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FRANÇA
SÍMBOLOS PÁTRIOS
           A Bandeira Nacional da França
Bandeira   (também conhecida como a tricolor ou
           bleu, blanc, rouge), tricolor em três
           faixas verticais (azul, branca e vermelha),
           simboliza a Revolução Francesa (1789),
           sendo que o azul representa o poder
           legislativo, Branco o poder executivo e o
           Vermelho povo, os três          “dividindo”
           igualmente o poder. Lembrando do
           lema francês, as cores representam
           também Liberdade (Liberté), Igualdade,
           (Égalité) e Fraternidade (Fraternité), na
           ordem da bandeira, "método“ também
           usado na moeda francesa.
Brasão de armas da França


                       O atual Brasão de armas da França
                       virou símbolo nacional em 1953, porém,
                       ele não tem nenhum estatuto como
                       brasão de armas. Ele aparece na capa
                       dos passaportes      franceses e foi
                       originalmente adotado pelo Ministério
                       das Relações Exteriores como símbolo
                       para uso nas missões diplomáticas e
                       consulares em 1912 usando um design
                       desenhado pelo escultor Jules-Clément
                       Chaplain. Tecnicamente, ele é mais
                       considerado um emblema do que para
                       brasão de armas por não se basear nas
                       regras heráldicas.

Foto do emblema
Marianne




                                              Busto de Marianne em bronze




Em Setembro de 1999, o governo francês adotou um novo símbolo
incorporando o lema nacional, as cores da bandeira, e a personificação da
República: Marianne
Sob a aparência de uma mulher usando um barrete frígio, Marianne encarna
a República Francesa e representa a permanência dos valores da república e
dos cidadãos franceses: Liberté, Égalité, Fraternité (Liberdade, Igualdade e
Fraternidade).
Galo Gaulês         Em latim, gallus significa gaulês (povo francês que
                    morava     aqui    antes serem colonizados         pelos
                    romanos), mas também significa galo.
                    Este pequeno animal era o símbolo dos gauleses os
                    romanos os ridicularizavam, pois o emblema do maior
                    império da época era a águia.
                    Mais tarde, os franceses ao invés de terem vergonha
                    deste animal, ele passou a ser motivo de orgulho.
                    Inclusive existe uma expressão que diz: "fière comme un
                    coq" (orgulhoso como um galo). O galo ainda continua
                    sendo um símbolo dos franceses, presente nas
                    medalhas, gravuras, moedas, carimbos da República e
                    até mesmo nos botões da Guarda Nacional. Hoje,
                    podemos ver o galo principalmente nos esportes, pois
                    tornou-se o mascote preferido dos franceses.



              Símbolo não-oficial, o Grande Selo da França usado
              durante a Segunda República Francesa, ainda é usado
              como símbolo nacional.
Hino Nacional

La Marseillaise (A Marselhesa) é o hino nacional da França. Foi
composto pelo oficial Claude Joseph Rouget de Lisle em 1792, da divisão de
Estrasburgo, como canção revolucionária. Adquiriu grande popularidade
durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército
de Marselha, ficando conhecida como A Marselhesa. Seu título era
originalmente Canto de Guerra para o Exército do Reno. Em 1795, foi
instituída pela Convenção como hino nacional.
Napoleão Bonaparte baniu A Marselhesa durante o império, assim como
Luís XVIII na segunda restauração, devido ao seu caráter revolucionário.
Contundo, na instauração da III República, a canção foi definitivamente
confirmada como o hino nacional francês. Em geral, somente a primeira e
a sexta estrofes e o refrão são cantados atualmente na França.
La Marseillaise               A Marselhesa

  Allons enfants de la Patrie    Avante, filhos da Pátria,
Le jour de gloire est arrivé !   O dia da Glória chegou.
Contre nous de la tyrannie       Contra nós, da tirania
L'étendard sanglant est levé     O estandarte ensanguentado se
L'étendard sanglant est levé     ergueu.
Entendez-vous dans nos           O estandarte ensanguentado se
campagnes                        ergueu.
Mugir ces féroces soldats?       Ouvis nos campos
Ils viennent jusque dans vos     Rugirem esses ferozes soldados?
bras.                            Vêm eles até aos nossos braços
Égorger vos fils, vos            Degolar nossos filhos, nossas
compagnes!                       mulheres.
-Aux armes citoyens              Às armas cidadãos!
Formez vos bataillons            Formai vossos batalhões!
Marchons, marchons               Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur abreuve nos     Que um sangue impuro agüe o
sillons                          nosso arado
A Flor de Lis

A flor de lis (flor-de-lis) é uma figura
heráldica (a arte ou ciência dos brasões)
muito associada à monarquia francesa,
particularmente ligada com o rei da
França. É também o símbolo do
escotismo.


