2. Instrumentos e utensílios utilizados no
desenho técnico
Prancheta: Utilizaremos para fixar os papéis para a
execução dos desenhos. A prancheta é nada mais que
um retângulo de madeira apoiado sobre um cavalete
onde os 4 lados devem estar no esquadro. A superfície
deve ser lisa.
3. Instrumentos e utensílios utilizados no
desenho técnico
Régua Paralela: É uma régua composta de uma haste
e fios para fixá-la na prancheta. Uma vez fixa, desliza
sobre ela e é possível traçar-se linhas paralelas
horizontais ou ainda apoiar esquadros para traçar-se
linhas verticais ou com determinada inclinação. São
fabricadas em acrílico transparente e podem ser
encontradas em vários tamanhos.
4. Instrumentos e utensílios utilizados no
desenho técnico
Esquadros: São fabricados em material transparente para
observar os pontos de contato. Tem forma de triângulo
retângulo, formando ângulos de 30°,45º e 60º. São utilizados
para o traçado de retas paralelas, retas oblíquas e retas
perpendiculares.
Escalímetro ou Escala: Desenvolvida no formato triangular
com seis tipos de escala sendo 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e
1:125
5. Instrumentos e utensílios utilizados no
desenho técnico
Compasso: É o instrumento que serve para traçar
circunferências ou arcos de circunferência. A posição correta
do seu uso é vertical com o movimento no sentido da esquerda
para a direita. Usa-se o compasso da seguinte forma: abre-se
conforme o raio necessário, fixa-se a ponta seca no centro da
circunferência a traçar e, segura-se o compasso pela parte
superior com os dedos do indicador e polegar, rotacionar até
completar a circunferência.
6. Instrumentos e utensílios utilizados no
desenho técnico
Transferidor: É um círculo ou semi círculo, fabricado em
acrílico, com graduação de grau para medir ângulos.
Utilização:Coloca-se o diâmetro coincidindo com um dos
lados do ângulo e o centro do transferidor sobre o vértice. O
outro lado nos dará a medida do ângulo.
Complementares: Fita adesiva, Borracha e Papeis A4, A3 e
Milimetrado.
7. Instrumentos e utensílios utilizados no
desenho técnico
Lápis / Lapiseiras: Os lápis e lapiseiras de desenho são
sextavados para que sejam bem presos entre os dedos e não
rolem sobre a mesa. O grafite deve ser de grânulo fino e
resistente à ruptura, além disso deve ter traço uniforme e fácil
de ser apagado. As lapiseiras devem apertar o grafite de modo
que não escorreguem para dentro ao se forçar sobre o papel e
não girar no desenho. A ponta apoia-se diretamente sobre a
face da régua ou do esquadro girando lentamente a fim de
obter um traço.
11. EXERCÍCIO
Exercício 01 – Dividir o papel A4 em 4 partes, e preencher
cada parte com retas traçadas com os seguintes ângulos: 0° ou
180°, 30°, 60°, 75°.
1 – Elaborar em Papel A4;
2 – Utilizar apenas a régua paralela e esquadros;
3 – 1° e 4° Quadro as retas devem estar espaçadas a cada 0,5
cm;
4 – 2° e 3° Quadro as retas devem estar espaçadas a cada 1
cm;
12. Normas Técnicas
As normas técnicas são normas que devem ser utilizadas tanto
para produtos, como para serviços, nos mais variados campos.
Para o desenho técnico, seja ele o mecânico ou o
arquitetônico, as normas visam uma uniformidade dentro de
uma rede produtiva mundial.
13. Normas Técnicas
1 - NBR 10647 – Desenho Técnico
Esta norma tem como objetivo geral definir os termos
empregados em desenho técnico quanto aos aspectos
geométricos: projetivos e não projetivos. Os desenhos
projetivos correspondem às vistas ortográficas e as
perspectivas, enquanto os desenhos não projetivos
correspondem aos fluxogramas, organogramas e gráficos. A
norma trata ainda o grau de elaboração dos desenhos que são:
o esboço, o desenho preliminar, o croqui e o desenho
definitivo.
