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FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Introdução à Controladoria
Aulas 1 e 2
2019
André Carlos Busanelli de Aquino, Prof.
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto -
FEARP/USP
Av. Bandeirantes 3900 - Monte Alegre - CEP 14040-900
Ribeirão Preto - SP
Tel. (16)3602-3899 ou (16)3602-4972
E-mail: aaquino@usp.br
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Conceito central da disciplina (de Brickley et al,
2015)
A) Essência da ideia:
Survival of the Fittest!!
Economic Darwinism: wellcrafted
organizational architecture + business
strategy (potential for value creation)
B) O que falta (minha opinião)
- Noção mais clara de Agency
- Discussão de pressupostos de
comportamento
- Comportamento social (em grupo)
- Como são tratados Erros
Organizacionais
Como “equilibrar” uma organização
“..Although the popular press and existing literature on organizations
are replete with jargon—TQM, reengineering, outsourcing, teaming,
venturing, empowerment, and corporate culture—they fail to provide
managers with a systematic, comprehensive framework for
examining organizational problems.” (Brickley et al, 2015, viii)
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
1. Objetivos da disciplina
2. Mercado, Organizações vs. Instituições
3. O que seria Controladoria: breve definição
4. Breve introdução das Funções do Controller
5. Interações da área de conhecimento
6. O Controller no Brasil
7. O que é a firma: Alchian & Demsetz 1972
8. M-Form e outras formas
AGENDA
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Fatores que geraram condições para crise de crédito:
•Cultura de tomada de risco;
•Não precificação do risco;
•Sistemas de recompensa;
•Falta de transparência.
Incentivos e comportamento?
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Maiores preocupações com os esquemas de remuneração:
• Indicadores e remuneração com foco no curso prazo;
• Falta de alinhamento entre incentivo e desempenho da empresa;
• Falta de alinhamento entre incentivo e risco.
Incentivos e comportamento?
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Maiores riscos de alterar os atuais esquema
•Reter talentos;
•Perder vantagem competitiva;
•Reduzir motivação;
•Perda de incentivos.
Incentivos e comportamento?
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Expor bases da abordagem econômica de controle de empresas.
Em detalhes:
- Introduzir os aspectos internos de uma “organização”
(complementando a visão de mercado);
- Introduzir efeitos institucionais na análise da organização;
- Posicionar a controladoria na dinâmica organizacional (qual é a
função, que brecha ela se propõe a preencher no funcionamento da
organização, o que é o “disfuncional” que decorre de falhas da
controladoria, quais interações com as outras partes da empresa,
quais os processos típicos, quem os executa, quais principais
“artefatos” ou soluções de mercado existentes hoje);
- Como se muda uma organização? Introduzir questões de “change
managament”;
- Ampliar discussões em organizações sem fins lucrativos;
- Destacar outras formas organizacionais, como alianças, redes e
networks.
OBJETIVO detalhado DA DISCIPLINA
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- Até então ‘black-box’ e suas variações: campo com diversos
players, como unidades de decisão que respondem ao ‘mercado’, e
fazem escolhas no sentido de maximizar o valor da organização.
- Abordagem útil para ensino de macroeconomia, finanças
corporativas, finanças de mercados e microeconomia neo-clássica.
- Neste cenário, não se analisa o executivo, o grupo de executivos, a
segregação de funções, o fluxo de informação interno à empresa,
as diversas formas de empresa,
- Mas utiliza-se ‘estereótipos’ para essa unidade decisora (unidade
de resposta à pressão competitiva, oferta-demanda), que desenha
estratégias ótimas para estrutura de mercado que se apresenta.
- Vejam figuras a seguir.
A ABORDAGEM DA DISCIPLINA
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A ABORDAGEM DA DISCIPLINA
- A Sociedade (i)
- Imersas todos tipos de relações
comerciais, que são aprimoradas e
influenciadas pela tecnologia e pela
própria mudança da sociedade em si,
seus valores morais & éticos, formas de
governo e de produção, limites
geopolíticos, formas de dominação,
esgotamento ou descoberta de recursos
naturais essenciais, etc. A tempos , tanto
comerciantes têm tentado entender a
sociedade, como ela opera.
- Especificamente economistas,
administradores, cientistas sociais
em geral têm procurado explicações
para este funcionamento, a princípio
como único modelo de saber como
prosperar (antigos mercados do
mediterrâneo no comércios de
especiarias), depois como forma de
ciência, e nascimento da indústria
profissional de consultoria como
conhecemos hoje para vender tal
conhecimento, ou seja, como funciona o
mercado? E como devem operar as
organizações?
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A ABORDAGEM DA DISCIPLINA
- Os Modelos (ii)
Então os modelos começam a mostra algo
assim:
- existe uma competição em curso,
recursos são escassos, e segundo uma
relação oferta e demanda, surgem
estruturas de mercado que moldam a
competição.
- O uso de diversas formas de poder
(como controle sobre insumos e matéria
prima) pode ser decisivo na competição.
Mas também a produção a preços
competitivos, de propostas de valor
diferenciado, com base de inovação e
uso do conhecimento mais avançado.
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A ABORDAGEM DA DISCIPLINA
- Pressupostos e visões (iii)
- O super-executivo estrategista
- Domínio de análises racionais e
planejadas, de um “tomador de decisão”,
- Modelos estigmatizam esse tomador de
decisão como um super-executivo,
racional, com pensamento estruturado e
orientado, focado em aumento do valor
da empresa.
- Modelos recentes de behavior finance
propõem limitações a tomada de decisão
racional (ex. framing effect de K & T)
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A ABORDAGEM DA DISCIPLINA
- A realidade! (iv)
- Na maior parte das vezes o que acontece
é isso: necessidade de organização de
múltiplos agentes, em diferentes níveis de
preparação, interesse, crenças e visões
de mundo.
- Ambiente com interesses diversos, cada
qual ali por seu interesse, que pode
convergir em prol de um único objetivo.
Mas, tal alinhamento de interesses, assim
como o pensamento focado e orientado,
lúcido para tomada de decisões, são
abstrações, ficções que não existem na
realidade organizacional.
- Aproximando da realidade:
- Herbert Simon (1955), Douglas North
(1991), Hheuristics and biases
(Kahneman & Tversky, 1973; Kahneman,
Slovic & Tversky, 1982; Tversky &
Kahneman, 1974), Prospect Theory
(Kahneman & Tversky, 1979).
- Cognitive constraints + Shared Believes
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MODELOS E A REALIDADE
- Estamos em Ciências Sociais Aplicadas (não em química, física,
astronomia, artes, teologia, biologia, medicina, etc)
- Os modelos econômicos, sociológicos, e de psicologia que
aplicamos não representam perfeitamente as organizações em
sociedade, são mapas, falhos e em desenvolvimento, portanto dois
cuidados:
- (1) Cuidado para não se confundir com o homem econômico
do modelo. Sim, existe a propensão de você ser orientado
apenas pelo seu auto-interesse, parece ser natural isso no ser
humano.
- (2) Cuidado para não gerenciar uma empresa achando que tudo
que existe é o modelo, pois ele é falho, e ele foi desenvolvido
para um mundo de 40 anos atrás. A sociedade muda mais
rápido que os modelos.
- (3) Cuidado pois vai se tornar obsoleto. O que vai acontecer
(sem a continua reflexão) é que você vai operar com o mesmo
modelo de mundo por meses ou anos, o que vai te levar ao
fracasso organizacional caso você esteja em um trecho da
sociedade que não opera mais daquela forma (nota: a sociedade
não muda de forma homogênea, identifique em que trecho você
opera)
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CONCEITOS PRELIMINARES
- Organizações são reunião de indivíduos, com um objetivo comum
‘organizacional’ (da organização), com suas funções (cargos e
condições de trabalho e incentivos), estruturados segundo uma
coordenação hierárquica. (existe ampla debate sobre o conceito de
‘organização’!)
