Este documento resume a metodologia ágil conhecida como Família Crystal, desenvolvida por Alistair Cockburn na década de 90. A Família Crystal é dividida em diferentes metodologias representadas por cores, sendo que a Crystal Clear é usada para projetos menores e a Crystal Orange para projetos de médio porte. Ambas as metodologias compartilham princípios como trabalho face a face, entregas frequentes e foco na comunicação.
Trabalho desenvolvido para a disciplina de Engenharia de Software Ágil do curso de Pós-graduação em Engenharia de Software Centrada em Métodos Ágeis do Centro Universitário UNA.
Abstract
Crystal family is a group of methodologies created by Alistair Cockburn. The methodology has approach to people management. As Crystal Family is very sensitive to human factors, it is not purposely completely defined, been necessary to adapt it to each project. To chose which method use, we should consider the number of people and the criticality of the project. Crystal Clear is a Crystal's family member, and was done to projects with two to eight people, sitting in the same room or near offices, so all people can easily communicate with each other.
Resumo
A Família Crystal é um conjunto de metodologias criada por Alistair Cockburn. A metodologia possui uma abordagem voltada à gestão de pessoas. Como Crystal Family é muito sensível a fatores humanos, ela não é, propositalmente, completamente definida, devendo se adaptar a cada projeto. Para a escolha de qual metodologia usar deve-se considerar o número de pessoas e a criticidade do projeto. Crystal Clear é membro da família Crystal, e é voltada para projetos com duas a oito pessoas, sentadas na mesma sala ou escritórios próximos, de forma que todas as pessoas possam se comunicar facilmente.
Trabalho de Crystal Clear apresentado na Pós Graduação de Engenharia de Software Centrada em Métodos Ágeis em 2013.
A Família Crystal é um conjunto de metodologias criada por Alistair Cockburn. A
metodologia possui uma abordagem voltada à gestão de pessoas. Como Crystal Family
é muito sensível a fatores humanos, ela não é, propositalmente, completamente
definida, devendo se adaptar a cada projeto. Para a escolha de qual metodologia usar
deve-se considerar o número de pessoas e a criticidade do projeto. Crystal Clear é
membro da família Crystal, e é voltada para projetos com duas a oito pessoas, sentadas
na mesma sala ou escritórios próximos, de forma que todas as pessoas possam se
comunicar facilmente.
Trabalho desenvolvido para a disciplina de Engenharia de Software Ágil do curso de Pós-graduação em Engenharia de Software Centrada em Métodos Ágeis do Centro Universitário UNA.
Abstract
Crystal family is a group of methodologies created by Alistair Cockburn. The methodology has approach to people management. As Crystal Family is very sensitive to human factors, it is not purposely completely defined, been necessary to adapt it to each project. To chose which method use, we should consider the number of people and the criticality of the project. Crystal Clear is a Crystal's family member, and was done to projects with two to eight people, sitting in the same room or near offices, so all people can easily communicate with each other.
Resumo
A Família Crystal é um conjunto de metodologias criada por Alistair Cockburn. A metodologia possui uma abordagem voltada à gestão de pessoas. Como Crystal Family é muito sensível a fatores humanos, ela não é, propositalmente, completamente definida, devendo se adaptar a cada projeto. Para a escolha de qual metodologia usar deve-se considerar o número de pessoas e a criticidade do projeto. Crystal Clear é membro da família Crystal, e é voltada para projetos com duas a oito pessoas, sentadas na mesma sala ou escritórios próximos, de forma que todas as pessoas possam se comunicar facilmente.
Trabalho de Crystal Clear apresentado na Pós Graduação de Engenharia de Software Centrada em Métodos Ágeis em 2013.
A Família Crystal é um conjunto de metodologias criada por Alistair Cockburn. A
metodologia possui uma abordagem voltada à gestão de pessoas. Como Crystal Family
é muito sensível a fatores humanos, ela não é, propositalmente, completamente
definida, devendo se adaptar a cada projeto. Para a escolha de qual metodologia usar
deve-se considerar o número de pessoas e a criticidade do projeto. Crystal Clear é
membro da família Crystal, e é voltada para projetos com duas a oito pessoas, sentadas
na mesma sala ou escritórios próximos, de forma que todas as pessoas possam se
comunicar facilmente.
SRE-iously: Defining the Principles, Habits, and Practices of Site Reliabilit...New Relic
No matter how you define it, the Site Reliability Engineer (SRE) role is clearly expanding into more and more companies. To be effective in this new role, SREs must possess a depth of understanding of how different systems work together, how they fail, how they can be improved, and how they can best be designed and monitored.
Não fui eu que fiz o slide mas o considero muito útil. Ele foi apresentado a mim no técnico. O autor do slide pertence a Deisymar Botega, uma material adaptado de um texto escrito pelo Prof. Marcelo Balbino.
Engenharia de Software Pressman Engenharia de Software Pressman Engenharia de Software Pressman Engenharia de Software Pressman Engenharia de Software Pressman Engenharia de Software Pressman Engenharia de Software Pressman Engenharia de Software Pressman Engenharia de Software Pressman
Esta apresentação discute e fornece informação sobre o Ciclo de Requisitos de Software, indo da elicitação até a especificação de requisitos de software.
É abordado as principais técnicas, ferramentas e melhores práticas para desenvolvimento da especificação de requisitos.
Cloud Native Engineering with SRE and GitOpsWeaveworks
Site reliability engineering (SRE), a model championed by Google, is a software engineering approach to IT operations. For companies striving to become cloud native and adopting modern tools such as Kubernetes, SRE best practices are crucial for success.
In this webinar, Brice, one of our seasoned Customer Reliability Engineers will show how to design a fail-proof Kubernetes platform using tried and tested SRE and GitOps methods.
He will share best practices on:
Increasing performance and ensuring scalability
Managing incident responses through disaster recovery
Designing for High Availability in Kubernetes
Achieving 360 visibility and alerts for your platform
SRE-iously: Defining the Principles, Habits, and Practices of Site Reliabilit...New Relic
No matter how you define it, the Site Reliability Engineer (SRE) role is clearly expanding into more and more companies. To be effective in this new role, SREs must possess a depth of understanding of how different systems work together, how they fail, how they can be improved, and how they can best be designed and monitored.
Não fui eu que fiz o slide mas o considero muito útil. Ele foi apresentado a mim no técnico. O autor do slide pertence a Deisymar Botega, uma material adaptado de um texto escrito pelo Prof. Marcelo Balbino.
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Esta apresentação discute e fornece informação sobre o Ciclo de Requisitos de Software, indo da elicitação até a especificação de requisitos de software.
É abordado as principais técnicas, ferramentas e melhores práticas para desenvolvimento da especificação de requisitos.
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Autores: Paula L O Libardi,
Vladimir Barbosa
Orientador: Prof. Dr. Marcos A Francisco
Borges
Mais conteúdo sobre desenvolvimento ágil: http://goo.gl/NzYcEi
Este artigo relata como foi abordada a metodologia ágil SCRUM, durante a elaboração de um software, apresentado como resultado de um TCC para obtenção do título de bacharel em Sistemas de Informação.
O principal objetivo deste artigo é apresentar uma visão abrangente das metodologias ágeis, com ênfase em princípios, valores e práticas do eXtreme Programming.
Wildt,D. ; Lacerda, G. Conhecendo o eXtreme Programming (XP). In: Coletânea dos Trabalhos de CMP-102 - Engenharia de Software 2010, PPGC-UFRGS, 31 pp, disponível em http://www.slideshare.net/dwildt/conhecendo-o-extreme-programming
Caso você se interesse em um livro relacionado a este assunto, olhe o livro que escrevemos sobre eXtreme Programming:
https://www.casadocodigo.com.br/products/livro-xp-extreme-programming
Este artigo analisa as metodologias híbridas de desenvolvimento de software baseadas em publicações de autores que já contribuíram com a comunidade científica e acadêmica através de pesquisas e estudos de casos abordando o tema. Primeiramente, aborda-se uma série de acontecimentos, em ordem cronológica, que vão desde as primeiras soluções pensadas para fazer frente à crise de software até o surgimento dos métodos híbridos. Em seguida, são detalhadas algumas metodologias mais conhecidas, tanto tradicionais, quanto ágeis. Feito isso o uso dos paradigmas híbridos é descrito, e por fim, o trabalho é concluído com a análise dos trabalhos analisados.
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Artigo que fala um pouco sobre gestão de softwares em equipes ágeis com utilização de métricas e indicadores como ferramenta de apoio e de tomada de decisão. Desenvolvido sobre um micro-processo simples de desenvolvimento de software.
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1. METODOLOGIA ÁGIL: Família
Crystal de Cockburn
Vanessa Finoto
Faculdade de Tecnologia de Jales
Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza
Jales - SP, Brasil
vanessa.finoto@fatec.sp.gov.br
Luiz Roberto Reinoso
Faculdade de Tecnologia de Jales
Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza
Jales - SP, Brasil
luiz.reinoso@fatec.sp.gov.br
RESUMO
Metodologias Ágeis são conjuntos de ferramentas de gestão que vem sendo cada
vez mais utilizadas no desenvolvimento de sistemas. Uma dessas metodologias é a
família Crystal, desenvolvida no final da década de 90 por Alistair Cockburn. Ele
percebeu através de suas pesquisas a necessidade de uma metodologia para o
desenvolvimento de softwares de forma otimizada explorando de forma frequente as
características especificas de cada membro que estão inseridos na equipe. O
objetivo principal desse artigo é conhecer um pouco sobre como funciona a família
Crystal. Ao decorrer do trabalho conheceremos a história, as características
marcantes e a importância das cores, da criticidade e o valor das pessoas nessa
metodologia.
Palavras chaves: Crystal. Família. Metodologia
1. INTRODUÇÃO
A computação surgiu nos anos 40, e os maiores investimentos naquela
época eram voltados a hardware (MARQUES, 2012). No início dos anos 50, passou-
se a ter o domínio da tecnologia de hardware e então os investimentos se voltaram
ao desenvolvimento dos sistemas operacionais possibilitando o surgimento das
primeiras linguagens de programação (LEITÂO, 2010).
Com o desenvolvimento dessas duas importantes tecnologias foi necessário
criar sistemas mais complexos e maiores, então se iniciou a “crise do software”
(MARQUES, 2012). Em 1968 foi realizada uma conferência pelo Comitê de Ciência
da NATO (North Atlantic Treaty Organization) com o nome “Engenharia de Software”
(EING, 2003). Nessa conferência foi discutido sobre a existência de uma real crise,
2. onde constatou-se problemas em relação aos projetos e aos programas (COSTA,
2012).
E foi a partir deste cenário que passou a se desenvolver os processos e
metodologias de desenvolvimento de software (DIAS, 2005). Um dos primeiros
processos surgiu em 1970 que ficou conhecido como processo em cascata que
possuía sete fases e uma só poderia ser iniciada após o término da anterior, porém
esse modelo trazia alguns transtornos em relação à mudança nas etapas anteriores
(EING, 2003). Dez anos depois esse modelo foi substituído pelo espiral (COSTA,
2012).
Os conceitos relacionados a metodologias ágeis de software surgiram na
década de 90, antes os métodos eram considerados pesados com documentação e
regulamentações burocráticas, portanto apenas grandes empresas utilizavam
(SBROCO; MACEDO, 2012).
Considerando os avanços da tecnologia pequenas e medias empresas
automatizaram os seus processos. Novos sistemas surgiram com alto grau de
complexidade causando problemas relacionados ao uso das metodologias
tradicionais principalmente em relação ao tamanho do projeto e a quantidade de
pessoas envolvidas (SBROCO; MACEDO, 2012).
Então Alistair Cockburn criou uma família de metodologias ágeis conhecida
como Crystal em 1998 (NASCIMENTO, 2008). Advinda de uma necessidade
observada por ele quando trabalhava na IBM. Durante sua passagem dedicou-se a
pesquisar várias equipes que compunham a empresa e observou que as
metodologias usadas eram robustas e sempre fracassavam ao termino do projeto
(SOUZA; RIBEIRO; SOUZA, 2013).
A família Crystal se baseia na gestão de pessoas com o foco na interação,
habilidades, talentos e comunicação (FILHO, 2011). De acordo com Cockburn
(2004) as pessoas que fazem parte de uma equipe possuem diferentes talentos e
habilidades, sendo um diferencial durante o desenvolvimento de um projeto,
principalmente se considerarmos que uma empresa de software pode trabalhar com
projetos nas mais diferentes áreas de atuação (SBROCO; MACEDO, 2012).
Para uma melhor compreensão a família foi dividida em cores. A Crystal
sugere que seja escolhida uma cor apropriada para cada projeto, de acordo com o
nível de criticidade e o tamanho da equipe (JUNIOR, 2008). De acordo com Santos
3. (2007), a criticidade é dividida em quatro níveis: Conforto (C), Baixo Custo (D), Alto
Custo (E) e Risco de Vida (L).
De acordo com Sbroco e Macedo (2012), quanto mais escura a cor mais
crítico é o sistema. Projetos menores com cores claras como Clear e Yellow
envolvem poucos desenvolvedores e, no caso de problemas, o prejuízo tende a ser
menor. Já os projetos maiores ou de segurança crítica como Orange e Red
normalmente possuem mais profissionais, contudo a perda é maior, podendo colocar
a vida de pessoas em risco (JUNIOR, 2008) como podemos observar na Figura 1.
Figura 1 – Métodos Crystal e suas dimensões.
Fonte: ABRAHAMSSON et al., 2002.
Apesar de existir diversas metodologias diferentes na mesma família, todas
possuem algumas características em comum, como, por exemplo, a abordagem
iterativa, a ênfase na comunicação e na cooperação entre a equipe (COCKBURN,
2004). As metodologias desenvolvidas e utilizadas até hoje são a Crystal Clear e a
Crystal Orange (SANTOS, 2007) que serão discutidas no processo tópico. O
presente trabalho possui como objetivo estudar detalhadamente os conceitos e as
características básicas da família de metodologias Crystal.
2. CARACTERÍSTICAS
A família Crystal é considerada uma metodologia leve com um código
genético comum, que foi criada para atender vários tipos de projetos e equipes que
4. necessitam de táticas para resolver diversos problemas (MARQUES, 2012). È
importante ressaltar que não há “uma“ metodologia Crystal. Existem diferentes tipos
de metodologias Crystal para diferentes tipos de projeto (SINÉSIO; CORREIA;
SILVA, 2012).
Para Cockburn (2004) a metodologia não é tão importante, pois a ideia
central é que cada empresa consiga definir as tarefas que lhes forem mais
suscetíveis ao projeto em desenvolvimento. Para isso Cockburn (2004) desenvolveu
alguns princípios característicos que pode ser compartilhado entres os membros da
família que são:
Trabalho face a face: É o envolvimento do cliente em todas as
decisões do desenvolvimento do projeto, tornando mais produtivo e passando
confiabilidade para o consumidor. É também a comunicação que surge naturalmente
entre os desenvolvedores, que conseguem captar as partes relevantes de todo o
processo, como se estivessem pegando a informação por osmose.
Peso significa custo: O projeto deve evitar coisas complexas que
provavelmente o usuário final não vai utilizar, pois quanto mais complicado o
software maior será o custo e o tempo de entrega.
Metodologia Diferenciada: Nem todos os projetos são iguais, cada
um tem o seu diferencial, seja pela sua complexidade, pela quantidade de pessoas
envolvidas ou área de atuação, por isso é necessária uma metodologia correta de
acordo com o projeto que será desenvolvido.
Mais cerimônia mais criticidade: Pode não ser possível eliminar
todos os produtos intermediários relacionados ao trabalho, porém, eles podem ser
reduzidos na medida em que a equipe possui vias de comunicação próximas e
informais, sendo que, quanto maior a troca de experiências entre a equipe, menor
será a necessidade de documentação.
Comunicação eficiente: Melhor existir uma comunicação eficiente
entre cliente e o desenvolvedor do que entregar um produto que não funciona.
Habilidade: Capacidade de trabalhar e lidar com pessoas de diferentes
personalidades no mesmo projeto.
Entrega frequente: A propriedade mais importante de qualquer projeto
é o de garantir entrega funcional e código testado a cada poucos meses.
5. Segurança Pessoal: A Segurança Pessoal se refere a possibilidade
de dizer quando algo está incomodando, sem medo de represálias. Exemplos disso
seria dizer ao gerente que o cronograma não está bem feito.
Foco: Essa propriedade destaca que a equipe precisa de tranquilidade
para trabalhar na tarefa que lhes foi passada. E essa tranquilidade vem de um
ambiente onde as pessoas não são tiradas de sua tarefa para atuar em outras
coisas incompatíveis.
Eficiência: A metodologia destaca que os gargalos devem ser
encontrados e que não adianta a equipe tentar otimizar o que não é um gargalo,
pois, isso não vai melhorar o projeto como um todo.
A Crystal possui como característica diferencial o ciclo de vida, que é
baseado em integrações, onde tudo deve funcionar como um relógio (SBROCO;
MACEDO, 2012). Sendo que cada projeto deve liberar as versões do software de
um a quatro meses. Após cada iteração são feitas reflexões sobre possíveis
melhorias.
Uma equipe que segue fielmente a filosofia e os princípios pode obter
resultados incríveis. Na Figura 2 podemos observar um modelo do ciclo de vida que
considera o desenvolvimento de um software de alta qualidade.
Figura 2 – Ciclo de vida da família de metodologias Crystal.
Fonte: (ABRAHAMSSON et al., 2002).
6. De acordo com Cockburn (2004) o ciclo de vida desta família de metodologias é
baseado nas seguintes práticas:
Encenação: Plano do próximo incremento do sistema. Os desenvolvedores
selecionam os requisitos que serão criados e o prazo para sua entrega;
Edição e revisão: Construção, demonstração e revisão dos objetivos do
incremento;
Monitoramento do Processo: O método é monitorado com relação ao
avanço e estabilidade da equipe. É medido em marcos e em estágios de
permanência;
Paralelismo e fluxo: No Crystal laranja, as diferentes equipes podem operar
com máximo paralelismo. Isso é permitido através do monitoramento da
estabilidade e da sincronização entre as equipes;
Inspeções de usuários: são sugeridas duas a três inspeções feitas por
usuários a cada incremento;
Workshops refletivos: são reuniões que ocorrem antes e depois de cada
iteração com objetivo de analisar o progresso do projeto.
Produtos de Trabalho: sequência de lançamento, modelos de objetos
comuns, manual do usuário, casos de teste e migração de código.
Padrões: padrões de notação, convenções de produto, formatação e
qualidade usadas no projeto.
Ferramentas: ferramentas mínimas utilizadas.
Além do ciclo vida Cockburn (2004) descreve no seu livro Crystal Clear
sobre a importância do modelo de jogo econômico-cooperativo, que é o
desenvolvimento de software em uma série de "jogos" cujos movimentos consistem
basicamente em invenção e comunicação.
Cada jogo tem dois objetivos conflitantes: entrega de software funcional e
preparação para a próxima etapa do jogo (MARQUES, 2012). O jogo nunca se
repete, de modo que cada projeto exige estratégias ligeiramente diferentes de todos
os jogos anteriores (SINÉSIO; CORREIA; SILVA, 2012).
7. O modelo de jogo econômico-cooperativo leva as pessoas a pensarem
sobre seu trabalho em um projeto de uma forma muito específica, focada e eficaz
(COCKBURN, 2004).
2.1 OS PAPÉIS E RESPONSABILIDADE DA CRYSTAL CLEAR E ORANGE
Como foi descrito na introdução a família Crystal é dividida em cores. Sendo
que cada cor representa uma metodologia. Atualmente somente dois membros da
família são utilizados a Crystal Clear, Crystal Orange (SINÉSIO; CORREIA; SILVA,
2012).
O método Crystal Clear é destinado a projetos pequenos incluindo até seis
desenvolvedores, porém, com extensão que pode chegar á doze pessoa
trabalhando no mesmo grupo (SANTOS, 2007). Uma equipe usando essa
metodologia pode ser localizada em um ambiente de trabalho compartilhado, devido
às limitações em sua estrutura de comunicação (COCKBURN, 2004). O seu risco de
criticidade é classificado com D (baixo custo). As especificações e o projeto são
feitos informalmente, através de esboços e anotações (MARQUES, 2012). O Crystal
Clear possui quatro papeis principais que estão descritos no Quadro 1.
Quadro 1 — Papéis e Responsabilidade do método Crystal Clear
Fonte: (ABRAHAMSSON et al., 2002).
O método Crystal Orange abrange projetos de médio porte, com até 40
colaboradores. Os trabalhos são divididos em times multifuncionais diversos que são
organizadas de acordo com as responsabilidades adotadas (LEITÂO, 2010).
Uma das características presentes na metodologia é considerar o tempo de
mercado, ou seja, estar sempre pronta para adaptações, de forma a dar suporte às
equipes em uma mudança de mercado, sem perder a funcionalidade do projeto.
8. Cada incremento gerado tem duração de dois a quatro meses e o ciclo de total do
projeto dura de um a dois anos (MARQUES, 2012).
Em uma metodologia baseada em pessoas, invés de processos, os papéis,
e suas respectivas responsabilidades são aspectos muito importantes no Orange
(SINÉSIO; CORREIA; SILVA, 2012). Tanto a Crystal Clear quanto a Crystal Orange
possuem diversos papéis em comum (COCKBURN, 2004). É claro que, sendo uma
metodologia mais pesada, é natural que a Crystal Orange possua mais papéis como
observado no Quadro 2.
Quadro 2 — Papéis e Responsabilidade do método Crystal Clear
Fonte: (ABRAHAMSSON et al., 2002).
3. EXEMPLOS PRÁTICOS
Projeto Fictício para a empresa WebCell – Comercialização de
Celulares
A empresa deseja criar um sistema para Internet para comercializar seus
celulares, assim como proporcionar aos usuários satisfação em seus propósitos de
negócios com site. Para captar os requisitos, a metodologia sugere uma entrevista e
um questionário em forma de briefing com perguntas-chave sobre o projeto a ser
9. desenvolvido. O quadro a seguir apresenta um modelo de como isso pode ser
registrado:
Briefing entrevista/questionário
Quadro 3 – Questionário realizado na empresa WebCell
Briefing para projeto web
Projeto: Comérciode celularesnaWeb – WebCell.
Analista/gerente
responsável:
Maria Luísa e FlávioMacedo.
Data - Fevereiro 2016
O que o site pretende vender? Relacionar os serviços oferecidos.
A princípiocomercializarcelulares,permitirque osinternautascadastremsuacontapara comprar
no site. Alémde fazera divulgaçãodosprodutosatravésde imagense vídeosparatornar o processo
de vendamaisintuitivo.
Vantagens/Desvantagens sobre os concorrentes.
A principal vantagemé apossibilidadede adquirircelularescompreçosde fábrica,poiscomprando
pelosite,podemosoferecerumaentregamaisdireta.Umaoutra vantagemé filmar oscelularesem
funcionamentodandodetalhesparaquemestáinteressado.
Parceiros ou referências de sites (outras empresas do grupo).
O site deveráconterumalistade todosos fabricantesde celularesNacionaise importadoscomque
trabalhame seus linksde acesso.
Objetivos a serem alcançados.
Apresentarumwebsite completoe comele ampliarasvendasque hoje se restringemaoestadode
São Paulo.
Público-alvo.
Todosos públicos,principalmente osinteressadosemcomprarcelulares.
Conteúdo do site (relação inicial das páginas).
Home,contato,Área do Usuário,ofertas,Suporte,celulares, acessórios,maisprodutose
comunidade.
Ferramentas de marketing utilizadas atualmente (relacionar outdoor, comerciais etc.).
Outdooremcidades,panfletagem,anúnciosnosjornaise revistasdacapital.
Tempo para desenvolvimento sugerido pela empresa (urgência).
Um ano (negociável).
Fonte: Elaborado pelos autores.
10. Documento de Requisitos
Depois de receber o briefing devidamente respondido, é possível dar início a
documentação que relaciona os requisitos do sistema e suas funcionalidades
(MARQUES, 2012). Para garantir o correto regimento do documento serão
necessárias outras reuniões. A metodologia Crystal possibilita isso para definir
claramente o que se pretende (SBROCO; MACEDO, 2012).
Visões do usuário
A cada fase e cada documento, o usuário principal está envolvido e deve
valida-los, dando um feedback sobre o assunto. O usuário deve solicitar
modificações e alterações de possíveis equívocos se for necessário (MARQUES,
2012). O gerente de projeto pode solicitar, por meio de documento assinaturas do
usuário e do patrocinador do projeto, concordando com os requisitos solicitados.
Modelagem
Com o documento de requisitos em mãos, é então realizada a sua
modelagem, utilizando, no mínimo, os seguintes diagramas da UML: diagrama de
casos de uso, diagrama de atividades ou sequência e diagrama de classes. Esses
diagramas devem ser explicados ao usuário e validados por ele (SBROCO;
MACEDO, 2012).
Design de projeto
Um conjunto de interfaces deve ser criado com base nos questionamentos
do briefing, bem como a solicitação de cores, fontes e estilos feitas pelos
stakeholders.
Sequências de Releases
Após a modelagem dos requisitos e a escolha de telas, o coordenador de
projeto cria um modelo de prioridades junto com usuário e decide as
11. funcionalidades, recursos e data previstas para a entrega entre os desenvolvedores
(NASCIMENTO, 2008). Os programadores então passam a saber as datas previstas
para a entrega das funcionalidades e começam a codificação. Em cada iteração os
resultados são coletados e analisados para fases subsequentes, sempre levando em
conta que a Crystal Clear exige o mínimo de duas entregas de funcionalidades ao
cliente por mês (SBROCO; MACEDO, 2012). Isso pode ser observado no exemplo
do quadro a seguir.
Quadro 4 – Sequência de Desenvolvimento empresa WebCell
Sequência de desenvolvimento
Projeto: Comércio de Celulares Web - WebCell
ID Descrição Data Início Data Fim
RF001 Cadastro de celulares novos 01/fev/16 15/fev/16
RF002 Cadastro de usuários para login administrativo 01/fev/16 15/fev/16
... ...
... ... (listar os requisitos por ordem de prioridade)
Fonte: Elaborado pelos autores.
Casos de testes
Os testes de acordo com a Crystal Clear são realizados com o sistema
finalizado, ou seja, tem o objetivo de testar suas funcionalidades no ambiente de
trabalho (SBROCO; MACEDO, 2012).
Manual do usuário
O redator técnico vai incluindo no manual do usuário as funcionalidades que
já foram devidamente testadas. Além da descrição, é recomendável que inclua
outras formas de ajudar o usuário.
12. 4. EMPRESAS QUE UTILIZAM
A metodologia Crystal foi desenvolvida e utilizada na IBM no início da
década de 2000, porém com o tempo foi substituída pela RUP (SOUZA; RIBEIRO;
SOUZA, 2013).
Apesar de não existir mais laços entre a Crystal e a IBM, o escritor Cockburn
continua investindo em sua metodologia (COCKBURN, 2004).
Através de pesquisas realizadas nesse artigo nos deparamos com a falta de
documentos e informações sobre empresas que utilizam a família Crystal. Mas de
acordo com Sbrocco e Macedo (2012), a metodologia pode ser utilizada em vários
tipos de empresas não importando o seu tamanho e nem sua área.
5. CONCLUSÃO
O escritor Alistair Cockburn vem destacando na área acadêmica de
metodologias os processos de desenvolvimento, e aplicou todo o seu conhecimento
para criar a família Crystal, que surgiu para melhorar as metodologias tradicionais.
Cockburn propôs o uso de determinada metodologia para cada tipo de
projeto sendo que essa estratégia pode ser aplicada ao projeto através de reuniões
e revisões. Essa utilização da um enorme dinamismo, e um retorno a mudanças.
Porém, exige dos desenvolvedores certa experiência no uso de processos e
técnicas para entender com clareza o funcionamento da metodologia nos projetos.
Além da família Crystal estar em recente desenvolvimento, o que provoca falta de
documentos e pesquisas, se comparada com outras metodologias como XP e
Scrum.
6. REFERÊNCIAS
ABRAHAMSSON, P.; SALO, O ;RONKAINEN, J; WARSTA, J. Agile software
development methods: review and analysis, VTT Technical report, 2002.
COCKBURN, Alistair. Crystal Clear: A Human-Powered Method Small Teams. New
Jersey: Addison Wesley, 2004.
13. COSTA, P. L. P. GESTproSOFT: Analise Comparativa sobre os métodos de Gestão
de Projetos de Software de Mercado. 2012. 138f. Dissertação (Mestrado em
Sistemas e Tecnologias de Informação para Organização) – Instituto Politécnica de
Viseu, Portugal, 2012.
DIAS, M. V. B. Um Novo Enfoque para o Gerenciamento de Projetos de
Desenvolvimento de Software. 2005. 211f. Dissertação (Mestrado em
Administração) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
EING, O. P. Adaptações na Metodologia Ágil de Desenvolvimento de Software
XP. 2003. 105f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
FILHO, H. F. B. P. Um estudo analítico entre as abordagens de Engenharia de
Requisitos nas Metodologias Ágeis XP, SCRUM e Crystal. 2011. 36f. Monografia
(Pós-Graduação Em Ciência Da Computação) - Universidade Federal De
Pernambuco, Pernambuco, 2011.
JUNIOR, L. C. AQUA – Atividades De Qualidade No Contexto Àgil. 2008. 178f.
Dissertação (Mestrado Ciência da Computação) – Universidade Federal de São
Carlos, São Paulo, 2008.
LEITÃO, M. V. Aplicação de Scrum em Ambiente de Desenvolvimento de
Software Educativo. 2010. 71f. Monografia (Bacharel em Engenharia da
Computação) - Escola Politécnica de Pernambuco, Pernambuco, 2010.
MARQUES, A. N. Metodologias ágeis de desenvolvimento: Processos e
Comparações. 2012. 65f. Monografia (Tecnólogo em Processamento de Dados) -
Faculdade De Tecnologia De São Paulo, São Paulo, 2012.
NASCIMENTO, G.V. Um modelo de referencia para o desenvolvimento ágil de
software. 2008. 125f. Dissertação (Mestrado em Ciências de Computação e
Matemática Computacional) – Instituto de Ciências Matemática e de Computação,
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