Este documento é uma biografia do político e escritor Félix de Sousa Araújo, nascido em Cabaceiras, na Paraíba. Ele se destacou desde a infância pela inteligência e talento para a oratória. Estudou em Campina Grande e João Pessoa e se envolveu com política estudantil e jornalismo. Participou como voluntário da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Formou-se em Direito e atuou como advogado dos mais pobres. Foi eleito vereador
O que é consciência? E estar consciente?
O que significa "consciência negra"?
Qual a relação do dia 20 de novembro com a história de todos nós?
O que trabalhar quando se fala em consciência negra?
Este Power Point é um recurso que criei para trabalhar com meus alunos do 4º ano. Os demais colegas da minha Escola também o adotaram. Estou disponibilizando-o através do meu portfólio para todos os que desejarem utilizá-lo em suas escolas ou, de outra forma, usá-lo como subsídio para seu planejamento.
Bom trabalho a todos.
Paulo
O que é consciência? E estar consciente?
O que significa "consciência negra"?
Qual a relação do dia 20 de novembro com a história de todos nós?
O que trabalhar quando se fala em consciência negra?
Este Power Point é um recurso que criei para trabalhar com meus alunos do 4º ano. Os demais colegas da minha Escola também o adotaram. Estou disponibilizando-o através do meu portfólio para todos os que desejarem utilizá-lo em suas escolas ou, de outra forma, usá-lo como subsídio para seu planejamento.
Bom trabalho a todos.
Paulo
Festas religiosas das mais diferentes religiões presentes no Brasil, iniciando com as religiões indígenas, indo às cristãs, budistas e matrizes africanas (Candomblé e Umbanda) como acontece e onde acontecem e quais suas principais características. Ressaltando o sincretismo existente nas festas e nas religiões.
O Brasil, por ser um país de dimensão continental, possui regiões com diferentes características climáticas, sociais e culturais. Além disso, o povo brasileiro é um povo diverso e plural por conta da diversidade étnica e religiosa aqui existente.
A diversidade cultural e religiosa é uma riqueza que todos devem conhecer e valorizar. As festas religiosas fazem parte dessa herança cultural, e a origem delas se deve aos costumes, crenças e tradições dos diferentes grupos étnicos e religiosos presentes em nosso país.
Esse é um exemplo. Pode colocar o número de página na esquerda. Pode também não utilizar a tabela. O cabeçalho de informações e a bibliografia são obrigatórios.
Festas religiosas das mais diferentes religiões presentes no Brasil, iniciando com as religiões indígenas, indo às cristãs, budistas e matrizes africanas (Candomblé e Umbanda) como acontece e onde acontecem e quais suas principais características. Ressaltando o sincretismo existente nas festas e nas religiões.
O Brasil, por ser um país de dimensão continental, possui regiões com diferentes características climáticas, sociais e culturais. Além disso, o povo brasileiro é um povo diverso e plural por conta da diversidade étnica e religiosa aqui existente.
A diversidade cultural e religiosa é uma riqueza que todos devem conhecer e valorizar. As festas religiosas fazem parte dessa herança cultural, e a origem delas se deve aos costumes, crenças e tradições dos diferentes grupos étnicos e religiosos presentes em nosso país.
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RESUMO HISTÓRICO E ASPECTOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DA UFCGMario Araujo Filho
Nascimento, evolução, desenvolvimento e consolidação do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, que chegou aos 50 anos no ano de 2013. Resumo histórico, dados sobre o Curso e o Departamento de Engenharia Elétrica da UFCG.
Poesia de cordel do grande poeta Manoel Monteiro, sobre a vida e morte do lider Felix Araujo, assassinado em 1953, combatendo a corrupcao em Campina Grande.
Antologia Poetica Poesia Pau Brasil # Org. Antonio Cabral Filho - RJANTONIO CABRAL FILHO
Antologia Poetica Poesia Pau Brasil reune um conjunto de poetas brasileiros contemporâneos preocupados em contribuir para o aprofundamento da estetica pau brasil - oswaldiana - anti imperialista, anti colonialista, sem falsos patriotismos verdamarelistas, libertando a nossa linguagem literaria de quaisquer subserviencias aos estrangeirismos.
Nísia Floresta - "A lágrima de um caeté"Val Valença
Trabalho de mestrado realizado com a colaboração de alunos de ensino fundamental, 9° ano, sobre a poesia de Nísia Floresta (1810-1885), intitulada "A lágrima de um Caeté" (1849).