- Ex. Organization: “a ‘decided social order’ composed of five
elements (membership, rules, hierarchies, monitoring, and
sanctions) which rest on decisions.” (Ahrne, Brunsson, and Seidl,
2016)
- But, “in realm of societal subsystems, such as economy or science,
decisions do not always originate in organizations. Using the
example of families, which are not formal organizations but still
make decisions” (Apelt et al, 2017)
- Agency – “engajamento temporalmente construído por atores em
diferentes ambientes estruturados, que através de hábitos,
imaginação e julgamento, tanto reproduz quanto transforma estas
estruturas em uma resposta aos problemas e situações da
sociedade” (Emirbayer e Mische, 1998)
- Agency theory é um caso, com seus pressupostos.
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CONCEITOS PRELIMINARES
- Instituições são as regras que estruturam o comportamento de
organizações, indivíduos e famílias na sociedade.
- Tecnologia é toda solução que pode promover uma melhoria no
funcionamento das organizações. OU seja, melhorar a operação
funcional, ou reduzir o disfuncional. Tais tecnologias podem ser de
“informação”, de “gestão”, de “produção”, etc. Assim, uma nova
lógica de formação das carreiras, cargos e salários, e estrutura de
remuneração, e uma inovação. Assim, como novos sistemas de
informação.
- Processos são sequencia de atividades que transformam
produtos, geram serviços, transferem ou elaboram informações,
desenvolvem pessoas, etc. – ou seja – alteram insumos em novas
condições desejadas.
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 16
ABSTRAINDO: ORGANIZAÇÕES COMO
OBJETOS
O que são e como são constituídos?
Evoluem com o tempo? Melhoram de
forma natural ou se deterioram com
o tempo?
O que é um grupo de?
Como eles se
formam e se
aglutinam?
Laços, ligações e tendências de
colaboração
Comportamentos
típicos de auto-
preservação
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Atenção: Não se trata de
organização de cargos e
funções!!
INTERAÇÕES DA ÁREA de CONHECIMENTO
RISK &
CONTROL
(MMR)
INTERNAL
CONTROLS
(ICC)
CONTROLLERSHIP
METRICS
(CME)
FINANCIAL
ACCOUNTING
(FACC)
FUNDING
VALUATION
ACCOUNTING
SYSTEMS :
DISCLOSURE
GOVERNANCE &
COMPLIANCE
- BEST PRACTICES
- COSO, COBIT
- CONTROL SELF ASSESSMENT
- FRAUD
- CODES OF BUSINESS ETHICS
ACCOUNTING ADVISORY
IFRS
TAX
CARBON CREDIT
TRANSACTION COSTS
STRATEGIC COST MANAGEMENT
EVA & SVA
NON-ACCOUNTING METRICS
VENTURE CAPITAL
PRIVATE EQUITY
BONDS
SHARES
-SHARED SERVICES
-COST SYSTEMS
-BALANCED SCORECARD
-PROJECT & SUPPLY CHAIN COSTS
Por questões de governança,
se o Controller exercer o
Controle Interno ele não
deveria atuar com elaboração
das demonstrações, portanto a
parte de reporting/disclosure
ficaria em outra área.
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A FUNÇÃO DO CONTROLLER
CONTROLE
Internal control.
COORDENAÇÃO
Planning and the Strategic Plan.
Long-Range Financial Plan.
Annual Plan.
APOIO À CONTRATAÇÃO
Performance Measurements and Trends.
Selecting Financial Information System.
Project Risk Management.
Implementing a Successful CRM Solution.
Shared Services.
Information Technology Offshore and
Outsourcing.
Change Management.
GERAÇÃO DE INFORMAÇÃO
Sales.
Distribution Expenses.
Direct Materials and Labor.
Overhead.
General and Administrative
Expenses.
Cash and Investments.
Receivables.
Inventory.
Property, Plant, and Equipment.
Liabilities.
Equity.
Operational Accounting.
Taxes.
Closing Procedures.
Financial Analysis.
JANICE M. ROEHL-ANDERSON, STEVEN M. BRAGG. The Controller's
Function: The Work of the Managerial Accountant, 3 ed., 480 p, 2004.
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O CONTROLLER NO BRASIL
(Borinelli, 2006)
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O CONTROLLER NO BRASIL
(Borinelli, 2006)
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MECANISMOS NAS EMPRESAS
21
Desde 1993, 12a versão da Suvvey,
envolvendo em 2009, 25 ferramentas, e
1.430 executivos em 70 países na América
Latina e do Norte, Europa e Ásia.
> QUEDA NO USO E SATISFAÇÃO DAS
FERRAMENTAS DE 2006 PARA 2008.
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USO DE FERRAMENTAS
(DANÇA DAS CADEIRAS?)
22
“We classify them as “Power Tools”,
a group of comprising Strategic
Planning, Customer Relationship
Management and Customer
Segmentation.”
“.. All rated above average in both
usage and satisfaction..”
Strategic Planning
1996 – n.1 (83%)
2000 – n.1 (76%)
2006 – n.1 (88%)
2008 – n.2 (67%)
BSC, n.12 (66%)
M&A, n.20 (50%)
SME A. Latina
SMA Europa e A. Norte
Legenda:
SMA = Significamente maior que outras
regiões
SME = Significamente menor que outras
regiões
NS = Diferenças não significantes
Benchmarking:
1996 – n.3 (79%)
2000 – n.3 (69%)
2006 – n.4 (81%)
2008 – n.1 (76%)
SMA Asia
NS
SMA Europa e A. Norte
SME Asia
SMA A.Latina
SME Asia
NS
SME Europa
SMA A.Latina
SME Asia
SME Asia e Europa
SMA A.Latina e A.Norte
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Turnover de executivos nas
ondas de M&A nos anos 80,90
(Krug e Shill, 2008)
QUEM ESTÁ NO COMANDO?
•Acompanharam 23,000 executivos, de 1.000
firmas alvo, durante 17 anos em torno da
aquisição.
•Comparam tendências de taxas de turonver de
executivos antes e depois da aquisição.
•Equipes estáveis de executivos, após o
processo perdem cerca de 20% ou mais de
seus executivos por ano, (mais que o dobro que
firmas não adquiridas), por pelo menos 10 anos
após a aquisição.
•Perda da estabilidade de liderança,
efetividade de decisão e desempenho de longo
prazo.
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- Cuidado com comparações entre regiões e países!
pela teoria organizacional e de estratégia:
- Ambiente e estratégia influenciam “organização”
(Chandler,1969, Williamson,1975);
- Ou da organização emerge a estratégia, como resposta ao
ambiente (Roberts, 2004; Teece, 2009).
Impactos de crises (qual o impacto?)
[1994 - crise do México; 1997 - crise Asiática; 1998 - crise da Rússia;
2007 - commodities; 2007 – subprime, 2008 - crise energética na
Ásia; 2008 – crise energética Bulgária]
Turnover de executivos nas ondas de M&A nos anos 80,90
(Krug e Shill, 2008)
ALGUNS QUESTIONAMENTOS...
SE...
FATOS...
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O FUTURO DA CONTROLADORIA
• Controller como um informante do futuro
(chief business intelligence officer – CBIO)
(Pipkin)
• Catalizador da mudança, incluindo: (i) uma
missão como parte integrante do processo de
tomada de decisão; (ii) equipe estruturada e
preparada; (iii) DSS à altura (Pipkin);
• Strategic business accounting, além da
contabilidade gerencial (novo rótulo apenas?)
(Pipkin);
• Estrutura flexível e alinhada; equipe matricial
(Pipkin);
• Implantação de Shared Service para a função
(EY, 2007);
• Habilidades: Comunicação e Liderança! (EY,
2007)
Desafios do Financial Controller (EY,
2007)
Agregar valor!
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O FUTURO DA CONTROLADORIA
Tipo de atuação da área (EY, 2007)
Qual o seu estilo?
Aumento do valor
Associado ao setor de atividade
Habilidades (EY, 2007)
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O que molda processos de Controladoria?
