O documento descreve os principais tipos de fontes de energia renováveis e não renováveis, incluindo a energia solar, eólica, hídrica, da biomassa, geotérmica, dos oceanos e do hidrogênio. Também discute os fatores de produção envolvendo recursos renováveis e não renováveis e o trabalho.
1. Factores de Produção
Recursos Renováveis- Bens que não se esgotam num curto espaço de tempo e que vão
sendo periodicamente repostos pela Natureza.
Recursos não renováveis- Bens que não são repostos pela Natureza ou cuja reposição
natural não acompanhe o ritmo das necessidades humanas.
Energia Solar- é a designação dada a todo tipo de captação de energia luminosa,
energia térmica (e suas combinações) proveniente do sol, e posterior transformação
dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja diretamente para
aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou energia térmica.
No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe 1 410 W/m² de
energia, medição feita numa superfície normal (em ângulo reto) com o Sol. Disso,
aproximadamente 19% é absorvido pela atmosfera e 35% é reflectido pelas nuvens. Ao
passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da energia solar está na forma de luz
visível e luz ultravioleta.
As plantas utilizam diretamente essa energia no processo de fotossíntese. Nós usamos
essa energia quando queimamos lenha ou combustíveis minerais. Existem técnicas
experimentais para criar combustível a partir da absorção da luz solar em uma reação
química de modo similar à fotossíntese vegetal - mas sem a presença destes
organismos.
A radiação solar, juntamente com outros recursos secundários de alimentação, tal
como a energia eólica e das ondas, hidro-electricidade e biomassa, são responsáveis
por grande parte da energia renovável disponível na terra. Apenas uma minúscula
fracção da energia solar disponível é utilizada.
Tipos de energia solar:
Direto significa que há apenas uma transformação para fazer da energia
solar um tipo de energia utilizável pelo homem. Exemplos:
A energia solar atinge uma célula
fotovoltaica criando eletricidade. (A conversão a partir de
células fotovoltaicas é classificada como direta, apesar de que
a energia elétricagerada precisará de nova conversão - em
energia luminosa ou mecânica, por exemplo - para se fazer útil.)
A energia solar atinge uma superfície escura e é transformada
em calor, que aquecerá uma quantidade de água, por exemplo -
esse princípio é muito utilizado em aquecedores solares.
2. Indireto significa que precisará haver mais de uma transformação para que
surja energia utilizável. Exemplo: Sistemas que controlam automaticamente
cortinas, de acordo com a disponibilidade de luz do Sol.
Também se classificam em passivos e ativos:
Sistemas passivos são geralmente diretos, apesar de envolverem (algumas
vezes) fluxos em convecção, que é tecnicamente uma conversão de calor
em energia mecânica.
Sistemas ativos são sistemas que apelam ao auxílio de dispositivos
elétricos, mecânicos ou químicos para aumentarem a efetividade da coleta.
Sistemas indiretos são quase sempre também ativos.
Energia eólica- é a energia que provém do vento. O termo eólico vem do
latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e,
portanto, pertencente ou relativo ao vento. Tem sido aproveitada desde a antiguidade
para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem
de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era
transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear
água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda para drenagem de
canais, sobretudo nos Países Baixos.
Energia Hídrica- é a energia obtida a partir da energia potencial de uma massa
de água. A forma na qual ela se manifesta na natureza é nos fluxos de água,
como rios e lagos e pode ser aproveitada por meio de um desnível ou queda d'água.
Pode ser convertida na forma de energia mecânica (rotação de um eixo) através
de turbinas hidráulicas ou moinhos de água. As turbinas por sua vez podem ser usadas
como acionamento de um equipamento industrial, como um compressor, ou de
um gerador eléctrico, com a finalidade de prover energia elétrica para uma rede de
energia. É necessário que haja um fluxo de água para que a energia seja gerada de
forma contínua no tempo, por isto embora se possa usar qualquer reservatório de
água, como um lago, deve haver um suprimento de água ao lago, caso contrário
haverá redução do nível e com o tempo a diminuição da potência gerada.