A Edição Especial da Revista PZZ nº 11 sobre a Vida e a Obra de Giovanni Gallo, tem o primeiro lançamento marcado para o dia 10 de dezembro de 2010 na Ilha do Marajó em virtude da Comemoração do 27º aniversário do Museu do Marajó quando será realizado diversas atividades envolvendo mostra audiovisual, palestras e a exposição fotográfica “O Marajó de Giovanni Gallo” http://issuu.com/revistapzz/docs/exposi__ogallo. O evento terá ampla divulgação em redes sociais, imprensa e mail list. A Revista PZZ fará o registro audiovisual, fotográfico para disponibilizar posteriormente a pesquisadores, instituições culturais, educacionais, científicas e parceiros do evento.
Discurso do orador da turma, Mario de Sousa Araujo Filho, concluinte de Engenharia Eletrica, na colacao de grau do CCT-UFPB, realizada em julho de 1975.
Notícia sobre a colação de grau do CCT-UFPB, em julho de 1975. Suplemento TUDO, do Diário da Borborema, de Campina Grande, datado de 9 de julho de 1975.
Palestra apresentada pelo professor Mário Araújo Filho - Coordenação do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica da UFCG - no evento de recepção aos novos alunos 2007.1 do CCT, CEEI e CTRN.
1. FÉLIX ARAÚJO
- ou o martírio de um líder!
Autor: Manoel Monteiro
Da Academia Brasileira de
Literatura de Cordel e do IHGCP.
01- Todo aglomerado humano
Urbano, próximo ou distante,
Que seja cosmopolita
Ou insignificante
Não tem nada a seu contrário
A que venha ser berçário
De filho muito importante.
02- VITAL BRASIL que nasceu
Numa cidade tacanha
Mas com suas descobertas
Inda hoje o mundo ganha;
Contra picada de cobra
O antídoto é obra
Do MINEIRO DE CAMPANHA.
03- Nosso grande PEDRO AMÉRICO
Que trouxe a arte na veia
Nascido em plaga ignota
Que os braços do Brejo enleia
Pelo seu dom magistral
FEZ, de modo literal,
UM MONUMENTO DE AREIA.
2. 04- Exemplos neste sentido
Tem de se perder a conta,
A Bromélia mais bonita
Na laje agreste é que aponta,
Quem tem amor dar carinho
Quem nasceu pra ser espinho
De pequeno traz a ponta.
05- Estou começando assim
Este cordel nas primeiras
Estrofes para mostrar
Que o mundo não tem fronteiras
Nem limites para o brilho
De um valoroso filho
Das plagas de Cabaceiras.
06- Cabaceiras pequenina
Cidade do Cariri,
Semi-árido nordestino,
Na Paraíba, e, aqui
Tem belezas naturais,
Inscrições rupestres mais
Um sol alegre que ri.
07- Pois foi nesta terra onde
O sol está “sempre a pino”
Que aos 22 de dezembro,
De 22, um menino,
Veio alegre a família
Da jovem Dona NAUTÍLIA
E FRANCISCO VIRGOLINO.
3. 08- FÉLIX DE SOUSA ARAÚJO
Foi esse o nome escolhido
Que os pais felizes deram
Ao garotinho nascido
Daquela doce união
E com sua aparição
Fez o casal mais unido.
09- Para suas brincadeiras
FÉLIX não ficou sozinho
Pois dentro de pouco tempo
Deus mandou-lhe um irmãozinho,
Os pais bastante felizes
Dispensaram aos dois petizes
Muito amor, muito carinho.
10- O irmão de FÉLIX, Mário,
Mário Araújo, um amigo,
Que conheço há muitos anos
Por isso mesmo lhe digo:
- Mário é grande companheiro
Dos que servem ao parceiro
Mesmo correndo perigo.
11- Em 64 estive
Na “barcaça” que afundou,
Perseguido, preso e um
Amigo que não faltou
Apesar do grande risco
Foi – O FILHO DE FRANCISCO –
Que aos meus afins ajudou.
4. 12- Trago este depoimento
Pois gratidão não se apaga,
Coragem não tem à venda
E a mão que nos afaga
Fica satisfeita vendo
Que estamos devolvendo
Um obrigado por paga.