PROCESSO
DE NEGÓCIO
“MELHORES PRÁTICAS”
ERP
BI
DW
ITIL
COBIT
ARRANJOS
COMPLIANCE >>
COSO
RECURSOS >> MAPEAMENTO
DE PROCESSOS
FUNÇÃO
GERENCIAL
1. DECISÃO
2. CONTROLE
FUNDAMENTOS
PROCESSOS
PRÁTICAS E
TÉCNICAS
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TEORIA (contratual) DA FIRMA
Armen Alchian
University of California
at Los Angeles (UCLA)
Ronald Coase
(Nobel Prize,
1991)
"for his
discovery and
clarification of
the significance
of transaction
costs and
property rights
for the
institutional
structure and
functioning of
the economy"
Oliver
Williamson
Nobel Prize,
2009
"for his analysis
of economic
governance,
especially the
boundaries of
the firm"
Michael Jensen
Harvard
Business School
With
William
Meckling
Harold Demsetz
University of California
at Los Angeles (UCLA)
Herbert A.
Simon (1916 –
2001)
(Nobel Prize,
1978)
"for his
pioneering
research into
the decision-
making process
within economic
organizations.”
Oliver Hart
Professor of
Economics at
Harvard
University
With
Sanford
Grossman
Bases:
Custos de mensuração de equ
Custos de agência;
Custos de transação.
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TEORIAS DA FIRMA (outras vertentes)
Chester Irving
Barnard
(1886 – 1961)
“Functions of
the Executive”,
1938.
” organizations
as systems of
cooperation of
human activity”
Edith E. T.
Penrose
(1914 –1996)
“The Theory of
the Growth of
the Firm”,
1959.
“the firm as a
bundle of
[human]
resources”
“…individuals and groups tend to
‘satisfice’—that is, to attempt
to attain realistic goals, rather
than maximise a utility or
profit function.”..
“..different individuals and
groups within it have their own
aspirations and conflicting
interests, and that firm
behaviour is the weighted
outcome of these conflicts.”…
Richard
Michael Cyert
(1921 – 1998)
"A Behavioral
Theory of
Decision
Making“, 1963.
With
James Gardner
March
Bases:
Cooperação;
Capacitações dinâmicas;
Custos de transação dinâmic
David J. Teece
Haas School of Business, University of California,
Berkeley
“Dynamic Capabilities and Strategic
Management”, Strategic Management Journal,
18(7), 509-533 (1997).
With:
Gary Pisano
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BASES DA DISCUSSÃO: M-FORM
Alfred P. Sloan
the former president and
chairman of General
Motors
1936: Assuming the role of
inspector, GM president
Alfred P. Sloan looks over
the new 1937 Buick models
rolling off the assembly
plant with Buick president
Harlow H. Curtice
www.guardian.co.uk
1950s: Factory workers
tend to Buick
automobiles on the
assembly line at the
company's assembly
plant
www.guardian.co.uk
Pierre S. du Pont -
1915
great-grandson of E.I.
du Pont, the company's
founder.
Cellophane - DuPont
began production
in Buffalo , large
quantities, for military
use.
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O que um executivo na M-FORM faz?
Oliver
Williamson
Nobel Prize, 2009
"for his analysis of
economic
governance,
especially the
boundaries of the
firm"
-Identifica as atividades econômicas separáveis
dentro da firma e as agrupa;
-Garante existência à tais unidades quase-
autônomas;
-Monitora a eficiência das mesmas (centros de
lucro);
-Oferece incentivos;
-Aloca fluxo de caixa segundo o melhor uso;
-Realiza planejamento estratégico.
(Williamson, 1985, p.284)
M-FORM (Multidivisional firm)
Surgiu como resposta à U-FORM (Unitary
firm)
que possuia excessivos níveis
hierárquicos, accountability confusa de
funções sobrepostas, baixa produtividade
de gerentes
(Romme, 1996)
ISNIE, 2009
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BREVE REVISÃO CONCEITUAL
• O que é controladoria de empresas?
• O que é uma empresa? (firma ou organização)?
– O que é uma firma (ou organização)?
– Uma reunião de recursos, com uma coordenação
central, que surge como mecanismo auxiliar ao
mecanismo de preço (Alchian & Demsetz, 1972;
Coase, 1937)
– O problema da mensuração de equipes (Alchian &
Demsetz, 1972)
– Problema de Agência (Jensen & Mecking, 1976, Hart
& Moore, 1990, Holmström, 1979).
– Exemplos: Crusoe, Carregadores de piano, empresas
familiares.
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ESTAGIOS DE COORDENAÇÃO DE EQUIPES


Crusoe Crusoe e Sexta Feira
Equipe simples
Pequena empresa
Inter-firmas
 

 













tn
Problema: como consumir
recursos escassos
Problema: como e QUEM deve
consumir os recursos escassos,
propriedade
Problema: quem contribui mais
com o desempenho da equipe?




P
P/M P/M
P/M
Ag/M
Agj
Agj
Agj
P
P P
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• Para que mensurar desempenho das atividades em
uma firma? Isso tem custo? Se sim, porque pessoas
empregam recursos em fazê-lo?
• Se eu mudar o método mudo o resultado? Se sim,
qual deles representa a realidade?
• O que é decisão? O que é controle? Isso é natural
ou decorre de práticas implantadas ou mesmo
impostas em organizações humanas?
• Porque as empresas não alcançam o lucro ótimo
(first best)? De n possibilidades (contando
combinações de movimentos dos vários players –
internos e externos), porque não antecipam a de
lucro máximo?
BREVE REVISÃO CONCEITUAL
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SERIA RAZOÁVEL ASSUMIRMOS
• Informação é assimétrica entre agentes no mercado
– razão de atuação da contabilidade;
• Agentes tem capacidade limitada de processar e
chegar a alternativas – cognição limitada (Simon,
1959), racionais-econômicos;
• Agentes têm vontade própria;
• Agentes contribuem de forma individual;
• Portanto, efeito sinergia no trabalho e ativos
intelectuais específicos (Penrose, 1959, Teece,
1997);
• Portanto: Ut Ag < > Ut Firma, e precisa ser feito
certo esforço para alinhá-los.
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CUSTOS DE AGÊNCIA
• Relação de Agência: “contrato sob o qual uma ou mais
pessoas (principal) emprega uma outra pessoa (agente) para
executar em seu nome um serviço que implique a delegação
de algum poder de decisão ao agente (Jensen & Meckling,
1976)
• Sendo ambos maximizadores de utilidade, o Agente nem
sempre agirá segundo os interesses do Principal.
• O Principal pode limitar tais divergências aplicando
incentivos e monitorando. A parcela não evitada gerará um
equivalente monetário da redução de bem-estar vivenciada
pelo principal devido à divergência, custo residual.
• Custos de agência é a soma de:
– Despesas de monitoramento por parte do Principal;
– Despesas de concessão de garantias contratuais por parte
do agente;
– Custo residual.
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CONCEITOS ADICIONAIS
• Os contratos (transações entre empresas e/ou
consumidores e/ou funcionários) sempre são
respeitados?
• Direitos de propriedade imperfeitos (Barzel, 1989;
Coase, 1959, 1961)
• Custos de transação (Coase, 1937, 1961,
Wiliamson, 1975)
• Ativos específicos, quase renda e hold up (Klein,
Crawford & Achian, 1978)
Exemplos: Joint venture de tecnologia.
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QUAL A UNIDADE DE GERAÇÃO DE
VALOR?







P/M
Ag/M
Agj
Ag1
Ag2
Ag3
Ag4
Area A Area B
Atividades
At1
At2
At3
.
.
.
Atm
Transações
Tr1
Tr2
Tr3
.
.
.
Trn
Recursos
humanos
Rec1 = Ag1
Rec2 = Ag2
Rec3 = Ag3
.
.
.
Recj = Agj
Demais
Recursos
RecA = Area A
RecB = Area B
RecF = da Firma
.
.
.
Rec X = AreaX
Como ligar o desempenho de cada transacao, com o recursos que a
geram?
Como separar esse efeito no tempo?
Objetivos:
(i) Decisao; e
(ii) Controle (influenciar comportamento de individuos UtAg =
UtFirma)
Desempenho
1,tk, …, 1,tk+10
2, tk, …, 2, tk+10
3, tk, …, 3, tk+10
.
