Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
O Êxodo: a saída do povo hebreu do Egito Antigo
1. MÊS DA BÍBLIA 2011
Ex 15,22-18,27
Passo a passo,
o caminho se faz.
Dom Gregório Paixão, OSB
Setembro de 2011
2. PRETEXTO TEXTO CONTEXTO
POSTEXTO
O nome do segundo livro da Bíblia
vem das palavras iniciais do livro
(escrito em hebraico), que significa “E
eis os nomes”.
O nome Êxodo
vem do grego, que
significa “Saída”.
3.
O local dos acontecimentos narrados é o Egito,
aproximadamente no ano 1225 a.C.
Assim, o faraó do êxodo foi Merneptah (1232-1224 a.C)
Qual a cultura que envolve os acontecimentos?
4. PRETEXTO
O Livro do Êxodo nos situa em um país: O Egito
http://www.youtube.com/watch?v=SgxE4TUrPx4
http://www.youtube.com/watch?v=widsgjI42jg&NR=1
(História do Egito Antigo: 1a Parte)
(História do Egito Antigo: 2a Parte)
8. PRETEXTO
A Civilização egípcia é datada do ano de 4.000 a.C.,
permanecendo estável por 35 séculos, apesar de inúmeras invasões das
quais foi vítima.
Localizado no nordeste africano de clima semi-árido e chuvas escassas
ao longo do ano, o vale do rio Nilo é um oásis em meio a uma região
desértica. Durante a época das cheias, o rio depositava em suas margens
uma lama fértil na qual durante a vazante eram cultivados cereais e
hortaliças.
O rio Nilo é essencial para a sobrevivência do Egito. A interação entre a
ação humana e o meio ambiente é evidente na história da civilização
egípcia, pois graças à abundância de suas águas era possível irrigar as
margens durante o período das cheias. A necessidade da construção de
canais para irrigação e de barragens para armazenar água próximo às
plantações foi responsável pelo aparecimento do Estado centralizado.
9. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A história política do Egito Antigo é tradicionalmente dividida em duas épocas:
Pré-Dinástica (até 3200 a.C.): ausência de centralização política.
População organizada em nomos (comunidades primitivas) independentes da
autoridade central que era chefiada pelos nomarcas. A unificação dos nomos se deu
em meados do ano 3000 a.C., período em que se consolidaram a economia agrícola, a
escrita e a técnica de trabalho com metais como cobre e ouro.
Dois reinos - Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) - surgiram por volta de 3500 a.C.
em conseqüência da necessidade de se unir esforços para a construção de obras
hidráulicas.
Dinástica:
Há forte centralização política. Menés, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C. o
Baixo Egito. Promoveu a unificação política das duas terras sob uma monarquia
centralizada na imagem do faraó, dando início ao Antigo Império. Menés tornou-se o
primeiro faraó. Os nomarcas passaram a ser “governadores” subordinados à
autoridade faraônica.
10. PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA
A Época Dinástica é dividida em três períodos:
Antigo Império (3200 a.C. – 2300 a.C.) - Capital: Mênfis
Nesse período foi inventada a escrita hieroglífica.
Construção das grandes pirâmides de Gizé, entre as quais as mais
conhecidas são as de Quéops, Quéfrem e Miquerinos. Esses
monumentos, feitos com blocos de pedras sólidas, serviam de túmulos
para os faraós. Tais construções exigiam avançadas técnicas de
engenharia e grande quantidade de mão-de-obra.
Invasão dos povos nômades: fragmentação do poder Médio Império (c.
2040-1580 a.C.)
Durante 200 anos o Antigo Egito foi palco de guerras internas marcadas
pelo confronto entre o poder central do faraó e os governantes locais –
nomarcas.
11.
12. O primeiro a criar uma pirâmide foi o rei Djezer,
sendo ele mesmo o primeiro faraó do Egito.
16. A partir de 2040 a.C., uma dinastia poderosa (a 12ª) passou a
governar o país iniciando o período mais glorioso do Antigo
Egito: o Médio Império.
Nesse período: Capital: Tebas
Poder político: o faraó dividia o trono com seu filho para
garantir a sucessão ainda em vida
Poder central controlava rigorosamente todo o país
Estabilidade interna coincidiu com a expansão territorial
Recenseamento da população, das cabeças de gado e de terras
aráveis visando a fixação de impostos
Dinamismo econômico
18. Os Hicsos (1700 a.C – 1580 a.C)
Rebeliões de camponeses e escravos enfraqueceram a
autoridade central no final do Médio Império, permitindo aos
hicsos - um povo de origem caucasiana com grande poderio
bélico que havia se estabelecido no Delta do Nilo –
conquistar todo o Egito de 1700 a.c. a 1580 a.C, quando o
chefe militar de Tebas derrotou-os. Iniciou-se, então, um
novo período na história do Egito Antigo, que se tornou
conhecido como Novo Império. As contribuições dos hicsos
foram:
Fundição em bronze
Uso de cavalos
Carros de guerra
Tear vertical
20. Novo Império - (1580- 525 a.C.)
- Capital: Tebas
O Egito expulsou os hicsos conquistando, em seguida, a Síria e a Palestina.
