1) O documento discute as relações de gênero e raça na Educação Física escolar, destacando a importância de se considerar essas categorias de forma interseccional.
2) Vários estudos são citados que analisam como essas relações são reforçadas nas aulas de Educação Física e a necessidade de se promover uma abordagem mais igualitária.
3) Há poucos estudos que analisam conjuntamente gênero e raça nessa área, sendo necessário mais pesquisas que considerem como ess
1. O documento analisa como a educação física construiu entendimentos sobre a separação de meninos e meninas nas aulas, com base em estudos feministas. 2. A separação foi regulamentada por leis no passado, mas atualmente as diretrizes educacionais não mencionam especificamente, embora a separação ainda ocorra. 3. A produção acadêmica também já questionou a separação por não promover igualdade de oportunidades.
Este documento analisa como os gêneros são construídos nas aulas de Educação Física de uma perspectiva histórica, social e pedagógica. Discute como a sociedade e a escola contribuíram para diferenciar papéis de gênero e como o professor pode promover a coeducação para estabelecer igualdade.
AS DÉCADAS 1940 E 1960 MARCANDO A EDUCAÇÃO DO CORPO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ...gepef
Este documento descreve uma pesquisa sobre a educação física e educação do corpo no Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória entre 1943 e 1963. A pesquisa utilizará análises documentais, entrevistas e revisão bibliográfica para investigar como a educação física atendeu à elite dominante nesse período sob a ótica da educação católica. A pesquisa pode contribuir para entender como a educação física produziu corpos na população capixaba e a educação escolar voltada para a elite no Espírito S
pré projeto diversidade sexual no ensino superiorAlexeRic2013
1) O documento discute a inclusão da diversidade sexual e de gênero no ensino superior brasileiro.
2) Apesar de alguns avanços, o tema ainda é ausente em muitas áreas como nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
3) Isso ocorre devido a concepções essencialistas e normativas sobre identidade que ainda predominam na educação.
XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar no Ensino Médio". Evento realizado de 22 a 24 de novembro de 2013. Site do evento: http://seminarioefe.com
O documento discute a importância da inclusão da disciplina de ensino religioso nos currículos escolares do ensino fundamental do município de Jardim de Piranhas-RN. O trabalho está estruturado em quatro capítulos que abordam o contexto, a relevância do ensino religioso, suas bases legais e análises realizadas. O objetivo é valorizar o ensino religioso na formação integral do aluno em uma sociedade multicultural.
Este documento resume oito resumos de trabalhos apresentados no VIII Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas sobre “História, Sociedade e Educação no Brasil”. Os resumos abordam temas como a historiografia da educação, a história da educação em estados brasileiros, a influência da Igreja Católica na educação pública e a produção educacional de inspiração marxista nas décadas de 1970-1980.
1. O documento analisa como a educação física construiu entendimentos sobre a separação de meninos e meninas nas aulas, com base em estudos feministas. 2. A separação foi regulamentada por leis no passado, mas atualmente as diretrizes educacionais não mencionam especificamente, embora a separação ainda ocorra. 3. A produção acadêmica também já questionou a separação por não promover igualdade de oportunidades.
Este documento analisa como os gêneros são construídos nas aulas de Educação Física de uma perspectiva histórica, social e pedagógica. Discute como a sociedade e a escola contribuíram para diferenciar papéis de gênero e como o professor pode promover a coeducação para estabelecer igualdade.
AS DÉCADAS 1940 E 1960 MARCANDO A EDUCAÇÃO DO CORPO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ...gepef
Este documento descreve uma pesquisa sobre a educação física e educação do corpo no Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória entre 1943 e 1963. A pesquisa utilizará análises documentais, entrevistas e revisão bibliográfica para investigar como a educação física atendeu à elite dominante nesse período sob a ótica da educação católica. A pesquisa pode contribuir para entender como a educação física produziu corpos na população capixaba e a educação escolar voltada para a elite no Espírito S
pré projeto diversidade sexual no ensino superiorAlexeRic2013
1) O documento discute a inclusão da diversidade sexual e de gênero no ensino superior brasileiro.
2) Apesar de alguns avanços, o tema ainda é ausente em muitas áreas como nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
3) Isso ocorre devido a concepções essencialistas e normativas sobre identidade que ainda predominam na educação.
XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar no Ensino Médio". Evento realizado de 22 a 24 de novembro de 2013. Site do evento: http://seminarioefe.com
O documento discute a importância da inclusão da disciplina de ensino religioso nos currículos escolares do ensino fundamental do município de Jardim de Piranhas-RN. O trabalho está estruturado em quatro capítulos que abordam o contexto, a relevância do ensino religioso, suas bases legais e análises realizadas. O objetivo é valorizar o ensino religioso na formação integral do aluno em uma sociedade multicultural.
Este documento resume oito resumos de trabalhos apresentados no VIII Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas sobre “História, Sociedade e Educação no Brasil”. Os resumos abordam temas como a historiografia da educação, a história da educação em estados brasileiros, a influência da Igreja Católica na educação pública e a produção educacional de inspiração marxista nas décadas de 1970-1980.
10 meninos e meninas - expectativas corporais -Amanda Cardoso
Este documento discute como as expectativas corporais de meninos e meninas são construídas socialmente e afetam a educação física escolar. Analisa como o gênero é uma construção cultural que difere entre culturas e como isso se manifesta na escola através do esporte e das interações entre alunos. Defende uma abordagem pedagógica que promova a igualdade e a inclusão de todos os alunos.
APONTAMENTOS SOBRE A HISTÓRIA DOS GRUPOS ESCOLARES NO BRASIL E NA PARAÍBAKivya Damasceno
Este documento descreve a história dos Grupos Escolares no Brasil e na Paraíba desde o século XIX. Apresenta o contexto político e educacional da época, como os Grupos Escolares surgiram como projeto republicano inspirado nos modelos europeus, e detalha a implantação do primeiro Grupo Escolar na Paraíba e nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Também inclui depoimentos e fotos de ex-professores sobre a metodologia de ensino e a organização dos primeiros Grupos Escolares.
Este documento descreve uma pesquisa sobre a educação física no Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória entre 1940-1960. O objetivo é identificar como o corpo era educado nos moldes da educação eclesiástica e como a educação física participou desse processo de formação da elite local. A pesquisa analisará documentos históricos, entrevistas e periódicos da época para entender como a educação física produziu corpos "dóceis" e "úteis" entre os estudantes, de acordo com os ideais da
O artigo discute os desafios da formação de professores de Educação Física para a Educação Básica no Brasil. Aponta que os cursos de licenciatura vêm enfrentando queda no número de matrículas e que há um distanciamento percebido entre a formação e a realidade das escolas. Defende que os modelos de formação precisam ser repensados para melhor preparar os professores para as demandas atuais, como a capacidade de lidar com dilemas cotidianos nas escolas.
