COMO A SUA PESQUISA MUDARÁ O MUNDO NOS PRÓXIMOS 10 ANOS?
Resumos de apresentações dos professores da Área de Engenharia de Sistemas e Software (ENSISO) do Departamento de Estatística e Informática (DEINFO) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
3. Auxiliando no processo de análise e extração de
conhecimento biomédico e dando suporte ao diagnóstico
de tumores, cânceres e doenças raras
Andreza Leite
andreza.lba@gmail.com
“A Integração de dados é um desafio na área de genética clínica onde analistas precisam manipular
múltiplas fontes de dados heterogêneas sobre domínios biológicos e clínicos. Nossa pesquisa tem como
objetivo prover acesso unificado a essas diversas fontes de dados para dar suporte a variadas
decisões clínicas. Neste contexto, um trabalho vem sendo realizado para o projeto e implementação de
implementação de uma plataforma que permita a integração e o acesso unificado a fontes de dados
heterogêneas . Nesta apresentação detalharemos a arquitetura definida para a plataforma e alguns
resultados preliminares com um cenário de uso online, para processamento e anotação de variantes
clínicas. Esta plataforma utiliza os principais repositórios de dados públicos de genoma, tais como
OMIM, Clinvar, LOVD, ExAC6500, entre outros, e provê um serviço de acesso unificado aos dados,
auxiliando no processo de análise e extração de conhecimento biomédico e dando suporte ao
diagnóstico de tumores, cânceres e doenças raras.”
4. Aspectos Humanos e Métodos de Pesquisa Social
de Engenheiros e Equipes de Software
César França
cesar@franssa.com
“O manifesto ágil, há 15 anos, renovou o curso da história da engenharia de software ressaltando,
dentre outras coisas, que a interação entre pessoas é um elemento FUNDAMENTAL de um processo
de desenvolvimento. Antes disso, já havíamos descoberto que teorias e práticas de comportamento
comportamento organizacional largamente conhecidas não eram diretamente aplicáveis à realidade
das organizações de software, devido a especificidades da área. Por isso, venho trabalhando nos últimos
anos no desenvolvimento de teorias substantivas sobre ASPECTOS HUMANOS e SOCIAIS de
engenheiros de software NO TRABALHO. A pesquisa que venho conduzindo, embora tenha gerado
gerado tímidos impactos até o momento, vem ganhando significativa relevância. Nos próximos 10 anos,
ela deverá influenciar radicalmente nossa área, APRIMORANDO a forma como PESSOAS são
compreendidas; EQUIPES são coordenadas; SISTEMAS são projetados; e, principalmente, como
CONHECIMENTO CIENTIFICO é gerado, acumulado e evoluído na engenharia de software.”
5. Exploring power-dependence relationships in
software ecosystems
George Valença
georgevalenca@gmail.com
“Software firms have embraced coopetition by shifting to software ecosystems. Such complex and networked
environment is defined as a set of businesses functioning as a unit and interacting with a shared market for
software and services, together with the relationships among them. Firms co-evolve in a hub of local and/or
and/or global market by acquiring new skills, sharing features and clients, and dividing development costs. The
mutual dependence for survival and effectiveness generates a flow of power among parties in a software
ecosystem. Hence, these networks are not randomly structured; instead, they represent a power
distribution. For example, Microsoft smartly uses its sources of power to reinforce its strategic position and
and impose its choices over partners such as Apple. Power and dependence reflect the operation of an
ecosystem. Their in- depth analysis enables one to describe firms’ behaviour and discuss partners’ coordination.
For researchers, it is a useful lens to explore ecosystem relationships. Moreover, it is a valuable tool for firms to
have insights on how to evolve their participation and define sustainable governance strategies in the
ecosystem.”
6. Utilizando Dados Abertos Governamentais para
aumento da transparência e participação pública
Kellyton Brito
kellyton.brito@gmail.com
“Os conceitos de transparência datam do século XVIII, e tem sido tratadas formalmente desde a década
de 50, com o fortalecimento do "Right to Know" nos EUA. Desde aquela época é sabido que publicar
informações governamentais tem o potencial de aumentar a participação, a colaboração cidadã e a
7. Linguagens de Programação e o ensino de Ciência
da Computação
Leandro Marques do
Nascimento
leandro.marques@gmail.com
“Ciência da Computação tem tudo a ver como programação. Os conceitos fundamentais da área
subentendem a existência de máquinas programáveis, executando sequências de instruções
previamente definidas através de alguma linguagem. No entanto, o ensino de disciplinas
fundamentais da Ciência da Computação, como lógica e algoritmos, por exemplo normalmente
normalmente enfrenta desafios consideráveis, justamente porque o pensamento algorítmico não é
não é desenvolvido em fases anteriores ao ensino superior. Além disso, o uso de linguagens de
programação é muitas vezes visto como um conhecimento difícil de ser alcançado plenamente. Para
amenizar os problemas enfrentados no ensino de lógica e programação, propõe-se a criação e uso de
linguagens mais simples, normalmente descritivas, e específicas de um determinado domínio do
conhecimento. As chamadas Domain-Specific Languages (DSLs) podem ajudar no ensino de
programação, lógica e até disciplinas mais técnicas, como compiladores, para criação de novas
novas linguagens.”
8. Desenvolvimento de abordagens de verificação
baseadas em métodos formais
Lucas Albertins
lucas.albertins@gmail.com
“O aumento da complexidade dos sistemas tem levado a um aumento na dificuldade projetá-los. A
abordagem padrão para desenvolvimento, baseada em tentativa e erro, ou somente com testes não
têm se mostrado suficientes. Verificação e Validação (V&V) com antecedência é reconhecida como
como uma abordagem valiosa para promover confiança. Neste contexto, abordagens formais de
verificação têm se provado bastante efetivas em fornecer maior confiabilidade para o projeto de
sistemas. No entanto, o uso destas técnicas é bastante custoso devido a alta complexidade em lidar
com notações e técnicas contra-intuitivas. Assim, esta pesquisa busca prover mecanismos que
abstraiam esta dificuldade fazendo com que os interessados projetem sistemas da forma usual, mas
que especificações formais possam ser extraídas de forma automática. Isto possibilita o uso de
estratégias de raciocínio mais rigorosas, como também promove o uso de métodos formais para
para prover sistemas mais seguros.”
9. Gerenciamento das Incertezas em Projetos de
Softwares Inovadores
Marcelo Marinho
marcelo.marinho@ufrpe.br
“A minha pesquisa pode mudar a forma como os projetos inovadores de softwares serão gerenciados.
Diversas abordagens de gerenciamento de projetos não consideram o impacto que as incertezas
têm na gestão do projeto. O gerente de projeto enfrenta um dilema: as decisões devem ser feitas
feitas agora sobre situações futuras, que são inerentemente incertas. Incerteza em projetos é o
fenômeno decorrente das limitações em perceber sinais que possam interferir no sucesso de um
projeto. Esta dificuldade pode ser gerada pela falta de experiência, ausência de informações suficientes,
habilidade perceptiva ou mesmo mentalidade das pessoas envolvidas no projeto. A gestão de incerteza
é uma mentalidade, que enfatiza de forma pró-ativa e reflexiva de como lidar com o desconhecido.
10. Mantendo uma sintonia com o cliente para produzir
cada vez mais inovação no mundo
Marcos Cardoso
marcos.cardoso@gmail.com
“O comportamento inovador é definido como a geração intencional de um empregado, promovendo e
implementando de novas ideias, produtos, processos e procedimentos dentro de um grupo de trabalho
ou uma organização. Os clientes desempenham um papel importante no comportamento inovador
nas organizações, uma vez que tal inovação deve atendê-los. Em pesquisa recente, foram encontrados
encontrados seis arquétipos de clientes que afetam o comportamento inovador dos engenheiros de
software de diferentes maneiras. A pesquisa, ainda em desenvolvimento, pretende preencher algumas
lacunas: (1) Preenchimento da lacuna sobre características de clientes na engenharia de software; (2)
Reforço da importância do antecedente cliente para o comportamento inovador; (3) Identificação dos
clientes através de suas características, prevendo seus impactos na equipe de desenvolvimento e no
aparecimento do comportamento inovador; (4) Auxílio na montagem de um time de desenvolvimento
de software dependendo do perfil do cliente.”
11. Aplicação de abordagens inovadoras na resolução
de problemas de pesquisa em áreas de interesse
Ricardo André Cavalcante
de Souza
ricardo.souza@ufrpe.br
“A busca pela inovação em geral envolve os seguintes aspectos: centrar no ser humano; resolução
criativa de problemas; alinhamento com estratégias e objetivos de negócio; descoberta e atendimento
a demandas latentes; experimentação ativa; e tecnologia como meio. O objetivo do trabalho é aplicar e
avaliar abordagens inovadoras em problemas de pesquisa das seguintes áreas de interesse: processo
processo de software, governança de TI, gestão de produto de software, gestão do conhecimento e
processos/soluções educacionais. O trabalho de pesquisa será executado por meio de disciplinas de
graduação/pós-graduação e orientação de trabalhos acadêmicos de graduação e pós-graduação. ”
12. Deep Natural Language Processing
Rinaldo Lima
rjlima01@gmail.com
“O Processamento de Linguagem Natural (PLN) é uma subárea da Linguística Computacional que
realiza a análise da linguagem humana, e baseia-se principalmente em técnicas de Machine Learning
para a construção de modelos computacionais da linguagem humana, seja falada ou escrita. Técnicas
Técnicas em PLN realizam a análise em várias etapas refletindo as distintas teorias linguísticas de
sintaxe, semântica e pragmática. Muito já se avançou na análise sintática e, parcialmente na semântica,
o que permitiu o surgimento de subárea de Text Mining ou Text Analitics. Porém, a análise pramática e
de discurso ainda é um problema de pesquisa em aberto. Para a próxima década, espera-se que haja
importantes descobertas de técnicas de Deep NLP eficientes que tornem viável o desenvolvimento de
aplicações complexas e mude radicalmente a forma como nós humanos iremos interagir com os
computadores. Tais avanços possibilitarão, entre outras, a sumarização de textos e a tradução
automática com alto nível de acurácia.”
13. Combinação de testes e métodos formais
Sidney
sidney.ufrpe@gmail.com
“Dependemos muito de software: desde o sistema de frente de caixa em uma farmácia até o sistema de
controle de navegação de um avião. Considerando o papel fundamental que software tem, já se
perguntou quais garantias temos hoje sobre o correto funcionamento de um software? Na maior
maior parte dos sistemas o que sabemos é que o software passou/falhou em um conjunto de testes, e
que existem defeitos (bugs) que serão revelados com o tempo já que não conseguimos executar todos
os testes possíveis. Métodos formais consistem na aplicação de ferramentas e conceitos matemáticos
para construção de software com garantias sobre suas propriedades considerando o seu modelo formal.
Devido ao alto custo, são apenas utilizados em contextos onde erros podem causar perdas de vida.
Seria possível combinar as garantias dos métodos formais com a praticidade de executar testes?
testes? Esta palestra apresenta como temos trabalhado na combinação do uso de métodos formais e
formais e testes e quais as perspectivas para o futuro.”
14. Como preparar empresas em e para tempos de
crise
Suzana Cândido de
Barros Sampaio
suzana.sampaio@gmail.com
“Meu nome é Suzana Sampaio e com minha pesquisa eu ajudo Micro e Pequenas Empresas (MPE), que
representam 93% de empresas do mercado de TI, a buscar alternativas para superar os desafios na
gestão de projeto em ambientes complexos utilizando premissas oriundas da gestão ágil de projetos,
projetos, alinhadas a melhores práticas de qualidade. Entender como os membros da equipe do projeto
reagem à rotina diária, aos problemas, ao contexto, a cultura organizacional e todo o fenômeno da
realidade dos projetos é o que motiva minha pesquisa para elevar a qualidade das empresas e para
que possam sobreviver a essa crise e as próximas crises que elas venham a passar. Já foram, nos
nos últimos 5 anos, cerca de 20 empresas que mudaram sua forma de gerenciar seus projetos usando
artefatos de minha pesquisa. Minha contribuição, portanto, para mudar o mundo nos próximos 10 anos
será mudar cada pequeno mundo que representa a realidade de cada MPE no Brasil de forma que
possam ser mais organizadas e competitivas.”
15. Em busca de uma inovação significativa em
educação além do hype tecnológico
Taciana Pontual Falcão
tacianapontual@gmail.com
“Mais de 30 anos depois do surgimento da linguagem de programação para crianças LOGO, o
pensamento computacional tem sido considerado uma habilidade fundamental na sociedade
contemporânea, levando vários países a introduzirem noções de computação na educação básica.
básica. Paralelamente, a quantidade de artefatos digitais com propósitos educacionais cresce a cada
dia, desde jogos e robôs para ensinar lógica de programação para crianças, até interfaces tangíveis
baseadas em interação e cognição corporificada e aprendizagem por descoberta. A constante inovação
dos artefatos educacionais aumenta a importância da área de interação humano-computador, que
busca garantir simplicidade, eficácia, fluidez e acessibilidade. Porém, os métodos educacionais
mantêm-se presos a um modelo antigo. A pesquisa em Informática na Educação segue em busca de
descobertas que guiem projeto e uso desses artefatos em benefício de uma aprendizagem mais
mais alinhada com os nativos digitais.”
16. Social Machines: a paradigm shift to boost our
Web-like existence in the world
Vanilson Burégio
vanilson@gmail.com
“The emerging theory on social machines (SM) refers to systems that combine social processes with
machine-based computation. SMs as a paradigm is in their infancy, experiencing a number of new
new emerging trends and visions. The expansion of SM research has meaningful implications on what
kinds of building blocks are deemed necessary for developing software. As this paradigm matures, we
expect that any entity - be it software, person, or object - can be easily [re]used as a building block in the
engineering of systems at different scales. Such blocks will be the future programmable computing
units capable of socially connecting with each other, making relationships and determining different
different levels of interactions. For the next decade, defining a common and coherent conceptual basis
for understanding SMs is not only a potential step for a paradigm shift in the software engineering field,
but also a key factor that, in more than one sense, will boost ourWeb-like existence in the world.”
17. 01 de Outubro de 2016
Auditório do SOFTEX/ITBC
R. daGuia, 142 - Recife Antigo, Recife, PE,
50030-120