wesley   as marcas do nascimentoJohn wesley   as marcas do nascimento
John wesley as marcas do nascimento
 
Graça livre john wesley
Graça livre   john wesleyGraça livre   john wesley
Graça livre john wesley
 
Explicacao clara da_perfeicao_crista - wesley
Explicacao clara da_perfeicao_crista - wesleyExplicacao clara da_perfeicao_crista - wesley
Explicacao clara da_perfeicao_crista - wesley
 
Desperta, tu que dormes! charles wesley
Desperta, tu que dormes!   charles wesleyDesperta, tu que dormes!   charles wesley
Desperta, tu que dormes! charles wesley
 
Desperta, tu que dormes! charles wesley
Desperta, tu que dormes!   charles wesleyDesperta, tu que dormes!   charles wesley
Desperta, tu que dormes! charles wesley
 
Coletanea da teologia_de_joao_wesley
Coletanea da teologia_de_joao_wesleyColetanea da teologia_de_joao_wesley
Coletanea da teologia_de_joao_wesley
 
Coletanea da teologia_de_joao_wesley
Coletanea da teologia_de_joao_wesleyColetanea da teologia_de_joao_wesley
Coletanea da teologia_de_joao_wesley
 

Último

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 

Último (20)

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 

John wesley apocalipse

  • 1. APOCALIPSE 1 1. A Revelação – Propriamente assim chamada; porque as coisas, antes encobertas estão aqui reveladas, ou desvelada. Nenhuma profecia no Velho Testamento tem este título; ele foi reservado para este somente no Novo. É, por assim dizer, um manifesto, em que o Herdeiro de todas as coisas declara, que todo o poder é dado a ele no céu e terra, e que ele, no final, gloriosamente exercerá aquele poder, a despeito de toda a oposição de todos os seus inimigos. De Jesus Cristo – Não de "João, o Divino", um título acrescentado nas épocas recentes. Certo é que esta apelação, o Divino, não foi trazida dentro da igreja, muito menos, ela foi afixada para João o apóstolo, até muito tempo depois da era apostólica. Foi João, de fato, quem escreveu este livro, mas o autor dele é Jesus Cristo. Que Deus deu junto a ele – De acordo com sua santa, glorificada humanidade, assim o grande profeta da igreja. Deus deu a Revelação para Jesus Cristo; Jesus Cristo a tornou conhecida aos seus servos. Para mostrar – Esta palavra recorre (capítulo 22:6) "E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer"; e, em muitos lugares as partes deste livro se refere um ao outro. De fato, toda a estrutura dele respira a sabedoria de Deus, incluindo, em um compêndio melhor terminado, coisas vindouras, muitas, várias; próximas, intermediárias, remotas, as maiores, as menores; terríveis, confortáveis; antigas, novas; longas, curtas; e esses entrelaçamentos, oponentes, compostos; relativos um ao outro, a uma distância pequena, a uma distância grande; e, portanto, algumas vezes, por assim dizer, desaparecendo, irrompendo, suspendendo, e, mais tarde, inexplicavelmente e mais ocasionalmente, aparecendo novamente. Em todas as suas partes, ele tem uma variedade admirável, com a mais exata harmonia, belamente ilustradas por aquelas próprias digressões que parecem interrompê-la. Neste assunto, ele dispõe as múltiplas sabedorias de Deus, brilhando na administração da igreja, através de muitas eras. Seus servos – Muito é compreendido nesta apelação, É uma grande coisa ser um servo de Jesus Cristo. Este livro é dedicado especificamente aos servos de Cristo, nas sete igrejas na Ásia; mas não exclusiva a todos os outros servos, em todas as nações e épocas. É uma simples Revelação, e, ainda assim, suficiente, para todos eles, do tempo em que foi escrita, até o fim do mundo. Serve tu, o Senhor Jesus Cristo, em verdade: Assim tu deverás aprender o segredo dele neste livro; sim, e tu sentirás em teu coração, se este livro é divino ou não. As coisas que devem em breve acontecer – As coisas contidas nesta profecia começaram a ser cumpridas, pouco tempo depois que foram dadas; e o todo poderia ser dito, acontecerá brevemente, no mesmo sentido em que Pedro diz: "O fim de todas as coisas está à mão"; e o próprio nosso Senhor: "Observem que eu venho rapidamente". Existe neste livro um tesouro rico de todas as doutrinas pertencentes à fé e santidade. Mas esses são também entregues em outras partes do Escrito Santo; de maneira que a Revelação não precisa ter sido dada por causa desses. O objetivo específico disto é mostrar as coisas que devem acontecer. E isto nós especialmente temos diante de nossos olhos, onde quer que o leiamos ou ouçamos.
  • 2. É dito, mais tarde: "Escreve o que tu vês"; e novamente: "Escreve o que tu tens visto, e o que é, e o que deverá ser daqui por diante"; mas, aqui, onde a extensão do gancho é mostrada, é apenas dito: as coisas que deverão acontecer. Assim sendo, o mostrar coisas vindouras, é o grande ponto em vista, através do todo. E João escreve o que ele viu, e o que é, apenas quando isto tem uma influência sobre, ou fornece conhecimento para o que deverá ser. E ele – Jesus Cristo. As enviou e anunciou – Mostrou-as, através de sinais e emblemas: assim a palavra grega propriamente significa. Através de seu anjo – Peculiarmente chamado, na seqüência, "o anjo de Deus", e, particularmente mencionado no (capítulos 17:1) "E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas"; (21:9) "E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro"; (22:6, 16) "E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer (...) Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã". Ao seu servo João – Um título dado a nenhuma outra pessoa em especial, em todo o livro. 2. Quem testificara – No livro seguinte. A palavra de Deus – Dada diretamente por Deus. E o testemunho de Jesus – Que ele nos deixou, como testemunho fiel e verdadeiro. Quaisquer coisas que ele viu – De tal maneira, como uma completa confirmação do original divino deste livro. 3. Feliz aquele que lê e aqueles que ouvem as palavras desta profecia - Alguns têm miseravelmente manipulado este livro. Por isso, outros estão temerosos de tocá-lo; e, enquanto eles desejam saber todas as coisas mais, rejeitam apenas o conhecimento daquelas que Deus tem mostrado. Eles inquirem, em busca de alguma, preferivelmente a esta; como se estivesse escrito: "Feliz aquele que não lê esta profecia". Mais ainda: feliz aquele que lê e aqueles que ouvem, e mantêm as palavras dele – Especialmente, neste tempo, quando tão considerável parte dele está a ponto de ser cumprida. Nem necessita de ajuda, para que algum inquiridor sincero e diligente possa entender o que ele lê nele. O próprio livro é escrito, da maneira mais cuidadosa possível. Ele distingue as diversas coisas, por meio das quais ele trata, através das sete epístolas; sete selos; sete trombetas; sete frascos; cada um destes sete é divido em quatro e três. Muitas coisas, o próprio livro explica; como as sete estrelas; os sete castiçais; o cordeiro; seus sete chifres, e sete olhos; o incenso; o dragão; as cabeças e chifres das bestas; o fino linho; o testemunho de Jesus: e muita luz surge do comparar esta com as antigas profecias, e as predições em outros livros do Novo Testamento. Neste livro, nosso Senhor incluiu o que estava faltando naquelas profecias, no tocante ao tempo em que se seguiram à sua ascensão, e o final da diplomacia judaica. Assim sendo, ele atinge, da velha Jerusalém à
  • 3. nova, reduzindo todas as coisas em uma soma, na mais exata ordem, e com uma semelhança próxima aos profetas antigos. A introdução e conclusão concordam com Daniel; a descrição do filho do homem, e as promessas de Sião, com Isaías; o julgamento da Babilônia, com Jeremias; novamente, a determinação dos tempos, com Daniel; a arquitetura da cidade santa, com Ezequiel; os emblemas dos cavalos, os castiçais, etc., com Zacarias. Muitas coisas largamente descritas, pelos profetas, estão aqui resumidamente repetidas; e, freqüentemente nas mesmas palavras. A eles, nós podemos, então, recorrer utilmente. Ainda assim, o Apocalipse satisfaz a própria explanação, até mesmo, se nós ainda não entendemos aquelas profecias; sim, ele lança muita luz sobre elas. Freqüentemente, onde existe uma semelhança, existe uma diferença também; o Apocalipse, por assim dizer, tomando um sortimento de um dos profetas antigos, e inserindo um novo enxerto nele. Assim, Zacarias fala de duas oliveiras; e assim João; mas com um significado diferente. Daniel tem uma besta com dez chifres; assim tem João; mas não completamente a mesma significação. E aqui a diferença de palavras, emblemas, coisas, tempos, deve estudiosamente ser observada. Nosso Senhor predisse muitas coisas, antes de sua paixão; mas não todas as coisas; porque ainda não era a época. Muitas coisas, igualmente, seu Espírito profetizou nos escritos dos apóstolos, tanto quanto as necessidades daqueles tempos requereram: agora ele os compreende todos em um livro resumido; em que pressupondo todas as outras profecias, e, ao mesmo tempo, explicando, continuando, e aperfeiçoando-as em uma linha. É correto, portanto, compará-las; mas não medi-las na plenitude dessas, pela escassez daquelas precedentes. Cristo, quando sobre a terra, predisse o que viria acontecer em um curto tempo; acrescentando uma breve descrição das últimas coisas. Aqui ele prediz as coisas intermediarias; de modo que, ambas, colocadas juntas, constituem uma completa série de profecia. Este livro é, portanto, não apenas a somatória e a chave de todas as profecias que precedem, mas igualmente, um suplemento para todas; os selos sendo fechados antes. Em conseqüência, ele contém muitas específicas, não reveladas em alguma outra parte das Escrituras. Eles, portanto, têm pequena gratidão a Deus, por tal Revelação, reservada para a exaltação de Cristo, que atrevidamente rejeitam o que quer que eles encontrem aqui que não foi revelado, ou não tão claramente, em outras partes das Escrituras. Ele que lê e aqueles que ouvem. – João provavelmente envia este livro, através de uma simples pessoa, na Ásia, que o lê nas igrejas, enquanto muitos ouvem. Mas isto, igualmente, em um sentido secundário, refere-se a todos que deverão devidamente ler ou ouvi-lo em todas as épocas. As palavras desta profecia – É a Revelação com respeito a Cristo que a dá; a profecia, com respeito a João que a entrega às igrejas. E mantém as coisas que são escritas nele – De tal maneira, quanto à natureza delas requeira; ou seja, com arrependimento, fé, paciência, oração, obediência, vigilância, constância. Convém a todo cristão, em todas as oportunidades, ler o que está escrito nos oráculos de Deus; e ler este precioso livro, em especial, freqüentemente, reverentemente, e atentamente.
