Instituto Diaspora Brasil Newsletter - January 2024
1. Número I Janeiro, 2024
QUEM SOMOS
O Instituto Diáspora
Brasil (IDB) é uma
organização
independente, sem fins
lucrativos, fundada por
brasileiras e brasileiros
imigrantes. O Instituto é
pautado por uma ideia
simples: o
conhecimento baseado
nas práticas sociais e
nas situações de
cotidianidade dos
imigrantes brasileiros.
Esse é o ponto de
partida e chegada do
nosso trabalho.
Nossa missão, em
parceria com diversas
organizações sociais, e
uma rede de
voluntários é apoiar a
diáspora brasileira nos
seus esforços de
construção de
alternativas sociais,
econômicas e políticas
transformadoras das
ACORDO DE COOPERAÇÃO
ENTRE A UNIVERSIDADE
FEDERAL DA BAHIA (UFBA) E O
INSITUTO DIÁSPORA BRASIL (IDB)
Na sexta-feira, 24 de novembro de 2023,
foi celebrado Acordo de Cooperação entre a
Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o
Instituto Diáspora Brasil (IDB) sediado em
Boston nos Estados Unidos. O propósito do
Acordo é aprofundar a cooperação
internacional no âmbito do conhecimento
teórico-prático sobre a migração, emigração
e imigração de forma a impactar políticas
públicas.
Neste contexto, o IDB irá realizar uma série
de atividades no ano de 2024 com o Núcleo
2. suas realidades.
Alvaro de Castro e Lima
Fundador
Instituto Diáspora Brasil
de Apoio a Migrantes e Refugiados
(NAMIR/UFBA), e as faculdades de Direito,
Relações Internacionais, Comunicações e
Matemática.
DiÁSPORA - POR QUE ?
O termo diáspora é derivado do
verbo grego διασπείρω (diaspeirō),
"espalhar" que por sua vez é
composto por διά (dia), "entre" e o
verbo σπείρω (speirō), "semear."
Até o final dos anos sessenta, o
caso judaico era tido como
paradigma e as dispersões grega e
armênia como exemplos notáveis
(Tololyan, 1996).
À medida que os fluxos migratórios
aumentaram e os meios de
comunicação e transporte se
tornaram mais acessíveis, os
imigrantes passaram a manter
contato com seus países de origem
e outras comunidades de co-
nacionais em outros lugares em
uma extensão jamais sonhada em
migrações anteriores. Esse
fenômeno conhecido como
transnacionalismo minou as políticas
e práticas assimilacionistas dos
Estados-nação. Concomitantemente,
a hegemonia do estado-nação
passou a ser desafiada pelos fluxos
de finanças e comércio em grande
CONHEÇA NOSSOS
PARCEIROS
O Núcleo de Apoio a
Migrantes e Refugiados
(NAMIR), é um programa de
extensão permanente
registrado na Pró-reitoria de
Extensão da UFBA.
As novas configurações do
fenômeno migratório têm
exigido uma intervenção
social intensiva para que
sejam cumpridas as
condições humanitárias e de
acolhimento dígno. Diante
desta realidade, a
Universidade Federal da
Bahia, tem um papel
importante na difusão dos
direitos humanos e de
políticas públicas,
promovendo a inserção
social da população
imigrante vinda para a
Bahia. Para isso, a UFBA
oferece qualificação técnica
e profissional, programas na
área da educação, saúde,
3. escala - a globalização. O uso do
termo diáspora foi ampliado no
discurso acadêmico para refletir a
mudança no mundo "real."
Segundo Tololyan (1996), editor da
revista acadêmica Diáspora,
dedicada ao tema, comunidades
diaspóricas existem como "uma
coletividade e não uma dispersão de
indivíduos. Os indivíduos diaspóricos
devem não apenas ter identidades
que diferem daquelas prescritas
pela cultura dominante da terra
anfitriã, mas também identidades
sociais específicas da diáspora ... A
interação com a transnação maior
que inclui a pátria e outros
segmentos diaspóricos."
Tololyan conclui seu artigo,
Rethinking Diaspora(s): Stateless
Power in the Transnational Moment
(1996), afirmando que "a diáspora
nunca é meramente um acidente de
nascimento, um grupo de indivíduos
vivendo fora de sua terra natal
ancestral, cada um com uma
subjetividade híbrida, carente de
práticas coletivas que ressaltem
(não apenas) sua diferença em
relação aos outros, mas também
sua semelhança entre si e seus
vínculos com as pessoas da pátria."
Assim, escolhemos nosso nome,
Instituto Diáspora Brasil para
direitos humanos, entre
outras áreas.
O Programa coordenado
pela UFBA, organizou uma
rede interinstitucional com
as Universidades públicas,
federais e estaduais da
Bahia (RUPEM), localizadas
em regiões e municípios
onde chegam os/as
imigrantes e refugiados/as.