O documento descreve o modelo de grupo escolar implementado no Brasil no final do século XIX como uma escola primária moderna com edifícios, livros didáticos e professores qualificados. Logo, vários estados implementaram esse modelo com o objetivo de construir uma nação civilizada através da educação universal. No entanto, a frequência irregular dos alunos das camadas mais pobres foi um problema, e os grupos escolares foram gradualmente substituídos pelo sistema de ensino de 1o grau a partir da década de 1970.
Currículo referência ed. física 6º ao 9º anotecnicossme
O documento apresenta uma retrospectiva histórica da Educação Física no Brasil desde o século XIX, destacando as diferentes abordagens e objetivos ao longo do tempo, desde a higiene e saúde até a esportivização durante a ditadura militar. Também discute pressupostos teóricos atuais como a concepção da cultura corporal de movimento e a integração da Educação Física ao projeto pedagógico da escola.
O documento discute o ensino de história no Brasil durante a ditadura militar de 1964 a 1985. Ele analisa como o regime interferiu no ensino da disciplina através de reformas curriculares que substituíram a história por estudos sociais e introduziram novas disciplinas como Educação Moral e Cívica. O objetivo era adequar o ensino de história aos interesses da ditadura e subordinar a população através de uma visão factual e nacionalista do passado.
A DA INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO DE HISTÓRIA Ócio do Ofício
1. O documento discute a importância da interdisciplinaridade no ensino de história.
2. Foi realizado um estudo em três escolas de Videira e Iomerê, Santa Catarina para mostrar a eficiência da abordagem interdisciplinar no ensino e aprendizagem de história.
3. Através da abordagem interdisciplinar, os estudantes demonstraram maior interesse e capacidade de contextualizar e compreender os conceitos históricos.
1) O documento discute a historiografia da Educação Física no Brasil entre 1900-1930, quando o país passava por um projeto de modernização.
2) A Educação Física surgiu nesse período como forma de "educar o corpo" e foi incorporada à escola para ajudar a formar o "novo homem brasileiro".
3) Havia um debate sobre como a Educação Física poderia colaborar com a modernização do país, moralizando e higienizando a população.
REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA: DA DITADURA MILITAR AO LIVRO DIDÁTICO D...amiltonp
Este capítulo discute o ensino de história nas décadas de 1970 e 1980 no Brasil, período da ditadura militar. O regime ditatorial controlou ideologicamente a disciplina histórica para legitimar o golpe de 1964 e formar cidadãos obedientes. A disciplina Educação Moral e Cívica foi introduzida para inculcar valores conservadores. A história ensinada enfatizava fatos políticos e valorizava os dirigentes como modelos a serem seguidos, sem estimular o pensamento crítico. Havia uma lacuna entre a hist
Este documento apresenta um guia para discussão sobre currículo nas escolas brasileiras com o objetivo de promover debates sobre concepções de currículo. Ele aborda cinco eixos principais: currículo e desenvolvimento humano; direitos de educadores e educandos e o currículo; currículo, conhecimento e cultura; diversidade e currículo; e currículo e avaliação. O documento convida gestores e professores a refletirem sobre essas questões e como elas se relacionam à prática pedagógica.
O documento discute os desafios do ensino da sociologia no Brasil. A sociologia foi banida por décadas e sua reintrodução no ensino médio enfrentou resistências. A disciplina ainda luta por reconhecimento devido à falta de tradição, professores qualificados e recursos. Além disso, as ciências sociais ocupam posição periférica na hierarquia de saberes nas escolas.
A cultura escolar como categoria de análise e como campo de investigação na h...Mônica Santos
Nos últimos 30 anos, o conceito de cultura escolar vem subsidiando análises históricas da educação brasileira e assumindo importância como categoria de pesquisa. O artigo revisa definições de cultura escolar de autores como Chervel, Forquin e Julia, e discute como o conceito tem sido aplicado no Brasil para entender dimensões da realidade educacional, como práticas pedagógicas e reformas.
A educação do corpo no colegio salesiano nossa senhora da vitoria 1943-1969gepef
Este documento discute a educação do corpo no Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória entre 1943-1969, investigando como a educação física contribuiu para a formação da elite capixaba. A educação física focava no desenvolvimento moral e cristão dos alunos da elite, preparando-os para liderar a sociedade. As atividades incluíam exercícios, ginástica, jogos e esportes como natação e futebol.
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados msPaulo Lima
Este artigo analisou as políticas educacionais no município de Dourados - MS, referentes à
tentativa de reorganização curricular no período de 1997 a 2005, considerando
respectivamente os governos municipais do PMDB e PT.
Nossas escolas não são as vossas as diferenças de classeMarcelo Batista
O texto aborda as relações entre sistema de ensino e classes sociais, partindo
de Bourdieu e valendo-se de estudos sobre a escolarização nas classes sociais no Brasil.
Extraíram-se, dos elementos empíricos, as constatações e análises sobre significado da
escola e processos de escolarização de grupos sociais, buscando princípios gerais ou pistas de investigação. É um esforço de sistematização para dispor de um quadro de referência para a investigação dos sistemas de ensino, particularmente os processos de escolarização. Verificou-se a comprovação do paradigma bourdieusiano de que, quando a
riqueza é distribuída de forma desigual, os modos dos grupos e classes se relacionarem
com o sistema de ensino dependem de suas propriedades e da importância dos bens culturais no conjunto das posses. A desconsideração disso faz do sistema de ensino instrumento da distribuição desigual das riquezas, em que são favorecidos os que dispõem de
condições prévias à sua recepção e acumulação e são excluídos os que não as possuem.
Escola Normal Rural e seu impresso estudantilMarianaBauer
Este documento discute o conteúdo do jornal estudantil "A Voz da Serra", publicado por alunos da Escola Normal Rural La Salle entre 1946-1950. Apesar do nome sugerir foco no mundo rural, os temas tratados priorizavam mais a socialização e formação religiosa do que a preparação para a vida no campo. O jornal refletia mais os valores incutidos na escola do que a formação declarada no curso.