  • 4. Para o tempo – Do seu início, a ser concluído. Está perto – Até mesmo quando João escreveu. Quão mais perto de nós está, até mesmo, do completo cumprimento desta preciosa profecia! 4. João – A dedicação deste livro está contida no quarto, quinto, sexto versos; mas todo o Apocalipse é uma espécie de carta. Às sete igrejas que estão na Ásia – Aquela parte da Ásia Menor, que era, então, uma província romana. Elas viram outras diversas igrejas plantadas aqui; mas parece que essas eram agora as mais eminentes; e foi em meio a essas que João trabalhou mais durante sua moradia na Ásia. Nessas cidades havia muitos judeus. Tais que acreditavam em cada um que estivesse reunido com os crentes gentios em uma igreja. Graça e paz sejam junto a ti – O favor de Deus, com todas as bênçãos temporais e eternas. Dele que é, e quem foi, e quem vem, ou está por vir – Uma tradução maravilhosa do grande nome JEOVÁ: ele foi, no passado; é agora; e será; ou seja, será para sempre. E dos sete espíritos, que estão diante do seu trono – Cristo é aquele que "tem os sete espíritos de Deus". As sete lâmpadas que queimam diante do trono são os sete espíritos de Deus. O cordeiro tem sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus. Sete foi um número sagrado na igreja judaica: mas ele nem sempre implicou um número preciso. Ele, algumas vezes, é tomado figurativamente, para denotar inteireza ou perfeição. Através desses sete espíritos, não sete anjos criados, mas o Espírito Santo é para ser entendido. Os anjos nunca são denominados espíritos neste livro: e, quando todos os anjos se levantam, enquanto as quatro criaturas viventes, e os vinte e quatro anciãos adoram a ele que se senta no trono, e o Cordeiro, os sete espíritos nem se levantam, nem adoram. A esses, os "sete espíritos", as sete igrejas, para os quais o Espírito fala tantas coisas, estão subordinadas; como estão também seus anjos; sim, e "os sete anjos que estão diante de Deus". Ele é chamado de sete espíritos; não com respeito à sua essência; que é uma, mas com respeito às suas múltiplas operações. 5. E de Jesus Cristo, a testemunha fiel, o Primogênito da morte, e o príncipe dos reis da terra – Três gloriosas apelações são aqui dadas a ele, e na ordem própria delas. Ele foi a testemunha fiel de toda a vontade de Deus, diante de sua morte, e permanece tal na glória. Ele se ergueu dos mortos, como "os primeiros frutos deles que dormiram"; e agora têm todo o poder, ambos no céu e terra. Ele está aqui denominado um príncipe: mas, logo, ele ouve seu título de rei; sim, "Rei dos reis; e Senhor dos senhores". Esta frase, os reis da terra, significa o poder e multidão deles, e, também a natureza do seu reino. Torna-se Majestade Divina chamá-los reis, com uma limitação; especialmente, neste manifesto de seu reino celeste; porque nenhuma criatura; muito menos, um pecador, pode carregar o título de rei, no sentido absoluto diante dos olhos de Deus. 6. A ele que nos amou, e daquela liberdade, amor abundante, tem nos lavado da culpa e poder de nossos pecados, com seu próprio sangue, e nos fez reis – Parceiros de seu presente, e herdeiros de seu eterno, reino.
  • 5. E sacerdotes, juntos a seu Deus e Pai – Para quem nós continuamente nos oferecemos, como um sacrifício vivo e santo. A ele, seja a glória – Por seu amor e redenção. E o poder – Por meio do qual, ele governa todas as coisas. 7. Observa – Neste e no próximo verso está a proposição, e o sumário de todo o livro. Ele vem – Jesus Cristo – Através deste livro, quando quer que seja dito: Ele vem, isto significa sua vinda gloriosa. A preparação para isto começou na destruição de Jerusalém, e, mais especificamente, no tempo de escrever este livro; e segue, sem interrupção alguma, até que aquele grande evento seja concluído. Portanto, nunca é dito neste livro, Ele virá, mas, Ele vem. E ainda assim, não é dito, Ele vem novamente: porque quando ele veio antes, não foi como ele mesmo; mas "na forma de um servo". Mas seu aparecer na glória é propriamente seu vir; ou seja, na maneira merecedora do Filho de Deus. E todo olho – do judeu em específico. Deverá vê-lo – Mas com quais emoções diferentes, de acordo como eles o receberam ou rejeitaram. E eles que o pregaram – Eles, acima de todos, que pregaram suas mãos, ou pés, ou lado. Tomé viu a marca desses ferimentos, até mesmo depois de sua ressurreição. E o mesmo, sem dúvida, será visto por todos, quando ele vier nas nuvens do céu. E todas as tribos da terra – A palavra tribos, em Apocalipse, sempre significa os Israelitas; mas onde outra palavra, tais como nações ou pessoas, está junto a ela, isto implica igualmente (como aqui) todo o resto da humanidade. Deverá lamentar, por causa dele – Pelo terror e dor, se eles não lamentaram antes, devido ao arrependimento verdadeiro. Sim, Amém – Isto se refere a que todo olho deverá vê-lo. Ele que vem diz: sim; ele que testifica isto, Amém. A palavra traduzida, sim, é Grega; Amém é Hebraica: porque o que é aqui falado diz respeito a ambos, aos judeus e aos gentios. 8. Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus – Alfa é a primeira, Ômega, a última, letra no alfabeto grego. Que seus inimigos se vangloriem e enfureçam-se tanto, no tempo intermediário, ainda assim, o Senhor Deus é ambos o Alfa, ou começo, e o Ômega, o fim, de todas as coisas. Deus é o começo, como ele é o Autor e Criador de todas as coisas, e como ele propõe, declara, e promete tão grandes coisas: ele é o fim, quando ele traz todas as coisas que estão aqui reveladas, para uma conclusão completa e gloriosa. Novamente, o começo e o fim de uma coisa é a escritura denominada de toda a coisa. Portanto, Deus é o Alfa e o Ômega; o começo e o fim; ou seja, alguém que está em todas as coisas, e sempre o mesmo.
  • 6. 9. Eu, João. – A instrução e a preparação do apóstolo para a obra são descritas, do novo ao vigésimo versículo. Seu irmão – Na fé comum. E companheiro na aflição – Porque a mesma perseguição, que o levou para Ptmos os dirigiu para dentro da Ásia. Este livro, peculiarmente pertence a esses que estão, debaixo dos cuidados da cruz. Foi dado a um homem banido; e homens em aflição entendem e apreciam isto ainda mais. Assim sendo, foi pouco estimado pelas igrejas asiáticas, depois da época de Constantino; mas altamente valorizado por todas as igrejas Africanas, como tinha sido, desde, então, por todos os filhos de Deus. Na aflição, e reino e paciência de Jesus – O reino se situa no meio. É principalmente debaixo de várias aflições, que a fé obtém sua parte no reino; e quem quer que seja um parceiro deste reino, não está temeroso de sofrer por Jesus (II Timóteo 2:12) "Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará". Eu estava na Ilha de Patmos – No reino de Domitiano e de Nerva. E lá ele viu e escreveu tudo que se segue. Foi um local peculiarmente próprio para essas visões. Ele tinha defronte dele, a uma pequena distância, a Ásia e as sete igrejas; seguindo do lado oriente, Jerusalém e a terra de Canaã; e além desta, a Antioquia; sim, e todo o continente asiático. Para o ocidente, ele tinha os romanos, Itália, e toda a Europa, mergulhando, por assim dizer, no mar; para o sul, Alexandria e o Nilo com suas vazões, Egito, e toda a África; e para o norte, o que foi mais tarde chamado Constantinopla, nos estreitos entre Europa e Ásia. Assim, ele teve todas as três partes do mundo que eram, então, conhecidas, por toda a Cristandade, por assim dizer, diante de seus olhos; um largo teatro para todas as várias cenas que estavam por passar diante dele; como se esta ilha tivesse sido feita, principalmente, para esta finalidade, para servir como um observatório para o apóstolo. Para pregar a palavra de Deus, ele foi banido para lá, e para o testemunho de Jesus – Para testificar que ele é o Cristo. 10. Eu estava no Espírito – Ou seja, em êxtase, uma visão profética, tão subjugada com o poder, e preenchida com a luz, do Espírito Santo, de maneira a estar inconsciente das coisas exteriores, e totalmente elevado com o espiritual e divino. O que se segue é uma visão, simples, ligada entre si, que João viu um dia; e, portanto, ele que poderia entendê-la, levaria seu pensamento direto através do todo, sem interrupção. Os outros livros proféticos são coleções de profecias distintas, fornecidas em várias ocasiões: mas aqui é um tratado simples, em que todas as partes exatamente dependem umas das outras. (capítulo 4:1) "Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino", está ligado com o versículo 19 "Saúda a Prisca e a Áqüila, e à casa de Onesíforo"; e o que é entregue no quarto capítulo, segue em frente, diretamente para o vigésimo-segundo. No dia do Senhor – Neste, nosso Senhor se ergueu dos mortos: neste, os anciãos acreditaram que ele viria para o julgamento. Foi, portanto, com a mais extrema propriedade, que João neste dia, tanto viu e descreveu sua vinda.