Dinastia governante descendente de militares.
Aumento do poder dos sacerdotes e do prestígio social de militares e burocratas.
Militarismo e expansionismo, especialmente sob o reinado dos faraós Tutmés e
Ramsés.
Conquista da Síria, Fenícia, Palestina, Núbia, Mesopotâmia, Chipre, Creta e ilhas do
Mar Egeu.
Afluxo de riqueza e escravos e aumento da atividade comercial controlada pelo Estado.
Amenófis IV promoveu uma reforma religiosa para diminuir a autoridade dos
sacerdotes e fortalecer seu poder implantando o monoteísmo (acrença numa única
divindade) durante seu reino.
Invasões dos “povos do mar” (ilhas do Mediterrâneo) e tribos nômades da Líbia
conseqüente perda dos territórios asiáticos.
Fim da independência política.
Com o fim de sua independência política o Egito foi conquistado em 343 a.C. pelos
persas. Em 332 a.C. passou a integrar o Império Macedônio e, a partir de 30 a.C., o
Império Romano.
23. ASPECTOS ECONÔMICOS
Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada, algodão,
papiro, linho) favorecida pelas obras de irrigação.
Agricultura extensiva com um alto nível de organização social e política.
Criação de animais (pastoreio), artesanato e comércio.
ASPECTOS POLÍTICOS
Monarquia teocrática:
O governante (faraó) era soberano hereditário, absoluto e considerado uma
encarnação divina. Era auxiliado pela burocracia estatal nos negócios de
Estado.
Havia uma forte centralização do poder com anulação dos poderes locais
devido à necessidade de conjugação de esforços para as grandes construções.
O governo era proprietário das terras e cobrava impostos das comunidades
camponesas (servidão coletiva). Os impostos podiam ser pagos via trabalho
gratuito nas obras públicas ou com parte da produção.
28. ASPECTOS SOCIAIS
Predomínio das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada uma possuía
sua função e seu lugar na sociedade).
O Egito possuía uma estrutura social estática e hierárquica vinculada às atividades
econômicas. A posição do indivíduo na sociedade era determinada pela hereditariedade (o
nascimento determina a posição social do indivíduo).
A estrutura da sociedade egípcia pode ser comparada a uma pirâmide. No vértice o faraó, em
seguida a alta burocracia (altos funcionários, sacerdotes e altos militares) e, na base, os
trabalhadores em geral .
A sociedade era dividida nas seguintes categorias sociais:
O faraó e sua família - O faraó era a autoridade suprema em todas as áreas, sendo
responsável por todos os aspectos da vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigação,
a religião, os exércitos, promulgação e cumprimento das leis e o comércio. Na época de
carestia era responsabilidade do faraó alimentar a população.
Aristocracia (nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o faraó a governar.
Grupos intermediários (militares, burocratas, comerciantes e artesãos)
Camponeses
Escravo
Os escribas, que dominavam a arte da escrita (hieróglifos), governantes e sacerdotes
formavam um grupo social distinto no Egito.
31. ASPECTOS CULTURAIS
A cultura era privilégio das altas camadas.
Destaque para engenharia e arquitetura (grandes obras de irrigação, templos,
palácios).
Desenvolvimento de técnicas de irrigação e construção de barcos.
Desenvolvimento da técnica de mumificação de corpos.
Conhecimento da anatomia humana.
Avanços na Medicina.
Escrita pictográfica (hieróglifos).
Calendário lunar.
Avanços na Astronomia e na Matemática, tendo como finalidade a previsão de
cheias e vazantes.
Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os egípcios
criaram os fundamentos da Geometria e do Cálculo.
Engenharia e Artes.
Jogavam xadrez.
33. ASPECTOS RELIGIOSOS
Politeísmo
Culto ao deus Sol (Amom – Rá)
As divindades são representadas com formas humanas
(politeísmo antropomórfico), com corpo de animal ou só
com a cabeça de um bicho (politeísmo antropozoomórfico)
Crença na vida após a morte (Tribunal de Osíris), daí a
necessidade de preservar o cadáver, desenvolvimento de
técnicas de mumificação, aprimoramento de
conhecimentos médico-anatômicos.
