1. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 1
Índice
Indice ...............................................................................................................1
Desenho tecnico ..............................................................................................3
Desenho artistico .............................................................................................3
Funcionamento da cadeira ..............................................................................3
Avaliação .........................................................................................................3
Generalidades ..................................................................................................4
Normas para desenho técnico .........................................................................4
Material necessario para as aulas praticas ......................................................5
Elementos de Desenho Tecnico ......................................................................5
Esquadro ..........................................................................................................5
Regua T ...........................................................................................................6
Transferidor ......................................................................................................6
Compasso ........................................................................................................6
Lapis de desenho .............................................................................................7
Reguas graduadas ...........................................................................................7
Letras e algarismos ..........................................................................................7
Escala ..............................................................................................................8
Escala de redução ...........................................................................................8
Escala de ampliação ........................................................................................8
Formato dos papeis .........................................................................................9
Legenda e esquadria .....................................................................................10
Cotagem ........................................................................................................11
Cotagem de elementos em arcos de circunferências ....................................14
2. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 2
Situações em que os raios são muito pequenos ...........................................14
Situações em que os raios são muito grandes ..............................................15
Cotagem em espaços reduzidos ...................................................................16
Cotagem de elementos equidistantes e repetitivos .......................................16
Cotagem de peças de grandes dimensões ...................................................18
Legenda da folha A3 horizontal .....................................................................20
Concordâncias ...............................................................................................21
Exercicios de Concordâncias .........................................................................22
Projecções .....................................................................................................24
Projecçâo no plano vertical ............................................................................24
Projecção no plano horizontal ……………………….......................................25
Projecção no plano de perfil ..........................................................................25
Rebatimento dos planos ………………………................................................26
Exericios de projecções .................................................................................27
3. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 3
Desenho Tecnico
- Conjunto de regras e normas que visam sistematizar a representação
grafica de objectos de forma exacta, completa e inequivoca.
Desenho Artistico
- Permite graus de subjectividade associada a criação artistica, sem
preoucupações de definição efectiva dos objectos.
Funcionamento da cadeira
- A cadeira é de avaliação continua, tera como base a presença nas aulas e a
execução de diversos trabalhos praticos referentes aos capitulos
programaticos.
- Os trabalhos são obrigatorios e serão entregues em datas a definir.
Avaliação
- Assiduidade e participação nas aulas 10%
- Trabalhos práticos 30%
4. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 4
Generalidades
Normas para Desenho Técnico
O Desenho tecnico deve basear-se em normas.
- A concepção de uma norma tem como objectivo estabelecer modos de
actuação uniformes e simplificar a execução de dado produto ou serviço.
- As normas são estabelecidas para uma uniforme e clara representação de
objectos.
- As normas internacionais ISO de Desenho-Tecnico mais relevantes e de
aplicação geral são:
ISO 128 – Principios gerais de representação
ISO 129 – Cotagem
ISO 406 – Inscrição de tolerancia dimensionais
ISO 1302 – Inscrição de estados de superficie
ISO 2162 – Representação de molas
ISO 2203 – Representação de engrenagens
ISO 3098.1 – Escrita, caracteres correntes
ISO 5261 - Desenho de contruções metalicas
ISO 5455 – Escalas
ISO 7200 – Legendas
ISO 7573 – Nomenclatura, lista de peças
Sendo aceites internacionalmente, as normas ISO terão de ser estudadas no
ensino tecnico. Por esta imperiosa razão, todos os assuntos desta sebenta
estão em concordância tecnica com as mais recentes normas ISO.
5. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 5
Material necessario para as aulas praticas
- Papel A3
- Lapis com dureza HB ou 2H diametro Ø 0.5
- Esquadros de 30 Cm ou 45 Cm
- Regua 50 Cm
- Transferidor
- Compasso
- Borracha
- Caderno de apontamentos
- Prancheta ou regua T (Opcional)
- Fita cola
Elementos de Desenho Tecnico
Esquadro
- O esquadro é um instrumento de desenho utilizada em obras que também
pode ser usado para fazer linhas retas verticais com precisão para 90º.
