Este documento resume a investigação do jornal San Jose Mercury News sobre o papel de George Bush na epidemia de crack dos anos 80 nos EUA. A investigação mostra que, sob a direção de Bush, os contras nicaraguenses inundaram as ruas de Los Angeles com toneladas de cocaína barata, lucrando milhões para financiar os rebeldes. Isso alimentou as gangues de rua e a violência relacionada ao crack. O documento argumenta que Bush deveria ser considerado o maior "capo das drogas" daquela época e que centenas de
1) O documento discute a Segunda Guerra Mundial, o assassinato de JFK e a dinastia da Casa do Ouro. 2) Afirma que o assassinato de JFK foi um golpe de estado nazista e está ligado a eventos suprimidos da Segunda Guerra Mundial. 3) Aponta a PERMINDEX como a agência por trás do assassinato de JFK, liderada pelo Major Louis Mortimer Bloomfield que trabalhava para o Escritório Britânico de Assassinatos.
O documento discute o escândalo do "mensalão" no Brasil e as opiniões sobre o assunto. Em três pontos: 1) A opinião pública estava mal informada sobre o caso; 2) O PT usou empréstimos bancários para financiar campanhas de forma ilegal; 3) Lula conseguiu se recuperar politicamente do escândalo.
1) O documento discute o conceito de soberania e como ele evoluiu a partir do Estado Moderno.
2) A soberania do Brasil está garantida na Constituição e foi violada pelas ações de espionagem dos EUA, como revelado por Edward Snowden.
3) O Brasil criticou publicamente a espionagem dos EUA em fóruns internacionais e propôs uma resolução na ONU defendendo o direito à privacidade na internet.
1. A Conspiração Tarquiniana foi uma conspiração em 509 a.C. na Roma Antiga para reintegrar a monarquia e colocar Tarquínio, o Soberbo de volta ao trono.
2. Os conspiradores foram descobertos e executados.
3. O documento discute a relação entre a mídia e o judiciário brasileiro e sugere que existe uma tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
Deputados protocolam nova representação sobre a participação do FBI/ EUA na L...diariodocentrodomundo
- Documentos revelam participação ativa dos EUA na operação Lava Jato, incluindo treinamento de procuradores, compartilhamento informal de informações e incentivo à criação de força-tarefa nos moldes das forças-tarefas americanas.
- Procuradores americanos declaram que o sucesso da operação inclui a condenação de Lula e que o alvo era influenciar a política externa brasileira que se alinhava a outros países e não aos EUA.
- Andrew Weissmann, procurador dos EUA conhecido por métodos controversos de
1. Novas mensagens revelam que membros da Lava Jato planejaram atacar Lula judicialmente após reconhecerem ser "quase impossível derrotá-lo" eleitoralmente em 2015.
2. Um membro do MPF disse apreciar "o sofrimento dos eleitores de Lula" e que "o sofrimento alheio é muito salutar", indicando o objetivo de desgastar a imagem de Lula.
3. A defesa alega que Lula e seus familiares foram de fato submetidos a intenso sofrimento pela
1) O documento discute a Segunda Guerra Mundial, o assassinato de JFK e a dinastia da Casa do Ouro. 2) Afirma que o assassinato de JFK foi um golpe de estado nazista e está ligado a eventos suprimidos da Segunda Guerra Mundial. 3) Aponta a PERMINDEX como a agência por trás do assassinato de JFK, liderada pelo Major Louis Mortimer Bloomfield que trabalhava para o Escritório Britânico de Assassinatos.
O documento discute o escândalo do "mensalão" no Brasil e as opiniões sobre o assunto. Em três pontos: 1) A opinião pública estava mal informada sobre o caso; 2) O PT usou empréstimos bancários para financiar campanhas de forma ilegal; 3) Lula conseguiu se recuperar politicamente do escândalo.
1) O documento discute o conceito de soberania e como ele evoluiu a partir do Estado Moderno.
2) A soberania do Brasil está garantida na Constituição e foi violada pelas ações de espionagem dos EUA, como revelado por Edward Snowden.
3) O Brasil criticou publicamente a espionagem dos EUA em fóruns internacionais e propôs uma resolução na ONU defendendo o direito à privacidade na internet.
1. A Conspiração Tarquiniana foi uma conspiração em 509 a.C. na Roma Antiga para reintegrar a monarquia e colocar Tarquínio, o Soberbo de volta ao trono.
2. Os conspiradores foram descobertos e executados.
3. O documento discute a relação entre a mídia e o judiciário brasileiro e sugere que existe uma tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
Deputados protocolam nova representação sobre a participação do FBI/ EUA na L...diariodocentrodomundo
- Documentos revelam participação ativa dos EUA na operação Lava Jato, incluindo treinamento de procuradores, compartilhamento informal de informações e incentivo à criação de força-tarefa nos moldes das forças-tarefas americanas.
- Procuradores americanos declaram que o sucesso da operação inclui a condenação de Lula e que o alvo era influenciar a política externa brasileira que se alinhava a outros países e não aos EUA.
- Andrew Weissmann, procurador dos EUA conhecido por métodos controversos de
1. Novas mensagens revelam que membros da Lava Jato planejaram atacar Lula judicialmente após reconhecerem ser "quase impossível derrotá-lo" eleitoralmente em 2015.
2. Um membro do MPF disse apreciar "o sofrimento dos eleitores de Lula" e que "o sofrimento alheio é muito salutar", indicando o objetivo de desgastar a imagem de Lula.
3. A defesa alega que Lula e seus familiares foram de fato submetidos a intenso sofrimento pela
Este documento descreve a história da família Bush, começando com Prescott Bush, pai de George H. W. Bush. Prescott se formou em Yale em 1917 e se juntou a uma sociedade secreta chamada Skull and Bones, onde conheceu influentes figuras como os Harriman. Isso o ajudou a se tornar banqueiro e ganhar riqueza e poder. O documento sugere que a fortuna e influência política de Bush vieram de sua lealdade a famílias mais poderosas, não de sua independência.
O Caso Watergate começou com a prisão de cinco homens tentando instalar equipamentos de escuta na sede do Partido Democrata em 1972. Dois repórteres do Washington Post, Woodward e Bernstein, investigaram mais a fundo e descobriram o envolvimento do governo Nixon, levando à renúncia do presidente em 1974. A investigação contou com a ajuda essencial de uma fonte anônima do FBI.
O documento relata fatos sobre a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista. Alega que o Presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro se apropriaram de provas que poderiam incriminá-los no crime, configurando obstrução à justiça. Pede busca e apreensão do material e apuração da responsabilidade criminal dos envolvidos.
[1] O documento discute alegadas violações dos Estados Unidos aos Princípios de Nuremberg, incluindo o uso de grupos terroristas como a Al-Qaeda para derrubar governos estrangeiros e encobrir crimes de guerra.
[2] É fornecida uma lista de líderes judaicos sionistas em posições-chave nos EUA, sugerindo que eles promovem uma agenda racista e religiosa.
[3] Trechos da Wikipédia sobre os Princípios de Nuremberg são apresentados para
O documento discute o conceito de jornalismo investigativo e seus principais elementos. Apresenta o caso Watergate como um exemplo emblemático do gênero, destacando a investigação feita pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein que levou à renúncia do presidente Nixon. Também diferencia os conceitos de jornalismo declaratório, de dossiê e investigativo.
Esta apresentação é o resultado de uma pesquisa para a disciplina de Leitura Crítica e Análise de Textos II, do Curso de Comunicação em Mídias Digitais da Universidade Federal da Paraíba. Ela trabalha em que aspectos do filme Todos os homens do Presidente podemos avaliar as características de uma produção jornalística.
O CONTROVERSO E FORJADO MEMORANDO DA CIA - artigo do historiador coronel Cláu...Lucio Borges
1) O documento discute um memorando controverso da CIA sobre a ditadura militar no Brasil que foi divulgado pela Rede Globo. 2) O autor argumenta que o memorando é falso e faz parte de uma campanha política contra os militares e a favor da esquerda. 3) Muitos especialistas citados no texto também acreditam que o memorando é falso e sua divulgação prejudicou injustamente a imagem dos militares e do governo da época.
Este artigo analisa as diferentes justificativas dadas pelo embaixador Lincoln Gordon ao longo dos anos para explicar seu apoio ao golpe militar de 1964 no Brasil. Inicialmente, Gordon citou preocupações anticomunistas na Guerra Fria. Posteriormente, admitiu envolvimento indireto dos EUA no golpe através da Operação Brother Sam, embora insistisse que o golpe foi "100% brasileiro". Mais tarde, passou a defender o regime militar que se instaurou.
O documento discute a visão messiânica que sustenta a estratégia de poder dos EUA no mundo pós-11 de setembro, incluindo a doutrina de ataques preventivos e a guerra no Iraque. Relaciona essa visão com a crença evangélica de que Cristo retornará para estabelecer um reino terreno em Jerusalém, e que os EUA ajudariam a preparar o caminho para isso apoiando Israel.
O documento discute o governo brasileiro de Ernesto Geisel (1974-1979) e a relação com os Estados Unidos durante esse período. O governo Geisel estava se aproximando diplomaticamente da China e de Cuba, o que diminuiu o prestígio dos EUA no Brasil. Quando veio à tona denúncias de tortura no Brasil, o embaixador americano recomendou aos EUA que não interferissem para não piorar ainda mais as relações, apesar de saber das violações aos direitos humanos. A Folha de São Paulo apresenta isso como se
1) O documento notifica o presidente Barack Obama que ele está demitido de seu cargo imediatamente.
2) Ele é acusado de fraude por não provar sua cidadania natural em um tribunal e de cometer vários crimes, incluindo crimes de guerra e obstrução da justiça.
3) O documento afirma que quaisquer atos tomados por Obama como presidente podem ser considerados nulos devido à falta de autorização legal para ocupar o cargo.
O documento descreve vários casos de políticos e assessores envolvidos em esquemas de corrupção durante os governos Lula, transportando grandes quantidades de dinheiro em malas, carros-fortes e até escondidas na cueca. Relata também a nomeação controversa de Roberto Mangabeira Unger como ministro, apesar de suas duras críticas a Lula.
1) O documento discute acusações de corrupção contra o governo Lula, citando exemplos de dinheiro encontrado em malas, carros-fortes e até cuecas de assessores petistas.
2) Fala sobre a nomeação controversa de Roberto Mangabeira Unger como ministro por Lula, apesar de Unger ter acusado anteriormente o governo Lula de ser o mais corrupto da história.
3) Descreve depoimentos sobre esquemas de propina envolvendo malas cheias de dinheiro vivo entregues a políticos do PT e outros
O documento discute a história da elite dominadora mundial conhecida como "Nascidos do Sangue", que controla os eventos mundiais através de esforços coletivos e casamentos entre famílias. A elite de Nova Inglaterra incluía famílias ricas ou com status na Inglaterra, enquanto outras eram proeminentes em igrejas. Essas famílias preservavam seu status através de casamentos entre si, domínio de negócios e política, e doações a instituições. Fortunas foram acumul
1) Edward Snowden revelou programas de vigilância em massa dos EUA contra sua própria população e governos estrangeiros. 2) Os EUA espionaram centenas de milhares de ligações e mensagens no Brasil. 3) Estas ações mostram o avanço de tendências fascistas nos EUA, com violação de privacidade e direitos civis da população.
O Documento Torbitt alega que uma "cabala de assassinato" envolvendo a NASA, cientistas nazistas, a máfia e elementos do governo dos EUA planejou e executou o assassinato de JFK. Alega que a tentativa de assassinato de De Gaulle também foi planejada pelo mesmo grupo. Afirma que Clay Shaw da Permindex teve papel central no complô para matar JFK.
1) O documento discute a interpretação correta da história de Caim e Abel no Gênesis, afirmando que Caim na verdade era superior e o filho da serpente Enki, não um assassino.
2) A "marca de Caim" na verdade era um brasão de armas real, representando a linhagem real através de Tiâmat.
3) O nome de Caim está ligado à rainha e ao olho que tudo vê, símbolos da sabedoria e iluminação.
1) O documento discute a teologia nazista de Adolf Hitler e suas crenças religiosas e visão do destino final da humanidade.
2) Hitler acreditava que o objetivo final da evolução humana era a vinda dos "Filhos de Deus", que seriam seres infinitamente superiores ao homem moderno.
3) O documento também apresenta perspectivas sobre a personalidade enigmática de Hitler e declarações que indicam que ele se via como alguém destinado a realizar os ideais de Cristo.
O documento afirma que Parks conecta Osiris a Cristo e Enki, e que Enki é a serpente do Éden e o Anjo Caído. Isso significaria que Cristo é Enki, que é associado a Lúcifer. O documento também discute a origem híbrida de Enki como criado por Anu com genes dele e de sua esposa anfíbia Mamitu.
Este documento descreve a história da família Bush, começando com Prescott Bush, pai de George H. W. Bush. Prescott se formou em Yale em 1917 e se juntou a uma sociedade secreta chamada Skull and Bones, onde conheceu influentes figuras como os Harriman. Isso o ajudou a se tornar banqueiro e ganhar riqueza e poder. O documento sugere que a fortuna e influência política de Bush vieram de sua lealdade a famílias mais poderosas, não de sua independência.
O Caso Watergate começou com a prisão de cinco homens tentando instalar equipamentos de escuta na sede do Partido Democrata em 1972. Dois repórteres do Washington Post, Woodward e Bernstein, investigaram mais a fundo e descobriram o envolvimento do governo Nixon, levando à renúncia do presidente em 1974. A investigação contou com a ajuda essencial de uma fonte anônima do FBI.
O documento relata fatos sobre a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista. Alega que o Presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro se apropriaram de provas que poderiam incriminá-los no crime, configurando obstrução à justiça. Pede busca e apreensão do material e apuração da responsabilidade criminal dos envolvidos.
[1] O documento discute alegadas violações dos Estados Unidos aos Princípios de Nuremberg, incluindo o uso de grupos terroristas como a Al-Qaeda para derrubar governos estrangeiros e encobrir crimes de guerra.
[2] É fornecida uma lista de líderes judaicos sionistas em posições-chave nos EUA, sugerindo que eles promovem uma agenda racista e religiosa.
[3] Trechos da Wikipédia sobre os Princípios de Nuremberg são apresentados para
O documento discute o conceito de jornalismo investigativo e seus principais elementos. Apresenta o caso Watergate como um exemplo emblemático do gênero, destacando a investigação feita pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein que levou à renúncia do presidente Nixon. Também diferencia os conceitos de jornalismo declaratório, de dossiê e investigativo.
Esta apresentação é o resultado de uma pesquisa para a disciplina de Leitura Crítica e Análise de Textos II, do Curso de Comunicação em Mídias Digitais da Universidade Federal da Paraíba. Ela trabalha em que aspectos do filme Todos os homens do Presidente podemos avaliar as características de uma produção jornalística.
O CONTROVERSO E FORJADO MEMORANDO DA CIA - artigo do historiador coronel Cláu...Lucio Borges
1) O documento discute um memorando controverso da CIA sobre a ditadura militar no Brasil que foi divulgado pela Rede Globo. 2) O autor argumenta que o memorando é falso e faz parte de uma campanha política contra os militares e a favor da esquerda. 3) Muitos especialistas citados no texto também acreditam que o memorando é falso e sua divulgação prejudicou injustamente a imagem dos militares e do governo da época.
Este artigo analisa as diferentes justificativas dadas pelo embaixador Lincoln Gordon ao longo dos anos para explicar seu apoio ao golpe militar de 1964 no Brasil. Inicialmente, Gordon citou preocupações anticomunistas na Guerra Fria. Posteriormente, admitiu envolvimento indireto dos EUA no golpe através da Operação Brother Sam, embora insistisse que o golpe foi "100% brasileiro". Mais tarde, passou a defender o regime militar que se instaurou.