A articulação em rede com
as Universidade públicas da
Bahia propõe organizar e
oferecer serviços e políticas
sociais, dialogar com o
poder público municipal,
incentivando formas de
aumento da efetividade das
ações, podendo assim
promover maior suporte às
iniciativas de acolhimento
humanitário à população
imigrante. Esse será um
espaço de troca coletiva e,
portanto, qualificador de
informações e experiências
que será constituído para
otimizar esforços,
potencializar ações,
fortalecer atores que se
unem em torno de um
interesse comum, ou seja,
um espaço de construção de
identidades, produção de
4. acentuar esses traços, pois não
vivemos somente fora do Brasil,
vivemos o Brasil e como brasileiros
temos subjetividade própria,
práticas coletivas e relações
transacionais.
políticas públicas, ação
social e fiscalização das
condições reais da
população imigrante vinda
para a Bahia.
NOSSOS
CURADORES
Cada tópico no nosso
site tem a curadoria de
um dos nossos
Pesquisadores
Associados.
Apresentamos aqui o
Professor Angelo Ishi,
professor titular da
Faculdade de
Sociologia da Musashi
University, em Tóquio.
Angelo formou-se em
Jornalismo na
Universidade de São
Paulo (USP) e fez
mestrado em Ciências
Sociais na Universidade
LIVRO DO MÊS:
Undocumented: How
Immigration Became Illegal
By Aviva Chomsky
A longtime immigration activist
explores what it means to be an
undocumented American—revealing
the ever-shifting nature of status in the
U.S.—in this “impassioned and well-
reported case for change (New York
Times)
In this illuminating work, Aviva
Chomsky shows how “illegality” and
“undocumentedness” are concepts
that were created to exclude and
exploit. With a focus on U.S. policy,
she probes how people, especially
Mexican and Central Americans, have
been assigned this status—and to
what ends.
Blending history with human drama,
Chomsky explores what it means to
be undocumented in a legal, social,
economic, and historical context. The
result is a powerful testament to the
complex, contradictory, and ever-
5. de Niigata no Japão e
doutorado na
Universidade de Tokyo.
Angelo nasceu em São
Paulo e vive no Japão
desde 1990.
Ele tem publicado
extensivamente sobre a
comunidade brasileira
no Japão. Ishi é co-
autor do livro "Global
Japan: The Experience
of Japan's New
Immigrants and
Overseas Communities;
Searching for Home
Abroad: Japanese-
Brazilians and
Transnationalism;
Transcultural Japan: At
the Bordelands of Race,
Gender, and Identity.
O Professor Ishi faz a
curadoria do tema
"Brasileiros no Japão"
que conta com uma
base de dados e mapas
sobre a população
imigrante brasileira
naquele país.
shifting nature of status in America.
Professor Chomsky participated in the
series "Neoliberalismo e Trabalho
Imigrante," sponsored by the Instituto
Diáspora Brasil (IDB) in partnership
with the Instituto Lula (IL). In her
presentation of the book, Professor
Chomsky covers an expansive period
because, in her opinion, "to
understand immigration today, we
need to rewrite the whole way we
think about U.S. immigration history."
She goes on to say that "from the very
arrival of Europeans to the United
States until today, immigration is a
racial project, first by settler
colonialism followed by the formation
of the United States."
Following is the video of Professor
Chomsky's presentation:
To access all videos of the speakers
series "Neoliberalismo e Trabalho
Imigrante," visit the site of the Instituto
Diáspora Brasil.
6. COMO OS IMIGRANTES BRASILEIROS VOTAM?
A pesquisa do Instituto Diáspora
Brasil sobre o voto brasileiro no
exterior esta agora disponível em
livro no site da Amazon (Ausente
& Presente: O Voto Brasileiro no
Exterior e a Necessidade de uma
Reforma Eleitoral, Lima, 2022) ou
em pdf para dowload gratuito no
site do Instituto Diáspora Brasil:
www.institutodiasporabrasil.org.
O livro investiga a participação
dos emigrantes brasileiros no
processo eleitoral brasileiro, as
características do eleitorado
brasileiro no exterior, seu nível de participação nas eleições anteriores
e seus padrões de votação. Além destes aspectos, aborda, de forma
bastante abreviada, algumas barreiras e empedimentos à participação
plena dos brasileiros emigrantes no processo eleitoral brasileiro,
abordando ainda, a necessidade de reformas eleitorais que garantam
o sufrágio universal. Por fim, o livro inclui algumas sugestões sobre
possíveis linhas de inquérito.
A análise tem caráter exploratório da série 1989, primeira eleição em
que os emigrantes puderam votar, até 2018. A eleição realizada em
2022, aparece em análise separada. Os dados utilizados são
oriundos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes á Zona
Eleitoral do Exterior (ZZ) que atende os brasileiros que possuem
domicílio eleitoral fora do país. As estimativas da população brasileira
são oriundas do Ministério das Relações Exteriores (MRE). A
composição demográfica da população emigrante foi extraída do
Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE).
O Instituto Diáspora Brasil dispõe ainda de uma base de dados das
7. eleições no exterior além de representações geo-espaciais que podem
ser acessadas aqui: Eleições Brasileiras no Exterior.
FALE CONOSCO
BIBLIOTECA MAPAS ESTATÍSTICAS
Instituto Diaspora Brasil | 25 Sigouney Street, Boston, MA 02130
Unsubscribe alvaroelima@gmail.com
Update Profile |Constant Contact Data
Notice
Sent byalvaroelima@gmail.compowered by
Try email marketing for free today!