- Existem diversos tipos de esquadros:
- O esquadro com o formato de um triângulo retângulo isósceles de 45º-45º-
90º;
Fig - 1 Esquadro com escala de tranferidor
- O esquadro com o formato de um triângulo retângulo escaleno de 30º-60º-
90º.
6. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 6
Fig - 2 Esquadro 60°
Regua T
- A Régua T é um instrumento para desenho técnico. utilizada para apoiar o
esquadro ou para traçar linhas paralelas quando apoiada na mesa de
desenho, possui em média 80 cm e normalmente é de madeira com detalhes
em acrílico.
Fig-3 Regua T
Transferidor
- O Transferidor é um material usado para construção e medição de
angulos. É composto basicamente por uma escala circular, ou de secções de
círculo, dividida e marcada em ângulos espaçados regularmente, tal qual
uma régua
Fig – 4 Transferidor
Compasso
- São instrumentos utilizados para traçar circunferencias e arcos.
Fig – 5 Compasso
7. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 7
Lapis de desenho
As minas de grafite são classificadas em duras, medias e moles, identificadas
pela series H e B. Quanto mais H, mais duras, quanto mais B mais moles ou
suaves.
- As medias são HB, 8B, 2B, B, HB, F, H, 2H, 9H
- As linhas finas são feitas com grafite 3H
- As letras, cotas e anotações com F
Reguas graduadas
- São instrumentos que servem para medir e marcar comprimentos. A
perfeição como são construidas e o modo de as utilizar condicionam o rigor
do desenho.
As reguas usadas em Desenho-Tecnico, estão normalmente graduadas em
milimetro.
Letras e algarismos
- O texto a inserir nas legendas, as cotas devem ser executadas com letra
normalizada.
- Estabelece regras de uniformidade nas dimensões, proporções, inclininação
e disposição dos caracteres.
- A norma pretende obter um desenho agradavel e de facil leitura.
- Estabelece dois tipos de letra: a vertical e inclinada.
Fig - 6
8. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 8
- Para facilitar a escrita de letras e de algarismos normalizados poderão ser
usados, escantilhões. Os escantilhões proporcionam sem necessidade do
traçado de pautas, facil alinhamento, uniformidade de alturas e inclinações
iguais.
- Os escantilhões são placas de plasticos transparentes, em geral colorido,
de forma rectangular onde se encontram perfuradas as letras e algarismos de
uma dada altura nominal.
Escala
- Razão aritmetica adimensional que estabelece uma relação entre a
dimensão do objecto representado no papel e a dimensão real
Escala de redução
- Quando a dimensão do objecto no desenho é menor que a sua dimensão
real. Escala 1:X com X>1
Escala de ampliação
- Quando a dimensão do objecto no desenho é maior que a sua dimensão
real. Escala X:1 com X>1
Fig – 7 Escala de redução e de ampliação
9. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 9
Formato dos papéis
- São utilizados papéis especiais de dimensionamentos normalizados para
desenho, os mais usados são os da séries A que tem suas medidas em
milímetros:
A0 - 841 x 1189 = 999949 milímetros²
A1 - 594 x 841 = 499554 milímetros²
A2 - 420 x 594 = 149480 milímetros²
A3 - 297 x 420 = 124740 milímetros²
A4 - 210 x 297 = 62370 milímetros²
A5 - 148 x 210 = 31080 milímetros²
(sendo milímetros² uma unidade de medida de área usada pelas normas
técnicas internacionais.)
No seu contexto mais geral, o Desenho Técnico engloba um conjunto de
metodologias e procedimentos necessários para o desenvolvimento e
comunicação entre projectos, conceitos e ideias e, no seu contexto mais
restrito, refere-se às especificações técnicas de produtos e sistemas.
O formato de papel para desenho usado na UniPiaget, será o A3.
10. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 10
Legenda e esquadria
Para dar-mos início ao Desenho Técnico, começamos por traçar a esquadria.
Na figura abaixo, estão reperesentadas as medidas necessarias para traçar a
esquadria.