36. O LIVRO DO ÊXODO
O livro do Êxodo pode ser dividido em 6 partes,
divididas ao longo de 40 capítulos:
1. Da opressão até a libertação do Egito (Ex 1,1-15,21)
2. A caminhada no deserto rumo ao Sinai (15,22-19,2)
3. A Aliança do Sinai (19,3-24,8)
4. Regulamentação do Culto: Construção do Santuário e
Ministros (25,1-31,17)
5. O bezerro de ouro e a renovação da Aliança (31,1834,35)
6. Construção e ereção do santuário (35,1-40,38)
37.
38. Os números e seus significados
3 – É um número perfeito, pois é o número do triângulo. Participa da perfeição
do número 7, pois (4+3 = 7)
3 ½ ‐ É a metade de 7; indica imperfeição, brevidade, fraqueza, tempo de prova
ou de perseguição. Três anos e meio duram as tribulações que
acompanharam o levante dos irmãos macabeus, de 168 a 165 a.C. Foi o
tempo da perseguição de Antíoco IV aos judeus.
4 – Representa os quatro pontos cardeais, mundo, universalidade. Trindade +
homem. Os quatro elementos da terra. Perfeição do quadrado.
6 – Significa 7 menos 1. Simboliza a imperfeição e a fraqueza.
7‐
Significa plenitude, perfeição e totalidade. Deus + dias da criação
10 ‐ Número completo, perfeição.
12 ‐ Israel com as 12 tribos. Povo de Deus. Perfeição do 3 x 4
39. Os números e seus significados
42 – Quarenta e dois meses é igual a 3 ½ anos, que é igual a 1.260 dias, isto
é, a metade de sete anos. Tempo de provação.
666 – Três vezes “sete menos um”; denota a imperfeição e o total fracasso.
É o número da Besta.
777 – Três vezes o sete; representa a perfeição e a plenitude
absolutas.
1.000 – Multiplicidade, grande quantidade, número incontável.
1.260 – Número de dias do período de três anos e meio; tempo de
tribulação ou de prova.
12.000 – Número ilimitado e salvífico dos membros do velho povo de Deus.
12 x 1000
144.000 – Doze elevado ao quadrado, multiplicado por mil; trata‐se do
número quase infinito e completo dos membros do novo povo de
Deus. 12 x 12 x 1000
OBS – Os judeus não conheciam o 1.000.000 (milhão)
41. Resumo das principais partes
Das 70 pessoas que haviam descido ao Egito com Jacó, nasce
um grande povo. O grande número preocupa o faraó. Ele manda
que as parteiras matem os bebês nascidos meninos (Ex 1).
Nasce Moisés. A mãe o coloca numa cesta, que é resgatada pela
filha do Faraó, que o cria (Ex 2).
Depois de grande Moisés se interessa pelo seu povo e não aceita
vê-lo oprimido. Acaba matando um egípcio que maltratava um
judeu. Para não cair nas mãos da justiça, foge para a região de
Madiã, onde, depois, casa-se com Séfora (Ex 2).
Deus pede a Moisés que liberte o seu povo. Depois de um
fracasso inicial, Moisés vai e se coloca frente à frente com o
Faraó. Dá-se, então, os sinais da presença de Deus, mas o Faraó
não cede. Morrem os primogênitos, amolecendo o coração do
Faraó, que deixa o povo ir embora (Ex 10).
42.
43.
44. Resumo das principais partes
O povo parte com Moisés, mas o ´Faraó se arrepende e manda
seus guardas atrás dos judeus. Vendo-se perseguido, Moisés abre
o Mar Vermelho e o povo passa a pé enxuto. Os egípcios, ao
contrário, morrem nas águas do Mar Vermelho (Ex 13-15).
O povo parte deserto adentro em busca da Terra Prometida.
Muitos prodígios acontecem: água salobra se torna doce, o maná,
a água que jorra do rochedo e a vitória do povo de Israel contra
os amalecitas, sob a oração de Moisés (Ex 15-17).
Jetro, sogro de Moisés, sugere que ele crie lideranças – juízes –
pois senão ficará esgotado. Após três meses de caminhada o
povo de Israel acampa diante da montanha do Horeb (Ex 18).
Deus firma sua aliança com o povo, criando um reino de
sacerdotes e uma nação santa. Deus se revela no terceiro dia e dá
os mandamentos: Decálogo (Ex 19-20).
45. Resumo das principais partes
Dá-se o Código da Aliança com prescrições religiosas e
civis, com normas morais (Ex 20-23).