13- Mas vamos voltar a FÉLIX
Principal objetivo
Não para biografá-lo
Sim, para mantê-lo vivo
E mostrar ao circunstante
O quanto ele foi brilhante
Talentoso e combativo.
14- FÉLIX brincava na rua
Com os meninos do jeito
Que todo menino brinca
Rindo, alegre, satisfeito.
De corrida, salto e bola,
Até chegar à escola
Pra mostrar do que foi feito.
15- Na Escola Estadual
Onde foi matriculado
Deu prazer a professora
Maria Neuly Dourado
Logo cedo demonstrando
Rara inteligência dando
Prova de super dotado.
5. 16- Aquele garoto simples
De aparência singular
Compleição física mirrada
Mas de um brilho no olhar
Inquieto, perscrutando,
Como quem estava buscado
Um jeito bom de voar.
17- A escola é campo fértil
Onde uma boa semente
Nasce, flora e frutifica,
Reproduz e vai em frente
Como pontos luminares
Para orgulhar os seus pares
Num crescendo intermitente.
18- No primário distinguiu-se
Dos demais pelo QI
Apreendendo as matérias
Dum jeito com que Neuly
Achava até que um dia
Aquele garoto iria
Orgulhar o Cariri.
19- Ao concluir o primário
Com louvor e distinção
O professor Ariel
Oliveira “deu-lhe a mão”
E o direcionou
Dum jeito que ele passou
Do Curso de Admissão.
6. 20- Daí, em Campina Grande,
Prosseguiu o ritual
De ingressar num colégio
E ao tentar o portal
Passou da primeira vez
No Pio XI onde fez
O Curso Ginasial.
21- Durante o correr do curso
Mostrou-se muito vivaz
Sempre à frente nas matérias,
Participante e loquaz,
Pra tudo tinha um discurso
Tanto que ao final do curso
Orador dele se faz.
22- Do jovem cabaceirense
Já transbordavam pendores
De uma palavra fluente,
Revides devastadores
Na contra-argumentação
Méritos que só estarão
Junto aos grandes oradores.
23- O Curso Clássico ele fez
No Estadual da Prata,
No Liceu Paraibano,
No Pio XI e já trata
De mostrar para o que veio
Vibrante, inquieto e cheio
De aspiração democrata.
7. 24- Sua aguerrida presença
Na política estudantil
Fazia imenso contraste
Com seu porte juvenil,
Toda aparente fraqueza
Tinha o triplo de grandeza
Na defesa do Brasil.
25- Dá-nos orgulho lembrar
Os seus feitos pioneiros
No jornal cabaceirense
Que deu o nome CRUZEIROS
Pelos Cruzeiros da Terra
Nas páginas do qual descerra
Os seus escritos primeiros.
26- Do comentário político
Ia a crônica social
Levando a letra de fôrma
Tudo de bem e de mal
Com seu talento imanente
Caminhava um passo a frente
O que pra gênio é normal.
27- O pai de FÉLIX e Mário
Um honesto Coletor
Em cujo lar quem chegasse
Tinha pão e cobertor
Um dia caiu doente
Indo embora de repente
Deixando saudade e dor.
8. 28- Sem a ajuda do pai
FÉLIX no estudo seguia
Dando conferência pagas
E o pouco que recebia
Tinha de ser o bastante
Para levar adiante
O projeto que antevia.
29- (Quando ouço alguém dizer
Não estudo porque não tenho
Dinheiro e mesmo por que
No lugar de onde venho
Não tem jeito de ganhar
Sou obrigado falar:
- O que lhe falta é empenho.)
30- Vejam como um rapaz pobre
Rico dos bens da virtude
Vencia dificuldades
E por ter essa atitude
Não se deixou abater
Podendo muito bem ser
Exemplo pra juventude.
31- Ganhava pouco, mas dava
Pra prosseguir caminhando
Por João Pessoa e por
Campina o verbo atirando
Sobre o povo atento e pasmo
Vibrante de entusiasmo
Do tributo lhes falando.
9. 32- A breve vida de FÉLIX
Foi efêmera, passageira,
Como u’a estrela cadente
Desfez-se baça em poeira
Mas enquanto estava acesa
Era atalaia e defesa
Da gente humilde e obreira.
33- Como estudante integrou
Toda campanha onde o pleito
Fosse para conquistar
O que se tinha direito,
Nunca se omitiu da luta
Por mais ferrenha a disputa
Enfrentava peito a peito.