Este documento apresenta um resumo de uma monografia sobre o esporte orientação. O documento discute a conceituação e características do esporte, faz um breve resumo histórico e propõe a inclusão do esporte orientação no currículo escolar brasileiro.
XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras". Evento realizado de 22 a 24 de novembro de 2013. Site do evento: http://seminarioefe.com
Este documento apresenta o plano de disciplina de Políticas Educacionais para o curso de Licenciatura, descrevendo seus objetivos, conteúdo, métodos de ensino, avaliação e bibliografia de referência.
Este artigo discute como o ensino de História no Brasil reflete a heteronormatividade e como isso contribui para a discriminação. Analisa como a disciplina foi formatada sob os interesses de um Estado heterossexual e como isso impede discussões sobre gênero e sexualidade. Defende um currículo que assegure a diversidade e a crítica de todas as formas de discriminação.
Este documento discute a abordagem da temática de gênero nos livros didáticos aprovados pelo PNLD 2013. Primeiro, apresenta a definição de gênero segundo os PCNs e Joan Scott. Em seguida, analisa como os livros representam os papéis de gênero e discutem a participação das mulheres na história. Por fim, cita um exemplo do livro do 9o ano que mostra uma imagem de uma mulher negra durante o Apartheid sem contextualizá-la adequadamente na luta contra o regime.
10 meninos e meninas - expectativas corporais -Amanda Cardoso
Este documento discute como as expectativas corporais de meninos e meninas são construídas socialmente e afetam a educação física escolar. Analisa como o gênero é uma construção cultural que difere entre culturas e como isso se manifesta na escola através do esporte e das interações entre alunos. Defende uma abordagem pedagógica que promova a igualdade e a inclusão de todos os alunos.
APONTAMENTOS SOBRE A HISTÓRIA DOS GRUPOS ESCOLARES NO BRASIL E NA PARAÍBAKivya Damasceno
Este documento descreve a história dos Grupos Escolares no Brasil e na Paraíba desde o século XIX. Apresenta o contexto político e educacional da época, como os Grupos Escolares surgiram como projeto republicano inspirado nos modelos europeus, e detalha a implantação do primeiro Grupo Escolar na Paraíba e nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Também inclui depoimentos e fotos de ex-professores sobre a metodologia de ensino e a organização dos primeiros Grupos Escolares.
Este documento descreve uma pesquisa sobre a educação física no Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória entre 1940-1960. O objetivo é identificar como o corpo era educado nos moldes da educação eclesiástica e como a educação física participou desse processo de formação da elite local. A pesquisa analisará documentos históricos, entrevistas e periódicos da época para entender como a educação física produziu corpos "dóceis" e "úteis" entre os estudantes, de acordo com os ideais da
O artigo discute os desafios da formação de professores de Educação Física para a Educação Básica no Brasil. Aponta que os cursos de licenciatura vêm enfrentando queda no número de matrículas e que há um distanciamento percebido entre a formação e a realidade das escolas. Defende que os modelos de formação precisam ser repensados para melhor preparar os professores para as demandas atuais, como a capacidade de lidar com dilemas cotidianos nas escolas.
O documento descreve o modelo de grupo escolar implementado no Brasil no final do século XIX como uma escola primária moderna com edifícios, livros didáticos e professores qualificados. Logo, vários estados implementaram esse modelo com o objetivo de construir uma nação civilizada através da educação universal. No entanto, a frequência irregular dos alunos das camadas mais pobres foi um problema, e os grupos escolares foram gradualmente substituídos pelo sistema de ensino de 1o grau a partir da década de 1970.
Currículo referência ed. física 6º ao 9º anotecnicossme
O documento apresenta uma retrospectiva histórica da Educação Física no Brasil desde o século XIX, destacando as diferentes abordagens e objetivos ao longo do tempo, desde a higiene e saúde até a esportivização durante a ditadura militar. Também discute pressupostos teóricos atuais como a concepção da cultura corporal de movimento e a integração da Educação Física ao projeto pedagógico da escola.
O documento discute o ensino de história no Brasil durante a ditadura militar de 1964 a 1985. Ele analisa como o regime interferiu no ensino da disciplina através de reformas curriculares que substituíram a história por estudos sociais e introduziram novas disciplinas como Educação Moral e Cívica. O objetivo era adequar o ensino de história aos interesses da ditadura e subordinar a população através de uma visão factual e nacionalista do passado.
A DA INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO DE HISTÓRIA Ócio do Ofício
1. O documento discute a importância da interdisciplinaridade no ensino de história.
2. Foi realizado um estudo em três escolas de Videira e Iomerê, Santa Catarina para mostrar a eficiência da abordagem interdisciplinar no ensino e aprendizagem de história.
3. Através da abordagem interdisciplinar, os estudantes demonstraram maior interesse e capacidade de contextualizar e compreender os conceitos históricos.
1) O documento discute a historiografia da Educação Física no Brasil entre 1900-1930, quando o país passava por um projeto de modernização.
2) A Educação Física surgiu nesse período como forma de "educar o corpo" e foi incorporada à escola para ajudar a formar o "novo homem brasileiro".
3) Havia um debate sobre como a Educação Física poderia colaborar com a modernização do país, moralizando e higienizando a população.
REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA: DA DITADURA MILITAR AO LIVRO DIDÁTICO D...amiltonp
Este capítulo discute o ensino de história nas décadas de 1970 e 1980 no Brasil, período da ditadura militar. O regime ditatorial controlou ideologicamente a disciplina histórica para legitimar o golpe de 1964 e formar cidadãos obedientes. A disciplina Educação Moral e Cívica foi introduzida para inculcar valores conservadores. A história ensinada enfatizava fatos políticos e valorizava os dirigentes como modelos a serem seguidos, sem estimular o pensamento crítico. Havia uma lacuna entre a hist
Este documento apresenta um guia para discussão sobre currículo nas escolas brasileiras com o objetivo de promover debates sobre concepções de currículo. Ele aborda cinco eixos principais: currículo e desenvolvimento humano; direitos de educadores e educandos e o currículo; currículo, conhecimento e cultura; diversidade e currículo; e currículo e avaliação. O documento convida gestores e professores a refletirem sobre essas questões e como elas se relacionam à prática pedagógica.
O documento discute os desafios do ensino da sociologia no Brasil. A sociologia foi banida por décadas e sua reintrodução no ensino médio enfrentou resistências. A disciplina ainda luta por reconhecimento devido à falta de tradição, professores qualificados e recursos. Além disso, as ciências sociais ocupam posição periférica na hierarquia de saberes nas escolas.