                        É quase impossível precisar a exata origem do símbolo.
                        Sabe-se que a imagem da flor-de-lis foi usada nas armas
                        da França em 496. No ano de 1125, a bandeira da França
                        apresentava o seu campo semeado de flores-de-lis, o
                        mesmo acontecendo com o seu brasão de armas até o
                        reinado de Carlos V (1364), quando passaram a figurar
                        apenas três. Representando com as três pétalas, a fé, a
                        sabedoria e o valor. Há uma grande semelhança entre
                        a íris e a flor-de-lis, quando analisada de perfil. Outras
                        referências sugerem que a flor-de-lis é uma espécie de
                        lírio.
Monumentos
                                                   Palácio de Luxemburgo




                                                     Arco do Triunfo




                 Catedral de Notre-Dame de Paris
  Torre Eiffel
FATOS HISTÓRICOS
 1337 – 1453 : Os 100 anos de guerra
Iniciada em 1337, a Guerra dos Cem Anos foi deflagrada quando o trono
francês esteve carente de um herdeiro direto. Aproveitando da situação, o rei
britânico Eduardo III, neto do monarca francês Felipe, O Belo (1285 –1314),
reivindicou o direito de unificar as coroas inglesa e francesa. Dessa forma, a
Inglaterra incrementaria seus domínios e colocaria um conjunto de prósperas
cidades comerciais sob o seu domínio político, principalmente da região de
Flandres. Em 1453, após várias pausas e retomadas, um tratado de paz que
encerrava a Guerra dos Cem Anos (que na realidade durou 116 anos) foi
assinado.


 1431 - No dia 30 de maio, Joana d’Arc é acusada de bruxaria é
condenada a fogueira. Executada em praça pública, após queimada, suas
cinzas são jogadas no Rio Sena.
 1789 - Revolução Francesa
A Revolução Francesa é considerada o mais importante acontecimento da
história contemporânea. Inspirada pelos idéias iluministas, a sublevação de
lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" ecoou em todo mundo, pondo
abaixo regimes absolutistas e ascendendo os valores burgueses.

 A Fase do Terror
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o
poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes
para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da
nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste
período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.

 A burguesia no poder
Em 1795, os girondinos (alta burguesia) assumem o poder e começam a instalar
um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo
o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general
francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de
Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade
social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-
cônsul da França, instaurando uma ditadura.
 Guerras Napoleônicas 1802 - 1815
Napoleão aproveitou as oportunidades oferecidas pela Revolução Francesa e
as guerras revolucionárias para subir ao topo, tomar o poder em um golpe,
antes de declarar-se imperador da França em 1804.


 A Belle Époque 1871-1914
Um período de desenvolvimento comercial, social e cultural rápida com
(relativa) paz e do desenvolvimento industrial ainda operou mudanças ainda
maiores sobre a sociedade, trazendo o consumismo em massa.


 1905 – Lei separa o poder do Estado e da Igreja
Em dezembro de 2005 completaram-se 100 anos de uma lei francesa que
determinou a separação entre Igreja e Estado e deu origem a virulenta
perseguição à Religião católica naquele país. Em nome da laicidade do
Estado, as orações foram abolidas nas escolas, os crucifixos retirados dos
tribunais e outros edifícios públicos, as festas religiosas eliminadas dos
calendários. Organizou-se então uma ofensiva contra toda e qualquer
manifestação pública de religiosidade não só na França, mas em vários
países, inclusive o Brasil.
 1944 – A Mulher e o direito a voto
O decreto de 21 de abril de 1944 do governo provisório do general De Gaulle
em Argel estipulava que «as mulheres são eleitoras e elegíveis nas mesmas
condições que os homens». Dois anos e meio depois, o preâmbulo da
Constituição de 27 de outubro de 1946 inscreveu esse princípio entre os
princípios fundamentais da República: «a lei garante à mulher, em todos os
campos, direitos iguais aos do homem».


