Primeira parte do projeto Relendo Macahé da Coordenação de História da Secretaria Municipal de Educação de Macaé.
Análise da obra de Jean de Léry, que no século XVI descreveu sua passagem pelo litoral macaense.
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...José Mesquita
O suplício e a humilhação pública infligidos a Felipa de Sousa, pelo horrendo Tribunal do Santo Ofício, não podem ser esquecidos, merecendo ser sempre rememorado como algo que avilta e indigna a liberdade de género, que oblitera a opção sexual, que agride a tolerância e impede a integração social, que, em suma, impossibilita o direito à diferença. Foi através do sacrifício de muitas mulheres que, como Felipa de Sousa, sofreram a opressão sexista e foram ostracizadas ou estigmatizadas devido às suas opções sexuais, que as mentalidades avançaram no sentido da tolerância, da integração e do reformismo no mundo.
Felizmente, na civilização ocidental o processo histórico avançou no sentido da conquista das liberdades e direitos individuais – desde a luta do sufragismo e do feminismo até à igualdade plena de género. Todavia, é de todos sabido que ainda existem por esse mundo muitas centenas de milhões de mulheres, que se sentem privadas da sua liberdade sexual e da sua opção de género. É para essas mulheres, que nunca puderam revelar o seu desejo nem expressar livremente a sua preferência sexual, que escrevi este artigo, personificando na memória de Felipa de Sousa, uma homenagem a todas as mulheres dos cinco continentes que ainda não desfrutam do direito de poderem expressar livremente as suas afeições, as suas preferências sexuais e o livre arbítrio no amor. A 18 de Dezembro de 1591, em Salvador da Bahia – uma das mais ricas e mais prósperas cidades do Brasil –, os esbirros da Inquisição após persistente interrogatório, conseguiram obter da cristã-velha, Paula de Siqueira, de 38 anos de idade, a denúncia de haver praticado o “abominável pecado nefando” da «sodomia foeminarum», isto é, o sacrilégio da contranatura, com uma mulher de 35 anos, chamada Felipa de Sousa, natural de Tavira, no reino do Algarve. Deste modo, tão imprevisto quanto surpreendente, emergiu ao conhecimento público o primeiro caso de perseguição sexual e de condenação da prática de lesbianismo pelo Tribunal do Santo Ofício em terras de Vera Cruz. A singularidade deste tipo de flagício herético, o modo como o processo foi dirimido pelo Inquisidor, e sobretudo o facto da principal vítima ser uma mulher algarvia, de quem se ignorava a própria existência, mas que é hoje um símbolo universal da liberdade de género e da opção sexual, levou-me a escrever este trabalho, não apenas por curiosidade académica, mas também por solidariedade com os que sofrem a exclusão, o opróbrio e o estigma da diferença.
Primeira parte do projeto Relendo Macahé da Coordenação de História da Secretaria Municipal de Educação de Macaé.
Análise da obra de Jean de Léry, que no século XVI descreveu sua passagem pelo litoral macaense.
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...José Mesquita
O suplício e a humilhação pública infligidos a Felipa de Sousa, pelo horrendo Tribunal do Santo Ofício, não podem ser esquecidos, merecendo ser sempre rememorado como algo que avilta e indigna a liberdade de género, que oblitera a opção sexual, que agride a tolerância e impede a integração social, que, em suma, impossibilita o direito à diferença. Foi através do sacrifício de muitas mulheres que, como Felipa de Sousa, sofreram a opressão sexista e foram ostracizadas ou estigmatizadas devido às suas opções sexuais, que as mentalidades avançaram no sentido da tolerância, da integração e do reformismo no mundo.
Felizmente, na civilização ocidental o processo histórico avançou no sentido da conquista das liberdades e direitos individuais – desde a luta do sufragismo e do feminismo até à igualdade plena de género. Todavia, é de todos sabido que ainda existem por esse mundo muitas centenas de milhões de mulheres, que se sentem privadas da sua liberdade sexual e da sua opção de género. É para essas mulheres, que nunca puderam revelar o seu desejo nem expressar livremente a sua preferência sexual, que escrevi este artigo, personificando na memória de Felipa de Sousa, uma homenagem a todas as mulheres dos cinco continentes que ainda não desfrutam do direito de poderem expressar livremente as suas afeições, as suas preferências sexuais e o livre arbítrio no amor. A 18 de Dezembro de 1591, em Salvador da Bahia – uma das mais ricas e mais prósperas cidades do Brasil –, os esbirros da Inquisição após persistente interrogatório, conseguiram obter da cristã-velha, Paula de Siqueira, de 38 anos de idade, a denúncia de haver praticado o “abominável pecado nefando” da «sodomia foeminarum», isto é, o sacrilégio da contranatura, com uma mulher de 35 anos, chamada Felipa de Sousa, natural de Tavira, no reino do Algarve. Deste modo, tão imprevisto quanto surpreendente, emergiu ao conhecimento público o primeiro caso de perseguição sexual e de condenação da prática de lesbianismo pelo Tribunal do Santo Ofício em terras de Vera Cruz. A singularidade deste tipo de flagício herético, o modo como o processo foi dirimido pelo Inquisidor, e sobretudo o facto da principal vítima ser uma mulher algarvia, de quem se ignorava a própria existência, mas que é hoje um símbolo universal da liberdade de género e da opção sexual, levou-me a escrever este trabalho, não apenas por curiosidade académica, mas também por solidariedade com os que sofrem a exclusão, o opróbrio e o estigma da diferença.