34- Foi assim que integrou
A FEB como pracinha,
Voluntário apresentou-se
Para lutar porque tinha
Consciência do perigo
Visto que aquele inimigo
Contra a humanidade vinha.
35- Parou nos campos d’Itália
Como mais um combatente
Simples soldado correndo
Todo risco, consciente,
Estava lá porque quis,
Assim, estava feliz,
Mesmo na linha de frente.
10. 36- Com o Nº. 3 mil
trezentos e sessenta e dois
Na FEB o pracinha FÉLIX
Voluntário se dispôs
A ir lutar pela ordem
E recompor a desordem
Que o Nazi-Fascismo impôs.
37- Merecem destaques duas
Passagens desse momento,
Uma, quando o praça FÉLIX
Ao tomar conhecimento
Que no barco que os levava
Pra o front de Itália estava
JOEL SILVEIRA, um talento.
38- JOEL como jornalista
E dos mais conceituados
Estava cobrindo a guerra
Pra os órgãos Associados,
FÉLIX ao saber do fato
Mandou-lhe extenso relato
Lá do meio dos soldados.
39- Joel Silveira que era
Experiente e sagaz
Ao ler as colocações
Daquele humilde rapaz
Viu imediatamente
Que se tratava de gente
Inteligente e capaz.
11. 40- Então foi falar com FÉLIX
Já de igual pra igual
Pois sentiu no jovem um
Tipo muito especial
Mas convenceu-se a ouvir
O pracinha dirigir
Falação ao pessoal.
41- Pois bem, um simples soldado
Sem estrela e sem galão
Falando a seus companheiros
Não era um ato padrão
Diante da novidade
A oficialidade
Interrompeu a sessão.
42- Porém aquele pracinha
De oratória inflamada
Fazia a tropa sentir
A guerra justificada;
Mandaram-no prosseguir
Pois todos queriam ouvir
A voz do seu camarada.
43- Finda a guerra volta FÉLIX
Para Campina e afeito
As procelas do caminho
Vai lutar do mesmo feito
Trabalhando pra viver
E ao mesmo tempo fazer
O seu Curso de Direito.
12. 44- Na provecta Faculdade
Onde Rui também “baixou”,
Tobias Barreto esteve,
Castro Alves declamou
FÉLIX se sentiu em casa,
Cantou alto, bateu asa,
Galhardamente voou.
45- Suas provas eram postas
No quadro para mostrar
Aos outros estudantes
Seu modo de interpretar
As Leis, Códigos, Artigos,
Para novos e antigos
Terem nele um exemplar.
46- Além do Curso Jurídico
Atuava febrilmente
Já defendendo no fórum
Quem estivesse carente
Do amparo da justiça
Em FÉLIX via a premissa
De não pagar inocente.
47- Criador e criativo,
Inquieto e sonhador,
Jornalista de mancheia,
Político por puro amor,
Dedicadíssimo ao estudo
Tudo isso e sobretudo
Poeta e grande escritor.
13. 48- DOR, FOLHAS SOLTAS e mais
O livro FRATERNIDADE
São títulos que produziu
Porém TAMAR, em verdade,
É sua obra mais terna
Pois nela o poeta externa
Toda sensibilidade.
49- Ele estava na Itália
Quando TAMAR veio à lume
Com seu texto impregnado
Do mais plangente queixume,
Doces sons e acalantos,
Amontoados de cantos
Que o estro ingente resume.
50- “TAMAR de FÉLIX é poema
Que ao leitor maravilha,
Tem langor de sol poente
Albor de manhã que brilha
- Outro cordel assegura -
TAMAR tem tanta ternura
Que foi ser nome de filha.”
51- Antes de falar de FÉLIX
Eleito Vereador
Vamos falar de MARIA
SOCORRO DUETTES, flor
Que o poeta escolheu
E que dois filhos lhe deu
Frutos do seu grande amor.
14. 52- FÉLIX DE SOUSA ARAÚJO
FILHO e MARIA TAMAR
São a prova verdadeira
Que valeu a pena amar
E gerar filhos por que
Olhando os filhos se vê
A vida continuar.
53- FÉLIX saiu candidato
Em um concorrido pleito
Pelos serviços prestados
Ganhou votos, foi eleito,
Ao assumir o lugar
Começou a trabalhar
Como sempre havia feito.
54- Por conhecer a missão
Própria do Legislativo
Que é de fazer as Leis
E ficar de olho vivo
Sempre a pequena distância
Pra ter sob vigilância
O Poder Executivo.