Segunda Guerra Mundial e França de Vichy 1939-1945 / 1940-1944
A Alemanha ataca a Europa Ocidental – França e os Países Baixos neutros.
Luxemburgo é ocupado no dia 10 de maio; a Holanda se rende em 14 de
maio, e a Bélgica em 28 do mesmo mês. Em 22 de junho, a França assina um
acordo de armistício pelo qual os alemães ocupam a parte norte do país e
toda a linha costeira do Atlântico; e no sul da França é estabelecido um
regime colaborador dos nazistas com capital em Vichy. Em 1944, após o
desembarque dos Aliados no Dia D, a França foi libertada e a Alemanha
finalmente derrotado em 1945. A Quarta República foi então declarada.
1946 – A Quarta República
De Gaulle renunciou e aprovou-se uma nova constituição, o que deu início ao
período conhecido como quarta república. A situação era dificílima: o país
estava destruído após a guerra e as colônias exigiam a independência. O
problema mais sério enfrentado pela quarta república, contudo, foi à guerra
da Argélia.

 1959 - Declaração da Quinta República
Em 08 de janeiro de 1959 a V República veio a existir. Charles de Gaulle,
herói da 2 ª Guerra Mundial e crítico pesado da Quarta República, foi a força
motriz principal atrás da nova Constituição, que deu à presidência mais
poderes em relação à Assembléia Nacional; de Gaulle se tornou o primeiro
presidente da nova era. França mantém-se sob o governo da Quinta
República.

1968 – Protestos estudantis
Em maio de 1968, protestos de estudantes e trabalhadores em greve
surpreenderam o país (e o mundo todo) culminando em uma grande
paralisação. Assim que a anarquia foi suspensa, De Gaulle foi ao ar em TV
nacional e pediu ao país que se acalmasse, e deixasse que ele governasse o
país. E assim foi feito. O governo então reformou o sistema educacional, e
De Gaulle se manteve como presidente no ano seguinte.
 1981 - Após a vitória socialista nas urnas, François Mitterrand substituiu
Giscard como presidente da República. O governo nacionalizou a maioria dos
bancos e das firmas industriais, elevou os impostos e ampliou os benefícios
sociais.
 Em 1982 e 1983, uma recessão econômica fez com que o governo
impusesse medidas de austeridade. Como conseqüência, em 1986 Mitterrand
teve que conviver com Jacques Chirac como primeiro ministro. Esta foi a
primeira vez desde 1958 em que partidos opostos governaram juntos, no
denominado governo de coabitação. Depois de várias mudanças de governo, as
eleições presidenciais de 1995 levaram Jacques Chirac à presidência da
República, ao mesmo tempo em que o socialista Alain Juppé assumia a chefia
do governo.
 1998 - A França venceu a Copa do Mundo de Futebol, por 3x0 contra o
favorito Brasil.
 2001 – Mudança na Constituição altera a duração do mandato
presidencial que era de sete anos e por referendo, o presidente passou a ter
um mandato de cinco anos. .
 2007 – Nicolas Zarkozy foi eleito o sexto presidente da Quinta
República.
 2011 / 2012 – Crise na zona do euro faz França anunciar novas medidas
de austeridade contra crise e enfrentar greves e protestos contra cortes
orçamentários.
MODELO DE EDUCAÇÃO
Em 1802, Napoleão Bonaparte criou o Lycée. No entanto, é Jules Ferry que é
considerado o pai da moderna escola francesa, que é gratuita, laica e obrigatória
até aos 13 anos de idade desde 1882 (escola comparecimento na França agora é
obrigatório até a idade de 16 anos).
Atualmente, o sistema de ensino na França é centralizado e é composto de três
fases, o ensino primário, secundário e ensino superior.            O Programa
Internacional de Avaliação de Alunos, coordenado pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), classifica a educação da
França como a 25ª melhor do mundo, não sendo nem significativamente
superior nem inferior à média da OCDE. A educação primária e secundária são
predominantemente públicas, administradas pelo Ministério da Educação
Nacional.
O sistema educacional francês é subdividido em cinco
diferentes níveis:

1. École Maternelle (pré-escola, de 2 a 5 anos);
2. École Primaire ou Élementaire (5 primeiros anos
do
  ensino fundamental , de 6 a 10 anos);
3. Collège (4 últimos anos do ensino fundamental, entre
  11 e 15 anos);
4. Lycée (Ensino médio, entre 16 e 18 anos)
5. Université (Universidade).
Lycée - Na França, o liceu é o tipo de estabelecimento de ensino
onde são ministrados os três últimos anos do ensino secundário,
aos adolescentes com idades compreendidas entre os 15 e os 18
anos. A conclusão dos estudos num liceu pode conferir três tipos
de diploma, de acordo com o curso seguido:

O bacharelato, o certificado de aptidão profissional (CAP) e
o brevê de estudos profissionais (BEP).

Conforme o tipo de ensino ministrado, existem quatro tipos de
liceus:
liceus de ensino geral e tecnológico (ou simplesmente "liceus"),
 liceus profissionais,
 liceus agrícolas e
 liceus da defesa.
Capela de Sorbonne, Universidade de Paris.
A educação na França

A educação, como um todo, é entendida como uma responsabilidade
coletiva, exercida pelo Estado em nome da coletividade. Há lugar para
a iniciativa privada, ou particular. Predominam, no entanto no país as
instituições públicas de ensino, desde a escola maternal até a
universidade e é importante desde já salientar que o ensino superior
particular é praticamente inexistente na França.
Todo o sistema educacional francês depende do Ministério da
Educação Nacional cuja parte no orçamento do Estado é superior a
25%; resulta daí também o seu caráter popular - ou democrático - já
que todas as crianças sejam elas francesas ou estrangeiras residentes
no país, têm acesso à escola (obrigatória) que, sendo pública, é gratuita.
Observe-se ainda que o uso do uniforme não é obrigatório e que a
escolarização dos filhos não representa nenhum ônus para as famílias:
o material escolar básico é distribuído e não há nenhum sistema de
pagamento, mesmo uma eventual taxa de matrícula é inexistente; a
escola garante por outro lado um atendimento médico regular (de
controle. em acordo com as autoridades sanitárias municipais).
Na França, as unidades de ensino são raramente grandes ou muito grandes; predomina -
sobretudo na maternal e no primário - o sistema de pequenas unidades de bairro
("l'école du quartier"). Este sistema tem pelo menos duas grandes vantagens para o
usuário (famílias e alunos): há sempre uma escola (muito) perto da casa do aluno e há
também uma descentralização notável.

As classes têm em média 25 alunos e, como já foi dito, todo o material básico
indispensável é fornecido pela instituição, isto é, pelo Estado).

É importante lembrar que em termos de formação "profissionalizante", há toda uma
série importante de outras possibilidades para o aluno que termina o seu curso
secundário; este poderá já concluir os seus estudos (secundários) num "Lycée technique"
ou ainda num Liceu de ensino profissional (LEP) e obter, por exemplo, um "brevet" de
técnico mecânico, eletricista, etc.

Com exceção daqueles que tiverem anteriormente estudado em escolas experimentais e
em maternais bilíngües, por exemplo (e que são raras), todos os demais alunos
começarão a estudar uma língua estrangeira na "sixiême" (com 10/11 anos de idade,
,normalmente). Dois anos mais tarde, na "quatrieme", será introduzida uma segunda
língua estrangeira; a terceira língua será introduzida quando o aluno estiver na
"seconde" -o que significa que, em etapas sucessivas e com intervalos de dois anos entre
o momento em que se introduz cada uma delas, o aluno francês estuda até três línguas
estrangeiras durante o seu curso secundário.
O sistema escolar francês em debate

 O Ministério da Educação argumenta que a quebra da "carte
scolaire" vai possibilitar o acesso dos estudantes das periferias
nos liceus públicos de referência - localizados no centro
burguês de Paris -, mas a oposição afirma que esse processo
visa provocar ainda mais a competição entre estudantes e
colégios. Esse processo vai ser retomado e desdobrado a partir
de setembro, quando vai começar o novo ano letivo francês.
A outra questão é a reforma universitária, cujo projeto
apresentado pelo governo Sarkozy, está sendo debatido com os
sindicatos dos professores e com as associações estudantis. A
atual proposta de reestruturação do ensino superior francês
tem três pontos centrais: a introdução da seleção dos
estudantes para os cursos de mestrado, a nova formação dos
conselhos universitários (com menor número de membros) e,
especialmente, a autonomia universitária.
Fontes:



França:

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/especial/home_rev_francesa.htm
http://www.france.fr/pt/estudar/coletar-informacoes/sistema-
educacional/article/o-sistema-escolar-frances-do-maternal-ao-liceu
http://frances.forumdeidiomas.com.br/2010/09/o-sistema-educacional-frances/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/mundo/sistema-educacional-
frances-e-alvo-de-criticas/

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  • 2. SÍMBOLOS PÁTRIOS A Bandeira Nacional da França Bandeira (também conhecida como a tricolor ou bleu, blanc, rouge), tricolor em três faixas verticais (azul, branca e vermelha), simboliza a Revolução Francesa (1789), sendo que o azul representa o poder legislativo, Branco o poder executivo e o Vermelho povo, os três “dividindo” igualmente o poder. Lembrando do lema francês, as cores representam também Liberdade (Liberté), Igualdade, (Égalité) e Fraternidade (Fraternité), na ordem da bandeira, "método“ também usado na moeda francesa.
  • 3. Brasão de armas da França O atual Brasão de armas da França virou símbolo nacional em 1953, porém, ele não tem nenhum estatuto como brasão de armas. Ele aparece na capa dos passaportes franceses e foi originalmente adotado pelo Ministério das Relações Exteriores como símbolo para uso nas missões diplomáticas e consulares em 1912 usando um design desenhado pelo escultor Jules-Clément Chaplain. Tecnicamente, ele é mais considerado um emblema do que para brasão de armas por não se basear nas regras heráldicas. Foto do emblema
  • 4. Marianne Busto de Marianne em bronze Em Setembro de 1999, o governo francês adotou um novo símbolo incorporando o lema nacional, as cores da bandeira, e a personificação da República: Marianne Sob a aparência de uma mulher usando um barrete frígio, Marianne encarna a República Francesa e representa a permanência dos valores da república e dos cidadãos franceses: Liberté, Égalité, Fraternité (Liberdade, Igualdade e Fraternidade).
  • 5. Galo Gaulês Em latim, gallus significa gaulês (povo francês que morava aqui antes serem colonizados pelos romanos), mas também significa galo. Este pequeno animal era o símbolo dos gauleses os romanos os ridicularizavam, pois o emblema do maior império da época era a águia. Mais tarde, os franceses ao invés de terem vergonha deste animal, ele passou a ser motivo de orgulho. Inclusive existe uma expressão que diz: "fière comme un coq" (orgulhoso como um galo). O galo ainda continua sendo um símbolo dos franceses, presente nas medalhas, gravuras, moedas, carimbos da República e até mesmo nos botões da Guarda Nacional. Hoje, podemos ver o galo principalmente nos esportes, pois tornou-se o mascote preferido dos franceses. Símbolo não-oficial, o Grande Selo da França usado durante a Segunda República Francesa, ainda é usado como símbolo nacional.
  • 6. Hino Nacional La Marseillaise (A Marselhesa) é o hino nacional da França. Foi composto pelo oficial Claude Joseph Rouget de Lisle em 1792, da divisão de Estrasburgo, como canção revolucionária. Adquiriu grande popularidade durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército de Marselha, ficando conhecida como A Marselhesa. Seu título era originalmente Canto de Guerra para o Exército do Reno. Em 1795, foi instituída pela Convenção como hino nacional. Napoleão Bonaparte baniu A Marselhesa durante o império, assim como Luís XVIII na segunda restauração, devido ao seu caráter revolucionário. Contundo, na instauração da III República, a canção foi definitivamente confirmada como o hino nacional francês. Em geral, somente a primeira e a sexta estrofes e o refrão são cantados atualmente na França.
  • 7. La Marseillaise A Marselhesa Allons enfants de la Patrie Avante, filhos da Pátria, Le jour de gloire est arrivé ! O dia da Glória chegou. Contre nous de la tyrannie Contra nós, da tirania L'étendard sanglant est levé O estandarte ensanguentado se L'étendard sanglant est levé ergueu. Entendez-vous dans nos O estandarte ensanguentado se campagnes ergueu. Mugir ces féroces soldats? Ouvis nos campos Ils viennent jusque dans vos Rugirem esses ferozes soldados? bras. Vêm eles até aos nossos braços Égorger vos fils, vos Degolar nossos filhos, nossas compagnes! mulheres. -Aux armes citoyens Às armas cidadãos! Formez vos bataillons Formai vossos batalhões! Marchons, marchons Marchemos, marchemos! Qu'un sang impur abreuve nos Que um sangue impuro agüe o sillons nosso arado