Energia da Biomassa- Do ponto de vista da geração de energia, o
termo biomassa abrange os derivados recentes de organismos vivos utilizados
como combustíveis ou para a sua produção. Do ponto de vista da ecologia, biomassa é
a quantidade total de matéria viva existente num ecossistema ou numa
população animal ou vegetal. Os dois conceitos estão, portanto, interligados, embora
sejam diferentes.
Na definição de biomassa para a geração de energia excluem-se os
tradicionais combustíveis fósseis, embora estes também sejam derivados da vida
vegetal (carvão mineral) ou animal (petróleo e gás natural), mas são resultado de
3. várias transformações que requerem milhões de anos para acontecerem. A biomassa
pode considerar-se um recurso natural renovável, enquanto que os combustíveis
fósseis não se renovam a curto prazo.
A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como
a combustão de material orgânico produzida e acumulada em um ecossistema, porém
nem toda a produção primária passa a incrementar a biomassa vegetal do
ecossistema. Parte dessa energia acumulada é empregada pelo ecossistema para sua
própria manutenção. Suas vantagens são o baixo custo, é renovável, permite o
reaproveitamento de resíduos e é menos poluente que outras formas de energias
como aquela obtida a partir de combustíveis fósseis.
A queima de biomassa provoca a liberação de dióxido de carbono na atmosfera, mas
como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas que deram
origem ao combustível, o balanço de emissões de CO2 é nulo.
Impactos Ambientais- A respeito das conveniências referidas, o uso da biomassa em
larga escala também exige certos cuidados que devem ser lembrados, durante as
décadas de 1980 e 1990 o desenvolvimento impetuoso da indústria do álcool no Brasil
tornou isto evidente. Empreendimentos para a utilização de biomassa de forma ampla
podem ter impactos ambientais inquietantes. O resultado poder ser destruição
da fauna e da flora com extinção de certas espécies, contaminação do solo e
mananciais de água por uso de adubos e outros meios de defesa manejados
inadequadamente. Por isso, o respeito à biodiversidade e a preocupação ambiental
devem reger todo e qualquer intento de utilização de biomassa.
Energia geotérmica- é a energia obtida a partir do calor proveniente do interior da
Terra.
O calor da terra existe em toda parte por baixo da superfície do planeta, mas em
algumas partes está mais perto da superfície do que outras, o que torna mais fácil a
sua utilização.
Em certos locais, fazendo furos de apenas 1 centena de metros é possível alcançar
calor útil, assim como existem zonas onde existem nascentes de água quente
completamente espontâneas. Mas na maior parte do mundo é necessário fazer furos
de centenas a quilómetros de profundidade para encontrar calor significativo.
(Tipicamente na crosta terrestre o calor aumenta 25º a 30º centígrados por cada
quilómetro de profundidade em direcção ao centro da terra.)
A energia geotérmica tem muitas aplicações práticas, pode servir para aquecer
habitações, piscinas, estufas de agricultura e produzir energia elétrica.
Devido a necessidade de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em
quantidades cada vez maiores, existe um interesse renovado neste tipo de energia
pouco poluente.
4. Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da Terra devemos
primeiramente entender como nosso planeta é constituído. A Terra é formada
por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior, no qual encontramos
o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o aumento da
profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no entanto, há
zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas
onde há elevado potencial geotérmico.
Vantagens e Desvantagens
Aproximadamente todos os fluxos de água geotérmicos contêm gases dissolvidos,
sendo que estes gases são enviados a usina de geração de energia junto com o vapor
de água. De um jeito ou de outro estes gases acabam indo para a atmosfera. A
descarga de vapor de água e CO2 não são de séria significância na escala apropriada
das usinas geotérmicas.
