O documento descreve os principais setores e exames de um laboratório clínico, incluindo hematologia, imunologia, bioquímica, urinálise, microbiologia, parasitologia e hormônios. Detalha os procedimentos de coleta e separação de amostras, e os instrumentais utilizados nos diferentes setores para análises e diagnósticos.
1. Relatório de Visita
Introdução
A interpretação de exames laboratoriais é uma atividade de extrema importância na atividade
clínica, já que a correta avaliação dos exames laboratoriais auxilia no reconhecimento de
disfunções.
Atualmente, o exame laboratorial, que até então servia somente para confirmar problemas ou
alterações, tornou-se o principal meio para encontrar as origens das doenças.
É essencial que o profissional que realiza as análises (farmacêutico, bioquímico ou
biomédico) efetue uma correta interpretação de exames laboratoriais para correlacionar as
respostas obtidas com o estado clínico informado. Repetir testes duvidosos para um controle
de qualidade mais efetivo garante confiabilidade aos resultados.
Além disso, é necessário considerar que os pacientes aprenderam a questionar o significado
dos resultados presentes em seus exames. Desta forma, o paciente conhece, mesmo que
superficialmente, as respostas presentes em seus exames laboratoriais.
Alguns setores e exames mais comuns:
Hematologia Clínica: tem como função o estudo do sangue, seus distúrbios e doenças.
Estuda seus elementos figurados como os glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos
(leucócitos) e plaquetas, além de estudar os órgãos onde são produzidos, como a medula
óssea, o linfonodo e o baço.
Existem várias doenças relacionadas ao sangue. As mais conhecidas são a anemia, hemofilia
e a leucemia. A anemia é uma patologia presente principalmente entre pessoas carentes de
determinados nutrientes. Há também doenças com origens genéticas e também as causadas
por alguns medicamentos. O exame mais conhecido do ramo da Hematologia é o
Hemograma, que tem grande importância como medidor de infecções e de outras doenças.
Imunologia Clínica: é o estudo de patologias causadas por distúrbios do sistema
imunológico, que protege o organismo de doenças. Ainda que o sistema imune seja muito
complexo, certos componentes que o integram são facilmente detectados, como por exemplo,
os anticorpos. As disfunções causadas por distúrbios no sistema imunológico são divididas
em grandes categorias: imunodeficiência, em que partes do sistema imunológico não
conseguem dar uma resposta adequada ao organismo (exemplos incluem a doença
granulomatosa crônica), e auto-imunidade, em que o sistema imunológico ataca as defesas
do próprio corpo (os exemplos incluem o lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide,
doença de Hashimoto e miastenia gravis). A doença mais conhecida que afeta o sistema
imunitário é a AIDS, causada pelo vírus HIV.
A Bioquímica Clínica é responsável por investigar materiais orgânicos, como sangue e urina.
Os resultados apontam alterações metabólicas responsáveis pelo desenvolvimento de
doenças.
Múltiplos exames estão inseridos no campo da bioquímica clínica: avaliação de proteínas,
aminoácidos, enzimas, lipídeos, minerais, eletrólitos, aspectos bioquímicos da hematologia,
como o ferro sérico, hormônios, marcadores tumorais, líquidos orgânicos, substâncias do
sistema hepatobiliar, dentre outros analitos, que podem ser analisados quantitativamente
e/ou qualitativamente.
A identificação das doenças e as terapias apropriadas só podem ser estabelecidas com o
emprego dessas análises. Atualmente, as investigações bioquímicas estão presentes em
2. todos os ramos da medicina e fortemente inseridas nas relações médico-paciente. Exames
mais conhecidos inclusos neste ramo são a dosagem de Glicose, Colesterol, Triglicerídios,
Ácido Úrico, Uréia, Ácido Fólico, entre outros.
A Urinálise é o setor responsável pela avaliação da função renal. Na detecção das infecções
do trato urinário, o Exame de Urina (EQU) é um elemento indispensável e amplamente
utilizado pelos médicos. Como as infecções do trato urinário podem resultar em complicações
mais graves, o diagnóstico precoce é de extrema importância.
O exame da urina verifica diversas patologias e monitora o progresso destas doenças no
organismo. Permite acompanhar a eficácia do tratamento e também constatar a cura. Muitos
consideram que o exame de urina avalia somente doenças renais, mas, com este exame
pode-se analisar também o funcionamento do pâncreas endócrino, taxas de Diabetes Mellitus
e o funcionamento do fígado.
Microbiologia Clínica: Este campo de aplicação está relacionado ao controle e prevenção
de doenças e associado às práticas assépticas, antibioticoterapia, quimioterapia e
imunização, bem como com a epidemiologia ou epizootiologia e os métodos de diagnóstico
das doenças infecciosas.