A cultura escolar como categoria de análise e como campo de investigação na h...Mônica Santos
Nos últimos 30 anos, o conceito de cultura escolar vem subsidiando análises históricas da educação brasileira e assumindo importância como categoria de pesquisa. O artigo revisa definições de cultura escolar de autores como Chervel, Forquin e Julia, e discute como o conceito tem sido aplicado no Brasil para entender dimensões da realidade educacional, como práticas pedagógicas e reformas.
A educação do corpo no colegio salesiano nossa senhora da vitoria 1943-1969gepef
Este documento discute a educação do corpo no Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória entre 1943-1969, investigando como a educação física contribuiu para a formação da elite capixaba. A educação física focava no desenvolvimento moral e cristão dos alunos da elite, preparando-os para liderar a sociedade. As atividades incluíam exercícios, ginástica, jogos e esportes como natação e futebol.
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados msPaulo Lima
Este artigo analisou as políticas educacionais no município de Dourados - MS, referentes à
tentativa de reorganização curricular no período de 1997 a 2005, considerando
respectivamente os governos municipais do PMDB e PT.
Nossas escolas não são as vossas as diferenças de classeMarcelo Batista
O texto aborda as relações entre sistema de ensino e classes sociais, partindo
de Bourdieu e valendo-se de estudos sobre a escolarização nas classes sociais no Brasil.
Extraíram-se, dos elementos empíricos, as constatações e análises sobre significado da
escola e processos de escolarização de grupos sociais, buscando princípios gerais ou pistas de investigação. É um esforço de sistematização para dispor de um quadro de referência para a investigação dos sistemas de ensino, particularmente os processos de escolarização. Verificou-se a comprovação do paradigma bourdieusiano de que, quando a
riqueza é distribuída de forma desigual, os modos dos grupos e classes se relacionarem
com o sistema de ensino dependem de suas propriedades e da importância dos bens culturais no conjunto das posses. A desconsideração disso faz do sistema de ensino instrumento da distribuição desigual das riquezas, em que são favorecidos os que dispõem de
condições prévias à sua recepção e acumulação e são excluídos os que não as possuem.
Escola Normal Rural e seu impresso estudantilMarianaBauer
Este documento discute o conteúdo do jornal estudantil "A Voz da Serra", publicado por alunos da Escola Normal Rural La Salle entre 1946-1950. Apesar do nome sugerir foco no mundo rural, os temas tratados priorizavam mais a socialização e formação religiosa do que a preparação para a vida no campo. O jornal refletia mais os valores incutidos na escola do que a formação declarada no curso.
Este documento apresenta um resumo de uma monografia sobre o esporte orientação. O documento discute a conceituação e características do esporte, faz um breve resumo histórico e propõe a inclusão do esporte orientação no currículo escolar brasileiro.
XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras". Evento realizado de 22 a 24 de novembro de 2013. Site do evento: http://seminarioefe.com
Este documento apresenta o plano de disciplina de Políticas Educacionais para o curso de Licenciatura, descrevendo seus objetivos, conteúdo, métodos de ensino, avaliação e bibliografia de referência.
Este artigo discute como o ensino de História no Brasil reflete a heteronormatividade e como isso contribui para a discriminação. Analisa como a disciplina foi formatada sob os interesses de um Estado heterossexual e como isso impede discussões sobre gênero e sexualidade. Defende um currículo que assegure a diversidade e a crítica de todas as formas de discriminação.
Este documento discute a abordagem da temática de gênero nos livros didáticos aprovados pelo PNLD 2013. Primeiro, apresenta a definição de gênero segundo os PCNs e Joan Scott. Em seguida, analisa como os livros representam os papéis de gênero e discutem a participação das mulheres na história. Por fim, cita um exemplo do livro do 9o ano que mostra uma imagem de uma mulher negra durante o Apartheid sem contextualizá-la adequadamente na luta contra o regime.
O documento discute como o contexto escolar reproduz preconceito racial e de gênero contra mulheres negras e como teorias racistas do passado ainda influenciam o imaginário social e práticas educativas. A pesquisa mostra que a ideologia racial está presente em frases e atitudes cotidianas e interfere na carreira docente de professoras negras.
Este relatório discute a questão da diversidade de gênero e étnico-racial na educação e sociedade brasileira. Apresenta os desafios de promover uma gestão escolar democrática e inclusiva que erradique preconceitos e garantam igualdade de direitos. Argumenta que a escola reproduz discriminações de gênero e étnico-raciais, e que é necessário problematizar esses discursos para uma educação transformadora.
Este documento apresenta um resumo de estudos sobre violência nas escolas brasileiras realizados entre 1980 e 2009. Foram identificados 411 documentos e 549 autores de pelo menos 11 áreas do conhecimento. A pesquisa mostra que existe uma produção significativa sobre o tema, porém grande parte permanece invisível. Isso dificulta o desenvolvimento de uma comunidade científica e a incorporação deste conhecimento em políticas públicas.
1. O documento discute as políticas públicas para a diversidade cultural no Brasil e os desafios para educadores após a aprovação de diretrizes curriculares nacionais sobre relações étnico-raciais.
2. Apresenta um dossiê com artigos que mapeiam a implementação da lei que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas uma década após sua aprovação.
3. Os artigos abordam temas como representações sociais sobre trabalho infantil, leit
1) O artigo discute como a educação física deve levar em conta a diversidade cultural dos alunos sem cair no relativismo ou reducionismo.
2) A diversidade cultural envolve as subjetividades dos alunos e como eles se relacionam, não apenas características visíveis.
3) O autor defende que a educação física deve adotar uma perspectiva intercultural, com foco no diálogo entre culturas, considerando a alteridade.
Corpo, genero e sexualidade anderson ferrari - cláudia maria ribeiro - ron...pibidpedagogiaufla
O documento apresenta um resumo do seminário "Corpo, Gênero e Sexualidade" realizado em 2014 na UFLA e UFJF. O seminário teve como objetivo discutir como os corpos são produzidos na sociedade contemporânea em relação a gênero e sexualidade. Contou com a participação de pesquisadores do Brasil e exterior e abordou temas como corpos e contemporaneidade, educação, corpo e arte/esporte, e corpos e resistências.