  • 7. E eu ouvi, atrás de mim – João tinha sua face para o leste: nosso Senhor, igualmente, nesta aparência, olhou para o oriente, em direção à Ásia, para onde o apóstolo escreveria. Uma grande voz, como de uma trombeta – Que era peculiarmente apropriado para proclamar a vinda do grande Rei, e sua vitória sobre todos os seus inimigos. 11. Dizendo: O que tu viste – E ouviste. Este comando se estenda a todo o livro. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos pela vontade de Deus; mas nenhum foi tão expressamente ordenado que fosse escrito. No livro - Assim todo o Apocalipse é apenas um livro: nem a carta para o anjo de cada igreja pertence a ele, ou sua igreja apenas; mas a todo o livro que foi enviado a eles todos. Para as igrejas – Daqui por diante intitulada; e através deles das igrejas todas, em todas as épocas e nações. A Éfeso – Sr. Thomas Smith, quem, no ano de 1671, viajou através de todas essas cidades, observa, que, de Éfeso a Esmirna são quarenta e seis milhas inglesas; de Esmirna à Pergamos, sessenta e oito; de Pergamos a Tiatira, quarenta e oito; de Tiatira a Sardis, trinta e três; de Sardis a Filadélfia, vinte e sete; de Filadélfia a Laodicéia, por volta de quarenta e duas milhas. 12, 13. E eu me virei para ver a voz – Ou seja, para ver aquele de quem era a voz. E me virando, eu vi – Parece que a visão se apresentou gradualmente. Primeiro, ele ouviu a voz; e, ao olhar para trás, ele viu os castiçais de ouro, e, então, no meio dos castiçais, o que foi colocado em um círculo, ele viu alguém como o filho do homem – Ou seja, uma forma humana. Um homem parecido com nosso Senhor, sem dúvida, aparece no céu: embora não exatamente nesta maneira simbólica, em que ele se apresenta como a cabeça de sua igreja. A seguir, observou que nosso Senhor estava vestido com uma vestimenta até os pés, e amarrado com um cinto dourado –Tal como os sumos sacerdotes judeus usavam. Mas ambos são aqui marcas da dignidade real, igualmente. Amarrado em volta do peito – ele que está em uma jornada, amarra seu quadril. Amarrando o peito, foi um emblema do descanso solene. Parece que o apóstolo tendo visto todas as coisas, olhou para cima para observar a face de nosso Senhor: mas recuou pela aparição de seus olhos flamejantes, que fez com que ele mais especificamente observasse seus pés. Recebendo força para levantar seus olhos novamente, ele viu as estrelas em sua mão direta, e a espada saindo de sua boca: mas, no observar o brilho de seu semblante glorioso, que, provavelmente foi muito aumentado, desde o primeiro relance que o apóstolo teve dele, ele "caiu aos seus pés como morto". Durante o tempo em que João estava descobrindo estas diversas particulares, nosso Senhor parece ter falado. E, sem dúvida, até mesmo sua voz, bem no princípio, anunciou a Deus: embora tão magnificamente como sua aparência gloriosa. 14. Sua cabeça e seus cabelos – Ou seja, os cabelos de sua cabeça, e não toda sua cabeça. Eram brancos como a lã – Como nos Dias Antigos, representou a visão de Daniel (Daniel 7:9) "Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua
  • 8. veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente". A lã supõe-se comumente ser um emblema da eternidade. Como a neve – Indicando sua pureza imaculada. E seus olhos como uma chama de fogo – Atravessando todas as coisas, um toque de sua Onisciência. 15. E seus pés como metal fino – Denotando sua estabilidade e força. Como se eles queimassem em uma fornalha – Como se tendo sido derretido e refinado, eles estivessem ainda incandescentes. E sua voz – Para o conforto de seus amigos, e o terror de seus inimigos. Como a voz de muitas águas – Rugindo alto, e pressionando todos diante deles. 16. E ele tinha em sua mão direita, sete estrelas – Como uma indicação de seu favor e proteção poderosa. E de sua boca saiu uma espada afiada de dois gumes – Significando sua justiça e ira justa, continuamente apontada contra seus inimigos, como uma espada; afiada; de dois gumes, para cortar. E seu semblante foi como o brilho do sol na força dele – Sem qualquer névoa ou nuvem. 17. E eu caí aos pés dele, como morto – A natureza humana não sendo capaz de suportar tão gloriosa aparição. Assim, ele estava preparado (como Daniel do passado, a quem ele peculiarmente se assemelha) para receber tão valorosa profecia. Uma grande queda da natureza, usualmente precede uma grande comunicação das coisas celestes. João, antes do que nosso Senhor sofreu, foi tão íntimo com ele, de maneira a recostar-se em seu peito, e deitar-se em seu colo. Ainda assim, agora, perto de setenta anos depois, o velho apóstolo, é, por um relance jogado ao chão. Que glória deve ser isto! Vocês, pecadores, estejam temerosos de limparem suas mãos: purificarem seus corações. Vocês, santos, sejam humildes, se preparem: regozijem-se. Mas regozijem-se junto a ele com reverência: uma reverência crescente em direção a esta majestade maravilhosa não pode ser prejudicial à sua fé. Que toda a petulância, com toda a curiosidade vã, esteja longe, enquanto você está pensando e lendo sobre essas coisas. E ele impõe sua mão direta sobre mim – A mesma em que ele segurou as sete estrelas. O que João, então, sentiu em si mesmo? Dizendo: Não tema – Seu olho aterroriza, seu discurso fortalece. Ele não chama João pelo seu nome (com os anjos fizeram com Zacarias e outros), mas fala como seu bem conhecido mestre. O que se segue é também falado para fortalecê-lo e encorajá-lo. Eu sou – Quando em seu estado de humilhação, ele falou de sua glória, ele freqüentemente falou na terceira pessoa, como (Mateus 26:64) "Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu". Mas ele agora fala de sua própria glória, sem qualquer véu, em termos claros e diretos. O primeiro e o último – Ou seja, o único e eterno Deus, que é de vida eterna a vida
  • 9. eterna. (Isaías 41:4) "Quem operou e fez isto, chamando as gerações desde o princípio? Eu o Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo". 18. E ele que vive – Um outro título peculiar de Deus. E eu tenho as chaves da morte e do hades – Ou seja, do mundo invisível. No estado intermediário, o corpo habita na morte, a alma no hades. Cristo tem as chaves deles, ou seja, o poder sobre ambos; matando ou vivificando o corpo, e dispondo-se da alma, como isto lhe agradar. Ele deu a Pedro as chaves do reino dos céus; mas não as chaves da morte ou do hades. Como, então, seu suposto sucessor, em Roma, tem as chaves do purgatório? Da descrição precedente, a maioria das vezes, são tomados os títulos dados a Cristo, nas cartas seguintes, particularmente nas quatro primeiras. 19. Escreva as coisas que tu tens visto – Este dia: que, portanto, está escrito. (versículo 11-18). E que são – As instruções referentes ao estado presente das sete igrejas. Essas estão escritas (versículo 20 – capítulo 3:22). E que deverá ser daqui para frente – Até o fim do mundo. Escrito no (capítulo 4:1 em diante). 20. Escreva primeiro o mistério – O significado misterioso das sete estrelas – João sabia melhor do que nós, em quantos aspectos, essas estrelas eram um emblema próprio daqueles anjos: quão proximamente eles se assemelham uns aos outros, e quanto eles diferem na magnitude, brilho, etc., e outras circunstâncias. As sete estrelas são anjos das sete igrejas – Mencionadas no verso décimo-primeiro. Em cada igreja existia um pastor ou um ministro em vigor, a quem todo os demais estavam subordinados. Este pastor, bispo, ou supervisor, tinham o cuidado especial com aquele rebanho: dele, a prosperidade daquela congregação, em uma grande medida, dependia, e ele deveria responder por todas aquelas almas no trono do julgamento de Cristo. E os sete castiçais são as sete igrejas. Quão significativo emblema é este! Porque um castiçal, embora de ouro, não tem luz em si mesmo; nem tem alguma igreja ou filho do homem. Mas eles recebem de Cristo, a luz da verdade, santidade, conforto, para que possam brilhar para todos em volta deles. Tão logo isto foi falado, João anotou, até mesmo isto que está contido no primeiro capítulo. Mais tarde, o que estava contido no segundo e terceiro capítulos foi ditado a ele, de maneira semelhante. APOCALIPSE 2 Das cartas seguintes aos anjos das sete igrejas, pode ser necessário falar, primeiro, em geral, e, então, especificamente. No geral, nós podemos observar, quando os israelitas estavam para receber a lei do Monte Sinai, eles deveriam primeiro ser purificados; e quando o reino de Deus estava à mão, João, o Batista, preparou homens para ele, através do arrependimento. Em igual maneira, estamos preparados, através dessas cartas para a recepção merecedora de sua Revelação gloriosa. Seguindo as direções dadas nele, expulsando incorrigivelmente homens maus, e tirando fora toda maldade, aquelas igrejas foram preparadas para receber este depósito precioso. E quem quer que, em alguma época, adequadamente, possa ler ou ouvir, deverá observar as mesmas admoestações. Essas cartas eram uma espécie de prefácio sétuplo para o livro. Cristo agora aparece na forma de um homem (não ainda, sob o emblema de um cordeiro), e fala, na maioria das vezes, em
  • 10. palavras apropriadas, e não figuradas. Não é até que João entre nesta grande visão (capítulo 4:1) "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer"; que toma o restante do livro. Existe em cada uma dessas, cartas: 1º. Uma ordem para escrever para o anjo da igreja; 2º. Um título glorioso de Cristo; 3º. Um endereçamento para o anjo daquela igreja, contendo: um testemunho de seu estado promíscuo, ou bom, ou ruim; uma exortação ao arrependimento e constância; uma declaração do que acontecerá, geralmente, da vinda do Senhor; 4º. Uma promessa para aquele que domina; junto com a exortação: "Aquele que tem ouvido, que ouça, deixe-o ouvir". O discurso em cada carta está expresso em palavras claras; a promessa, em figuradas. No discurso, nosso Senhor fala para o anjo de cada igreja, que, então, havia, e para os membros dela diretamente; considerando que na promessa, ele fala de todos que poderiam dominar, em qualquer igreja ou época, e distribuir a eles uma das preciosas promessas (antecipadamente), dos últimos capítulos do livro. 1. Escreva – Assim Cristo ditou a ele cada palavra. Essas coisas, diz aquele que mantém as sete estrelas, em sua mão direita – Tal é seu grandioso poder! Tal seu favor a eles e cuidado sobre eles, para que possam, de fato, brilhar como estrelas, ambos pela pureza da doutrina e santidade de vida! Quem caminha – De acordo com sua promessa: "eu estou com vocês sempre, até o fim do mundo". No meio dos castiçais de ouro – Observando todas as obras e pensamentos deles, e pronto para "remover o castiçal do seu lugar". Se algum, sendo advertido, não se arrepender. Talvez, aqui exista igualmente uma alusão ao ofício dos sacerdotes, no arrumar as lâmpadas, de maneira a mantê-las sempre queimando diante do Senhor. 2. Eu sei - Jesus sabe todo o bem, e todo o mal, que seus servos e seus inimigos sofrem e fazem. Palavra grave: "Eu sei", quão terrível será algum dia sondar o mau, e quão doce o justo! As igrejas e seus anjos devem estar atônitos, ao encontrarem as condições gerais deles, tão exatamente descritas, até mesmo, na ausência do apóstolo, e não poderia deixar de reconhecer o olho que tudo vê de Cristo, e de seu Espírito. Com respeito a nós, para cada um de nós também ele diz: "Eu conheço tuas obras". Feliz é aquele que imagina, menos bem de si mesmo, do que Cristo conhece, concernente a ele. E teu trabalho – Depois do geral, três específicos são nomeados, e, então, mais largamente descritos na ordem invertida: 1º. Teu trabalho. 6. Tu nasceste, por causa do meu nome, e não fraquejaste. 2º. Tua paciência.