O setor de Microbiologia dentro do Laboratório de Análises Clínicas desempenha um papel
fundamental. Dentre suas principais atribuições pode-se destacar:
- isolamento e identificação de microrganismo envolvido em um processo infeccioso;
- determinação do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos para uso racional dos
antibióticos;
- vigilância de microrganismos resistentes a vários ou até mesmo a todos os antibióticos;
- fornecimento de dados epidemiológicos dos diferentes agentes etiológicos de infecção
hospitalar e perfil de sensibilidade;
- suporte microbiológico na investigação de surto.
Parasitologia Clínica: compreende a análise das fezes e seus componentes. O Exame
Parasitológico de Fezes (EPF) permite que seja feita a detecção dos parasitos de uma
maneira seletiva, rápida e eficaz. Desta forma, orienta a administração de vermífugos
específicos e efetivos para cada tipo de parasito, evitando uma possível resistência causada
por medicamentos de amplo espectro. Pela avaliação da amostra fecal pode-se ter uma
noção sobre a presença de gordura e alimentos não digeridos.
É importante que se tenha em mente que, assim como qualquer outro tipo de exame
laboratorial, o ideal é que as amostras sejam coletadas antes do início de qualquer tratamento
para evitar resultados falso-negativos. As chamadas doenças parasitárias ainda são
responsáveis por um alto índice de morbidade em grande parte do mundo. Apesar do grande
avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa nutrição e de boas condições
sanitárias, mesmo países desenvolvidos estão sujeitos a doenças parasitárias.
Hormônios: Os hormônios são responsáveis por regular diversos processos do corpo
humano, como o crescimento, a reprodução, o sono, o controle de peso e a imunidade. Para
isso, necessitam estar em harmonia para que possamos ter uma saúde plena. O sistema
endócrino, como é chamado, é uma coleção de glândulas que secretam mensagens
químicas, os hormônios. Estas mensagens caem na corrente sanguínea e irão fazer efeito
em outro lugar do corpo.
As dosagens hormonais detectam inúmeros problemas ocasionados pela falta dos
hormônios, bem como aumento, diminuição ou falta de alguns deles. Exemplos de
investigações hormonais: alterações na Tireóide (Hipotireoidismo, Hipertireoidismo),
confirmação da menopausa bem como alterações na menstruação, índice de Prolactina
(hormônio que regula a produção de leite materno e a ovulação); o luteinizante (LH) que
3. estimula a ovulação e a secreção dos hormônios sexuais; hormônios sexuais femininos e
masculinos, dentre outros.
Procedimento operacional
Recepção
sala do cadastro do paciente RDC 302/2005 , que rege e comanda e trás as normas
de laboratório de analises clinicas no Brasil.
Orienta se o paciente a fazer a coleta fazer jejum de 8h/12h dependendo do exame
No outro dia ele vem e faz a coleta.
dependendo da quantidade de exame, codifica o volume que tem que pulsionar do
paciente.
Processo de coleta de sangue.
Instrumentais:
Banho maria
cronometro tem de tempo de coagulação
seringas
tubos de ensaio
garrotes
anticoagulantes, entre outros.
Separação de amostra ou segregação
Após a coleta do material é transportado numa caixinha para evitar acidentes e se contaminar
com material biológico.
Vários tipos de amostras sanguínea, fezes, urina, etc.
Se o paciente tiver análises bioquímicas e imunológicas, é preciso separar o soro desse
paciente ou plasma que é a parte líquida do sangue.
E se tiver um hemograma é necessário conduzir o sangue total para setor de hematologia
onde será feito a analise das células sanguíneas.
Então verificamos que dependendo do exame que esse setor vai direcionar as amostras.
Instrumental
Centrifuga que é utilizado para separação da amostra, separar a parte sólida e líquida
do sangue.
entre outros
4. Setor de Hematologia
Onde fazemos o hemograma, os testes relacionados a células vermelhas, a parte celular do
sangue, quantidade hemácias, como está a estrutura dessas hemácias, com isso consigo
fazer diagnósticos de patologias. Consigo identificar hematozoário. Depois de utilizar o
aparelho de hematologia, é feito o esfregaço da lamina na hora da coleta. Onde é verificado
no microscópio. O contador é utilizado em conjunto com o microscópio vou verificando e
contando.
Instrumental:
Aparelho de hematologia onde o sangue vai passar nessa aparelho e é dado o número
de hemácias, leucócitos, o RDW que é a variação do tamanho das hemácias. Onde
identificamos determinada patologias.
Contador
Centrifuga
mini centrifuga é utilizada para fazer o hematócrito, que é a porcentagem de células
vermelhas.
homogeneizador
Lembrando que todo aparelho precisa ser bem calibrado.
Aparelho de VHS
Setor de Parasitologia