Há um rito da aliança, com os sacrifícios, as 12 estrelas
(uma para cada tribo de Israel) e a aspersão do povo
com o sangue. Moisés fica sobre o monte Sinai 40 dias
e 40 noites (Ex 24).
O povo quebra a Aliança por causa da ausência de
Moisés, construindo um bezerro de ouro. Moisés se
irrita e quebra as tábuas da Aliança (Ex 31-32).
Moisés intercede e a Aliança é renovada. Moisés recebe
novas tábuas, com os mandamentos. Sua face está
iluminada e de sua cabeça saem raios de luz (Ex 33-34)
46. Resumo das principais partes
Cria-se o tabernáculo, lugar onde Moisés fala face a face
com Deus. Nele fica a Arca da Aliança (uma caixa de
cobre de madeira coberta de ouro). Em sua tampa de
ouro vê-se esculpidos dois querubins. Essa tampa se
chama propiciatório. As tábuas da lei são chamadas de
testemunho (Ex 35).
Finalmente, há todo um rito para o uso dos santuário,
assim como a ornamentação dos sacerdotes. Aparece a
nuvem santa,que cobre o santuário,enchendo de glória
a habitação de Deus. A nuvem, ao se levantar, vai guiar
o povo ao longo da jornada de 40 anos (Ex 36-40).
47. Estudo de Texto Seleto: Ex 7,8-12,34
AS 10 PRAGAS DO EGITO
O texto nos apresenta as 10 pragas:
1. Conversão das águas do Rio Nilo em sangue (Ex 7,17-25)
2. Invasão das rãs nos rios e nas casas do Egito (Ex 7,26-8,11)
3. Onda de mosquitos (Ex 8,12-15)
4. Sanha de moscas venenosas ou de vespas (Ex 8,16-28)
5. Peste sobre o gado (Ex 9,1-7)
6. Tumores nos homens e nos animais (Ex 9,8-12)
7. Geada (Ex 9,13-35)
8. Invasão dos gafanhotos (Ex 10,1-20)
9. Trevas sobre o Egito (Ex 10,21-27)
10. A morte dos primogênitos dos egípcios (Ex 12,29-36)
48. AS PRAGAS
Pragas devem ter acontecido entre os meses de
junho a abril:
Ex 3,1 – Moisés está no pastoreio, indo do
deserto ao Horeb
Ex 5,12 – Povo se reúne palha
Em Ex 6,1 – As águas do Rio Nilo ficam vermelhas em
junho
Em Ex 12‐13 – A morte dos primogênitos acontece na
Páscoa (início da primavera, em abril)
As pragas são flagelos naturais, mas citados por Moisés.
Elas poupam somente a região dos israelitas (Ex 8,18;
9,6s.26)
51. 1ª PRAGA
1. Conversão das águas do Rio Nilo em sangue (Ex 7,17-25)
Acontece em decorrência da enchente do Rio Nilo, atualmente ocorrida no mês de
junho.
Águas ficam vermelhas por causa do barro que descem dos lagos da Abissínia;
chama-se esse fenômeno de “Nilo Vermelho”. Fica como se fosse um rio de
“sangue”.
Essas águas não são venenosas. Deve ter havido algum fenômeno, com inversão de
pequenos animais dentro do rio, que deixou o manancial venenoso.
P. Heimisch (Professor da Universidade de Nimwegen (Holanda) nos diz:
“Verificou-se a presença de numerossíssimas pulgas d`água (daphnie); estas, juntamente com os
caoflagelados, que aderiram à carcaça das mesmas, consumiram todo oxigênio da água,
ocasionando o apodrecimento dos peixes da baia, por sufocação. A massa dos crustáceos invasores
dava a impressão que uma corrente vermelha havia sido derramado nas águas, o que bem se
explica pelo fato de trazerem as pulgas de água algumas gotinhas de óleo vermelho no seu
organismo”.
A esta praga seguiram- se outras calamidades, num perfeito encadeamento
52.
53. 2ª, 3ª e 4ª PRAGAS
2. Invasão das rãs nos rios e nas casas (Ex 7,26-8,11)
3. Onda de mosquitos (Ex 8,12-15)
4. Sanha de moscas venenosas ou de vespas (Ex 8,16-28)
Essas pragas acontecem anualmente devido às enchentes do Nilo
Rãs e mosquitos põem ovos na água ou sobre esta, onde eles se
desenvolvem.
Quando acontece as inundações, esses animais saem e penetram
os lares.
As águas venenosas, da primeira praga, tornaram-se ambiente
favoráveis para a multiplicação de moscas venenosas.
54.