O documento discute a visão messiânica que sustenta a estratégia de poder dos EUA no mundo pós-11 de setembro, incluindo a doutrina de ataques preventivos e a guerra no Iraque. Relaciona essa visão com a crença evangélica de que Cristo retornará para estabelecer um reino terreno em Jerusalém, e que os EUA ajudariam a preparar o caminho para isso apoiando Israel.
O documento discute o governo brasileiro de Ernesto Geisel (1974-1979) e a relação com os Estados Unidos durante esse período. O governo Geisel estava se aproximando diplomaticamente da China e de Cuba, o que diminuiu o prestígio dos EUA no Brasil. Quando veio à tona denúncias de tortura no Brasil, o embaixador americano recomendou aos EUA que não interferissem para não piorar ainda mais as relações, apesar de saber das violações aos direitos humanos. A Folha de São Paulo apresenta isso como se
1) O documento notifica o presidente Barack Obama que ele está demitido de seu cargo imediatamente.
2) Ele é acusado de fraude por não provar sua cidadania natural em um tribunal e de cometer vários crimes, incluindo crimes de guerra e obstrução da justiça.
3) O documento afirma que quaisquer atos tomados por Obama como presidente podem ser considerados nulos devido à falta de autorização legal para ocupar o cargo.
O documento descreve vários casos de políticos e assessores envolvidos em esquemas de corrupção durante os governos Lula, transportando grandes quantidades de dinheiro em malas, carros-fortes e até escondidas na cueca. Relata também a nomeação controversa de Roberto Mangabeira Unger como ministro, apesar de suas duras críticas a Lula.
1) O documento discute acusações de corrupção contra o governo Lula, citando exemplos de dinheiro encontrado em malas, carros-fortes e até cuecas de assessores petistas.
2) Fala sobre a nomeação controversa de Roberto Mangabeira Unger como ministro por Lula, apesar de Unger ter acusado anteriormente o governo Lula de ser o mais corrupto da história.
3) Descreve depoimentos sobre esquemas de propina envolvendo malas cheias de dinheiro vivo entregues a políticos do PT e outros
O documento discute a história da elite dominadora mundial conhecida como "Nascidos do Sangue", que controla os eventos mundiais através de esforços coletivos e casamentos entre famílias. A elite de Nova Inglaterra incluía famílias ricas ou com status na Inglaterra, enquanto outras eram proeminentes em igrejas. Essas famílias preservavam seu status através de casamentos entre si, domínio de negócios e política, e doações a instituições. Fortunas foram acumul
1) Edward Snowden revelou programas de vigilância em massa dos EUA contra sua própria população e governos estrangeiros. 2) Os EUA espionaram centenas de milhares de ligações e mensagens no Brasil. 3) Estas ações mostram o avanço de tendências fascistas nos EUA, com violação de privacidade e direitos civis da população.
O Documento Torbitt alega que uma "cabala de assassinato" envolvendo a NASA, cientistas nazistas, a máfia e elementos do governo dos EUA planejou e executou o assassinato de JFK. Alega que a tentativa de assassinato de De Gaulle também foi planejada pelo mesmo grupo. Afirma que Clay Shaw da Permindex teve papel central no complô para matar JFK.
Semelhante a GEORGE BUSH, O SUPER CAPO DA COCAÍNA (18)
1) O documento discute a interpretação correta da história de Caim e Abel no Gênesis, afirmando que Caim na verdade era superior e o filho da serpente Enki, não um assassino.
2) A "marca de Caim" na verdade era um brasão de armas real, representando a linhagem real através de Tiâmat.
3) O nome de Caim está ligado à rainha e ao olho que tudo vê, símbolos da sabedoria e iluminação.
1) O documento discute a teologia nazista de Adolf Hitler e suas crenças religiosas e visão do destino final da humanidade.
2) Hitler acreditava que o objetivo final da evolução humana era a vinda dos "Filhos de Deus", que seriam seres infinitamente superiores ao homem moderno.
3) O documento também apresenta perspectivas sobre a personalidade enigmática de Hitler e declarações que indicam que ele se via como alguém destinado a realizar os ideais de Cristo.
O documento afirma que Parks conecta Osiris a Cristo e Enki, e que Enki é a serpente do Éden e o Anjo Caído. Isso significaria que Cristo é Enki, que é associado a Lúcifer. O documento também discute a origem híbrida de Enki como criado por Anu com genes dele e de sua esposa anfíbia Mamitu.
1) Marianne é o símbolo da liberdade e da revolução francesa, representada em estátuas e selos na França.
2) Originalmente, Marianne era uma versão maçônica de Maria Madalena, que foi transformada em símbolo republicano.
3) Ao longo do tempo, diferentes mulheres famosas serviram de modelo para representações oficiais de Marianne na França.
1) A existência da matéria escura foi comprovada pela diferença entre as trajetórias observadas e teóricas das estrelas, sugerindo uma influência gravitacional invisível.
2) O documento propõe que a matéria normal é constituída por bolhas dentro da verdadeira matéria, a matéria escura, explicando assim suas propriedades.
3) A gravidade seria uma força de reação que mantém as bolhas abertas dentro da maciça matéria escura.
1) Redburh, the wife of King Egbert of Wessex, was described in early records as the "sister of the King of the Franks".
2) She has been identified as either the sister or sister-in-law of Charlemagne, but he only had one known sister.
3) Research suggests Redburh was actually Charlemagne's cousin, as the Latin term "sororia" can mean cousin, not just sister.
4) It's conjectured Redburh was the granddaughter of Charles Martel, making her a cousin of Charlemagne, the King of the Franks she was connected to.
O documento discute a origem do sobrenome Duque Estrada e apresenta evidências de que Carlos Martel poderia ser pai de Teodoaldo, filho de Grimoaldo. Também sugere que a "dama" com quem Grimoaldo teve um relacionamento ilícito poderia ter sido a primeira esposa de Carlos Martel, Rotrude. Por fim, discute a possível linhagem judaica da segunda esposa de Carlos Martel através do exilarca Natronai-Makhir.
1) O sobrenome Duque Estrada tem origem na corrupção da palavra holandesa "Dikke" para "Duque" e da palavra "Herstal" para "Estrada", referindo-se a Pepin II, prefeito do palácio merovíngio de Austrásia.
2) Um neto de Pepin II chamado Otton fugiu para as Astúrias na Espanha após a queda do Reino Franco e fundou a Casa Solar Duque Estrada.
3) Existem dúvidas sobre a veracidade da genealogia Duque Est
Um erudito bíblico americano afirma que o cristianismo foi inventado pelo Império Romano como forma de controle sobre os judeus. Ele alega que a história de Jesus foi fabricada para promover o pacifismo e obediência aos romanos, em contraste com as esperanças judaicas em um messias guerreiro. Sua teoria é baseada em paralelos entre o Novo Testamento e registros históricos da época sobre a campanha militar romana na Palestina.
O documento discute o bombardeio da cidade alemã de Dresden pelos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Afirma que entre 350.000 e 500.000 civis foram mortos em um único ataque aéreo em fevereiro de 1945, quando a cidade foi incendiada com bombas incendiárias, levando a temperaturas de até 1600°C. Também critica Winston Churchill e Franklin Roosevelt como criminosos de guerra responsáveis pelo bombardeio de diversas outras cidades alemãs.
1) A CIA reconheceu pela primeira vez a existência da Área 51 em documentos desclassificados em 2013, após referências anteriores terem sido alteradas.
2) Um pedido de informação em 2005 resultou em nova versão da CIA com menções claras à Área 51.
3) Parte do ouro nazista roubado de um trem na França após a 2a Guerra Mundial foi usado para financiar pesquisas secretas na Área 51 e o Projeto Montauk.
O documento discute a alegação de que o ator Robert Pattinson é descendente do Conde Drácula. Embora Pattinson seja primo dos Príncipes de Gales, a Rainha Mãe Elizabeth Bowes-Lyon, de quem ele descende, não tem ancestrais em comum com Drácula. Além disso, a família real britânica desce do pai de Drácula, não de Drácula, e é descendente de Genghis Khan, não do Conde Drácula.
O documento descreve a origem da família Duque Estrada, afirmando que eles descendem de Grimoaldo, sobrinho de Carlos Martel, que fugiu para a Espanha após uma desavença. Posteriormente, o autor encontra evidências de que a família na verdade descende da Casa de Pepim, ligada aos reis merovíngios da França e possivelmente à linhagem de Jesus Cristo.
Mercenários da empresa Craft estavam presentes na cena do atentado na Maratona de Boston carregando mochilas pretas semelhantes às usadas nas bombas. Fotos mostram 5 mercenários usando equipamentos táticos e detectores de radiação, mas a mídia e polícia ignoram sua presença. Questiona-se quem os contratou e qual era sua missão real no evento.
O documento discute como grandes empresas e bancos americanos apoiaram financeiramente e deram suporte industrial aos nazistas na Alemanha pré-Segunda Guerra Mundial, incluindo a Standard Oil fornecendo gasolina, a General Electric financiando Hitler, e a IG Farben fabricando gás Zyklon B. O autor argumenta que os Estados Unidos, Inglaterra e Suíça ajudaram a tornar possível a máquina de guerra nazista e a Segunda Guerra Mundial.
O documento discute a teoria de que Lorde Lichfield, primo da Rainha Elizabeth II, pode ter sido assassinado em 2005 por estar prestes a revelar segredos sobre a sociedade secreta Priory of Sion mencionada no livro O Código Da Vinci. O diretor Bruce Burgess acredita que Lichfield poderia fornecer documentos importantes sobre o assunto antes de morrer repentinamente. Há também evidências históricas ligando a família de Lichfield a segredos envolvendo uma pintura de Nicolas Poussin que inspirou o
1) Kate Middleton pode ser descendente de Henrique VIII através de sua ancestral Catherine Carey, filha ilegítima de Henrique VIII com Mary Boleyn.
2) Catherine Carey recebeu muitos favores de Henrique VIII durante sua vida, sugerindo que ela era reconhecidamente sua filha.
3) Sua descendente direta, Elizabeth Knollys, também recebeu grandes honras da Rainha Elizabeth I, indicando reconhecimento de sangue real.
A circuncisão teve origem entre os sumérios como forma de diferenciar os humanos criados pelos Anunnaki de seus criadores. Posteriormente, o deus Enlil adotou a circuncisão como símbolo distintivo do seu povo escolhido, os hebreus. A prática da circuncisão entre os hebreus teria sido adotada para marcá-los como povo diferente dos demais humanos e, ao mesmo tempo, semelhante aos Anunnaki.
1) O documento discute as finanças obscuras do Vaticano e alega que problemas financeiros, e não questões teológicas, levaram à renúncia do Papa Bento XVI.
2) Havia uma "facção" dentro do Vaticano envolvida em pedofilia, conspirações reacionárias e roubo que era imune e faria qualquer coisa para se proteger.
3) Mais do que disputas teológicas, foram o dinheiro sujo e as contas do banco do Vaticano que parecem explicar a renúncia sem precedentes
VATICANO - A HISTÓRIA SECRETA DA RENÚNCIA DE BENTO XVI
GEORGE BUSH, O SUPER CAPO DA COCAÍNA
1.
2. Tradução feita por Claudio José Ayrosa Rosière
Foram traduzidos apenas o Prefácio e os Capítulos 1, 2 e 9
Claudio José Ayrosa Rosière é pesquisador histórico,
revisionista e escritor. Tem três livros escritos:
O Mito Jesus - O Pantera (identifica o pai biológico de Jesus
como sendo o Imperador Tibério César)
O Mito Jesus - A Mulher sem Nome (Identifica Maria
Madalena como sendo a neta de Herodes, Herodias, e o pai
adotivo de Jesus como sendo o próprio Herodes, o Grande)
O Mito Jesus - A Linhagem (identifica a Linhagem do Graal
descendente de Jesus até a atualidade)
Obs. importante: Estes três livros de minha autoria foram
divulgados e recomendados pela Revista Maçônica Arte Real
como pode ser confirmado aqui e aqui
3. Índice
PREFÁCIO CAPÍTULO 4
A “força do crack” de George Bush A verdade sobre Mena, Arkansas... e algo mais
Por Lyndon LaRouche Documentação: cartas de autoridades policiais e
judiciais de Louisiana; excertos do testemunho de
CAPÍTULO 1 George Morales e Gary Wayne Betzner, nas
George Bush, o capo das drogas Audiências da Comissão Kerry
Cronologia: A conexão dos contras com o crack Entrevistas: Celerino Castillo
Documentação: alguns dos documentos legais que CAPÍTULO 5
respaldam a acusação do jornal San Jose Mercury O Departamento de Defesa faz um trato com os
O caso dos homens rãs no informe da Comissão capos do narcotráfico
Kerry Bush e o Cartel de Cali na Colômbia
Bush entregou o Panamá ao Cartel de Cali
CAPÍTULO 2 Noriega: “eu não era um obstáculo”
George Bush: o policial que cometeu o crime Os Estados Unidos pagam testemunhas contra
Bush assume as operações encobertas da Inteligência Noriega
estadunidense Salinas, o capo mexicano das drogas, também é
Perfis: homem de Bush
Theodore Schackley Anos 80, a “narcodécada” de Bush
Donald P. Gregg
Félix Rodríguez, codinome “Max CAPÍTULO 9
Gomes” Acusação formal contra George Bush e
Richard V. Secord companhia
Oliver North
CAPÍTULO 3
O Ponto Focal de Bush e o caso de LaRouche:
existe vida nos asteróides?
Billington: quem é Oliver North
4. Prefácio
A força do crack de George Bush
Aqueles familiarizados com este tema perceberão que as páginas que seguem são muito mais que um informe; trata-
se de um caso que merece ser apresentado a um grande jurado. As provas exigem um auto de acusação contra o Ex-
Presidente dos Estados Unidos George Herbert Walker Bush, e companhia, por conspiração para cometer vários
“crimes sérios e feitorias”. Entre os diversos crimes, se incluía importação de cocaína por parte de agentes da liga de
Bush e também a obstrução massiva da justiça, neste e em outros casos, por parte de confederados de Bush em
cargos importantes no Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Obviamente, o jornal San Jose Mercury News merece elogios por seu valor e persistência em proporcionar o vínculo
final tão necessário para demonstrar a conexão entre a tomada de George Bush, em 1983, da operação dos contras, e
o início da epidemia de “cocaína-crack” em meados dos anos 80 nos Estados Unidos. Não obstante, a grande
maioria das provas correspondentes tem estado nos arquivos de Executive Intelligence Review desde há uma década.
A margem adicional de informação factual que proporciona o primor do Mercury, contribui com essa qualidade
específica de um feito acrescentando que desperta as paixões mais intensas do público, em respaldo as provas em
seu conjunto. Este novo elemento cria o fator político tão necessário para acabar com o acobertamento que se
colocou em marcha mediante as mentiras do Vice-Presidente George Bush e pelo cuidadoso desenho das aparições
teatrais choronas de Oliver North nas audiências do Congresso sobre este assunto.
Quando virem todo o quadro, como mostram as provas cruciais apresentadas aqui, moverão a cabeça em sinal de
que estão de acordo que a epidemia de “crack” é somente uma das acusações contra Bush e companhia. Se
tivermos que recuperar a república constitucional federal que foi quase destruída desde que Bush chegou a Vice-
Presidência dos Estados Unidos em 1980, devemos primeiro despertar e liquidar esta vasta organização ilegal
mercenária, financiada significativamente pelas drogas, que Bush levantou encobrindo-se com sua autoridade
delegada (e relegada) pelas diretivas presidenciais de segurança nacional 2 e 3, e por sua posição como “czar das
drogas” no período das operações fronteiriças de tráfico de drogas dos agentes contras de Bush.
