O documento descreve a 11a edição do Corporate Registers Forum (CRF) que ocorreu no Rio de Janeiro em março de 2014. O evento reuniu profissionais de registro empresarial de mais de 50 países e teve como tema central a sustentabilidade econômica e social por meio da transparência e facilidade no registro de empresas. O presidente reeleito do CRF avaliou positivamente o evento no Rio de Janeiro e previu que as próximas edições continuarão focando em facilitar negócios e aumentar a transparência corporativa por meio da
Internacionalização das MPMEs - Evento da OEA, Sebrae e Secretaria da Micro e...24x7 COMUNICAÇÃO
Começa no próximo dia 11, em Brasília (DF), a reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA), que vai debater a promoção de política públicas para garantir a internacionalização das micro, pequenas e médias empresas. O evento, na sede do Sebrae Nacional, em Brasília, será aberto às 9h pelo presidente da instituição, Luiz Barretto, pelo ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, e pela secretária executiva para Desenvolvimento Integral da OEA, Sherry Tross.
Organizado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa e pela Secretaria Executiva de Desenvolvimento Integral da OEA, o evento vai focar em três grandes temas: a importância dos pequenos negócios e das médias empresas no comércio internacional; desafios e marco regulatório para a internacionalização dos empreendimentos de micro, pequeno e médio porte; e instrumentos para a internacionalização das micro, pequenas e médias empresas.
O ministro Guilherme Afif Domingos vai propor durante a reunião a criação de um mercado internacional para as micro e pequenas empresas de línguas portuguesa e espanhola. O objetivo é garantir que micro e pequenos empreendimentos do Brasil, da América Latina, do Caribe, da Espanha, de Portugal e da África lusófona possam celebrar acordos bilaterais, que garantam condições desburocratizadas para importar e exportar.
A proposta brasileira vai defender a necessidade do processo aduaneiro ser simplificado para assegurar que micro e pequenas empresas possam se aproximar e realizar negócios de acordo com o porte, observado apenas os limites de faturamento definidos pela legislação.
Para permitir a criação do Simples Internacional, o ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa vai defender a necessidade de ser criada uma logística adequada para as empresas de menor porte, a fim de garantir o tráfego dos bens e o direito de se beneficiarem de impostos reduzidos, conforme definidos em lei.
A intenção do Simples Internacional é garantir que uma micro ou pequena empresa do interior do Brasil possa relacionar-se livremente com uma similar do interior da Argentina, Espanha, Portugal, Costa Rica ou de Angola para realizar qualquer tipo de transação, tanto na área de comércio quanto na de serviços. "O futuro do emprego no mundo está no crescimento das micro e pequenas empresas. E, para possibilitar que elas possam cumprir o papel que lhes cabe, de gerar emprego e renda, é fundamental simplificar a vida do segmento", afirmou o ministro.
Posicionamento Brasscom - Políticas Públicas para um Brasil DigitalBrasscom
O setor se apresenta como uma das molas mestras da economia brasileira, tanto pelo seu desempenho, quanto pelo papel transversal como propulsor de eficiência e produtividade para empresas e para os serviços ao cidadão, bem como viabilizador da integração nacional com base na comunicação, cada vez mais veloz, colaboração e difusão de informação. O Brasil tem vocações já mercadologicamente comprovadas em TI e TIC que balizam prognósticos favoráveis de desenvolvimento. Todavia, devido a velocidade com que novas tecnologias e modelos de negócio são introduzidos, em função do contínuo processo de inovação que é a marca do setor, é necessário desenvolver e executar políticas públicas que removam gargalos e fatores inibidores indesejados e fomentem o crescimento sustentável.
1. Informativo JUCERJA
Número 70 | Abril 2014 www.jucerja.rj.gov.br
Pela primeira vez, o Brasil recebeu o Corporate
Registers Forum (CRF), evento internacional que
reúne, anualmente, profissionais de registro em-
presarial. Na décima primeira edição, realizada de
17 a 25 de março no Rio de Janeiro, participaram
profissionais de mais de 50 países.