Na margem esquerda da folha a medida é de 25 mm, nas restantes a medida
é de 5 mm.
A legenda deve estar colocada no canto inferior direito da folha A3.
Fig – 8 Legenda da esquadria
11. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 11
Cotagem
- É a representação grafica no desenho da caracteristica do elemento,
atraves de linhas, simbolos, notas e valor númericos numa unidade de
medida.
Fig – 9 Aspectos gerais da cotagem
A forma e as dimensões a atribuir a uma peça dependem de varios factores:
- Possibilidade de fabricação da peças
- Condições de montagem das peças
- Tipos de materias
- Acabamentos das superficies
- Tolerâncias da dimensões
- Etc...
12. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 12
Fig – 10 Regras para inscrições das cotas nos desenhos
As cotas devem localizar-se o mais proximo possivel do pormenor a cotar
Fig – 11 Representação de cotas
Cada elemento deve ser cotado apenas uma vez
Fig – 12 Representação de cotas
13. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 13
As cotas devem ser posicionadas sobre a linha de cota, paralelas a esta
Fig – 13 Representação de cotas
Podemos inscrever cotas auxiliares nos desenhos
Fig – 14 Cota de arcos
14. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 14
Cotagem de elementos em arcos de circunferências
A cotagem de elementos em arcos de circunferências é feita geralmente, por
meio da medida dos raios.
A peça tem um elemento arredondado em forma de arco de circunferência. A
cotagem deste elemento é feita pela medida do raio 7 mm. Repare que ao
lado da cota aparece a letra R que simboliza o raio.
Fig – 15 Cota de arcos
Situações em que os raios são muito pequenos:
Os raios dos arcos de circunferencia são muito pequenos, por isso a sua
indicação não foi feita dentro da vista. Nestes casos devemos utilizar uma
linha de chamada, onde escrevemos a letra R, seguido dos valores dos raios
Fig – 16 Cota de arcos
15. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 15
Situações em que os raios são muito grandes:
Nestes casos, os centros dos arcos de circunferência não foram indicados no
desenho tecnico porque os seus raios são muito grandes. A letra R escrita ao
lado das cotas, indicam que se trata de raios, repare ainda que nestes casos,
as linha de cota dos raios aparecem incompletas, isto acontce porque os
raios dos arcos de circunferências são grandes e os seus centros não estão
representados no desenho.
Fig – 16 Cota para arcos grandes
Outra possibilidade de cotagem de arcos de circunferência. O centro da
circunferência, esta num ponto distante, localizado no eixo de simetria da
peça
Fig – 17 Cota arcos com simetria
16. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 16
Cotagem em espaços reduzidos
Quando os elementos representados no desenho tecnico são muito
pequenos e o espaço para indicação da cotagem é muito reduzido. Nestes
casos as linhas de cota devem aparecer fora dos espaços.
Fig – 18 Cotas com espaços reduzidos
Cotagem de elementos equidistantes e repetitivos
Elementos espaçados igualmente são aqueles que ficam a mesma distância
uns dos outros, distribuidos na peça de forma uniforme.
Fig – 18 Cotas de elementos equidistantes
17. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 17
O centro do primeiro furo, esta localizado a 15 mm da face esquerda da peça.
Os demais furos estão distribuidos uniformemente, a uma distância de 12 mm
um do outro
Fig – 19 Cotas de elementos equidistantes
Na peça abaixo, podemos ver a mesma peça com cotagem simplificada
Fig – 20 Cotas de elementos equidistantes
A cota 60° aparece seis vezes, indicando que a distância entre os centros de
dois furos consecutivos é sempre a mesma.
Fig – 21 Cotas de elementos equidistantes
18. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 18
Apenas dois furos foram representados. As indicações sobre a linha de
chamada indicam que a peça tem 6 furos de 5 mm de diametro, distanciados
entre si 60°. A cotagem (360°) corresponde a soma dos ângulos entre os 6
furos
Fig – 22 Cotas de elementos equidistantes (simplificada)
Cotagem de peças de grandes dimensões
As peças com encurtamento devem ser cotadas como:
Uma parte da peça foi eliminada do desenho, mesmo assim a cotagem é
indicada como se a peça estivesse inteira. As cotas relativas ao comprimento
aparecem indicadas normalmente, sem qualquer interrupção.