Suponhamos que a CIA devia haver sabido que a organização do “governo secreto” do Vice-Presidente George
Bush estava importando toneladas de cocaína para colocá-las nas ruas dos Estados Unidos da América (inclusive se
à CIA não foi permitido interferir nas operações de Bush ou informar que as conhecia); mas, se alguém se deixa
enganar e crer que a CIA possa haver participado no tráfico de drogas, ou havê-lo controlado, então este alguém
está perfurando um poço seco ou, talvez, ajudando totalmente a levantar outra operação de encobrimento do
verdadeiro autor: Bush. A história do papel de Bush na distribuição de “cocaína-crack” nas ruas dos Estados Unidos
começou depois de que o Congresso dos Estados Unidos obrigou o governo de Reagan a atenuar e suspender o
respaldo da Agência Central de Inteligência (CIA) as operações dos contras.
Como nos mostra a documentação aqui apresentada, o aspecto fundamental do início da epidemia de “cocaína-
crack” por parte dos contras em nossas ruas foi o que se fez para compensar a operação dos contras, transferindo o
respaldo à operação fora da CIA e de outras agências federais e passando-a para onde a Emenda Boland impedia.
O controle se transferiu para as mãos de uma vasta organização mercenária encabeçada por Bush e financiada por
fundos privados. Esses mercenários e suas operações eram dirigidos não pelos servidores civis da burocracia da
CIA, preocupados por suas aposentadorias, mas desde os escritórios do Conselho de Segurança Nacional e, em
grande parte, com a camuflagem do “Ponto Focal”, proporcionada pelo Estado Maior Conjunto do Exército dos
Estados Unidos.
Concentrem-se no elemento crucial: por que razão os contras tiveram que vender a preços reduzidos a distribuição
já existente de cocaína nos Estados Ungidos colocando “cocaína-crack” nesses bairros pobres onde quase não havia
tráfico de cocaína anteriormente? Quando a Emenda Boland suspendeu todo subsídio governamental dos Estados
Unidos para os contras, Bush, seu assessor de segurança nacional Donald Gregg, e seu títere Oliver North,
recorreram a certos governos do exterior e a contribuições privadas para substituir os dólares do governo
estadunidense. Não se excluíram contribuições de fontes criminais.
Neste papel da “força do crack”, os contras contaram com a ajuda crucial de representantes dos cartéis de cocaína
colombianos. Os contras receberam um inventário de cocaína. Para tanto essa cocaína tinha que ser despejada em
outros mercados nacionais estadunidenses que não fossem os que já recebiam das redes de distribuição
estabelecidas pelos cartéis da Colômbia. Deveria ser aberto um novo mercado, que não existisse, para a cocaína; um
mercado novo no qual pudesse ser despejado esse inventário de cocaína dos contras a preços rebaixados para venda
rápida. Daí vem as provas desenterradas pelo San Jose Mercury News. Por isto, nestes bairros há tantos mortos e
tantos negros e hispânicos culpados, que cumprem sentença que o Capo George Bush deveria estar cumprindo em
prisões federais e estatais.
5. E somente quanto ao tema das drogas, há muito mais do que inclui o Mercury. Também houve “pilotos de Bush”.
Alguns eram como o pára-quedista Hasenfus, agente da Inteligência militar que desatou um escândalo internacional.
Outros eram traficantes de marihuana, como Barry Seal, que se converteu em agente e informante dirigido por
agentes como Oliver “Buck” Revell, do FBI, e o Tenente-coronel Oliver North, desde o Aeroporto Regional
intramontanhoso de Mena, Arkansas. Foi uma operação dirigida pela autoridade especial de segurança nacional
federal de Bush, fora do alcance de qualquer governador de Arkansas para intervir. Outros foram partes da operação
que o perene assassino e Vice-Presidente George Bush dirigiu pessoalmente para cortar o pescoço do General
Manoel Antonio Noriega, quando o próprio Bush visitou o Panamá para reunir-se com o General.
Mas as operações de Bush como Vice-Presidente, sob as diretivas 2 e 3, não se limitaram as Américas. Bush usou
seu ninho no Conselho de Segurança Nacional e no “Ponto Focal”, sob a proteção do Estado Maior Conjunto dos
Estados Unidos, para criar um vasto e complexo “governo secreto” financiado com dinheiro privado, cujas
atividades corruptas contínuas tem levado as instituições constitucionais dos três ramos do governo federal à beira
da destruição. Inclusive, sem que Bush ocupe um cargo público de eleição, ele e seu exército de valentões
mercenários seguem operando dentro e fora dos Estados Unidos com um absoluto desprezo por nossas instituições
constitucionais e os direitos de nossos cidadãos e, com freqüência, em oposição direta aos interesses vitais
estratégicos dos Estados Unidos no exterior. Enquanto não exorcizarmos as legiões do demônio Bush de suas
posições de poder em nossa vida nacional, nenhum cidadão estará a salvo, nem sequer os mais altos cargos do nosso
governo são imunes às armações da “Câmara de Starr” e atrocidades similares dos Robespierre da liga de Bush.
Leiam as páginas seguintes; estudem as provas. É hora de julgar e neutralizar este vasto aparato de mercenários no
governo secreto que o Ex-Presidente Bush segue simbolizando hoje em dia. Nossa nação e o futuro de suas famílias
dependem disto, antes que seja demasiado tarde.
Lyndon LaRouche Jr.
Leesburg, Virginia
13 de setembro de 1996
6. Capítulo 1
George Bush, o capo das drogas
A série publicada pelo jornal San Jose Mercury News nos dias 18, 19 e 20 de agosto de 1996 faz com que se
pergunte: Quantos milhares de presos em cárceres federais dos Estados Unidos cumprem a condenação que
corresponde ao Ex-Vice-presidente George Bush? O San Jose Mercury News apontou que o papel dos agentes dos
rebeldes dos contras nicaragüenses que se instalaram nos anos 80 na Califórnia foi o de inundar as ruas de Los
Angeles com o produto da cocaína chamado crack, e de alimentar a explosão de violência das quadrilhas Crips e
Bloods, que eram, de fato, os vendedores varejistas do crack dos contras. O diretor de operações da operação dos
contras, em todo o tempo em que os contras estiveram colocando toneladas de cocaína barata nas mãos dos Crips e
dos Bloods, foi o Vice-Presidente George Bush. Isto converteu Bush, logo depois presidente dos Estados Unidos, no
maior capo das drogas dos anos 80.
O candidato presidencial republicano Bob Dole exigiu ao governo estadunidense que atue com maior energia contra
o tráfico de drogas. Os documentos reunidos pelo repórter Gary Webb colocam a todos os candidatos das eleições
de 1996 a pergunta vital: O presidente Bob Dole, ou o presidente Bill Clinton atuarão contra o maior dos capos
estadunidenses do tráfico de drogas dos anos 80? “Atrás do crime há um criminoso”, disse Bob Dole. Contudo, o
crime de Bush não começou, nem terminou, ao converter-se em amo e senhor das drogas dos anos 80. Por trás de
Bush se encontra a maior ameaça terrorista que pende contra os Estados Unidos. Aqui apresentamos os feitos.
Começamos com um resumo da investigação do San Jose Mercury News, uma investigação que o repórter Gary
Webb supôs que seria um meio para determinar a participação da Agência Central de Inteligência (CIA) na
epidemia do consumo de crack dos anos 80, mas que, na verdade, é a prova da intervenção de George Bush e Oliver
North na condução de dita epidemia de consumo de drogas, e muito mais.
A REPORTAGEM DO SAN JOSE MERCURY NEWS
A série publicada pelo San Jose Mercury News demonstrou com documentos, pela primeira vez, a participação da
Força Democrática Nicaragüense (FDN), também conhecida como os contras, dirigida por George Bush, na criação
da epidemia de consumo de crack de meados dos anos 80. A série do San Jose Mercury News, que se baseou em
vários processos federais contra narcotraficantes e em arquivos secretos do FBI que recentemente foram postos à
disposição do público, disse que entre 1981 e 1986 a ligação Bush-contras inundou as ruas dos bairros baixos de
Los Angeles com toneladas de cocaína, que lhes rendeu milhões de dólares de lucros, os quais foram enviados aos
rebeldes contras da América Central. Hoje, a conseqüência desta perfídia de Bush, é que centenas de milhares de
estadunidenses negros e de origem hispânica, e demais, se encontram em prisões federais ou estatais, cumprindo,
com efeito, a condenação que corresponde a George Bush, enquanto este segue livre e desfruta da fama e das
retribuições econômicas correspondentes a seus antigos cargos de Vice-Presidente e Presidente dos Estados Unidos.
Nenhuma cidade dos Estados Unidos esteve imune à epidemia do crack. As quadrilhas de ruas de Los Angeles, os
Crips e os Bloods, que foram os primeiros em beneficiar-se de toneladas de cocaína barata e da melhor qualidade,
cortesia da sociedade Bush-contras, converteram em zona de guerra o centro sul de Los Angeles, próximo à
população de Compton, e posteriormente a centenas de cidades e todos os Estados Unidos. As vítimas da guerra
urbana do crack somam já várias dezenas de milhares de mortos e milhões que caminham feridos.
A série do San Jose Mercury News, escrita pelo jornalista Gary Webb, radicado em Sacramento (Califórnia), não
menciona nem o Vice-Presidente Bush, nem seu papel de “comandante supremo” da guerra secreta da América
Central, senão que se concentra em apontar que a CIA é a principal culpada. Contudo, em finais de 1981, graças a
várias ordens presidenciais e disposições de segurança nacional, muitas delas que já estão à disposição do público, o
Vice-Presidente foi designado chefe de todas as operações de Inteligência do governo de Ronald Reagan (ver
Capítulo 2). Todas as operações secretas realizadas por funcionários da CIA, do Pentágono e de todos os demais
órgãos de Inteligência federais dos Estados Unidos, ao lado de um exército de ex-agentes de Inteligência e de
agentes estrangeiros --- os chamados “asteróides” --- estiveram sob as ordens do Vice-Presidente Bush. Em uma
entrevista com o que agora escreve, Webb reconheceu que simplesmente não havia traçado a estrutura de mando
dos contras até a casa Branca, ainda que tivesse indícios de que a operação não havia sido exclusivamente da CIA.
UM PANORAMA DEVASTADOR
O que Webb fez reluzir, contudo, é devastador. Desde o início mesmo do governo de Ronald Reagan, os Estados
Unidos se envolveram em uma guerra substituta contra o regime sandinista da Nicarágua, que havia chegado ao
poder em 1979 com a derrocada do governo de Anastácio Somoza, graças, ironicamente, ao respaldo do governo de
Jimmy Carter. E, desde o início do governo de Reagan, a “força substituta”, os contras, esteve fortemente financiada
por meio do tráfico de cocaína nas ruas da Califórnia e de todos os Estados Unidos.
7. As redes da Força Democrática Nicaragüense (FDN) que operavam na Baía de São Francisco, Califórnia, [baía em
que se localizam as cidades de São Francisco, Oakland e Berkley, N.ED.] e que dominavam os canais que levavam
a cocaína a Los Angeles, eram perfeitamente conhecidas, e firmemente dirigidas pela hierarquia dos contras
comandada por Bush, Adolfo Calero, ex-executivo da Coca-Cola de Manágua, Nicarágua, que era a cabeça visível
do “governo no exílio” da FDN, estiveram sob Bush e North por todos os anos 80. Segundo documentos dos
tribunais, obtidos pelo San Jose Mercury News, e agora também em poder de EIR, Calero viajou com freqüência a
Baía de São Francisco em princípios dos anos 80, e foi fotografado com o chefe da quadrilha de cocaína, Juan
Norwin Meneses Cantarero, pelo menos em um ato para obter fundos para os contras. Meneses Cantarero era
oficialmente o chefe da “Inteligência e segurança” da FDN na Califórnia, e esteve presente em todos os atos
públicos e privados de Calero, inclusive em pelo menos uma reunião com Rob Owen, ajudante de Oliver North na
Casa Branca (e que também foi assistente do Senador Dan Quayle). Em memorandos enviados a North, que vieram
à luz posteriormente nas investigações do fiscal-especial do processo Irã-contras, Lawrence Walsh, Owen
reconhecia francamente que era conhecedor de que os contras eram financiados por grandes traficantes de cocaína.
Além do mais, o porta-voz oficial da FDN de São Francisco, Renato Peña Cabrera, empregado da quadrilha de
traficantes de cocaína de Meneses Cantarero, foi declarado culpado por posse de cocaína em 1985, segundo uma
nota publicada no San Francisco Chronicle de 23 de junho de 1986.
Não obstante, ocupando o posto de “chefe de Inteligência e segurança” da FDN na Baía de São Francisco, Meneses
Cantarero foi investigado pela DEA (Drug Enforcement Agency), a dependência estadunidense encarregada do
combate às drogas, a qual estabeleceu que desde 1974, quando se chamava “O rei das drogas” em Manágua, era um
traficante internacional de drogas de primeira ordem. (Em 1984, a DEA obteve uma ordem selada para instaurar
processo contra Meneses Cantarero por tráfico de cocaína, mas nunca se cumpriram os selos da ordem de
instauração, nem da ordem de detenção sem direito a fiança, que a acompanhava. Em finais dos anos 80, Meneses
Cantarero foi objeto de 45 investigações da DEA).
O INÍCIO DA EPIDEMIA DE “CRACK”
Segundo as declarações do julgamento federal que se realizou em março de 1996 em San Diego contra o traficante
de drogas de Los Angeles, Ricky Donnell Ross, os canais para a cocaína da FDN se abriram em 1981 --- inclusive
antes que as primeiras “tropas” da FDN entrassem na Nicarágua. Oscar Danilo Blandón Reyes, uma das
testemunhas principais do governo, contra Ross, havia sido uma personagem central da quadrilha traficante de
cocaína da FDN. No tribunal, Blandón Reyes disse que na primavera de 1981 recebeu uma chamada de um
companheiro nicaragüense exilado em Miami, Donald Barrios, que pediu sua ajuda para iniciar a resistência militar
organizada contra o regime sandinista. Blandón Reyes havia abandonado sua pátria em 19 de junho de 1979, justo
antes dos sandinistas tomarem a Nicarágua. Blandón Reyes havia sido chefe de um programa de exportações
agrícolas de 27 milhões de dólares do governo de Somoza. Estava mais que disposto a ajudar.
Foi dito a Blandón Reyes que fosse ao aeroporto internacional de Los Angeles para ser apresentado a outro exilado
nicaragüense, Juan Norwin Meneses Cantarero, quem voaria desde são Francisco com os detalhes. Uns dias depois,
os dois homens, ambos provenientes de destacadas famílias nicaragüenses da era somozista, voaram a Honduras
para uma reunião de planejamento com o Coronel Henrique Bermúdez, ex-adido militar nicaragüense em
Washington, DC, o qual já se havia incrustado na folha de pagamento da CIA para organizar uma força militar de
resistência anti-sandinista, que estaria composta primariamente de antigos integrantes da guarda nacional de
Somoza. O Coronel Bermúdez seria o “comandante-em-chefe” da FDN em El Salvador e em Honduras, e
trabalharia diretamente com a equipe pessoal de “ex” agentes da CIA do Vice-Presidente George Bush, o qual
encabeçavam Donald Gregg e Felix Rodrigues. Entre o pessoal de George Bush, Gregg ocupava o cargo de
principal assessor de segurança nacional, e Rodríguez, por sua vez, instalou-se na América Central, principalmente
na base aérea salvadorenha de Llopango, uma das principais instalações de abastecimento dos contras, e conexão
das operações de armas por cocaína.
Blandón Reyes reconheceria posteriormente que na reunião se esboçaram os planos para financiar os contras com o
tráfico de cocaína. (Em 1° de dezembro de 1981, o Presidente Ronald Reagan assinaria uma ordem secreta que
autorizava a CIA gastar 19,9 milhões de dólares em ajuda militar encoberta para a recentemente formada contra, o
que era muito pouco dinheiro para iniciar uma operação militar séria contra o regime sandinista respaldado pelos
cubanos e pelos soviéticos.
