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Jefersom Pedroso da Rosa
Mirian Teixeira de Oliveira
Naider Rosa de Lara
Polo de Santana da Boa Vista
A vida, obra e contribuição do
filósofo Descartes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA
EIXO GEOMETRIAS: TRATAMENTO ANALÍTICO – RECUPERAÇÃO PARALELA
Introdução
• René Descartes foi considerado um gênio da Matemática,
pois relacionou a Álgebra com a Geometria. Essa fusão
resultou na Geometria Analítica. Ele defendia que a
Matemática dispunha de conhecimentos técnicos para a
evolução de qualquer área de conhecimento.
• Descartes foi um importante filósofo, matemático e físico
francês do século XVII. Também fez estudos nas áreas da
Epistemologia e Metafísica. Descartes é considerado o
pioneiro no pensamento filosófico moderno. Também
considerado o pai da matemática e da filosofia moderna.
• René Descartes nasceu na
cidade de La Haye no dia 31
de março de 1596. Órfão com
um ano de idade, de saúde
frágil, passou a maior parte
de sua infância em sua cidade
natal. Com a idade de onze
foi para escola jesuíta de La
Fléche, de onde saiu em
1615, para conhecer o
mundo. Filósofo, matemático
e fisiologista, o francês
Descartes é considerado o
pai da matemática e da
filosofia moderna.
 Vida:
• A escola jesuíta de La Flèche, na época, era reputado
como um dos melhores colégios da França. Contudo, o
espírito inquieto do jovem estudante o impulsionou para
fora da academia. No seu entender, esta não ensinava
propriamente a verdade das coisas, mas se contentava
com a repetição dos ensinamentos dos antigos,
principalmente de sua recepção no transcurso da Idade
Média.
• Foi com esse tipo de preocupação que o jovem, ao
terminar os estudos nessa escola jesuíta, decidiu viajar
pelo mundo. O mundo que então se descortinava era
ainda um mundo cheio de incertezas, capaz de atiçar a
imaginação de um jovem pensador.
• O impulso para a viagem, para a aventura, nasce de uma
profunda inquietação com o tipo de ensinamento, com as
formas de filosofia e de ciência reinantes naquela época.
Para ele, a filosofia e a ciência estavam esclerosadas, pois
tinham como ponto de referência indubitável e verdadeiro
a filosofia escolástica, de cunho tomista-aristotélico, como
se não mais coubesse a pergunta pela verdade de algo, de
uma proposição, mas tão somente uma disputa sobre a
interpretação de "verdades" tidas por eternas.
Descartes, retratado por Frans Hals. Museu do Louvre, Paris.
• Engajou-se, seguindo um certo costume da época, nos
exércitos de Maurício de Nassau. Revela-se, para ele, a
possibilidade de lançar um outro olhar sobre o mundo,
um olhar que procurava desprender-se daquela que
tinha sido, até então, a sua experiência escolar. Isto era
uma opção para a pequena nobreza que partia em busca
da aventura e da novidade.
• Sem muitos recursos, tratava-se de uma escolha que
estava ao seu alcance e se adequava perfeitamente à sua
curiosidade, ao seu questionamento das coisas.
• Ele partiu para conhecer, no livro do mundo, o que os
livros da escola não lhe tinham fornecido.
• Nas margens do Danúbio, em 1619, durante aqueles
longos invernos em que não se combatia, Descartes
recolheu-se à solidão de seu quarto, de sua estufa,
preferindo manter-se à margem das algazarras de seus
colegas de armas. Um traço psicológico seu, que o
acompanhará durante toda a sua vida, que consistia no
apartar-se da vida social, pois assim, podia dedicar-se à
reflexão. Lá, num ato meditativo, ele recolhia-se aos seus
pensamentos.
• Uma noite, Descartes teve três sonhos consecutivos, que
lhe mostraram o caminho a seguir, o caminho de uma
ciência universal, feita a partir de novos fundamentos.
• Um novo edifício seria necessário, construído a partir de
sólidos alicerces, que só seriam alcançados pela
elaboração de novos princípios, primeiras proposições
indubitáveis.
• De posse deste novo método, os homens poderiam,
seguir os passos seguros de uma sabedoria teórica e
prática.
• A filosofia e a ciência, mas também a moral,
apresentariam, assim, ideias e orientações seguras que
balizariam o pensamento e a ação.
• Tendo se desengajado do exército, Descartes procura um
lugar para se estabelecer, estando decidido a seguir a via
do conhecimento, ou seja, dedicar-se integralmente à
filosofia. A sua escolha de vida estava feita.