.
.
n, tk, …, n, tk+10
<< Inputs>> << Outputs>>
<Processos/Atividades>
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Como “equilibrar” uma
organização
“..Although the popular press and existing literature on organizations are
replete with jargon—TQM, reengineering, outsourcing, teaming, venturing,
empowerment, and corporate culture—they fail to provide managers with a
systematic, comprehensive framework for examining organizational
problems.” (Brickley et al, 2015, viii)
Survival of the Fittest!!
Economic Darwinism:
wellcrafted
organizational
architecture + business
strategy (potential for
value creation)
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Models of behavior
Qual usar? O que move equipes?
• Only-Money-Matters Model (monetary
compensation)
• Good-Citizen Model (they take pride in their
work)
• Product-of-the-Environment Model
Rational choices (decision making):
• Custos de oportunidade
• Decisão sob incerteza
• Vieses cognitivos (efeito memória,
shortermism, path dependence e ancoragem,
sistema 1 e 2, etc)
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Fontes especializadas
www.cfo.com
www.cio.com

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  • 1. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Introdução à Controladoria Aulas 1 e 2 2019 André Carlos Busanelli de Aquino, Prof. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - FEARP/USP Av. Bandeirantes 3900 - Monte Alegre - CEP 14040-900 Ribeirão Preto - SP Tel. (16)3602-3899 ou (16)3602-4972 E-mail: aaquino@usp.br
  • 2. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Conceito central da disciplina (de Brickley et al, 2015) A) Essência da ideia: Survival of the Fittest!! Economic Darwinism: wellcrafted organizational architecture + business strategy (potential for value creation) B) O que falta (minha opinião) - Noção mais clara de Agency - Discussão de pressupostos de comportamento - Comportamento social (em grupo) - Como são tratados Erros Organizacionais Como “equilibrar” uma organização “..Although the popular press and existing literature on organizations are replete with jargon—TQM, reengineering, outsourcing, teaming, venturing, empowerment, and corporate culture—they fail to provide managers with a systematic, comprehensive framework for examining organizational problems.” (Brickley et al, 2015, viii)
  • 3. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 1. Objetivos da disciplina 2. Mercado, Organizações vs. Instituições 3. O que seria Controladoria: breve definição 4. Breve introdução das Funções do Controller 5. Interações da área de conhecimento 6. O Controller no Brasil 7. O que é a firma: Alchian & Demsetz 1972 8. M-Form e outras formas AGENDA
  • 4. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Fatores que geraram condições para crise de crédito: •Cultura de tomada de risco; •Não precificação do risco; •Sistemas de recompensa; •Falta de transparência. Incentivos e comportamento?
  • 5. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Maiores preocupações com os esquemas de remuneração: • Indicadores e remuneração com foco no curso prazo; • Falta de alinhamento entre incentivo e desempenho da empresa; • Falta de alinhamento entre incentivo e risco. Incentivos e comportamento?
  • 6. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Maiores riscos de alterar os atuais esquema •Reter talentos; •Perder vantagem competitiva; •Reduzir motivação; •Perda de incentivos. Incentivos e comportamento?
  • 7. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Expor bases da abordagem econômica de controle de empresas. Em detalhes: - Introduzir os aspectos internos de uma “organização” (complementando a visão de mercado); - Introduzir efeitos institucionais na análise da organização; - Posicionar a controladoria na dinâmica organizacional (qual é a função, que brecha ela se propõe a preencher no funcionamento da organização, o que é o “disfuncional” que decorre de falhas da controladoria, quais interações com as outras partes da empresa, quais os processos típicos, quem os executa, quais principais “artefatos” ou soluções de mercado existentes hoje); - Como se muda uma organização? Introduzir questões de “change managament”; - Ampliar discussões em organizações sem fins lucrativos; - Destacar outras formas organizacionais, como alianças, redes e networks. OBJETIVO detalhado DA DISCIPLINA
  • 8. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Até então ‘black-box’ e suas variações: campo com diversos players, como unidades de decisão que respondem ao ‘mercado’, e fazem escolhas no sentido de maximizar o valor da organização. - Abordagem útil para ensino de macroeconomia, finanças corporativas, finanças de mercados e microeconomia neo-clássica. - Neste cenário, não se analisa o executivo, o grupo de executivos, a segregação de funções, o fluxo de informação interno à empresa, as diversas formas de empresa, - Mas utiliza-se ‘estereótipos’ para essa unidade decisora (unidade de resposta à pressão competitiva, oferta-demanda), que desenha estratégias ótimas para estrutura de mercado que se apresenta. - Vejam figuras a seguir. A ABORDAGEM DA DISCIPLINA
  • 9. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A ABORDAGEM DA DISCIPLINA - A Sociedade (i) - Imersas todos tipos de relações comerciais, que são aprimoradas e influenciadas pela tecnologia e pela própria mudança da sociedade em si, seus valores morais & éticos, formas de governo e de produção, limites geopolíticos, formas de dominação, esgotamento ou descoberta de recursos naturais essenciais, etc. A tempos , tanto comerciantes têm tentado entender a sociedade, como ela opera. - Especificamente economistas, administradores, cientistas sociais em geral têm procurado explicações para este funcionamento, a princípio como único modelo de saber como prosperar (antigos mercados do mediterrâneo no comércios de especiarias), depois como forma de ciência, e nascimento da indústria profissional de consultoria como conhecemos hoje para vender tal conhecimento, ou seja, como funciona o mercado? E como devem operar as organizações?
  • 10. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A ABORDAGEM DA DISCIPLINA - Os Modelos (ii) Então os modelos começam a mostra algo assim: - existe uma competição em curso, recursos são escassos, e segundo uma relação oferta e demanda, surgem estruturas de mercado que moldam a competição. - O uso de diversas formas de poder (como controle sobre insumos e matéria prima) pode ser decisivo na competição. Mas também a produção a preços competitivos, de propostas de valor diferenciado, com base de inovação e uso do conhecimento mais avançado.
  • 11. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A ABORDAGEM DA DISCIPLINA - Pressupostos e visões (iii) - O super-executivo estrategista - Domínio de análises racionais e planejadas, de um “tomador de decisão”, - Modelos estigmatizam esse tomador de decisão como um super-executivo, racional, com pensamento estruturado e orientado, focado em aumento do valor da empresa. - Modelos recentes de behavior finance propõem limitações a tomada de decisão racional (ex. framing effect de K & T)
  • 12. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A ABORDAGEM DA DISCIPLINA - A realidade! (iv) - Na maior parte das vezes o que acontece é isso: necessidade de organização de múltiplos agentes, em diferentes níveis de preparação, interesse, crenças e visões de mundo. - Ambiente com interesses diversos, cada qual ali por seu interesse, que pode convergir em prol de um único objetivo. Mas, tal alinhamento de interesses, assim como o pensamento focado e orientado, lúcido para tomada de decisões, são abstrações, ficções que não existem na realidade organizacional. - Aproximando da realidade: - Herbert Simon (1955), Douglas North (1991), Hheuristics and biases (Kahneman & Tversky, 1973; Kahneman, Slovic & Tversky, 1982; Tversky & Kahneman, 1974), Prospect Theory (Kahneman & Tversky, 1979). - Cognitive constraints + Shared Believes
  • 13. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO MODELOS E A REALIDADE - Estamos em Ciências Sociais Aplicadas (não em química, física, astronomia, artes, teologia, biologia, medicina, etc) - Os modelos econômicos, sociológicos, e de psicologia que aplicamos não representam perfeitamente as organizações em sociedade, são mapas, falhos e em desenvolvimento, portanto dois cuidados: - (1) Cuidado para não se confundir com o homem econômico do modelo. Sim, existe a propensão de você ser orientado apenas pelo seu auto-interesse, parece ser natural isso no ser humano. - (2) Cuidado para não gerenciar uma empresa achando que tudo que existe é o modelo, pois ele é falho, e ele foi desenvolvido para um mundo de 40 anos atrás. A sociedade muda mais rápido que os modelos. - (3) Cuidado pois vai se tornar obsoleto. O que vai acontecer (sem a continua reflexão) é que você vai operar com o mesmo modelo de mundo por meses ou anos, o que vai te levar ao fracasso organizacional caso você esteja em um trecho da sociedade que não opera mais daquela forma (nota: a sociedade não muda de forma homogênea, identifique em que trecho você opera)
  • 14. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CONCEITOS PRELIMINARES - Organizações são reunião de indivíduos, com um objetivo comum ‘organizacional’ (da organização), com suas funções (cargos e condições de trabalho e incentivos), estruturados segundo uma coordenação hierárquica. (existe ampla debate sobre o conceito de ‘organização’!) - Ex. Organization: “a ‘decided social order’ composed of five elements (membership, rules, hierarchies, monitoring, and sanctions) which rest on decisions.” (Ahrne, Brunsson, and Seidl, 2016) - But, “in realm of societal subsystems, such as economy or science, decisions do not always originate in organizations. Using the example of families, which are not formal organizations but still make decisions” (Apelt et al, 2017) - Agency – “engajamento temporalmente construído por atores em diferentes ambientes estruturados, que através de hábitos, imaginação e julgamento, tanto reproduz quanto transforma estas estruturas em uma resposta aos problemas e situações da sociedade” (Emirbayer e Mische, 1998) - Agency theory é um caso, com seus pressupostos.
