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DIRETÓRIO G.
Pastoral Familiar  situações Especiais - cap. 7
DIRETÓRIO G.
Pastoral Familiar  situações Especiais - cap. 7
O que são casos Especiais ?
Há três campos:   • 1) Famílias em situações conflitivas  • 2)  Famílias em situações irregulares  • 3)  Famílias em situações especiais
1- Famílias em situações conflitivas   • Longas ausências – (caminhoneiros, militares,
presidiários, estudos..)
Familias de Migrantes   • (trabalho, outros motivos
 que levam ao desenraízamento cultural e religioso)
Famílias marginalizadas   • (periferias das cidades, êxodo agricultura)
 
- Famílias Incompletas ( ou monoparentais)
Famílias com filhos deficientes, drogadictos,alcoólatras
Anciãos forçados a viver na solidão, sem tratamento,  ou em precária subsistência
Mães e Pais solteiros (produção independente, junto ou não da família)
Viúvez, perda de entes queridos, abandono dos filhos  outros...
2- Famílias em situações irregulares   • (Não se trata de namorar ou ficar).   • Trata-se de uma relação que começa pra ser séria,  • mas pode ficar muitos anos assim sem legitimação
(No header)   • Uniões Livres de fato – (sem  união civil nem religiosa,  • sem vivência da religião...  • com fraco senso de fidelidade,
- Católicos unidos só pelo casamento civil   • motivos práticos, 
econômicos,  • simples acomodação ou adiamento indefinido
.
Marciano Vidal  diz:
Reconhece-se que existe, neste caso, uma disposição a assumir as vantagens e as obrigações do vínculo com reconhecimento público por parte do Estado.   Há quem se pergunte se “em muitos casos e em algumas situações eclesiais este matrimônio civil não poderia ser considerado como uma etapa prévia ao matrimônio propriamente sacramental” (VIDAL, Marciano, p. 123.) .
- Separados e divorciados   • sem segunda união ...  • (aqui enquadram-se os
 que se separam;  • e continuam separados sem contraírem nova união) .    • Volta pra casa dos pais, sem novo vínculo,  • com ou sem filhos
.
- Divorciados que contraem nova união   • segunda união formalizada no
 casamento Civil ;  • procuram muitas vezes a Igreja...  • Não podem receber 
os sacramentos.
 
3- Famílias em situações especiais
Matrimônio Misto   • entre católicos;  • e cristãos batizados de denominações 
Diferentes;
 
Matrimônio por Disparidade de culto   • entre católicos e não batizados.  • (não cristãos)
Matrimônio canônico precedido de divórcio civil;
Os sem família   • distantes dos familiares (migrantes),  • não constituem uma nova família, são sós no mundo.  • Situações de pobreza, abandono,  • alcoolismo, condições desumanas.
 
Os principais casos especiais ou irregulares, que são os mais comuns na Pastoral Familiar. Entendem por estes casos ou situações “aquelas formas de vida que os cristãos adotam no âmbito do matrimônio e da família e que não se mantêm dentro dos limites marcados pela normativa atual da Igreja”VIDAL, Marciano).
O Diretório da Pastoral Familiar  cita ainda:   • Crianças e adolescentes em situação de risco pessoal 
e social,  • vítimas de maus tratos 
(padrastos e madrastas , pedofilia,  • fome, negligência, 
Promiscuidade).  • Evasão escolar, abandonados, expostos ao tráfico e ao crime
,   • lares transitórios, abrigos e Febens
.
Porque a Igreja precisa acolher os que estão em situação irregular?
Pesquisa apotam:   • 82%, daqueles que estão divorciados e recasados,  • deixam a Igreja Católica porque não são acolhidos.  • Entre os divorciados, 52% mudaram de fé.  • Entre os separados judicialmente, com 35% ocorreu o mesmo. 
 