De regresso à Califórnia, Blandón Reyes viajou a São Francisco, onde recebeu um “curso” intensivo a cargo de um
mestre veterano, Meneses Cantarero, sobre como traficar com narcóticos ilegais. Deram-lhe instruções para que
abrisse um canal para distribuir a cocaína em Los Angeles.
O negócio da cocaína de Blandón Reyes começou a prosperar quando se colocou em contato com um
narcotraficante sem-vergonha do centro sul de Los Angeles, Ricky Donnell Ross. Este havia se reunido
originalmente com outro comerciante nicaragüense de cocaína, Henry Corrales, quem começou a abastecer a Ross e
a seu sócio, Ollie Newell, nas palavras de Ross, de “cocaína notavelmente barata”.Quem abastecia de cocaína a
Corrales era Blandón Reyes, quem, por sua vez, rapidamente se encarregaria de “atender” diretamente um cliente
tão distinto como Ross.
8. A COCAÍNA CHEGA AOS BAIRROS POBRES
Até antes da chegada de Blandón Reyes e Ross, a cocaína era muito pouco conhecida nas ruas dos bairros baixos de
Los Angeles, apesar de que era já “a droga favorita” da alta sociedade de Hollywood. Em finais dos anos 70 e
princípios dos 80, quando a cocaína começou a inundar os Estados Unidos, a droga era demasiado cara para os
adictos dos bairros pobres. Blandón Reyes vendeu cocaína a Ross aos preços mais baixos possíveis. Segundo o
relato de Ross, Blandón Reyes vendia por pelo menos 10.000 dólares por kilo mais barato que toda a
competição.”Algumas vezes quase a doava”, disse no tribunal Chico Brown, sócio de Ross.
Rapidamente, Ross colocara quantidades de cocaína com valor de milhões de dólares nas mãos dos Crips, uma
quadrilha de Los Angeles que foi criada por integrantes de quadrilhas de presos reclusos nas penitenciárias de
segurança máxima da Califórnia. Integrantes do Exército Simbiótico de Libertação e do Exército de Liberação
Negra, ambos grupos terroristas dos anos 70, dirigiam as quadrilhas de dentro das prisões, como, por exemplo, a
Família Guerrilheira Negra, que deu origem aos Crips e aos Bloods. Ross se converteu no principal provedor dos
Crips e de seus rivais os Bloods.
Por meados dos anos 80, Ross comprava mais de 100 kilos de cocaína por semana de Blandón Reyes, com a qual
realizava vendas de drogas de 2 a 3 milhões de dólares por dia! Em 1983, Ross se converteu em fornecedor
principal de crack dos Estados Unidos, cortesia de seu canal contra de cocaína. No momento em que o crack chegou
às ruas de Los Angeles, Ross havia estabelecido já sua infra-estrutura de distribuição por meio dos Crips e dos
Bloods, que dominavam a vizinhança centro sul da cidade perto de Compton. “Era irreal”, disse Ross ao repórter
Webb do San Jose Mercury News. “Estávamos acabando com todos” com uma forma de cocaína de alta
concentração, de preço reduzido e de “base livre”.
Por um período, a cidade de Los Angeles foi o único centro urbano dos Estados Unidos onde havia crack. Mas,
entre o dia de Ação de Graças e o Natal de 1985, segundo documentos da DEA, a cocaína crack chegou às ruas de
uma dezena mais de cidades estadunidenses. A cinco dólares a dose, até crianças de nove a dez anos tinham sua
introdução à cocaína. Mas se trata de uma droga assassina. O crack, diferentemente da cocaína, causa dependência
imediata, porque a cocaína sem base, corre dos pulmões ao coração, e daí ao cérebro e provoca um estupor imediato
que, logo se interrompe de forma igualmente repentina. Os adictos do crack estão predispostos à violência e a
paranóia.
Inclusive depois de que o crack chegou às ruas de muitíssimas cidades dos Estados Unidos, a cocaína da conexão
dos contras vendida por Ross era a mais barata do país. Por cortesia de Ross, os Crips e os Bloods puderam ampliar
até o resto do país suas operações mercantis com cocaína, e abrir sucursais em cidades de todo o país. Com a
expansão das quadrilhas e do consumo de crack, as armas também inundaram as ruas das cidades estadunidenses. E,
de novo, os canais para o tráfico de armas se estabeleceram via Blandón Reyes e a infra-estrutura dos contras
dirigida por George Bush.
Segundo Ross, quando os Crips e os Bloods estabeleceram suas operações de distribuição de crack, Blandón Reyes
se converteu no principal provedor de armas, instrumentos de vigilância e outros apetrechos militares. “Uma vez
[Blandón Reyes] tratou de vender a meu sócio um lançador de granadas”, disse Ross ao jornalista Webb. Ao menos
um dos provedores de armas de Blandón Reyes era Ronald J. Lister, um ex-detetive de polícia de Laguna Beach,
Califórnia, que passou por vários organismos federais, entre eles a DEA, a CIA e o FBI. Lister era quem
apetrechava e “arrecadava fundos” para os contras na zona ocidental dos Estados Unidos.
A CONEXÃO COLOMBIANA
A prosperidade da sociedade criminal de Blandón Reyes com Ross --- em Los Angeles --- dependia do
aprovisionamento ilimitado de cocaína de alta qualidade e barata da Colômbia. E é aqui onde entram em cena
George Bush, Oliver North e o “ex” funcionário da CIA Félix Rodríguez.
Foi concedido a Meneses Cantarero asilo político na Califórnia em junho de 1979, apesar de que aparecesse em
todos os computadores da DEA assinalado como o principal traficante de drogas da Nicarágua. A verdade é que
Meneses Cantarero nunca veria o interior de uma prisão estadunidense, ou sequer a sala de um tribunal. Os
funcionários estadunidenses comissionados ao combate às drogas se queixavam amargamente dos obstáculos que
lhes eram colocados pela “estrutura de segurança nacional” e a Divisão de Delitos do Departamento de Justiça
sempre que tratavam de colocar as mãos em Meneses Cantarero. Foi preso depois, em 1992, já de regresso a
Manágua, pela polícia antidrogas do regime pós-sandinista. A polícia se apropriou de 750 kilos de cocaína pura em
uma invasão de domicílio em suas propriedades. No julgamento vieram à luz detalhes de sua quadrilha.
Enrique Miranda, elo de Meneses Cantarero com os cartéis de cocaína da Colômbia, declarou que na primeira
metade dos anos 80, Meneses Cantarero obtinha sua cocaína da Colômbia através de Marcos Aguado, um piloto
nicaragüense que era então um importante comandante da Força Aérea de El Salvador e que realizava vôos para
levar “ajuda humanitária” e armas aos contras na base aérea de Llopango, no subúrbio da capital, São Salvador. O
agente da DEA encarregado de El Salvador, Celerino Castillo, identificaria Aguado como um dos muitos pilotos dos
contras que eram conhecidos contrabandistas de cocaína. Aguado voava com aviões da Força Aérea de El Salvador
9. para a Colômbia, onde os carregava de cocaína para levá-la depois aos Estados Unidos, onde aterrissava em bases
militares estadunidenses, diz a declaração de Miranda.
A operação para o abastecimento dos contras em Llopango era dirigida desde a Casa Branca, por canal do assessor
de segurança nacional de Bush, e ex-funcionário da CIA Donald Gregg e o “ex” funcionário da CIA Felix
Rodríguez, o qual esteve em cena em Llopango. Transcrições das audiências do Congresso sobre o escândalo Irã-
contras, dadas a conhecer em 1987, revelaram que Rodríguez mantinha Gregg e Bush perfeitamente informados das
operações em El Salvador.
Não obstante as aterrissagens de aviões repletos de cocaína, esta não podia desaparecer das bases militares
estadunidenses sem a participação de importantes funcionários do Pentágono. Eles também estavam subordinados
ao Vice-Presidente George Bush, tanto pelas Diretivas de Segurança Nacional 2 e 3, que criaram o Grupo de
Situações Especiais, e seu subordinado, o Sub-grupo de Planejamento Prévio de Crises, para servir de pontos focais
para o programa secreto de ajuda aos contras (ver detalhes no Capítulo seguinte, onde se incluem fragmentos de
documentos oficiais do governo).
O segredo dos preços de ganga (crack) oferecido por Meneses Cantarero aos Crips e aos Bloods, que tornaram
possível inundar as ruas dos Estados Unidos de cocaína colombiana, era que a operarão deste era “a prova de
fracassos”. A cocaína era a “contribuição” dos cartéis colombianos aos “contras”, muitas vezes sem custo. Em troca,
desfrutaram de uma década de relativa imunidade ante qualquer intento sério estadunidense de combater as drogas.
Não é de se surpreender, já que por meados dos anos 80 o Presidente Reagan havia colocado George Bush à frente
da campanha da Casa Branca para combate às drogas. Bush dirigia o Sistema Nacional de Interceptação Fronteiriça
de Entorpecentes (NNBIS), que foi criado com o fim de coordenar os esforços de todos os organismos federais,
estatais e locais dedicados à luta contra o comércio de narcóticos ilegais, em especial na costa sul da Flórida, por
onde entrou muita cocaína nos Estados Unidos na era dos contras. Meneses Cantarero se aproveitou deste acerto.
Ele possuía um rancho na Costa Rica que servia de base aos contras e de estação de reabastecimento de combustível
para os aviões que percorriam a rota entre os Estados Unidos e Colômbia. Segundo declarações apresentadas no
recente julgamento contra Ricky Ross, Meneses Cantarero armazenava grandes quantidades de cocaína em Miami,
que transportava semanalmente, para entregá-la a Blandón Reyes e sua rede de distribuição de Los Angeles.
Os aviões que voavam da América do Sul para as bases militares dos Estados Unidos eram quase completamente
imunes à detecção do Serviço da Guarda Costeira, de aduanas, da DEA e de outros organismos para o combate ao
narcotráfico, graças ao mecanismo logístico de “ponto focal” do Estado Maior do Comando Conjunto e ao Sistema
Nacional de Interceptação Fronteiriça de Entorpecentes, que tinham acesso aos códigos de identificação dos vôos
militares e de segurança nacional em espaço aéreo dos Estados Unidos.
AS CONSEQUÊNCIAS
Em princípios de 1987, o Congresso não renovou a Emenda Boland, que havia impedido que o governo de Reagan
empregasse a CIA abertamente para apoiar os contras na Nicarágua. Agora, as fechaduras do dinheiro estavam
abertas, sem os limites de 1981. A derrubada de um avião de abastecimento dos contras, na Nicarágua, em outubro
de 1986, revelou pela primeira vez a magnitude da operação secreta ilegal da Casa Branca para ajudar os contras. O
Senador democrata John Kerry imediatamente haveria de iniciar uma investigação na Comissão de Relações
Exteriores do Senado sobre as provas embaraçosas do tráfico de entorpecentes que os contras realizavam. Nesta
ocasião, a equipe do Vice-Presidente Bush se viu forçada a realizar um ambicioso programa para minimizar os
danos.
Em 27 de outubro de 1986, agentes do FBI, do Serviço de Arrecadação Fiscal, do Departamento de Justiça da
Câmara Municipal de Los Angeles e a polícia local, armados de ordens de apreensão contra Danilo Blandón Reyes,
contra sua esposa e contra muitos de seus colaboradores, invadiram uma dezena de lugares no sul da Califórnia.
Tudo indicava que os Blandón Reyes eram parte de uma quadrilha de traficantes de cocaína. Um primo da esposa de
Blandón Reyes, Orlando Murillo, ex-executivo bancário nicaragüense que se havia instalado em Coral Gables,
Florida, e que ocupava a vice-presidência da Corporação de Valores Governamentais, havia sido o “banqueiro” do
grupo, para facilitar a lavagem de dinheiro nas contas dos contras.
As invasões foram, contudo, um fracasso monumental. Blandón Reyes foi alertado e não se encontrou nenhuma
prova que o inculpasse. Retirou-se então para a Flórida com 1.600.000 dólares em espécie. Apesar disto, vários anos
depois Blandón Reyes regressou à Califórnia para vender outra vez cocaína. Desta vez, falhou e foi processado. Mas
o Sub-procurador dos Estados Unidos, L. J. O`Neale, que havia participado dos preparativos para encobrir a
quadrilha de traficantes de cocaína de Blandón-Meneses-FDN, interveio para que fosse reduzida a condenação de
Blandón Reyes a 28 meses de prisão. Blandón Reyes passou a maior parte deste tempo dando informações a agentes
federais; em 19 de setembro de 1994 saiu da prisão e entrou para a folha de pagamento da DEA! Desde então tem
recebido pelo menos 166.000 dólares livres de impostos em pagamentos pelo Departamento de Justiça.
Juan Norwin Meneses Cantarero deixou os Estados Unidos antes que empreendessem algo contra ele, apesar de
mais de uma década de traficar cocaína. Depois de trabalhar na Costa Rica durante vários anos, tratou, sem êxito, de
10. restabelecer seu negócio de cocaína na Nicarágua. Posteriormente foi detido pelo governo pós-sandinista e
sentenciado por tráfico de cocaína. Cumpre condenação de 30 anos em uma prisão nicaragüense.
O Departamento de Justiça de Los Angeles criou a unidade tática “Freeway Ricky” para prender Ross, o qual então
é o mais notório traficante de cocaína da região. Ross deixou a cidade e se mudou para Cincinati, onde foi preso
pouco depois. Cumpriu uma condenação de cinco anos de prisão e regressou às ruas de Los Angeles há vários anos.
Mas, marcado por seu destino, voltou a trabalhar com seu velho sócio... Blandón Reyes. Em 2 de março de 1995, a
DEA deteve Ross, depois de haver feito uma armação com ajuda de Blandón Reyes, seu velho fornecedor dos
contras. Em agosto de 1996 foi decretada decisão condenatória contra Ross. O governo pede que o condene a prisão
perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
A EXPLOSÃO
A publicação da série do San Jose Mercury News provocou uma explosão de ira, especialmente entre os
Congressistas californianos, que têm vivido com a praga da cocaína crack por mais de uma década.
Em 23 de agosto de 1996, o Conselho da cidade de Los Angeles aprovou por unanimidade uma resolução que pede
a Procuradora-geral dos Estados Unidos, Janet Reno, que investigue se a CIA esteve envolvida no desencadeamento
da epidemia de crack e na guerra das quadrilhas dos Crips e Bloods. O conselheiro negro Nate Holden apresentou a
resolução e disse a respeito: “Vemos as famílias destroçadas, os adictos de crack, os bebês de crack, os tiroteios, os
roubos e assassinatos, e tudo por drogas; nos parece que pode haver um inimigo por dentro... É como se nosso país
nos declarasse a guerra. É igual como se um inimigo deixasse cair bombas sobre nós”.
No mesmo 28 de agosto de 1996, a Senadora democrata pela Califórnia Bárbara Boxer escreveu ao diretor da CIA,
John Deutch, para pedir-lhe uma investigação das denúncias da série do San Jose Mercury News. Ironicamente, em
1986, quando era Congressista da região da Baía de São Francisco, Boxer pediu a Comissão Judicial da Câmara de
Deputados que investigasse sinais da vinculação dos contras com uma descoberta de cocaína em São Francisco. O
caso de janeiro de 1983, conhecido como “O processo dos homens rãs”, culminou com a detenção de uma dezena
de homens que foram capturados quando tratavam de contrabandear 440 toneladas de cocaína no porto de Hunters
Point, em São Francisco. As drogas foram levadas aos Estados Unidos pelo navio Ciudad de Cúcuta, da empresa de
navegação Gran Colombiana. Este era então o maior carregamento de cocaína descoberto na Califórnia. E quem era
o fornecedor das drogas? Juan Norwin Meneses Cantarero, o chefe da quadrilha dos contras traficantes de cocaína.