Educação para as relações étnico-raciais - experiências e reflexões.pdfJOSEFLAVIODAPAZ
Este texto apresenta um diálogo entre a perspectiva teórica do multiculturalismo crítico e a formação docente e prática de ensino para a diversidade étnico-racial. Aborda conceitos como multiculturalismo, educação multicultural e as quatro formas de expressão do multiculturalismo segundo McLaren. Defende que a educação deve promover o respeito à diversidade cultural a partir da desconstrução de processos históricos de dominação.
O documento discute como a mídia e a escola abordam os conceitos de gênero e sexualidade, questionando se reproduzem estereótipos limitantes. Uma pesquisa analisou como a revista Capricho e o programa Malhação tratam esses temas, encontrando uma abordagem que dita normas rígidas. A escola deve ensinar os jovens a pensarem criticamente sobre esses assuntos.
livro Ideologia Do Movimento Escola Sem Partido.pdfzetinha
O artigo argumenta que o movimento "Escola Sem Partido" é ideológico em si mesmo, ao pretender impor uma visão de mundo conservadora sob a alegação de neutralidade. Defende que a educação sempre transmite valores e que o pluralismo é o caminho para a escola pública.
As teóricas feministas americanas trataram de encontrar uma perspectiva capaz de dar conta do psíquico e articular-se com relatos sociais e históricos sobre as mulheres. Judith Butler propôs que gênero é um processo que articula sexo, desejo e prática sexual, no qual o corpo é moldado pela cultura através do discurso.
O documento discute o conceito de gênero e como as diferenças entre homens e mulheres são socialmente construídas, não determinadas biologicamente. Aborda como as culturas criam padrões de gênero associados aos corpos masculinos e femininos, e como isso leva a desigualdades. Também apresenta breve histórico do movimento feminista e do desenvolvimento do conceito de gênero pelas ciências sociais.
O documento discute as mudanças ocorridas no ensino de história no Brasil nas últimas décadas, incluindo a organização de conteúdos por eixos temáticos em vez de cronologia, e a introdução de temas da história do Brasil já nos primeiros anos do ensino fundamental. Também analisa como os currículos de história refletem visões políticas e culturais através da seleção de conteúdos.
a dificuldade presente entre o professorado, tanto de tornar a cultura um eixo central do processo curricular, como de conferir uma orientação multicultural às suas práticas.
O documento resume um artigo que discute a importância de se levar em conta a pluralidade cultural na educação escolar. Os autores defendem que a escola deve ser vista como um espaço de encontro entre culturas diferentes, e não como transmissora de uma única cultura hegemônica. Eles também apontam práticas concretas para tornar o ensino mais inclusivo e apontar preconceitos internalizados.
O documento discute a fundamentação teórica do Sistema Paulo Freire, destacando 3 postulados fundamentais: a igualdade ontológica de todos, a acessibilidade ilimitada do conhecimento e a comunicabilidade ilimitada do conhecimento. Também apresenta as etapas do Sistema Paulo Freire de educação desenvolvido na Universidade do Recife na década de 1960, incluindo a alfabetização infantil e de adultos e diferentes níveis de formação.
Semelhante a Educação física escolar e as relações raciais e de gênero uma relação possível (20)
Educação física escolar e as relações raciais e de gênero uma relação possível
1. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E AS RELAÇÕES RACIAIS E DE GÊNERO:
UMA RELAÇÃO POSSÍVEL
[...] falta ainda estimular debates mais ampliados na escola sobre perspectivas de
políticas e programas pedagógicos em relação às crianças e aos jovens, considerando
sua diversidade e as desigualdades, segundo raça, gênero, classe e outras demarcações
sociais. Cabe também refletir sobre como a escola lida e se prepara para a diversidade
e colabora tanto para a formação de sujeitos de direitos, como se constitui em lugar de
exercício de cidadanias, inclusive a étnico-cultural e por gênero, considerando, insiste-
se, singularidades de crianças e jovens (CASTRO, 2008, p. 8).
Resumo
O presente texto apresenta resultados de pesquisa realizada em Escola Estadual de São
Paulo. A pesquisa de inspiração etnográfica consistiu em 80 horas de observação de
aulas em turmas de 5ª, 6ª e 7ª séries do Ensino Fundamental, tendo como principal
objetivo a identificação de como são as relações de gênero durante as aulas de Educação
Física. Durante o processo de investigação foram estabelecidas três categorias
norteadoras, que foram organizadas em forma de pergunta. 1) Como os/as docentes
separam ou misturam os/as alunos/as durante as aulas de Educação Física? 2) Como
as atividades, nas aulas de Educação Física, podem reforçar as diferenças
hierarquizadas entre o feminino e o masculino? 3) Como o lidar com a corporeidade de
meninas e meninos, nas aulas de Educação Física, relaciona-se com as construções de
gênero elaboradas na realidade escolar tanto por alunos e alunas quanto pelos/as
docentes? Foi constatado que as relações de gênero, nas aulas de Educação Física da
Escola investigada, reforçam as diferenças hierarquizadas e que estão intrinsecamente
relacionadas ao modo como os professores lidam com os/as alunos/as, com as formas
como os professores separam ou misturam meninas e meninos e com a sistematização e
escolha dos temas/conteúdos tratados durante o período letivo. No entanto, também
foram observadas diversas formas de resistência que são desenvolvidas no decorrer da
prática pedagógica, e que, para além das relações de gênero, também há produção de
inúmeros conflitos que remetem as questões raciais. Ao final, foi constatado que tanto
gênero como raça são categorias que estão intrinsecamente relacionadas e que, torna-se
emergente, tanto nas políticas educacionais, quanto na prática pedagógica, um trabalho
voltado à problematização de ambas as categorias, considerando aquilo que a
pesquisadora Mary Castro chamou de a alquimia das categorias sociais na produção do
sujeito político (CASTRO, 1992).
Palavras-chave: Educação Física Escolar, Política Educacional, Relações de Gênero,
Relações Raciais.
Luciano Nascimento Corsino
Universidade Federal de São Paulo
Prefeitura de São Paulo
Rede estadual de São Paulo
XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012
Junqueira&Marin Editores
Livro 1 - p.003654
2. 2
Introdução
Atualmente é possível perceber um grande movimento voltado à eliminação das
mais diversas hierarquizações sociais presentes em nossa sociedade. No Brasil, o
colonialismo foi um período responsável pelas profundas desigualdades raciais, na
sequência, as teorias racialistas acabaram por justificar as ações colonialistas, que ainda
é presente nas relações sociais, mesmo que de forma velada. Após a Segunda Guerra,
muitos movimentos institucionais, como o da UNESCO, que resultou na reescrita da
História da África, se debruçaram e se organizaram com o principal objetivo de
eliminação das profundas desigualdades raciais em nossa sociedade.