  • 8. A Flor de Lis A flor de lis (flor-de-lis) é uma figura heráldica (a arte ou ciência dos brasões) muito associada à monarquia francesa, particularmente ligada com o rei da França. É também o símbolo do escotismo. É quase impossível precisar a exata origem do símbolo. Sabe-se que a imagem da flor-de-lis foi usada nas armas da França em 496. No ano de 1125, a bandeira da França apresentava o seu campo semeado de flores-de-lis, o mesmo acontecendo com o seu brasão de armas até o reinado de Carlos V (1364), quando passaram a figurar apenas três. Representando com as três pétalas, a fé, a sabedoria e o valor. Há uma grande semelhança entre a íris e a flor-de-lis, quando analisada de perfil. Outras referências sugerem que a flor-de-lis é uma espécie de lírio.
  • 9. Monumentos Palácio de Luxemburgo Arco do Triunfo Catedral de Notre-Dame de Paris Torre Eiffel
  • 10. FATOS HISTÓRICOS  1337 – 1453 : Os 100 anos de guerra Iniciada em 1337, a Guerra dos Cem Anos foi deflagrada quando o trono francês esteve carente de um herdeiro direto. Aproveitando da situação, o rei britânico Eduardo III, neto do monarca francês Felipe, O Belo (1285 –1314), reivindicou o direito de unificar as coroas inglesa e francesa. Dessa forma, a Inglaterra incrementaria seus domínios e colocaria um conjunto de prósperas cidades comerciais sob o seu domínio político, principalmente da região de Flandres. Em 1453, após várias pausas e retomadas, um tratado de paz que encerrava a Guerra dos Cem Anos (que na realidade durou 116 anos) foi assinado.  1431 - No dia 30 de maio, Joana d’Arc é acusada de bruxaria é condenada a fogueira. Executada em praça pública, após queimada, suas cinzas são jogadas no Rio Sena.
  • 11.  1789 - Revolução Francesa A Revolução Francesa é considerada o mais importante acontecimento da história contemporânea. Inspirada pelos idéias iluministas, a sublevação de lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" ecoou em todo mundo, pondo abaixo regimes absolutistas e ascendendo os valores burgueses.  A Fase do Terror Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.  A burguesia no poder Em 1795, os girondinos (alta burguesia) assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro- cônsul da França, instaurando uma ditadura.
  • 12.  Guerras Napoleônicas 1802 - 1815 Napoleão aproveitou as oportunidades oferecidas pela Revolução Francesa e as guerras revolucionárias para subir ao topo, tomar o poder em um golpe, antes de declarar-se imperador da França em 1804.  A Belle Époque 1871-1914 Um período de desenvolvimento comercial, social e cultural rápida com (relativa) paz e do desenvolvimento industrial ainda operou mudanças ainda maiores sobre a sociedade, trazendo o consumismo em massa.  1905 – Lei separa o poder do Estado e da Igreja Em dezembro de 2005 completaram-se 100 anos de uma lei francesa que determinou a separação entre Igreja e Estado e deu origem a virulenta perseguição à Religião católica naquele país. Em nome da laicidade do Estado, as orações foram abolidas nas escolas, os crucifixos retirados dos tribunais e outros edifícios públicos, as festas religiosas eliminadas dos calendários. Organizou-se então uma ofensiva contra toda e qualquer manifestação pública de religiosidade não só na França, mas em vários países, inclusive o Brasil.
  • 13.  1944 – A Mulher e o direito a voto O decreto de 21 de abril de 1944 do governo provisório do general De Gaulle em Argel estipulava que «as mulheres são eleitoras e elegíveis nas mesmas condições que os homens». Dois anos e meio depois, o preâmbulo da Constituição de 27 de outubro de 1946 inscreveu esse princípio entre os princípios fundamentais da República: «a lei garante à mulher, em todos os campos, direitos iguais aos do homem». Segunda Guerra Mundial e França de Vichy 1939-1945 / 1940-1944 A Alemanha ataca a Europa Ocidental – França e os Países Baixos neutros. Luxemburgo é ocupado no dia 10 de maio; a Holanda se rende em 14 de maio, e a Bélgica em 28 do mesmo mês. Em 22 de junho, a França assina um acordo de armistício pelo qual os alemães ocupam a parte norte do país e toda a linha costeira do Atlântico; e no sul da França é estabelecido um regime colaborador dos nazistas com capital em Vichy. Em 1944, após o desembarque dos Aliados no Dia D, a França foi libertada e a Alemanha finalmente derrotado em 1945. A Quarta República foi então declarada.