55- Assim ele fez e foi
Fiscalizar o Prefeito
Que no acerto de contas
Não estava agindo direito
Porque pegava o erário
Dava novo itinerário
Como uns por ai têm feito.
15. 56- Quem surrupia não gosta
Quando o furto é descoberto
Foi isso que aconteceu
E o prefeitinho esperto
Mandou um atirador
Calar o Vereador
Que estava falando certo.
57- Não vou declinar o nome
Do mandante ou do bandido
Pr tanto um quanto o outro
Permanecer esquecido,
Anula-los é premente
Falar nome dessa gente
É tempo e papel perdido.
58- Com a voz embargada vamos
Trazer pra todos vocês
Aquela manhã de julho,
13 de 53;
Quando o poeta aguerrido
Foi mortalmente ferido
Por perversa insensatez.
59- (Eu era recém chegado
A esta terra louçã,
Vendia versos nas feiras
E nessa infausta manhã
Lembro-me perfeitamente
Na hora do incidente
Estava em Puxinanã.)
16. 60- Lá na Maciel Pinheiro
FÉLIX tombou baleado
Prontamente socorrido
Ao hospital foi levado,
Operado com urgência
Mas a fatídica ocorrência
Havia só começado.
61- A bala insana alojou-se
Na coluna vertebral
Não pôde ser retirada
Causando um terrível mal,
Grandes dores, agonias,
Passados 14 dias
Foi-se o poeta. Final.
62- Foi embora como veio
Calmo, ledo, livre, leve,
Deixando uma vasta obra
Em sua passagem breve,
Morreu, mas, é imortal
Porque este capital
Só o possui quem escreveu.
63- Ele vive em sua esposa,
Vive nos filhos bonitos,
Na saudade dos amigos,
No coração dos aflitos
Que ele tanto defendeu,
Nos poemas que verteu
Nas páginas dos seus escritos.
17. PALAVRA DE IRMÃO.
(*)
FÉLIX ARAÚJO, como intelectual, embora tenha vivido
pouco menos de 32 anos, teve uma atividade intensa. Escreveu
TAMAR, um poema em prosa, editado quando se encontrava na
Itália como soldado brasileiro na guerra que destruiu o Nazismo.
Deixou, ao morrer, os livros FRATERNIDADE, DOR, FOLHAS
SOLTAS e uma gema enorme de belos sonetos e poemas.
Durante os mais de 50 anos de sua morte, e obra literária de Félix
Araújo encantou aqueles que a conheceram...
Sua atuação no rádio é sempre lembrada. Criou e
apresentou, na Rádio Borborema, o programa A VOZ DOS
MUNICÍPIOS, que popularizou a presença das populações
citadinas e rurais na comunicação radiofônica, trazendo ao vivo
sua voz e seus problemas. Escreveu, por muito tempo, crônicas
diárias, apresentadas, à noite, pela Rádio Borborema, sob a
denominação de CARROSSEL DA VIDA, com grande
repercussão.
Na juventude, fundou em Cabaceiras, o jornal
CRUZEIROS, cujo nome era uma homenagem a sua terra natal,
Cabaceiras, conhecida como CIDADE DOS CRUZEIROS.
FÉLIX, na Itália, como integrante da FEB, teve inusitada
participação. Quebrando rígidos padrões de disciplina, conseguiu
várias vezes falar para a tropa, em vibrantes discursos em defesa
dos ideais antifascistas e de estímulo à luta dos compatriotas em
operação de guerra. Fiel à sua vocação jornalística, fundou o
jornal CRUZEIRO DO SUL, com esses mesmos objetivos de
liberdade.
Tombou, varado por uma bala assassina no dia 13 de julho
de 1953, vindo a falecer no dia 27; crime executado por um
pistoleiro profissional. O infeliz acontecimento ocorreu em pleno
centro da cidade, quando no cumprimento do seu dever o inditoso
jovem Vereador saía da Câmara sobraçando documentos com que
se comprovariam irregularidades e malversação do dinheiro
18. público. Este atentado fatal chocou Campina Grande e a Paraíba e
repercutiu em todo Brasil.
Eis aí, de forma resumida, os traços marcantes do patrono da
cadeira que vou ocupar...
Mário de Sousa Araújo.
(*)
Tópicos do discurso de posse à sua cadeira do IHCGP em
08/12/2006.