Na América, engendraram-se alguns movimentos como o Pan-africanismo, a
Négritude e a Consciência Negra, que foram cruciais para a contestação ideológica ao
colonialismo. Apesar de serem iniciados em países da América, estes movimentos
foram disseminados por toda a Europa e resultaram em consideráveis mudanças
políticas e sociais na luta contra a hegemonia europeia.
No Brasil, diversas pesquisas passaram a analisar e denunciar os livros didáticos,
que até então não correspondiam à realidade dos/as alunos/as, apresentando
problematizações e imagens de origem europeia, que desconsiderava totalmente a
história e a cultura afro-brasileira.
Como reflexo destas lutas, foi apenas no ano de 2003 que se promulgou a Lei
10.639/03, responsável por alterar a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional
9.394/96. De acordo com a publicação, os conteúdos referentes à História e Cultura
Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial
nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira. Nesse sentido, a
Lei propicia e fundamenta, para todo o currículo escolar e, no caso da Educação Física,
o tratamento de temas como a Capoeira e as Danças Afro-Brasileiras, fato que
representou inegável avanço no que diz respeito à abordagem de temas relacionados às
minorias sociais nas políticas educacionais em nosso país.
Assim como ocorreu com as questões étnico-raciais, as relações de gênero
também tiveram um percurso regado por lutas representadas por movimentos sociais.
Na Educação, apesar da existência de trabalhos dedicados às relações de gênero, foi a
partir do ano de 1990, com a chegada do artigo “Gênero: uma categoria útil de análise
histórica” da pesquisadora americana Joan Scott, que houve uma considerável difusão
de pesquisas nos diferentes setores relacionados à Educação.
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3. 3
A Educação Física foi uma das áreas as quais adotou o gênero como uma
categoria possível para análise das construções das diferenças hierarquizadas. Estes
estudos (ROMERO, 1990; SOUSA, 1994; ALTAMNN, 1998; SARAIVA 2005;
CORSINO, 2011 e outras) foram responsáveis por denunciar as diversas práticas
hierarquizadas no interior da escola, apontando a emergência de uma prática pedagógica
coeducativa.
Gênero e Raça na Educação Física Escolar
Atualmente, o debate acerca das relações de gênero na Educação Física Escolar
encontra-se em crescimento, permeando e promovendo uma intersecção entre diversas
temáticas, como corpo, raça, mídia, esporte, lazer e sexualidade, estas são consideradas
lócus de pesquisa e intervenção pedagógica. No entanto, não é o que parece quando
pensamos sobre a temática étnico-racial na Educação Física Escolar. Corsino e Auad
(2011) realizaram um levantamento sobre trabalhos que abordam esta temática, diante
dos dados inicialmente coletados, o autor e a autora apontaram que parece haver
necessidade de estudos que contemplem a relação entre gênero e raça, considerando-se
que a formação do sujeito político é permeada pelas categorias sociais em questão.
Como desfecho do trabalho, os/as autores/as levantaram os seguintes
questionamentos: Por que parece se considerar menos raça do que gênero e, ainda
assim, por que gênero é tão pouco adotado nos estudos? (p. 6). Trata-se de pesquisa em
andamento, que busca identificar as causas das múltiplas invisibilidades, considerando-
se, sobretudo, que raça ainda é menos estudado e problematizado na Educação Física
Escolar do que gênero. Sendo assim, há de se questionar os motivos da desconsideração
de ambas as categorias, tanto em conjunto quanto isoladamente.
Jesus (2008) apresenta fatos explícitos de racismo no esporte contemporâneo.
Após a descrição dos fatos racistas, o autor aponta os seguintes questionamentos:
Por que ainda presenciamos situações de racismo na sociedade? Por que
apesar de todas as atrocidades que as teorias racialistas já promoveram para a
humanidade, ainda são presentes e ressignificadas? Qual o papel do
profissional de Educação Física sobre esse fato? Está sendo oferecido o
conhecimento sobre cultura africana e afro-brasileira nas escolas básicas
brasileiras? O currículo de Educação Física escolar atende as diretrizes da Lei
10.639/03? (JESUS, 2008, p. 172).
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Ao acreditar na possibilidade de professoras e professores de Educação Física
contribuir com seus/suas alunos/as, engendrando o debate acerca do racialismo a partir
da lei 10.639/03, que dá subsídios para isso, o autor apresenta a origem da teoria do
racismo na sociedade francesa entre os séculos XVII e XIX (p. 172). Para ele é
importante que os/as professores/as conheçam a história do pensamento sobre a
diversidade humana, tendo em vista que até hoje sofremos suas consequências.
Ao tratar das relações de gênero nas aulas de Educação Física, Sousa e Altmann
(1999) apontam que apesar de atualmente o esporte ser apresentado como uma prática
para homens e mulheres, independentemente da modalidade, ainda é um tema
generificado e responsável por grande parte da construção das diferenças hierarquizadas
no âmbito da Educação Física Escolar, considerando-se, contudo, categorias como
gênero, força, idade e habilidade.
Em relação às formas de organização das aulas de Educação Física, no que se
refere à constituição de turmas separadas por sexo, Dornelles e Fraga (2009) analisam
as várias formas de separação no interior das aulas. Nesse sentido, os/as autores/as
indicam a necessidade de um olhar mais aprofundado sobre as formas de organização
em relação aos/as alunos/as, sem desprezar as separações como uma forma possível de
configuração das relações de gênero, tendo em vista que, para eles/as, as turmas mistas,
por si só, não garantem o término das hierarquizações.
Ao se apoiar nos Estudos Culturais e de Gênero, os/as pesquisadores/as Neira,
Santos Júnior e Santos (2009) ressaltam como a mídia, principalmente a televisiva, pode
construir a noção de feminilidade através dos discursos empreendidos cotidianamente.
Nesse sentido, os/as autores/as entendem a Educação Física Escolar como uma
disciplina que pode promover ações pedagógicas, no sentido de proporcionar aos/as
alunos/as uma reflexão crítica, de modo que haja um olhar cuidadoso sobre o que é
apresentado como um corpo feminino na TV, favorecendo um processo de
desconstrução das ideias impostas como verdadeiras.