Documento de Aparecida   • Acompanhar com cuidado, prudência e amor compassivo,  • seguindo as orientações do Magistério (FC 84; Sca 29),    • os casais que vivem em situação Irregular,   • tendo presente que os divorciados e novamente -  • casados não lhes é permitido comungar (FC 77). 
(No header)   • Requerem-se mediações para que a mensagem de salvação  • chegue a todos.  • .É urgente estimular ações eclesiais -  • com trabalho interdisciplinar de teologia e ciências humanas,-  • que ilumine a pastoral e a preparação de agentes espercializados.
conclsões
As situações que envolvem tais casos ou que estão na sua origem são muito diversas, tais como: constrangimentos econômicos, culturais e religiosos, causando dano ou perda num desses níveis ou discriminação; atitude de desprezo, contestação ou rejeição face a qualquer forma de instituição ou mediação que seja suporte do  matrimônio; ignorância ou pobreza extremas, às vezes fruto de injustiças...
ou imaturidade psicológica; costumes de alguns países que prevêem um matrimônio só depois de um período de coabitação; e o atual secularismo que prescinde de qualquer vínculo institucional.
A intervenção da Igreja em favor da família deverá empregar todas as forças para que a Pastoral Familiar se afirme e se desenvolva, segundo afirma a própria Familiaris. Consortio.
É importante sublinhar que “a Pastoral Familiar abarca a família na sua situação real, em todos os seus aspectos e se dirige a todos os tipos de família: as regularmente constituídas como também as que se encontram em alguma situação de irregularidade”
“Amar a família significa saber estimar os seus valores e possibilidades, promovendo-os sempre. Amar a família significa descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los. Amar a família significa empenhar-se em criar um ambiente favorável ao seu desenvolvimento.
E, por fim, forma eminente de amor à família cristã hoje, muitas vezes tentada por incomodidades e angustiada por crescentes dificuldades, é dar-lhe novamente razões de confiança em si mesma, nas riquezas próprias que lhe advém da natureza e da graça e na missão que Deus lhe confiou”
O cuidado moral e pastoral de nossas famílias em situações “especiais” requer respeito das pessoas humanas, sem distinções; requer abraçar a vida onde quer que ela se encontre, sem comparações; requer cuidado e amparo diante da que se encontra mais frágil;
exige compromisso diante de rostos esquecidos e debilitados; clama por tutela em favor daquelas vidas que se encontram em condições de vulnerabilidade; urge um grito em favor das vidas exploradas e sugadas pelos impérios que idolatram a morte.
Clamam por vida as que se estendem pelo chão de nossas indiferenças, de nossos individualismos, de nossas cegueiras. Um grito profético em favor da vida urge ser dado de cima dos telhados, hoje também.   Não falte neste grito a misericórdia do Bom Pastor e a mordência profética daquele que clama pela vida dos mais pobres desta terra.
REFERÊCIAS   • DIRETÓRIO GERAL DA PASTORAL DOCUMENRTOA CNBB – 79.  • VIDAL, Marciano. Moral de atitudes. Vol. 1. Moral Fundamental. Aparecida: Santuário, 1993.  • O CUIDADO MORAL E PASTORAL DE NOSSAS FAMÍLIAS 
EM SITUAÇÕES EM ESPERCIAIS  • Prof. Dr. Nilo Agostini.Texto publicado na REB., fasc. 271, julho, 2008, p. 614-632.
Diretrizes para o cuidado pastoral de famílias em situações especiais

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Diretrizes para o cuidado pastoral de famílias em situações especiais