  • 14. 1946 – A Quarta República De Gaulle renunciou e aprovou-se uma nova constituição, o que deu início ao período conhecido como quarta república. A situação era dificílima: o país estava destruído após a guerra e as colônias exigiam a independência. O problema mais sério enfrentado pela quarta república, contudo, foi à guerra da Argélia.  1959 - Declaração da Quinta República Em 08 de janeiro de 1959 a V República veio a existir. Charles de Gaulle, herói da 2 ª Guerra Mundial e crítico pesado da Quarta República, foi a força motriz principal atrás da nova Constituição, que deu à presidência mais poderes em relação à Assembléia Nacional; de Gaulle se tornou o primeiro presidente da nova era. França mantém-se sob o governo da Quinta República. 1968 – Protestos estudantis Em maio de 1968, protestos de estudantes e trabalhadores em greve surpreenderam o país (e o mundo todo) culminando em uma grande paralisação. Assim que a anarquia foi suspensa, De Gaulle foi ao ar em TV nacional e pediu ao país que se acalmasse, e deixasse que ele governasse o país. E assim foi feito. O governo então reformou o sistema educacional, e De Gaulle se manteve como presidente no ano seguinte.
  • 15.  1981 - Após a vitória socialista nas urnas, François Mitterrand substituiu Giscard como presidente da República. O governo nacionalizou a maioria dos bancos e das firmas industriais, elevou os impostos e ampliou os benefícios sociais.  Em 1982 e 1983, uma recessão econômica fez com que o governo impusesse medidas de austeridade. Como conseqüência, em 1986 Mitterrand teve que conviver com Jacques Chirac como primeiro ministro. Esta foi a primeira vez desde 1958 em que partidos opostos governaram juntos, no denominado governo de coabitação. Depois de várias mudanças de governo, as eleições presidenciais de 1995 levaram Jacques Chirac à presidência da República, ao mesmo tempo em que o socialista Alain Juppé assumia a chefia do governo.  1998 - A França venceu a Copa do Mundo de Futebol, por 3x0 contra o favorito Brasil.
  • 16.  2001 – Mudança na Constituição altera a duração do mandato presidencial que era de sete anos e por referendo, o presidente passou a ter um mandato de cinco anos. .  2007 – Nicolas Zarkozy foi eleito o sexto presidente da Quinta República.  2011 / 2012 – Crise na zona do euro faz França anunciar novas medidas de austeridade contra crise e enfrentar greves e protestos contra cortes orçamentários.
  • 17. MODELO DE EDUCAÇÃO Em 1802, Napoleão Bonaparte criou o Lycée. No entanto, é Jules Ferry que é considerado o pai da moderna escola francesa, que é gratuita, laica e obrigatória até aos 13 anos de idade desde 1882 (escola comparecimento na França agora é obrigatório até a idade de 16 anos). Atualmente, o sistema de ensino na França é centralizado e é composto de três fases, o ensino primário, secundário e ensino superior. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos, coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), classifica a educação da França como a 25ª melhor do mundo, não sendo nem significativamente superior nem inferior à média da OCDE. A educação primária e secundária são predominantemente públicas, administradas pelo Ministério da Educação Nacional.
  • 18. O sistema educacional francês é subdividido em cinco diferentes níveis: 1. École Maternelle (pré-escola, de 2 a 5 anos); 2. École Primaire ou Élementaire (5 primeiros anos do ensino fundamental , de 6 a 10 anos); 3. Collège (4 últimos anos do ensino fundamental, entre 11 e 15 anos); 4. Lycée (Ensino médio, entre 16 e 18 anos) 5. Université (Universidade).