Promovido pelo CRF - organização internacio-
nal não-governamental para administradores de
registros corporativos - e organizado pela Junta
Comercial do Rio de Janeiro (Jucerja) e pela Se-
cretaria de Estado de Desenvolvimento Econômi-
co, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), o fórum
em 2014 teve como tema central “Os registros de
empresas como meio para se chegar à sustentabili-
dade econômica e social”.
Para Tim Moss, recém-reeleito presidente do
CRF, a sustentabilidade econômica e social se dá
ao baratear e facilitar as transações e o acesso às
informações, beneficiando os negócios e contri-
buindo para o desenvolvimento econômico. E ao
estimular o comportamento saudável das empre-
sas, por meio de credibilidade e transparência.
Teresa Pantoja, vice-presidente da Jucerja, ressal-
tou a importância de se promover a sustentabilidade
social e econômica por meio dos processos de regis-
tros empresariais em países emergentes como o Brasil.
“A possibilidade de qualquer um adquirir adequada-
mente uma identidade empresarial, dá mais dignidade
e atitude perante à sua comunidade e colegas de traba-
lho. É importante para as pessoas poderem pagar os
impostos e viverem dentro da legalidade”.
Transparência, credibilidade, tecnologia, segu-
rança e redução da burocracia foram os pilares que
nortearam as principais discussões durante o CRF
2014, desde a primeira sessão com Tim Moss,
presidente do CRF e chefe-executivo da Compa-
nies House, órgão de registro de empresas do Rei-
no Unido, e Mandy Mcdonald, gerente-geral de
registro de empresas do ministério de Negócios,
Inovação e Emprego da Nova Zelândia. Os dois
participaram do painel “Boas práticas internacio-
nais na área de registros empresariais”.
“Há três coisas para considerar boas práticas
nos registros empresarias: integridade das infor-
mações; facilitação dos negócios e transparência
corporativa”, ressaltou Moss.
O britânico deu um panorama do registro em-
presarial no Reino Unido, citando as característi-
cas, os avanços e os desafios da área.
Até janeiro deste ano, o Reino Unido tinha 3,2mi-
lhões de empresas registradas, sendo 530 mil abertas
somente em 2013, um recorde para a região. Atual-
mente, o registo pode ser feito em apenas dez minu-
tos e o acesso às informações básicas das empresas é
gratuito. “Um dos nossos desafios é manter a base de
dados das empresas atualizada”, revelou Moss.
Mandy Mcdonald, por sua vez, mostrou por que
a Nova Zelândia é o país que está em primeiro lugar
no ranking do Banco Mundial em facilidade para
abrir uma empresa e terceiro em facilidade em fazer
negócios. No último ano, foram abertas mais de
meio milhão de empresas. Um dos fatores que con-
tribuem para o crescimento neste setor é o fato de
que 98% do processos são feitos pela internet.
Tim Moss, chefe-executivo da Companies Hou-
se, órgão de registro de empresas do Reino Unido,
e presidente reeleito do CRF, faz uma avaliação de
como foi o fórum no Rio de Janeiro e como será o
próximo, em Abu Dhabi.
Que avaliação o senhor faz do CRF 2014 no Rio
de Janeiro?
Tim Moss: O CRF Rio 2014 foi um grande
sucesso, com uma excelente participação de dife-
rentes partes do mundo e, o mais importante, com
muitos representantes da América do Sul, uma área
não bem representada anteriormente. Houve tam-
bém uma impressionante variedade de temas apre-
sentados e, embora existam muitas diferenças entre
Sessão de Honra abriu oficialmente o CRF 2014.