  • 15. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CONCEITOS PRELIMINARES - Instituições são as regras que estruturam o comportamento de organizações, indivíduos e famílias na sociedade. - Tecnologia é toda solução que pode promover uma melhoria no funcionamento das organizações. OU seja, melhorar a operação funcional, ou reduzir o disfuncional. Tais tecnologias podem ser de “informação”, de “gestão”, de “produção”, etc. Assim, uma nova lógica de formação das carreiras, cargos e salários, e estrutura de remuneração, e uma inovação. Assim, como novos sistemas de informação. - Processos são sequencia de atividades que transformam produtos, geram serviços, transferem ou elaboram informações, desenvolvem pessoas, etc. – ou seja – alteram insumos em novas condições desejadas.
  • 16. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 16 ABSTRAINDO: ORGANIZAÇÕES COMO OBJETOS O que são e como são constituídos? Evoluem com o tempo? Melhoram de forma natural ou se deterioram com o tempo? O que é um grupo de? Como eles se formam e se aglutinam? Laços, ligações e tendências de colaboração Comportamentos típicos de auto- preservação
  • 17. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Atenção: Não se trata de organização de cargos e funções!! INTERAÇÕES DA ÁREA de CONHECIMENTO RISK & CONTROL (MMR) INTERNAL CONTROLS (ICC) CONTROLLERSHIP METRICS (CME) FINANCIAL ACCOUNTING (FACC) FUNDING VALUATION ACCOUNTING SYSTEMS : DISCLOSURE GOVERNANCE & COMPLIANCE - BEST PRACTICES - COSO, COBIT - CONTROL SELF ASSESSMENT - FRAUD - CODES OF BUSINESS ETHICS ACCOUNTING ADVISORY IFRS TAX CARBON CREDIT TRANSACTION COSTS STRATEGIC COST MANAGEMENT EVA & SVA NON-ACCOUNTING METRICS VENTURE CAPITAL PRIVATE EQUITY BONDS SHARES -SHARED SERVICES -COST SYSTEMS -BALANCED SCORECARD -PROJECT & SUPPLY CHAIN COSTS Por questões de governança, se o Controller exercer o Controle Interno ele não deveria atuar com elaboração das demonstrações, portanto a parte de reporting/disclosure ficaria em outra área.
  • 18. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A FUNÇÃO DO CONTROLLER CONTROLE Internal control. COORDENAÇÃO Planning and the Strategic Plan. Long-Range Financial Plan. Annual Plan. APOIO À CONTRATAÇÃO Performance Measurements and Trends. Selecting Financial Information System. Project Risk Management. Implementing a Successful CRM Solution. Shared Services. Information Technology Offshore and Outsourcing. Change Management. GERAÇÃO DE INFORMAÇÃO Sales. Distribution Expenses. Direct Materials and Labor. Overhead. General and Administrative Expenses. Cash and Investments. Receivables. Inventory. Property, Plant, and Equipment. Liabilities. Equity. Operational Accounting. Taxes. Closing Procedures. Financial Analysis. JANICE M. ROEHL-ANDERSON, STEVEN M. BRAGG. The Controller's Function: The Work of the Managerial Accountant, 3 ed., 480 p, 2004.
  • 19. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO O CONTROLLER NO BRASIL (Borinelli, 2006)
  • 20. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO O CONTROLLER NO BRASIL (Borinelli, 2006)
  • 21. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO MECANISMOS NAS EMPRESAS 21 Desde 1993, 12a versão da Suvvey, envolvendo em 2009, 25 ferramentas, e 1.430 executivos em 70 países na América Latina e do Norte, Europa e Ásia. > QUEDA NO USO E SATISFAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE 2006 PARA 2008.
  • 22. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USO DE FERRAMENTAS (DANÇA DAS CADEIRAS?) 22 “We classify them as “Power Tools”, a group of comprising Strategic Planning, Customer Relationship Management and Customer Segmentation.” “.. All rated above average in both usage and satisfaction..” Strategic Planning 1996 – n.1 (83%) 2000 – n.1 (76%) 2006 – n.1 (88%) 2008 – n.2 (67%) BSC, n.12 (66%) M&A, n.20 (50%) SME A. Latina SMA Europa e A. Norte Legenda: SMA = Significamente maior que outras regiões SME = Significamente menor que outras regiões NS = Diferenças não significantes Benchmarking: 1996 – n.3 (79%) 2000 – n.3 (69%) 2006 – n.4 (81%) 2008 – n.1 (76%) SMA Asia NS SMA Europa e A. Norte SME Asia SMA A.Latina SME Asia NS SME Europa SMA A.Latina SME Asia SME Asia e Europa SMA A.Latina e A.Norte
  • 23. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Turnover de executivos nas ondas de M&A nos anos 80,90 (Krug e Shill, 2008) QUEM ESTÁ NO COMANDO? •Acompanharam 23,000 executivos, de 1.000 firmas alvo, durante 17 anos em torno da aquisição. •Comparam tendências de taxas de turonver de executivos antes e depois da aquisição. •Equipes estáveis de executivos, após o processo perdem cerca de 20% ou mais de seus executivos por ano, (mais que o dobro que firmas não adquiridas), por pelo menos 10 anos após a aquisição. •Perda da estabilidade de liderança, efetividade de decisão e desempenho de longo prazo.
  • 24. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Cuidado com comparações entre regiões e países! pela teoria organizacional e de estratégia: - Ambiente e estratégia influenciam “organização” (Chandler,1969, Williamson,1975); - Ou da organização emerge a estratégia, como resposta ao ambiente (Roberts, 2004; Teece, 2009). Impactos de crises (qual o impacto?) [1994 - crise do México; 1997 - crise Asiática; 1998 - crise da Rússia; 2007 - commodities; 2007 – subprime, 2008 - crise energética na Ásia; 2008 – crise energética Bulgária] Turnover de executivos nas ondas de M&A nos anos 80,90 (Krug e Shill, 2008) ALGUNS QUESTIONAMENTOS... SE... FATOS...
  • 25. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO O FUTURO DA CONTROLADORIA • Controller como um informante do futuro (chief business intelligence officer – CBIO) (Pipkin) • Catalizador da mudança, incluindo: (i) uma missão como parte integrante do processo de tomada de decisão; (ii) equipe estruturada e preparada; (iii) DSS à altura (Pipkin); • Strategic business accounting, além da contabilidade gerencial (novo rótulo apenas?) (Pipkin); • Estrutura flexível e alinhada; equipe matricial (Pipkin); • Implantação de Shared Service para a função (EY, 2007); • Habilidades: Comunicação e Liderança! (EY, 2007) Desafios do Financial Controller (EY, 2007) Agregar valor!