  • 19. Lycée - Na França, o liceu é o tipo de estabelecimento de ensino onde são ministrados os três últimos anos do ensino secundário, aos adolescentes com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos. A conclusão dos estudos num liceu pode conferir três tipos de diploma, de acordo com o curso seguido: O bacharelato, o certificado de aptidão profissional (CAP) e o brevê de estudos profissionais (BEP). Conforme o tipo de ensino ministrado, existem quatro tipos de liceus: liceus de ensino geral e tecnológico (ou simplesmente "liceus"),  liceus profissionais,  liceus agrícolas e  liceus da defesa.
  • 20. Capela de Sorbonne, Universidade de Paris.
  • 21. A educação na França A educação, como um todo, é entendida como uma responsabilidade coletiva, exercida pelo Estado em nome da coletividade. Há lugar para a iniciativa privada, ou particular. Predominam, no entanto no país as instituições públicas de ensino, desde a escola maternal até a universidade e é importante desde já salientar que o ensino superior particular é praticamente inexistente na França. Todo o sistema educacional francês depende do Ministério da Educação Nacional cuja parte no orçamento do Estado é superior a 25%; resulta daí também o seu caráter popular - ou democrático - já que todas as crianças sejam elas francesas ou estrangeiras residentes no país, têm acesso à escola (obrigatória) que, sendo pública, é gratuita. Observe-se ainda que o uso do uniforme não é obrigatório e que a escolarização dos filhos não representa nenhum ônus para as famílias: o material escolar básico é distribuído e não há nenhum sistema de pagamento, mesmo uma eventual taxa de matrícula é inexistente; a escola garante por outro lado um atendimento médico regular (de controle. em acordo com as autoridades sanitárias municipais).
  • 22. Na França, as unidades de ensino são raramente grandes ou muito grandes; predomina - sobretudo na maternal e no primário - o sistema de pequenas unidades de bairro ("l'école du quartier"). Este sistema tem pelo menos duas grandes vantagens para o usuário (famílias e alunos): há sempre uma escola (muito) perto da casa do aluno e há também uma descentralização notável. As classes têm em média 25 alunos e, como já foi dito, todo o material básico indispensável é fornecido pela instituição, isto é, pelo Estado). É importante lembrar que em termos de formação "profissionalizante", há toda uma série importante de outras possibilidades para o aluno que termina o seu curso secundário; este poderá já concluir os seus estudos (secundários) num "Lycée technique" ou ainda num Liceu de ensino profissional (LEP) e obter, por exemplo, um "brevet" de técnico mecânico, eletricista, etc. Com exceção daqueles que tiverem anteriormente estudado em escolas experimentais e em maternais bilíngües, por exemplo (e que são raras), todos os demais alunos começarão a estudar uma língua estrangeira na "sixiême" (com 10/11 anos de idade, ,normalmente). Dois anos mais tarde, na "quatrieme", será introduzida uma segunda língua estrangeira; a terceira língua será introduzida quando o aluno estiver na "seconde" -o que significa que, em etapas sucessivas e com intervalos de dois anos entre o momento em que se introduz cada uma delas, o aluno francês estuda até três línguas estrangeiras durante o seu curso secundário.
  • 23. O sistema escolar francês em debate O Ministério da Educação argumenta que a quebra da "carte scolaire" vai possibilitar o acesso dos estudantes das periferias nos liceus públicos de referência - localizados no centro burguês de Paris -, mas a oposição afirma que esse processo visa provocar ainda mais a competição entre estudantes e colégios. Esse processo vai ser retomado e desdobrado a partir de setembro, quando vai começar o novo ano letivo francês. A outra questão é a reforma universitária, cujo projeto apresentado pelo governo Sarkozy, está sendo debatido com os sindicatos dos professores e com as associações estudantis. A atual proposta de reestruturação do ensino superior francês tem três pontos centrais: a introdução da seleção dos estudantes para os cursos de mestrado, a nova formação dos conselhos universitários (com menor número de membros) e, especialmente, a autonomia universitária.