  • 11. 5. Tu tens paciência: 3º. Tu não podes. 4º. Tu tens provado aqueles que dizem que eles têm as características de homens maus: apóstolos, e não são, e os tem considerado mentirosos. E tua paciência – Não obstante o que, tu não podes suportar, que os homens incorrigivelmente maus possam permanecer no rebanho de Cristo. E tu tens provado aqueles que dizem que eles são apóstolos, e não são – Porque o Senhor não os enviou. 4. Mas eu tenho contra ti, que tu deixaste teu primeiro amor – Aquele amor pelo qual todas estas igrejas eram tão eminentes, quando Paulo escreveu sua epístola a eles. Ele não precisava ter deixado isto. Ele deveria tê-lo preservado, inteiro até o fim. E ele não o preservou em parte, ou não teria permanecido tanto do que era recomendável nele. Mas ele não manteve, como deveria ter feito, o primeiro amor terno em seu vigor e calor. Leitor, tu tens? 5. Não é possível para alguém recuperar seu primeiro amor, a não ser tomando estes três passos: 1º. Lembrar-te: 2º. Arrepender-te: 3º. Pratica as primeiras obras. Lembra-te de onde tu caíste – De que grau da fé, amor, santidade, embora, talvez, inconscientemente. E arrependa-te – O que em um sentido menor implica uma profunda e viva convicção de tua queda. Dos sete anjos, dois, em Éfeso, e em Pergamo, estavam em um estado misturado; dois em Sardis e Laodicéia, estavam grandemente corrompidos: todos esses eram exortados a arrependerem-se; como os seguidores de Jezebel e Tiatira: dois, em Esmina e Filadélfia, estavam em um estado florescente, e eram, portanto, apenas exortados à firmeza. Não pode haver estado, que para algum pastor, igreja, ou pessoa comum, que não tenha aqui instruções adequadas. Todos, quer eles sejam ministros, ou ouvintes, junto com seus inimigos ocultos ou declarados, em todas os lugares, e em todas as épocas, podem esboçar disto, necessariamente autoconhecimento, reprovação, recomendação, advertência, ou confirmação. Quer alguém esteja tão morto quanto o anjo em Sardis; ou tão vivo quanto o anjo em Filadélfia, este livro é enviado a ele, e o Senhor Jesus tem alguma coisa para dizer a ele, nele. Porque as sete igrejas representam, com seus anjos, toda a igreja cristã, dispersa por todo o mundo, já que ela subsiste, não como alguns têm imaginado, em uma era após a outra, mas em todas as épocas. Este é um ponto de profunda importância, e sempre necessário de ser lembrado: que essas sete igrejas sejam, por assim dizer, um modelo de toda a igreja de Cristo, assim como foram, então, como são agora, e como serão em todas as épocas. Pratica as primeiras obras – Exteriormente e interiormente, ou tu nunca poderás recuperar o primeiro amor. Mas, se não – Através desta palavra está a advertência severa àquelas cinco igrejas que foram chamadas ao arrependimento; porque, se Éfeso foi ameaçada, quanto mais Sardis e Laodicéia deverão estar temerosas! E, portanto, quando elas obedecem ao chamado ou não, existe uma promessa ou uma ameaça. (versículo 5, 16,
  • 12. 22) "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. (...) Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca (...) Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras"; (capítulo 3:3, 20) "Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. (...) Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo". Mas, até mesmo na ameaça, a promessa está inserida, no caso do verdadeiro arrependimento. Eu virei a ti, e removerei teu castiçal do lugar – E removerei, a menos que tu te arrependas; o rebanho que está agora sob teu cuidado, para outro lugar, onde deverão ser mais bem cuidados. Mas do estado florescente da igreja de Éfeso, depois disto, existe motivo para crer que eles se arrependeram. 6. Mas tu tens isto – Graça divina busca, o que quer que possa ajudar aquele que está caído a recuperar seu estado. Que tu tens as obras dos Nicolaitas – Provavelmente assim chamados de Nicolas, um dos sete diáconos. (Atos 6:5) "E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia". A doutrina e a vida deles eram igualmente corruptas. Eles admitiam as mais abomináveis lascívias e adultérios, assim como sacrifício para ídolos; tudo que eles colocavam em meio às coisas medíocres, e reivindicavam para os ramos da liberdade cristã. 7. Ele que tem ouvido, que ouça – Todo homem, quem quer que possa ouvir, afinal, deve cuidadosamente ouvir isto. O que o Espírito diz – Nestas grandes e preciosas promessas. Para as igrejas. E nelas, a todo aquele que conquista; que segue em frente, de fé em fé, para a completa vitória sobre o mundo, e a carne, e o diabo. Nestas sete cartas, doze promessas estão contidas, que são um extrato de todas as promessas de Deus. Algumas delas não são expressamente mencionadas, como "a árvore da vida" (capítulo 22:2) "No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações"; livramento da "segunda morte"; (capítulo 20:6) "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos"; o nome no "livro da vida"; (capítulo 20:12) " E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras"; (21:27) " E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro"; e permanecendo "no tempo de Deus" (capítulo 7:15); a inscrição do "nome de Deus e do Cordeiro" (capítulo 14:1) " E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pa"; (22:4) "E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome". Nestas promessas, algumas vezes, o desfrute dos mais altos bens; algumas vezes, o livramento dos maiores males, é mencionado. E cada um encerra o outro; de modo que, onde parte é expressa, o todo deve ser entendido. Aquela parte é expressa que tem mais semelhança com as virtudes ou obras dele que estava falando na carta precedente. Comer da árvore da vida – A primeira coisa prometida nestas cartas é de última e mais alta no cumprimento capítulo 22:2, 14, 19) "No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio,
  • 13. estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações (...) Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas... E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro". A árvore da vida e da água da vida seguem juntas (capítulo 22:1,2) "E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações"; ambos implicando o viver com Deus eternamente. No paraíso do meu Deus – A palavra paraíso significa um jardim de prazer. No paraíso terrestre havia uma árvore da vida: não existem outras árvores no paraíso de Deus. 8. Essas coisas, diz o primeiro e o último; aquele que estava morto e está vivo – Quão diretamente esta descrição tende a confirmá-lo contra o medo da morte! (versículos 10, 11) "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte". Até mesmo o conforto em que o próprio João foi consolado (capítulo 1:17, 18) "E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo- me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno"; deverá o anjo desta igreja ser confortado. 9. Eu conheço esta aflição e pobreza – Uma pobre prerrogativa aos olhos do mundo! O anjo em Filadélfia igualmente tinha na luz deles, a não ser "uma pequena força". E, ainda assim, essas duas foram as mais honradas de todas aos olhos do Senhor. Mas tu és rico – Na fé e amor, de mais valor do que todos os reinos da terra. Quem diz que eles são judeus – O próprio povo de Deus. E não são – Eles não são judeus interiormente, não circuncisos no coração. Mas a sinagoga de satanás – Que, como eles, foi um mentiroso e assassino, desde o início. 10. As primeiras e as últimas palavras deste verso são particularmente direcionadas ao ministro, de onde nós podemos reunir que seu sofrimento e a aflição da igreja eram, ao mesmo tempo, e na mesma duração. Não temas alguma dessas coisas que tu estás prestes a sofrer – Provavelmente, por significar os falsos judeus. Observa – Isto anuncia a proximidade da aflição. Talvez, em dez dias começou no mesmo dia que a Revelação foi lida em Esmirna, ou, pelo menos, muito pouco tempo depois. O diabo - Que coloca todos os opressores para trabalharem; e estes mais especificamente. Esta para arremessar alguns de vocês – Cristãos em Esmirna; onde, nas primeiras épocas, o sangue de muitos mártires foi derramado.
  • 14. Na prisão, que vocês podem ser provados – Para sua vantagem inexplicável (I Pedro 4:12, 14) "Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; (...) Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado". E vocês deverão ter aflição – Tanto em si mesmos, ou pela simpatia com seus irmãos. Dez dias – (literalmente tomados) no final da perseguição de Domitiano, que foi interrompida pelo edito do Imperador Nerva. É tu fiel – Nosso Senhor não diz, "até que eu venha", como nas outras cartas, mas junto a morte. Significando que o anjo desta igreja rapidamente depois selou seu testemunho com seu sangue; cinqüenta anos antes do martírio de Policarpo, pelo qual alguns o têm confundido. E eu darei a ti a coroa da vida – A recompensa peculiar daqueles que são fiéis junto à morte. 11. A segunda morte – O lago de fogo, a porção do medroso, que não domina (capítulo 21:8) "Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte". 12. A espada – Com a qual eu eliminarei o impenitente (versículo 16) "Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca". 13. Onde o trono de satanás está – Pergamo estava desmedidamente entregue à idolatria: assim satanás tinha seu trono e completa moradia lá. Tu reténs rapidamente meu nome – Abertamente e resolutamente confessando-me diante de homens. Até mesmo no dia em que Antipas – Martirizado, sob a ordem de Domitiano. Foi minha testemunha fiel – Feliz é aquele que conhece Jesus, a testemunha fiel e verdadeira, dá tal testemunho! 14. Mas tu tens lá – A quem tu deves ter imediatamente lançado fora do rebanho. Aqueles que mantêm a doutrina de Balaão – Doutrina proximamente semelhante à dele. Quem ensinou Balaque – E o restante dos Moabitas. Para lançar uma pedra de tropeço diante dos filhos homens de Israel – Eles são geralmente denominados, os filhos, mas aqui, filhos homens, de Israel, em oposição às filhas de Moabe, através das quais Balaão as seduziu à fornicação e idolatria.
  • 15. Comer coisas sacrificadas a ídolos – Que, em cidade tão idólatra, como Pergamo, foi, no mais alto grau, prejudicial ao Cristianismo. E cometer fornicação – Que estava constantemente unida com o adorar ídolos pelos ateus. 15. Em igual maneira tu também - Assim como o anjo de Éfeso. Eles mantinham a doutrina dos Nicolaítas – E tu admitiste que eles permanecessem no rebanho. 16. Se não, eu virei a ti – que não escapará totalmente quando eu os punir. E eu lutarei com ele – Não com os Nicolaitas, que são mencionados apenas de passagem, mas os seguidores de Balaão. Com a espada em minha boca – Com meu justo e penetrante desprazer. O próprio Balaão, primeiro, teve a oposição do anjo do Senhor, com "sua espada desembainhada". (Números 22:23) "Viu, pois, a jumenta o anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que se desviou a jumenta do caminho, indo pelo campo; então Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho"; e, mais tarde, assassinado com a espada". (Números 31:8) "Mataram também, além dos que já haviam sido mortos, os reis dos midianitas: a Evi, e a Requém, e a Zur, e a Hur, e a Reba, cinco reis dos midianitas; também a Balaão, filho de Beor, mataram à espada". 17. A ele que vence – E não come daqueles sacrifícios. Eu darei o maná oculto – Descrito em (João 6). O novo nome responde a isto: está agora "oculto com Cristo, em Deus". O maná judaico foi mantido na antiga arca da aliança. A arca celestial da aliança aparece sob a trombeta dos sete anjos. (Apocalipse 11:19) "E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva"; onde também o maná oculto é mencionado novamente. Parece propriamente significar, a completa, gloriosa, eterna realização de Deus. E eu darei a ele uma pedra branca – Os antigos, em muitas ocasiões, deram seus votos no julgamento, através de pequenas pedras; através das pretas, eles condenavam; através das brancas, eles absolviam. Algumas vezes, também, eles escreviam em pequenas pedras lisas. Aqui pode ser uma alusão a ambas. E um novo nome – Assim, Jacó, depois de sua vitória, ganhou o novo nome de Israel. Tu saberias dizer o que teu nome será? O caminho para isto é claro: - vencer. Até, então, todas as tuas perguntas serão em vão. Tu, então, lerás isto na pedra branca. 18. E o anjo da igreja em Tiatira – Onde o fiel era apenas um pequeno rebanho. Essas coisas, diz o Filho de Deus – Veja quão grande ele é, que apareceu "como um filho do homem". (verso 1:13) "E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro".