Em relação à Educação Física Escolar, no Ensino Fundamental I, Moreno e
Gomes (2011), realizaram uma análise da produção acadêmica, a partir de um
levantamento de teses e dissertações em diversas Universidades do país. O objetivo
principal foi identificar os estudos que se debruçaram a investigar as relações de gênero
nessa modalidade de ensino, contemplando alunos/as em uma faixa etária de 7 a 10 anos
de idade. Após o levantamento, as autoras encontraram apenas 5 trabalhos relacionados
ao tema. Nesse sentido, a pesquisa indica pouca produção acerca das relações de gênero
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no Ensino Fundamental I, e ainda aponta que os estudos analisados pressupõem uma
ênfase muito maior no que diz respeito aos jogos e esportes, não contemplando outras
manifestações da Cultura Corporal, como a luta, a dança e a ginástica.
Pereira (2009) analisou as relações de gênero presentes em aulas em que os
temas eram a dança e o futebol, segundo o autor, as desigualdades estão presentes em
ambas as manifestações. Fundamentado em uma concepção freiriana, o autor ressalta a
importância do diálogo com os/ alunos/as, de forma a considerar as relações de gênero,
destacando a dança e o futebol como temas privilegiados para uma problematização que
se direcione para uma prática igualitária.
Ao se debruçar na investigação sobre os sentidos de gênero que permeiam as
aulas de Educação Física em turmas de Ensino Fundamental I, em escola estadual da
cidade de Campinas, Fernandes (2008) constatou que os sentidos nas aulas de Educação
Física das turmas de 1ª e 2ª série estão marcados pelos binarismos, fundamentado em
um sistema heteronormativo, mas que, ao mesmo tempo em que dita certas normas,
abre espaço para relações espontâneas, que cruza as fronteiras estabelecidas.
Ao realizar pesquisa em Escola Municipal de Ensino Fundamental, Auad (2004)
identificou que as relações durante as aulas se dão por meio de complexas relações de
poder. A autora considerou que as professoras potencializavam as diferentes habilidades
entre meninas e meninos, reforçando e estimulando uma interiorização das expectativas
do que é mais adequado aos meninos e do que é mais adequado às meninas.
Havia, por exemplo, crianças que cruzavam as fronteiras estabelecidas, porém,
estas eram vistas como crianças que saíam dos padrões, como um problema, ou seja,
como um caso que necessitaria de atenção individual, pois tais transgressões não eram
socialmente aceitas.
As relações de gênero imprimem os significados nos corpos, construindo as
habilidades esperadas tanto para meninas, quanto para meninos. Assim, é possível
perceber como o corpo, mesmo seus aspectos biológicos, é influenciado pela cultura, e,
mais do que influenciado, formado por cultura e expressão dela.
Sousa (1994) mostra que o Estado, a Medicina, o Exército, a Igreja Católica, a
Família e a Indústria Cultural influenciaram fortemente os valores socializados em
nossa sociedade, que chegavam à escola como algo necessário a ser cumprido. Em Belo
Horizonte, local em que realizou sua pesquisa, a autora salienta que as construções dos
corpos femininos e masculinos se davam a partir de pressupostos biopsicológicos, que,
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atrelados aos conteúdos de ensino, impunham uma ideia que masculinizava os esportes
e, em contrapartida, feminizava as atividades artísticas.
Partindo-se de tais constatações, percebe-se a importância de se considerar o
corpo também como uma construção que sofre influência e é constituído,
constantemente, pelas relações de gênero, havendo a necessidade de uma análise no
sentido de questionar como são as construções dos corpos nas misturas e separações da
Educação Física, com o intuito principal de direcionar para uma Educação Física
Escolar Coeducativa.
Para Saraiva (2002), as práticas coeducativas na Educação Física Escolar,
apontam para resultados satisfatórios, no que diz respeito à diminuição e eliminação das
práticas hierarquizadas no Esporte e no Lazer, fato que enfatiza a necessidade de ações
pedagógicas que considerem as relações de gênero.
Nessa perspectiva, uma Educação Física Escolar Coeducativa promoveria a
igualdade de valorização entre o masculino e feminino, assim como a percepção da
existência de diferentes masculinos e diferentes femininos, todos eles passíveis de
mérito e de valorização em variados contextos. Tal projeto igualitário tornaria as
vivências corporais não enclausuradas no âmbito do que é ideal para meninos e para
meninas, no que é aceito como habilidade e como competência para cada um dos sexos.
Trata-se de uma perspectiva na qual a noção de habilidade é também desconstruída e, a
partir disso, paradigmas e práticas da área de Educação Física Escolar são questionados.
Percursos Metodológicos
A escolha da pesquisa etnográfica se dá em meio a necessidade de se conhecer
o objeto a partir de seu próprio ponto de vista. A etnografia estuda, preponderantemente,
os padrões mais previsíveis do pensamento e comportamento humano, manifestos em
sua rotina diária, estuda ainda os fatos e/ou eventos menos previsíveis ou manifestados
particularmente em determinado contexto interativo entre as pessoas ou grupos
(MATTOS, 2001, p. 2).
Para Vicente Molina Neto, a etnografia “é o estudo descritivo (graphos) da
cultura (ethnos) de um grupo. Insere-se no conjunto de métodos e procedimentos de
investigação agrupados sobre os descritores qualitativo, interpretativo e hermenêutico”
(MOLINA NETO, 2005, p. 183). Segundo o autor, há duas modalidades que podem ser
utilizadas como opção metodológica efetiva na Educação Física: a primeira trata das
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etnografias educativas, utilizadas para investigar problemas educacionais, como as
dificuldades de aprendizagem, avaliação e os pontos de vistas dos/as próprios/as
alunos/as quanto as suas perspectivas. A segunda é denominada por Molina Neto como
etnografia crítica: trata dos estudos que pretendem investigar os problemas de ordem
social, ocorridos na escola.
As denominadas etnografias críticas, em que o investigador junta aos
procedimentos etnográficos a tradição da teoria crítica tentando desvelar,
por meio da dialética entre o ser e o dever-ser, as situações de injustiça e
opressão a que estão submetidos os grupos e/ou seus membros, como a
questão da mulher, dos idosos e das pessoas com necessidades especiais
(MOLINA NETO, 2005, p. 185).
Nesse sentido, a etnografia crítica se desenhou como importante meio para se
atingir os objetivos propostos na pesquisa apresentada. Considerando gênero como uma
categoria de análise social, pretendeu-se desenvolver um olhar potencializado de gênero
para enxergar as relações como uma construção social. Nesse sentido,
aventurar-se pelo estudo etnográfico significa penetrar num determinado
universo sociocultural na busca de decifrar “estranhos” códigos, ler
entrelinhas, perceber comportamentos, “pescar” discursos e falas, interpretar
significados, enfim, filtrar o dito e o não dito pelos atores sociais no que se
refere à problemática de algum estudo (OLIVEIRA; DAOLIO, 2007, p. 141).