55. 5ª, 6ª, 7ª e 8ª PRAGAS
5. Peste sobre o gado (Ex 9,1-7)
6. Tumores nos homens e nos animais (Ex 9,8-12)
7. Geada (Ex 9,13-35)
8. Invasão dos gafanhotos (Ex 10,1-20)
A 5ª e 6ª Pragas foram provocadas pelas inundações e invasão
dos mosquitos e moscas, gerando epidemias e doenças.
A 7ª Praga ocorre sempre nos mês de fevereiro, quando cai
geada no Egito.
A 8ª Praga ocorre em março, quando as colheitas já estão
crescidas. A invasão de gafanhotos se dá no oriente com certa
freqüência (cf. Jl 1,4; Am 4,9).
56.
57. 9ª e 10ª PRAGAS
9. Trevas sobre o Egito (Ex 10,21-27)
10. A morte dos primogênitos dos egípcios (Ex 12,29-36)
A 9ª Praga se dá em decorrência do famoso vento quente dito khmin ou
simun. Sopra a partir do deserto e carrega consigo enorme quantidade de
areia, provocando escurecimento da atmosfera. Ocorre em março ou abril, às
vezes em maio. Dura cerca de dois, três ou até seis dias contínuos.
Até hoje, no Egito, estações ferroviárias funcionavam com luz acesa em pleno
dia por causa do simun.
Heródoto nos diz que parte do exercito de Cambisis foi sepultada nas areias
desse vendaval.
A 10ª Praga apresenta-se diferente de tudo o que se era conhecido. Nenhum
fenômeno ordinário se lhe pode comparar. Foi decisivo para que o Faraó se
rendesse. Esse episódio, sim, foi extraordinário.
58. Mensagem Religiosa de Ex 7,17-12,36
Nenhum homem nasceu para ser escravo, mas para ser livre ( Deus assim
o criou). Deus quer que seu povo saia da garra do tirânico Faraó .
O poderoso quer se tornar deus (Ex 5,2). Fica obstinado e manda seus
magos realizarem os mesmo milagres que Moisés ( Ex 7,10-13). As pragas
tinham por finalidade mostrar a soberania absoluta do Deus de Israel.
A lição era para o Faraó, por ser soberbo. Não podia aceitar um Deus de
um povo escravizado. Na Grécia o Deus mais forte era o do povo mais
rico.
Nada escapa ao plano criador; nada foge ao seu desígnio.
O mal do homem não pode vencer o bom Deus (no fim da historia Deus
sempre se sairá vencedor). Deus será sempre fiel, apesar do povo ter
cabeça dura.
Nada impede o cumprimento dos desígnios de Deus.
Na hora “h” temos que repetir com Pedro ( Jo 6,68)
59.
60. A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)
Após a 10ª Praga o Faraó reconhece os milagres permite e
ordena que Israel saia do Egito.
Os judeus pegam tudo o que tem (mulheres, crianças, gados, etc)
e partem na direção do Oriente.
Faraó repensa e manda as tropas irem reaver os escravos.
Chegam à margem do Mar Vermelho, mas se sentem em apuros.
Recorrem a Deus e Ele intervém.
Israel fica entre o mar (de um lado) e as tropas egípcios (do
outro)
Como escaparia do perigo iminente?
61. A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)
Deus fez uma coluna entre Israel e as tropas do Faraó, causando
opocidade;
A seguir Moises, a mandado de Javé, estendeu a mão sobre o mar.
Um vento impetuoso soprou a noite inteira e formou um corredor
entre as águas. Era a salvação;
Israel sai correndo e atravessa o mar, a pé enxuto.
O exercito do faraó se lança a caminho atrás dos israelitas; Moises
estende a mão e o exercito e afogado.
Deve-se o fato somente a uma intervenção de Deus.
Estudiosos, até os ateus, estudando a arqueologia viu que a divisão
do mar Vermelho se deve a causas naturais, só tendo de
extraordinário as circunstancias (hora, duração...).
62. A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)
Possível Explicação dos Fatos
Nos tempos pré-históricos comunicavam-se o Mar Mediterrâneo e Mar
Vermelho. Só aos poucos foram separados pelo istmo de Suez.
Na época de Moises (1240 a.C.) Mar Vermelho se prolongava até os Lagos
Amargos.
Havia o Porto de Colzum, donde desde a Idade Média partiam naves para as
Índias. Há ruínas situadas nestes locais.
Na extremidade setentrional o mar recuava e não ficava muito profundo.
Há anos atrás Bourdon (oficial da marinha francesa e comandante do canal de
Suez) descobriu vestígios de uma estrada. Havia um vão que passando pelo
Egito e desembarcava nos Lagos Amargos e se prolongavam por dentro do
mar.