• De passagem por Paris, ele é convidado para uma reunião
na casa do núncio apostólico. Na qual ele impressiona
vivamente os presentes pela sutileza dos seus argumentos
e, sobretudo, pelas novas descobertas que crê estar
fazendo.
• Não seguindo estritamente as regras da casa, ele
questiona vivamente a apresentação que tinha sido feita,
expondo as suas próprias ideias. Todos ficam, com ele,
muito impressionados e o incentivam a seguir o caminho
da filosofia e da ciência. E é o que ele faz.
• Descartes teve suas ideias muito cedo, então só as
publicou depois de passados quase 20 anos, quando
tinha 41 anos.
• Nesse meio tempo, passou por batalhas militares e até
arriscou a vida em algumas delas. Ele sobreviveu aos
perigos bélicos e publicou seus trabalhos.
• Morreu aos 53 anos quando teve de mudar os hábitos:
nos últimos dias de vida, Descartes foi contratado como
tutor da jovem e atlética rainha Cristina, da Suécia, que
tomava suas aulas às 5 da manhã nos salões frios do
palácio.
• Para chegar no horário, Descartes ainda tinha de
percorrer as ruas congeladas no inverno sueco. O filósofo,
acostumado ao calor matinal do cobertor, morreu de
pneumonia depois de 5 meses no seu novo esquema de
trabalho.
 Descartes e a Matemática:
• Em 1637, Descartes publicou sua mais conhecida obra,
O Discurso do método. Foi em um dos apêndices dessa
obra que ele fez sua única e valiosa contribuição
matemática, La géométrie. Com essa publicação,
Descartes desenvolveu um novo ramo da matemática, a
geometria analítica, que uniu os estudos da Álgebra, da
Aritmética e da Geometria em uma única técnica, a qual
passou a ser o alicerce de outras construções
matemáticas e de outras ciências exatas.
• Descartes propugnava por um pensamento jovem,
aberto à crítica e aos questionamentos, capaz de
exercer uma dúvida cética e de resistir à mesma dúvida
graças a uma razão aberta ao questionamento de seus
próprios princípios.
• Ainda em O discurso do método, desenvolveu o Sistema de
Coordenadas, também conhecido como Plano Cartesiano.
No qual defende que só se deve considerar algo como
verdadeiramente existente, caso possa ser comprovada sua
existência. Também conhecido como Ceticismo
Metodológico, segue o princípio de que devemos duvidar de
todos conhecimentos que não possuem explicações
evidentes. Este método também se baseia na realização de
quatro tarefas: verificar, analisar, sintetizar e enumerar.
• Como a extensão do título de sua obra, Descartes prega
o uso da razão para a obtenção da verdade, só alcançável
por meio do método. E isso deve ser feito como se
procede na matemática, com o emprego do raciocínio
lógico e dedutivo na prova de teoremas. Surge daí a
clássica expressão "cogito, ergo sum" (penso, logo
existo), começando com a dúvida de Descartes sobre sua
própria existência, mas depois chegando à conclusão que
uma consciência clara de seu pensamento provava sua
própria existência.
• Só com Descartes é que passamos a enxergar um
ponto no espaço como um par ordenado de
números no eixo cartesiano. As retas, os círculos e
outras figuras geométricas podem então ser
representadas por equações em x e y.
Pares ordenados no plano cartesiano. Figuras geométricas e suas respectivas equações.
• Assim surgiu a chamada geometria analítica, que é
quando se usa a álgebra na solução de problemas
geométricos.
• As figuras que antes eram só desenhadas passaram a ser
representadas por equações, com letras e números.
• Passamos então a colocar tudo em gráficos, como a
variação da temperatura de um paciente e as oscilações
nas vendas de um produto, em forma de pontos e
curvas.
Exemplo de gráfico.
• O sistema de proposto por Descartes facilitou a
configuração geométrica possibilitando uma junção da
Geometria Euclidiana com a álgebra.
• Este sistema de coordenadas, é concebido a partir de
um par ordenado (x, y) onde a primeira entrada é
sempre o valor das abscissas (eixo horizontal) e a
segunda o valor da ordenada (eixo vertical).
• Desta forma é fácil especificar pontos num determinado
“espaço” com dimensões.
• Esta nova perspectiva permitia, por exemplo, descrever
a posição dos planetas que a cada momento ocupam
uma determinada posição no espaço.