  • 16. Quem tem olhos como uma chama de fogo – "Sondando as mentes e o coração", (verso 23) "E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras". E pés como de metal fino – Denotando sua força imensa. Jó contém a ambas, sua sabedoria para discernir o que quer que seja inoportuno, e seu poder para vingar isto, em uma sentença. (Jó 42:2) "Nenhum pensamento está oculto para ele, e ele pode fazer todas as coisas". 19. Eu conheço teu amor – Quão diferente característica é esta, daquela do anjo da igreja em Éfeso! O último não poderia admitir o mau, e odiava as obras dos Nicolaitas; mas havia deixado seu primeiro amor e as primeiras obras. O anterior reteve seu primeiro amor, e teve mais e mais obras, mas admitiam os maus, e não se opuseram a eles, com conveniente veemência. Características misturadas, ambas; ainda assim, o último, não o primeiro, é reprovado por sua queda, e ordenado a arrepender-se. E a fé, e teu serviço, e perseverança – O amor é mostrado, exercitado, e melhorado por servir a Deus e nosso próximo; assim é fé, pela perseverança e boas obras. 20. Mas tu admitiste aquela mulher Jezebel – Quem não deveria ensinar, afinal (I Timóteo 2:12) "Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio". Para ensinar e seduzir meus servos – Em Pergamo, estavam muitos seguidores de Balaão; em Tiatira, um grande enganador. Muitos dos antigos disseram que esta era a esposa do próprio pastor. Jezebel do passado conduziu o povo de Deus à declarada idolatria. Esta Jezebel, adequadamente chamada pelo seu nome, pela semelhança entre as obras deles, os conduziu a tomarem parte da idolatria dos pagãos. Isto ela parece ter feito, primeiro, seduzindo-os à fornicação, exatamente como Balaão fizera: considerando que em Pergamo, eles eram primeiro seduzidos à idolatria, e, mais tarde à fornicação. 21. E eu dei tempo a ela para arrepender-se – Tão grande é o poder de Cristo! Mas ela não se arrependerá – Assim, embora o arrependimento seja o dom de Deus, o homem pode recusá-lo; Deus não irá obrigar. 22. Eu a lançarei na cama, em grande aflição – e eles que cometem, quer adultério carnal ou espiritual com ela, exceto que se arrependam – Ela teve sua chance antes. Das obras dela – Aquelas às quais ela induziu a deles, e com as quais ela os havia comprometido. Observa-se que o anjo da igreja em Tiatira estava apenas envergonhado por aceitá-la. Esta falta cessou, quando Deus trouxe vingança sobre ela. Portanto, ele não está expressamente exortando a arrependerem-se, embora esteja contido. 23. Eu matarei os filhos dela – Aqueles a quem ela arrastou para o adultério, e aqueles a quem ela seduziu. Com a morte – Esta expressão denota morte, através de praga, ou por algum golpe manifesto da mão de Deus. Provavelmente, a vingança notável, levada sobre os filhos dela, foi o sinal da certeza de tudo o mais.
  • 17. E todas as igrejas – Para as quais tu agora escreves. Devem saber que eu sondo as mentes – Os desejos. E os corações – Pensamentos. 24. Mas eu digo a vocês que não mantêm esta doutrina – De Jezebel. Quem não conhece as profundezas de satanás – Ó feliz ignorância! À medida que falam – Isto foi continuamente alardeando as coisas das profundezas que eles ensinaram. Nosso Senhor reconhece que eles estavam no fundo, até mesmo, no fundo como no inferno: porque eles estavam nas mesmas profundezas de satanás. Foram sobre estas, o mesmo que Martinho Lutero fala? Seria bom que não houvesse alguns de seus compatriotas agora na Inglaterra que as conheçam tão bem! Eu colocarei sobre vocês nenhum outro fardo – Do que aqueles que vocês já sofrem de Jezebel e seus adeptos. 25. O que vocês – Ambos o anjo e a igreja têm. 26. Através das obras – Aquelas que eu tenho ordenado. A ele eu darei poder sobre as nações – Ou seja, eu darei a ele o compartilhar comigo daquela vitória gloriosa que o Pai me prometeu sobre todas as nações, quem até agora me resistiu (Salmos 2:8, 9) "Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro". 27. E ele deverá governá-las – Ou seja, deverá compartilhar comigo, quando eu fizer isto. Com bastão de ferro – Com poder irresistível empregado naqueles apenas que do contrário não se submeterão; os quais, por meio disto, serão feitos em pedaços – Totalmente conquistados. 28. Eu darei a ele a estrela da manhã – Tu, ó Jesus, és a estrela da manhã! Ó dá-me a ti mesmo! Então, eu não desejarei o sol, apenas a ti, que és o sol também. Aquele a quem está estrela ilumina tem sempre manhã e não, noite. Os deveres e promessas aqui respondem uns aos outros; o conquistador valente tem poder sobre as nações obstinadas. E ele que, depois de ter conquistado seus inimigos, mantém as palavras de Cristo até o fim, terá a estrela da manhã – um brilho inexprimível, e domínio pacífico nele. APOCALIPSE 3 1. Os sete espíritos de Deus – O Espírito Santo, de quem somente toda a vida e força espiritual procede. E as sete estrelas – que estão subordinadas a ele.
  • 18. Tu tens um nome que tu vives – Uma justa reputação, uma aparência exterior agradável. Mas aquele Espírito vê através de todas as coisas, e cada aparência vazia desaparece diante dele. 2. As coisas que permanecem – Na tua alma; conhecimento da verdade, bons desejos, e convicções. O que estava pronto para morrer – Onde quer que o orgulho, indolência, ou leviandade revivem, todos os frutos do Espírito estão prontos para morrer. 3. Lembra-te como – Humildemente, zelosamente, seriamente – Tu recebeste a graça de Deus, uma vez, e ouviste – Sua palavra. E seguraste firme – A graça que tu recebeste. E arrependa-te – De acordo com a palavra que tu tens ouvido. 4. Ainda assim, tu tens poucos nomes – Ou seja, pessoas, Mas embora poucos, eles não se separaram do restante; do contrário, o anjo de Sardes não os teria. Ainda assim, não foi virtude dele, que eles estivessem imaculados. Considerando que foi sua falta que eles fossem a não ser, poucos. Quem não tem corrompido suas vestes – Quer por macularem a si mesmos, quer por compartilharem dos pecados de outros homens. Eles deverão caminhar comigo puros – na alegria. Em perfeita santidade; na glória. Eles são merecedores – Alguns poucos bons, entre muitos maus, são indubitavelmente aceitáveis para Deus. Ó, quão mais feliz é este mérito, do que aquele mencionado em Apocalipse 16:6 "Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores". 5. Ele deverá ser vestido com vestes brancas – A cor da vitória, alegria, e triunfo. E eu não mancharei seu nome do livro da vida – Como aquele do anjo da igreja de Sardes: mas ele deverá viver para sempre. Eu confessarei seu nome – Como um dos meus servos fiéis e soldados. 7. O santo, o verdadeiro – Dois grandes e gloriosos nomes, ele que tem a chave de Davi – Um chefe de uma família, ou um príncipe, tem uma ou mais chaves, com as quais ele pode abrir e fechar todas as portas de sua casa oi palácio. Assim Davi tem a chave, um toque do direito e soberania, que foi, mais tarde, ordenado a Eliaquim (Isaías 22:22) "E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará; e fechará, e ninguém abrirá". Muito mais tem Cristo, o Filho de Davi, a chave da cidade espiritual de Davi, a Nova Jerusalém; o supremo direito, poder, e autoridade, como em sua própria casa. Ele abriu isto a eles que conquistaram, e ninguém fechou: ele a fechou contra todos os medrosos, e ninguém abriu. Igualmente, quando ele abriu a porta na terra para suas obras e seus
  • 19. servos, ninguém pode fechar; e quando ele fechar, contra o que quer que possa ferir ou corromper, ninguém poderá abrir. 8. Eu dei, diante de ti, abri a porta – Para entrar na alegria de teu senhor; e, neste meio tempo, seguir desimpedido em toda boa obra. Tu tens uma pequena força – mas pouca força humana exterior; uma companhia pequena, pobre, simples, e desprezível. Ainda assim, tu tens mantido minha palavra – Ambos no julgamento e prática. 9. Observe, eu – que tenho todo o poder; e eles devem, então, condescender. Eu irei fazê-los vir e curvarem-se diante de teus pés – Prestarem a ti a mais profunda referência. E sei – Por fim, que tudo depende do meu amor, e que tu tens um lugar nele. Ó, quão freqüentemente o julgamento das pessoas mudam completamente, quando o Senhor olha para elas! (Jó 42:7, em diante) "Sucedeu que, acabando o Senhor de falar a Jó aquelas palavras, o Senhor disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos, porque não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó". 10. Porque tu tens mantido a palavra de minha perseverança – A palavra de Cristo é, de fato, uma palavra de perseverança. Eu também manterei a ti – Ó, feliz isenção daquela calamidade espalhada! Da hora da tentação – De maneira que tu não deverás cair em tentação; mas ela passará por sobre ti. A hora denota o curto tempo de sua continuidade; ou seja, em qualquer lugar. A todos foi muito violenta, embora curta; em que a grande disposição não foi negligente. (capítulo 2:10) "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida". Cuja hora virá sobre toda a terra - Todo o Império Romano. Foi sobre os cristãos, e sobre os judeus e pagãos; embora em de uma maneira muito diferente. Foi a hora da perseguição, sob o comando aparentemente virtuoso do imperador Trajano. As duas perseguições precedentes estavam debaixo desses monstros, Nero e Domitiano; mas Trajano era tão admirado, pela sua bondade, e sua perseguição foi de tal natureza, que ela foi uma tentação de fato, e tentou totalmente a eles que habitavam sobre a terra. 11. Tua coroa – Que está pronta para ti, se tu agüentar até o fim; 12. E eu farei dele um pilar no templo de meu Deus – Eu o fixarei como bonito, tão útil, e tão inalterável, como um pilar na igreja de Deus. E ele não deverá ir mais embora – Mas deverá ser santo e feliz para sempre. E eu irei escrever junto a ele o nome de meu Deus – De maneira que a natureza e a imagem de Deus deva aparecer visivelmente junto a ele.
  • 20. E o nome da cidade de meu Deus – Dando a ele um título para habitar na Nova Jersualém. E meu novo nome – Uma porção naquela alegria, com em que eu entrei, depois de dominar todos meus inimigos. 14. Para o anjo da Igreja de Lodicéia – Por esses, Paulo tinha uma grande preocupação. (Colossenses 2:1) "Porque quero que saibais quão grande combate tenho por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e por quantos não viram o meu rosto em carne". Essas coisas, diz o Amém – Ou seja, O Verdadeiro, o Deus da verdade. O princípio – O Autor, Príncipe, Governador. Da criação de Deus – De todas as criaturas; o princípio, ou Autor, através de quem Deus fez todos eles. 15. Eu conheço tuas obras; que tu nem és frio, nem quente: eu gostaria que tu fosses frio ou quente. Que tu és nem frio – Um estranho completo para as coisas de Deus, tendo nenhum cuidado ou pensamento a respeito delas. Nem quente – Como água fervente: assim devemos ser penetrados e aquecidos pelo fogo do amor. O que tu és – Isto deseja nosso Senhor plenamente concluir que ele não opera sobre nós irresistivelmente, como o fogo faz sobre a água que ele ferve. Frio ou calor – Até mesmo, se tu fores frio, sem algum pensamento ou profissão de religião, haveria mais esperança de tua recuperação. 16. Assim, porque tu és morno – O efeito da água morna é bem conhecido. Eu estou prestes a vomitar-te – Eu irei lançar-te fora de mim extremamente; ou seja, exceto se te arrependeres. 17. Porque tu dizes – Portanto "Eu aconselho a ti", etc. Eu sou rico – Nos dons e graça, assim como bens mundanos. E não sabes que tu és – no relato de Deus, vil e deplorável. 18. Eu aconselho a ti – que és pobre, e cego, e nu. A comprar de mim – Sem dinheiro ou valor. Deus purificou no fogo – Fé viva, e verdadeira, que é purificada na fornalha da aflição. E vestimenta branca – Santidade verdadeira.