O esforço de Boxer de iniciar uma investigação sobre os possíveis vínculos dos contras com a cocaína antes de 1986
se deparou com um sólido muro de cimento.
Na carta enviada ao chefe da CIA em 28 de agosto de 1996, a Senadora Boxer destaca que “por mais de uma década
tem perdurado os rumores da conexão contras-CIA [cocaína]. Penso que essas inquietudes somente se resolverão
com uma investigação transparente e profunda dos acontecimentos. Peço-lhe que faça esta investigação e que seus
resultados sejam públicos”.
Em 4 de setembro de 1996, Deutch respondeu ao pedido da Senadora Boxer em uma carta que a legisladora
californiana deu a conhecer ao público. “Considero que se trata de acusações muito graves”, disse Deutch, e
acrescenta: “A revisão que ordenei dos arquivos da organização que dirijo, na qual se inclui um estudo elaborado
em 1988 e dado a conhecer aos comitês de Inteligência do Congresso, respalda a conclusão de que a agência nunca
participou do tráfico de entorpecentes e nunca fez nada para tolerar o tráfico de drogas dos contras. Em particular, a
CIA nunca teve relações nem com Blandón nem com Meneses, e tampouco parece que haja ocultado informação
relativa a qualquer um deles no julgamento que se entabulou contra Ricky Ross”.
Deutch continuou: “Ainda que pense que não há substância nos argumentos do Mercury News, desejo esclarecer
qualquer suspeita do público sobre o tema. Em conseqüência pedi que o Inspetor Geral da agência realize uma
revisão interna imediata e a fundo de todos os alegados concernentes a nossa dependência publicados pelo jornal ...
Ordenei que a revisão seja concluída em 60 dias”.
Em 30 de agosto de 1996, a Deputada democrata pela Califórnia, Máxime Waters, a Congressista do centro sul de
Los Angeles que trabalhou para dito distrito durante anos na Assembléia do Estado da Califórnia, escreveu a
Procuradora-geral dos Estados Unidos, ao diretor da CIA e aos líderes dos partidos democrata e republicano do
Congresso para que realizassem uma investigação de grande alcance sobre as denúncias relacionadas ao crack e aos
contras. “De modo igual que qualquer um que haja visto como o comércio de crack devastou o centro sul de Los
Angeles, não posso exagerar meu sentimento de consternação de que meu próprio governo haja participado das
origens e da história deste problema”. Waters pediu que a entregassem todos os arquivos que o Departamento de
Justiça dos Estados Unidos possui sobre Meneses Cantarero, Blandón Reyes e Ross.
Vários dias depois de ter enviado as cartas, a Deputada Waters prometeu realizar audiências no Congresso sobre as
denúncias, sem importar qual fosse a resposta dos líderes do Congresso. “Não se necessita permissão de nenhum
órgão para fazer uma audiência”, afirmou Waters. De imediato se trasladou ao centro Correcional Metropolitano de
San Diego para fazer a uma entrevista de duas horas e meia com Ricky Ross.
11. O Presidente George Bush em uma reunião da Parceria por uma América Livre de Drogas (Partnership for a
Drug Free America), celebrada em Washington, DC, em 2 de novembro de 1989. Durante todo o tempo em que os
contras estavam desencadeando a epidemia de crack, o Vice-Presidente George Bush era o encarregado do
governo de Reagan do programa para a América Central, e supervisionava todas as atividades da CIA, do
Pentágono e todas as demais agências de Inteligência do governo.
A Organização de Meneses
CASA BRANCA
Vice-Presidente George Bush
Donald Gregg
Oliver North
Rob Owen Félix Rodrigues
Adolfo Calero Coronel Enrique Bermúdes
“Contras” (FDN)
Norwin Meneses
“Segurança e Inteligência” da FDN
São Francisco
Marcos Aguado Enrique Miranda Danilo Blandón Horatio Pereira Orlando Murillo
Llopango (Los Angeles) (Costa Rica) (Corporação de
Valores
Governamentais,
Coral Gables,
Flórida)
Ricky Donnell Ross
(Los Angeles)
Julio Savala
Carlos Cabezas
Cartéis de cocaína da Colômbia “Grupo de
homens rãs”
Bloods Crips
$
12. Estrutura para a América Central da
Diretiva de Segurança Nacional No. 2
Presidente
Grupo de
Planejamento
Prévio de
Crises Conselho de
Segurança
Nacional Grupo
de
Grupo de Situações
Planejamento Especiais
de Segurança
Nacional
Secretário de Estado
Grupo Interdepartamental Especial (GIE)
Política Exterior
Grupo Interdepartamental - Centroamérica
(GI-CA)
Departamento de Estado
Chefes do Agência Pessoal do Outros
Secretaria Central de Conselho de quando
Estado
de Inteligência Segurança seja
Maior
Defesa Conjunto (CIA) Nacional necessário
Esta estrutura de operações da NSDD-2 para a América Central foi delineada em um memorando da Casa Branca
13. Capitulo 2
George Bush: o policial que cometeu o
crime
Em 7 de junho de 1986 o vice-presidente George Bush anunciou que o governo de Ronald
Reagan havia determinado oficialmente, pela primeira vez, “que o comércio internacional de
drogas é um problema de segurança nacional” vinculado ao terrorismo.
George Bush, imediatamente, apresentava-se a si mesmo como o combatente nacional por
excelência contra as drogas. |O Presidente Reagan criou em 28 de janeiro de 1982 a Equipe
Especial do Sul da Flórida (South Florida Task Force), a qual colocou sob as ordens de George
Bush, parra coordenar os esdforços para fazer frente ao avanço dos narcóticos. Em 22 de março
de 1983, Bush foi colocado no comando do Sistema nacional de Interceptação Fronteiriça de
Narcóticos (national narcoticss Border Interdiction Systems --- NNBIS). Posteriormente, em
agosto de 1986, Bush foi nomeado chefe da Operação Aliança (Alliance Operation), um acordo
para a cooperação com o México para deter o fluxo de drogas que passava pela fronteira entre
ambos os países.
Era o caso clássico do policial corrupto, mas muito pior. Havia uma perversa ironia nas
palavras de Bush de “que o comércio internacional de drogas é um problema de segurança
nacional”pois, com Bush, os organismos encarregados da segurança nacional dos Estados
Unidos não só protegeram, como em realiodade dirigiram muito do comércio das drogas.
No Capítulo 1 deste informe apresentamos um caso exemplar da relação da “segurança
nacional” com o comércio de drogas no assunto da epidemia de crack de Loss Angeles. Para
compreender mwelhor como funciionou, examinaremos agora como George Bush dispôs
sistematicamente dos organismos de segurança nacional ao seu alcance nos primeiros anos do
governo Reagan-Bush.
“Manejo de crises”
Para compreender a forma pela qual funcionava o “governo secreto” de Bush temos que ver os
organismos disponíveis pela Casa Branca para o “manejo de crises”, que não estavam formados
por “pessoal” do mal chamado Conselho de Segurança nacional, senão por pessoal da Casa
branca, consagrado a matérias amplamente definidas da segurança nacional.
“manejo de crises” é o negócio dos velhacos. Nos primeiros meses do governo de Reagan e
Bush em 1981, houve uma disputa entre George Bush e o Secretário de estado Alexander haig
pelo domínio do “manejo de crises”. Em 22 de março de 1981, o Washington Post publicou um
artigo intitulado “Bush encabeçará o manejo de crises”, dizendo que o Vice-presidente Bush
encabeçaria uma nova estrutura para o “manejo de crises”, o que significava “uma função sem
precedente para um Vice-presidente”. O artigo assinalava que durante o governo de Carter, esta
função esteve a cargo do Conselho de Segurança Nacional do então Zbigniew Brzezinski.
Haig protestou; mas de todos os modos Bush ganhou. Neste tempo Bush se apoderou do Grupo
de Situaç~]oes Especiais (Special Situation Group), cuujo estatuto foi formalizado em dezembro
deste ano.
Em 4 de dezembro de 1981, o Presidente Reagan assinou a Ordem Presidencial 12333, a qual, se
disse, “liberava” as agências de iInteligência dos Estados Unidos das restrições que lhes foram
impostas nos anos 70. Foi muito mais que isso:
14. A Ordem Presidencial 12333, que regia todas as operações de “Inteligência no estrangeiro”,
designou ao Conselho de Segurança Nacional (National Security Council --- NSC) “organismo
máximo do Poder Executivo” para revisar, guiar e dirigir “toda” Inteligência no exterior, a
contra-inteligência e as “atividades especiais” (a dizer, as operações secretas). Isto colocou o
NSC efetivamente a cargo da CIA, da Inteligência militar, das operações especiais, etc. Isto não
significava que o Conselho de Segurança Nacional do Presidente assumiria dito cargo; isto
seria feito pela estrutura de nível maior do NSC, uma estrutura sob a qual Bush aumentava seu
poder constantemente.
A raiz de um “vácuo” do qual se tinha pouco conhecimento, a CIA se tornava responsável pela
realização exclusiva das “atividades especiais” (operações secretas) --- como já havia sucedido
antes, desde 1947 ---, “a menos que o Presidente determine que é mais provável que outra
agência logre um objetivo particular”. Isto, pela primeira vez, abria a porta oficialmente para
permitir que o pessoal do NSC levasse a cabo operações secretas.
A Ordem Presidencial 12333 incluiu disposições para que a Inteligência e os organismos
encarregados de fazer cumprir a lei empregassem recursos privados.
NSDD-2 e NSDD-3
Pouco depois, em 12 de janeiro de 1982, se dotou a Diretiva de Segurança Nacional Número 2
(NSDD-2), que formalizava a estrutura do Conselho de Segurança Nacional. Foi confirmada a
existência de vários grupos principais nos quais concorriam várias dependências (Grupos de
Interagências Seniores --- Sênior Interagency Groups --- SIGs) para a política exterior, defesa, e
a Inteligência, um tipo de estrutura kissingeriana (de Kissinger --- N.T.) contra a qual Haig havia
lutado todo o primeiro ano do governo de Reagan. Na NSDD-2 era mencionada a função do
Vice-presidente.
Sem embargo, um mês antes, em 14 de dezembro de 1981, entre a assinatura da Ordfem
Presidencial 12333e o anúncio da NSDD-2, se deu a NSDD-3. Com o título de “Manejo de
Crises”, se formalizou o domínio de George Bush sobre a Inteligência e as operações secretas. A
NSDD-3 confirmava a existência do Gru7po de Situações Especiais, que, como se disse, “seria
presidida pelo Vice-presidente”.
O “Manejo de Crises” foi definido com estes alcances: “Um assunto de segurança nacional para
o qual se necessitam decisões presidenciais e instruções operativas mais rápidas que as que
normalmente são proporcionadas pelo pessoal interdirecional do NSC”. A responsabilidade do
Manejo de Crises foi designada ao Grupo de Situações Especiais (GSE), presidido pelo Vice-
presidente.
Logo, em 14 de maio de 1982, a primeira fase do “golpe de Eestado frio” culminou, na forma de
um memorando extraordináriio intitulado “ Grupo de Planejamento Prévio de Crises (GPPC),
elaborado pelo Conselho de Segurança Nacional.
Citando como autoridade a NSDD-3, este memorando estabeleceu o Grupo de Planejamento
Prévio das Crises (GPPC), do qual participavam várias agências, subordinado ao GSE. Esta foi
uma manobra astuta; o GSE ia manejar os assuntos de segurança nacional que exigiam uma
resposta rápida; mas então foi criado o GPPC, que seria um corpo permanente que se reuniria
com regularidade e traçaria os planos e as diretrizes do GSE. Em outras palavras, “manejo de
Crises” já não era somente para crises. Foi estabelecido que o GPPC se reuniria periodicamente
no Salão de Situação (Situation Room) da Casa Branca e que faria o seguinte (ênfases nossas):
“Identificar, na medida do possível, as regiões nas quais os interesses dos Estados
Unidos estão em jogo, nas quais tensões crescentes ou outras circunstâncias sugiram
a possível aparição de uma crise.
15. “Para cada crise potencial, assegurar que se estabeleça um grupo composto de
integrantes de diferentes organismos e que se elaborem os planos de contingência.
Proporcionar a direção para o grupo e comissionar a preparação das opções de ações
preventivaspara impedir a possibilidade de uma crise, assim como a preparação das
opções político-militares para tratar com a eventual crise.
“Apresentar ditos planos e opções de ação ao GSE.
“Idealizar medidas de procedimento, elaborar instrumentos presidenciais e identificar
os recursos essenciais para levar a efeito as decisões do Presidente.
“Proporcionar ao GSE, se ocorrer a crise, planos de ação alternativos, opções e
planos de execução coordenada que permitam alcançar a solução.
“Proporcionar ao GSE os planos de segurança, cobertura e imprensa que se
recomendem para reforçar a probabilidade de êxito da execução”.
O alcanse disto nos deixa sem fala.Segundo ordens diretas do Vice-presidente, o GSE-GPPC,
assume o comando de todos os âmbitos nos quais uma crise potencial possa aparecer, e cria as
opções de ações preventivas para fazer frente.
A estrutura do GSE-Gppc, segundo um organograma circulado posteriormente pelo Secretário
de Estado George Shultz, atuava nas mesmas condições que o Conselho de Segurança Nacional
(não o pessoal do NSC, o qual foi colocado em último nível no organograma), e se encontrava
acima do Departamento de Estado. Na realidade se adjudicava o direito de prioridade e tornava
irrelevante o caráter do Conselho de Segurança Nacional como parte do gabinete presidencial.
Foi a isto que objetou vigorosamente o Secretário de Estado George Shultz, quem, sem
embargo, não foi escutado.
O toque final a tudo isto se deu em um memorando de 12 de maio de 1982 dirigido a todas as
agências ordenando-as que fornecessem o nome de seu representante no GPPC a ... Oliver
North.
Isto não foi tudo. Em 10 de abril de 1982, o Presidente Reagan foi induzido a assinar a diretiva
NSDD-30, sobre o “Manejo de Incidentes terroristas”. Esta diretiva dizia que se uma situação
terrorista .................................., o Conselho de Segurança nacional poderia convocar o GSE
“por instruções do Vice-presidente”. Assim, o Vice-presidente manejava segundo a convocação
do GSE.
Além do mais, a NSDD-30 criou o “Grupo de Trabalho Sobre |Incidentes Terrorristas” (TIWG,
o “Tee-wig”), “para respaldar o Grupo de Situações Especiais” (a dizer, a Bush). Ao Grupo de
Trabalho Sobre Incidentes Terroristas se integravam representantes do |Departamento de
Estado, da CIA, do Departamento de Defesa, da Ag~encia Federal de Administração de
Emerg~encias (Federal Emergency Management Agency) ee o nível maior do NSC, e era
presidido por um representante deste último, que, para não nos extendermos, era nem mais nem
menos que Oliver North.
Assim, ao se colocar em marcha a estrutura da NSDD-30, se combinavam, na medida do
possível, todos os níveis de Inteligência e de política exterior para o “Manejo de Crises” as
ordens operativas do Vice-presidente dos Estados Unidos George Bush.
Continuidade de Governo
A participação da Agência Federal de Administração de Emergências (AFAE) no Grupo de
Trabalho Sobre Incidentes Terroristass (GTSIT) leva nossa atenção a outro projeto
supervisionado por Bush nos primeiros anos do governo de Reagan: “Continuidade de governo”
16. (CG).Antes que Oliver North se envolvesse na América Central e com os contras, iisto era no
que estava trabalhando com Bush em seu cargo de integrante do NSC. A isso se chamou também
algumas vezes “Projeto Dia do Juízo Universal”, o qual o New York Times descreveu em 1994
como um amálgama de mais de 200 ´progrramas negros`tão secretos que só um punhado de
militares e civis sabiam deles”.