  • 26. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO O FUTURO DA CONTROLADORIA Tipo de atuação da área (EY, 2007) Qual o seu estilo? Aumento do valor Associado ao setor de atividade Habilidades (EY, 2007)
  • 27. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO O que molda processos de Controladoria? PROCESSO DE NEGÓCIO “MELHORES PRÁTICAS” ERP BI DW ITIL COBIT ARRANJOS COMPLIANCE >> COSO RECURSOS >> MAPEAMENTO DE PROCESSOS FUNÇÃO GERENCIAL 1. DECISÃO 2. CONTROLE FUNDAMENTOS PROCESSOS PRÁTICAS E TÉCNICAS
  • 28. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO TEORIA (contratual) DA FIRMA Armen Alchian University of California at Los Angeles (UCLA) Ronald Coase (Nobel Prize, 1991) "for his discovery and clarification of the significance of transaction costs and property rights for the institutional structure and functioning of the economy" Oliver Williamson Nobel Prize, 2009 "for his analysis of economic governance, especially the boundaries of the firm" Michael Jensen Harvard Business School With William Meckling Harold Demsetz University of California at Los Angeles (UCLA) Herbert A. Simon (1916 – 2001) (Nobel Prize, 1978) "for his pioneering research into the decision- making process within economic organizations.” Oliver Hart Professor of Economics at Harvard University With Sanford Grossman Bases: Custos de mensuração de equ Custos de agência; Custos de transação.
  • 29. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO TEORIAS DA FIRMA (outras vertentes) Chester Irving Barnard (1886 – 1961) “Functions of the Executive”, 1938. ” organizations as systems of cooperation of human activity” Edith E. T. Penrose (1914 –1996) “The Theory of the Growth of the Firm”, 1959. “the firm as a bundle of [human] resources” “…individuals and groups tend to ‘satisfice’—that is, to attempt to attain realistic goals, rather than maximise a utility or profit function.”.. “..different individuals and groups within it have their own aspirations and conflicting interests, and that firm behaviour is the weighted outcome of these conflicts.”… Richard Michael Cyert (1921 – 1998) "A Behavioral Theory of Decision Making“, 1963. With James Gardner March Bases: Cooperação; Capacitações dinâmicas; Custos de transação dinâmic David J. Teece Haas School of Business, University of California, Berkeley “Dynamic Capabilities and Strategic Management”, Strategic Management Journal, 18(7), 509-533 (1997). With: Gary Pisano
  • 30. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO BASES DA DISCUSSÃO: M-FORM Alfred P. Sloan the former president and chairman of General Motors 1936: Assuming the role of inspector, GM president Alfred P. Sloan looks over the new 1937 Buick models rolling off the assembly plant with Buick president Harlow H. Curtice www.guardian.co.uk 1950s: Factory workers tend to Buick automobiles on the assembly line at the company's assembly plant www.guardian.co.uk Pierre S. du Pont - 1915 great-grandson of E.I. du Pont, the company's founder. Cellophane - DuPont began production in Buffalo , large quantities, for military use.
  • 31. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO O que um executivo na M-FORM faz? Oliver Williamson Nobel Prize, 2009 "for his analysis of economic governance, especially the boundaries of the firm" -Identifica as atividades econômicas separáveis dentro da firma e as agrupa; -Garante existência à tais unidades quase- autônomas; -Monitora a eficiência das mesmas (centros de lucro); -Oferece incentivos; -Aloca fluxo de caixa segundo o melhor uso; -Realiza planejamento estratégico. (Williamson, 1985, p.284) M-FORM (Multidivisional firm) Surgiu como resposta à U-FORM (Unitary firm) que possuia excessivos níveis hierárquicos, accountability confusa de funções sobrepostas, baixa produtividade de gerentes (Romme, 1996) ISNIE, 2009
  • 32. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO BREVE REVISÃO CONCEITUAL • O que é controladoria de empresas? • O que é uma empresa? (firma ou organização)? – O que é uma firma (ou organização)? – Uma reunião de recursos, com uma coordenação central, que surge como mecanismo auxiliar ao mecanismo de preço (Alchian & Demsetz, 1972; Coase, 1937) – O problema da mensuração de equipes (Alchian & Demsetz, 1972) – Problema de Agência (Jensen & Mecking, 1976, Hart & Moore, 1990, Holmström, 1979). – Exemplos: Crusoe, Carregadores de piano, empresas familiares.
  • 33. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESTAGIOS DE COORDENAÇÃO DE EQUIPES   Crusoe Crusoe e Sexta Feira Equipe simples Pequena empresa Inter-firmas                   tn Problema: como consumir recursos escassos Problema: como e QUEM deve consumir os recursos escassos, propriedade Problema: quem contribui mais com o desempenho da equipe?     P P/M P/M P/M Ag/M Agj Agj Agj P P P
  • 34. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO • Para que mensurar desempenho das atividades em uma firma? Isso tem custo? Se sim, porque pessoas empregam recursos em fazê-lo? • Se eu mudar o método mudo o resultado? Se sim, qual deles representa a realidade? • O que é decisão? O que é controle? Isso é natural ou decorre de práticas implantadas ou mesmo impostas em organizações humanas? • Porque as empresas não alcançam o lucro ótimo (first best)? De n possibilidades (contando combinações de movimentos dos vários players – internos e externos), porque não antecipam a de lucro máximo? BREVE REVISÃO CONCEITUAL
  • 35. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO SERIA RAZOÁVEL ASSUMIRMOS • Informação é assimétrica entre agentes no mercado – razão de atuação da contabilidade; • Agentes tem capacidade limitada de processar e chegar a alternativas – cognição limitada (Simon, 1959), racionais-econômicos; • Agentes têm vontade própria; • Agentes contribuem de forma individual; • Portanto, efeito sinergia no trabalho e ativos intelectuais específicos (Penrose, 1959, Teece, 1997); • Portanto: Ut Ag < > Ut Firma, e precisa ser feito certo esforço para alinhá-los.
  • 36. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CUSTOS DE AGÊNCIA • Relação de Agência: “contrato sob o qual uma ou mais pessoas (principal) emprega uma outra pessoa (agente) para executar em seu nome um serviço que implique a delegação de algum poder de decisão ao agente (Jensen & Meckling, 1976) • Sendo ambos maximizadores de utilidade, o Agente nem sempre agirá segundo os interesses do Principal. • O Principal pode limitar tais divergências aplicando incentivos e monitorando. A parcela não evitada gerará um equivalente monetário da redução de bem-estar vivenciada pelo principal devido à divergência, custo residual. • Custos de agência é a soma de: – Despesas de monitoramento por parte do Principal; – Despesas de concessão de garantias contratuais por parte do agente; – Custo residual.
  • 37. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CONCEITOS ADICIONAIS • Os contratos (transações entre empresas e/ou consumidores e/ou funcionários) sempre são respeitados? • Direitos de propriedade imperfeitos (Barzel, 1989; Coase, 1959, 1961) • Custos de transação (Coase, 1937, 1961, Wiliamson, 1975) • Ativos específicos, quase renda e hold up (Klein, Crawford & Achian, 1978) Exemplos: Joint venture de tecnologia.