 Principais obras:
• "Regras para a direção do espírito" (1628) - a obra da
juventude inacabada na qual o método aparece em forma
de numerosas regras;
• "O Mundo ou Tratado da Luz" (1632-1633) - a obra contém
algumas das conquistas definitivas da física clássica: a lei
da inércia, a da refração da luz e, principalmente, as bases
epistemológicas contrárias ao que seria denominado de
princípio da ciência escolástica, radicada no aristotelismo;
• "Discurso sobre o método" (1637);
• "Geometria" (1637);
• "Meditações Metafísicas" (1641);
• “Princípios de filosofia” (1644) onde expõe toda a sua
filosofia, visando torná-la um manual a ser utilizado nos
colégios jesuítas;
• "As Paixões da Alma" (1649).
Conclusão
• Mudando a maneira de enxergar e agir das pessoas e
trazendo o surgimento das ciências, René fez surgir outra
visão para o mundo.
• Antes das descobertas via-se a geometria e a álgebra
aparecerem em partes completamente separados da
Matemática.
• Descartes é um dos grandes matemáticos de todos os
tempos, sendo, muito importante pela descoberta da
geometria analítica.
• São muitas a contribuições de Descartes proporcionou
humanidade e para a matemática.
• BATISTELA. Rosemeire. Biografia René Descartes. UAB – Universidade Aberta do Brasil. Bahia,
2011. Disponível em: http://neiltonsatel.wordpress.com/biografia-rene-descartes/ . Acesso em:
13/07/14.
• Boca do bola. A boca fala do que o coração tá cheio. Disponível em:
http://bocadobola.blogspot.com.br/2012/10/hannah-arendt-e-o-carater-da-duvida.html .
Acesso em: 12/07/14.
• BROUGHTON . Janet; CARRIERO. John, tradução: Ethel Rocha, Lia Levy. Porto Alegre : Penso,
2011.
• Descartes filosofia. Disponível em: http://descartesfilosofia.blogspot.com.br/p/sua-vida.html.
Acesso em: 11/07/14.
• Filosofando na escola. Disponível em:
http://filosofiandonaescola.blogspot.com.br/2011/03/rene-descartes-e-o-racionalismo.html .
Acesso em: 12/07/14.
• KAWANO. Carmen . Matemática na veia. Disponível em: http://matematica-na-
veia.blogspot.com.br/2008/02/tudo-nos-eixos-as-descobertas-de-ren.html. Acesso em:
13/07/14.
• MARQUES. Jordino. Descartes e sua concepção como homem . São Paulo : edições Layola,
1993.
• Vida e obra. Disponível em: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Vida-De-Ren%C3%A9-
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A vida e obra do filósofo Descartes e sua contribuição à Matemática

  • 1. Jefersom Pedroso da Rosa Mirian Teixeira de Oliveira Naider Rosa de Lara Polo de Santana da Boa Vista A vida, obra e contribuição do filósofo Descartes UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA EIXO GEOMETRIAS: TRATAMENTO ANALÍTICO – RECUPERAÇÃO PARALELA
  • 2. Introdução • René Descartes foi considerado um gênio da Matemática, pois relacionou a Álgebra com a Geometria. Essa fusão resultou na Geometria Analítica. Ele defendia que a Matemática dispunha de conhecimentos técnicos para a evolução de qualquer área de conhecimento. • Descartes foi um importante filósofo, matemático e físico francês do século XVII. Também fez estudos nas áreas da Epistemologia e Metafísica. Descartes é considerado o pioneiro no pensamento filosófico moderno. Também considerado o pai da matemática e da filosofia moderna.
  • 3. • René Descartes nasceu na cidade de La Haye no dia 31 de março de 1596. Órfão com um ano de idade, de saúde frágil, passou a maior parte de sua infância em sua cidade natal. Com a idade de onze foi para escola jesuíta de La Fléche, de onde saiu em 1615, para conhecer o mundo. Filósofo, matemático e fisiologista, o francês Descartes é considerado o pai da matemática e da filosofia moderna.  Vida:
  • 4. • A escola jesuíta de La Flèche, na época, era reputado como um dos melhores colégios da França. Contudo, o espírito inquieto do jovem estudante o impulsionou para fora da academia. No seu entender, esta não ensinava propriamente a verdade das coisas, mas se contentava com a repetição dos ensinamentos dos antigos, principalmente de sua recepção no transcurso da Idade Média. • Foi com esse tipo de preocupação que o jovem, ao terminar os estudos nessa escola jesuíta, decidiu viajar pelo mundo. O mundo que então se descortinava era ainda um mundo cheio de incertezas, capaz de atiçar a imaginação de um jovem pensador.