Ao pé do monte Djebel Abu Hasa, descobriu-se ruínas de uma fortificação
que visava, ao pé dessa estrada, proteger a fronteira, impedindo a invasão do
Egito e para reabastecer as caravanas que iam ao Monte Sinai.
63.
64.
65. A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)
Possível Explicação dos Fatos
Conclusão: No tempo de Moises havia uma passagem no Mar Vermelho que
dependia dos ventos, mares, etc.
Veja que os egípcios vão por entre o mar e não levam susto com a abertura;
sabiam que ela era possível.
Os Egípcios não notaram que havia algo de maravilhoso que fizera o mar se
abrir. Esqueceram do sirocco (vento vindo da Arábia) que fazia o mar se
fechar de repente.
O texto fala é do mar dos Juncos e não do Mar Vermelho (Jos 2,10; Sl
105,7.9.22; 135,13). Ás margens do Mar Vermelho não se encontra arbusto do
junco.
No passado, o junco se desenvolvia na passagem dos Lagos Amargos, hoje
desaparecido pela Barragem de Assuam.
Quanto ao exercito do Faraó, seria pouco mais de 100 homens. O texto fala
de 600, número que é igual a 6x100 (imperfeição - Ex 14,7)
66.
67. O MANÁ
(Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)
Moisés pede Deus alimento especial;
Na manhã seguinte aparece grãos de aparência gelatinosa e branca.
O povo se pergunta: Man hu? Que é isso?
Moises disse: È o pão que o Senhor vos envia. Vão chamá-lo depois de
Maná (Ex 16,13-15.31).
Aparência: Grossura do grão de cariandro (abundante no Egito; na
península do Sinai e no Jordão; grão que mede cerca de 5 mm de diâmetro.
Assemelha-se ao bdellium, resina aromática de cor amarelada (Num 11,7)
Seu gosto era de uma torta feita com óleo ou mel (Num 11,8 e Ex 16,31)
Podia ser triturado e cozido ao fogo, para se confeccionar pães.
Cuidados especiais: derretia ao calor do sol: deviam ser recolhidos antes do
nascer do dia (do sol). Não se conservava mais do que 24 h. (Ex 3,64)
Se alimentava também com viveres e animais que encontravam no
caminho.
68. O MANÁ
(Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)
Que alimento era esse? “O maná era parecido com a semente de coentro e tinha
a aparência do bdélio. O povo espalhava-se para colhê-lo; e o moia em moinho ou o
pisava num pilão; cozia-o em panelas e fazia bolos, O sabor era de bolo amassado
com azeite” (Nm 11,7-8).
Exegese: alimento criado por Deus e maravilhoso caído do céu. Hoje:
conhece-se os fenômenos naturais
Sinai: arbusto chamado tamaris manífera (produz maná em forma de
resina). Acharam planta que produzia o maná, por meio de sua resina. Tese
divulgada em 1923, por Ehrenberg (na Obra Symbolea Tesi Physicae).
Descoberta: a resina provem dos resíduos de dois insetos: trabutina
mannipara e do najacoccus serpentinus minor. Sugam e expelem
gotas resinosas do tamanhos de uma cabeça de alfinete. Tem cor branca
ou amarela, é aromática e o sabor é doce.
70. O MANÁ
(Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)
O que há de novo nesse fenômeno: o milagres está no modo como Deus
dispensou pela quantidade extraordinária. No Sinai chega a 300kg dia.
O povo tinha que confiar na Providência Divina, pois o alimento só
durava um dia (Ex 16,19-30)
Comparar Sb 16,20 e Nm 11,4-6:
“A teu povo nutriste com o pão dos anjos, proporcionando-lhe, do céu, graciosamente,
um pão de mil sabores, a gosto de todos” (Sb 16,20).
“Quem nos dará carne para comer? Lembramo-nos dos peixes que comíamos de graça
no Egito, dos pepinos, dos melões, das verduras, das cebolas e dos alhos! Agora
estamos definhando, provados de tudo: nossos olhos nada vêem senão esse maná!”
(Nm 11,4-6).
71. ÊXODO 15,22-24
22 Moisés fez Israel partir do mar dos Juncos. Tomaram a direção do deserto de
Sur. Caminharam três dias pelo deserto sem achar água.
23 Chegando a Mara, não puderam beber a água de Mara, por ser amarga; por
isso deram ao lugar o nome de Mara, Amargura.