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O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
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A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
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3. Ao todo foram 388 camponeses - trentinos e vênetos - que embarcaram
no navio à vela “La Sofia” e chegaram à capital Vitória em busca de
novas oportunidades, trabalhos e vivências. Grande parte da história da
imigração italiana nas terras capixabas pode ser contada a partir dos
documentos guardados pelo Arquivo Público do Estado do Espírito
Santo (APEES).
HISTÓRIA
No dia 21de fevereiro comemorou-se
o Dia Nacional do Imigrante Italiano.
A data refere-se à chegada em 1874
da Expedição de Pietro Tabacchi ao
Espírito Santo, evento que inaugura
a imigração em massa de italianos
para o Brasil.
4. Em 1995 a instituição criou o Projeto “Imigrantes Espírito Santo”, que
utiliza o método de cruzamento de dados entre as diversas fontes
disponíveis para cada imigrante. Um dos produtos gerados é o
“Registro da Entrada do Imigrante”, um relatório que traz impressas
todas as informações indexadas para cada estrangeiro que entrou no
Espírito Santo, permitindo ao solicitante conhecer um pouco mais da
história dos seus antepassados.
5. O projeto contempla os nomes de
mais de 54 mil estrangeiros, dentre
os quais 36.663 italianos. Destes,
34.920 desembarcaram no século
XIX e se estabeleceram em diversos
locais. Ao Núcleo de Timbuhy, em
Santa Teresa, por exemplo, foram
direcionadas 4.197 pessoas. As
regiões da Itália que mais
contribuíram foram: Vêneto (9.484);
Lombardia (4.749); Trentino Alto-
Adige (3.213); Emilia Romagna
(2.416) e Piemonte (1.235).
7. A imigração Italiana no Espírito Santo
A primeira expedição de italianos para o Espírito Santo foi batizada
com o sobrenome do seu idealizador, Pietro Tabacchi. De acordo
com o sociólogo Renzo M. Grosselli, no livro “Colônias Imperiais na
Terra do Café”, da Coleção Canaã do APEES, Tabacchi era um
italiano oriundo de Trento que já se encontrava no Espírito Santo
desde o início da década de 1850, onde adquiriu uma fazenda no
município de Santa Cruz (atual Aracruz). Ao observar o interesse do
Brasil pela mão de obra europeia ele decidiu oferecer terras para os
imigrantes em troca do direito de derrubar 3,5 mil jacarandás para
exportação.
8. Após um longo período de negociação o Ministério da Agricultura
autorizou a Província capixaba a firmar contrato com Tabacchi,
que por sua vez enviou emissários ao Trentino (Tirol Italiano), à
época sob o domínio austríaco, para capitanear famílias daquela
região e do Vêneto. Assim, no dia 3 de janeiro de 1874, às 15
horas, partia do porto de Gênova o “La Sofia”, conduzindo 388
imigrantes italianos. A chegada ao Espírito Santo ocorreu no dia
17 de fevereiro e o desembarque se prolongou até 27 do mesmo
mês. Em 01 de março começou a viagem até o porto de Santa
Cruz, em direção à propriedade de Tabacchi.
9. Foi a primeira expedição em massa de camponeses da Itália para o
Espírito Santo e daria início à epopeia emigratória dos italianos para
o Brasil. Porém, os colonos logo perceberam que foram enganados
pelas falsas promessas de Tabacchi. Não havia terras preparadas e
a situação nos alojamentos era caótica. Esses fatos, somados a
uma difícil travessia pelo Atlântico, foram ingredientes que
culminaram na primeira revolta. O descontentamento era grande e a
rebelião só foi contida pela ação da força policial. Por outro lado, os
imigrantes obtiveram informações sobre as colônias oficiais, nas
quais teriam melhores condições de trabalho e a oportunidade de
serem donos dos seus lotes.
10. A Expedição Tabacchi inaugura um novo movimento migratório. A Itália recém-
unificada era um país desconexo, com altas taxas demográficas e uma grande
massa de desempregados. Sem alternativas, muitos viajaram para realizar o “sonho
da América”. Em 1875 as partidas dos transatlânticos de Gênova e de outros portos
da Europa se tornaram rotinas. No Espírito Santo ocorreu a entrada de 1.403
colonos nesse ano.
11. Verificou-se na época a necessidade de documentar oficialmente
os procedimentos: ofícios, cartas, contratos, relatórios, listas de
passageiros dos navios e hospedarias e passaportes. Com isso,
os materiais gerados para o controle administrativo das ações
referentes ao fluxo migratório, em suas diversas etapas,
tornaram-se registros para o resgate da história de cada família
e indivíduo.