  • 21. E olho Salvador – Iluminação spiritual; a "unção do Espírito único", que ensina todas as coisas. 19. A quem quer que eu ame – Até mesmo a ti, tu pobre Laodiceanos! Ó, quanto mais tem seu amor incansável a fazer! Eu repreendo – Pelo que é passado. E repreendo – Para que eles possam emendar-se para o tempo vindouro. 20. Eu permaneço à porta, e bato – Até mesmo, neste instante; enquanto ele está falando esta palavra. Se algum homem abre – Prontamente, receba-me. Eu cearei com ele – Renovando-o com minhas graças e dons, e me encantando no que eu tenho dado. E ele comigo – Na vida eterna. 21. Eu permitirei a ele sentar-se comigo em meu trono – Uma felicidade e glória inexplicáveis. Em outras partes, o próprio céu é denominado o trono de Deus: mas este trono está no céu. 22. Ele que tem ouvido, que ouça… - Isto se situa nas primeiras cartas, antes da promessa; nas quatro últimas, depois dela; claramente dividindo as sete em duas partes; a primeira contendo três; a última, quatro cartas. Os títulos dados a nosso Senhor, nas primeiras três cartas, peculiarmente, se referem ao seu poder, depois de sua ressurreição e ascensão; particularmente, sobre sua igreja; aquelas, nas quatro cartas, sua divina glória, e a unidade com o Pai e o Espírito Santo. Novamente, esta palavra, colocada antes das promessas, nas três primeiras cartas, exclui os falsos profetas em Éfeso; os falsos judeus em Esmirna; e os parceiros com os ateus em Pergamo, de terem alguma porção nela. Nas quatro cartas, sendo colocadas depois delas, deixa as promessas imediatamente juntas com o discurso de Cristo ao anjo da igreja, para mostrar que o cumprimento dessas estava próximo; considerando que as outras alcançam além do fim do mundo. Deve-se observar, que o domínio, ou vitória (ao que, somente, essas promessas peculiares estão anexadas), não é a vitória comum obtida por cada crente; mas a vitória especial sobre as grandes e peculiares tentações, através desses que são fortes na fé. CAPÍTULO 4 1. Depois dessas coisas – Como se ele tivesse dito: Depois de eu ter escrito essas cartas, da boca de meu Senhor. Através da pequena parte e, das diversas partes desta profecia são usualmente ligadas: através da expressão, depois dessas coisas, elas são distinguidas umas das outras (capítulo 7:9) "Depois destas coisas, eu olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos". (19:1) "E, depois destas coisas, eu ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus". Através daquela
  • 22. expressão, e depois dessas coisas, elas são distinguidas, e ainda assim, ligadas. (capítulo 7:1) "E depois destas coisas, eu vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma".(15:5) "E depois disto, eu olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu". (18:1) "E depois destas coisas, eu vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória". João sempre viu e ouviu, e, então, imediatamente anotou uma parte depois outra: e uma parte é constantemente dividida da outra, por algumas dessas expressões. Eu vi – Aqui começa a relação da visão principal, que está ligada totalmente; como aparece "do trono, e dele que se senta nele"; "o Cordeiro", (quem até aqui tem aparecido na forma de um homem); "as quatro criaturas vias"; e "os vinte e quatro anciãos", representados deste lugar até o fim. Deste lugar, é absolutamente necessário manter em mente as ordens genuínas dos textos, como se situam na lista precedente. A porta abriu no céu – Diversas dessas aberturas são sucessivamente mencionadas. Aqui uma porta é aberta; mais yarde, "o templo de Deus no céu". (apocalipse 11:19) "E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros"; (15:5) "E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu"; e, por fim, o próprio "céu" (19:11) "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça". Através de cada um desses, João ganha uma nova e mais extensiva perspectiva. E a primeira voz que eu ouvi – Ou seja, aquela de Cristo: mais tarde, ele ouviu as vozes de muitos outros. Disse: Venha para cá – Não em corpo, mas em espírito; que foi imediatamente feita. 2. E imediatamente eu estava em espírito – Até mesmo, no mais alto grau do que antes (capítulo 1:10) "Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta". E, observe, um trono estava colocado no céu – João vai escrever: "coisas que deverão ser"; e, com este objetivo, ele é aqui mostrado, depois de uma maneira celeste, como, o quer que "deva ser", se bom ou mau, flui de fontes invisíveis; e como, depois disto ser feito no teatro visível do mundo e da igreja, flui de volta novamente para o mundo invisível, como sua extensão apropriada e final. Aqui os comentaristas se dividem: alguns procedem teologicamente; outros, historicamente; conseqüentemente, a maneira correta é reunir ambos. A corte do céu está aqui colocada aberta; e o trono de Deus é, por assim dizer, o centro do qual tudo no mundo visível parte, e para o qual tudo retorna. Aqui, também o reino de satanás é exposto; e, conseqüentemente, nós podemos extrair as coisas mais importantes da maioria compreensiva, e, ao mesmo tempo, a historia mais secreta do reino do inferno e céu. Mas nisto nós devemos estar satisfeito em conhecer apenas o que é expressamente revelado neste livro. Isto descreve, não meramente que bem ou mal é sucessivamente conduzidos sobre a terra, mas como cada um brota do reino da luz ou das trevas, e continuamente tende à fonte de onde ela surge: De modo que nenhum homem pode explicar tudo que está contido nela, da história da igreja militante apenas. E ainda
  • 23. assim, as histórias das épocas passadas têm seu uso, como este livro é propriamente profético. Quanto mais, portanto, nós observamos o cumprimento dele, tanto mais podemos louvar a Deus, em sua verdade, sabedoria, justiça, e poder onipotente, e aprender adequar a nós mesmo ao tempo, de acordo com as direções notáveis contidas na profecia. E alguém se sentou no torno – Como um rei, governador, e juiz. Aqui está descrito Deus, Onipotente; o Pai do céu, em sua majestade, glória e domínio. 3. E ele que se sentava era na aparência – Brilhava com um brilho visível, como aquele das pedras preciosas cintilante, tais como aqueles que estavam no passado, sobre o peitoral do sumo sacerdote, e aquelas colocadas quando das fundações da nova Jerusalém (capítulo 21:19, 20) "E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista". Se existe alguma coisa emblemática nas cores destas pedras, possivelmente o jaspe, que é transparente e de branco resplandecente, com uma mistura de bonitas cores, possa ser um símbolo da pureza de Deus, com várias outras perfeições, que brilha em todas as suas dispensações. A pedra sardinha, de um vermelho vivo, pode ser um emblema da justiça, e a vingança que ele está prestes a executar sobre seus inimigos. Uma esmeralda, sendo verde, pode indicar favor para o bem; um arco-íris, a aliança eterna. Veja (Gênesis 9:9) "E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós". E isto estando em volta de toda a largura do trono, fixada da distância daqueles que permaneceram ou se sentaram ao redor dele. 4. E em volta do trono – Em um círculo, estão os vinte e quatro tronos, e sobre os tronos vinte e quatro anciãos – O mais santo de todas as primeiras épocas (Isaías 24:23) "E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém, e perante os seus anciãos gloriosamente"; (Hebreus 12:1) "Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta"; representando todo o corpo dos santos. Sentado – Em geral; mas caindo ao chão, quando eles adoraram. Vestido em vestes brancas – Este e as coroas de ouro deles mostram que eles já terminaram seu curso, tomado o lugar deles, em meio aos cidadãos do céu. Eles nunca são denominados, almas, e, disto, é provável que eles já têm seus corpos glorificados. Compare com (Mateus 27:52) "E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados". 5. E do trono saem luzes – Que afeta a vista. Vozes – Que afetam o ouvir. Trovões – Que fazem todo o corpo tremer. Homens fracos consideram tudo isto terrível; mas para os habitantes dos céus, é uma mera fonte de alegria e prazer, misturado com reverência à Majestade Divina. Até mesmo para os santos na terra, esses transmitem luz e proteção; mas para seus inimigos, terror e destruição.
  • 24. 6. E diante do trono está um mar como vidro, como cristal – Amplo e profundo; puro e claro; transparente e suave. Ambas as "sete lâmpadas de fogo", e este mar está diante do trono; e ambos podem significar "os sete espíritos de Deus", o Espírito Santo; cujos poderes e operações são freqüentemente representados, ambos sob o emblema do fogo e água. Nós lemos novamente (capítulo 15:2) "E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus"; de "um mar como de vidro", onde não existe menção das "as sete lâmpadas de fogo"; mas, ao contrário, o próprio mar está "misturado com fogo". Nos lemos também (capítulo 22:1) "E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro"; de "uma corrente de água da vida, clara como cristal". Agora, o mar que está diante do trono, e a correnteza que sai dele, podem ambos significar o mesmo; ou seja, o Espírito de Deus. E, no meio do trono – Com respeito à sua altura. Em volta do trono – Ou seja, em direção aos quatro cantos, leste, oeste, norte e sul. Havia quatro criaturas vivas – Não bestas, não mais do que pássaros. Esses parecem ser tomados do querubim, nas visões de Isaías e Ezequiel, e no Santíssimo. Havia, sem dúvida, alguns dos poderes principais dos céus; mas de que ordem, não é fácil determinar. É muito provável que os vinte e quatro anciãos possam representar a igreja judaica: suas harpas parecem anunciar o seu terem pertencido ao serviço do tabernáculo antigo, onde era costume usá-las. Se assim, as criaturas viventes podem representar a igreja cristã. Seu número, também é simbólico da universalidade e graus com a dispensação do Evangelho, que se estendeu a todas as nações debaixo do céu. E a "canção nova", que eles todos cantam diz: "Tu redimiste a nós de todo parentesco, e língua, e pessoas e nação". (capítulo 5:9) "E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação"; não poderia possivelmente ajustar o judeu, sem a igreja cristã. A primeira criatura vivente era como um leão – Para significar coragem destemida. A segunda como um bezerro – Ou boi (Ezequiel 1:10) "E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro".; para significar paciência incansável. A terceira, com a face de um homem – Para significar prudência e compaixão. A quarta – como uma águia – Para significar atividade e vigor. Cheio de olhos – Para indicar sabedoria e conhecimento. Diante – Para ver a face daquele que se senta no trono. E atrás – Para ver o que é feito, entre as criaturas.