Nesse sentido, o estudo do qual o presente texto apresenta, buscou a realização
de uma investigação aprofundada no que se refere à observação das aulas de Educação
Física. Foram realizadas 80 horas de observações, abrangendo turmas de 5ª, 6ª e 7ª
séries do Ensino Fundamental II, em escola da rede estadual de São Paulo. As
observações foram anotadas em diário de campo e os dados foram confrontados com a
produção científica, considerando-se como referencial teórico, principalmente, a
contribuição dos Estudos Culturais e dos Estudos de Gênero.
Resultados
Durante pesquisa de mestrado Corsino (2011) investigou a prática pedagógica de
professores e as relações de gênero entre alunos/as nas aulas de Educação Física de uma
escola na rede estadual de São Paulo, o autor concluiu que há necessidade de que o/a
professor/a potencialize seu olhar, de modo que as relações de gênero sejam
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cuidadosamente percebidas, orientadas e problematizadas, desde a forma de
organização dos/as alunos/as nas aulas, até a escolha dos temas e conteúdos a serem
abordados durante o período letivo. O autor também chamou a atenção para a
necessidade de que a formação inicial de professores/as contemple as questões de
gênero e de raça, que são emergentes na constituição das identidades de meninas e
meninos no interior da escola, e estão inter-relacionadas.
Raça e gênero são duas categorias as quais estão presentes no interior das
relações sociais nas práticas escolares, tais categorias exerceram importante papel nos
processos históricos em que os elementos culturais (SANCHES NETO et al., 2006;
SANCHES NETO e BETTI, 2008) da Educação Física Escolar foram constituídos
(Esporte, Jogo, Ginástica, Brincadeira, Luta, Dança, AVD). Nesse sentido, as práticas
discursivas que ditam o que é masculino ou feminino, como o balé para as meninas e o
futebol para os meninos, estão constantemente reconfigurando estes elementos, que não
são estáveis e, portanto, são passíveis de transformação.
A forma como os quatro professores organizavam suas aulas eram muito
parecidas, três deles separavam meninas e meninos, ora dividindo a quadra ao meio, ora
dividindo o tempo para cada grupo de alunos/as. A prática de separação entre meninas e
meninos é motivada pela falsa sensação de igualdade e, principalmente, pelo
silenciamento dos conflitos de gênero
As relações de gênero nas aulas de Educação Física da Escola do Princípio
constroem falsas representações em discentes e docentes de que as turmas
separadas, apesar de estarem dentro do mesmo horário e espaço, são
melhores para a organização, socialização e rendimento das aulas. Estas
práticas geram uma forma de silenciamento dos conflitos. Apesar de separar
as turmas por sexo, os professores não conseguiam fugir dos conflitos. [...]
Tal fato, consequentemente, desconsiderava as diferenças, impondo uma
falsa sensação de igualdade (CORSINO, 2011, p. 130).
Ao observar os temas trabalhados durante as aulas investigadas, Corsino (2011)
relata que percebeu que as aulas de Educação Física na escola pesquisada são
organizadas segundo três modalidades esportivas coletivas e uma individual. Para o
autor, o desenvolvimento de todas estas modalidades apresentou inegável aumento das
hierarquizações de gênero nas aulas de Educação Física
O que se pode compreender é que o tratamento dos conteúdos, muito pouco
ou nada, se relacionava com as construções de gênero elaboradas no
cotidiano das aulas observadas. Ao contrário, a forma como os conteúdos
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eram tratados se encaminhavam num sentido de potencializar as diferenças
hierarquizadas naquele ambiente. Os temas propostos não fugiam do esporte,
e as formas como as modalidades esportivas eram tratadas não iam ao
encontro de uma Educação Física Escolar Coeducativa (CORSINO, 2011, p.
131).
Os temas trabalhados durante as aulas, muito pouco ou nada se relacionava com
as proposições do Currículo da rede Estadual, que era o documento responsável por
direcionar o planejamento dos/as professores/as e apresentava diversas possibilidades de
tratamento dos elementos culturais nas aulas de Educação Física
Durante a maioria das aulas observadas, não foi possível perceber o
tratamento da Proposta Curricular do Estado de São Paulo – Educação
Física, documento responsável por nortear as ações docentes. Com exceção
de um professor que trabalhou o Atletismo, os outros utilizaram os conteúdos
sugeridos pelo documento apenas como uma forma de solicitar trabalhos e
pesquisas (CORSINO, 2011, p. 130).
Entende-se, porém, que a utilização do Currículo poderia contribuir fortemente
com a diversificação de conteúdos, fato que seria de considerável relevância para a
problematização das relações étnico-raciais e de gênero, tendo em vista que o citado
Currículo oferece temas como danças regionais, capoeira e outros elementos que se
relacionam diretamente com estas categorias sociais.
Considerações finais
Ao final constatou-se que as aulas de Educação Física, na escola pesquisada,
oferecem diversas práticas hierarquizantes, tanto de gênero como de raça. Nas aulas em
que as turmas eram separadas os conflitos apareciam de forma velada, mas não
desapareciam. Por outro lado, nas aulas em que as turmas eram separadas por sexo, os
conflitos eram explícitos e prejudicavam seu andamento. No entanto, entende-se que as
aulas misturadas, apesar de não oferecer a coeducação, é um dos caminhos para tal.
Os temas trabalhados durante as aulas reforçavam as hierarquizações de gênero e
de raça durante as aulas e não contemplaram as orientações do Currículo do Estado, que
oferece temas diversificados e que, portanto, pode ser importante para o tratamento de
raça e gênero na Educação Física.
A pesquisa a qual se noticia sugere a intersecção entre ambas as categorias, de
modo que se realize uma profunda análise tanto de raça como de gênero na Educação
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Física Escolar, considerando-se, sobretudo, a intersecção destas categorias na produção
do sujeito político.
Nesse sentido, há de se considerar as múltiplas diferenças, entendendo-se que
elas não podem ser argumento para as separações, mas, sim, para que meninas,
meninos, brancos/as e negros/as, estejam misturados durante as aulas de Educação
Física, e tenham oportunidade de acesso a todas as atividades oferecidas de forma igual.
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