O poema descreve uma menina que tem a aparência de uma mulher, com mistérios que fazem o poeta se sentir como um garoto. Apesar de ser esperto, ele não resiste aos encantos dela e se entrega aos seus braços e olhar, deixando-se levar por seus mistérios como uma estrela cadente.

1. G. A. Araújo
Janelas da Alma

2. MENINA MULHER
Menina... “seus olhos e teus olhares”
São “milhares de tentações”
Onde é certo que “certas mulheres como você
Me levam sempre aonde querem.”
Sempre fui tão esperto
Mas diante de uma garota que possui o ar de uma mulher,
Com uma inquietude de uma ingênua menina,
Percebo que sou apenas um garoto.
Menina esses teus mistérios
Faz-me “alçar em vôo livre e se lançar”
No mar azul de teus braços
E no teu olhar.
Assim, eu um certo garoto...
Não resisto a tantos mistérios
E num breve sussurrar
Devoras meus sentidos.

3. E como um coringa dar-me a chance de viver novamente
Leve, souto e sem pressa de acabar,
E com mistérios, verdades sem mentiras e bem devagar
Cai em meus braços como uma estrela cadente.
Com teus mistérios dou asas ao meu destino,
Onde transformo meus pensamentos soltos em palavras...
E neste jogo entre a caça e o caçador não consigo
Diante de suas armadilhas não tem como eu dizer não!
Doce mulher se desfaças em meus braços,
Que diante de teus olhos de menina
Morrerei no teu colo
E assim encerro a minha cina.
G. A. Araújo