“Continuidade de Governo” (CG) implicou um par de diretivas: primeiro foui a NSDD-47,
assinada em julho de 1982, pertencente a AFAE, e que proporcionava uum comitê secreto de
várias dependências para a “continuidade de governo”, integrado por 10 altos funcionários do
governo. Diz um relato que em 1982 se criou uma nova dependência que se chamou Organismo
para os Meios de Planejamento de Mobilização para a Defesa (Defense Mobilization Planning
Systems Agency0, cujos funcionários receberam instruções de reportarem-se ao Vice-presidente
Bush.
Logo, em janeiro de 1983, apareceu a diretiva NSDD-55, redigida por North, que estabelecia o
programa do CG, que, segundo o New York Times, seria “supervisionado pelo Vice-presidente
George Bush”.
Os organismos em mãos de Bush se seguiram refinando nos dois anos seguintes. As funções do
GTIT foram determinadas na diretiva NSDD-138, redigida por Oliver North e assinada em 3 de
abril de 1984. Foi designado ao GTIT respaldar o grrupo de Situações Especiais de Bush. Mais
ainda, em julho de 1985, o Presidente Reagan colocou Bush a frente de uma nova equipe contra
terrorismo, formado por representantes do Deparrtamento de defesa, o Departamento de Estado
e o Conselho de Segurança Nacional, além de Oliver Revell, alias “Buck” (o outro “Ollie”), e de
um cidadão israelense, Amiram Nir, pelo menos até a estranha e imprevista morte de Nir em
1987.
(Um dos primeiros atos deste importantíssimo grupo contraterrorista foi a liberação de vários
reféns estadunidenses seqüestrados no Líbano por grupos mmuçulmanos respaldados pelo Irã.
Assim, com as rendas do contraterrorismo, o Vice-presidente Bush tornou-se oficialmente a
cargo do que posteriormente apareceria como o programa secreto de venda de armas ao Irã).
O informe da Equipe Especial (Task Force) do Vice-presidente, dado a conhecer em fevereiro de
1986, criou uuma extensão permanente do grupo: o Subgrupo de Operações )Operations Sub-
Group, SGO), um subgrupo oficialmente do GTIT da Bush. Também estabeleceu, dentro do
NSC, uma direção permanente encarregada do contraterrorismo, a cargo de ... Oliver North. Os
dois assistentes de North, Craig Coe e Robert Earl, foram sensivelmente passados da Equipe
Especial de Bush a esta direção.
O Subgrupo de Operações (SGO) --- o coração do “governo secreto de Bush” --- foi escolhido
de entre o grupo formado por representantes do NSC, o Departamento de Defesa, a CIA e o
FBI, grupo interdepartamental que servia de ponte para as operações regulares das dependências
de Inteligência e das encarregadas de velar pelo cumprimento da lei. Por exemplo, se “Buck”
Revell, do FBI, operava com autorização do Subgrupo de Operações (SGO), se reportaria ao
SGO, e não ao diretor do FBI. Ao SGO se empregava, entre outras coisas, para realizar
inspeções em assuntos acionais e para fazer “truques sujos” aos inimigos de Bush, em particular
aos que se opunham a política adotada com os Contras.
O aparato do “governo secreto”, constrído por Bush entre 1981 e 1986, pode obter erecursos da
CIA, das unidades de “operações especiais” do Departamento de defesa e do setor “privado”.
Sem embargo, as operações levadas a cabo pelo aparato de Bush da Casa Branca não eram
operações nem da “CIA” nem do “Pentágono”, ainda que ditas dependências com fre4quência
as tomavam muito ..................... Em alguns casos, a estrutura Bush-NSCera usada para coisass
que a CIA não podia fazer,ou que não deveria fazer. Isto se entrelaça com a “privatização” de
muitas ooperações da CIA e da Inteligência dos Estados Unidos, fenômeno que se iniciou com
as purgas da CIAA rrealizadas durante o governo Carter, e quue se aceleraram depois quando
17. William Casey esteve a frente de dita agência: regar por todas as partes, o que chamaremos “os
asteróides”.
Examinaremos esta estrutura com mais detalhe no Capítulo 3.
18. Capítulo 9
Acusação formal contra
George Bush e companhia
Rascunho do auto de acusação penal contra George Bush ,chefe da quadrilha, e seus cúmplices, por tráfico de
drogas e outros delitos.Todos os feitos delituosos mencionados nesta acusação estão documentados; a maior parte
das provas provem do “Informe Kerry”, emitido pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, ou do informe
final do fiscal independente sobre o caso Irã-contra.
TRIBUNAL FEDERAL DOS ESTADOS UNIDOS
DISTRITO DE COLUMBIA
OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA CASO PENAL NO.________________
Vs.
GEORGE HERBERT WAKER BUSH ACUSAÇÃO 1:Artigo 18 do CEU # 1961 e
DONALD P. GREGG seg. Associação delituosa
FÉLIX RODRIGUEZ
codinome “Max Gómez” ACUSAÇÃO 2:Artigo 21 do CEU ## 952 &
OLIVER L. NORTH 963. Conspiração para importar entorpecentes
codinome “William Goode”
codinome “Mr. Green” ACUSAÇÃO 3:Artigo 21 do CEU # 848
RICHARD V. SECORD Empresa delituosa contínua
codinome “Richard Copp” (Chefia de uma quadrilha narcotraficante)
codinome “General Richard Adams”
ROBERT W. OWEN ACUSAÇÃO 4:Artigo 18 do CEU # 1503
codinome “TC” Conspiração para obstruir a administração
codinome “The Courier” da justiça
JOHN HULL
ADOLFO CALERO ACUSAÇÃO 5:Artigo 18 do CEU # 1505
JUAN N. MENESES CANTARERO Conspiração para obstruir as funções do
OSCAR DANILO BLANDON REYES Congresso
WILLIAM F. WELD
19. AUTO DE ACUSAÇÃO PENAL
O grande jurado acusa:
Acusação 1: Associação delituosa
A empresa
1. Durante todo o lapso de tempo que abarca esta acusação, existiu uma empresa definida nos termos do parágrafo
18 do Código dos Estados Unidos (CEU), seção 1961 (4), a dizer, um grupo de indivíduos associados de fato que
aproveitaram dos postos oficiais do acusado GEORGE HERBERT WALKER BUSH no governo dos Estados
Unidos da América para facilitar o movimento, a importação e a distribuição de grandes quantidades de
entorpecentes ilegais dentro dos Estados Unidos.
2. Os membros da empresa foram os indivíduos objeto desta acusação penal e outros, entre eles, traficantes
internacionais de drogas que utilizaram a empresa e os postos oficiais de GEORGE HERBERT WALKER BUSH,
DONALD P. GREGG E OLIVER L. NORTH para facilitar seus negócios de entorpecentes e lavagem de dinheiro.
Funções da empresa
3. De janeiro de 1981 a janeiro de 1989, GEORGE HERBERT WALKER BUSH (“BUSH”) foi Vice-presidente
dos Estados Unidos, e de janeiro de 1989 a janeiro de 1993, BUSH foi Presidente dos Estados Unidos.
a. Postos oficiais de BUSH: A partir de 1981 e até 1989, enquanto era Vice-presidente dos Estados Unidos, o
acusado BUSH assumiu faculdades extraordinárias sobre as operações clandestinas e de Inteligência dos Estados
Unidos, entre elas, as seguintes funções oficiais, que explorou para lograr os objetivos descritos no parágrafo 16.
(I) Nos primeiros meses do novo regime de Reagan e Bush, o acusado BUSH lutou para apoderar-se das faculdades
de “Manejo de Crises” do governo dos Estados Unidos.Isto se refletiu em um artigo publicado em 22 de março de
1981 no Washington Post sob o título “Bush encabeçará o manejo de crises”.
(II) Em 14 de dezembro de 1981,o Presidente Ronald Reagan foi induzido a assinar a Diretiva de Segurança
Nacional 3 (DSN-3), sobre o “Manejo de Crises”, a qual designou o Vice-presidente, diretor do Grupo de Situações
Especiais (GSE), encarregado do manejo de crises. Durante todo o lapso de tempo que abarca esta acusação, BUSH
dirigiu o GSE.
(III) Em 12 de janeiro de 1982, o Presidente Ronald Reagan foi induzido a assinar a Diretiva de Segurança Nacional
2 (DSN-2), que reafirmou a existência de vários grupos interdepartamentais encarregados de Inteligência e
operações clandestinas. Segundo a interpretação que BUSH promoveu deste documento, o GSE que ele encabeçava
absorvia as faculdades do Conselho de Segurança Nacional em questões de “Manejo de Crises”que incluíram
operações clandestinas e de contra-terrorismo.
(IV) Em 28 de janeiro de 1982, BUSH ficou encarregado da equipe especial do sul da Flórida, que enfrentava
assuntos de entorpecentes.
(V) Em 14 de maio de 1982, foi criado, em caráter permanente, um Grupo de Planejamento Prévio das Crises
(GPPC), subordinado ao GSE. Sob a direção de BUSH, à este grupo foi dado ingerência em qualquer aspecto em
que se previsse uma “crise em potencial”,e se lhe encarregou de elaborar “opções preventivas”para enfrentar ditas
crises.
(VI) Em 10 de abril de 1982, foi emitida a Diretiva de Segurança Nacional 30 (DSN-30), sobre “Manejo de
Incidentes Terroristas” que deu ao Vice-presidente a faculdade de convocar o GSE e que criou o Grupo de Trabalho
sobre Incidentes Terroristas (GTIT) para apoiar o GSE. Durante todo o lapso de tempo que abarca esta acusação
penal, BUSH dirigiu e controlou o GTIT.
(VII) Em 23 de março de 1983, BUSH tomou o comando do Sistema Nacional de Interceptação Fronteiriça de
Entorpecentes (SNIFE).
(VIII) Em julho de 1985, foi criada a Equipe Especial Vice-presidencial sobre Terrorismo, encabeçada por BUSH.
(IX) Em fevereiro de 1986, a Equipe Especial Vice-presidencial sobre Terrorismo, sob a direção de BUSH, emitiu
seu informe, pelo qual foi criado o Sub-grupo de Operações, oficialmente parte do GTIT de BUSH, assim como um
escritório permanente de contra-terrorismo entre o pessoal do Conselho de Segurança Nacional, encabeçado pelo
acusado OLIVER NORTH, com a finalidade de prestação de contas, controlado e dirigido por BUSH.
20. (X) Em agosto de 1986, BUSH tornou-se chefe da “Operação Aliança”,operação contra o narcotráfico que era
conduzida em cooperação com o México.
b. Associação de BUSH com os contras,o narcotráfico colombiano e outros traficantes de entorpecentes: O acusado
BUSH utilizou seus postos oficiais para proteger traficantes internacionais de drogas ilegais, para impedir que as
autoridades competentes dos Estados Unidos interceptassem embarques de entorpecentes, e para facilitar o
transporte, a importação e a distribuição de drogas ilegais. Mais ainda, BUSH utilizou seus postos oficiais para
evitar que se descobrisse a relação dos contras com o narcotráfico, e para obstruir as investigações policiais e
legislativas sobre os contras e o narcotráfico.
4. De 1951 a 1982, DONALD P. GREGG foi encarregado da Agência Central de Inteligência (CIA). Em 1979, a
CIA destacou GREGG ao pessoal do Conselho de Segurança Nacional. Durante 1981 e 1982, GREGG encabeçou o
Diretório de Inteligência do CSN. Em agosto de 1982, GREGG renunciou à CIA e assumiu o cargo de Acessor de
Segurança Nacional do Vice-presidente GEORGE BUSH. GREGG permaneceu nesse posto até janeiro de 1989.
GREGG apresentou FELIX RODRIGUEZ à BUSH e à OLIVER NORTH. GREGG supervisionava diretamente as
atividades de Rodriguez.
5. FELIX RODRIGUEZ é um empregado da Agência Central de Inteligência, a quem GREGG recrutou em
dezembro de 1984, aproximadamente, para que ajudasse à ele e à BUSH no suprimento de armas e outros
apetrechos aos rebeldes contras da Nicarágua. RODRIGUEZ montou sua base de operações no campo aéreo de
Llopango, em El Salvador. Em nome de BUSH e GREGG, RODRIGUEZ recrutou traficantes de entorpecentes para
que o ajudassem a suprir os contras, assim como a custear as atividades destes e as operações de abastecimento. Em
conexão com estas atividades, RODRIGUEZ usou muitas vezes o pseudônimo “Max Gomez”.
6. OLIVER NORTH era um Tenente-Coronel do Corpo de Infanteria da Marinha dos Estados Unidos, destacado ao
pessoal do Conselho de Segurança Nacional em 1981, onde permaneceu até 25 de novembro de 1986.NORTH tinha
o posto de Sub-diretor de Assuntos Político-militares. Mais ou menos a partir de outubro de 1984 e até outubro ou
novembro de 1986, NORTH foi designado por BUSH para conduzir certas atividades com respeito aos contras, o
contra-terrorismo no Irã. NORTH serviu à BUSH como elo de ligação entre os contras e os traficantes de drogas.
Em conexão com estas atividades, NORTH usou de vez em quando pseudônimos como “William Goode”e “Mr.
Green”.
7. RICHARD V. SECORD foi acessor do Departamento de Defesa e do Conselho de Segurança Nacional de 1983 a
1986. Quando se retirou da Força Aérea dos Estados Unidos, em 1983, SECORD tinha o posto de General de
Divisão. Em 1983, SECORD tornou-se presidente da Stanford Technology Trading Group International , com
escritórios em Vienna,Virgínia. A partir de fins de 1984, assumiu a responsabilidade de abastecimento dos contras
com material de guerra, entre outras coisas. Sua ponte aérea foi utilizada para despachar e importar drogas aos
Estados Unidos; muitos dos pilotos que contratou eram contrabandistas de drogas. Em conexão com estas e outras
atividades, SECORD usou de vez em quando os pseudônimos “Richard Copp”e “General de Divisão Richard
Adams”.
8. ROBERT OWEN trabalhava no escritório do Senador Dan Quayle quando conheceu o acusado JOHN HULL.
OWEN levou HULL a reunir-se com NORTH e outros sujeitos no Conselho de Segurança Nacional e no
Departamento de Defesa. Em 1984, OWEN conheceu o acusado ADOLFO CALERO e se fez empregado dos
contras, mas continuou fornecendo informes regulares a NORTH. OWEN servia como “olhos e ouvidos” de
NORTH no rancho de HULL na Costa Rica, assim como em outros lugares onde os contras efetuavam embarques
de armas e drogas ilegais. OWEN ajudava a coordenar ditos embarques. Em novembro de 1985, OWEN entrou para
a folha de pagamentos do escritório de Ajuda Humanitária Nicaragüense. Em conexão com estas atividades, OWEN
recebeu de vez em quando os pseudônomos “TC” e “The Courier ( O Mensageiro)”.
9. JOHN HULL possuía um grande rancho na Costa Rica, que foi usado como um dos principais pontos de
transbordo de entorpecentes e armas para os contras. Muitos dos pilotos que transportavam drogas como parte da
empresa receberam instruções de voltar ao rancho de HULL.
10. Os contras eram insurgentes que efetuavam operações militares e paramilitares na Nicarágua e suas imediações,
com a intenção de derrotar o regime Sandinista.
11. ENRIQUE BERMUÚDEZ foi Coronel da Guarda Nacional Nicaragüense no regime de Somoza; havia sido
adido militar de Somoza em Washington e formou a Frente Democrática Nicaragüense (FDN), a principal
organização contra, em agosto de 1980. BERMÚDEZ utilizou o tráfico de drogas como um dos meios principais de
financiar os contras. BERMÚDEZ foi assassinado em 1991 na Nicarágua.
12. ADOLFO CALERO era um dirigente do FDN. CALERO utilizou o tráfico de drogas ilegais como um dos
meios principais de financiar os contras.