  • 5. • O impulso para a viagem, para a aventura, nasce de uma profunda inquietação com o tipo de ensinamento, com as formas de filosofia e de ciência reinantes naquela época. Para ele, a filosofia e a ciência estavam esclerosadas, pois tinham como ponto de referência indubitável e verdadeiro a filosofia escolástica, de cunho tomista-aristotélico, como se não mais coubesse a pergunta pela verdade de algo, de uma proposição, mas tão somente uma disputa sobre a interpretação de "verdades" tidas por eternas. Descartes, retratado por Frans Hals. Museu do Louvre, Paris.
  • 6. • Engajou-se, seguindo um certo costume da época, nos exércitos de Maurício de Nassau. Revela-se, para ele, a possibilidade de lançar um outro olhar sobre o mundo, um olhar que procurava desprender-se daquela que tinha sido, até então, a sua experiência escolar. Isto era uma opção para a pequena nobreza que partia em busca da aventura e da novidade. • Sem muitos recursos, tratava-se de uma escolha que estava ao seu alcance e se adequava perfeitamente à sua curiosidade, ao seu questionamento das coisas. • Ele partiu para conhecer, no livro do mundo, o que os livros da escola não lhe tinham fornecido.
  • 7. • Nas margens do Danúbio, em 1619, durante aqueles longos invernos em que não se combatia, Descartes recolheu-se à solidão de seu quarto, de sua estufa, preferindo manter-se à margem das algazarras de seus colegas de armas. Um traço psicológico seu, que o acompanhará durante toda a sua vida, que consistia no apartar-se da vida social, pois assim, podia dedicar-se à reflexão. Lá, num ato meditativo, ele recolhia-se aos seus pensamentos.
  • 8. • Uma noite, Descartes teve três sonhos consecutivos, que lhe mostraram o caminho a seguir, o caminho de uma ciência universal, feita a partir de novos fundamentos. • Um novo edifício seria necessário, construído a partir de sólidos alicerces, que só seriam alcançados pela elaboração de novos princípios, primeiras proposições indubitáveis. • De posse deste novo método, os homens poderiam, seguir os passos seguros de uma sabedoria teórica e prática. • A filosofia e a ciência, mas também a moral, apresentariam, assim, ideias e orientações seguras que balizariam o pensamento e a ação.
  • 9. • Tendo se desengajado do exército, Descartes procura um lugar para se estabelecer, estando decidido a seguir a via do conhecimento, ou seja, dedicar-se integralmente à filosofia. A sua escolha de vida estava feita. • De passagem por Paris, ele é convidado para uma reunião na casa do núncio apostólico. Na qual ele impressiona vivamente os presentes pela sutileza dos seus argumentos e, sobretudo, pelas novas descobertas que crê estar fazendo. • Não seguindo estritamente as regras da casa, ele questiona vivamente a apresentação que tinha sido feita, expondo as suas próprias ideias. Todos ficam, com ele, muito impressionados e o incentivam a seguir o caminho da filosofia e da ciência. E é o que ele faz.
  • 10. • Descartes teve suas ideias muito cedo, então só as publicou depois de passados quase 20 anos, quando tinha 41 anos. • Nesse meio tempo, passou por batalhas militares e até arriscou a vida em algumas delas. Ele sobreviveu aos perigos bélicos e publicou seus trabalhos. • Morreu aos 53 anos quando teve de mudar os hábitos: nos últimos dias de vida, Descartes foi contratado como tutor da jovem e atlética rainha Cristina, da Suécia, que tomava suas aulas às 5 da manhã nos salões frios do palácio. • Para chegar no horário, Descartes ainda tinha de percorrer as ruas congeladas no inverno sueco. O filósofo, acostumado ao calor matinal do cobertor, morreu de pneumonia depois de 5 meses no seu novo esquema de trabalho.
  • 11.  Descartes e a Matemática:
  • 12. • Em 1637, Descartes publicou sua mais conhecida obra, O Discurso do método. Foi em um dos apêndices dessa obra que ele fez sua única e valiosa contribuição matemática, La géométrie. Com essa publicação, Descartes desenvolveu um novo ramo da matemática, a geometria analítica, que uniu os estudos da Álgebra, da Aritmética e da Geometria em uma única técnica, a qual passou a ser o alicerce de outras construções matemáticas e de outras ciências exatas. • Descartes propugnava por um pensamento jovem, aberto à crítica e aos questionamentos, capaz de exercer uma dúvida cética e de resistir à mesma dúvida graças a uma razão aberta ao questionamento de seus próprios princípios.
  • 13. • Ainda em O discurso do método, desenvolveu o Sistema de Coordenadas, também conhecido como Plano Cartesiano. No qual defende que só se deve considerar algo como verdadeiramente existente, caso possa ser comprovada sua existência. Também conhecido como Ceticismo Metodológico, segue o princípio de que devemos duvidar de todos conhecimentos que não possuem explicações evidentes. Este método também se baseia na realização de quatro tarefas: verificar, analisar, sintetizar e enumerar.