Por outro lado, o odor desagradável, a natureza corrosiva, e as propriedades nocivas
do ácido sulfídrico (H2S) são causas que preocupam. Nos casos onde a concentração de
ácido sulfídrico (H2S) é relativamente baixa, o cheiro do gás causa náuseas. Em
concentrações mais altas pode causar sérios problemas de saúde e até a morte
por asfixia.
É igualmente importante que haja tratamento adequado a água vinda do interior da
Terra, que invariavelmente contém minérios prejudiciais a saúde. Não deve ocorrer
simplesmente seu despejo em rios locais, para que isso não prejudique a fauna local.
Quando uma grande quantidade de fluido aquoso é retirada da Terra, sempre há a
chance de ocorrer subsidência na superfície. O mais drástico exemplo de um problema
desse tipo numa usina geotérmica está em Wairakei, Nova Zelândia[2] O nível do
superfície afundou 14 metros entre 1950 e 1997 e está deformando a uma taxa de
0,22 metro por ano, após alcançar uma taxa de 0,48 metros por ano em meados
dos anos 70. Acredita-se que o problema pode ser atenuado com re-injeção de água
no local.
Há ainda o inconveniente da poluição sonora que afligiria toda a população vizinha ao
local de instalação da usina, pois, para a perfuração do poço, é necessário o uso de
maquinário semelhante ao usado na perfuração de poços de petróleo.
Energia dos Oceanos- O potencial de energia das marés e das ondas aguarda por
avanços técnicos e tecnológicos que permitam uma maior aplicação. Ambas podem ser
convertidas em energia eléctrica, usando diferentes tecnologias.
As zonas costeiras portuguesas (em especial a costa ocidental do continente e as ilhas
dos Açores) têm condições naturais muito favoráveis para o aproveitamento da
energia das ondas. Infelizmente, as tecnologias de conversão desta energia estão ainda
em fase de desenvolvimento.
Apesar deste facto, Portugal é um dos países pioneiros, com duas centrais de
aproveitamento da energia das ondas, uma delas na ilha do Pico (junto à costa) e a
5. outra em Castelo de Neiva (no mar).
Numa central de aproveitamento da energia das ondas, tira-se partido do movimento
oscilatório das mesmas.
Tal é conseguido criando câmaras ou colunas em zonas costeiras. Essas câmaras estão,
parcialmente, cheias de água, e têm um canal aberto para o exterior por onde entra e
sai ar. Quando a onda se aproxima, a água que está dentro da câmara sobe,
empurrando o ar para fora, através do canal. Quando a onda desce, dá-se o
movimento contrário. No canal de comunicação de entrada e saída do ar existe uma
turbina que se move, consoante o movimento do ar na câmara. Tal como nos outros
casos, a turbina está ligada ao gerador eléctrico, produzindo electricidade. Outra forma
de aproveitar a energia dos oceanos é tirando partido do movimento constante das
marés.
As centrais de aproveitamento da energia das marés funcionam de forma semelhante
às barragens hidroeléctricas. De tal forma, que implicam a construção de grandes
barragens, atravessando um rio ou um estuário. Quando a maré entra ou sai da foz do
rio, a água passa através de túneis aberto na barragem. As turbinas, colocadas nesses
túneis, movimentam-se consoante as idas e vindas das marés. Refira-se que, ao largo
de Viana do Castelo, existe uma barragem que aproveita a energia das marés.
No entanto, saliente-se que a implementação de ambas a centrais é bastante
complicada. No caso do aproveitamento da energia das ondas, é necessário escolher
locais onde estas sejam continuamente altas, o que significa que a central de suportar
condições adversas e muito rigorosas. No caso das marés, as barragens também têm
de ser bastante resistentes. Além de que, ocuparão uma área maior do que no caso
das ondas, o que tem implicações ambientais associadas, por exemplo, à renovação
dos leitos dos rios.
