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MÊS DA BÍBLIA 2011
Ex 15,22-18,27

Passo a passo,
o caminho se faz.
Dom Gregório Paixão, OSB
Setembro de 2011
PRETEXTO TEXTO CONTEXTO
POSTEXTO
 O nome do segundo livro da Bíblia

vem das palavras iniciais do livro
(escrito em hebraico), que significa “E
eis os nomes”.

 O nome Êxodo

vem do grego, que
significa “Saída”.


O local dos acontecimentos narrados é o Egito,
aproximadamente no ano 1225 a.C.
Assim, o faraó do êxodo foi Merneptah (1232-1224 a.C)



Qual a cultura que envolve os acontecimentos?


PRETEXTO


O Livro do Êxodo nos situa em um país: O Egito

http://www.youtube.com/watch?v=SgxE4TUrPx4
http://www.youtube.com/watch?v=widsgjI42jg&NR=1

(História do Egito Antigo: 1a Parte)
(História do Egito Antigo: 2a Parte)
O Egito no
Continente
Africano
MAPA
DO
EGITO
Percurso
do
Nilo
PRETEXTO
A Civilização egípcia é datada do ano de 4.000 a.C.,
permanecendo estável por 35 séculos, apesar de inúmeras invasões das
quais foi vítima.



Localizado no nordeste africano de clima semi-árido e chuvas escassas
ao longo do ano, o vale do rio Nilo é um oásis em meio a uma região
desértica. Durante a época das cheias, o rio depositava em suas margens
uma lama fértil na qual durante a vazante eram cultivados cereais e
hortaliças.


O rio Nilo é essencial para a sobrevivência do Egito. A interação entre a
ação humana e o meio ambiente é evidente na história da civilização
egípcia, pois graças à abundância de suas águas era possível irrigar as
margens durante o período das cheias. A necessidade da construção de
canais para irrigação e de barragens para armazenar água próximo às
plantações foi responsável pelo aparecimento do Estado centralizado.


EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A história política do Egito Antigo é tradicionalmente dividida em duas épocas:
Pré-Dinástica (até 3200 a.C.): ausência de centralização política.
População organizada em nomos (comunidades primitivas) independentes da
autoridade central que era chefiada pelos nomarcas. A unificação dos nomos se deu
em meados do ano 3000 a.C., período em que se consolidaram a economia agrícola, a
escrita e a técnica de trabalho com metais como cobre e ouro.
Dois reinos - Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) - surgiram por volta de 3500 a.C.
em conseqüência da necessidade de se unir esforços para a construção de obras
hidráulicas.
Dinástica:
Há forte centralização política. Menés, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C. o
Baixo Egito. Promoveu a unificação política das duas terras sob uma monarquia
centralizada na imagem do faraó, dando início ao Antigo Império. Menés tornou-se o
primeiro faraó. Os nomarcas passaram a ser “governadores” subordinados à
autoridade faraônica.
PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA
A Época Dinástica é dividida em três períodos:

Antigo Império (3200 a.C. – 2300 a.C.) - Capital: Mênfis


Nesse período foi inventada a escrita hieroglífica.



Construção das grandes pirâmides de Gizé, entre as quais as mais
conhecidas são as de Quéops, Quéfrem e Miquerinos. Esses
monumentos, feitos com blocos de pedras sólidas, serviam de túmulos
para os faraós. Tais construções exigiam avançadas técnicas de
engenharia e grande quantidade de mão-de-obra.



Invasão dos povos nômades: fragmentação do poder Médio Império (c.
2040-1580 a.C.)



Durante 200 anos o Antigo Egito foi palco de guerras internas marcadas
pelo confronto entre o poder central do faraó e os governantes locais –
nomarcas.
O primeiro a criar uma pirâmide foi o rei Djezer,
sendo ele mesmo o primeiro faraó do Egito.
H
I
E
R
O
F
L
I
F
O
S
A partir de 2040 a.C., uma dinastia poderosa (a 12ª) passou a
governar o país iniciando o período mais glorioso do Antigo
Egito: o Médio Império.
Nesse período: Capital: Tebas








Poder político: o faraó dividia o trono com seu filho para
garantir a sucessão ainda em vida
Poder central controlava rigorosamente todo o país
Estabilidade interna coincidiu com a expansão territorial
Recenseamento da população, das cabeças de gado e de terras
aráveis visando a fixação de impostos
Dinamismo econômico
Visão lateral do templo de Amon em Karnac – Tebas
Os Hicsos (1700 a.C – 1580 a.C)


Rebeliões de camponeses e escravos enfraqueceram a
autoridade central no final do Médio Império, permitindo aos
hicsos - um povo de origem caucasiana com grande poderio
bélico que havia se estabelecido no Delta do Nilo –
conquistar todo o Egito de 1700 a.c. a 1580 a.C, quando o
chefe militar de Tebas derrotou-os. Iniciou-se, então, um
novo período na história do Egito Antigo, que se tornou
conhecido como Novo Império. As contribuições dos hicsos
foram:



Fundição em bronze
Uso de cavalos
Carros de guerra
Tear vertical




HICSOS
Novo Império - (1580- 525 a.C.)

- Capital: Tebas



O Egito expulsou os hicsos conquistando, em seguida, a Síria e a Palestina.



Dinastia governante descendente de militares.



Aumento do poder dos sacerdotes e do prestígio social de militares e burocratas.



Militarismo e expansionismo, especialmente sob o reinado dos faraós Tutmés e
Ramsés.



Conquista da Síria, Fenícia, Palestina, Núbia, Mesopotâmia, Chipre, Creta e ilhas do
Mar Egeu.



Afluxo de riqueza e escravos e aumento da atividade comercial controlada pelo Estado.



Amenófis IV promoveu uma reforma religiosa para diminuir a autoridade dos
sacerdotes e fortalecer seu poder implantando o monoteísmo (acrença numa única
divindade) durante seu reino.



Invasões dos “povos do mar” (ilhas do Mediterrâneo) e tribos nômades da Líbia
conseqüente perda dos territórios asiáticos.



Fim da independência política.



Com o fim de sua independência política o Egito foi conquistado em 343 a.C. pelos
persas. Em 332 a.C. passou a integrar o Império Macedônio e, a partir de 30 a.C., o
Império Romano.
TEMPLO DE TEBAS
ASPECTOS ECONÔMICOS


Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada, algodão,
papiro, linho) favorecida pelas obras de irrigação.



Agricultura extensiva com um alto nível de organização social e política.



Criação de animais (pastoreio), artesanato e comércio.
ASPECTOS POLÍTICOS



Monarquia teocrática:



O governante (faraó) era soberano hereditário, absoluto e considerado uma
encarnação divina. Era auxiliado pela burocracia estatal nos negócios de
Estado.



Havia uma forte centralização do poder com anulação dos poderes locais
devido à necessidade de conjugação de esforços para as grandes construções.



O governo era proprietário das terras e cobrava impostos das comunidades
camponesas (servidão coletiva). Os impostos podiam ser pagos via trabalho
gratuito nas obras públicas ou com parte da produção.
Ramsés II


Múmia do faraó Amósis I
Sistema de Irrigação e Agricultura
ASPECTOS SOCIAIS


Predomínio das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada uma possuía
sua função e seu lugar na sociedade).



O Egito possuía uma estrutura social estática e hierárquica vinculada às atividades
econômicas. A posição do indivíduo na sociedade era determinada pela hereditariedade (o
nascimento determina a posição social do indivíduo).



A estrutura da sociedade egípcia pode ser comparada a uma pirâmide. No vértice o faraó, em
seguida a alta burocracia (altos funcionários, sacerdotes e altos militares) e, na base, os
trabalhadores em geral .



A sociedade era dividida nas seguintes categorias sociais:



O faraó e sua família - O faraó era a autoridade suprema em todas as áreas, sendo
responsável por todos os aspectos da vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigação,
a religião, os exércitos, promulgação e cumprimento das leis e o comércio. Na época de
carestia era responsabilidade do faraó alimentar a população.



Aristocracia (nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o faraó a governar.



Grupos intermediários (militares, burocratas, comerciantes e artesãos)



Camponeses



Escravo



Os escribas, que dominavam a arte da escrita (hieróglifos), governantes e sacerdotes
formavam um grupo social distinto no Egito.
VESTES DA CLASSE ALTA
ASPECTOS CULTURAIS


A cultura era privilégio das altas camadas.



Destaque para engenharia e arquitetura (grandes obras de irrigação, templos,
palácios).



Desenvolvimento de técnicas de irrigação e construção de barcos.



Desenvolvimento da técnica de mumificação de corpos.



Conhecimento da anatomia humana.



Avanços na Medicina.



Escrita pictográfica (hieróglifos).



Calendário lunar.



Avanços na Astronomia e na Matemática, tendo como finalidade a previsão de
cheias e vazantes.



Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os egípcios
criaram os fundamentos da Geometria e do Cálculo.
Engenharia e Artes.




Jogavam xadrez.
ESCRIBAS
ASPECTOS RELIGIOSOS


Politeísmo



Culto ao deus Sol (Amom – Rá)



As divindades são representadas com formas humanas
(politeísmo antropomórfico), com corpo de animal ou só
com a cabeça de um bicho (politeísmo antropozoomórfico)



Crença na vida após a morte (Tribunal de Osíris), daí a
necessidade de preservar o cadáver, desenvolvimento de
técnicas de mumificação, aprimoramento de
conhecimentos médico-anatômicos.
S
A
C
E
R
D
O
T
E
S
O LIVRO DO ÊXODO


O livro do Êxodo pode ser dividido em 6 partes,
divididas ao longo de 40 capítulos:

1. Da opressão até a libertação do Egito (Ex 1,1-15,21)
2. A caminhada no deserto rumo ao Sinai (15,22-19,2)
3. A Aliança do Sinai (19,3-24,8)
4. Regulamentação do Culto: Construção do Santuário e
Ministros (25,1-31,17)
5. O bezerro de ouro e a renovação da Aliança (31,1834,35)
6. Construção e ereção do santuário (35,1-40,38)
Os números e seus significados
3 – É um número perfeito, pois é o número do triângulo. Participa da perfeição 
do número 7, pois (4+3 = 7)
3 ½ ‐ É a metade de 7; indica imperfeição, brevidade, fraqueza, tempo de prova 
ou de perseguição. Três anos e meio duram as tribulações que 
acompanharam o levante dos irmãos macabeus, de 168 a 165 a.C. Foi o 
tempo da perseguição de Antíoco IV aos judeus.
4 – Representa os quatro pontos cardeais, mundo, universalidade. Trindade + 
homem. Os quatro elementos da terra. Perfeição do quadrado.
6 – Significa 7 menos 1. Simboliza a imperfeição e a fraqueza. 
7‐