  • 38. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO QUAL A UNIDADE DE GERAÇÃO DE VALOR?        P/M Ag/M Agj Ag1 Ag2 Ag3 Ag4 Area A Area B Atividades At1 At2 At3 . . . Atm Transações Tr1 Tr2 Tr3 . . . Trn Recursos humanos Rec1 = Ag1 Rec2 = Ag2 Rec3 = Ag3 . . . Recj = Agj Demais Recursos RecA = Area A RecB = Area B RecF = da Firma . . . Rec X = AreaX Como ligar o desempenho de cada transacao, com o recursos que a geram? Como separar esse efeito no tempo? Objetivos: (i) Decisao; e (ii) Controle (influenciar comportamento de individuos UtAg = UtFirma) Desempenho 1,tk, …, 1,tk+10 2, tk, …, 2, tk+10 3, tk, …, 3, tk+10 . . . n, tk, …, n, tk+10 << Inputs>> << Outputs>> <Processos/Atividades>
  • 39. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Como “equilibrar” uma organização “..Although the popular press and existing literature on organizations are replete with jargon—TQM, reengineering, outsourcing, teaming, venturing, empowerment, and corporate culture—they fail to provide managers with a systematic, comprehensive framework for examining organizational problems.” (Brickley et al, 2015, viii) Survival of the Fittest!! Economic Darwinism: wellcrafted organizational architecture + business strategy (potential for value creation)
  • 40. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Models of behavior Qual usar? O que move equipes? • Only-Money-Matters Model (monetary compensation) • Good-Citizen Model (they take pride in their work) • Product-of-the-Environment Model Rational choices (decision making): • Custos de oportunidade • Decisão sob incerteza • Vieses cognitivos (efeito memória, shortermism, path dependence e ancoragem, sistema 1 e 2, etc)
  • 41. FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Fontes especializadas www.cfo.com www.cio.com

Notas do Editor

  1. Programa Resumido Teoria dos contratos, assimetria de informações, escolha sob incerteza, teoria de agência.  Programa 1. Funções do controller, importância de finanças em controladoria, conceitos básicos de governança corporativa 2. Externalidades e Políticas Públicas 3. Teoria dos contratos 4. Assimetria de informações 4.1 Risco moral e seleção adversa 5. Teoria de Agência 6. Teoria dos Jogos
  2. Abstract:  Purpose – The purpose of this paper is to report the results of a ten-year study on the effects of mergers and acquisitions (M&As) on target company executives and discusses the importance of managing leadership issues during the merger integration process.  Design/methodology/approach – We followed the careers of more than 23,000 executives in over 1,000 target firms during a 17-year period surrounding the acquisition. We then compared trends in executive turnover rates before and after the acquisition to understand the long-term leadership effects of M&As.  Findings – Target company executive teams are generally stable before they are acquired. Following acquisition, however, firms can expect to lose 21 percent or more of their executives each year – more than double that experienced in non-merged firms – for at least ten years after the acquisition.  Practical implications – Results show that M&As destroy whatever leadership stability target firms may have had prior to acquisition. The problem is to identify leadership instability when it occurs, understand the underlying causes, and take action to restore leadership stability in ways that increase decision making effectiveness and enhance long-term performance.  Originality/value – In total, roughly ten years were spent compiling the data reported in this study. Given the labor intensity and length of time needed for such an effort, it is highly unlikely that a comparable database will be compiled again in the near future. This creates a unique opportunity to generate deeper insights into a variety of top management team issues in M&As that can be leveraged to improve the effectiveness of post-merger integration engagements. We expect a variety of insightful findings to emerge as we continue to analyze these data and will report in future articles.
  3. Grossman e Hart (1986) e Hart e Moore (1990) – na relação dentro da firma, empregado geralmente não detém o ativo, mas sim a firma. Quem não detém o ativo tem menos incentivo a desempenhar, pois no caso de uma quebra contratual não leva os ganhos das trocas não realizadas (ou o valor criado da sua cooperação). Quando uma atividade está integrada, e o proprietário detém o ativo, a outra parte tem menor incentivo. Holmstrom e Milgrom (1991) – os incentivos não devem ser maiores possíveis, mas balanceados. Problema multidimensão da tarefa, mais incentivos para quantidades vs para qualidade, (visto que qualidade é mais custosa de ser observada). Tarefas com dimensões dificieis de serem observadas terão menor incentivo. < ao menos H&M(1991) guarda uma relação muito grande com Alchian e Demsetz (1972), sobre o problema da mensuração > Incluindo, Jensen e Meckling (1976), para todos eles o problema de governança é custos de incentivos e monitoramento. Simon (1951) e Coase (1937) – quando um funcionário entre na firma ele aceita o direito do supervisor em dirigir seu comportamento, sobre um mais-ou-menos claro conjunto de atividades comumente entendidas. Para Simon isso seria uma solução à incapacidade de antecipar contingências e ao problema da contratação incompleta. Alchian e Demsetz (1972) e Jensen e Meckling (1976) afirmam que qualquer aparência de autoridade é ilusória. A relação entre empregado e empregador ep similar a de um consumidor-fornecedor. A firma é um nexo de contratos. Quando um consumidor nega a comprar de uma loja, a loja mantém o inventário, ferramentas, e outras consumidores existentes. Quando um empregado deixa a empresa, ele é tipicamente impedido de ter acesso aos recursos da firma. Ele não pode conduzir negócios usando o nome da firma, as máquinas ou patentes, e provavelmente será impedido de entrar na firma ter acesso às pessoas e redes de contato da firma, certamente para fins comerciais e talvez para fins sociais. Portanto a firma controla o acesso aos recursos, ou seja é proprietária dos ativos e é a única parte comum a todos os contratos de empregados da firma. Controlando o acesso, a firma pode oferecer ou negar a oportunidade para pessoas de criar valor e serem recompensadas por serem parte da firma. O que confere poder à firma, que usa tal poder para especificar “as regras do jogo”. Para prescrever comportamentos, estabelecer conjunto de recompensas e punições, e para controlar relações entre membros da firma como os outsiders. O que criar valor fazendo a empresa um efetivo mecanismo de coordenação e motivação – mais efetivo que simples relações de mercado. Lidando com falhas de mercado. (Roberts, 2004, p.104) Assim, a firma pode existir justamente para fornecer “fracos” incentivos quando os incentivos no mercado são muito fortes (No contexto de multitarefas de H&M, 1991) Um revendedor externo, que vende e coleta informação, pode ter incentivos muito fortes para apenas vender, e usar o tempo adicional para vender produtos de outras marcas. Se colocá-lo dentro da firma, a firma pode diminuir o incentivo dele atender outra marca. Comportamentos: Iniciativa (inteligente, honesto, diligente, criativo esforço na direção de metas individuais) vs Cooperação (promover a melhoria de metas comuns, e dos outros). Como equilibrar isso em um ambiente de multitarefa? Esse equilíbrio depende de como a organização é desenhada!!!!! E lógico depende do esquema de incentivos, mas não só dele. Motivação Problema da externalidade (shirking, free-rider, etc) Ruídos na mensuração e nos incentivos (“randomness in their pay”) – agency theory: o pagamento deveria depender apenas de qualquer medida livremente disponível que seja “informative” sobre os esforços dos agentes (Holmstrom, 1979) “informative” significa que, tomada de forma apropriada, a medida permite uma mais precisa inferência sobre a atual escolha do agente que seria possível sem ela.
  4. According to Chester Barnard, this happens because organizations do not meet the two criteria necessary for survival: effectiveness and efficiency. Effectiveness, is defined the usual way: as being able to accomplish the explicit goals. In contrast, his notion of organizational efficiency is substantially different from the conventional use of the word. He defines efficiency of an organization as the degree to which that organization is able to satisfy the motives of the individuals. If an organization satisfies the motives of its participants, and attains its explicit goals, cooperation among them will last.