13. JUAN NORWIN MENESES CANTARERO (“MENESES”) era o Chefe de Inteligência e Segurança da FDN
no estado da Califórnia. As autoridades competentes dos Estados Unidos sabiam que MENESES era um
21. narcotraficante importante.Para ajudar a financiar os contras, MENESES ajudou a criar e operar uma grande rede de
contrabando e distribuição de drogas nos Estados Unidos, em particular na cidade de Los Angeles, Califórnia, e seus
arredores. Em 1991, MENESES foi apreendido na Nicarágua, acusado de tráfico de drogas.
14. OSCAR DANILO BLANDÓN REYES (“BLANDÓN”) era sócio de MENESES e participou com este na
criação e operação de uma grande rede de contrabando e distribuição de drogas nos Estados Unidos, em particular
na cidade de Los Angeles, Califórnia, e seus arredores, que se especializava na distribuição e venda de cocaína em
forma de crack. BLANDÓN foi processado em 1991, recebeu uma sentença reduzidíssima e já se encontra em
liberdade.
15. De agosto de 1986 a meados de 1988, WILLIAM F. WELD foi Procurador Geral auxiliar dos Estados Unidos,
encarregado da Divisão Penal do Departamento de Justiça, o qual começou a exercer as funções do cargo em junho
de 1996, quando recebeu a nomeação. WELD explorou este cargo para evitar que se investigasse e se processasse
membros e sócios da empresa, entre eles narcotraficantes associados aos contras, assim como para obstaculizar e
obstruir as investigações legislativas das relações entre o narcotráfico e os contras.
Propósito e objetivos da empresa
16. Aproveitando seus postos oficiais, BUSH, GREGG E NORTH estiveram em condições de facilitar o
financiamento dos insurgentes contras e seu abastecimento de armas e outros apetrechos, protegendo embarques de
cocaína e marihuana importada para os Estados Unidos.
a. Financiamento dos contras
(I) No fim de 1982, foi aprovada a lei pública 97-377, a primeira da série de “Emendas Boland”, que proibiu
expressamente a CIA de gastar dinheiro “com propósito de derrotar o governo da Nicarágua”.
(II) Em 12 de outubro de 1984, foi aprovada a lei pública 98-473, que proibiu expressamente que os fundos à
disposição de certas agências e dependências do governo dos Estados Unidos fossem comprometidos em gastos
com apoio de operações militares ou paramilitares na Nicarágua. Dita lei diz, na parte correspondente:
Durante o ano fiscal de 1985, nada dos fundos à disposição da Agência Central de Inteligência, Departamento
de Defesa ou qualquer outra agência ou entidade dos Estados Unidos que tome parte em atividades de
inteligência poderá ser comprometido ou gasto para apoiar, direta ou indiretamente, operações militares ou
paramilitares na Nicarágua realizada por qualquer nação, grupo, organização, movimento ou indivíduo.
Este mandamento legal, que ficou conhecido comumente como “Boland II”, modificou-se duas vezes e permaneceu
em vigor pelo menos até o ano fiscal de 1987.
(III) Para compensar esta interrupção de financiamento oficial, BUSH, GREGG, RODRIGUEZ, NORTH e outros
sujeitos aumentaram seus acordos com traficantes de drogas e fizeram arranjos com os narco-cartéis colombianos
para poder usar drogas e os lucros do tráfico de drogas para financiar os contras.
b. Abastecimento e armamento dos contras
(I). Depois de aprovada a primeira Emenda Boland, BUSH, GREGG, NORTH e outros sujeitos, conhecidos e
desconhecidos do grande jurado, começaram a fazer arranjos alternativos para dotar os contras de armas e outros
apetrechos. Depois de aprovada a segunda Emenda Boland, tanto a Agência Central de Inteligência como o
Departamento de Defesa retiraram grande quantidade de pessoal da América Central, deixando um vazio que
encheria a empresa.
(II). BUSH, GREGG e outros sujeitos, conhecidos e desconhecidos do grande jurado, designaram RODRIGUEZ e
NORTH para que fizessem novos arranjos para abastecer os contras de armas e outros apetrechos.
(III) BUSH E GREGG despacharam RODRIGUEZ para a América Central em janeiro de 1985 para que montasse
sua base de operações no campo aéreo de Llopango, em El Salvador.
(IV) NORTH pediu a OWEN que se reunisse com CALERO para determinar as necessidades dos contras, e
NORTH e OWEN acordaram em usar o rancho de HULL na Costa Rica como base de operações para abastecer os
contras.
(V) NORTH pediu a SECORD que criasse uma ponte aérea para abastecer os contras, assim como usar suas
companhias para comprar armas na Europa Oriental e em outras partes para os contras.
(VI) NORTH, SECORD e RODRIGUEZ recrutaram pilotos que eram ao mesmo tempo contrabandistas de
entorpecentes para que levassem aos contras armas e outros apetrechos, permitindo-lhes trazer entorpecentes em
seus vôos de regresso da América Central aos Estados Unidos, e, ademais, permitindo-lhes vender os entorpecentes
22. e ficar com o fruto da venda.Esta atividade se intensificou em grande escala depois de outubro de 1984, quando
entrou em vigor a segunda Emenda Boland.
c. Proteção de embarques de entorpecentes
Como incentivo aos pilotos e a outros sujeitos para que levassem armas e outros apetrechos aos contras, os acusados
BUSH, GREGG e NORTH usaram seus postos oficiais para evitar que as autoridades competentes dos Estados
Unidos atrapalhassem o transporte e a importação de drogas para os Estados Unidos.
d. Proteção de narcotraficantes
Como outro incentivo aos pilotos e a outros sujeitos para que levassem armas e outros apetrechos aos contras, os
acusados BUSH, GREGG e NORTH usaram seus postos oficiais para evitar que as autoridades competentes dos
Estados Unidos apreendessem os narcotraficantes que participavam do programa de abastecimento dos contras.
e. Obstrução da administração da justiça
(I) Para impedir que se descobrisse a empresa e suas atividades ilegais, os acusados BUSH, GREGG, NORTH e
WELD, assim como outros sujeitos, conhecidos e desconhecidos do grande jurado, trataram de impedir e evitar que
as autoridades competentes dos Estados Unidos investigassem membros da empresa e outros sujeitos envolvidos no
narcotráfico dos contras e outras atividades delituosas.
(II) Para impedir que se descobrisse a empresa e suas atividades ilegais, os acusados BUSH, GREGG, NORTH e
WELD, assim como outros sujeitos, conhecidos e desconhecidos do grande jurado, trataram de impedir e evitar que
várias comissões do Congresso dos Estados Unidos investigassem a relação entre as operações de abastecimento
dos contras e o tráfico de entorpecentes.
A conspiração
17. Mais ou menos desde finais de 1984, os acusados GEORGE BUSH, DONALD P. GREGG, FELIX
RODRIGUEZ, OLIVER NORTH, RICHARD SECORD, ROBERT OWEN, JOHN HULL, ADOLFO CALERO,
JUAN NORWIN MENESES CANTARERO, OSCAR DANILO BLANDÓN REYES e WILLIAM F. WELD,
assim como outros sujeitos, conhecidos e desconhecidos do grande jurado (entre eles Enrique Bermúdez, Barry
Seal, George Morales, Michael Palmer, Gary Betzner, Michael Tolliver, Marcos Aguado, Oliver Revell (“Buck”)
considerados nesta acusação penal partícipes da conspiração porém não acusados), todos eles membros, empregados
ou colaboradores na empresa descrita nos parágrafos de 1 a 16, inclusive, do presente auto, empresa que realizou
atividades que afetaram o comércio interestadual e internacional dos Estados Unidos, combinaram-se, conspiraram,
aliaram ou acordaram, ilegal, premeditada e conscientemente, realizaram e participaram direta e indiretamente na
condução dos negócios da empresa com uma série de condutas delituosas previstas no Artigo 18 do Código dos
Estados Unidos, seções 1961 (1) e 1965 (5), descritas nos parágrafos de 18 a 24, inclusive, do presente auto e
violações do Artigo 18 do Código dos Estados Unidos, seção 1962 (c).
A série de condutas delituosas
18. A série de condutas delituosas previstas no Artigo 18 do Código dos Estados Unidos, seções 1961 (1) e 1965
(5), por cujo meio os acusados conduziram os negócios da empresa e participaram neles é a que segue:
a. Importar para os Estados Unidos uma substância entorpecente proibida, a saber, cocaína, em violação do Artigo
21 do Código dos Estados Unidos, seção 952, e conspirar para esse fim, em violação do Artigo 21 do Código dos
Estados Unidos, seção 963;
b. Importar para os Estados Unidos uma substância entorpecente proibida, a saber, marihuana, em violação do
Artigo 21 do Código dos Estados Unidos, seção 952,e conspirar para esse fim, em violação do Artigo 21 do Código
dos Estados Unidos, seção963;
c. Possuir e distribuir cocaína com conhecimento de que se importava para os Estados Unidos, em violação do
Artigo 21 do Código dos Estados Unidos, seção 959, e conspirar para esse fim, em violação do Artigo 21 do Código
dos Estados Unidos, seção 963;
d. Possuir e distribuir marihuana com conhecimento de que se importava para os Estados Unidos, em violação do
Artigo 21 do Código dos Estados Unidos, seção 959, e conspirar para esse fim, em violação do Artigo 21 do Código
dos Estados Unidos, seção 963.
Feitos ilícitos
19. Mais ou menos a partir de meados de 1981, os acusados
ADOLFO CALERO, JUAN NORWIN MENESES CANTERERO E OSCAR DANILO BLANDÓN REYES,
23. Assim como Enrique Bermúdez, Marcos Aguado e outros sujeitos,conhecidos ou desconhecidos do grande jurado,
premeditada e intencionalmente distribuíram e ajudaram a distribuir grandes quantidades de cocaína, que é uma
substância entorpecente proibida, da Colômbia a Costa Rica e daí aos Estados Unidos, em violação do Artigo 21 do
Código dos Estados Unidos, seção 959, e do Artigo 18 do Código dos Estados Unidos, seção 2.
20. De julho de 1984 a 1985, os acusados
GEORGE BUSH, DONALD GREGG, FELIX RODRIGUEZ, OLIVER NORTH E JOHN HULL,
Assim como Barry Seal e outros sujeitos, conhecidos e desconhecidos do grande jurado, premeditada e
intencionalmente distribuíram e ajudaram a distribuir grandes quantidades de cocaína, que é uma substância
entorpecente proibida, da Colômbia a Costa Rica, e daí aos Estados Unidos, em violação do Artigo 21 do Código
dos Estados Unidos, seção 959, e do Artigo 18 do Código dos Estados Unidos, seção 2.
21. Mais ou menos a partir de julho de 1984 a junho de 1986,
GEORGE BUSH, DONALD GREGG, FELIX RODRIGUEZ, OLIVER NORTH E JOHN HULL,
Assim como George Morales e outros sujeitos, conhecidos e desconhecidos do grande jurado, premeditada e
intencionalmente distribuíram e ajudaram a distribuir 800 (oitocentos) kgs de cocaína, que é uma substância
entorpecente proibida, da Colômbia a El Salvador, e daí aos Estados Unidos, em violação do Artigo 21 do Código
dos Estados Unidos, seção 959, e do Artigo 18 do Código dos Estados Unidos, seção 2.
22. Mais ou menos a partir de julho de 1984 a outubro de 1986, os acusados
GEORGE BUSH, DONALD GREGG, FELIX RODRIGUEZ, OLIVER NORTH E JOHN HULL,
Assim como George Morales e outros sujeitos,conhecidos e desconhecidos do grande jurado, premeditada e
intencionalmente distribuíram e ajudaram a distribuir 9.000 (nove mil) libras de marihuana, que é uma substância
entorpecente proibida, da Costa Rica aos Estados Unidos, em violação do Artigo 21 do Código dos Estados Unidos,
seção 959, e do Artigo 18 do Código dos Estados Unidos, seção 2.
23. Mais ou menos em 8 de janeiro de 1986, os acusados,
GEORGE BUSH, DONALD GREGG, FELIX RODRIGUEZ, OLIVER NORTH E JOHN HULL,
Assim como George Morales e outros sujeitos, conhecidos e desconhecidos do grande jurado, premeditada e
intencionalmente distribuíram e ajudaram a distribuir 413 (quatrocentos e treze) kgs de cocaína, que é uma
substância entorpecente proibida, da Colômbia a El Salvador, e daí aos Estados Unidos, em violação do Artigo 21
do Código dos Estados Unidos, seção 959, e do Artigo 18 do Código dos Estados Unidos, seção 2.
24. Mais ou menos em julho de 1984, os acusados
GEOGE BUSH, DONALD GREGG, FELIX RODRIGUEZ, OLIVER NORTH E JOHN HULL,
Assim como Gary Betzner, George Morales e outros sujeitos,conhecidos e desconhecidos do grande jurado,
premeditada e intencionalmente distribuíram e ajudaram a distribuir 1.000 (mil) kgs de cocaína, que é uma
substância entorpecente proibida, da Colômbia a Costa Rica,e daí aos Estados Unidos, em violação do Artigo 21 do
Código dos Estados Unidos, seção 959, e do Artigo 18 do Código dos Estados Unidos, seção 2.
Passos concretos
25. Para levar adiante a conspiração mencionada e cumprir seus objetivos, no Distrito de Colúmbia e em outros
lugares, um ou mais dos acusados cometeram, entre outros, um ou mais dos feitos seguintes:
(1) E meados de 1981, MENESES e BLANDÓN viajaram para Honduras para reunirem-se com Enrique
Bermúdez, e este lhes deu instruções para criar um mecanismo de financiamento para os contras na parte ocidental
dos Estados Unidos.
(2) Em 1981, MENESES e BLANDÓN importaram e venderam mais de 2.000 (dois mil) libras de cocaína na
Califórnia.
(3) Em 1983, BLANDÓN, MENESES e outros sujeitos começaram a vender e distribuir em Los Angeles crack
elaborado a partir de cocaína importada da Colômbia passando por El Salvador e Costa Rica: Muita desta cocaína
foi trazida aos Estados Unidos de avião por Marcos Aguado, que operava do campo aéreo de Llopango, em El
Salvador.
24. (4) Mais ou menos em 6 de março de 1984, George Morales foi indiciado por contrabando de drogas.Umas
semanas depois, Morales se entrevistou com certos dirigentes contras no sul da Flórida --- a saber, Popo Chamorro,
Octaviano César e Marcos Aguado --- que lhe disseram que o ajudariam em seus problemas judiciais se ele os
ajudasse com armas, explosivos e outros artigos.Os dirigentes contras aceitaram suprir drogas a Morales, as quais
ele venderia, para em seguida comprar apetrechos para os contras.
(5) Em março de 1984, Barry Seal, a quem algumas dependências locais haviam recusado como informante, viajou
a Washington, onde visitou os escritórios da Equipe Especial Vice-presidencial sobre Drogas, encabeçada por
BUSH. Esta entidade ordenou a DEA (Drug Enforcement Agency---Agência de Esforço contra Drogas-N.T.)
contratar os serviços de Seal como informante e permitir-lhe conservar suas propriedades e bens, assim como
continuar contrabandeando drogas da América Central a Luisiana e Arkansas, entre outros lugares.
(6) Em meados de 1984, Barry Seal se entrevistou em Miami com vários representantes do narco-cartel
colombiano, com os quais viajou a Mena, Arkansas, para mostrar-lhes as inastalações que Seal utilizava para
contrabandear drogas e para manter e disfarçar seu avião.
(7) Em 12 de maio de 1984, NORTH escreveu em seu caderno:
“... o contrato indica que Gustavo está metido em drogas”.
(8) Em junho de 1984, MENESES assistiu em São Francisco à uma reunião de arrecadação de fundos com
CALERO.