Energia do hidrogénio- A energia do hidrogênio é a energia que se obtém da
combinação do hidrogénio com o oxigénio produzindo vapor de água e
libertando energia que é convertida em eletricidade. Existem alguns veículos que são
movidos a hidrogénio.
Embora não seja uma fonte primária de energia, o hidrogênio se constitui em uma
forma conveniente e flexível de transporte e uso final de energia, pois pode ser obtido
de diversas fontes energéticas (petróleo, gás natural, eletricidade, energia solar) e sua
combustão não é poluente (é produto da combustão da água), além de ser uma fonte
de energia barata.
O uso do hidrogénio como combustível está avançando, havendo vários protótipos de
carros nos países desenvolvidos que são movidos a hidrogénio, que gera eletricidade, e
descarregam água em seus escapamentos. Calcula-se que já na próxima década
existirão modelos comerciais de automóveis elétricos cujo combustível será o
hidrogénio líquido.
Trabalho- é toda a actividade física ou intelectual desempenhada pelo ser humano de
forma remunerada e que tem como objetivo a produção de bens e serviços de modo a
6. satisfazer necessidades, existem vários tipos de trabalho , exigindo uns mais aptidões
ou conhecimentos do que outros.
O trabalho é simples quando não é necessária a existência de uma qualificação
específica e é complexo quando exige um conjunto de qualificações próprias que
podem ser obtidas através de formação ou de experiencia profissional. O trabalho
também pode ser classificado como manual , sempre que predomina o esforço físico ,
ou como intelectual , se o que sobressai é o esforço mental.
Capital- é um fator de produção que representa o potencial de produção, ou seja, o
poder ou a capacidade de algo ser transformado em um bem ou serviço. Não
representa um bem ou serviço no presente, mas o estoque de bens econômicos
heterogêneos – máquinas, terras, matérias-primas – capaz de reproduzir bens e
serviços (fluxo de riquezas). Seu conceito está ligado com o de investimento, por existir
um custo de oportunidade.
Partindo desta definição mais geral, podemos dar exemplos de diversos tipos de
capital, como por exemplo:
Capital humano representa o potencial de um ser humano transformar,
interpretar e produzir. Está ligado a capacidades técnicas, cognitivas.
Capital pessoal, que é inerente às pessoas, protegido pelas sociedades, e
trocar trabalho por confiança ou dinheiro. Conceitos parecidos são
"talento", "criatividade", "liderança", "corpos treinados" ou "habilidades
inatas", que não podem ser reproduzidos de forma confiável ao combinar
qualquer das formas anteriores. Na análise econômica tradicional, o capital
individual é normalmente chamado de trabalho.
Capital social representa o potencial de um grupo de indivíduos construir e
manter redes sociais de maneira com que essa organização e intercâmbio
gere melhorias no bem-estar social.
Capital natural representa o potencial de matérias primas brutas naturais
serem transformadas em bens de consumo. Está diretamente ligado ao
funcionamento de sistemas ecológicos.
Capital físico representa o potencial de máquinas, ferramentas e edifícios
serem utilizados na produção de bens e serviços. Este tipo de capital, por
sua vez, surge da interação da capital natural, humano, etc.
Capital financeiro representa o potencial de troca de poder econômico
(garantido pelas instituições do Estado sob forma de, por exemplo,
dinheiro, títulos) por outros bens e serviços. É uma forma de título de posse
comercializado em mercados financeiros. O seu valor também é baseado
na percepção do mercado nos ganhos futuros e no risco embutido.
Capital público, que engloba o agregado de todos os ativos pertencentes
ao governo que são usados para promover a produtividade da indústria
privada, incluindo auto-estradas, ferrovias, aerportos, estações de
tratamento de água, telecomunicações, redes elétricas, usinas elétricas,
7. prédios municipais, hospitais e escolas públicas, polícia, proteção ao fogo,
tribunais entre outros.
Capital espiritual, que se refere ao poder, influência, disposição criado pela
crença, conhecimento e prática espiritual de uma pessoa ou organização