Fig – 22 Cotas de peças de grandes dimensões
As vezes, a parte encurtada apresenta elementos repetitivos. Nestes casos, a
cotagem tem de ser feita como:
19. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 19
Varios furos, localizados na parte encurtada, não foram representados. Mas a
quantidade de furos da peça vem indicada sobre a linha de chamada.
A notação 20xØ6 indica que a peça tem 20 furos com 6 mm de diâmetro. A
peça tem 19 espaçamentos entre os furos. É o que nos indica a cota 19x18
(342), onde 19 representa o número de espaçamentos entre os furos, 18
representa a distância do centro de um furo ao centro de outro furo
consecutivo e 342 mm representa a distância total do centro do primeiro furo
ao centro do ultimo furo. A cota 18 aparece repetida entre o primeiro e o
segundo furo para deixar claro o valor da distância entre furos.
Fig – 22 Cotas de peças de grandes dimensões
21. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 21
Concordâncias
Chama-se concordância de duas linhas curvas ou de uma reta com uma
curva, a ligação entre elas, executadas de tal forma que se possa passar de
uma para outra, sem ângulo, inflexão ou ponto de descontinuidade.
A concordância baseia-se nos seguintes principios:
- Para concordar um arco com uma reta é necessario que o ponto e o centro
do arco, estejam ambos sobre uma mesma perpendicular.
- Para concordar dois arcos, o ponto de concordância assim como os centros
dos arcos, devem estar sobre uma mesma reta que é normal aos arcos no
ponto de concordância
24. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 24
Projecções
Os objectos são, normalmente, tridimensionais (x,y,z), mas as folhas de
papel só têm duas dimensões (x,y). Como é que se pode representar (com
rigor) um objecto com volume numa folha plana?
Definimos um sistema de representação, baseado na projecção ortogonal
da peça em três planos perpendiculares entre si: um plano vertical (PV), um
horizontal (PH) e um de perfil (PP). Ao conjunto destes três planos
chamamos triedro.
Fig – 26 Triedro
A seta no canto inferior direito representa a direcção do olhar
Projecçâo no plano vertical
Faz-se passar pelo objecto um conjunto de raios luminosos paralelos entre
si, e perpendiculares ao plano de projecção.
Ao projectarem o objecto no plano, os raios originam as vistas. Neste caso,
a projecção faz-se no plano vertical, o que corresponde à vista de frente, ou
Alçado principal.
25. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 25
Fig – 27 Plano vertical
Projecção no plano horizontal
A projecção no plano horizontal origina a vista de cima, a que se chama
Planta.
Mais uma vez, note-se a maneira como uma das arestas aparece projectada
Fig – 28 Plano horizontal
26. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 26
Projecção no plano de perfil
A projecção no plano de perfil dá-nos a vista de lado, designada por Alçado
lateral (neste caso, esquerdo; outros métodos de representação podem
utilizar o alçado lateral direito).
Há arestas que ficam cobertas (tapadas) pela face lateral esquerda da
própria peça. Essas arestas representam-se, habitualmente, com traço
interrompido
Fig – 29 Plano de perfil
Rebatimento dos planos
Os planos de projecção têm de ser rebatidos, planificados, para que as
vistas neles projectadas possam aparecer numa folha de papel.
Obtemos então as três vistas necessárias à representação da peça:
- Na parte superior esquerda da folha, fica o Alçado principal (vista de
frente);
- Na parte inferior esquerda, a Planta (vista de cima);
- Na parte superior direita da folha, aparece o Alçado lateral.
27. DESENHO TECNICO
ENGºANTONIO DINIS DA SILVA JUNIOR 27
Existem outros métodos de representação, onde as vistas e a sua disposição
podem ser distintas destas
Fig – 30 Rebatimentos