13. TRABALHO EM GRUPO
• MUSEU MELLO LEITÃO- Eduardo, Éverson, Arthur e Cleverton.
• CASA LAMBERT- Carlos Henrique, Marlon e Gustavo
• RAMPA DE VOO LIVRE- Livia, Yasmin, Maria e Stefany.
• CENTRO CULTURAL E MUSEU DA IMIGRAÇÃO-
• FÁBRICA DE BISCOITOS CLAIDS- Ricardo, Lorenzzo e Angelo.
• PRAÇA AUGUSTO RUSCHI- Kariny, Sabrini, Macela e Águida.
• CIRCUITO CARAVAGGIO- Kauan, Willian, Thalisson, Gabriel e Ana Caroline
• RUA DO LAZER- Ana Júlia, Alicia e Amanda
• GALERIA DE ARTESANATO- Otávio, Carlos Eduardo, Vithor e Wesley
14. Se comparado com os estados do sul do Brasil, principalmente Rio
Grande do Sul e Santa Catarina, o Espírito Santo recebeu um número
pequeno de imigrantes alemães. No entanto, uma rápida visita à
região serrana do estado, principalmente nos municípios de
Domingos Martins e Santa Maria de Jetibá, entre outros, não deixa
dúvidas da presença germânica. Seja na arquitetura, na língua ou na
atuação da igreja luterana, a marca do imigrante alemão se faz sentir
em solo capixaba tão forte quanto em terras gaúchas ou catarinenses.
15. Os hunsrücker (1847)
Os primeiros alemães a chegarem ao Espírito Santo eram do
Hunsrück, região entre os rios Mosel e Rhein, então denominada de
província prussiana do Rhein, no atual estado do Rheinland-Pfalz. Da
região do Hunsrück já haviam partido muitos dos primeiros alemães
para o Brasil durante os anos de 1824 e 1830. Após um período onde
os gastos com a imigração foram proibidos pelo governo imperial, na
década de 1840 novas levas começaram a chegar ao porto do Rio de
Janeiro de onde eram destinados, em sua maioria, para a região
centro-sul do país.
16. Em 1846, por intermédio do então presidente da província, Luiz
Pedreira do Couto Ferraz, o Imperador D. Pedro II, permitiu que um
grupo pequeno fosse enviado para Vitória, onde chegaram em 21
de dezembro de 1846. Depois de desembarcados no porto da
capital, subiram o rio Jucu em canoas até chegarem à região
serrana, em um lugar denominado pelos índios botocudos de
“Cuité”, fundando no dia 27 de janeiro de 1847 a colônia de Santa
Isabel, a primeira colônia de imigrantes alemães em solo capixaba.
Eram 39 famílias, sendo 16 evangélico-luteranas e 23 católicas,
cerca de 160 pessoas
17. As divergências religiosas impeliram as famílias luteranas a
subirem ainda mais a serra, para um local denominado de
“Campinho”, atual Domingos Martins. Ali deram inicio a construção
de uma igreja no final da década de 1850. Em 20 de maio de 1866,
ainda sem torre, como ordenava a Constituição Brasileira, a igreja
foi consagrada. Mais tarde, coordenados por Johann Nikolaus
Velten, determinados e insatisfeitos com a situação que
consideravam humilhante, deram inicio a construção da torre, que
apesar dos entraves do governo imperial foi concluída e inaugurada
em 30 de janeiro de 1887, sendo a primeira igreja protestante
adornada com torre no Brasil.
18. Cada família recebeu do governo imperial cerca de 50 hectares de
terra para o cultivo e uma ajuda de custo por tempo determinado.
Naturalmente os católicos se aproximaram de Viana, cidade povoada
por católicos açorianos, e lá frequentavam o comércio e a igreja local.
Em 1852 a primeira igreja católica foi consagrada na vila de Santa
Isabel e tinha como Padroeiro São Bonifácio.
19. Os pomeranos (1859)
O primeiro grupo de pomeranos no Espírito Santo chegou à Vitória
no dia 28 de junho de 1859. Eram 117 imigrantes que haviam
deixado sua pátria através do porto de Hamburg. Assim como os
hunsrücker haviam feito 12 anos antes, subiram o rio Jucu em
canoas até chegarem à região serrana, onde receberam terras em
Santa Leopoldina, atualmente Santa Maria de Jetibá, e
descobriram uma paisagem totalmente nova: ao contrário dos
primeiros alemães a chegarem na região, os pomeranos
desconheciam montanhas; a Pomerânia, no norte da Alemanha, é
uma região costeira e plana.
20. Vencidos os desafios de adaptação, se integraram a nova
realidade. Novas levas, cerca de 2.200 imigrantes de origem
pomerana, chegaram principalmente entre os anos de 1868 e
1874, transformando o Espírito Santo no estado brasileiro com
maior concentração de descendentes de pomeranos no Brasil.