O poema descreve como diferentes grupos se comportam durante a hora do Ângelus, com os anjos rezando no céu, animais se recolhendo em seus ninhos e casas, enquanto humanos aceleram o trabalho, criminosos intensificam atividades e soldados disparam obedientemente. Apesar das diferenças, o poeta busca transformar dores e amores em poemas divinos.
2. Como um liame entre o céu e a terra,
Os ponteiros do relógio marcam “6h”.
No céu, os anjos piedosos encolhem as asas,
Na terra, os puros se recolhem em suas casas.
Todos rezam.
3.
4. Também as aves, na terra, encurtam os seus caminhos,
Postadas nas árvores e cumeeiras, se achegam aos ninhos;
As flores, sem os beija-flores, se avivam e exalam suaves odores,
Interrompem a caça os predadores, descansam as presas os roedores.
Todos se respeitam.
5. No giro do capital, os patrões e operários aceleram o ritmo,
Nos morros e becos, os traficantes dão vaza ao instinto,
Nos campos de batalha, os soldados, coitados, disparam
obedientes,
Nas crateras profundas do inferno, não cessam o choro e o ranger
de dentes.
Todos vociferam.
6.
7. Na Hora do “Ângelus”,
nada cala o bimbalhar do sinos,
Nem a verve do poeta, que revolve o céu, a
terra, o inferno,
Para transformar os ecos do Amor e da Dor
em poemas divinos.
8.
9. Como um liame entre o céu e a terra,
Os ponteiros do relógio marcam “6h”.
No céu, os anjos piedosos encolhem as asas,
Na terra, os puros se recolhem em suas casas.
Todos rezam.
Também as aves, na terra, encurtam os seus caminhos,
Postadas nas árvores e cumeeiras, se achegam aos ninhos;
As flores, sem os beija-flores, se avivam e exalam suaves odores,
Interrompem a caça os predadores, descansam as presas os roedores.
Todos se respeitam.
No giro do capital, os patrões e operários aceleram o ritmo,
Nos morros e becos, os traficantes dão vaza ao instinto,
Nos campos de batalha, os soldados, coitados, disparam obedientes,
Nas crateras profundas do inferno, não cessam o choro e o ranger de dentes.
Todos vociferam.
Na Hora do “Ângelus”,
nada cala o bimbalhar do sinos,
Nem a verve do poeta, que revolve o céu, a terra, o inferno,
Para transformar os ecos do Amor e da Dor em poemas divinos.
10. Formatação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Poeta: Alceu Sebastião Costa
Imagens: Arquivo Pessoal e Internet
Criação: Luzia Gabriele
Música: Ernesto Cortazar - Bach Ave Maria - Instrumental
http://www.slideshare.net/luziagabriele
https://youtu.be/usURUXOpM3Y
Data: 02 de Novembro de 2016