14. Normas Técnicas
2 - NBR 10068/87 – Folha de desenho – layout e
dimensões
Esta norma estabelece as características dimensionais da folha
de desenho, destacando os formatos das folhas a partir do
formato básico que é designado como A0 onde configura um
retângulo de 1m² e os demais formatos são bipartições do
formato A0. Além disso, a norma apresenta layout da folha de
desenho, onde especifica posição da legenda (identificação do
desenho), sistemas de reprodução para arquivamentos e outros
itens.
15. Normas Técnicas
3 - NBR 10582 - Apresentação da folha para
desenho técnico
Elaborada pela Comissão de Estudo de Desenho Técnico
Geral, a norma fixa as condições exigíveis para a
localização e disposição do espaço para desenho, espaço
para texto e espaço para legenda, e respectivos conteúdos.
Sendo assim, a folha para o desenho deve conter:
espaço para desenho, espaço para texto e espaço para legenda. A
legenda deve conter: designação da empresa; projetista, desenhista
ou outro responsável; local, data e assinatura; nome e localização do
projeto; conteúdo do desenho; escala; número do desenho e mais
outras informações essenciais.
16. Normas Técnicas
4 – NBR 8403/84 - Aplicação de linhas em desenhos
– Tipos de linhas - Larguras das linhas.
Elaborada pela Comissão de Estudo de Desenho Técnico
Geral, esta norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de
linhas para uso em desenhos técnicos e documentos
semelhantes. A característica principal da norma é a fixação
das espessuras para uso em desenho técnico: 0,13; 0,18; 0,25;
0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40; 2,00mm.
E a definição de 10 tipos de linhas (contínua, traço e ponto,
traço dois pontos, etc).
17. Formato do papel
Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos
são padronizados obedecendo as normas estabelecidas pela
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O
formato básico, designado por A0 é o do retângulo de lado
medindo 841 e 1189 mm, tendo área de 1 m². A partir deste
formato básico derivam os demais da série A, pela bipartição
ou duplicação sucessiva, que são: A0, A1, A2, A3 e A4 os mais
usados, porém, existem ainda formatos menores que A4 e
maiores que A0.
18. Formato do papel
FORMATOS TAMANHO
(MM)
MARGEM
ESQUERDA (MM)
MARGEM
(MM)
A0 841 x 1189 25 10
A1 594 x 841 25 10
A2 420 x 594 25 7
A3 297 x 420 25 7
A4 210 x 297 25 7
19. Formato do papel
Internamente ao traço que delimita o padrão será feito
o traço da margem do desenho. No lado vertical
esquerdo sempre será 25 mm (para arquivamento do
desenho em classificadores) e nos demais lados para
nosso caso, papel A3 e A4 7 mm.
21. Margens do Papel – A4
• Margem esquerda: 2,5cm / Margens direita, superior e inferior: 0,7cm.
22. Margens do Papel – A3
• Margem esquerda: 2,5cm / Margens direita, superior e inferior: 0,7cm.
23. Dobragem de Folhas
Na dobragem das folhas, o formato final deve ser o A4,
facilitando o arquivamento em pastas. Os formatos devem
ser dobrados primeiramente na largura e posteriormente
na altura; e de modo a ficar visível o quadro destinado à
legenda e o lado esquerdo à ser fixado no arquivo.
Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em
dobras verticais de 185 mm. A parte final a é dobrada ao
meio.
28. Configuração da Folha
A região acima da legenda é reservada para marcas de revisão,
para observações, convenções e carimbos de aprovação de
órgãos públicos.
29. Caligrafia Técnica
A Caligrafia Técnica é aplicada ao Desenho arquitetônico nas
seguintes situações:
- Cotagem de desenhos;
- Preenchimento do Carimbo / Legenda;
- Apresentação de especificações técnicas;
- Anotações em geral;
- Notas explicativas, etc.
30. Caligrafia Técnica
As exigências gerais da caligrafia técnica aplicada ao
desenho arquitetônico são:
- Legibilidade;
- Uniformidade (altura, tipo de letra, espaço
entrelinhas, etc);
- Letras maiúsculas e não inclinadas;
- Altura máxima das letras de 5mm;
31. Caligrafia Técnica
- Altura mínima das letras de 3mm;
- Espaço entrelinhas mínimo de 2mm;
- Não utilização de serifas.
Na tipografia, as Serifas são os
pequenos traços e/ou
prolongamentos aplicados às
extremidades das hastes das
letras.