  • 25. 7. E o primeiro – Exatamente tal eram os quatro querubins em Ezequiel, que sustentavam o movimento do trono de Deus, conseqüentemente cada um desses que obscureciam o trono da misericórdia do Santíssimo tinham todas essas quatro faces: de onde um grande homem, recentemente falecido, os supõe terem sido emblemáticos da Trindade, e a encarnação da segunda Pessoa. Uma água voando – Com as asas expandidas. 8. Cada uma delas tem seis asas – Como tinha cada um dos serafins na visão de Isaías. "Duas cobriam sua face", como sinal de humildade e reverência: "duas seus pés", talvez, em sinal de prontidão e diligência por executarem incumbências divinas. Em volta e dentro elas eram cheias de olhos – Em volta – Para ver todas as coisas que estão além do trono do que elas mesmas estão. E dentro – Na parte interior do círculo, que elas fizeram com uma outra. Primeiro, elas olharam do centro para a circunferência, então, da circunferência para o centro. E elas não descansaram – Ó, feliz desassossego! Dia e noite! – Como falamos na terra. Mas não existe noite no céu. E dizem: Santo, santo, santo – É o Deus Trino. Existem duas palavras no original, muito diferente uma da outra. ; ambas que traduzimos santos. Uma significa, propriamente, misericordioso; mas a outra, que ocorre aqui, implica muito mais. Esta santidade é a soma de todo louvor, que é dado ao Criador Onipotente, por tudo que ele faz e revela, concernente a si mesmo, até que a nova canção traga consigo a nova matéria de glória. Esta palavra significa propriamente separada, ambas, em Hebreu e outras línguas. E quando Deus é denominado santo, isto denota aquela excelência que é completamente peculiar a si mesmo; e a glória fluindo de todos os seus atributos, unidos, brilhando adiante de todas as suas obras, e escurecendo todas as coisas além de si mesmo, por meio da qual ele está, e eternamente permanece, de uma maneira incompreensível, separada, e à uma distância, não apenas de tudo que é impuro, mas igualmente de tudo que é criado. Deus está separado de todas as coisas. Ele está, e as obras de si mesmo; provinda de si mesmo; em si mesmo; através de si mesmo; para si mesmo. Portanto, ele é o primeiro e o último, o único e o Eterno, vivo e feliz, infinito, e imutável; Onipotente, Onisciente; sábio e verdadeiro; justo e fiel; gracioso e misericordioso. Por esta razão é que santo e santidade significam o mesmo como Deus e Divindade: e como nós dizemos de um rei: "Sua Majestade"; assim as Escrituras dizem de Deus: "Sua Santidade". (Hebreus 12:10) "Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade". O Espírito Santo é o Espírito de Deus. Quando se fala de Deus, ele é freqüentemente nomeado, "o Espírito Único": e como Deus jura pelo seu nome, assim ele também, pela sua santidade; ou seja, por si mesmo. Esta santidade é freqüentemente denominada glória: freqüentemente sua santidade e glória são celebradas juntas. (Levíticos 10:3) "E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se"; (Isaías 6:3) "E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória". Porque santidade é glória oculta, e glória é santidade revelada. As Escrituras falam abundantemente de santidade e
  • 26. glória do Pai, Filho e Espírito Santo. E, por meio disto, está o mistério da Santa Trindade, eminentemente confirmada. Também é chamado santo o que é consagrado a ele, e por tal finalidade separado das outras coisas: e assim é que dentro podemos ser como Deus, ou unido a ele. No hino semelhante a isto, registrado por Isaías (Isaias 6:3), é acrescentado: "toda a terra é cheia de sua glória". Mas isto é adiado na Revelação, até que a glória do Senhor (seus inimigos sendo destruídos) preencha a terra. 9 – 10. E quando as criaturas vivas dão glória, os anciãos caíram – Ou seja, tão freqüentemente quanto as criaturas vivas dão glória, imediatamente os anciãos caem ao chão. A expressão implica que eles caíram, assim, ao mesmo tempo, e que eles ambos, fazem isto freqüentemente. As criaturas vivas não dizem diretamente: "Santo, santo, santo és tu"; mas apenas se curvam um pouco, da profunda reverência e dizem: "Santo, santo, santo é o Senhor". Mas os anciãos, quando eles caem, pode dizer: "Merecedor és tu, ó Senhor nosso Deus". 11. Merecedor és tu de receber – Isto ele recebe não apenas quando ele é assim louvado, mas também quando ele destrói seus inimigos e glorifica a si mesmo novamente. A glória e a honra e o poder – Respondendo o trino-santo das criaturas vivas (verso 9). Porque tu criaste todas as coisas – Criação é o alicerce de todas as obras de Deus: portanto, por isto, assim como por suas outras obras, ele será louvado por toda a eternidade. E através de ti, eles serão – Eles começaram a ser. É para a livre, graciosa vontade Dele, quem não pode possivelmente precisar de alguma coisa, operando poderosamente, para que todas as coisas possuam a primeira existência delas. E são criadas - Ou seja, continuam na existência sempre, desde que foram criadas. CAPÍTULO 5 1. E eu vi – Esta é a continuação da mesma narrativa. Na mão direta – O emblema de seu poder todo governante. Ele a mantinha abertamente, com o objetivo de dá-lo a ele que era merecedor. É escassamente necessário observar, que não existe no céu algum livro verdadeiro ou pergaminho, ou papel, ou o que Cristo realmente coloque lá, na forma de um leão ou de um cordeiro. Nem existe na terra alguma besta monstruosa com sete cabeças ou dez chifres. Mas como existe sobre a terra alguma coisa que, em seu tipo, responde a tal representação, então existem nos conselhos e transações divinos celestes respondíveis a essas expressões figuradas. Tudo isto foi representado a João, em Patmos, em um dia, através de visão. Mas o cumprimento dela se estende daquele tempo, através de todas as épocas. Escritos servem para nos informar de coisas distantes e futuras. E destas coisas que estão ainda para vier são figurativamente ditas estarem "escritas no livro de Deus"; assim eram naquele tempo os conteúdos desta profecia valiosa. Mas o livro foi selado. Agora vem a abertura e execução também das grandes coisas que são, por assim dizer, as letras dele. Um livro escrito dentro e fora – Ou seja, nenhuma parte dele é branca; é cheia de matéria.
  • 27. Selado com sete selos – De acordo com as sete partes principais contidas nele, um do lado de fora de cada. Os livros usuais dos antigos não eram iguais aos nossos, mas eram volumes, ou longas peças de pergaminho, enrolados junto a um longo bastão, como freqüentemente enrolamos fios de seda. Tal era isto representado, o que foi selado com sete selos. Não, como se o apóstolo visse todos os selos de uma vez; porque havia sete volumes empacotado um dentro do outro, cada qual estava selado: de maneira que abrindo e desenrolando o primeiro, o segundo pareceria estar selado, até que fosse aberto, e assim seguinte até o sétimo. O livro e seus selos representam todo o poder no céu e terra dado para Cristo. Uma cópia deste livro está contida nos capítulos seguintes. Através "das trombetas", contida, sob os sete selos, o reino do mundo é estremecido, para que ele possa, por fim, tornar-se o reino de Cristo. Através "dos frascos", sob as sete trombetas, o poder da besta e o que quer que esteja ligado a ela, seja quebrado. Esta soma de todos, nós devemos ter continuamente diante de nossos olhos: de modo que toda a Revelação flua em sua ordem natural. 2. E eu vi um anjo forte – Esta proclamação a toda criatura foi tão grande para um homem fazer, e, ainda assim, não se tornou o próprio Cordeiro. Foi, portanto, feita por um anjo, e um de eminência incomum. 3. E ninguém – Nenhuma criatura; não, nem a própria Maria. No céu, ou na terra; nem debaixo da terra – Ou seja, ninguém no universo. Porque estas são as três grandes regiões dentro do que toda a criação é dividida. Mas capaz de abrir o livro – De declarar os conselhos de Deus. Não para olhar sobre ele – De modo a entender alguma parte dele. 4. E eu choro muito – Um choro que brota da grandeza da mente. A ternura do coração que ele sempre teve aparece mais claramente agora que ele esteve fora de seu próprio poder. A Revelação não foi escrita sem lágrimas; nem sem lágrimas será entendida. Quão longe estão eles do temperamento de João que inquiriu, segundo alguma coisa melhor do que os conteúdos deste livro! Sim. Quem aplaude a própria clemência deles, se eles perdoam aqueles que inquirem neles! 5. E um dos anciãos – Provavelmente, um daqueles que se erguem com Cristo, e, mais tarde, ascendem ao céu. Talvez, um dos patriarcas. Alguns pensam que foi Jacó, de cuja profecia o nome do Leão é dado a ele. (Gênesis 49:9) "Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?". O Leão da tribo de Judá – O príncipe vitorioso que é, como um leão, capaz de rasgar todos os seus inimigos em pedaços. Uma raiz de Davi – Um Deus, a raiz e fonte da família de Davi (Isaías 11:1, 10) "Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. (...) E acontecerá
  • 28. naquele dia que a raiz de Jessé, a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso". Tem prevalecido para abrir o livro – Tem superado todas as obstruções, e obtido a honra para revelar os conselhos divinos. 6. E viu – (1) Cristo no, ou no meio do trono; (2) as quarto criaturas viventes fazendo um círculo em volta dele; e, (3) os vinte e quatro anciãos fazer um circulo maior em volta dele e deles. De pé – Ele não mais se deita. Ele não mais cai em sua face; os dias de sua fraqueza e murmúrio estão terminados. Ele está agora na postura de prontidão para executar todos os seus ofícios de profeta, sacerdote, e rei; Como se ele tivesse sido assassinado – Sem dúvida, com as marcas das machucaduras que ele uma vez recebeu. E porque ele foi assassinado, ele é merecedor de abrir o livro (verso 9), para a alegria de seu próprio povo, e terror de seus inimigos. Tendo sete chifres – Como um rei, o emblema da força perfeita. E sete olhos – O emblema do conhecimento e sabedoria perfeitos. Através desses, ele cumpre o que está contido no livro, ou seja, através de seu poderoso e todo-sábio Espírito. A esses sete chifres e sete olhos, respondem os sete selos, e as sétuplas canções louvor (verso 12) "Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças". Em Zacarias, igualmente (Zacarias 3:9) "Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia". (Zacarias 4:10) "Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esses sete se alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobabel; esses são os sete olhos do Senhor, que percorrem por toda a terra"; menção é feita "dos sete olhos do Senhor, que segue em frente sobre toda a terra". Os quais – Ambos os chifres e os olhos. E os sete espíritos de Deus enviado para toda a terra – Para a obra efetiva do Espírito de Deus, através de toda a criação, e isto, no mundo natural, assim como no espiritual. Porque poderia a mera matéria agir ou mover-se? Poderia ela gravitar ou atrair? Tanto quanto ela poderia pensar ou falar. 7. E ele vem – Aqui estava "Peça-me". (Salmos 2:8) "Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão"; cumprida da maneira mais gloriosa. E pega – é um estado de exaltação que alcança da ascensão de nosso Senhor para sua vinda na glória. Ainda assim, este estado admite os vários graus. Em sua ascensão: "anjos e principados, e potestades foram subjugados a ele". Dez dias depois, ele recebeu do Pai e enviou, o Espírito Santo. E agora ele pegou o livro da mão direita dele que estava junto ao trono – quem deu a ele, como um sinal de ter entregue a ele todo o poder sobre o céu e terra. Ele recebeu isto, como sinal de ser capaz e desejoso de cumprir tudo que estava escrito nele.