  5. As chief of financial operations, Pierre du Pont oversaw the restructuring of the company along modern corporate lines. He created a centralized hierarchical management structure, developed sophisticated accounting and market forecasting techniques, and pushed for diversification and increasing emphasis on research and development. He also introduced the principle of return on investment, a key modern management technique. From 1902 to 1914, Pierre kept a firm rein on the company's growth, but with the onset of World War I he guided DuPont through a period of breakneck expansion financed by advance payments on Allied munitions contracts. Pierre invested in General Motors and DuPont eventually owned 37 percent of the automaker. When General Motors faced bankruptcy in 1920, Pierre left DuPont to take over the automaker. Working with Alfred P. Sloan, Jr., Pierre created a decentralized management structure to cope effectively with the company's widely varying products and markets, an approach adopted at DuPont just a year later. By the time he retired from the Board of Directors in 1928, GM was the largest corporation in the world. Pierre du Pont served as chairman of DuPont's board of directors until 1940. In retirement he demonstrated continued concern for the public welfare, opening his carefully cultivated estate, Longwood Gardens, to the public. Pierre also served on the Delaware State Board of Education, helping finance school construction and pushing for higher public education standards. http://www2.dupont.com/Heritage/en_US/1915_dupont/1915_indepth.html DuPont’s link with General Motors began with Pierre S. du Pont, who bought GM stock in 1914 and watched wartime demand increase its value sevenfold in a year. Despite high profits, though, GM suffered from divided management. In 1915 Pierre was elected a GM director, then board chairman, to help solve that problem, but America’s entry into World War I in 1917 left him little time. After the war GM executive and former DuPont treasurer, John J. Raskob, persuaded DuPont’s directors to invest $25 million in GM. Raskob saw a sure market for DuPont’s artificial leather, plastics and paints; plus the investment would also yield reliable returns. Pierre became GM’s president in 1920, his brother Irénée succeeding him at DuPont. By then DuPont’s GM holdings had doubled, accounting for a third of all GM stock. In 1929 GM stock provided half of DuPont’s total earnings. During the 1920s DuPont and GM developed new refrigerants (GM owned Frigidaire) and antiknock gasoline additives, and DuPont’s Engineering Department helped GM build plants and workers’ housing. Most significantly, however, DuPont adopted the bold restructuring plan that Pierre and Alfred P. Sloan, Jr. successfully implemented at GM. The close relationship between the two companies eventually attracted the attention of federal antitrust prosecutors, who filed suit in 1949. Eight years later the U.S. Supreme Court ruled against DuPont, and in 1961 the company finalized the disposal of its GM shares. Cellophane was invented in Switzerland, and first produced there commercially in 1912. DuPont acquired U.S. patent rights in 1923 and began production in Buffalo a year later. But a serious problem soon appeared. Water could not get through but water vapor could, making cellophane useless for food packaging. DuPont scientist William Hale Charch solved the problem. After testing more than 2,000 alternatives, Charch and a team of researchers had devised a workable process, patenting a moisture-proofing system in 1927. During World War II, DuPont’s Buffalo, New York; Richmond, Virginia; Old Hickory, Tennessee; and Clinton, Iowa, plants all produced large quantities of the material for military use. And although cellophane continued to be highly profitable through the 1950s, by the 1960s new products such as polyethylene, polypropylene, and DuPont’s own Mylar® were supplanting it. Cellophane production limped on through the 1970s and early 1980s until DuPont discontinued it in 1986.
  6. Não mudou apenas a organização por produto ou área geográfica, mas também os sistemas de coletar e armazenar informações, para alocação de recursos, e para controle de comportamento. Berle e Means (1932)! Foi publicado no olho do furacão da mudança. O novo modelo suportou eficiente solução para o complexo problema de coordenação e motivação de grande número de pessoas executando complexas e interrelacionadas atividades, muitas vezes em diferentes localidades. Permitiu o surgimento das gigantes multinacionais e a redução dos cursos de coordenação interna, e o crescimento das organizações. (Roberts, 2004, p.1e2) As formas continuam mudando. Vejam Fusões e Aquisições nos anos 80 e 90. A terceirização, e uso de CSC. Relações com clientes e fornecedores estão mudando, de arm´s lenght para parcerias de longo prazo. Eliminaram níveis gerenciais, aumentaram a autoridade de gerentes de divisão e a accountability. Com a melhoria de sistemas de informação e de avaliação de desempenho, aumentou a velocidade da tomada de decisão. Assim como a necessidade de equipes com maior conhecimento. Mas para aumentar tal conhecimento e aprendizado foi necessário ligar pessoas das diferentes partes da organização, sendo a comunicação exercida também horizontalmente, e não limitada a linhas hierarquicas. Limites de funções e cargos foram redesenhados. Queda de barreiras internacionais de investimento e comércio (tecnologia de informação/internet e melhoria dos meios de transporte) aumenta a competição, e a pressão pelo desempenho. Assim como a pressão do mercado de capitais. Por outro lado, a Tecnologia (informação e comunicação) tornou possível a adequação das formas organizacionais. [Roberts, 2004, não trata mas a tecnologia institucional também deve ter seu importante papel na viabilidade de novas formas]. Três elementos importantes: estratégia da firma (goal, scope – “what the firm in not going to pursue”, the specification of the nature of the firm’s competitive advantage, o que garante que tal vantagem será realizada? Quais os fundamentos e ações? E corporate strategy – “portfolio choice” no caso de uma holding), desenho organizacional e o ambiente em que ela opera. (Roberts, 2004, p.12) Chandler (1962) “structure follows strategy” (Roberts, considera visão limitada mas adota para fins de simplificação inicial) A firma é o meio para esta estratégia ser realizada. A firma é composta de PARC (people, architeture, culture and routines). (Roberts, 2004, p.17) Routines = managerial process + policies + procedures (official ana unofficial, formal and informal) that shape how information is gathered and transmitted, decisions made, resouces allocated, performance monitored, and activities controlled and rewarded. Em ambientes turbulentos, ambiente muda mais rápido, que a estratégia consegue ser executada pela estrutura (que deveria segui-la). Mas alguns aspectos da estrutura, como cultura, levam mais tempo para serem mudados. Surgirá um periodo de desalinhamento. Ainda, nestes ambientes, alguma firmas deixam que a estratégia surja da própria organização. (Roberts, 2004, p.27 e 28) Carácterísticas da manufatura moderna: Baixo custos de set-up (máquinas flexíveis), curtas corridas de produção, melhorias continuas frequentes, linhas amplas de produção, mercados alvo, trabalhadores capacitados, iniciativa no trabalho, informação local auto-regulada, comunicação horizontal, equipes de desenvolvimento cross-functional, melhora continua, foco em custo E qualidade, baixo inventário, gestão de demanda (não do suprimento), fazer para ordem (não para estoque), relações de longo prazo, baseadas em trust, suportado por fornecedores externos (e não em integração vertical). Porque firmas existem? Para coordenar e motivar pessoas na atividade econômica. Se a especialização leva a ganho de eficiência – escala e aprendizado - (Adam Smith), as pessoas se tornam mutuamente dependentes, porque nenhuma produz por si só o que elas necessitam para sobreviver. No mundo moderno, um individuo por si só não produz nada que ele possa consumir por si só. Mas ela precisa trocar o limitado conjunto de coisas que ela produz por uma miriade de bens e serviços que ela na realidade deseja e que outros fazem. (Roberts, 2004, p.75) Essa interdependência demanda coordenação e motivaçaõ das pessoas no sentido da produção destes bens. Motivação (se puro altruísmo é improvável), as pessoas são selfish e precisam ser motivadas para aturarem segundo a deseja coordenação (objetivando minimização de custos e max de valor dada estratégia). Mercados plenos internalizam as escolhas das pessoas no preço, assim elas recebem todo impacto de suas escolhas. Desta forma os mercados funcionam perfeitamente como mecanismo de coordenação e motivação. Portanto, Coase pergunta, se mercados funcionam tão bem, porque usamos firmas para coordenar atividades? Arrow (1974): “Existem falhas nos mercados!” Nestes casos outras alternativas para coordenação e motivaçaõ devem emergir, as firmas! Falhas de mercado: competição imperfeita, bens públicos (não-exclusividade – se disponível a um, disponível a todos, não-rivalizado no consumo – o consumo por um não diminui o consumo de outro), externalidades (direitos de propriedade não definidos), problemas informacionais que levam a uma falha no processo de barganha (assimetria de informação entre as partes, seleção adversa – sobre atributos do bem, moral hazard – probabilidade de aderência ao acordo) Nestas condições os mercados não vão existir, ou vão existir com problemas, como: esforço mal direcionado, desalinhamento de risco, baixos níveis de esforço e ineficiências associadas, monitoramento custoso, manipulação de informação de desempenho, etc. Alguns acordos que não são verificáveis pela 3ª parte (sem enforcement legal): ou não são feitos, ou são auto-regulados. Quando o enforcement do contrato é custos (legal fees, court costs, manager’s time, etc) quando tais custos podem exceder os ganhos da troca, a parte violada não irá acionar a outra parte. Problema do hold-up.