24 O povo murmurou contra Moisés, dizendo: “Que vamos beber?”
25 Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe indicou um tipo de planta que ele
jogou na água, e esta tornou‐se doce. Foi ali que Ele deu ao povo lei e estatuto
e os pôs à prova;
26 Depois ele disse: “Se de fato escutares a voz do Senhor teu Deus, se fizeres o
que é reto a seus olhos, se prestares atenção a seus mandamentos e
observares todas as suas leis, não te causarei nenhuma das enfermidades que
causei aos egípcios, pois eu sou o Senhor que te cura”.
27 Depois chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras;
eles acamparam ali perto da água.
74. ÊXODO 16,1-4
1
Toda a comunidade dos israelitas partiu de Elim e chegou ao
deserto de Sin, entre Elim e o Sinai, no dia quinze do segundo mês
depois da saída do Egito.
2
Toda a comunidade dos israelitas pôs‐se a murmurar contra
Moisés e Aarão, no deserto,
3
dizendo‐lhes: “Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do
Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de
carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este
deserto? Para matar de fome toda esta gente?”
4
O Senhor disse a Moisés: “Eu farei chover do céu pão para vós.
Cada dia o povo deverá sair para recolher a porção diária. Assim
vou pô‐lo à prova, para ver se anda, ou não, segundo a minha lei.
79. ÊXODO 16,11-15
11 O Senhor disse, então, a Moisés:
12 “Eu ouvi as murmurações dos israelitas. Dize‐lhes: Ao
anoitecer, comereis carne e amanhã cedo vos fartareis de pão.
Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus”.
13 Com efeito, à tarde veio um bando de codornizes que cobriu o
acampamento; e, pela manhã, formou‐se uma camada de
orvalho ao redor do acampamento.
14 Quando o orvalho evaporou, apareceram na superfície do
deserto pequenos flocos, como cristais de gelo sobre a terra.
15 Ao verem isso, os israelitas perguntavam uns aos outros: “Man
hu?” (que significa: o que é isto?), pois não sabiam o que era.
Moisés lhes disse: “Isto é o pão que o Senhor vos dá para
comer.
82. ÊXODO 16,21-24
21 Manhã por manhã, cada qual ajuntava o maná que ia
comer. Mas quando o sol esquentava, o maná se
derretia.
22 No sexto dia recolhiam dupla quantidade de alimento,
dois jarros de quatro litros por pessoa. Os chefes da
comunidade informaram a Moisés,
23 que lhes disse: “É precisamente isso que o Senhor
mandou: Amanhã é sábado, dia de repouso consagrado
ao Senhor. Assai o que quiserdes assar e cozinhai o que
quiserdes cozinhar, e o que sobrar fique como reserva
para amanhã”.
24 Eles separaram o maná para o dia seguinte, e ele não
apodreceu nem bichou.
83. ÊXODO 16,17-20
17 Assim fizeram os israelitas. Uns recolheram mais,
outros menos.
18 Mas depois, ao medirem as quantias, não sobrava a
quem tinha recolhido mais, nem faltava a quem
tinha recolhido menos. Cada um recolhia o que
necessitava para comer.
19 Moisés lhes disse: “Ninguém guarde nada para
amanhã”.
20 Alguns, porém, desobedeceram a Moisés e
guardaram o maná para o dia seguinte; mas ele
bichou e apodreceu. Moisés irritou‐se contra eles.
84. ÊXODO 16,21-24
21 Manhã por manhã, cada qual ajuntava o maná que ia
comer. Mas quando o sol esquentava, o maná se
derretia.
22 No sexto dia recolhiam dupla quantidade de alimento,
dois jarros † de quatro litros por pessoa. Os chefes da
comunidade informaram a Moisés,
23 que lhes disse: “É precisamente isso que o Senhor
mandou: Amanhã é sábado, dia de repouso consagrado
ao Senhor. Assai o que quiserdes assar e cozinhai o que
quiserdes cozinhar, e o que sobrar fique como reserva
para amanhã”.
24 Eles separaram o maná para o dia seguinte, e ele não
apodreceu nem bichou.
85. ÊXODO 16,25-28
25 Moisés disse: “Comei este maná hoje, pois hoje é
sábado consagrado ao Senhor. Hoje não encontrareis
maná no descampado.
26 Ajuntareis maná durante seis dias e no sétimo, que é
sábado, não encontrareis nada”.
27 No sétimo dia alguns saíram para recolhê‐lo, mas
nada encontraram.
28 E o Senhor disse a Moisés: “Até quando recusareis
guardar meus mandamentos e minhas leis?
86. ÊXODO 16,29-32
29 Considerai que foi o Senhor que vos instituiu o sábado. Por
isso, no sexto dia ele vos dá pão para dois dias. Cada um
fique no seu lugar e dali não saia no sétimo dia”.