  • 29. 8. E quando ele pegou o livro, as quatro criaturas viventes caíram – Agora a honra é feita ao Cordeiro, por toda criatura. Essas, junto com os anciãos, criam o começo; e, mais tarde, a conclusão. (capítulo 5:14) "E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o sempre"; e juntos, cantam a nova canção, como ele fizeram antes, louvando a Deus, juntos. (capítulo 4:8 etc.) "E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo- Poderoso, que era, e que é, e que há de vir (...)". Tendo cada um – Dos anciãos, não das criaturas viventes. Uma harpa – O que foi um dos principais instrumentos usados para a ação de graças no serviço do templo: um emblema adequado da melodia dos corações deles. E frascos dourados – Taças ou incensórios. Cheios de incenso, que são as orações dos santos – Não dos próprios anciãos, mas dos outros santos ainda sobre a terra, cujas orações estavam assim emblematicamente representadas no céu. 9. E eles cantam uma nova canção – Uma que nem eles, nem algum outro tinham cantado antes. Tu nos redimiste – Assim as criaturas vivas também foram do número dos redimidos. Isto não se refere tanto ao ato de redenção; que foi muito antes, quanto ao fruto dele; e tanto mais diretamente àqueles que tinham terminado o curso deles, "quem fora redimido da terra" (capítulo 14:1) "E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai"; de cada tribo, e língua, e povo, e nação – Ou seja de toda a humanidade. 10. E os fez – Os redimidos – Assim eles falam de si mesmos também, na terceira pessoa, da profunda humilhação própria. Eles reinarão sobre a terra – A nova terra: em que concordam as coroas de ouro dos anciãos. O reino dos santos em geral se segue, sob a trombeta do sétimo anjo; especialmente, depois da primeira ressurreição, como também na eternidade (capítulo 11:18) "E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra". (15:7) "E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre".(20:4) "E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos".(22:5) "E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre".(Daniel 7:27) "E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão". (Salmos 49:14) "Como ovelhas são postos na sepultura; a morte se
  • 30. alimentará deles e os retos terão domínio sobre eles na manhã, e a sua formosura se consumirá na sepultura, a habitação deles". 11. E eu vi – Os muitos anjos. E ouvi – a voz e o número deles. Em volta dos anciãos – Assim, formando o terceiro círculo. É notável, que homens são representados, através de toda esta visão, como mais perto de Deus do que algum dos anjos. E o número deles era – Pelo menos, duzentos milhões, e dois milhões acima. E ainda assim, esses eram, a não ser parte do anjos santos. Mais tarde, João os ouve todos. (capítulos 7:11) "E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus". 12. Merecedor é o Cordeiro – Os anciãos disseram: "Merecedor és tu". (capítulo 5:9) "E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação". Eles estavam mais proximamente aliados a ele do que os anjos. Para receber o poder... – Este sétupla aprovação responde aos sete selos, dos quais, os primeiros quatro descrevem todas as coisas visíveis; o último, todas as invisíveis, feitas submissas ao Cordeiro. E cada uma dessas sete palavras carrega uma semelhança com o selo que ela responde. 13. E cada criatura – Em todo o universo, boa ou má. No céu, na terra, e debaixo da terra, no mar – Com essas quatro regiões do mundo, concorda com a palavra quádrupla do louvor. O que está no céu, anuncia bênção; o que está na terra, honra; o que está debaixo da terra, glória; o que está no mar, força; está junto a ele. Este louvor de todas as criaturas comera antes do abrir do primeiro selo; mas continua daquele momento até a eternidade, de acordo com a capacidade de cada. Seus inimigos devem reconhecer sua glória; mas aqueles no céu dizem: Abençoados, sejam Deus e o Cordeiro. Este manifesto real é, por assim dizer, uma proclamação, mostrando como Cristo cumpre todas as coisas, e "todo joelho se dobra a ele", não apenas na terra, mas também no céu, e debaixo da terra. Este livro extenua todas as coisas (I Coríntios 15:27- 28) "Porque todas as coisas, ele sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, isto está claro, que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos"; e é adequado ao coração ampliar-se como a areia do mar. Ele inspira a atenção e inteligência do leitor com tal magnanimidade, que ele considera nada neste mundo grande; não, nem toda a estrutura da natureza visível, comparada à imensa grandeza do que é aqui chamado a observar, sim, e em parte, herdar. João tem, em estudo, através de toda a visão seguinte, o que ele agora tem descrito, ou seja, as quatro criaturas, os anciãos, os anjos e todas as criaturas, olhando juntas, ao abrir dos sete selos.
  • 31. CAPÍTULO 6 1. Eu ouvi uma – Ou seja, a primeira. Das criaturas vivas – Que olha adiante, em direção ao oriente. 2. E eu vi, e observei um cavalo branco e ele que se senta nele e tem um arco – Esta cor, e o arco atirando flechas, ao longe, sinalizam vitória, triunfo, prosperidade, ampliação do império, e domínio sobre muitas pessoas. Um outro cavaleiro, na verdade, e de outro tipo completamente diferente, aparece no cavalo branco. (capítulo 19:11) "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça". Mas ele de quem se fala no primeiro selo, deve ser tão compreendido quanto carregar uma proporção aos cavaleiros, no segundo, terceiro, e quatro selo. Nerva sucedeu o imperador Domitiano, ao mesmo tempo, quando Apocalipse foi escrito, no ano 96 de nosso Senhor. Ele reinou escassamente um ano apenas; e três meses antes de sua morte, ele nomeou Trajano seu colega e sucessor, e morrei no ano de 98. A sucessão de Trajano ao império parece ser a aurora dos sete selos. E uma coroa é dada a ele – Isto, considerando sua descendência, Trajano teria nenhuma esperança de obter. Mas Deus deu isto a ele, pela mão de Nerva; e, então, o oriente logo sentiu seu poder. E ele seguiu conquistando e para conquistar – Ou seja, de uma vitória a outra. No ano de 108, o já vitorioso Trajano seguiu em frente em direção ao oriente, para conquistar não apenas a Armênia, Assíria e Mesopotâmia, mas também as cidades além do Tigre, carregando os limites do Império romano, para uma extensão ainda maior do que nunca. Nós não encontramos um imperador como ele para realizar conquistas. Ele não almejou coisa alguma mais; ele viveu apenas para conquistar. Entretanto, nele estava eminentemente cumprido o que tinha sido profetizado no quarto império, de que ele deveria "devorar, esmagar, e quebrar em pedaços toda a terra". (Daniel 2:40) "E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços". (Daniel 7:23) "Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente, de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços". 3. E quando ele abriu o segundo selo, eu ouvi a segunda criatura vivente – Que olhou em direção ao ocidente. Dizendo: Vem – A cada selo foi necessário virar em direção àquele quarto do mundo, a que mais ele dizia respeito imediatamente. 4. Seguiu adiante um outro cavalo que era vermelho – Uma cor adequada ao derramamento de sangue. E a ele que se sentou nele foi dado tomar a paz da terra – Vespasiano, no ano de 75, tinha dedicado um templo para a Paz; mas, depois de um tempo, nós ouvimos bem pouco de paz. Tudo estava cheio de guerra e derramamento de sangue, principalmente, no mundo ocidental, onde os principais homens de negócios pareciam existir para matar um ao outro. A este cavaleiro foi dada uma grande espada; e ele tinha muito a fazer com ela; porque tão
  • 32. logo Trajano ascendeu ao trono, a paz foi tomada da terra. Decebalus, rei de Dacia, que se situa à oeste de Patmos, colocou os romanos em um não pequeno problema. A guerra durou cinco anos, e consumiu abundância de homens de ambos os lados; ainda assim, foi apenas um prelúdio de muitos outros derramamentos de sangue, que se seguiram, por uma longa época. Tudo isto foi significado pela grande espada que atinge aqueles que estão perto, assim como o arco faz com aqueles que estão à uma distância. 5. E quando ele abriu o terceiro selo, eu ouvi a terceira criatura vivente – Em direção ao sul. Dizendo: Vem. E observei um cavalo negro – Um símbolo adequado do murmurar e aflição, peculiarmente da penúria negra, como os poetas antigos a denominam. E ele que se sentou nele, tinha um par de balanças em sua mão – Quando há grande abundância, os homens escassamente pensam que vale a pena pesarem e medirem todas as coisas (Gênesis 41:49) "Assim ajuntou José muitíssimo trigo, como a areia do mar, até que cessou de contar; porquanto não havia numeração". Assim sendo, essas balanças significavam escassez. Elas servem também como sinal de que todos os frutos da terra, e conseqüentemente de todos os céus, com seus cursos e influências; que todas as estações do ano, com o que quer que elas produzam, na natureza, ou estados, estão sujeitos a Cristo. Assim sendo, sua mãe é maravilhosa, não apenas nas guerras e vitórias, mas igualmente em todo o curso da natureza. 6. E eu ouvi uma voz – Parece do próprio Deus. Dizendo – Para o cavalheiro "Até aqui, tu vens, e não mais além". Que exista uma medida de trigo por um pêni - A palavra traduzida, medida, foi uma medida grega, proximamente igual a nosso quarto [Inglês]. Esta era a mesada diária de um escravo. O pêni romano, tanto quanto um trabalhador, então, ganhou em um dia, era por volta de sete pênis, metade de um pêni inglês. De acordo com isto, o trigo seria perto de vinte xelins por alqueire. Isto deve ter sido cumprido, enquanto a medida grega e o dinheiro romano estavam ainda em uso; assim como também onde aquela medida era a medida comum, e este dinheiro a moeda corrente. Foi assim no Egito, sob o governo de Trajano. E três medidas de cevada, por um pêni – Quer cevada fosse, em comum, muito mais barata, entre os anciãos do que o trigo, ou a profecia menciona isto como alguma coisa peculiar. E não danifique o óleo e o vinho – Que não haja escassez de todas as coisas. Que haja alguma provisão restante, para suprir a necessidade dos demais. Isto foi também cumprido no reino de Trajano, especialmente, no Egito, que se estendia ao sul de Patmos. Nesta região que usou ser o celeiro do império, havia uma carência incomum, bem no início do reino; de maneira que ele foi obrigado a suprir o próprio Egito com milho de outras regiões. A mesma escassez que havia no décimo-terceiro ano de seu reinado, a colheita caindo por falta de elevação do Nilo: e isto não apenas no Egito, mas em todas aquelas outras partes da África, onde o Nilo usa alagar. 7. Eu ouvi a voz da quarta criatura vivente – Em direção ao norte.