(9) Em meados de 1984, NORTH pediu a SECORD que ajudasse CALERO a comprar armas para os contras.
(10) Em meados de 1984, NORTH falou com OWEN e lhe pediu que se reunisse regularmente com CALERO para
discutir as necessidades dos contras, passar-lhes Inteligência e entregar-lhes dinheiro.
(11) Em 26 de junho de 1984, NORTH escreveu em seu caderno:
“Chamada de Owen---John Hull---Proteção…
John já tem um exército privado de 75-100---cubanos metidos em drogas---espera-se
Até 100 cubanos mais”.
(12) Mais ou menos em julho de 1984, Morales comprou armas na Flórida e as embarcou em um avião na
Flórida.O avião regressou depois de alguns dias com um carregamento de entorpecentes, que Morales vendeu,
entregando o dinheiro aos contras.
(13) Mais ou menos em julho de 1984, pela segunda vez Morales comprou armas na Flórida e as embarcou em um
avião na Flórida.O avião regressou depois de alguns dias com um carregamento de entorpecentes, que Morales
vendeu passando o dinheiro aos contras.
(14) Mais ou menos em junho ou julho de 1984, Morales telefonou a Gary Betzner e lhe pediu que fosse a
Flórida;Morales e Betzner reuniram-se na Flórida para discutir o transporte de armas por avião aos contras e o
transporte de drogas no regresso.
(15) Mais ou menos em julho de 1984, Betzner levou um avião carregado de armas, entre elas uma metralhadora M-
60, rifles M-16 e explosivos plásticos C-4, de Fort Lauderdale, Flórida, ao rancho de HULL na Costa Rica. No
rancho de HULL, foram descarregadas as armas e os explosivos, e imediatamente, na presença de HULL, foi
carregado no avião 17 sacos de lona cheios de cocaína e cinco ou seis caixas de cocaína, que Betzner levou a
Lakeland, Flórida.
(16) Uns dez dias depois, Betzner levou um avião carregado de armas pequenas do hangar de Morales no aeroporto
de Opa-Locka, Flórida, à Los Llanos, lugar adjacente ao rancho de HULL, na Costa Rica. As armas foram
descarregadas na presença de HULL e, imediatamente, entre 15 e 17 sacos de lona cheios de cocaína, uns 500
(quinhentos) kilogramas, foram carregados no avião para que Betzner os levasse à Flórida.
(17) Em 20 de julho de 1984, North escreveu em seu caderno:
“Chamada de Clarridge* :---Alfredo César Re Drogas-Borge/Owen deixa Hull só
[rasuras] Campo Aéreo Los Brasiles---Owen deixa Hull”.
*Nota do Tradutor : Duane R. Clarridge --- para identifica-lo aguarde o próximo lançamento.
(18) Mais ou menos de julho de 1984 a janeiro de 1986, por sugestão de Marcos Aguado, Morales treinou pilotos
no aeroporto de Opa-Locka, Flórida, para que levassem armas aos contras na América central, e transportassem
drogas em seu regresso aos Estados Unidos.
25. (19) Entre julho de 1984 e janeiro de 1986, pelo menos em oito ocasiões, Morales ordenou a diversos pilotos que
voltassem ao rancho de HULL na Costa Rica para entregar armas e que trouxessem drogas em seu regresso aos
Estados Unidos.
(20) Em 23 de julho de 1984, NORTH escreveu em seu caderno:
“Chamada de Rob Owen---Chamada de John Hull”.
(21) De fins de 1984 a fins de 1986, JOHN HULL recebeu de ADOLFO CALERO, por instruções de OLIVER
NORTH, um salário mensal de 10.000 (dez mil) dólares.
(22) Mais ou menos em novembro de 1984, Morales comprou mais armas no sul de Miami e as embarcou em um
avião em Fort Lauderdale, Flórida. O avião regressou em poucos dias com um carregamento de entorpecentes, que
Morales vendeu passando o dinheiro aos contras.
(23) Mais ou menos em 1o. de outubro de 1984, Morales passou a Marcos Aguado um avião McDonnell-Douglas
DC-3, também conhecido como C-47, para os contras.
(24) Em fins de 1984, Morales reuniu-se com Chamorro e outros dirigentes contras e discutiram as atividades do
acusado OWEN.
(25) Mais ou menos em 20 de dezembro de 1984, Morales reuni-se em um hotel da Costa Rica com os dirigentes
contras Popo Chamorro, Octaviano César, comandante Tito e Carlo Prado, para discutir o despacho de drogas
ilegais para os Estados Unidos.
(26) Em meados de dezembro de 1984, OWEN, HULL, CALERO, Enrique Bermúdez, Frank Chanes (dos
Frigoríficos Puntarenas), Jack Terrel e outros sujeitos reuniram-se em Miami , na casa de CALERO.
(27) Mais ou menos em 21 de dezembro de 1984, RODRIGUEZ reuniu-se com GREGG e NORTH para discutir
como equipar os contras.
(28) Pouco depois da reunião de 21 de dezembro, GREGG informou a BUSH que RODRIGUEZ queria ir a El
Salvador e que GREGG ia apresentar RODRIGUEZ a outros funcionários do governo dos Estados Unidos
envolvidos na América Central. BUSH disse “muito bem”.
(29) Em 24 de janeiro de 1985, NORTH esceveu em seu caderno;
“Rob Owens---John Hull---sem conexões com drogas---acredite”.
(30) Em janeiro de 1985, RODRIGUEZ reuniu-se com OWEN no Hotel Marriott Key Bridge, de Roslin,
Virgínia.Depois da reunião, OWEN escreveu a NORTH uma carta de duas páginas na qual discute sua reunião com
RODRIGUEZ e os projetos deste.
(31) Em 22 de janeiro de 1985, BUSH, GREGG E RODRIGUEZ reuniram-se no escritório de BUSH no Antigo
Edifício Executivo.
(32) Dois dias depois, em 24 de janeiro de 1985, RODRIGUEZ reuniu-se com o General Adolfo Blandón, Chefe do
Estado Maior de El Salvador, e em 30 de janeiro de 1985, RODRIGUEZ reuniu-se com o General Bustillo,
comandante da Força Aérea de El Salvador.Bustillo ficou de acordo que RODRIGUEZ poderia permanecer no
campo aéreo militar de Llopango, nos subúrbios de São Salvador.
(33) Em 15 de fevereiro de 1985, RODRIGUEZ reuniu-se com o embaixador Pickering e o Coronel James Steele,
comandante do Grupo Militar dos Estados Unidos em El Salvador.
(34) Em 19 de fevereiro de 1985, RODRIGUEZ reuniu-se com GREGG para informa-lo sobre suas atividades em
Llopango, e imediatamente RODRIGUEZ reuniu-se também com NORTH.
(35) Em fins de fevereiro ou princípio de março de 1985, OWEN viajou a Costa Rica, a pedido de NORTH, para
reunir-se com grupos dos contras.
(36) Em março de 1985, HULL declarou que tinha um amigo no Conselho de Segurança Nacional que lhe
depositava 10.000 (dez mil) dólares em uma conta bancária de Miami.
(37) Em meados de março de 1985, RODRIGUEZ mudou-se para a base aérea de Llopango.
(38) Mais ou menos em 20 de abril de 1985, RODRIGUEZ escreveu a GREGG: “Don,obrigado a ti e ao Vice-
presidente [BUSH] por apoiar-me.Sem sua ajuda, eu não poderia ter feito nada aqui”.
26. (39) Em 29 de abril de 1985, GREGG escreveu ao Coronel Steele para agradecer-lhe sua ajuda a RODRIGUEZ.
(40) Em 5 de janeiro de 1985, GREGG, RODRIGUEZ e Steele reuniram-se no Hotel Marriott Key Bridge, de
Roslyn, Virgínia.
(41) Mais ou menos em 3 de junho de 1985, OWEN viajou a Califórnia com CALERO para reunirem-se com
MENESES.
(42) Mais ou menos em 7 de junho de 1985, CALERO e OWEN reuniram-se para concluir uma compra de armas
para os contras, depois de um telefonema de NORTH.
(43) Em meados de 1985, NORTH e outros membros do Grupo Interdepartamental Restringido sobre América
Central (GIR), criado em virtude da DSN-2, reuniram-se e decidiram abrir uma “Frente Sul”dos contras na Costa
Rica.
(44) Em 28 de junho de 1985, NORTH, SECORD, os ex-funcionários da CIA Thomas Clines e Rafael Quintero,
CALERO e Enrique Bermúdez reuniram-se em Miami. NORTH disse a CALERO e a BERMÚDEZ que deviam
trabalhar com ele e com SECORD para criar uma Frente Sul com possibilidades.
(45) Em 12 de julho de 1985, NORTH escreveu em seu caderno;
“14 milhões de dólares para financiar vieram das drogas”.
(46) Em 9 de agosto de 1985, NORTH escreveu em seu caderno:
“DC-6 que se usa para voar de Nova Orleans é usado provavelmente para meter drogas nos Estados Unidos”.
(47) Em 10 de agosto de 1985, NORTH escreveu em seu caderno:
“Frente sul...John Hull arranjará treinamento [rasura]...”
e também:
“Reunião com ªC.---nome da pessoa do DEA em Nova Orleans com relação golpe Mario/DC-6”.
(48) Em agosto de 1985, o Congresso dos Estados Unidos destinou 27 milhões de dólares para ajuda
“humanitária”aos contras, e o Presidente Reagan criou o Escritório de Ajuda Humanitária Nicaragüense (OAHN).
Em setembro de 1985, NORTH instou o embaixador Robert Duemling, diretor do OAHN, a contratar OWEN,
mensageiro de NORTH, para que trabalhasse no OAHN. A princípio, Duemling se negou, mas NORTH e o GIR o
pressionaram para que contratasse OWEN.
(49) Em 10 de setembro de 1985, NORTH escreveu em seu caderno:
“1630 reunião c/Jim,Steele/Don Gregg
Falou-se de Blandón[...]
Bermúdez disse que estava disposto a dedicar uma unidade de op[eraçõe]s especiais para bloquear linhas
log[ísticas] da FMLN
Apresentado por Wally GresheimbackslashLitton
Visita Calero/Bermúdez a Llopango para criar apoio log[ístico]/ma[nutenção].”
(50) Em 20 de setembro de 1985, NORTH escreveu uma carta a RODRIGUEZ, pedindo-lhe que se convertesse em
ligação entre o governo de El Salvador e a operação de aprovisionamento dos contras de NORTH e SECORD.No
início da carta, NORTH escreveu com maiúsculas: “DEPOIS DE LER ESTA CARTA, DESTRUÍ-LA POR
FAVOR.”
(51) Em 1o. de outubro de 1985, NORTH escreveu em seu caderno:
“Don Gregg:Máximo Gómes 27-31-59”,
que era o número telefônico de RODRIGUEZ em El Salvador.
(52) Também em 1o. de outubro de 1985, o embaixador Duemling,diretor da OAHN escreveu as seguintes notas:
“(North) pode usar---Mr. Green disse chamar---Máximo Gomes 273159 em São Salvador
Voará com as coisas de El Salvador”
(53) Em 17 de outubro de 1985, RODRIGUEZ e NORTH reuniram-se em Washington.
27. (54) Em dezembro de 1985, NORTH e Alan Fiers, Chefe da Equipe Especial para América Central da CIA,
viajaram a Honduras e El Salvador para convencer funcionários locais para que permitissem que os embarques da
OAHN fossem transbordados no campo aéreo de Llopango, El Salvador e em Honduras.
(55) Mais ou menos a partir de 9 de janeiro de 1986, e até agosto do mesmo ano, o Escritório de Ajuda Humanitária
Nicaragüense (OAHN---Oficina de Ayuda Humanitária Nicaragüense ou ONHA---Office of Nicarágua Humanitary
Aid---N.T.) fez os seguintes pgamentos a companhias de propriedade de narcotraficantes e administradas por
narcotraficantes:
(a) SETCO, por serviços de transporte aéreo:185.924,25 dólares.
(b) DIACSA, por reposição de motores de avião:41.120,90 dólares.
(c) Frigoríficos de Puntarenas, por prestar e conseguir serviços variados para os contras da Frente Sul:261.932,00
dólares.
(d) VORTEX, por serviços de transporte aéreo:317.425,17 dólares.
(56) Vortex era de propriedade de Michael Palmer, um narcotraficante que se tornou informante do DEA, ao
mesmo tempo que colocava seu avião a serviço da OAHN para levar ajuda “humanitária”aos
contras.Posteriormente, foi abandonada uma tentativa de indicia-lo por contrabando de marihuana, por “não servir
aos interesses dos Estados Unidos”.
(57) Em janeiro de 1986, RODRIGUEZ reuniu-se com Richard Gadd, sócio de SECORD na ponte aérea criada por
este.
(58) Mais ou menos em 14 de janeiro de 1986, BUSH viajou a Guatemala.Em uma recepção que teve lugar na
embaixada dos Estados Unidos, o agente do DEA Celerino Castillo III identificou-se perante BUSH como agente do
DEA encarregado de investigações internacionais sobre drogas, e disse a BUSH que algo raro sucedia-se em
Llopango.BUSH negou-se a escutar Castillo e afastou-se dele.
(59) Mais ou menos em 19 de janeiro de 1986, por instruções de BUSH e GREGG, Samuel Watson, Sub-acessor de
Segurança Nacional de BUSH, viajou a Llopango e reuniu-se com RODRIGUEZ para exigir um informe sobre as
operações que ali tinham lugar.
(60) Em 4 de fevereiro de 1986, Watson escreveu um memorando a BUSH,fazendo-lhe chegar por meio de
GREGG, sobre seus achados em El Salvador e Honduras. GREGG escreveu no início do memorando de Watson:
“Bom informe de Sam”.
(61) GREGG sublinhou uma passagem do memorando de Watson a BUSH de 4 de fevereiro, que expunha a falta
de apoio logístico aos contras, e escreveu na margem: “Félix está de acordo com isto;é uma grande deficiência”.
(62) Em 27 de fevereiro de 1986, NORTH escreveu em seu caderno:
“Reunião c/ Lew Tambs---leilão DEA A/C capturados como traficantes de drogas---US$ 250-260.000 comissão”.
(63) Em 16 de abril de 1986, RODRIGUEZ telefonou ao escritório do Vice-presidente BUSH para solicitar uma
reunião com este.Um secretário do escritório de BUSH escreveu: “Felix Rodriguez...[para] informar ao Vice-
presidente sobre a situação da guerra em El Salvador e o abastecimento dos contras”.
(64) Em 20 de abril de 1986, NORTH, SECORD, RODRIGUEZ e o comandante contra Enrique Bermúdez
reuniram-se na base aérea de Llopango, em El Salvador.
(65) Na noite de 30 de abril do mesmo ano, RODRIGUEZ e Sam Watson reuniram-se para tomar drinks em um
restaurante de Washington.
(66) Em 1o. de maio de 1986, o acusado RODRIGUEZ reuniu-se com BUSH, GREGG e Watson no escritório de
BUSH em Washington. Em certo momento, NORTH e o embaixador Edward Corr somaram-se a reunião.
(67) Em 6 de maio de 1986, Watson enviou a BUSH um memorando acerca dos contras:
“Uma análise sensata da manutenção sandinista do poder.Os meios sugeridos para combate-lo não bastam.A
questão central é que as ações dos contras mais a oposição política interna tem que ser coordenadas. Felix disse
que não estamos fazendo nada para dirigir o planejamento contra”.
(68) Depois da reunião com BUSH, RODRIGUEZ regressou a El Salvador e, em maio de 1986, reuniu-se com
Robert Dutton, que havia substituído Richard Gadd como supervisor principal da operação de aprovisionamento de
SECORD.RODRIGUEZ disse a Dutton que ele, RODRIGUEZ, tinha uma relação muito estreita com Bush e certo
número de pessoas próximas a ele.