Significa plenitude, perfeição e totalidade. Deus + dias da criação

10 ‐ Número completo, perfeição.
12 ‐ Israel com as 12 tribos. Povo de Deus. Perfeição do 3 x 4
Os números e seus significados
42 – Quarenta e dois meses é igual a 3 ½ anos, que é igual a 1.260 dias, isto 
é, a metade de sete anos. Tempo de provação.
666 – Três vezes “sete menos um”; denota a imperfeição e o total fracasso. 
É o número da Besta.
777 – Três vezes o sete; representa a perfeição e a plenitude 
absolutas.
1.000 – Multiplicidade, grande quantidade, número incontável.
1.260 – Número de dias do período de três anos e meio; tempo de 
tribulação ou de prova.
12.000 – Número ilimitado e salvífico dos membros do velho povo de Deus. 
12 x 1000
144.000 – Doze elevado ao quadrado, multiplicado por mil; trata‐se do 
número quase infinito e completo dos membros do novo povo de   
Deus. 12 x 12 x 1000
OBS – Os judeus não conheciam o 1.000.000 (milhão)
RESUMO DO LIVRO
Resumo das principais partes







Das 70 pessoas que haviam descido ao Egito com Jacó, nasce
um grande povo. O grande número preocupa o faraó. Ele manda
que as parteiras matem os bebês nascidos meninos (Ex 1).
Nasce Moisés. A mãe o coloca numa cesta, que é resgatada pela
filha do Faraó, que o cria (Ex 2).
Depois de grande Moisés se interessa pelo seu povo e não aceita
vê-lo oprimido. Acaba matando um egípcio que maltratava um
judeu. Para não cair nas mãos da justiça, foge para a região de
Madiã, onde, depois, casa-se com Séfora (Ex 2).
Deus pede a Moisés que liberte o seu povo. Depois de um
fracasso inicial, Moisés vai e se coloca frente à frente com o
Faraó. Dá-se, então, os sinais da presença de Deus, mas o Faraó
não cede. Morrem os primogênitos, amolecendo o coração do
Faraó, que deixa o povo ir embora (Ex 10).
Resumo das principais partes








O povo parte com Moisés, mas o ´Faraó se arrepende e manda
seus guardas atrás dos judeus. Vendo-se perseguido, Moisés abre
o Mar Vermelho e o povo passa a pé enxuto. Os egípcios, ao
contrário, morrem nas águas do Mar Vermelho (Ex 13-15).
O povo parte deserto adentro em busca da Terra Prometida.
Muitos prodígios acontecem: água salobra se torna doce, o maná,
a água que jorra do rochedo e a vitória do povo de Israel contra
os amalecitas, sob a oração de Moisés (Ex 15-17).
Jetro, sogro de Moisés, sugere que ele crie lideranças – juízes –
pois senão ficará esgotado. Após três meses de caminhada o
povo de Israel acampa diante da montanha do Horeb (Ex 18).
Deus firma sua aliança com o povo, criando um reino de
sacerdotes e uma nação santa. Deus se revela no terceiro dia e dá
os mandamentos: Decálogo (Ex 19-20).
Resumo das principais partes








Dá-se o Código da Aliança com prescrições religiosas e
civis, com normas morais (Ex 20-23).
Há um rito da aliança, com os sacrifícios, as 12 estrelas
(uma para cada tribo de Israel) e a aspersão do povo
com o sangue. Moisés fica sobre o monte Sinai 40 dias
e 40 noites (Ex 24).
O povo quebra a Aliança por causa da ausência de
Moisés, construindo um bezerro de ouro. Moisés se
irrita e quebra as tábuas da Aliança (Ex 31-32).
Moisés intercede e a Aliança é renovada. Moisés recebe
novas tábuas, com os mandamentos. Sua face está
iluminada e de sua cabeça saem raios de luz (Ex 33-34)
Resumo das principais partes




Cria-se o tabernáculo, lugar onde Moisés fala face a face
com Deus. Nele fica a Arca da Aliança (uma caixa de
cobre de madeira coberta de ouro). Em sua tampa de
ouro vê-se esculpidos dois querubins. Essa tampa se
chama propiciatório. As tábuas da lei são chamadas de
testemunho (Ex 35).
Finalmente, há todo um rito para o uso dos santuário,
assim como a ornamentação dos sacerdotes. Aparece a
nuvem santa,que cobre o santuário,enchendo de glória
a habitação de Deus. A nuvem, ao se levantar, vai guiar
o povo ao longo da jornada de 40 anos (Ex 36-40).
Estudo de Texto Seleto: Ex 7,8-12,34
AS 10 PRAGAS DO EGITO
O texto nos apresenta as 10 pragas:
1. Conversão das águas do Rio Nilo em sangue (Ex 7,17-25)
2. Invasão das rãs nos rios e nas casas do Egito (Ex 7,26-8,11)
3. Onda de mosquitos (Ex 8,12-15)
4. Sanha de moscas venenosas ou de vespas (Ex 8,16-28)
5. Peste sobre o gado (Ex 9,1-7)
6. Tumores nos homens e nos animais (Ex 9,8-12)
7. Geada (Ex 9,13-35)
8. Invasão dos gafanhotos (Ex 10,1-20)
9. Trevas sobre o Egito (Ex 10,21-27)
10. A morte dos primogênitos dos egípcios (Ex 12,29-36)
AS PRAGAS


Pragas devem ter acontecido entre os meses de 
junho a abril:
Ex 3,1 – Moisés está no pastoreio, indo do 
deserto ao Horeb
Ex 5,12 – Povo se reúne palha



Em Ex 6,1 – As águas do Rio Nilo ficam vermelhas em 
junho



Em Ex 12‐13 – A morte dos primogênitos acontece na 
Páscoa (início da primavera, em abril)
As pragas são flagelos naturais, mas citados por Moisés. 
Elas poupam somente a região dos israelitas (Ex 8,18; 
9,6s.26)


AS PRAGAS


Deus não anula as leis da natureza



Deus costuma servir‐se do curso habitual dos elementos 
já existentes para realizar os seus desígnios



Veja que os magos do Egito conseguem realizar os 
mesmos prodígios que Moisés (Ex 7,22; 8,3).



Veja que o Faraó não se impressiona com as 9 primeiras 
pragas. Elas não lhe pareciam estranhas. Ele só cede na 
10ª praga, que não conhecia.



Os estudiosos e cientistas viram que os flagelos acontecem 
até hoje, no Egito, como fenômenos naturais.
Vejamos cada uma das pragas:  http://www.youtube.com/watch?v=xADP4SD9dXA
Vejamos cada uma das pragas:  
1ª PRAGA
1. Conversão das águas do Rio Nilo em sangue (Ex 7,17-25)


Acontece em decorrência da enchente do Rio Nilo, atualmente ocorrida no mês de
junho.



Águas ficam vermelhas por causa do barro que descem dos lagos da Abissínia;
chama-se esse fenômeno de “Nilo Vermelho”. Fica como se fosse um rio de
“sangue”.



Essas águas não são venenosas. Deve ter havido algum fenômeno, com inversão de
pequenos animais dentro do rio, que deixou o manancial venenoso.



P. Heimisch (Professor da Universidade de Nimwegen (Holanda) nos diz:
“Verificou-se a presença de numerossíssimas pulgas d`água (daphnie); estas, juntamente com os
caoflagelados, que aderiram à carcaça das mesmas, consumiram todo oxigênio da água,
ocasionando o apodrecimento dos peixes da baia, por sufocação. A massa dos crustáceos invasores
dava a impressão que uma corrente vermelha havia sido derramado nas águas, o que bem se
explica pelo fato de trazerem as pulgas de água algumas gotinhas de óleo vermelho no seu
organismo”.
A esta praga seguiram- se outras calamidades, num perfeito encadeamento
2ª, 3ª e 4ª PRAGAS
2. Invasão das rãs nos rios e nas casas (Ex 7,26-8,11)
3. Onda de mosquitos (Ex 8,12-15)
4. Sanha de moscas venenosas ou de vespas (Ex 8,16-28)



Essas pragas acontecem anualmente devido às enchentes do Nilo



Rãs e mosquitos põem ovos na água ou sobre esta, onde eles se
desenvolvem.



Quando acontece as inundações, esses animais saem e penetram
os lares.



As águas venenosas, da primeira praga, tornaram-se ambiente
favoráveis para a multiplicação de moscas venenosas.
5ª, 6ª, 7ª e 8ª PRAGAS
5. Peste sobre o gado (Ex 9,1-7)
6. Tumores nos homens e nos animais (Ex 9,8-12)
7. Geada (Ex 9,13-35)
8. Invasão dos gafanhotos (Ex 10,1-20)


A 5ª e 6ª Pragas foram provocadas pelas inundações e invasão
dos mosquitos e moscas, gerando epidemias e doenças.



A 7ª Praga ocorre sempre nos mês de fevereiro, quando cai
geada no Egito.



A 8ª Praga ocorre em março, quando as colheitas já estão
crescidas. A invasão de gafanhotos se dá no oriente com certa
freqüência (cf. Jl 1,4; Am 4,9).
9ª e 10ª PRAGAS
9. Trevas sobre o Egito (Ex 10,21-27)
10. A morte dos primogênitos dos egípcios (Ex 12,29-36)


A 9ª Praga se dá em decorrência do famoso vento quente dito khmin ou
simun. Sopra a partir do deserto e carrega consigo enorme quantidade de
areia, provocando escurecimento da atmosfera. Ocorre em março ou abril, às
vezes em maio. Dura cerca de dois, três ou até seis dias contínuos.



Até hoje, no Egito, estações ferroviárias funcionavam com luz acesa em pleno
dia por causa do simun.



Heródoto nos diz que parte do exercito de Cambisis foi sepultada nas areias
desse vendaval.



A 10ª Praga apresenta-se diferente de tudo o que se era conhecido. Nenhum
fenômeno ordinário se lhe pode comparar. Foi decisivo para que o Faraó se
rendesse. Esse episódio, sim, foi extraordinário.
Mensagem Religiosa de Ex 7,17-12,36


Nenhum homem nasceu para ser escravo, mas para ser livre ( Deus assim
o criou). Deus quer que seu povo saia da garra do tirânico Faraó .



O poderoso quer se tornar deus (Ex 5,2). Fica obstinado e manda seus
magos realizarem os mesmo milagres que Moisés ( Ex 7,10-13). As pragas
tinham por finalidade mostrar a soberania absoluta do Deus de Israel.



A lição era para o Faraó, por ser soberbo. Não podia aceitar um Deus de
um povo escravizado. Na Grécia o Deus mais forte era o do povo mais
rico.



Nada escapa ao plano criador; nada foge ao seu desígnio.



O mal do homem não pode vencer o bom Deus (no fim da historia Deus
sempre se sairá vencedor). Deus será sempre fiel, apesar do povo ter
cabeça dura.



Nada impede o cumprimento dos desígnios de Deus.



Na hora “h” temos que repetir com Pedro ( Jo 6,68)
A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)


Após a 10ª Praga o Faraó reconhece os milagres permite e
ordena que Israel saia do Egito.



Os judeus pegam tudo o que tem (mulheres, crianças, gados, etc)
e partem na direção do Oriente.



Faraó repensa e manda as tropas irem reaver os escravos.



Chegam à margem do Mar Vermelho, mas se sentem em apuros.
Recorrem a Deus e Ele intervém.



Israel fica entre o mar (de um lado) e as tropas egípcios (do
outro)
Como escaparia do perigo iminente?
A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)


Deus fez uma coluna entre Israel e as tropas do Faraó, causando
opocidade;



A seguir Moises, a mandado de Javé, estendeu a mão sobre o mar.
Um vento impetuoso soprou a noite inteira e formou um corredor
entre as águas. Era a salvação;



Israel sai correndo e atravessa o mar, a pé enxuto.



O exercito do faraó se lança a caminho atrás dos israelitas; Moises
estende a mão e o exercito e afogado.



Deve-se o fato somente a uma intervenção de Deus.



Estudiosos, até os ateus, estudando a arqueologia viu que a divisão
do mar Vermelho se deve a causas naturais, só tendo de
extraordinário as circunstancias (hora, duração...).
A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)
Possível Explicação dos Fatos


Nos tempos pré-históricos comunicavam-se o Mar Mediterrâneo e Mar
Vermelho. Só aos poucos foram separados pelo istmo de Suez.



Na época de Moises (1240 a.C.) Mar Vermelho se prolongava até os Lagos
Amargos.



Havia o Porto de Colzum, donde desde a Idade Média partiam naves para as
Índias. Há ruínas situadas nestes locais.



Na extremidade setentrional o mar recuava e não ficava muito profundo.



Há anos atrás Bourdon (oficial da marinha francesa e comandante do canal de
Suez) descobriu vestígios de uma estrada. Havia um vão que passando pelo
Egito e desembarcava nos Lagos Amargos e se prolongavam por dentro do
mar.



Ao pé do monte Djebel Abu Hasa, descobriu-se ruínas de uma fortificação
que visava, ao pé dessa estrada, proteger a fronteira, impedindo a invasão do
Egito e para reabastecer as caravanas que iam ao Monte Sinai.
A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)
Possível Explicação dos Fatos


Conclusão: No tempo de Moises havia uma passagem no Mar Vermelho que
dependia dos ventos, mares, etc.



Veja que os egípcios vão por entre o mar e não levam susto com a abertura;
sabiam que ela era possível.



Os Egípcios não notaram que havia algo de maravilhoso que fizera o mar se
abrir. Esqueceram do sirocco (vento vindo da Arábia) que fazia o mar se
fechar de repente.



O texto fala é do mar dos Juncos e não do Mar Vermelho (Jos 2,10; Sl
105,7.9.22; 135,13). Ás margens do Mar Vermelho não se encontra arbusto do
junco.



No passado, o junco se desenvolvia na passagem dos Lagos Amargos, hoje
desaparecido pela Barragem de Assuam.



Quanto ao exercito do Faraó, seria pouco mais de 100 homens. O texto fala
de 600, número que é igual a 6x100 (imperfeição - Ex 14,7)
O MANÁ
(Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)




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
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

Moisés pede Deus alimento especial;
Na manhã seguinte aparece grãos de aparência gelatinosa e branca.
O povo se pergunta: Man hu? Que é isso?
Moises disse: È o pão que o Senhor vos envia. Vão chamá-lo depois de
Maná (Ex 16,13-15.31).
Aparência: Grossura do grão de cariandro (abundante no Egito; na
península do Sinai e no Jordão; grão que mede cerca de 5 mm de diâmetro.
Assemelha-se ao bdellium, resina aromática de cor amarelada (Num 11,7)
Seu gosto era de uma torta feita com óleo ou mel (Num 11,8 e Ex 16,31)
Podia ser triturado e cozido ao fogo, para se confeccionar pães.
Cuidados especiais: derretia ao calor do sol: deviam ser recolhidos antes do
nascer do dia (do sol). Não se conservava mais do que 24 h. (Ex 3,64)
Se alimentava também com viveres e animais que encontravam no
caminho.
O MANÁ
(Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)


Que alimento era esse? “O maná era parecido com a semente de coentro e tinha
a aparência do bdélio. O povo espalhava-se para colhê-lo; e o moia em moinho ou o
pisava num pilão; cozia-o em panelas e fazia bolos, O sabor era de bolo amassado
com azeite” (Nm 11,7-8).



Exegese: alimento criado por Deus e maravilhoso caído do céu. Hoje:
conhece-se os fenômenos naturais



Sinai: arbusto chamado tamaris manífera (produz maná em forma de
resina). Acharam planta que produzia o maná, por meio de sua resina. Tese
divulgada em 1923, por Ehrenberg (na Obra Symbolea Tesi Physicae).
Descoberta: a resina provem dos resíduos de dois insetos: trabutina
mannipara e do najacoccus serpentinus minor. Sugam e expelem
gotas resinosas do tamanhos de uma cabeça de alfinete. Tem cor branca
ou amarela, é aromática e o sabor é doce.
TAMARIS MANIFERA
O MANÁ
(Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)


O que há de novo nesse fenômeno: o milagres está no modo como Deus
dispensou pela quantidade extraordinária. No Sinai chega a 300kg dia.



O povo tinha que confiar na Providência Divina, pois o alimento só
durava um dia (Ex 16,19-30)



Comparar Sb 16,20 e Nm 11,4-6:

“A teu povo nutriste com o pão dos anjos, proporcionando-lhe, do céu, graciosamente,
um pão de mil sabores, a gosto de todos” (Sb 16,20).
“Quem nos dará carne para comer? Lembramo-nos dos peixes que comíamos de graça
no Egito, dos pepinos, dos melões, das verduras, das cebolas e dos alhos! Agora
estamos definhando, provados de tudo: nossos olhos nada vêem senão esse maná!”
(Nm 11,4-6).
ÊXODO 15,22-24
22  Moisés fez Israel partir do mar dos Juncos. Tomaram a direção do deserto de 
Sur. Caminharam três dias pelo deserto sem achar água.
23 Chegando a Mara, não puderam beber a água de Mara, por ser amarga; por 
isso deram ao lugar o nome de Mara, Amargura. 
24  O povo murmurou contra Moisés, dizendo: “Que vamos beber?”
25 Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe indicou um tipo de planta que ele 
jogou na água, e esta tornou‐se doce. Foi ali que Ele deu ao povo lei e estatuto 
e os pôs à prova;
26 Depois ele disse: “Se de fato escutares a voz do Senhor teu Deus, se fizeres o 
que é reto a seus olhos, se prestares atenção a seus mandamentos e 
observares todas as suas leis, não te causarei nenhuma das enfermidades que 
causei aos egípcios, pois eu sou o Senhor que te cura”. 
27 Depois chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; 
eles acamparam ali perto da água. 
CAMINHADA
DO POVO DE ISRAEL
AO LONGO DO DESERTO,
EM DIREÇÃO
À TERRA PROMETIDA
REGIÃO ONDE FICAVA
AS ÁGUAS DE MARA
ÊXODO 16,1-4
1

Toda a comunidade dos israelitas partiu de Elim e chegou ao 
deserto de Sin, entre Elim e o Sinai, no dia quinze do segundo mês 
depois da saída do Egito. 

2

Toda a comunidade dos israelitas pôs‐se a murmurar contra 
Moisés e Aarão, no deserto, 

3

dizendo‐lhes: “Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do 
Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de 
carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este 
deserto? Para matar de fome toda esta gente?”

4

O Senhor disse a Moisés: “Eu farei chover do céu pão para vós. 
Cada dia o povo deverá sair para recolher a porção diária. Assim 
vou pô‐lo à prova, para ver se anda, ou não, segundo a minha lei. 
DESENTO DE ELIM
ÊXODO 16,5-7
5

Ora, no sexto dia, quando prepararem o que tiverem 
trazido, terão o dobro da colheita diária”.

6  Moisés e Aarão disseram aos israelitas: “Esta tarde 
sabereis que foi o Senhor quem vos fez sair do Egito,
7

e amanhã cedo vereis a glória do Senhor. Ele ouviu as 
murmurações contra o Senhor; pois quem somos nós 
para que reclameis contra nós?”
ÊXODO 16,8-10
8 Moisés continuou: “De fato, esta tarde o Senhor vos dará
carne para comerdes, e amanhã cedo pão com fartura, 
quando tiver atendido as murmurações que fizestes 
contra ele. Nós, porém, quem somos nós? Vossas 
reclamações não são contra nós, mas contra o Senhor”. 
9 Moisés disse a Aarão: “Dize a toda a comunidade dos 
israelitas: Aproximai‐vos do Senhor, pois ele atendeu 
vossas reclamações”. 
10 Enquanto Aarão falava a toda a comunidade dos 
israelitas, voltaram‐se estes para o deserto e viram 
aparecer na nuvem a glória do Senhor.
ÊXODO 16,11-15
11  O Senhor disse, então, a Moisés: 
12 “Eu ouvi as murmurações dos israelitas. Dize‐lhes: Ao 
anoitecer, comereis carne e amanhã cedo vos fartareis de pão. 
Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus”. 
13 Com efeito, à tarde veio um bando de codornizes que cobriu o 
acampamento; e, pela manhã, formou‐se uma camada de 
orvalho ao redor do acampamento. 
14 Quando o orvalho evaporou, apareceram na superfície do 
deserto pequenos flocos, como cristais de gelo sobre a terra. 
15 Ao verem isso, os israelitas perguntavam uns aos outros: “Man
hu?” (que significa: o que é isto?), pois não sabiam o que era. 
Moisés lhes disse: “Isto é o pão que o Senhor vos dá para 
comer. 
ÊXODO 16,16-19
16 Eis o que o Senhor vos mandou: Recolhei a quantia 
que cada um de vós necessita para comer, um jarro †
de quatro litros por pessoa; cada um recolherá de 
acordo com o número de pessoas que moram em 
sua tenda”. 
17 Assim fizeram os israelitas. Uns recolheram mais, 
outros menos.
18 Mas depois, ao medirem as quantias, não sobrava a 
quem tinha recolhido mais, nem faltava a quem 
tinha recolhido menos. Cada um recolhia o que 
necessitava para comer. 
19 Moisés lhes disse: “Ninguém guarde nada para 
amanhã”.
ÊXODO 16,21-24
21 Manhã por manhã, cada qual ajuntava o maná que ia 
comer. Mas quando o sol esquentava, o maná se 
derretia. 
22 No sexto dia recolhiam dupla quantidade de alimento, 
dois jarros de quatro litros por pessoa. Os chefes da 
comunidade informaram a Moisés, 
23 que lhes disse: “É precisamente isso que o Senhor 
mandou: Amanhã é sábado, dia de repouso consagrado 
ao Senhor. Assai o que quiserdes assar e cozinhai o que 
quiserdes cozinhar, e o que sobrar fique como reserva 
para amanhã”. 

24 Eles separaram o maná para o dia seguinte, e ele não 
apodreceu nem bichou. 
ÊXODO 16,17-20
17 Assim fizeram os israelitas. Uns recolheram mais, 
outros menos. 
18 Mas depois, ao medirem as quantias, não sobrava a 
quem tinha recolhido mais, nem faltava a quem 
tinha recolhido menos. Cada um recolhia o que 
necessitava para comer. 
19 Moisés lhes disse: “Ninguém guarde nada para 
amanhã”. 
20 Alguns, porém, desobedeceram a Moisés e 
guardaram o maná para o dia seguinte; mas ele 
bichou e apodreceu. Moisés irritou‐se contra eles. 
ÊXODO 16,21-24
21 Manhã por manhã, cada qual ajuntava o maná que ia 
comer. Mas quando o sol esquentava, o maná se 
derretia. 
22 No sexto dia recolhiam dupla quantidade de alimento, 
dois jarros † de quatro litros por pessoa. Os chefes da 
comunidade informaram a Moisés, 
23 que lhes disse: “É precisamente isso que o Senhor 
mandou: Amanhã é sábado, dia de repouso consagrado 
ao Senhor. Assai o que quiserdes assar e cozinhai o que 
quiserdes cozinhar, e o que sobrar fique como reserva 
para amanhã”. 
24 Eles separaram o maná para o dia seguinte, e ele não 
apodreceu nem bichou. 
ÊXODO 16,25-28
25 Moisés disse: “Comei este maná hoje, pois hoje é
sábado consagrado ao Senhor. Hoje não encontrareis 
maná no descampado. 
26 Ajuntareis maná durante seis dias e no sétimo, que é
sábado, não encontrareis nada”. 
27 No sétimo dia alguns saíram para recolhê‐lo, mas 
nada encontraram. 
28 E o Senhor disse a Moisés: “Até quando recusareis 
guardar meus mandamentos e minhas leis? 
ÊXODO 16,29-32
29 Considerai que foi o Senhor que vos instituiu o sábado. Por 
isso, no sexto dia ele vos dá pão para dois dias. Cada um 
fique no seu lugar e dali não saia no sétimo dia”. 
30 Assim, no sétimo dia, o povo descansou. 
31 Os israelitas deram a esse alimento o nome de maná. Era 
branco como as sementes do coentro e tinha gosto de bolo 
de mel. 
32 Moisés disse: “O Senhor ordenou que se encha um jarro de 
maná para guardá‐lo, a fim de que as gerações futuras 
possam ver com que alimento vos sustentei no deserto, 
quando vos fiz sair da terra do Egito”. 
ÊXODO 16,33-36
33 Moisés disse a Aarão: “Toma um vaso, enche‐o com 
um jarro de maná e deposita‐o diante do Senhor, 
para que seja guardado para as gerações futuras”.
34 Como o Senhor tinha mandado a Moisés, Aarão 
depositou o maná para que fosse guardado diante 
do documento da aliança. 
35 Os israelitas comeram maná durante quarenta anos, 
até entrarem em terra habitada. Comeram maná até
chegarem às fronteiras de Canaã. 
36 (O jarro é a décima parte do efá.)
ÊXODO 17,1-4
1 Toda a comunidade dos israelitas partiu do deserto de 
Sin, seguindo as etapas indicadas pelo Senhor, e 
acamparam em Rafidim. Mas ali não havia água para o 
povo beber. 
2 Então o povo pôs‐se a discutir com Moisés, dizendo: 
“Dá‐nos água para beber!” Moisés respondeu‐lhes: “Por 
que vos meteis a disputar comigo? Por que provais o 
Senhor?”
3 Mas o povo, sedento de água, murmurava contra 
Moisés e dizia: “Por que nos fizeste sair do Egito? Foi 
para matar‐nos de sede junto com nossos filhos e 
nossos rebanhos?”
4 Moisés clamou ao Senhor, dizendo: “Que vou fazer 
com este povo? Por pouco não me apedrejam”. 
ÊXODO 17,5-8
5

O Senhor disse a Moisés: “Passa à frente do povo e 
leva contigo alguns anciãos de Israel. Pega a vara com 
que feriste o rio Nilo e vai. 

6

Eu estarei lá, diante de ti, sobre o rochedo, no monte 
Horeb. Baterás no rochedo, e sairá água para o povo 
beber”. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de 
Israel. 

7

Chamou o lugar com o nome de Massa e Meriba, Prova 
e Discussão, porque ali os israelitas discutiram e 
puseram à prova o Senhor, dizendo: “O Senhor está no 
meio de nós, ou não?”

8

Então os amalecitas vieram combater contra os 
israelitas em Rafidim.
MASSÁ E MERIBÁ
ÊXODO 17,8-11
8 Então os amalecitas vieram combater contra os 
israelitas em Rafidim. 
9 Moisés disse a Josué: “Escolhe alguns homens e sai para 
combater contra os amalecitas. Amanhã estarei de pé
no alto da colina com a vara de poder divino na mão”. 
10 Josué fez o que Moisés lhe tinha mandado e atacou os 
amalecitas, enquanto Moisés, Aarão e Hur subiram ao 
topo da colina. 
11 Enquanto mantinha a mão levantada, Israel vencia, mas 
quando abaixava a mão, vencia Amalec.
ÊXODO 17,12-16
12 Como as mãos de Moisés se tornassem pesadas, alguns 
pegaram uma pedra e a colocaram debaixo dele para que se 
sentasse. Aarão e Hur, um de cada lado, sustentavam‐lhe as 
mãos. Assim as mãos ficaram firmes até o pôr do sol, 
13 e Josué derrotou Amalec e sua gente a fio de espada. 
14 O Senhor disse a Moisés: “Escreve isto para recordação num 
livro e comunica a Josué que eu apagarei a lembrança de 
Amalec debaixo do céu”. 
15 Moisés ergueu um altar e deu‐lhe o nome “O Senhor é meu 
estandarte”, 
16 dizendo: “Levantou a mão contra o trono do Senhor, por isso 
o Senhor estará em guerra contra Amalec, de geração em 
geração”. 
Rafidim
ÊXODO 18,1-5
1 Jetro, sacerdote de Madiã e sogro de Moisés, ouviu falar de tudo 
quanto Deus tinha feito em favor de Moisés e de Israel, seu povo, 
quando o Senhor fizera Israel sair do Egito. 
2 Quando Moisés tinha mandado de volta Séfora, sua mulher, 
Jetro, sogro de Moisés, a acolhera, 
3 junto com os dois filhos. Um se chamava Gérson, porque Moisés 
havia dito: “Tornei‐me hóspede em terra estrangeira”; 
4 o outro se chamava Eliezer, pois Moisés havia dito: “O Deus de 
meu pai veio em meu socorro e salvou‐me da espada do faraó”. 
5 Acompanhado da mulher e dos filhos, Jetro, seu sogro, foi visitá‐
lo no deserto, onde Moisés estava acampado no monte de Deus. 
ÊXODO 18,6-10
6

Mandou dizer a Moisés: “Eu sou Jetro, teu sogro; estou 
indo visitar‐te com tua mulher e os dois filhos”.

7

Moisés saiu ao encontro do sogro e, prostrando‐se, o 
beijou. Em seguida, depois de mútua saudação, os dois 
entraram na tenda. 

8

Moisés contou ao sogro tudo quanto o Senhor tinha 
feito ao faraó e aos egípcios por causa de Israel, as 
dificuldades que encontraram no caminho, e como o 
Senhor os salvara. 

9

Jetro alegrou‐se por todo o bem que o Senhor tinha 
feito a Israel salvando‐o das mãos dos egípcios

10 e disse: “Bendito seja o Senhor que vos salvou das 
mãos dos egípcios e do poder do faraó. 
ÊXODO 18,11-15
11 Agora sei que o Senhor se mostrou maior do que todos os 

deuses, libertando o povo dos egípcios, quando agiram com 
arrogância contra eles”.

12 Jetro, sogro de Moisés, ofereceu um holocausto e sacrifícios 
a Deus. Aarão e todos os anciãos de Israel vieram comer com 
ele na presença de Deus. 
13 No dia seguinte Moisés sentou‐se para julgar as questões do 
povo, e o povo ficou diante dele desde a manhã até a tarde. 
14 Vendo tudo o que fazia pelo povo, o sogro de Moisés disse: 
“Que estás fazendo com o povo? Por que apenas tu ficas aí
sentado, com tanta gente parada diante de ti desde a manhã 
até à tarde?”
15 Moisés respondeu ao sogro: “É que o povo vem a mim para 
consultar a Deus. 
ÊXODO 18,16-21
16 Quando têm alguma questão, vêm a mim para que decida e lhes 
comunique os decretos e as leis de Deus”.
17 Mas o sogro de Moisés disse‐lhe: “Não está bem o que fazes. 
18 Acabarás esgotado, tu e este povo que está contigo. É uma 
tarefa acima de tuas forças. Não poderás executá‐la sozinho. 
19 Agora escuta‐me: vou dar‐te um conselho, e que Deus esteja 
contigo. Tu deves representar o povo diante de Deus e levar a 
Deus os problemas. 
20 Esclarece o povo a respeito dos decretos e das leis, e dá‐lhe a 
conhecer o caminho a seguir e o que devem fazer. 
21 Mas procura entre todo o povo homens de valor, que temem a 
Deus, dignos de confiança e inimigos do suborno, e estabelece‐
os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. 
ÊXODO 18,22-27
22 Eles julgarão o povo em casos cotidianos. A ti levarão as 
questões de importância maior, decidindo eles mesmos as 
menores. Assim eles repartirão contigo o peso e tu ficarás 
aliviado. 
23 Se assim procederes, serás capaz de manter‐te de pé quando 
Deus te der ordens, e o povo poderá chegar em segurança a seu 
destino”. 
24 Moisés atendeu ao conselho do sogro e fez tudo o que ele disse. 
25 Escolheu entre todo o povo homens de valor e colocou‐os à
frente do povo como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de 
dez. 
26 Eles julgavam o povo em casos cotidianos. Levavam a Moisés as 
questões mais graves, resolvendo eles mesmos as menores. 
27 Moisés despediu‐se do sogro, e este voltou para sua terra. 
SITES INTERESSANTES PARA COMPLETAR A CONFERÊNCIA

http://www.youtube.com/watch?v=SgxE4TUrPx4 (História do Egito Antigo: 1a Parte)
http://www.youtube.com/watch?v=widsgjI42jg&NR=1 (História do Egito Antigo: 2a Parte)
http://www.youtube.com/watch?v=xADP4SD9dXA (Saída do povo de Israel do Egito)

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O Êxodo: a saída do povo hebreu do Egito Antigo

  • 1. MÊS DA BÍBLIA 2011 Ex 15,22-18,27 Passo a passo, o caminho se faz. Dom Gregório Paixão, OSB Setembro de 2011
  • 2. PRETEXTO TEXTO CONTEXTO POSTEXTO  O nome do segundo livro da Bíblia vem das palavras iniciais do livro (escrito em hebraico), que significa “E eis os nomes”.  O nome Êxodo vem do grego, que significa “Saída”.
  • 3.  O local dos acontecimentos narrados é o Egito, aproximadamente no ano 1225 a.C. Assim, o faraó do êxodo foi Merneptah (1232-1224 a.C)  Qual a cultura que envolve os acontecimentos? 
  • 4. PRETEXTO  O Livro do Êxodo nos situa em um país: O Egito http://www.youtube.com/watch?v=SgxE4TUrPx4 http://www.youtube.com/watch?v=widsgjI42jg&NR=1 (História do Egito Antigo: 1a Parte) (História do Egito Antigo: 2a Parte)
  • 8. PRETEXTO A Civilização egípcia é datada do ano de 4.000 a.C., permanecendo estável por 35 séculos, apesar de inúmeras invasões das quais foi vítima.  Localizado no nordeste africano de clima semi-árido e chuvas escassas ao longo do ano, o vale do rio Nilo é um oásis em meio a uma região desértica. Durante a época das cheias, o rio depositava em suas margens uma lama fértil na qual durante a vazante eram cultivados cereais e hortaliças.  O rio Nilo é essencial para a sobrevivência do Egito. A interação entre a ação humana e o meio ambiente é evidente na história da civilização egípcia, pois graças à abundância de suas águas era possível irrigar as margens durante o período das cheias. A necessidade da construção de canais para irrigação e de barragens para armazenar água próximo às plantações foi responsável pelo aparecimento do Estado centralizado. 
  • 9. EVOLUÇÃO HISTÓRICA A história política do Egito Antigo é tradicionalmente dividida em duas épocas: Pré-Dinástica (até 3200 a.C.): ausência de centralização política. População organizada em nomos (comunidades primitivas) independentes da autoridade central que era chefiada pelos nomarcas. A unificação dos nomos se deu em meados do ano 3000 a.C., período em que se consolidaram a economia agrícola, a escrita e a técnica de trabalho com metais como cobre e ouro. Dois reinos - Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) - surgiram por volta de 3500 a.C. em conseqüência da necessidade de se unir esforços para a construção de obras hidráulicas. Dinástica: Há forte centralização política. Menés, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C. o Baixo Egito. Promoveu a unificação política das duas terras sob uma monarquia centralizada na imagem do faraó, dando início ao Antigo Império. Menés tornou-se o primeiro faraó. Os nomarcas passaram a ser “governadores” subordinados à autoridade faraônica.
  • 10. PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA A Época Dinástica é dividida em três períodos: Antigo Império (3200 a.C. – 2300 a.C.) - Capital: Mênfis  Nesse período foi inventada a escrita hieroglífica.  Construção das grandes pirâmides de Gizé, entre as quais as mais conhecidas são as de Quéops, Quéfrem e Miquerinos. Esses monumentos, feitos com blocos de pedras sólidas, serviam de túmulos para os faraós. Tais construções exigiam avançadas técnicas de engenharia e grande quantidade de mão-de-obra.  Invasão dos povos nômades: fragmentação do poder Médio Império (c. 2040-1580 a.C.)  Durante 200 anos o Antigo Egito foi palco de guerras internas marcadas pelo confronto entre o poder central do faraó e os governantes locais – nomarcas.
  • 11.
  • 12. O primeiro a criar uma pirâmide foi o rei Djezer, sendo ele mesmo o primeiro faraó do Egito.
  • 13.
  • 14.
  • 16. A partir de 2040 a.C., uma dinastia poderosa (a 12ª) passou a governar o país iniciando o período mais glorioso do Antigo Egito: o Médio Império. Nesse período: Capital: Tebas      Poder político: o faraó dividia o trono com seu filho para garantir a sucessão ainda em vida Poder central controlava rigorosamente todo o país Estabilidade interna coincidiu com a expansão territorial Recenseamento da população, das cabeças de gado e de terras aráveis visando a fixação de impostos Dinamismo econômico
  • 17. Visão lateral do templo de Amon em Karnac – Tebas
  • 18. Os Hicsos (1700 a.C – 1580 a.C)  Rebeliões de camponeses e escravos enfraqueceram a autoridade central no final do Médio Império, permitindo aos hicsos - um povo de origem caucasiana com grande poderio bélico que havia se estabelecido no Delta do Nilo – conquistar todo o Egito de 1700 a.c. a 1580 a.C, quando o chefe militar de Tebas derrotou-os. Iniciou-se, então, um novo período na história do Egito Antigo, que se tornou conhecido como Novo Império. As contribuições dos hicsos foram:  Fundição em bronze Uso de cavalos Carros de guerra Tear vertical   
  • 20. Novo Império - (1580- 525 a.C.) - Capital: Tebas  O Egito expulsou os hicsos conquistando, em seguida, a Síria e a Palestina.  Dinastia governante descendente de militares.  Aumento do poder dos sacerdotes e do prestígio social de militares e burocratas.  Militarismo e expansionismo, especialmente sob o reinado dos faraós Tutmés e Ramsés.  Conquista da Síria, Fenícia, Palestina, Núbia, Mesopotâmia, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu.  Afluxo de riqueza e escravos e aumento da atividade comercial controlada pelo Estado.  Amenófis IV promoveu uma reforma religiosa para diminuir a autoridade dos sacerdotes e fortalecer seu poder implantando o monoteísmo (acrença numa única divindade) durante seu reino.  Invasões dos “povos do mar” (ilhas do Mediterrâneo) e tribos nômades da Líbia conseqüente perda dos territórios asiáticos.  Fim da independência política.  Com o fim de sua independência política o Egito foi conquistado em 343 a.C. pelos persas. Em 332 a.C. passou a integrar o Império Macedônio e, a partir de 30 a.C., o Império Romano.
  • 22.
  • 23. ASPECTOS ECONÔMICOS  Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada, algodão, papiro, linho) favorecida pelas obras de irrigação.  Agricultura extensiva com um alto nível de organização social e política.  Criação de animais (pastoreio), artesanato e comércio. ASPECTOS POLÍTICOS  Monarquia teocrática:  O governante (faraó) era soberano hereditário, absoluto e considerado uma encarnação divina. Era auxiliado pela burocracia estatal nos negócios de Estado.  Havia uma forte centralização do poder com anulação dos poderes locais devido à necessidade de conjugação de esforços para as grandes construções.  O governo era proprietário das terras e cobrava impostos das comunidades camponesas (servidão coletiva). Os impostos podiam ser pagos via trabalho gratuito nas obras públicas ou com parte da produção.
  • 24.
  • 26.  Múmia do faraó Amósis I
  • 27. Sistema de Irrigação e Agricultura
  • 28. ASPECTOS SOCIAIS  Predomínio das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada uma possuía sua função e seu lugar na sociedade).  O Egito possuía uma estrutura social estática e hierárquica vinculada às atividades econômicas. A posição do indivíduo na sociedade era determinada pela hereditariedade (o nascimento determina a posição social do indivíduo).  A estrutura da sociedade egípcia pode ser comparada a uma pirâmide. No vértice o faraó, em seguida a alta burocracia (altos funcionários, sacerdotes e altos militares) e, na base, os trabalhadores em geral .  A sociedade era dividida nas seguintes categorias sociais:  O faraó e sua família - O faraó era a autoridade suprema em todas as áreas, sendo responsável por todos os aspectos da vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigação, a religião, os exércitos, promulgação e cumprimento das leis e o comércio. Na época de carestia era responsabilidade do faraó alimentar a população.  Aristocracia (nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o faraó a governar.  Grupos intermediários (militares, burocratas, comerciantes e artesãos)  Camponeses  Escravo  Os escribas, que dominavam a arte da escrita (hieróglifos), governantes e sacerdotes formavam um grupo social distinto no Egito.
  • 29.
  • 31. ASPECTOS CULTURAIS  A cultura era privilégio das altas camadas.  Destaque para engenharia e arquitetura (grandes obras de irrigação, templos, palácios).  Desenvolvimento de técnicas de irrigação e construção de barcos.  Desenvolvimento da técnica de mumificação de corpos.  Conhecimento da anatomia humana.  Avanços na Medicina.  Escrita pictográfica (hieróglifos).  Calendário lunar.  Avanços na Astronomia e na Matemática, tendo como finalidade a previsão de cheias e vazantes.  Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os egípcios criaram os fundamentos da Geometria e do Cálculo. Engenharia e Artes.   Jogavam xadrez.
  • 33. ASPECTOS RELIGIOSOS  Politeísmo  Culto ao deus Sol (Amom – Rá)  As divindades são representadas com formas humanas (politeísmo antropomórfico), com corpo de animal ou só com a cabeça de um bicho (politeísmo antropozoomórfico)  Crença na vida após a morte (Tribunal de Osíris), daí a necessidade de preservar o cadáver, desenvolvimento de técnicas de mumificação, aprimoramento de conhecimentos médico-anatômicos.
  • 35.
  • 36. O LIVRO DO ÊXODO  O livro do Êxodo pode ser dividido em 6 partes, divididas ao longo de 40 capítulos: 1. Da opressão até a libertação do Egito (Ex 1,1-15,21) 2. A caminhada no deserto rumo ao Sinai (15,22-19,2) 3. A Aliança do Sinai (19,3-24,8) 4. Regulamentação do Culto: Construção do Santuário e Ministros (25,1-31,17) 5. O bezerro de ouro e a renovação da Aliança (31,1834,35) 6. Construção e ereção do santuário (35,1-40,38)
  • 37.
  • 38. Os números e seus significados 3 – É um número perfeito, pois é o número do triângulo. Participa da perfeição  do número 7, pois (4+3 = 7) 3 ½ ‐ É a metade de 7; indica imperfeição, brevidade, fraqueza, tempo de prova  ou de perseguição. Três anos e meio duram as tribulações que  acompanharam o levante dos irmãos macabeus, de 168 a 165 a.C. Foi o  tempo da perseguição de Antíoco IV aos judeus. 4 – Representa os quatro pontos cardeais, mundo, universalidade. Trindade +  homem. Os quatro elementos da terra. Perfeição do quadrado. 6 – Significa 7 menos 1. Simboliza a imperfeição e a fraqueza.  7‐ Significa plenitude, perfeição e totalidade. Deus + dias da criação 10 ‐ Número completo, perfeição. 12 ‐ Israel com as 12 tribos. Povo de Deus. Perfeição do 3 x 4
  • 39. Os números e seus significados 42 – Quarenta e dois meses é igual a 3 ½ anos, que é igual a 1.260 dias, isto  é, a metade de sete anos. Tempo de provação. 666 – Três vezes “sete menos um”; denota a imperfeição e o total fracasso.  É o número da Besta. 777 – Três vezes o sete; representa a perfeição e a plenitude  absolutas. 1.000 – Multiplicidade, grande quantidade, número incontável. 1.260 – Número de dias do período de três anos e meio; tempo de  tribulação ou de prova. 12.000 – Número ilimitado e salvífico dos membros do velho povo de Deus.  12 x 1000 144.000 – Doze elevado ao quadrado, multiplicado por mil; trata‐se do  número quase infinito e completo dos membros do novo povo de    Deus. 12 x 12 x 1000 OBS – Os judeus não conheciam o 1.000.000 (milhão)
  • 41. Resumo das principais partes     Das 70 pessoas que haviam descido ao Egito com Jacó, nasce um grande povo. O grande número preocupa o faraó. Ele manda que as parteiras matem os bebês nascidos meninos (Ex 1). Nasce Moisés. A mãe o coloca numa cesta, que é resgatada pela filha do Faraó, que o cria (Ex 2). Depois de grande Moisés se interessa pelo seu povo e não aceita vê-lo oprimido. Acaba matando um egípcio que maltratava um judeu. Para não cair nas mãos da justiça, foge para a região de Madiã, onde, depois, casa-se com Séfora (Ex 2). Deus pede a Moisés que liberte o seu povo. Depois de um fracasso inicial, Moisés vai e se coloca frente à frente com o Faraó. Dá-se, então, os sinais da presença de Deus, mas o Faraó não cede. Morrem os primogênitos, amolecendo o coração do Faraó, que deixa o povo ir embora (Ex 10).
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  • 43.
  • 44. Resumo das principais partes     O povo parte com Moisés, mas o ´Faraó se arrepende e manda seus guardas atrás dos judeus. Vendo-se perseguido, Moisés abre o Mar Vermelho e o povo passa a pé enxuto. Os egípcios, ao contrário, morrem nas águas do Mar Vermelho (Ex 13-15). O povo parte deserto adentro em busca da Terra Prometida. Muitos prodígios acontecem: água salobra se torna doce, o maná, a água que jorra do rochedo e a vitória do povo de Israel contra os amalecitas, sob a oração de Moisés (Ex 15-17). Jetro, sogro de Moisés, sugere que ele crie lideranças – juízes – pois senão ficará esgotado. Após três meses de caminhada o povo de Israel acampa diante da montanha do Horeb (Ex 18). Deus firma sua aliança com o povo, criando um reino de sacerdotes e uma nação santa. Deus se revela no terceiro dia e dá os mandamentos: Decálogo (Ex 19-20).
  • 45. Resumo das principais partes     Dá-se o Código da Aliança com prescrições religiosas e civis, com normas morais (Ex 20-23). Há um rito da aliança, com os sacrifícios, as 12 estrelas (uma para cada tribo de Israel) e a aspersão do povo com o sangue. Moisés fica sobre o monte Sinai 40 dias e 40 noites (Ex 24). O povo quebra a Aliança por causa da ausência de Moisés, construindo um bezerro de ouro. Moisés se irrita e quebra as tábuas da Aliança (Ex 31-32). Moisés intercede e a Aliança é renovada. Moisés recebe novas tábuas, com os mandamentos. Sua face está iluminada e de sua cabeça saem raios de luz (Ex 33-34)
  • 46. Resumo das principais partes   Cria-se o tabernáculo, lugar onde Moisés fala face a face com Deus. Nele fica a Arca da Aliança (uma caixa de cobre de madeira coberta de ouro). Em sua tampa de ouro vê-se esculpidos dois querubins. Essa tampa se chama propiciatório. As tábuas da lei são chamadas de testemunho (Ex 35). Finalmente, há todo um rito para o uso dos santuário, assim como a ornamentação dos sacerdotes. Aparece a nuvem santa,que cobre o santuário,enchendo de glória a habitação de Deus. A nuvem, ao se levantar, vai guiar o povo ao longo da jornada de 40 anos (Ex 36-40).
  • 47. Estudo de Texto Seleto: Ex 7,8-12,34 AS 10 PRAGAS DO EGITO O texto nos apresenta as 10 pragas: 1. Conversão das águas do Rio Nilo em sangue (Ex 7,17-25) 2. Invasão das rãs nos rios e nas casas do Egito (Ex 7,26-8,11) 3. Onda de mosquitos (Ex 8,12-15) 4. Sanha de moscas venenosas ou de vespas (Ex 8,16-28) 5. Peste sobre o gado (Ex 9,1-7) 6. Tumores nos homens e nos animais (Ex 9,8-12) 7. Geada (Ex 9,13-35) 8. Invasão dos gafanhotos (Ex 10,1-20) 9. Trevas sobre o Egito (Ex 10,21-27) 10. A morte dos primogênitos dos egípcios (Ex 12,29-36)
  • 48. AS PRAGAS  Pragas devem ter acontecido entre os meses de  junho a abril: Ex 3,1 – Moisés está no pastoreio, indo do  deserto ao Horeb Ex 5,12 – Povo se reúne palha  Em Ex 6,1 – As águas do Rio Nilo ficam vermelhas em  junho  Em Ex 12‐13 – A morte dos primogênitos acontece na  Páscoa (início da primavera, em abril) As pragas são flagelos naturais, mas citados por Moisés.  Elas poupam somente a região dos israelitas (Ex 8,18;  9,6s.26) 
  • 49. AS PRAGAS  Deus não anula as leis da natureza  Deus costuma servir‐se do curso habitual dos elementos  já existentes para realizar os seus desígnios  Veja que os magos do Egito conseguem realizar os  mesmos prodígios que Moisés (Ex 7,22; 8,3).  Veja que o Faraó não se impressiona com as 9 primeiras  pragas. Elas não lhe pareciam estranhas. Ele só cede na  10ª praga, que não conhecia.  Os estudiosos e cientistas viram que os flagelos acontecem  até hoje, no Egito, como fenômenos naturais. Vejamos cada uma das pragas:  http://www.youtube.com/watch?v=xADP4SD9dXA Vejamos cada uma das pragas:  
  • 50.
  • 51. 1ª PRAGA 1. Conversão das águas do Rio Nilo em sangue (Ex 7,17-25)  Acontece em decorrência da enchente do Rio Nilo, atualmente ocorrida no mês de junho.  Águas ficam vermelhas por causa do barro que descem dos lagos da Abissínia; chama-se esse fenômeno de “Nilo Vermelho”. Fica como se fosse um rio de “sangue”.  Essas águas não são venenosas. Deve ter havido algum fenômeno, com inversão de pequenos animais dentro do rio, que deixou o manancial venenoso.  P. Heimisch (Professor da Universidade de Nimwegen (Holanda) nos diz: “Verificou-se a presença de numerossíssimas pulgas d`água (daphnie); estas, juntamente com os caoflagelados, que aderiram à carcaça das mesmas, consumiram todo oxigênio da água, ocasionando o apodrecimento dos peixes da baia, por sufocação. A massa dos crustáceos invasores dava a impressão que uma corrente vermelha havia sido derramado nas águas, o que bem se explica pelo fato de trazerem as pulgas de água algumas gotinhas de óleo vermelho no seu organismo”. A esta praga seguiram- se outras calamidades, num perfeito encadeamento
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  • 53. 2ª, 3ª e 4ª PRAGAS 2. Invasão das rãs nos rios e nas casas (Ex 7,26-8,11) 3. Onda de mosquitos (Ex 8,12-15) 4. Sanha de moscas venenosas ou de vespas (Ex 8,16-28)  Essas pragas acontecem anualmente devido às enchentes do Nilo  Rãs e mosquitos põem ovos na água ou sobre esta, onde eles se desenvolvem.  Quando acontece as inundações, esses animais saem e penetram os lares.  As águas venenosas, da primeira praga, tornaram-se ambiente favoráveis para a multiplicação de moscas venenosas.
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  • 55. 5ª, 6ª, 7ª e 8ª PRAGAS 5. Peste sobre o gado (Ex 9,1-7) 6. Tumores nos homens e nos animais (Ex 9,8-12) 7. Geada (Ex 9,13-35) 8. Invasão dos gafanhotos (Ex 10,1-20)  A 5ª e 6ª Pragas foram provocadas pelas inundações e invasão dos mosquitos e moscas, gerando epidemias e doenças.  A 7ª Praga ocorre sempre nos mês de fevereiro, quando cai geada no Egito.  A 8ª Praga ocorre em março, quando as colheitas já estão crescidas. A invasão de gafanhotos se dá no oriente com certa freqüência (cf. Jl 1,4; Am 4,9).
  • 56.
  • 57. 9ª e 10ª PRAGAS 9. Trevas sobre o Egito (Ex 10,21-27) 10. A morte dos primogênitos dos egípcios (Ex 12,29-36)  A 9ª Praga se dá em decorrência do famoso vento quente dito khmin ou simun. Sopra a partir do deserto e carrega consigo enorme quantidade de areia, provocando escurecimento da atmosfera. Ocorre em março ou abril, às vezes em maio. Dura cerca de dois, três ou até seis dias contínuos.  Até hoje, no Egito, estações ferroviárias funcionavam com luz acesa em pleno dia por causa do simun.  Heródoto nos diz que parte do exercito de Cambisis foi sepultada nas areias desse vendaval.  A 10ª Praga apresenta-se diferente de tudo o que se era conhecido. Nenhum fenômeno ordinário se lhe pode comparar. Foi decisivo para que o Faraó se rendesse. Esse episódio, sim, foi extraordinário.
  • 58. Mensagem Religiosa de Ex 7,17-12,36  Nenhum homem nasceu para ser escravo, mas para ser livre ( Deus assim o criou). Deus quer que seu povo saia da garra do tirânico Faraó .  O poderoso quer se tornar deus (Ex 5,2). Fica obstinado e manda seus magos realizarem os mesmo milagres que Moisés ( Ex 7,10-13). As pragas tinham por finalidade mostrar a soberania absoluta do Deus de Israel.  A lição era para o Faraó, por ser soberbo. Não podia aceitar um Deus de um povo escravizado. Na Grécia o Deus mais forte era o do povo mais rico.  Nada escapa ao plano criador; nada foge ao seu desígnio.  O mal do homem não pode vencer o bom Deus (no fim da historia Deus sempre se sairá vencedor). Deus será sempre fiel, apesar do povo ter cabeça dura.  Nada impede o cumprimento dos desígnios de Deus.  Na hora “h” temos que repetir com Pedro ( Jo 6,68)
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  • 60. A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)  Após a 10ª Praga o Faraó reconhece os milagres permite e ordena que Israel saia do Egito.  Os judeus pegam tudo o que tem (mulheres, crianças, gados, etc) e partem na direção do Oriente.  Faraó repensa e manda as tropas irem reaver os escravos.  Chegam à margem do Mar Vermelho, mas se sentem em apuros. Recorrem a Deus e Ele intervém.  Israel fica entre o mar (de um lado) e as tropas egípcios (do outro) Como escaparia do perigo iminente?
  • 61. A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31)  Deus fez uma coluna entre Israel e as tropas do Faraó, causando opocidade;  A seguir Moises, a mandado de Javé, estendeu a mão sobre o mar. Um vento impetuoso soprou a noite inteira e formou um corredor entre as águas. Era a salvação;  Israel sai correndo e atravessa o mar, a pé enxuto.  O exercito do faraó se lança a caminho atrás dos israelitas; Moises estende a mão e o exercito e afogado.  Deve-se o fato somente a uma intervenção de Deus.  Estudiosos, até os ateus, estudando a arqueologia viu que a divisão do mar Vermelho se deve a causas naturais, só tendo de extraordinário as circunstancias (hora, duração...).
  • 62. A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31) Possível Explicação dos Fatos  Nos tempos pré-históricos comunicavam-se o Mar Mediterrâneo e Mar Vermelho. Só aos poucos foram separados pelo istmo de Suez.  Na época de Moises (1240 a.C.) Mar Vermelho se prolongava até os Lagos Amargos.  Havia o Porto de Colzum, donde desde a Idade Média partiam naves para as Índias. Há ruínas situadas nestes locais.  Na extremidade setentrional o mar recuava e não ficava muito profundo.  Há anos atrás Bourdon (oficial da marinha francesa e comandante do canal de Suez) descobriu vestígios de uma estrada. Havia um vão que passando pelo Egito e desembarcava nos Lagos Amargos e se prolongavam por dentro do mar.  Ao pé do monte Djebel Abu Hasa, descobriu-se ruínas de uma fortificação que visava, ao pé dessa estrada, proteger a fronteira, impedindo a invasão do Egito e para reabastecer as caravanas que iam ao Monte Sinai.
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  • 65. A Passagem do Mar Vermelho (Ex 14,5-31) Possível Explicação dos Fatos  Conclusão: No tempo de Moises havia uma passagem no Mar Vermelho que dependia dos ventos, mares, etc.  Veja que os egípcios vão por entre o mar e não levam susto com a abertura; sabiam que ela era possível.  Os Egípcios não notaram que havia algo de maravilhoso que fizera o mar se abrir. Esqueceram do sirocco (vento vindo da Arábia) que fazia o mar se fechar de repente.  O texto fala é do mar dos Juncos e não do Mar Vermelho (Jos 2,10; Sl 105,7.9.22; 135,13). Ás margens do Mar Vermelho não se encontra arbusto do junco.  No passado, o junco se desenvolvia na passagem dos Lagos Amargos, hoje desaparecido pela Barragem de Assuam.  Quanto ao exercito do Faraó, seria pouco mais de 100 homens. O texto fala de 600, número que é igual a 6x100 (imperfeição - Ex 14,7)
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  • 67. O MANÁ (Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)           Moisés pede Deus alimento especial; Na manhã seguinte aparece grãos de aparência gelatinosa e branca. O povo se pergunta: Man hu? Que é isso? Moises disse: È o pão que o Senhor vos envia. Vão chamá-lo depois de Maná (Ex 16,13-15.31). Aparência: Grossura do grão de cariandro (abundante no Egito; na península do Sinai e no Jordão; grão que mede cerca de 5 mm de diâmetro. Assemelha-se ao bdellium, resina aromática de cor amarelada (Num 11,7) Seu gosto era de uma torta feita com óleo ou mel (Num 11,8 e Ex 16,31) Podia ser triturado e cozido ao fogo, para se confeccionar pães. Cuidados especiais: derretia ao calor do sol: deviam ser recolhidos antes do nascer do dia (do sol). Não se conservava mais do que 24 h. (Ex 3,64) Se alimentava também com viveres e animais que encontravam no caminho.
  • 68. O MANÁ (Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)  Que alimento era esse? “O maná era parecido com a semente de coentro e tinha a aparência do bdélio. O povo espalhava-se para colhê-lo; e o moia em moinho ou o pisava num pilão; cozia-o em panelas e fazia bolos, O sabor era de bolo amassado com azeite” (Nm 11,7-8).  Exegese: alimento criado por Deus e maravilhoso caído do céu. Hoje: conhece-se os fenômenos naturais  Sinai: arbusto chamado tamaris manífera (produz maná em forma de resina). Acharam planta que produzia o maná, por meio de sua resina. Tese divulgada em 1923, por Ehrenberg (na Obra Symbolea Tesi Physicae). Descoberta: a resina provem dos resíduos de dois insetos: trabutina mannipara e do najacoccus serpentinus minor. Sugam e expelem gotas resinosas do tamanhos de uma cabeça de alfinete. Tem cor branca ou amarela, é aromática e o sabor é doce.
  • 70. O MANÁ (Ex 16, 2-36; Num 11,4-9; Sb 16,20-29)  O que há de novo nesse fenômeno: o milagres está no modo como Deus dispensou pela quantidade extraordinária. No Sinai chega a 300kg dia.  O povo tinha que confiar na Providência Divina, pois o alimento só durava um dia (Ex 16,19-30)  Comparar Sb 16,20 e Nm 11,4-6: “A teu povo nutriste com o pão dos anjos, proporcionando-lhe, do céu, graciosamente, um pão de mil sabores, a gosto de todos” (Sb 16,20). “Quem nos dará carne para comer? Lembramo-nos dos peixes que comíamos de graça no Egito, dos pepinos, dos melões, das verduras, das cebolas e dos alhos! Agora estamos definhando, provados de tudo: nossos olhos nada vêem senão esse maná!” (Nm 11,4-6).
  • 71. ÊXODO 15,22-24 22  Moisés fez Israel partir do mar dos Juncos. Tomaram a direção do deserto de  Sur. Caminharam três dias pelo deserto sem achar água. 23 Chegando a Mara, não puderam beber a água de Mara, por ser amarga; por  isso deram ao lugar o nome de Mara, Amargura.  24  O povo murmurou contra Moisés, dizendo: “Que vamos beber?” 25 Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe indicou um tipo de planta que ele  jogou na água, e esta tornou‐se doce. Foi ali que Ele deu ao povo lei e estatuto  e os pôs à prova; 26 Depois ele disse: “Se de fato escutares a voz do Senhor teu Deus, se fizeres o  que é reto a seus olhos, se prestares atenção a seus mandamentos e  observares todas as suas leis, não te causarei nenhuma das enfermidades que  causei aos egípcios, pois eu sou o Senhor que te cura”.  27 Depois chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras;  eles acamparam ali perto da água. 
  • 72. CAMINHADA DO POVO DE ISRAEL AO LONGO DO DESERTO, EM DIREÇÃO À TERRA PROMETIDA
  • 73. REGIÃO ONDE FICAVA AS ÁGUAS DE MARA
  • 74. ÊXODO 16,1-4 1 Toda a comunidade dos israelitas partiu de Elim e chegou ao  deserto de Sin, entre Elim e o Sinai, no dia quinze do segundo mês  depois da saída do Egito.  2 Toda a comunidade dos israelitas pôs‐se a murmurar contra  Moisés e Aarão, no deserto,  3 dizendo‐lhes: “Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do  Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de  carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este  deserto? Para matar de fome toda esta gente?” 4 O Senhor disse a Moisés: “Eu farei chover do céu pão para vós.  Cada dia o povo deverá sair para recolher a porção diária. Assim  vou pô‐lo à prova, para ver se anda, ou não, segundo a minha lei. 
  • 76.
  • 78. ÊXODO 16,8-10 8 Moisés continuou: “De fato, esta tarde o Senhor vos dará carne para comerdes, e amanhã cedo pão com fartura,  quando tiver atendido as murmurações que fizestes  contra ele. Nós, porém, quem somos nós? Vossas  reclamações não são contra nós, mas contra o Senhor”.  9 Moisés disse a Aarão: “Dize a toda a comunidade dos  israelitas: Aproximai‐vos do Senhor, pois ele atendeu  vossas reclamações”.  10 Enquanto Aarão falava a toda a comunidade dos  israelitas, voltaram‐se estes para o deserto e viram  aparecer na nuvem a glória do Senhor.
  • 79. ÊXODO 16,11-15 11  O Senhor disse, então, a Moisés:  12 “Eu ouvi as murmurações dos israelitas. Dize‐lhes: Ao  anoitecer, comereis carne e amanhã cedo vos fartareis de pão.  Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus”.  13 Com efeito, à tarde veio um bando de codornizes que cobriu o  acampamento; e, pela manhã, formou‐se uma camada de  orvalho ao redor do acampamento.  14 Quando o orvalho evaporou, apareceram na superfície do  deserto pequenos flocos, como cristais de gelo sobre a terra.  15 Ao verem isso, os israelitas perguntavam uns aos outros: “Man hu?” (que significa: o que é isto?), pois não sabiam o que era.  Moisés lhes disse: “Isto é o pão que o Senhor vos dá para  comer. 
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  • 81. ÊXODO 16,16-19 16 Eis o que o Senhor vos mandou: Recolhei a quantia  que cada um de vós necessita para comer, um jarro † de quatro litros por pessoa; cada um recolherá de  acordo com o número de pessoas que moram em  sua tenda”.  17 Assim fizeram os israelitas. Uns recolheram mais,  outros menos. 18 Mas depois, ao medirem as quantias, não sobrava a  quem tinha recolhido mais, nem faltava a quem  tinha recolhido menos. Cada um recolhia o que  necessitava para comer.  19 Moisés lhes disse: “Ninguém guarde nada para  amanhã”.
  • 82. ÊXODO 16,21-24 21 Manhã por manhã, cada qual ajuntava o maná que ia  comer. Mas quando o sol esquentava, o maná se  derretia.  22 No sexto dia recolhiam dupla quantidade de alimento,  dois jarros de quatro litros por pessoa. Os chefes da  comunidade informaram a Moisés,  23 que lhes disse: “É precisamente isso que o Senhor  mandou: Amanhã é sábado, dia de repouso consagrado  ao Senhor. Assai o que quiserdes assar e cozinhai o que  quiserdes cozinhar, e o que sobrar fique como reserva  para amanhã”.  24 Eles separaram o maná para o dia seguinte, e ele não  apodreceu nem bichou. 
  • 83. ÊXODO 16,17-20 17 Assim fizeram os israelitas. Uns recolheram mais,  outros menos.  18 Mas depois, ao medirem as quantias, não sobrava a  quem tinha recolhido mais, nem faltava a quem  tinha recolhido menos. Cada um recolhia o que  necessitava para comer.  19 Moisés lhes disse: “Ninguém guarde nada para  amanhã”.  20 Alguns, porém, desobedeceram a Moisés e  guardaram o maná para o dia seguinte; mas ele  bichou e apodreceu. Moisés irritou‐se contra eles. 
  • 84. ÊXODO 16,21-24 21 Manhã por manhã, cada qual ajuntava o maná que ia  comer. Mas quando o sol esquentava, o maná se  derretia.  22 No sexto dia recolhiam dupla quantidade de alimento,  dois jarros † de quatro litros por pessoa. Os chefes da  comunidade informaram a Moisés,  23 que lhes disse: “É precisamente isso que o Senhor  mandou: Amanhã é sábado, dia de repouso consagrado  ao Senhor. Assai o que quiserdes assar e cozinhai o que  quiserdes cozinhar, e o que sobrar fique como reserva  para amanhã”.  24 Eles separaram o maná para o dia seguinte, e ele não  apodreceu nem bichou. 
  • 85. ÊXODO 16,25-28 25 Moisés disse: “Comei este maná hoje, pois hoje é sábado consagrado ao Senhor. Hoje não encontrareis  maná no descampado.  26 Ajuntareis maná durante seis dias e no sétimo, que é sábado, não encontrareis nada”.  27 No sétimo dia alguns saíram para recolhê‐lo, mas  nada encontraram.  28 E o Senhor disse a Moisés: “Até quando recusareis  guardar meus mandamentos e minhas leis? 
  • 86. ÊXODO 16,29-32 29 Considerai que foi o Senhor que vos instituiu o sábado. Por  isso, no sexto dia ele vos dá pão para dois dias. Cada um  fique no seu lugar e dali não saia no sétimo dia”.  30 Assim, no sétimo dia, o povo descansou.  31 Os israelitas deram a esse alimento o nome de maná. Era  branco como as sementes do coentro e tinha gosto de bolo  de mel.  32 Moisés disse: “O Senhor ordenou que se encha um jarro de  maná para guardá‐lo, a fim de que as gerações futuras  possam ver com que alimento vos sustentei no deserto,  quando vos fiz sair da terra do Egito”. 
  • 87. ÊXODO 16,33-36 33 Moisés disse a Aarão: “Toma um vaso, enche‐o com  um jarro de maná e deposita‐o diante do Senhor,  para que seja guardado para as gerações futuras”. 34 Como o Senhor tinha mandado a Moisés, Aarão  depositou o maná para que fosse guardado diante  do documento da aliança.  35 Os israelitas comeram maná durante quarenta anos,  até entrarem em terra habitada. Comeram maná até chegarem às fronteiras de Canaã.  36 (O jarro é a décima parte do efá.)
  • 88. ÊXODO 17,1-4 1 Toda a comunidade dos israelitas partiu do deserto de  Sin, seguindo as etapas indicadas pelo Senhor, e  acamparam em Rafidim. Mas ali não havia água para o  povo beber.  2 Então o povo pôs‐se a discutir com Moisés, dizendo:  “Dá‐nos água para beber!” Moisés respondeu‐lhes: “Por  que vos meteis a disputar comigo? Por que provais o  Senhor?” 3 Mas o povo, sedento de água, murmurava contra  Moisés e dizia: “Por que nos fizeste sair do Egito? Foi  para matar‐nos de sede junto com nossos filhos e  nossos rebanhos?” 4 Moisés clamou ao Senhor, dizendo: “Que vou fazer  com este povo? Por pouco não me apedrejam”. 
  • 89.
  • 90. ÊXODO 17,5-8 5 O Senhor disse a Moisés: “Passa à frente do povo e  leva contigo alguns anciãos de Israel. Pega a vara com  que feriste o rio Nilo e vai.  6 Eu estarei lá, diante de ti, sobre o rochedo, no monte  Horeb. Baterás no rochedo, e sairá água para o povo  beber”. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de  Israel.  7 Chamou o lugar com o nome de Massa e Meriba, Prova  e Discussão, porque ali os israelitas discutiram e  puseram à prova o Senhor, dizendo: “O Senhor está no  meio de nós, ou não?” 8 Então os amalecitas vieram combater contra os  israelitas em Rafidim.
  • 92. ÊXODO 17,8-11 8 Então os amalecitas vieram combater contra os  israelitas em Rafidim.  9 Moisés disse a Josué: “Escolhe alguns homens e sai para  combater contra os amalecitas. Amanhã estarei de pé no alto da colina com a vara de poder divino na mão”.  10 Josué fez o que Moisés lhe tinha mandado e atacou os  amalecitas, enquanto Moisés, Aarão e Hur subiram ao  topo da colina.  11 Enquanto mantinha a mão levantada, Israel vencia, mas  quando abaixava a mão, vencia Amalec.
  • 93. ÊXODO 17,12-16 12 Como as mãos de Moisés se tornassem pesadas, alguns  pegaram uma pedra e a colocaram debaixo dele para que se  sentasse. Aarão e Hur, um de cada lado, sustentavam‐lhe as  mãos. Assim as mãos ficaram firmes até o pôr do sol,  13 e Josué derrotou Amalec e sua gente a fio de espada.  14 O Senhor disse a Moisés: “Escreve isto para recordação num  livro e comunica a Josué que eu apagarei a lembrança de  Amalec debaixo do céu”.  15 Moisés ergueu um altar e deu‐lhe o nome “O Senhor é meu  estandarte”,  16 dizendo: “Levantou a mão contra o trono do Senhor, por isso  o Senhor estará em guerra contra Amalec, de geração em  geração”. 
  • 95. ÊXODO 18,1-5 1 Jetro, sacerdote de Madiã e sogro de Moisés, ouviu falar de tudo  quanto Deus tinha feito em favor de Moisés e de Israel, seu povo,  quando o Senhor fizera Israel sair do Egito.  2 Quando Moisés tinha mandado de volta Séfora, sua mulher,  Jetro, sogro de Moisés, a acolhera,  3 junto com os dois filhos. Um se chamava Gérson, porque Moisés  havia dito: “Tornei‐me hóspede em terra estrangeira”;  4 o outro se chamava Eliezer, pois Moisés havia dito: “O Deus de  meu pai veio em meu socorro e salvou‐me da espada do faraó”.  5 Acompanhado da mulher e dos filhos, Jetro, seu sogro, foi visitá‐ lo no deserto, onde Moisés estava acampado no monte de Deus. 
  • 97. ÊXODO 18,11-15 11 Agora sei que o Senhor se mostrou maior do que todos os  deuses, libertando o povo dos egípcios, quando agiram com  arrogância contra eles”. 12 Jetro, sogro de Moisés, ofereceu um holocausto e sacrifícios  a Deus. Aarão e todos os anciãos de Israel vieram comer com  ele na presença de Deus.  13 No dia seguinte Moisés sentou‐se para julgar as questões do  povo, e o povo ficou diante dele desde a manhã até a tarde.  14 Vendo tudo o que fazia pelo povo, o sogro de Moisés disse:  “Que estás fazendo com o povo? Por que apenas tu ficas aí sentado, com tanta gente parada diante de ti desde a manhã  até à tarde?” 15 Moisés respondeu ao sogro: “É que o povo vem a mim para  consultar a Deus. 
  • 98. ÊXODO 18,16-21 16 Quando têm alguma questão, vêm a mim para que decida e lhes  comunique os decretos e as leis de Deus”. 17 Mas o sogro de Moisés disse‐lhe: “Não está bem o que fazes.  18 Acabarás esgotado, tu e este povo que está contigo. É uma  tarefa acima de tuas forças. Não poderás executá‐la sozinho.  19 Agora escuta‐me: vou dar‐te um conselho, e que Deus esteja  contigo. Tu deves representar o povo diante de Deus e levar a  Deus os problemas.  20 Esclarece o povo a respeito dos decretos e das leis, e dá‐lhe a  conhecer o caminho a seguir e o que devem fazer.  21 Mas procura entre todo o povo homens de valor, que temem a  Deus, dignos de confiança e inimigos do suborno, e estabelece‐ os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. 
  • 99. ÊXODO 18,22-27 22 Eles julgarão o povo em casos cotidianos. A ti levarão as  questões de importância maior, decidindo eles mesmos as  menores. Assim eles repartirão contigo o peso e tu ficarás  aliviado.  23 Se assim procederes, serás capaz de manter‐te de pé quando  Deus te der ordens, e o povo poderá chegar em segurança a seu  destino”.  24 Moisés atendeu ao conselho do sogro e fez tudo o que ele disse.  25 Escolheu entre todo o povo homens de valor e colocou‐os à frente do povo como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de  dez.  26 Eles julgavam o povo em casos cotidianos. Levavam a Moisés as  questões mais graves, resolvendo eles mesmos as menores.  27 Moisés despediu‐se do sogro, e este voltou para sua terra. 
  • 100. SITES INTERESSANTES PARA COMPLETAR A CONFERÊNCIA http://www.youtube.com/watch?v=SgxE4TUrPx4 (História do Egito Antigo: 1a Parte) http://www.youtube.com/watch?v=widsgjI42jg&NR=1 (História do Egito Antigo: 2a Parte) http://www.youtube.com/watch?v=xADP4SD9dXA (Saída do povo de Israel do Egito)