ABC ABC
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32. Caligrafia Técnica
Ao desenhar manualmente, a escrita se produz
observando algumas regras:
- A parte superior de certas letras e algarismos
normalmente é desenhada um pouco menor que a
parte inferior
33. Caligrafia Técnica
- Os traços horizontais intermediários devem ser
colocados ligeiramente acima do meio.
Estas características conferem certa estabilidade às
letras e algarismos.
34. Caligrafia Técnica
Outro recurso que se utiliza ao escrever as letras e algarismos
manualmente é desenha-los SEMPRE :
- Apoiados em linhas auxiliares quase invisíveis que
modulam a altura dos mesmos,
- O topo da letra ou algarismo toca a linha auxiliar superior e a
base toca a linha auxiliar inferior.
Desta forma garante-se uma regularidade na altura das letras e
algarismos.
35. Caligrafia Técnica
Linhas auxiliares – Contínuas:
Para construção de desenhos, guia
de letras e números, com traço; o
mais leve possível. ±0,1 mm
36. Caligrafia Técnica
Para exercitar inicialmente a escrita das letras e algarismos
pode se desenhá-las na pauta de um caderno de caligrafia.
39. Exercício
Exercício 02 – Desenhar no Papel A4 e A3 as
margens, ponto de dobras e Legenda/Carimbo. Praticar
a caligrafia técnica.
1 – Margens e linhas da Legendas com Lapiseira 0.9
mm;
2 – Letras com a lapiseira 0.7;
40. Tipos de Linhas
Tipo / Espessura Representação de
Contínua / larga Alvenaria/Estrutura em corte
Contínua / Média Outros elementos em corte
Contínua / Estreita
Arestas visíveis
Elementos em vista
Linhas auxiliares
Linhas de cota, etc
Traço-ponto / larga Plano de corte
Tracejada / estreita Arestas invisíveis
Projeções (usual)
Traço–dois pontos /
estreita
Projeções (NBR)
Média Interrupção
44. Linhas
Recomendação para o traçado de linhas
1 - As linhas cheias devem ser traçadas num só sentido. Não se
deve voltar o lápis sobre a linha traçada.
2 - Deve-se girar o lápis enquanto se traça a linha, para que a
ponta tenha um desgaste uniforme, não acarretando variação
da espessura.
3 - Nas linhas tracejadas os traços devem ter o mesmo
comprimento e ser igualmente espaçados.
45. Linhas
Recomendação para o traçado de linhas
4 - Quando uma linha tracejada, é transversal a uma cheia, é
traçada a partir da linha cheia desta forma o primeiro traço
deve tocar na linha cheia.
5 - Quando duas linhas tracejadas partem de um mesmo ponto
os seus traços iniciais devem partir deste ponto.
6 - Quando uma linha tracejada está no prolongamento de uma
linha cheia, o seu primeiro traço, deve estar espaçado do
término desta.
46. Linhas
Linhas de cota
Colocadas de preferência fora do projeto, paralelas às
dimensões à serem cotadas e terminadas nas linhas de
chamada, nos eixos ou nos contornos visíveis das vistas.
Linhas de Chamada ou linhas de extensão
Prolongam-se para fora das vistas para se indicar a
distância medida.
47. Linhas
Linhas de cota e linha de chamada
obs: Linhas de cota e de chamada são sempre do tipo traço
fino.
48. Linhas
Linhas de referência
São empregadas para representar alguma observação em
relação ao projeto. Traçada em linha fina inclinadas de
preferência a 60° em relação a horizontal, terminadas em setas
que tocam a linha a qual se referem.
49. Linhas
Observação importante
Quando houver superposição de linhas no desenho, deve-se
representar apenas uma delas, obedecida a seguinte ordem de
precedência:
1 - Arestas visíveis
2 - Arestas invisíveis
3 - Linhas de corte
4 - Linhas de centro
5 - linhas de extensão.
50. Exercício
Exercício 03 – Dividir o papel A4 em 6 partes, e preencher
cada parte com os seguintes tipos de linhas:
1 – Parte 1 – Linha continua larga – Lapiseira 0.9 mm;
2 – Parte 2 – Tracejada estreita – Lapiseira 0.5 mm;
3 – Parte 3 – Continua média – Lapiseira 0.7 mm;
4 – Parte 4 – Traço dois pontos estreita – Lapiseira 0.5 mm;
5 – Parte 5 – Traço Ponto larga – Lapiseira 0.9 mm;