  • 1. DIRETÓRIO G. Pastoral Familiar situações Especiais - cap. 7
  • 2. DIRETÓRIO G. Pastoral Familiar situações Especiais - cap. 7
  • 3. O que são casos Especiais ?
  • 4. Há três campos: • 1) Famílias em situações conflitivas • 2) Famílias em situações irregulares • 3) Famílias em situações especiais
  • 5. 1- Famílias em situações conflitivas • Longas ausências – (caminhoneiros, militares, presidiários, estudos..)
  • 6. Familias de Migrantes • (trabalho, outros motivos que levam ao desenraízamento cultural e religioso)
  • 7. Famílias marginalizadas • (periferias das cidades, êxodo agricultura)  
  • 8. - Famílias Incompletas ( ou monoparentais)
  • 9. Famílias com filhos deficientes, drogadictos,alcoólatras
  • 10. Anciãos forçados a viver na solidão, sem tratamento, ou em precária subsistência
  • 11. Mães e Pais solteiros (produção independente, junto ou não da família)
  • 12. Viúvez, perda de entes queridos, abandono dos filhos outros...
  • 13. 2- Famílias em situações irregulares • (Não se trata de namorar ou ficar).  • Trata-se de uma relação que começa pra ser séria, • mas pode ficar muitos anos assim sem legitimação
  • 14. (No header) • Uniões Livres de fato – (sem união civil nem religiosa, • sem vivência da religião... • com fraco senso de fidelidade,
  • 15. - Católicos unidos só pelo casamento civil • motivos práticos, econômicos, • simples acomodação ou adiamento indefinido .
  • 17. Reconhece-se que existe, neste caso, uma disposição a assumir as vantagens e as obrigações do vínculo com reconhecimento público por parte do Estado. Há quem se pergunte se “em muitos casos e em algumas situações eclesiais este matrimônio civil não poderia ser considerado como uma etapa prévia ao matrimônio propriamente sacramental” (VIDAL, Marciano, p. 123.) .
  • 18. - Separados e divorciados • sem segunda união ... • (aqui enquadram-se os que se separam; • e continuam separados sem contraírem nova união) .   • Volta pra casa dos pais, sem novo vínculo, • com ou sem filhos .
  • 19. - Divorciados que contraem nova união • segunda união formalizada no casamento Civil ; • procuram muitas vezes a Igreja... • Não podem receber os sacramentos.  
  • 20. 3- Famílias em situações especiais
  • 21. Matrimônio Misto • entre católicos; • e cristãos batizados de denominações Diferentes;  
  • 22. Matrimônio por Disparidade de culto • entre católicos e não batizados. • (não cristãos)
  • 23. Matrimônio canônico precedido de divórcio civil;
  • 24. Os sem família • distantes dos familiares (migrantes), • não constituem uma nova família, são sós no mundo. • Situações de pobreza, abandono, • alcoolismo, condições desumanas.  
  • 25. Os principais casos especiais ou irregulares, que são os mais comuns na Pastoral Familiar. Entendem por estes casos ou situações “aquelas formas de vida que os cristãos adotam no âmbito do matrimônio e da família e que não se mantêm dentro dos limites marcados pela normativa atual da Igreja”VIDAL, Marciano).
  • 26. O Diretório da Pastoral Familiar  cita ainda: • Crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, • vítimas de maus tratos (padrastos e madrastas , pedofilia, • fome, negligência, Promiscuidade). • Evasão escolar, abandonados, expostos ao tráfico e ao crime ,  • lares transitórios, abrigos e Febens .
  • 27. Porque a Igreja precisa acolher os que estão em situação irregular?
  • 28. Pesquisa apotam: • 82%, daqueles que estão divorciados e recasados, • deixam a Igreja Católica porque não são acolhidos. • Entre os divorciados, 52% mudaram de fé. • Entre os separados judicialmente, com 35% ocorreu o mesmo.  
  • 29. Documento de Aparecida • Acompanhar com cuidado, prudência e amor compassivo, • seguindo as orientações do Magistério (FC 84; Sca 29),   • os casais que vivem em situação Irregular,  • tendo presente que os divorciados e novamente - • casados não lhes é permitido comungar (FC 77). 
  • 30. (No header) • Requerem-se mediações para que a mensagem de salvação • chegue a todos. • .É urgente estimular ações eclesiais - • com trabalho interdisciplinar de teologia e ciências humanas,- • que ilumine a pastoral e a preparação de agentes espercializados.
  • 32. As situações que envolvem tais casos ou que estão na sua origem são muito diversas, tais como: constrangimentos econômicos, culturais e religiosos, causando dano ou perda num desses níveis ou discriminação; atitude de desprezo, contestação ou rejeição face a qualquer forma de instituição ou mediação que seja suporte do matrimônio; ignorância ou pobreza extremas, às vezes fruto de injustiças...
  • 33. ou imaturidade psicológica; costumes de alguns países que prevêem um matrimônio só depois de um período de coabitação; e o atual secularismo que prescinde de qualquer vínculo institucional.
  • 34. A intervenção da Igreja em favor da família deverá empregar todas as forças para que a Pastoral Familiar se afirme e se desenvolva, segundo afirma a própria Familiaris. Consortio.
  • 35. É importante sublinhar que “a Pastoral Familiar abarca a família na sua situação real, em todos os seus aspectos e se dirige a todos os tipos de família: as regularmente constituídas como também as que se encontram em alguma situação de irregularidade”
  • 36. “Amar a família significa saber estimar os seus valores e possibilidades, promovendo-os sempre. Amar a família significa descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los. Amar a família significa empenhar-se em criar um ambiente favorável ao seu desenvolvimento.
  • 37. E, por fim, forma eminente de amor à família cristã hoje, muitas vezes tentada por incomodidades e angustiada por crescentes dificuldades, é dar-lhe novamente razões de confiança em si mesma, nas riquezas próprias que lhe advém da natureza e da graça e na missão que Deus lhe confiou”
  • 38. O cuidado moral e pastoral de nossas famílias em situações “especiais” requer respeito das pessoas humanas, sem distinções; requer abraçar a vida onde quer que ela se encontre, sem comparações; requer cuidado e amparo diante da que se encontra mais frágil;
  • 39. exige compromisso diante de rostos esquecidos e debilitados; clama por tutela em favor daquelas vidas que se encontram em condições de vulnerabilidade; urge um grito em favor das vidas exploradas e sugadas pelos impérios que idolatram a morte.
  • 40. Clamam por vida as que se estendem pelo chão de nossas indiferenças, de nossos individualismos, de nossas cegueiras. Um grito profético em favor da vida urge ser dado de cima dos telhados, hoje também. Não falte neste grito a misericórdia do Bom Pastor e a mordência profética daquele que clama pela vida dos mais pobres desta terra.
  • 41. REFERÊCIAS • DIRETÓRIO GERAL DA PASTORAL DOCUMENRTOA CNBB – 79. • VIDAL, Marciano. Moral de atitudes. Vol. 1. Moral Fundamental. Aparecida: Santuário, 1993. • O CUIDADO MORAL E PASTORAL DE NOSSAS FAMÍLIAS EM SITUAÇÕES EM ESPERCIAIS • Prof. Dr. Nilo Agostini.Texto publicado na REB., fasc. 271, julho, 2008, p. 614-632.