1. “Risk of Urinary Incontinence Following Prostatectomy:
The Role of Physical Activity and Obesity”
Kathleen Y. Wolin, Jason Luly, Siobhan Sutcliffe, Gerald L. Andriole, and Adam S. Kibel
J Urol. 2010 ; 183(2): 629–633
BIOFEEDBACK FEDERATION OF
EUROPE
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2º Journal Club Online de Disfunções Pélvicas
Ft. Claudia Rosenblatt Hacad
2. Introdução
• Prostatectomia radical (PR) – cura efetiva do carcinoma de próstata localizado
Complicações – IU/ DE - prejuízo na qualidade de vida (QoL) dos pacientes
• Estudo observacional sobre QoL: função sexual e continência urinária - domínios
que não retornaram ao nível do pré-operatório 2 anos após PR.
Possíveis causas - técnica cirúrgica e fatores intrínsecos do sistema urinário
• Modificações técnicas cirúrgicas
- não garantem o retorno da função em todos os pacientes.
- associação com a condição física do paciente – esperança de retorno à função normal.
3. Introdução
• Estudos observacionais não demonstraram associação da atividade física ou da
obesidade com a função urinária em pacientes prostatectomizados.
(Sanda et al, 2008; Mulholland et al, 2006; Montgomery et al,2006)
• Homens com sobrepeso são mais suscetíveis a reportar má função urinária pós
operatória.
(Freedland et al, 2005; van Roemund et al, 2009)
• Não há estudos considerando os efeitos conjuntos da obesidade e da falta de
atividade física na evolução pós PR.
• Estudos feitos com homens sem Ca próstata indicam que IMC baixo e alto nível
de atividade física estão associados com baixa taxa de IU.
(Van Oyen et al, 2002; Kikushi et al, 2007)
• Hipótese - A associação da obesidade e da falta de atividade física estão
associadas à pior função urinária após PR?
4. Métodos
• Ag.2004 /set. 2007
939 pacientes triados a se submeter PR - questionário de história clínica e fatores de estilo de vida:
690 (73%) estavam de acordo em participar
589 (63%) completaram o instrumento
• Dados subsequentes de IU
1ª visita pós PR - 6a semana (3-17)
2ª visita pós PR - 58a semana (50-74)
*IU – paciente reporta perdas na 1a visita e/ou uso de pads ( qualquer pad)
• IMC - ponto de corte WHO
Normal < 25Kg/m2
Sobrepeso - 25 a 29.9 Kg/m2
Obeso ≥ 30kg/m2.
5. Métodos
• Pré-operatório – “Quantas horas você utiliza para realizar atividades
físicas como nadar, caminhar, etc.?
– Alternativas - nenhuma; menos de 1h/semana; 1h/semana; 2h/semana,; 3h/semana ;
4 ou mais h/semana.
*Homens que praticavam 1h ou mais /semana foram considerados ativos.
• Classificação dos homens do estudo:
– Obesos e inativos
– Obesos e ativos
– Não obesos e inativos
– Não obesos e ativos
• Foco – dados coletados 1 ano pós PR (58 semanas)
(muitos pacientes apresentaram IU logo após PR com melhora gradual)
6. Resultados
• 165 homens completaram o estudo
• Idade = 39 -79 anos (média 61 anos)
• 6ª semana
405 - dados de obesidade e atividade física
– sobrepeso (49%)
– obeso (32%)
• 58ª semana
- 140 homens
- 25 homens preencheram dados somente na 58ª semana
7. Resultados
• 6 semanas pós PR (n=405)
– 59% IU - prevalência similar entre obesos (54%) e não obesos (60%) (p=0.25).
– Homens inativos são discretamente mais propensos a ser incontinentes (64%) do que os que
fazem alguma atividade fisica (55%) (p=0.08).
• 58 semanas pós PR (n=165)
- 22% IU
• prevalência maior em obesos (31%) x não obesos (18%) (p=0.005)
• inativos (30%) x ativos (18%) (p=0.008)
• obesos ativos ( 25% ) e não obesos inativos ( 24% )
• homens não obesos e fisicamente ativos ( 16% ) – 26% menos chance de ficar incontinente que
homens obesos inativos (RR 0.74, 95% CI 0.52–1.06)
Obs 1- Atividade física pode compensar as consequências negativas de ser obeso.
Obs 2 - Considerando o conjunto dos efeitos( obesidade e atividade fisica) – sugere que obesos e
inativos experenciam maiores graus de IU do que não obesos e ativos.
8. Conclusões
• 1º estudo que investiga a associação de atividade física e obesidade
relacionada ao risco de IU pós prostatectomia.
• Apesar dos resultados encontrados, sua interpretação é limitada
devido a pequena amostragem e a limitada caracterização de
exposição e resposta.
• Resultados geraram hipóteses e evidências preliminares que justificam
futuros estudos sobre essa associação.