  • 14. • Como a extensão do título de sua obra, Descartes prega o uso da razão para a obtenção da verdade, só alcançável por meio do método. E isso deve ser feito como se procede na matemática, com o emprego do raciocínio lógico e dedutivo na prova de teoremas. Surge daí a clássica expressão "cogito, ergo sum" (penso, logo existo), começando com a dúvida de Descartes sobre sua própria existência, mas depois chegando à conclusão que uma consciência clara de seu pensamento provava sua própria existência.
  • 15. • Só com Descartes é que passamos a enxergar um ponto no espaço como um par ordenado de números no eixo cartesiano. As retas, os círculos e outras figuras geométricas podem então ser representadas por equações em x e y. Pares ordenados no plano cartesiano. Figuras geométricas e suas respectivas equações.
  • 16. • Assim surgiu a chamada geometria analítica, que é quando se usa a álgebra na solução de problemas geométricos. • As figuras que antes eram só desenhadas passaram a ser representadas por equações, com letras e números. • Passamos então a colocar tudo em gráficos, como a variação da temperatura de um paciente e as oscilações nas vendas de um produto, em forma de pontos e curvas. Exemplo de gráfico.
  • 17. • O sistema de proposto por Descartes facilitou a configuração geométrica possibilitando uma junção da Geometria Euclidiana com a álgebra. • Este sistema de coordenadas, é concebido a partir de um par ordenado (x, y) onde a primeira entrada é sempre o valor das abscissas (eixo horizontal) e a segunda o valor da ordenada (eixo vertical). • Desta forma é fácil especificar pontos num determinado “espaço” com dimensões. • Esta nova perspectiva permitia, por exemplo, descrever a posição dos planetas que a cada momento ocupam uma determinada posição no espaço.
  • 18.  Principais obras: • "Regras para a direção do espírito" (1628) - a obra da juventude inacabada na qual o método aparece em forma de numerosas regras; • "O Mundo ou Tratado da Luz" (1632-1633) - a obra contém algumas das conquistas definitivas da física clássica: a lei da inércia, a da refração da luz e, principalmente, as bases epistemológicas contrárias ao que seria denominado de princípio da ciência escolástica, radicada no aristotelismo; • "Discurso sobre o método" (1637); • "Geometria" (1637); • "Meditações Metafísicas" (1641); • “Princípios de filosofia” (1644) onde expõe toda a sua filosofia, visando torná-la um manual a ser utilizado nos colégios jesuítas; • "As Paixões da Alma" (1649).
  • 19. Conclusão • Mudando a maneira de enxergar e agir das pessoas e trazendo o surgimento das ciências, René fez surgir outra visão para o mundo. • Antes das descobertas via-se a geometria e a álgebra aparecerem em partes completamente separados da Matemática. • Descartes é um dos grandes matemáticos de todos os tempos, sendo, muito importante pela descoberta da geometria analítica. • São muitas a contribuições de Descartes proporcionou humanidade e para a matemática.
  • 20. • BATISTELA. Rosemeire. Biografia René Descartes. UAB – Universidade Aberta do Brasil. Bahia, 2011. Disponível em: http://neiltonsatel.wordpress.com/biografia-rene-descartes/ . Acesso em: 13/07/14. • Boca do bola. A boca fala do que o coração tá cheio. Disponível em: http://bocadobola.blogspot.com.br/2012/10/hannah-arendt-e-o-carater-da-duvida.html . Acesso em: 12/07/14. • BROUGHTON . Janet; CARRIERO. John, tradução: Ethel Rocha, Lia Levy. Porto Alegre : Penso, 2011. • Descartes filosofia. Disponível em: http://descartesfilosofia.blogspot.com.br/p/sua-vida.html. Acesso em: 11/07/14. • Filosofando na escola. Disponível em: http://filosofiandonaescola.blogspot.com.br/2011/03/rene-descartes-e-o-racionalismo.html . Acesso em: 12/07/14. • KAWANO. Carmen . Matemática na veia. Disponível em: http://matematica-na- veia.blogspot.com.br/2008/02/tudo-nos-eixos-as-descobertas-de-ren.html. Acesso em: 13/07/14. • MARQUES. Jordino. Descartes e sua concepção como homem . São Paulo : edições Layola, 1993. • Vida e obra. Disponível em: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Vida-De-Ren%C3%A9- Descartes/4157.html . Acesso em: 12/07/14  Referências: