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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Campus Apodi
DISCIPLINA DE ARTE – PROJETO ARTES VISUAIS
Professor: Nilton Xavier
Elementos
da
linguagem
visual
O que são artes
plásticas?
 As artes plásticas são criações
expressivas realizadas com o
uso de técnicas de produção
que manipulam materiais para
construir formas e imagens
que revelem uma concepção
estética e poética de um dado
momento histórico.
Pinturas rupestres, Lajedo de Soledade, Apodi/RN.
Bruno Giorgi, Meteoro, 1967 - mármore de Carrara, altura 400 cm
 Estética, do grego aisthésis:
percepção, sensação, é um ramo
da filosofia que tem por objeto o
estudo da natureza do “belo” e dos
fundamentos da arte. Ela estuda o
julgamento e a percepção do que é
considerado belo, a produção das
emoções pelos fenômenos
estéticos, bem como: as diferentes
formas de arte e da técnica
artística; a ideia de obra de arte e
de criação; a relação entre
matérias e formas nas artes. Por
outro lado, a estética também pode
ocupar-se da privação da beleza,
ou seja, o que pode ser
considerado “feio”.
 Por poética entende-se a linguagem usada
para fins estéticos com base na imaginação
de quem cria ou aprecia o resultado dessa
criação.
À esquerda "Manto de Apresentação", obra de
Arthur Bispo do Rosário . Acima, caboclo de
lança, maracatu rural ou de baque virado, PE.
 Por arte visual compreende-se o estudo e tudo aquilo que
é analisado ou percebido pelo olhar de maneira criativa.
O que são artes visuais?
Funções das artes visuais
 A criação de materiais visuais é
diversificada porque são
múltiplas as necessidades
humanas. Podem ser de ordem
prática, comum ou podem estar
voltadas para a expressão de
um estado de espírito ou de
uma idéia. A maioria das
produções visuais buscam
registrar, preservar, reproduzir e
identificar pessoas, lugares ou
objetos objetivando ampliar o
processo de comunicação
humana.
A Arte Visual e o design atuam ao
representar visualmente uma forma, cor
ou representação, estando presente no
teatro, na música, no cinema , na
fotografia e demais expressões. Nos
tempos atuais, além de atuar no
segmento artístico, também exercem
papel fundamental na representação
visual comercial, de empresas e
instituições públicas.
 Toda arte apreciada pelo olhar é conceituada como arte visual,
abrange a pintura, o desenho, a gravura, a fotografia, o
cinema, a escultura, a arquitetura, web design, a moda, a
decoração e o paisagismo. Lida com o caráter teórico e prático
do estético, seja o estético do belo, do funcional ou do fazer
pensar.
“Bicho”, Lygia
Clark
Presépio peruano,
Museu de Arte Sacra - SP
 Elementos básicos da
comunicação visual
Ponto – sinal gráfico mínimo e
elementar, caracteriza-se por
uma localização em um
espaço, quando colocados em
fila, criam a idéia de uma linha.
Multiplicados, ampliam seu
poder de comunicação e
expressão, bem como, sua
disposição, distanciamento e
cor sobre uma superfície,
sugerem idéias, sensações,
movimento , ritmo, luz, sombra
e volume.
Georges Seurat, Modelo
sentada,1859-1901
Georges Seurat Uma tarde de domingo na Ilha de
La Grande Jatte (1884-86)
Instituto de Arte de Chicago , 2.07 x 3.08 m
 Linha – É uma marca contínua
ou com aparência de contínua,
também pode ser definida
como um ponto em
movimento, quando traçada
com a ajuda de qualquer
instrumento sobre uma
superfície, chama-se linha
gráfica. As linhas definem as
formas e as figuras, é o sinal
mais versátil e essencial do
desenho, pois pode sugerir
sentimentos, movimento, ritmo,
velocidade...
Acima, Guignard , Igreja
desenho a crayon, 1949 13 x 14 cm
Ao lado, Tarsila do Amaral, Paisagem
crayon, 22 x 30 cm
Leonard Tsuguoharu Foujita - JEUNE FILLE À
LA CORBEILLE DE FRUITS
Retrato de Françoise (1946), Pablo
Picasso.
 Forma – Em artes
visuais, existem três formas
básicas: o quadrado, o círculo
e o triângulo equilátero. Cada
forma possui características
específicas e a cada uma
delas se atribui grande
quantidade de significados.
Todas as formas básicas são
figuras planas e simples, a
partir da combinação e
variações dessas três formas
derivamos todas as formas
físicas da natureza e da
imaginação humana.
Malevitch.
Non-
objective
composition,
1915.
Kandinsky - Composition VIII
1923, óleo sobre tela, 140 x 201 cm Solomon R.
Guggenheim Museum, New York
Belmiro de Almeida - Mulher em Círculos - 1921.
 Direção – Todas as formas básicas
expressam três direções visuais básicas e
significativas: o quadrado, a horizontal e a
vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a
curva.
Fiaminghi, Hermelindo
Triângulos com movimento em
diagonal 1956 , esmalte sobre eucatex
60 x 60 cm - Coleção Particular
Robert Delaunay – Formas circulares, 1930.
'Fachada':
pintada por
Alfredo Volpi em
1955
 Tom – intensidade da obscuridade ou claridade de
qualquer coisa vista, perceptível graças à presença ou
ausência relativa de luz.
Michelangelo da Caravaggio - A Ceia em Emaús, 1600.
Exemplos de escala tonal.
 Em artes visuais, quando falamos de tonalidade
fazemos referência a algum tipo de pigmento ou tinta
usada para simular o tom natural.
 Observamos as policromias e aceitamos as
monocromias (tons variáveis de uma cor).
Ninféias, Claude Monet
Fotografia Sebastião Salgado
Cena de “Cinema Paradiso” (1988), declaração de
amor ao cinema
dirigida pelo italiano Giuseppe Tornatore.
Fotografia de Pierre Verger
 Cor – Na natureza a cor é um fenômeno físico, não existe em
si, é gerada pela luz, ou seja, o que percebemos como cor é
uma forma de reflexo. De acordo com o físico Isaac Newton,
aparentemente branca, a luz solar ou artificial se decompõe em
sete cores, mesmo fenômeno que percebemos no arco-íris.
 À cor também são atribuídos inúmeros significados simbólicos,
escolhemos a cor de nosso ambiente e de nossas
manifestações.
 A cor é uma experiência visual importante e possui três dimensões que
podem ser definidas e medidas:
 1) Matiz ou croma é a cor em si e existe em número superior a cem, existem
três matizes primários ou elementares: amarelo, vermelho e azul e as cores
secundárias obtidas através de misturas: laranja, verde e violeta. As cores
se organizam de acordo com a relação entre três cores principais
(primárias) e suas combinações (secundárias), cada cor primária possui sua
cor complementar, quando próximas, se reforçam mutuamente.
Troca-troca, Jarbas
Lopes. Instituto Inhotim/MG
 2) Saturação: é a pureza relativa de uma
cor, do matiz ao cinza. A cor saturada é
simples, quase primitiva e foi sempre
preferida pelos artistas populares e
pelas crianças. As cores menos
saturadas levam uma neutralidade
cromática sendo sutis e repousantes.
Antônio Poteiro, Girassóis, 2006
Jean Marc Nattier, Victoire de France et Fontevrault
3) Brilho relativo, do claro ao escuro, das gradações tonais ou de valor,
a presença ou ausência de cor não altera o tom que é constante.
 As cores influenciam, têm efeitos sobre as pessoas e
podem transmitir idéias ou conceitos. Chamamos de cores
quentes aquelas em que prevalecem tons vermelhos,
amarelos ou alaranjados e cores frias aquelas em que
prevalecem os tons de azul, verde e roxo.
Matisse
A Sala Vermelha
Azulejos portugueses.
Malas artesanais, 2011, Apodi/RN.
 Textura – É o elemento visual que serve
para substituir as qualidades do tato, é
caracterizada pelo entrelaçamento das
fibras que compõem uma superfície.
Apresenta variações podendo ser
enrugada, ondulada, granulada,
acetinada, aveludada, etc.
Rembrandt, Um elefante, 1637.
Frottage
Rodolpho Bernardelli: Cristo e a
mulher adúltera, mármore, 1881,
Museu Nacional de Belas Artes- RJ
 É possível que uma textura não
apresente qualidades táteis, mas
apenas óticas. Onde há uma textura
real, as qualidades táteis e óticas
coexistem, porém, permitem à mão e
ao olho sensações individuais.
Lygia Clark, Objetos relacionais, 1976.
Van Gogh, Banco de Pedra no Asilo de Saint Remy. MASP
 Escala – Os elementos visuais
são capazes de se modificar e
se redefinir uns aos outros, esse
processo é conhecido por
escala. Em outras palavras, “o
grande não pode existir sem o
pequeno”. A escala não
apresenta valores absolutos,
pois variações podem ser
livremente estabelecidas entre o
tamanho relativo das pistas
visuais, com o campo e com o
meio ambiente.
Acima, René Magritte, Os valores pessoais, 1952.
Ao lado, René Magritte, Sala de sentinela,1959
Obras do escultor australiano hiperrealista
Ron Mueck, suas esculturas são concebidas
sempre maiores ou inferiores à proporção humana.
No estabelecimento da escala, o fator fundamental é a
medida do próprio homem.
Makoto Tojiki “The man with no shadow” [O homem sem sombra]
ou “Lad Man”. Essa escultura “luminescente” consiste em
centenas de LEDs estrategicamente posicionados em
suspensão e pendurados por linhas finas no teto.
O homem vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci, baseado no modelo idealizado pelo arquiteto romano Marco Vitruvio
Polião para as proporções humanas,1492.
Dimensão
 A dimensão existe no mundo real, não só podemos senti-la,
mas também vê-la com o auxílio de nossa visão. As
representações da dimensão em formatos visuais podem ser
bidimensionais (comprimento e largura definem conjuntamente
uma superfície plana) e tridimensionais (comprimento, largura
e altura). Amílcar de
Castro
40 x 50 cm
acrílico
sobre papel
ass. inf. dir.
1988
Amílcar de Castro - "Sem Título" ,escultura em aço 110 x
250 x 250 cm 1985 - MAC Museu de Arte Contemporânea -
USP Universidade de São Paulo
No desenho, pintura, fotografia, cinema, televisão, a dimensão
é ilusória, apenas implícita, o principal artifício para simulá-la é
a perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem
ser intensificados pela manipulação tonal e através do claro-
escuro, a ênfase dos efeitos de luz e sombra.
Frans Post, Paisagem com
tamanduá,
1660-1680, óleo sobre
madeira, MASP
 Benedito Calixto - Proclamação da República, 1893. Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Perspectiva é a técnica de representação do espaço tridimensional numa
superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se
apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para
designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial.
Leonardo da Vinci, estudo para a Adoração dos Magos.
Movimento
 Como no caso da dimensão, o elemento visual do movimento se encontra
mais frequentemente implícito do que explícito no modo visual. O
movimento enquanto tal só existe no cinema, na televisão, em móbiles ou
onde quer que alguma coisa criada e visualizada tenha um componente de
movimento. Entretanto, a sugestão de movimento nas manifestações
visuais estáticas está implícita em tudo que vemos e deriva da nossas
experiências de vida, essa ação se manifesta na informação visual estática.
Degas, ”Cavalo a
galope”, MASP
Alexander Calder
Móbile, data da obra:
1944-1948; 129 x 80 x
35 cm, MASP
 O movimento como conhecemos não se encontra no meio de
comunicação, mas no olho do espectador, através da “persistência da
visão”, fenômeno no qual uma série de imagens imóveis com ligeiras
modificações vistas pelo homem a intervalos de tempo apropriados,
fundem-se mediante um fator remanescente da visão, criando a sensação
de movimento. Um quadro, uma foto ou um tecido podem ser estáticos,
mas a quantidade de repouso que compositivamente projetam pode
implicar movimento.
Fotogramas de um filme. Victor Vasarely, Vega, 1956
Exercícios individuais
Atividades para casa:
1. Selecione imagens ilustrativas de formas de artes
visuais que você conhece ou estão inseridas no seu
cotidiano, registre-as no caderno.
Ex.: pintura, escultura, fotografia, arquitetura, etc.
2. Elabore um esboço para a criação de uma obra de
arte visual considerando pelo menos cinco dos seus
elementos constitutivos.
Atividade presencial:
3. Baseado(a) no conhecimento sobre os elementos da
linguagem visual, identifique sua presença nas obras
de arte a seguir:
Pablo Picasso,
"Amamentação", óleo sobre
tela, 1905
(Fase rosa).
Beatriz Milhazes - Sinfonia Nordestina, acrílica sobre tela, 2008.
Vik Muniz, Soldado de brinquedo, montagem com soldadinhos de plástico/fotografia,2003.
Marliete Rodrigues- Regando flores, cerâmica policromada, 05 x 07 x 05 cm.
David Hockney - Portrait of an Artist (Pool with Two Figures) ,1971 , acrílica sobre tela , 214 x 304.8 cm .

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  • 1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE Campus Apodi DISCIPLINA DE ARTE – PROJETO ARTES VISUAIS Professor: Nilton Xavier Elementos da linguagem visual
  • 2. O que são artes plásticas?  As artes plásticas são criações expressivas realizadas com o uso de técnicas de produção que manipulam materiais para construir formas e imagens que revelem uma concepção estética e poética de um dado momento histórico. Pinturas rupestres, Lajedo de Soledade, Apodi/RN. Bruno Giorgi, Meteoro, 1967 - mármore de Carrara, altura 400 cm
  • 3.  Estética, do grego aisthésis: percepção, sensação, é um ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do “belo” e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como: as diferentes formas de arte e da técnica artística; a ideia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado “feio”.
  • 4.  Por poética entende-se a linguagem usada para fins estéticos com base na imaginação de quem cria ou aprecia o resultado dessa criação. À esquerda "Manto de Apresentação", obra de Arthur Bispo do Rosário . Acima, caboclo de lança, maracatu rural ou de baque virado, PE.
  • 5.  Por arte visual compreende-se o estudo e tudo aquilo que é analisado ou percebido pelo olhar de maneira criativa. O que são artes visuais?
  • 6. Funções das artes visuais  A criação de materiais visuais é diversificada porque são múltiplas as necessidades humanas. Podem ser de ordem prática, comum ou podem estar voltadas para a expressão de um estado de espírito ou de uma idéia. A maioria das produções visuais buscam registrar, preservar, reproduzir e identificar pessoas, lugares ou objetos objetivando ampliar o processo de comunicação humana.
  • 7. A Arte Visual e o design atuam ao representar visualmente uma forma, cor ou representação, estando presente no teatro, na música, no cinema , na fotografia e demais expressões. Nos tempos atuais, além de atuar no segmento artístico, também exercem papel fundamental na representação visual comercial, de empresas e instituições públicas.
  • 8.  Toda arte apreciada pelo olhar é conceituada como arte visual, abrange a pintura, o desenho, a gravura, a fotografia, o cinema, a escultura, a arquitetura, web design, a moda, a decoração e o paisagismo. Lida com o caráter teórico e prático do estético, seja o estético do belo, do funcional ou do fazer pensar. “Bicho”, Lygia Clark Presépio peruano, Museu de Arte Sacra - SP
  • 9.  Elementos básicos da comunicação visual Ponto – sinal gráfico mínimo e elementar, caracteriza-se por uma localização em um espaço, quando colocados em fila, criam a idéia de uma linha. Multiplicados, ampliam seu poder de comunicação e expressão, bem como, sua disposição, distanciamento e cor sobre uma superfície, sugerem idéias, sensações, movimento , ritmo, luz, sombra e volume. Georges Seurat, Modelo sentada,1859-1901
  • 10. Georges Seurat Uma tarde de domingo na Ilha de La Grande Jatte (1884-86) Instituto de Arte de Chicago , 2.07 x 3.08 m
  • 11.  Linha – É uma marca contínua ou com aparência de contínua, também pode ser definida como um ponto em movimento, quando traçada com a ajuda de qualquer instrumento sobre uma superfície, chama-se linha gráfica. As linhas definem as formas e as figuras, é o sinal mais versátil e essencial do desenho, pois pode sugerir sentimentos, movimento, ritmo, velocidade... Acima, Guignard , Igreja desenho a crayon, 1949 13 x 14 cm Ao lado, Tarsila do Amaral, Paisagem crayon, 22 x 30 cm
  • 12. Leonard Tsuguoharu Foujita - JEUNE FILLE À LA CORBEILLE DE FRUITS Retrato de Françoise (1946), Pablo Picasso.
  • 13.  Forma – Em artes visuais, existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Cada forma possui características específicas e a cada uma delas se atribui grande quantidade de significados. Todas as formas básicas são figuras planas e simples, a partir da combinação e variações dessas três formas derivamos todas as formas físicas da natureza e da imaginação humana.
  • 14. Malevitch. Non- objective composition, 1915. Kandinsky - Composition VIII 1923, óleo sobre tela, 140 x 201 cm Solomon R. Guggenheim Museum, New York Belmiro de Almeida - Mulher em Círculos - 1921.
  • 15.  Direção – Todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva. Fiaminghi, Hermelindo Triângulos com movimento em diagonal 1956 , esmalte sobre eucatex 60 x 60 cm - Coleção Particular Robert Delaunay – Formas circulares, 1930. 'Fachada': pintada por Alfredo Volpi em 1955
  • 16.  Tom – intensidade da obscuridade ou claridade de qualquer coisa vista, perceptível graças à presença ou ausência relativa de luz. Michelangelo da Caravaggio - A Ceia em Emaús, 1600.
  • 18.  Em artes visuais, quando falamos de tonalidade fazemos referência a algum tipo de pigmento ou tinta usada para simular o tom natural.  Observamos as policromias e aceitamos as monocromias (tons variáveis de uma cor). Ninféias, Claude Monet
  • 19. Fotografia Sebastião Salgado Cena de “Cinema Paradiso” (1988), declaração de amor ao cinema dirigida pelo italiano Giuseppe Tornatore. Fotografia de Pierre Verger
  • 20.  Cor – Na natureza a cor é um fenômeno físico, não existe em si, é gerada pela luz, ou seja, o que percebemos como cor é uma forma de reflexo. De acordo com o físico Isaac Newton, aparentemente branca, a luz solar ou artificial se decompõe em sete cores, mesmo fenômeno que percebemos no arco-íris.  À cor também são atribuídos inúmeros significados simbólicos, escolhemos a cor de nosso ambiente e de nossas manifestações.
  • 21.  A cor é uma experiência visual importante e possui três dimensões que podem ser definidas e medidas:  1) Matiz ou croma é a cor em si e existe em número superior a cem, existem três matizes primários ou elementares: amarelo, vermelho e azul e as cores secundárias obtidas através de misturas: laranja, verde e violeta. As cores se organizam de acordo com a relação entre três cores principais (primárias) e suas combinações (secundárias), cada cor primária possui sua cor complementar, quando próximas, se reforçam mutuamente. Troca-troca, Jarbas Lopes. Instituto Inhotim/MG
  • 22.  2) Saturação: é a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza. A cor saturada é simples, quase primitiva e foi sempre preferida pelos artistas populares e pelas crianças. As cores menos saturadas levam uma neutralidade cromática sendo sutis e repousantes. Antônio Poteiro, Girassóis, 2006 Jean Marc Nattier, Victoire de France et Fontevrault
  • 23. 3) Brilho relativo, do claro ao escuro, das gradações tonais ou de valor, a presença ou ausência de cor não altera o tom que é constante.
  • 24.  As cores influenciam, têm efeitos sobre as pessoas e podem transmitir idéias ou conceitos. Chamamos de cores quentes aquelas em que prevalecem tons vermelhos, amarelos ou alaranjados e cores frias aquelas em que prevalecem os tons de azul, verde e roxo. Matisse A Sala Vermelha Azulejos portugueses. Malas artesanais, 2011, Apodi/RN.
  • 25.  Textura – É o elemento visual que serve para substituir as qualidades do tato, é caracterizada pelo entrelaçamento das fibras que compõem uma superfície. Apresenta variações podendo ser enrugada, ondulada, granulada, acetinada, aveludada, etc. Rembrandt, Um elefante, 1637. Frottage Rodolpho Bernardelli: Cristo e a mulher adúltera, mármore, 1881, Museu Nacional de Belas Artes- RJ
  • 26.  É possível que uma textura não apresente qualidades táteis, mas apenas óticas. Onde há uma textura real, as qualidades táteis e óticas coexistem, porém, permitem à mão e ao olho sensações individuais. Lygia Clark, Objetos relacionais, 1976. Van Gogh, Banco de Pedra no Asilo de Saint Remy. MASP
  • 27.  Escala – Os elementos visuais são capazes de se modificar e se redefinir uns aos outros, esse processo é conhecido por escala. Em outras palavras, “o grande não pode existir sem o pequeno”. A escala não apresenta valores absolutos, pois variações podem ser livremente estabelecidas entre o tamanho relativo das pistas visuais, com o campo e com o meio ambiente. Acima, René Magritte, Os valores pessoais, 1952. Ao lado, René Magritte, Sala de sentinela,1959
  • 28. Obras do escultor australiano hiperrealista Ron Mueck, suas esculturas são concebidas sempre maiores ou inferiores à proporção humana.
  • 29. No estabelecimento da escala, o fator fundamental é a medida do próprio homem. Makoto Tojiki “The man with no shadow” [O homem sem sombra] ou “Lad Man”. Essa escultura “luminescente” consiste em centenas de LEDs estrategicamente posicionados em suspensão e pendurados por linhas finas no teto.
  • 30. O homem vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci, baseado no modelo idealizado pelo arquiteto romano Marco Vitruvio Polião para as proporções humanas,1492.
  • 31. Dimensão  A dimensão existe no mundo real, não só podemos senti-la, mas também vê-la com o auxílio de nossa visão. As representações da dimensão em formatos visuais podem ser bidimensionais (comprimento e largura definem conjuntamente uma superfície plana) e tridimensionais (comprimento, largura e altura). Amílcar de Castro 40 x 50 cm acrílico sobre papel ass. inf. dir. 1988 Amílcar de Castro - "Sem Título" ,escultura em aço 110 x 250 x 250 cm 1985 - MAC Museu de Arte Contemporânea - USP Universidade de São Paulo
  • 32. No desenho, pintura, fotografia, cinema, televisão, a dimensão é ilusória, apenas implícita, o principal artifício para simulá-la é a perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal e através do claro- escuro, a ênfase dos efeitos de luz e sombra. Frans Post, Paisagem com tamanduá, 1660-1680, óleo sobre madeira, MASP
  • 33.  Benedito Calixto - Proclamação da República, 1893. Pinacoteca do Estado de São Paulo.
  • 34. Perspectiva é a técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a imagem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão. Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variados tipos de representação da profundidade espacial. Leonardo da Vinci, estudo para a Adoração dos Magos.
  • 35. Movimento  Como no caso da dimensão, o elemento visual do movimento se encontra mais frequentemente implícito do que explícito no modo visual. O movimento enquanto tal só existe no cinema, na televisão, em móbiles ou onde quer que alguma coisa criada e visualizada tenha um componente de movimento. Entretanto, a sugestão de movimento nas manifestações visuais estáticas está implícita em tudo que vemos e deriva da nossas experiências de vida, essa ação se manifesta na informação visual estática. Degas, ”Cavalo a galope”, MASP Alexander Calder Móbile, data da obra: 1944-1948; 129 x 80 x 35 cm, MASP
  • 36.  O movimento como conhecemos não se encontra no meio de comunicação, mas no olho do espectador, através da “persistência da visão”, fenômeno no qual uma série de imagens imóveis com ligeiras modificações vistas pelo homem a intervalos de tempo apropriados, fundem-se mediante um fator remanescente da visão, criando a sensação de movimento. Um quadro, uma foto ou um tecido podem ser estáticos, mas a quantidade de repouso que compositivamente projetam pode implicar movimento. Fotogramas de um filme. Victor Vasarely, Vega, 1956
  • 37. Exercícios individuais Atividades para casa: 1. Selecione imagens ilustrativas de formas de artes visuais que você conhece ou estão inseridas no seu cotidiano, registre-as no caderno. Ex.: pintura, escultura, fotografia, arquitetura, etc. 2. Elabore um esboço para a criação de uma obra de arte visual considerando pelo menos cinco dos seus elementos constitutivos. Atividade presencial: 3. Baseado(a) no conhecimento sobre os elementos da linguagem visual, identifique sua presença nas obras de arte a seguir:
  • 38. Pablo Picasso, "Amamentação", óleo sobre tela, 1905 (Fase rosa).
  • 39. Beatriz Milhazes - Sinfonia Nordestina, acrílica sobre tela, 2008.
  • 40. Vik Muniz, Soldado de brinquedo, montagem com soldadinhos de plástico/fotografia,2003.
  • 41. Marliete Rodrigues- Regando flores, cerâmica policromada, 05 x 07 x 05 cm.
  • 42. David Hockney - Portrait of an Artist (Pool with Two Figures) ,1971 , acrílica sobre tela , 214 x 304.8 cm .