Da esquerda para a direita: Carlos de La Rocque,
presidente da Jucerja; Vinícius Mazza, diretor do
Departamento de Registro Empresarial e Integração
(Drei) subordinado à Secretaria da Micro e Pequena
Empresa da Presidência da República; Julio Bueno,
secretário de Estado de Desenvolvimento Econômi-
co, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis); Tim Moss,
presidente do CRF; Teresa Pantoja, vice-presidente
da Jucerja; Michael Brosnahan, secretário-executivo
do CRF;Armando Salgado, diretor-secretário da Fir-
jan; Mário Berti, presidente da Fenacon.
CRF 2014 tem grande adesão de profissionais de registro empresarial de várias partes do mundo
Foto:JoelTelles
Confira os endereços e horários das delegacias da Jucerja em:
www.jucerja.rj.gov.br/servicos/delegacias.asp
Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro
Evento, realizado no Rio de Janeiro, foi organizado pela Jucerja e pela Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços
Informativo JUCERJA é uma publicação da
JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Av. Rio Branco, 10 | Centro | 20090-000 | Tel.: 21 2334-5400
Produção Editorial: MPF Comunicação - Midiática: Palavra & Foco
Projeto Gráfico e Diagramação: GFD marketing design
SECRETARIA DE ESTADO DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
ENERGIA, INDÚSTRIA E SERVICOS
CRF 2014 reúne profissionais de
registro empresarial de 51 países
O fórum, segundo Moss, é um momento para
a troca de experiências entre países a fim de me-
lhorar as práticas de registros empresariais. “Há
muitas semelhanças, mas também muitas diferen-
ças nos registros empresariais ao redor do mun-
do. O objetivo principal do fórum é trazer a ideia
de comunidade e propósitos comuns, de modo a
aprendermos com as experiências e diferenças de
outros países, e identificar áreas em que podemos
trabalhar mais juntos. Uma rede de contatos global
é benéfica para nós e para o desenvolvimento eco-
nômico mundial”, disse o britânico, na abertura do
fórum.
Carlos de La Rocque, presidente da Jucerja,
enfatizou o valor das entidades de registros em-
presariais para os negócios. “A nossa importân-
cia é muito grande, representa a porta de entrada
para aqueles que querem investir em nossos res-
pectivos países”.
Com mais de 1 milhão de empresas registra-
das, o Rio de Janeiro é um dos estados brasilei-
ros em que se leva menos tempo para a abertura
de um negócio, quatro dias em média. “Estamos
avançando, investindo em tecnologia e seguran-
ça. Com a globalização, a função dos registrado-
res de empresas tem que estar integrada nacional-
mente. Também tem que haver integração entre
os países. Temos que globalizar os sistemas de
informações e de registro empresarial, abrir mão
da burocracia e agilizar os processos, buscando o
máximo de informatização e preservando a segu-
rança”, defendeu La Rocque.
Foto:JoelTelles
Foto:JoelTelles
Boas Práticas Internacionais
Entrevista com Tim Moss
os registos, há também muitos temas comuns, tais
como: redução dos encargos sobre as empresas, a
integridade dos dados, o uso de tecnologia digital,
dados abertos e um único local que oferece múlti-
plos serviços ao empresário.
Após as apresentações de vários países no CRF
2014, qual será a tendência global na área do re-
gistro de empresas?
Tim Moss: Acho que não será muito diferente
do que está se fazendo hoje. Todo o mundo vai con-
tinuar procurando maneiras de facilitar a realização
de negócios, melhorar a integridade de dados e o
combate a fraudes, aumentar a transparência corpo-
rativa, e como abraçar plenamente as oportunidades
da tecnologia digital.
O que se pode esperar da próxima edição do Fó-
rum CRF, em Abu Dhabi?
Tim Moss: Acho que a próxima conferência em
Abu Dhabi terá foco em tecnologia e balcões únicos
como maneira de facilitar os negócios. Eu também
acho que a área de transparência corporativa conti-
nuará a crescer em importância.