30 Assim, no sétimo dia, o povo descansou.
31 Os israelitas deram a esse alimento o nome de maná. Era
branco como as sementes do coentro e tinha gosto de bolo
de mel.
32 Moisés disse: “O Senhor ordenou que se encha um jarro de
maná para guardá‐lo, a fim de que as gerações futuras
possam ver com que alimento vos sustentei no deserto,
quando vos fiz sair da terra do Egito”.
87. ÊXODO 16,33-36
33 Moisés disse a Aarão: “Toma um vaso, enche‐o com
um jarro de maná e deposita‐o diante do Senhor,
para que seja guardado para as gerações futuras”.
34 Como o Senhor tinha mandado a Moisés, Aarão
depositou o maná para que fosse guardado diante
do documento da aliança.
35 Os israelitas comeram maná durante quarenta anos,
até entrarem em terra habitada. Comeram maná até
chegarem às fronteiras de Canaã.
36 (O jarro é a décima parte do efá.)
92. ÊXODO 17,8-11
8 Então os amalecitas vieram combater contra os
israelitas em Rafidim.
9 Moisés disse a Josué: “Escolhe alguns homens e sai para
combater contra os amalecitas. Amanhã estarei de pé
no alto da colina com a vara de poder divino na mão”.
10 Josué fez o que Moisés lhe tinha mandado e atacou os
amalecitas, enquanto Moisés, Aarão e Hur subiram ao
topo da colina.
11 Enquanto mantinha a mão levantada, Israel vencia, mas
quando abaixava a mão, vencia Amalec.
95. ÊXODO 18,1-5
1 Jetro, sacerdote de Madiã e sogro de Moisés, ouviu falar de tudo
quanto Deus tinha feito em favor de Moisés e de Israel, seu povo,
quando o Senhor fizera Israel sair do Egito.
2 Quando Moisés tinha mandado de volta Séfora, sua mulher,
Jetro, sogro de Moisés, a acolhera,
3 junto com os dois filhos. Um se chamava Gérson, porque Moisés
havia dito: “Tornei‐me hóspede em terra estrangeira”;
4 o outro se chamava Eliezer, pois Moisés havia dito: “O Deus de
meu pai veio em meu socorro e salvou‐me da espada do faraó”.
5 Acompanhado da mulher e dos filhos, Jetro, seu sogro, foi visitá‐
lo no deserto, onde Moisés estava acampado no monte de Deus.
97. ÊXODO 18,11-15
11 Agora sei que o Senhor se mostrou maior do que todos os
deuses, libertando o povo dos egípcios, quando agiram com
arrogância contra eles”.
12 Jetro, sogro de Moisés, ofereceu um holocausto e sacrifícios
a Deus. Aarão e todos os anciãos de Israel vieram comer com
ele na presença de Deus.
13 No dia seguinte Moisés sentou‐se para julgar as questões do
povo, e o povo ficou diante dele desde a manhã até a tarde.
14 Vendo tudo o que fazia pelo povo, o sogro de Moisés disse:
“Que estás fazendo com o povo? Por que apenas tu ficas aí
sentado, com tanta gente parada diante de ti desde a manhã
até à tarde?”
15 Moisés respondeu ao sogro: “É que o povo vem a mim para
consultar a Deus.
98. ÊXODO 18,16-21
16 Quando têm alguma questão, vêm a mim para que decida e lhes
comunique os decretos e as leis de Deus”.
17 Mas o sogro de Moisés disse‐lhe: “Não está bem o que fazes.
18 Acabarás esgotado, tu e este povo que está contigo. É uma
tarefa acima de tuas forças. Não poderás executá‐la sozinho.
19 Agora escuta‐me: vou dar‐te um conselho, e que Deus esteja
contigo. Tu deves representar o povo diante de Deus e levar a
Deus os problemas.
20 Esclarece o povo a respeito dos decretos e das leis, e dá‐lhe a
conhecer o caminho a seguir e o que devem fazer.
21 Mas procura entre todo o povo homens de valor, que temem a
Deus, dignos de confiança e inimigos do suborno, e estabelece‐
os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez.
100. SITES INTERESSANTES PARA COMPLETAR A CONFERÊNCIA
http://www.youtube.com/watch?v=SgxE4TUrPx4 (História do Egito Antigo: 1a Parte)
http://www.youtube.com/watch?v=widsgjI42jg&NR=1 (História do Egito Antigo: 2a Parte)
http://www.youtube.com/watch?v=xADP4SD9dXA (Saída do povo de Israel do Egito)